prática de oficina aula 03 2015_1

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10 PRÁTICA DE OFICINA aula 03 -2015-1 2.4 – OPERAÇÕES DE TORNEAMENTO Quanto à forma da trajetória, o torneamento pode ser retilíneo ou curvilíneo. 2.4.1 - Torneamento retilíneo - Processo de torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma trajetória retilínea. O torneamento retilíneo pode ser: (a) - Torneamento cilíndrico - Processo de torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma trajetória paralela ao eixo principal de rotação da máquina. Pode ser externo (figura 2.12) ou interno (figura 2.13). Fig. 2.12 Torneamento cilíndrico externo (4) . Fig. 2.13 Torneamento cilíndrico interno (4) . - Quando o torneamento cilíndrico visa obter na peça um entalhe circular, na face perpendicular ao eixo principal de rotação da máquina, este é denominado de sangramento axial (figura 2.14). Fig. 2.14 Sangramento axial (4) . (b) - Torneamento cônico - Processo de torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma trajetória retilínea, inclinada em relação ao eixo principal de rotação da máquina. Pode ser externo (figura 2.15) ou interno (figura 2.16). Fig. 2.15 Torneamento cônico externo (4) . Fig. 2.16 Torneamento cônico interno (4) .

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    PRTICA DE OFICINA aula 03 -2015-1

    2.4 OPERAES DE TORNEAMENTO

    Quanto forma da trajetria, o torneamento pode ser retilneo ou curvilneo.

    2.4.1 - Torneamento retilneo - Processo de torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma trajetria retilnea. O torneamento retilneo pode ser:

    (a) - Torneamento cilndrico - Processo de torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma trajetria paralela ao eixo principal de rotao da mquina. Pode ser externo (figura 2.12) ou interno (figura 2.13).

    Fig. 2.12 Torneamento cilndrico externo (4).

    Fig. 2.13 Torneamento cilndrico interno (4).

    - Quando o torneamento cilndrico visa obter na pea um entalhe circular, na face perpendicular ao eixo principal de rotao da mquina, este denominado de sangramento axial (figura 2.14).

    Fig. 2.14 Sangramento axial (4).

    (b) - Torneamento cnico - Processo de torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma trajetria retilnea, inclinada em relao ao eixo principal de rotao da mquina. Pode ser externo (figura 2.15) ou interno (figura 2.16).

    Fig. 2.15 Torneamento cnico externo (4).

    Fig. 2.16 Torneamento cnico interno (4).

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    (c) - Torneamento radial - Processo de torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma trajetria retilnea, perpendicular ao eixo principal de rotao da mquina.

    - Quando o torneamento radial visa a obteno de uma superfcie plana, ele denominado torneamento de faceamento (figura 2.17).

    Fig. 2.17 Torneamento de faceamento (4).

    - Quando o torneamento radial visa a obteno de um entalhe circular, ele denominado sangramento radial (figura 2.18).

    Fig. 2.18 Sangramento radial (4).

    (d) - Perfilamento - Processo de torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma trajetria retilnea radial (figura 2.19) ou axial (figura 2.20), visando a obteno de uma forma definida, determinada pelo perfil da ferramenta.

    Fig. 2.19 Perfilamento radial (4).

    Fig. 2.20 Perfilamento axial (4).

    2.4.2 - Torneamento curvilneo - Processo de torneamento no qual a ferramenta se desloca segundo uma trajetria curvilnea (figura 2.21). uma combinao instantnea dos movimentos axial e radial.

    Fig. 2.21 Torneamento curvilneo (4).

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    2.4.3 - Outras operaes

    O torno permite vrias outras operaes como alguns exemplos abaixo:

    - Filetagem ou roscamento (figuras 2.22 e 2.23)

    Fig. 2.22 Roscamento externo (4). Fig. 2.23 Roscamento interno (4).

    - Furar com broca parada fixa no porta ferramenta (figura 2.24) ou com broca girando montada na placa ou mandril (figura 2.25)

    Fig. 2.24 Furao com broca parada (1).

    Fig. 2.25 Furao com broca girando (1).

    - Recartilhar - Quando se deseja tornar uma superfcie spera, como o cabo de algumas ferramentas, ou de qualquer pea, usa-se uma ferramenta que possa imprimir na superfcie da mesma o desenho desejado (figuras 2.26 e 2.27).

    Fig. 2.26 Recartilhando (1).

    Fig. 2.27 Cabo de recartilhar (1).

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    2.5 TEMPOS NO TORNEAMENTO

    O tempo de execuo (TE) para um operrio realizar um trabalho de usinagem no torno mecnico, normalmente pode ser composto pelos seguintes tempos parciais:

    tm = tempo manual (utilizado para: fixar e tirar a pea; trocar e ajustar as ferramentas; medir; alterar as velocidades; etc., ou seja o tempo que o operrio lava na execuo manual da operao do torneamento);

    tu = tempo til (utilizado no movimento da mquina);

    tp = tempo perdido (tempo consumido em imprevistos em geral fixado em porcentagem por exemplo 10% de [tm + tu ] tp = 0,1 . [tm + tu ]).

    Com isto temos a seguinte equao: TE = tm + tu + tp ou

    O tempo til normalmente composto por: tu = tc + tx

    onde: tc = tempo de corte tx = tempo morto (consumido no retorno do carro porta ferramentas, avanos a mo, tempo de movimento livre da mquina, se o operrio trabalha em mais de uma mquina, etc). = rendimento operacional (O estudo de tempos e movimentos de produo pode fornecer um rendimento operacional em porcentagem para substituir os tempos: tm , tp e tx)

    Os tempos podem ser representados esquematicamente conforme a figura 2.28.

    Fig. 2.28 Representao esquemtica dos tempos no torneamento

    O tempo de corte pode ser calculado atravs de:

    C = Comprimento a tornear C = Cp + Fa + Fp Cp = Comprimento da pea Fa = Folga anterior Fp = Folga posterior

    a = avano em mm/rotao; n = rotao por minuto (rpm).

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    Exerccios Determinar o tempo de corte para os dois casos abaixo, onde no torno que ser utilizado, as seguintes rotaes (rpm) podem ser selecionadas:

    25 37 54 76 110 130 150 208 296

    Caso1 - Torneamento cilndrico com os seguintes dados:

    v = 20 m/min (velocidade mxima recomendada pelo fabricante da ferramenta); d = 80 mm; Fa = Fp = 5 mm; Cp = 490 mm; a = 0,5 mm/rotao

    Caso 2 Operao de facear com os seguintes dados:

    v = 20 m/min (velocidade mxima recomendada pelo fabricante da ferramenta); d = 160 mm; Fa = 5 mm; a = 0,5 mm/rotao

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    Caso 3 - Em uma operao de torneamento cilndrico temos os seguintes dados:

    a) dimetro da pea 70 mm ; b) comprimento da pea 340 mm ; c) velocidade mxima de corte recomendada 34 m/min.; d) avano de 0,4 mm por rotao; e) folga anterior = 5 mm ; folga posterior = 5 mm; f) rotaes disponveis no torno: 53 74 105 - 150 - 250 - 300 - 350 - 400 ; g) rendimento operacional do s tornos 85 %.

    Calcular o tempo de corte (tc) para uma pea, em minutos (para validar a questo demonstre os clculos).

    Caso 4 - Com os dados do Caso 3:

    Calcular o tempo de execuo (TE) para 2500 peas em dias, com 6 tornos trabalhando 8 horas por dia. (para validar a questo demonstre os clculos).

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