fraturas de mmii
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COLÉGIO TÉCNICO SANTA MARIA GORETTI
FRATURAS DE MMII (MEMBROS INFERIORES) COM POSICIONAMENTO
Alexandre Antônio de Lima
Janete Ferreira de Aguiar
Kathleen Aparecida Antunes Llamas
Priscilla Gonçalves
Silvia Bernardes da Silva
SÃO PAULO
2010
COLÉGIO TÉCNICO SANTA MARIA GORETTI
FRATURAS DE MMII (MEMBROS INFERIORES) COM POSICIONAMENTO
Orientadora: Profª Adriana Teixeira Rodrigues
2
Alexandre Antônio de Lima
Janete Ferreira de Aguiar
Kathleen Aparecida Antunes Llamas
Priscilla Gonçalves
Silvia Bernardes da Silva
Fraturas de MMII (membros inferiores) com posicionamento
A Instituição tem por objetivo a formação de
profissionais qualificados para a prestação de
serviços como Técnico em Radiologia
Colégio Técnico Santa Maria Goretti
São Paulo
2010
3
Alexandre Antônio de Lima
Janete Ferreira de Aguiar
Kathleen Aparecida Antunes Llamas
Priscilla Gonçalves
Silvia Bernardes da Silva
Fraturas de MMII (membros inferiores) com posicionamento
Examinadores:
Adriana Teixeira Rodrigues
Djefferson S. De Araújo
Alexandro Lindo Vital
São Paulo
2010
4
Resumo
Este trabalho teve como objetivo o estudo de fraturas dos membros inferiores com
seus respectivos posicionamentos, não contemplando todas as fraturas, retirados de
bibliografias especializadas.
Palavras-chaves: fraturas, membros inferiores, posicionamento.
5
Introdução:
Este trabalho tem como objetivo estudar algumas das fraturas dos membros
inferiores com seus respectivos posicionamentos, para isso serão apresentados o
sistema esquelético, as articulações e as fraturas radiografadas, respectivamente
com seus sintomas, diagnóstico, tipo e tratamento.
Capítulo 1 – Sistema Esquelético dos Membros Inferiores
Tabela 1 - Ossos do Esqueleto Apendicular – Membros Inferiores
Região Osso Número Total
Cíngulo do Membro Inferior Osso do Quadril 02 02
CoxaFêmur
Patela
02
0204
PernaTíbia
Fíbula
02
0204
Pé
Tarso
Calcâneo
Talus
Navicular
Cubóide
Cuneiformes
02
02
02
02
06 52
Metatarso Metatarsais 10
Dedos
Falange Proximal
Falange Média
Falange Distal
10
08
10
6
Figura 1 – Membro Inferior; Representação do esqueleto e das regiões articulares;
vista anterior
7
Figura 2 – Osso Sacro Cíngulo do Membro Inferior; vista superior
A área superior à abertura superior da pelve é denominada pelve maior e a área
inferior a esta deve ser designada pelve menor.
8
Tabela 2 - Ligações dos ossos do cíngulo do membro inferior
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Ossos do Membro Inferior:
Temos o ILÍACO ou COXAL com seus acidentes anatômicos: ísquio, íleo, púbis,
forame obturado, acetábulo, púbis, crista ilíaca, incisura isquiática maior e menor,
espinha ilíaca: antero-superior, antero-inferior, póstero-superior e póstero-inferior.
Figura 3 - Osso do Quadril; vista medial
A região estreita no centro é característica como caixilho de construção para a asa
do ílio.
10
Figura 4 - Osso do Quadril; vista anterior
Figura 5 – Pelve; forma da abertura superior da pelve no homem; vista superior
11
Figura 6 – Pelve; forma e medidas da abertura superior da pelve na mulher; vista
superior
Em relação à pelve masculina, cuja entrada é estreitada pelo promontório do sacro,
a pelve feminina possui uma entrada mais redonda e oval. Os ramos do púbis
formam um ângulo reto no homem, o ângulo subpúbico, e na mulher, um arco, o
arco do púbis. As faces ventrais do ílio da pelve feminina se estendem mais longe. O
maior diâmetro do forame obturado se encontra, na pelve feminina, em um plano
transversal, enquanto que no homem ele é vertical.
12
Figura 7 – Ligações ósseas da pelve, articulações do cíngulo do membro inferior e
articulação lombossacral no homem; vista ântero-inferior
Figura 8 – Ligações ósseas da pelve, articulações do cíngulo do membro inferior e
articulação lombossacral no homem; vista ântero-superior
13
Figura 9 – Ligações ósseas da pelve, articulações do cíngulo do membro inferior e
articulação lombossacral na mulher; vista ântero-inferior
Figura 10 – Ligações ósseas da pelve, articulações do cíngulo do membro inferior e
articulação lombossacral na mulher; vista ântero-superior
14
Figura 11 – Ligações ósseas da pelve, articulações do cíngulo do membro inferior e
articulação lombossacral na mulher; vista posterior
Figura 12 – Articulações do cíngulo do membro inferior na mulher; vista inferior
15
Figura 13 – Pelve de um homem; Radiografia AP em posição ereta; Raio central
dirigido para o 3º segmento sacral
16
O FÊMUR é um osso longo onde podemos identificar em sua epífise proximal:
cabeça, colo, fóvea, trocanter maior e menor, linha inter-trocantérica e a fossa
trocantérica. Na Epífise distal: côndilos lateral e medial, fossa intercondilar, face
patelar e epicôndilos lateral e medial. Identificamos a PATELA que é o maior osso
sesamóide do esqueleto.
Figura 14 –Fêmur; vista anterior
17
Figura 15 –Fêmur; vista posterior
18
Figura 16 –Fêmur; vista medial
19
A TÍBIA é o osso medial da perna onde em sua epífise proximal devemos observar:
côndilos lateral e medial e as faces articulares, eminências intercondilares e a
tuberosidade tibial. Na diáfise identificaremos a margem anterior e na epífise distal:
maléolo medial e incisura fibular.
A FÍBULA é o osso lateral onde observaremos na epífise proximal; cabeça, o ápice e
o colo. Na diáfise a margem anterior e na epífise distal: maléolo lateral e fossa
maleolar.
Figura 17 –Tíbia; vista anterior
20
Figura 18 –Tíbia; vista lateral
21
Figura 19 –Tíbia; vista posterior
22
Figura 20 –Fíbula; vista medial
23
Figura 21 –Fíbula; vista lateral
24
Figura 22 – Tíbia e Fíbula; vista posterior
25
O PÉ se divide em tarso, metatarso (metatarsianos) e dedos com suas falanges
proximal média e distal. No TARSO identificaremos: calcâneo, cubóide, talus,
navicular, e cuneiformes: lateral, intermédio e medial.
Os dedos do pé são designados como:
I – Hálux
II – Segundo dedo
III – Terceiro dedo
IV – Quarto dedo
V – Dedo mínimo
Figura 23 –Ossos do pé; vista superior
26
Figura 24 –Ossos do pé; vista plantar
27
Figura 25 –Ossos do pé; vista medial
Figura 26 –Ossos do pé; vista lateral
* Também chamada: linha articular de Chopart
** Também chamada: linha articular de Lisfranc
28
Tabela 2 – Articulações da Parte Livre do Membro Inferior
Pos
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Tabela 2 – Articulações da Parte Livre do Membro Inferior
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Tabela 3 – Ligações dos ossos do cíngulo do membro inferior
Mov
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31
Capítulo 2 – Fraturas de MMII
Fraturas da pelve:
As fraturas da pelve instáveis comumente estão associadas a lesões de órgãos e
estruturas da cavidade pélvica. Nos casos de fraturas expostas a mortalidade chega
a 50%.
Mecanismo traumático:
Em idosos normalmente é provocada por traumas diretos de baixa energia
(queda da própria altura).
Em jovens pode ser provocada por traumas diretos e indiretos de alta energia
(acidentes de carro)
Classificação:
São muitas as classificações utilizadas pra essas fraturas, contudo o prognóstico e o
tratamento depende diretamente da estabilidade da fratura, assim a classificação
quanto a estabilidade, descrita a baixo, torna-se muito utilizada.
Fratura sem ruptura do anel pélvico.
a) Avulsão – Espinha ilíaca ântero-superior ou tubérculo isquiático.
b) Ramo púbico.
c) Ísquio – Por trauma direto.
Fratura com ruptura do anel pélvico estável.
a) Asa do ílio.
b) Assoalho do acetábulo.
c) Ramo ísquio-púbico e ílio-púbico homolateral.
32
Fratura com ruptura do anel pélvico instável.
a) Ramo ísquio-púbico e ílio-púbico bilateral
b) Asa do ílio ou sacro com ruptura da sínfise.
c) Ramo ísquio-púbico e ílio-púbico + asa homolateral
Tratamento conservador (fraturas sem ruptura do anel pélvico):
Repouso
Tratamento cirúrgico:
Parafuso.
Placa e parafuso.
Fixador externo.
Obs: Carga só após 12 à 16 semanas.
Complicações:
Doenças tromboembólicas.
Pneumonias.
Lesão nervosa.
Lesão urogenital
Consolidação viciosa (principal causa de dor no pós-operatório)
Obs: Nos casos de fraturas instáveis o paciente deve permanecer no leito por
aproximadamente 6 semanas e os exercícios ativos só devem ser liberados após
3 semanas.
33
Figura 27 - Fratura da asa do Ílio (1), do acetábulo (1 e 4) e dos ramos
ísquio-púbicos (3)
Figura 28 -Tratamento cirúrgico de uma fratura do acetábulo (1), fratura bilateral dos
ramos ísquio-púbicos (2) e luxação da sínfise púbica com fratura do sacro (3)
Fraturas do acetábulo:
Há basicamente dois grupos de pacientes com fraturas do acetábulo. O primeiro
composto de idosos com ossos osteoporóticos associado à traumatismo de baixa
energia. O outro é formado por jovens, vítimas de acidentes de alta energia,
geralmente politraumatizados. Essas fraturas estão freqüentemente associadas a
lesões de partes moles.
34
Classificação:
Fratura anterior – fratura muita rara e de bom prognóstico, pois não afeta a
área de carga do acetábulo.
Fratura posterior – comumente associada à luxação do quadril.
Fratura transversa – normalmente é estável.
Fratura complexa – mais comum e normalmente de mau prognóstico.
Tratamento conservador (raramente é realizado. Só é utilizado nas fraturas sem
desvio):
Repouso com restrição de carga.
Tratamento cirúrgico:
Placa e parafuso.
Artroplastia do quadril (fraturas complexas em indivíduos idosos).
Complicações:
Tromboembolismo.
Lesão vascular.
Lesão nervosa.
Calcificação heterotópica.
Artrose pós-traumática.
Luxação do quadril:
As luxações do quadril raramente ocorrem sem fraturas associadas.
35
Classificação:
Luxação central (só ocorre com fraturas, sendo abordadas de acordo com a
complexidade da fratura).
Luxação anterior (corresponde de 10 à 15%) – Clinicamente a coxa fica
rodada externamente, abduzida e ligeiramente fletida.
Luxação posterior (mais comum) - Clinicamente a coxa fica rodada
internamente, aduzida e em leve flexão; além de encurtada.
Figura 29 - Aspecto clínico da luxação posterior (1) e da luxação anterior (2)
Radiografia de luxação posterior (3)
Tratamento conservador (é sempre a opção nos casos de luxação sem fratura):
Redução incruenta sob anestesia.
Complicações:
Necrose da cabeça do fêmur.
Artrose precoce.
Miosite ossificante.
Lesão nervosa.
Lesão vascular
36
Fratura do colo do fêmur:
São fraturas típicas de idosos e acometem predominantemente mulheres (5:1),
provavelmente pela maior incidência de osteoporose nas mulheres.
Mecanismo Traumático.
Em jovens normalmente é provocada por traumas indiretos de alta energia.
Em idosos pode ser provocada por traumas de baixa energia (queda da
própria altura).
Classificação de Garden:
Tipo I – Fratura impactada em valgo (adução) ou incompleta.
Tipo II – Fratura completa sem desvio.
Tipo III – Fratura com desvio de até 50%.
Tipo IV – Fratura com desvio maior de 50%.
Figura 30 - Os 4 estágios das fraturas do colo de fêmur de acordo com Garden
Tratamento conservador (tipo I):
37
Repouso com restrição de carga.
Tratamento Cirúrgico:
Fio de Kirschner.
Parafusos canulados.
Placa DHS (Dynamic Hip Screw)
Prótese (necrose)
OBS: A carga só é liberada após a consolidação, aproximadamente 12 semanas,
com exceção das tratadas com placa DHS.
Complicações:
Necrose da cabeça.
Artrose.
Pseudoartrose (20 a 30%).
T.V.P.
Pneumonias (idosos)
Fratura transtrocantérica:
É uma fratura típica das mulheres da terceira idade e é descrita como a fratura
proximal do fêmur mais comum.
Pode ser simples ou associada à fratura dos trocânter maior ou menor.
Mecanismo Traumático:
38
Normalmente é provocada por uma queda da própria altura sobre a face
lateral da coxa.
Tratamento cirúrgico (é sempre tratada cirurgicamente):
Placa DHS (Dynamic Hip Screw). (a carga é liberada precocemente)
Complicações (são raras):
T.V.P.
Perda de redução
Consolidação viciosa
Figura 31 - Fratura de colo de fêmur fixada com 3 parafusos (1), fratura
transtrocantérica(2), placa D.H.S. e haste P.F.N.
(Proximal Femural Nail).
Epifisiólise da cabeça do fêmur (coxa vara do adolescente):
39
É o deslocamento da epífise superior do fêmur em relação ao colo, em ossos
imaturos.
Ocorre pouco antes da puberdade (12 anos meninas e 15 anos meninos) e pode
estar relacionada com distúrbios endócrinos ou obesidade.
A causa é incerta, mas pode está relacionada com trauma; sua incidência é maior
em meninos.
Tipos:
Crônica (mais comum) – Tem inicio insidioso
Aguda – Tem inicio súbito, geralmente após um trauma
Crônica agudizada – Tem inicio insidioso e subitamente os sintomas pioram,
geralmente após um trauma.
Quadro clinico:
Claudicação
Coxa rodada externamente.
Dor na região inguinal.
Rotação interna diminuída.
Abdução diminuída.
Classificação de Wilson:
Grau 0 – alargamento da fise.
Grau I – deslizamento de até 1/3 da largura do colo.
Grau II – deslizamento de 1/3 a 1/2 da largura do colo.
Grau III – deslizamento maior que ½ da largura do colo.
40
Tratamento cirúrgico:
Fixação com parafusos ou fio de Kirschner.
Complicações:
Varismo de coxa.
Necrose da cabeça.
Artrose
Bilateral (15 a 30%)
Figura 32 - Epifisiólise (1) e tratamento com 3 fios de Kirschner na epifisiólise (2).
Fratura diafisária do fêmur:
É uma fratura que freqüentemente lesa o quadríceps e acomete mais indivíduos
adultos jovens. Seu tratamento é essencialmente cirúrgico. No passado o tratamento
conservador com tração transesquelética até a consolidação da fratura era
freqüentemente realizado e produzia muitas complicações.
Mecanismo Traumático:
41
Normalmente é provocada por traumas de alta energia direto ou indireto,
muito comum em acidentes automobilísticos e atropelamentos.
Clinicamente é de fácil diagnostico, isso porque quase sempre produz
deformidade.
Tratamento Conservador:
Não é mais realizado por causa das complicações.
Tratamento cirúrgico:
Haste intramedular (carga liberada de acordo com a tolerância do paciente)
Placa e parafuso.
Fixador externo.
Complicações:
Pseudo-artrose
Retardo de consolidação
Consolidação viciosa.
42
Figura 33 - Fratura diafisária de fêmur e tratamento com haste (1 e 2); Tração
transesquelética (3)
Fratura distal do fêmur:
São fraturas mais comuns em jovens e normalmente com grande potencial de
desvio. Clinicamente produz deformidade e edema no joelho.
Mecanismo traumático:
Trauma indireto – é o mais comum.
Pode ser extra-articular (melhor prognóstico) ou intra-articular.
Tratamento conservador (fraturas sem desvio):
Imobilização com tubo gessado com joelho fletido a 20 graus por
aproximadamente 10 semanas.
Tratamento cirúrgico:
Placa e parafuso.
Parafuso.
OBS: No pós-operatório pode ser indicado o uso do aparelho de CPM no período
hospitalar.
43
Figura 34 - Aparelho de movimento contínuo (CPM)
Complicações:
Artrose precoce.
Rigidez.
Pseudo-artrose.
Figura 35 - Fratura distal de fêmur e tratamento com placa e parafuso
de compressão dinâmica.
Fratura da patela:
Representam 1% de todas as fraturas do corpo e acometem mais homens de meia
idade.
44
Mecanismo Traumático:
Trauma direto com joelho fletido.
Classificação:
Sem desvio.
Com desvio (desvio maior que 3mm)
Classificação quanto ao traço:
Transversa.
Vertical.
Polar superior.
Polar inferior.
Cominutiva.
Tratamento conservador (fraturas incompletas):
Tubo gessado com joelho em extensão por 6 semanas aproximadamente.
Tratamento cirúrgico:
Banda de tensão.
Fio de Kirschner.
Patelectomia total e parcial.
Complicações:
Refratura.
Pseudoartrose.
Artrose precoce.
45
Tendinite patelar.
Ruptura do tendão patelar.
Figura 36 - Fratura transversa (1), fixação em banda de tensão (2 e 3)
e fio de proteção dinâmica.
Fratura do platô tibial:
São fraturas mais comuns em indivíduos idosos (8%) do que no resto da população
(1%).
Mecanismo Traumático:
Trauma direto – mais comum do côndilo lateral.
Trauma indireto – traumas axiais.
A fratura do côndilo lateral por trauma direto é conhecida por “fratura do pára-
choque”.
Tratamento conservador (fratura sem desvio):
Tubo gessado com joelho fletido a 20 graus por aproximadamente 10
semanas.
46
Tratamento cirúrgico:
Placa e parafuso (placa em contraforte).
Parafuso.
OBS: No pós-operatório pode ser indicado o uso do aparelho de CPM no período
hospitalar.
Complicações:
Artrose precoce.
Rigidez
Pseudo-artrose.
Figura 37 - Fratura do platô tibial (1) e fixação com placa em contraforte e parafusos
(2 e 3)
Fratura diafisária da tíbia e fíbula:
São as fraturas dos ossos longos mais freqüentes e pode ocorrer de forma isolada
ou combinada.
A fratura da diáfise da tíbia é a fratura exposta mais comum.
47
Mecanismo traumático:
Trauma direto – atropelamento.
Trauma indireto – geralmente associado a força de torção.
A classificação das fraturas da tíbia levam em consideração os seguintes aspectos:
Aberta ou fechada.
Traço.
Instável e estável.
Tratamento conservador da tíbia:
Imobilização inguinopodálica por 4 à 6 semanas com suropodélica por mais 4
à 6 semanas.
Tratamento cirúrgico da tíbia:
Haste intramedular (carga de acordo com tolerância do paciente).
Fixador externo.
Placa e parafusos (pouco comum)
OBS: As fraturas dos 2/3 superiores da fíbula deve ser negligenciada.
Complicações:
Lesão nervosa.
Lesão vascular.
Consolidação viciosa.
48
Pseudo-artrose.
Síndrome compartimental.
Figura 38 - Fratura diafisária e tratamento com haste intramedular (1 e 2); fixador
externo circular e linear (3 e 4).
Fratura do pilão ou teto tibial:
Possui o nome de pilão pois a fratura é provocada pelo impacto do tálus sobre a
tíbia.
Mecanismo Traumático:
Trauma indireto – é provocado pelo impacto do tálus no teto tibial.
Tratamento conservador (raro):
Imobilização suropodálica por aproximadamente 8 semanas.
49
Tratamento cirúrgico:
Placa e parafuso.
Parafuso.
Complicações:
Rigidez.
Pseudoartrose.
Artrose precoce.
Figura 39 - Fratura do teto tibial e tratamento com placa e parafuso (1 e 2).
Fraturas Maleolares:
São fraturas muito freqüentes e podem ocorrer no maléolo lateral, medial ou
bimaleolar.
Mecanismo traumático:
50
Quase sempre provocada por uma entorse do tornozelo.
Estão freqüentemente associadas à lesão ligamentares.
Classificação de Weber e Danis (maléolo fibular):
Infrasindesmal – provocada por inversão é uma fratura por avulsão dos
ligamentos laterais (pode estar associada à fratura do maléolo tibial).
Transindesmal – provocada por eversão (pode estar associada à lesão da
sindesmose, subluxação do tálus e fratura do maléolo tibial).
Suprasindesmal – provocada por eversão (pode estar associada à lesão do
ligamento deltóide, subluxação do tálus e fratura do maléolo tibial. A
sindesmose está sempre lesada).
Tratamento conservador (fratura sem desvio, infra ou transindesmal):
Imobilização suropodálica por 6 semanas aproximadamente.
Tratamento cirúrgico (sempre na suprasindesmal):
Placa e parafuso.
Fio de Kirschner (maléolo medial)
Parafuso (maléolo medial).
Complicações:
Pseudoartrose.
Rigidez.
Artrose precoce.
Edema residual.
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Figura 40 - Fratura bímaleolar suprasindesmal (1 e 2) e fratura bimaleolar
transindesmal (3 e 4)
Fratura do tálus:
São fraturas raras e potencialmente graves pelo risco de necrose e artrose.
Mais de 60% superfície do tálus é coberta por cartilagem isso explica o alto risco de
necrose e artrose.
Mecanismo traumático:
Trauma indireto - o tálus é comprimido entre o calcâneo e a tíbia.
A fratura do tálus pode ocorrer nos seguintes níveis:
Cabeça.
Colo (mais comum)
Corpo.
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É comum a associação com outras fraturas como:
Maléolo medial (comum).
Calcâneo
Metatarso
Tratamento conservador (fraturas sem desvio)
Imobilização suropodálica por aproximadamente 8 semanas (sem carga).
Tratamento cirúrgico:
Parafuso (sem carga por 6 semanas).
Artrodese subtalar nos casos de fraturas cominutivas em idosos (sem carga
por no mínimo 8 semanas).
Complicações:
Necrose.
Artrose precoce.
Rigidez.
Consolidação viciosa.
53
Figura 41 - Fratura do colo do tálus e fixação com parafusos (1 e 2)
Fratura do calcâneo:
São lesões comuns em jovens.
Estão freqüentemente associadas as fraturas de tornozelo.
Mecanismo traumático.
Trauma direto – normalmente impacto do calcâneo no solo.
As fraturas do calcâneo podem ser:
Extra-articular – 25%
Intra-articular – 75%
Tratamento conservador (fraturas sem desvio):
Imobilização suropodálica por aproximadamente 8 semanas (sem carga).
Tratamento cirúrgico:
Placa e parafuso (sem carga por 6 semanas).
Parafuso (sem carga por 6 semanas)
Artrodese subtalar nos casos de fraturas cominutivas em idosos (sem carga
por no mínimo 8 semanas).
Complicações:
Artrose.
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Rigidez.
Síndrome compartimental.
Tendinite dos fibulares.
Figura 42 - Fratura do calcâneo e fixação com placa (1 e 2)
e fratura por avulsão do calcâneo.
Fratura-luxação de Lisfranc:
É a fratura da base do segundo metatarso (95% das vezes) mais luxação da
articulação tarso-metatarso (art. de Lisfranc).
É uma lesão rara.
Mecanismo traumático:
Trauma direto – queda de objeto sobre o pé.
Trauma indireto – trauma sobre o antepé com plantiflexão do pé.
Tratamento é sempre cirúrgico:
Fio de Kirschner ou parafuso + imobilização suropodálica por 4 – 6 semanas.
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Complicações:
Consolidação viciosa.
Síndrome compartimental.
OBS: Uma outra fratura-luxação do pé é a de “Chopart” definida como: Fratura do
navicular + luxação calcâneo-cubóide e talo-navicular.
Figura 43 - Fratura-luxação de Lisfranc em incidência AP e oblíqua (1 e 2).
Fratura de Jones:
É a fratura por avulsão da base do quinto metatarso.
É a fratura metatarsal mais comum e acomete predominantemente mulheres.
Mecanismo traumático:
Avulsão pelo fibular curto.
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Tratamento conservado (mais comum):
Imobilização suropodálica por 4 -6 semanas.
Tratamento cirúrgico (com desvio):
Fio de Kirschner + imobilização.
Essa fratura raramente complica.
Figura 44 - Fratura de Jones
Fraturas dos metacarpos e falanges:
São as fraturas mais freqüentes do pé.
Mecanismo traumático:
Trauma direto – queda de objeto sobre o pé (mais comum).
Trauma indireto – geralmente força de torção.
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Podem ocorrer nas seguintes regiões:
Cabeça.
Colo.
Diáfise.
Base.
Tratamento conservador (mais comum):
Bota gessada por 4 – 6 semanas (sem carga no antepé por 2 semanas)
Tratamento cirúrgico:
Fio de Kirschner mais bota gessada por 6 semanas (sem carga no antepé por
4 semanas)
Essa fratura raramente complica.
Figura 45 - Fratura extrarticular do 4º e 5º metatarso
58
Bibliografia:
SOBOTTA, J. Atlas de Anatomia humana. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000.
NETTER, F.H. (M.D.) Atlas de Anatomia Humana. Porto Alegre: Artmed, 1998.
LIMA, M Apostila Trauma MMII com Radiografias.
BONTRAGER, K. L. Tratado de Técnica Radiológica e Base Anatômica. 5ª Edição.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.
Índice:
Resumo....................................................................................................................... 5
Introdução....................................................................................................................6
Capítulo 1 – Sistema Esquelético dos Membros Inferiores.........................................6
Ossos do Membro Inferior.........................................................................................10
Capítulo 2 – Fraturas de MMII...................................................................................32
Fraturas da pelve.......................................................................................................32
Fraturas do acetábulo................................................................................................34
59
Luxação do quadril....................................................................................................35
Fratura do colo do fêmur............................................................................................37
Fratura transtrocantérica............................................................................................38
Epifisiólise da cabeça do fêmur (coxa vara do adolescente).....................................40
Fratura diafisária do fêmur.........................................................................................41
Fratura distal do fêmur...............................................................................................43
Fratura da patela.......................................................................................................45
Fratura do platô tibial.................................................................................................46
Fratura diafisária da tíbia e fíbula..............................................................................48
Fratura do pilão ou teto tibial.....................................................................................49
Fraturas Maleolares...................................................................................................51
Fratura do calcâneo...................................................................................................54
Fratura-luxação de Lisfranc.......................................................................................55
Fratura de Jones........................................................................................................57
Fraturas dos metacarpos e falanges.........................................................................58
Bibliografia.................................................................................................................59
Índice.........................................................................................................................60
60