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Princípios de Administração
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“Surge apenas no século XIX, em consequência do nascimento das grandes corporações industriais e sociedades anónimas.
Embora as empresas industriais de capitais privados tenham surgido no século XIV, elas tinham uma dimensão pequena, requeriam pouco dinheiro e eram geridas pelos próprios donos, geralmente um único indivíduo ou uma família.”
(Chambel, 1995, p. 52)
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O desenvolvimento da indústria veio introduzir transformações radicais nas sociedades ocidentais, em particular na Europa, a nível económico, social e cultural.
Podemos considerar que a revolução industrial só foi possível graças às descobertas técnicas e energéticas do final do século XVIII. No entanto, as causas dessa transformação socio-económica vieram da pobreza e da estagnação produtiva de países essencialmente agrícolas. A indústria e o comércio eram ainda principiantes.
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A Teoria Geral da administração passou por uma gradativa e crescente ampliação do enfoque desde a abordagem Clássica que na época havia sido profundamente influenciada por três princípios intelectuais dominantes em quase todas as ciências no início deste século:
o reducionismo;
o pensamento analítico;
o mecanicismo.
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Com o advento da Teoria Geral dos Sistemas, os princípios do reducionismo, do pensamento analítico e do mecanicismo já se encontram totalmente substituídos pelos princípios opostos, sendo eles:
o expansionismo;
o pensamento sintético;
a teleologia.
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A Teoria do Sistema geral ou, mais simplesmente, Teoria dos Sistemas foi criada nos anos 30 por um biólogo chamado Ludwig von Bertalanffy, para tentar responder á complexidade dos organismos vivos.
Entre os anos 40 e 70, a Teoria dos
Sistemas veio a desenvolver-se significativamente com a contribuição de investigadores de outras disciplinas científicas bastante diferentes da biologia.
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Por volta da década de 1960, a inclusão da Teoria Geral dos Sistemas na administração mostrou que nenhuma organização existe no vácuo ou é autónoma e livre no seu funcionamento.
Cada organização vive e opera num ambiente do qual recebe entradas (como materiais, energia, informação) e no qual coloca os seus produtos ou saídas (como, por exemplo, informação).
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A noção de sistema pode ser aplicada a qualquer objecto ou fenómeno que queiramos estudar e distingue-se do método cartesiano por colocar ênfase da análise não nos componentes do sistema, mas na relação que existe entre eles.
Um sistema é definido como um conjunto integrado de partes, intima e dinamicamente relacionadas, que desenvolve uma actividade ou função e é destinada a atingir um objectivo especifico.
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Existem diversos tipos de sistemas entre os quais :
Sistemas abertos e fechados;
Sistemas de energia, matéria ou informação;
Sistemas naturais e artificiais.
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Propriedades dos sistemas: Homeostase; Entropia negativa; Estrutura e Função; Diferenciação e Integração; Variedade requerida; Equifinalidade; Evolução.
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Uma das principais vantagens da teoria sistémica foi pôr em evidencia as relações da organização com o seu meio ambiente.
Uma segunda consequência prática refere-se ao papel do gestor.
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A terceira vantagem está directamente ligada à equifinalidade dos sistemas.
Uma última implicação para a teoria das organizações advém do facto de a analogia sistémica trazer uma nova perspectiva sobre a evolução das empresas.
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A comparação dos sistemas sociais com os sistemas vivos leva-nos facilmente a pressupor que os primeiros se regem pelas mesmas leis naturais dos segundos. Existem, no entanto, algumas diferenças entre estes que nos impedem de os tratar como sistemas equivalentes.
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A autonomia intelectual dos seres humanos conduz à segunda limitação desta analogia. Enquanto nos sistemas vivos encontramos uma unidade de funcionamento quase perfeita entre os seus subsistemas, nos sistemas sociais essa unidade é quase impossível de atingir, pela diversidade de interesses e perspectivas dos seus elementos.
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Nas organizações de saúde e nos serviços de Enfermagem encontramos, nos últimos anos como propostas organizacionais inovadoras, estruturas com características da Teoria de Sistemas.
As organizações são aceites como subsistemas do sistema maior, o qual, no caso, é o sistema de saúde, e com ela intercambiam matéria e energia.
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A Teoria dos Sistemas contribui na Terapia Familiar, ou seja:
Todos os sistemas sociais e humanos são abertos e hierarquizados. Estão inseridos num meio no qual decorrem trocas permanentes;
O sistema familiar faz parte de um supra – sistema mais amplo (comunidade e sociedade) e é composto por vários subsistemas. Nesta perspectiva, as famílias são descritas como unidades compostas por membros cujos padrões de interacção são o foco de atenção.
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CHAMBEL, Maria José;CURRAL, Luís – “Psicossociologia das organizações”. 1ª Edição. Lisboa: Texto Editora, 1995. Páginas 52, 124, 126, 127, 129, 130, 134, 135 e 136. IBSN 972-47-0656-7
CHIAVENATO, Idalberto – “Introdução à Teoria Geral da Administração”. 3ª Edição. São Paulo: Maked Book.
CHIAVENATO, Idalberto – “Administração nos novos tempos”. 2ª Edição. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1999. Página 56. IBSN 85-352-0428-8