portfólio juliana
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UNIVERSIDADE DO ESTADO DA BAHIA
SUPERVISOR: CLÁUDIA REGINA TEIXEIRA DE SOUZA
ESTAGIÁRIA: JULIANA NOGUEIRA SCHMIDT
REGENTE: ANTÔNIO GERALDO
COLÉGIO: MODELO LUIS EDUARDO
MAGALHÃES
TURMA: 1º ANO (90M1)
ESTÁGIO SUPERVISIONADO II
Reflexão...
“Não é no silêncio que os homens sefazem, mas na palavra, no trabalho, naação-reflexão.”
Paulo Freire
Apresentação
O presente trabalho é fruto das
atividades de observação e regência
realizadas em 27 aulas, como parte das
atividades da disciplina Estágio
Supervisionado II, do curso de
Licenciatura em Ciências Biológicas da
Universidade do Estado da Bahia, sob a
orientação da professora Cláudia
Regina Teixeira de Souza.
O estágio foi desenvolvido em duas
etapas: observação, momento em que foi
analisada a estrutura física do colégio, o
professor regente e a turma; e a fase da
regência.
As experiências relatadas neste
portfólio foram vivenciadas no Colégio
Modelo Luís Eduardo Magalhães,
localizado na Rua Luís Viana, S/N -
Centro, Alagoinhas – Bahia. É uma
escola de Ensino Médio (1 ano ao 3
ano). O estágio foi realizado na turma
de 1º ano M1 do turno matutino durante
o período de 14/09/10 à 07/12/10.
A proposta de estágio foi
desenvolvida a partir da elaboração de
planos semanais contendo os objetivos
conceituais, procedimentais e
atitudinais, além das seqüências
didáticas que buscavam potencializar
as relações interativas em sala de aula e
acompanhadas de proposta de avaliação
que fosse viável a realidade dos
estudantes.
Introdução
Pimenta e Lima (2009) consideram
que a finalidade do estágio é propiciar ao
aluno uma aproximação à realidade na
qual atuará. Além disso, o estágio como
reflexão da práxis possibilita aos alunos
que ainda não exercem o magistério
aprender com aqueles que já possuem
experiência na atividade docente.
O estágio é o eixo central na
formação de professores, pois é através
dele que o profissional conhece os aspectos
indispensáveis para a formação da
construção da identidade e dos saberes do
dia a dia (PIMENTA E LIMA, 2004).
Conforme Januário (2008) o estágio é
fundamental, pois ao estagiar, o futuro
professor passa a enxergar a educação
com outro olhar, procurando entender a
realidade da escola e o comportamento
dos alunos, dos professores e dos
profissionais que a compõem. Com isso
faz uma nova leitura do ambiente
(escola, sala de aula, comunidade),
procurando meios para intervir
positivamente.
Dessa maneira é de suma
importância envolver-se com o estágio
supervisionado e refletir sobre a
influência deste na nossa vida
profissional.
A Escola
O estágio foi realizado no Colégio
Modelo Luis Eduardo Magalhães o qual
apresenta apenas as séries de Ensino Médio
com 1.092 alunos matriculados.
A escola é bastante ampla com
quatro pavimentos. O pavimento térreo
apresenta salas da administração, diretoria,
coordenação, sala dos professores,
secretaria, auditório, recreio coberto,
cantina, anfiteatro e quadro poliesportiva.
O primeiro pavimento possui seis salas de
aula, uma sala de arte, um laboratório de
ciências. O segundo pavimentos apresenta
seis salas de aula, uma sala de informática,
uma sala de tv e vídeo.
A Escola
Por fim, o terceiro pavimento
apresenta os departamentos de
Apoio/Supervisão, Colegiado escolar e
três salas de língua estrangeira.
O colégio funciona nos três turnos,
atendendo grande parte dos alunos da
cidade de Alagoinhas, assim também
como alunos de cidades circunvizinhas
(Araçás, Aramari, Entre Rios e etc.)
A Escola
Corredor das salas de aula
Praça de alimentação e Cantina
Frente do Colégio Modelo
Administração, diretoria,coordenação, sala dosprofessores, secretaria
A Turma: 90M1
A turma é composta por trinta e
nove alunos, com faixa etária de quinze à
dezessete anos de idade, e com
praticamente a mesma quantidade de
meninos e meninas. Alguns alunos sempre
se mostravam participativos durante as
aulas. No entanto, era um pouco difícil
manter o silêncio durante as aulas devido
as conversas paralelas, principalmente
quando a sala estava em círculo. É uma
turma bastante alegre, unida e
principalmente cheia de energia!
A Turma: 90M1
Talvez, a conversa e a falta de
interesse, muitas vezes observada na
turma, pode ter sido em resultado do
período do ano, IV unidade. Alguns alunos
precisavam apenas de poucos pontos para
passar e outros já estavam na recuperação.
Assim não se empenhavam em conseguir
boas notas nessa unidade.
No entanto, o relacionamento com a
turma foi agradável. Eram, na sua
maioria responsáveis em realizar as
tarefas solicitadas e não desrespeitavam a
estagiária em nenhum momento, tanto
dentro como fora da sala de aula.
A Turma: 90M1
O Livro• Biologia: citologia/ histologia, do autor Wilson
Roberto Paulino. Vol. 1 – 1 ed. – São Paulo - EditoraÁtica, 2005.
Esse livro foi de grande ajuda para oentendimento do assunto pelos alunos.Apresenta várias ilustrações, textosextras, como também ótimas questões paraserem trabalhadas em sala de aula.
“A presença das figuras é marcante nos livrosdidáticos atuais de biologia...Considera-se que umaadequada representação gráfica pode substituirpáginas de texto, tornando-se parte vívida ememorável da informação. Além de fornecer umadescrição sucinta, o desenho acrescenta vigor àapresentação oral ou escrita [...]Não é por acaso queos livros didáticos de biologia apresentam umaquantidade de desenhos bem superior aos outros tiposde figuras: sua função é a de tornar mais claro otexto .”
BRUZZO (2004)
I Etapa
• OBSERVAÇÃO
Essa etapa foi realizada num período
de três semanas, sendo observadas duas
aulas por dia a cada semana.
Na primeira semana ( 14/09/10). O
professor realizou a correção de atividade
do livro. A sala estava em círculo com
muitos alunos conversando. O professor
solicitou a atividade feita no caderno para
dar o visto. Em seguida começou a corrigir
a atividade sobre núcleo celular. Em alguns
momentos pedia silêncio, mas na maioria
das vezes prendia a atenção com perguntas
feitas diretamente para aqueles que
estavam conversando.
I Etapa
Na segunda semana (21/09/10), os
alunos fizeram uma atividade em grupo
quando construiram um cariótipo
utilizando papel, tesoura e cola. O professor
distribuiu a atividade para cada grupo e
durante a aula acompanhou e tirou as
dúvidas necessárias. Como nem todos
terminaram a tempo, a atividade foi
finalizada em casa.
Na última semana (05/10/10) dessa
primeira etapa, foi observada a turma
durante a realização de uma prova que
teve duração de aproximadamente duas
aulas.
II Etapa
• REGÊNCIA (20 Aulas)– Início: 12/10/10– Fim: 07/12/10 – Assuntos:
• Síntese de Proteína
• Divisão celular
• Histologia
I Semana: 19.10.2010
• Assunto: Síntese de Proteína
• Técnicas de ensino:
– Aula expositiva dialógica com
demostração didática ( tv pen drive)
– Exibição de vídeo
Nome do vídeo : Projeto Genoma Humano
I Semana: 19.10.2010
Para iniciar a aula foi realizada uma
dinâmica de apresentação quando os alunos
disseram: nome, e uma característica marcante do
colega ao lado. Após a dinâmica de apresentação,
foi planejado passar um vídeo sobre ácidos
nucléicos com o objetivo de fazer uma rápida
revisão da primeira parte do assunto. No entanto o
vídeo não foi assistido, pois não conseguiu ser
executado na TV pen drive. Contudo esta revisão
foi feita pela própria professora com o auxílio de
algumas figuras (TV pen drive) e o quadro. Logo em
seguida foi iniciada a exposição dialogada do
assunto síntese de proteína com o auxílio do quadro
e da TV pen drive.
Para finalizar a aula, a fim de um melhor
entendimento do assunto abordado, foi solicitado
que os alunos resolvessem algumas questões do livro
didático, mas esses resistiram em fazer e assim a
atividade foi transferida para casa. Por fim, foi
feita chamada e os alunos conforme respondiam
eram liberados.
Comentando Teóricos...
Inicialmente foi pensado em utilizar
vídeos, pois é uma forma dinâmica e
instrutiva de debater o conteúdo. Segundo
Morán (1995) o vídeo aproxima a sala de aula
do cotidiano, das linguagens de aprendizagem
e comunicação da sociedade urbana, e
também introduz novas questões no processo
educacional. Além disso, o vídeo é sensorial,
visual, linguagem falada, linguagem musical e
escrita. Somos atingidos por todos os sentidos e
de todas as maneiras. O vídeo nos seduz,
informa, entretém, projeta em outras
realidades (no imaginário), em outros tempos e
espaços.
Por isso que essa ferramenta de ensino foi
utilizada em outras ocasiões a fim de
aprimorar o conhecimento dos alunos nos
diversos conteúdos.
II Semana: 26.10.2010
• Assunto: Síntese de Proteína
• Técnicas de ensino:
– Aula expositiva dialógica com
demonstração didática (tv pen drive);
– Exibição de vídeo;
– Música.
Música: Ácido Nucléico
II Semana: 26.10.2010
A aula foi iniciada com uma música
para a revisão da aula anterior. Quando a
música foi passada houve uma participação
tímida da maioria dos alunos. No entanto
pode-se notar o interesse deles pelo assunto a
partir da técnica de ensino utilizada. No
entanto após alguns minutos a aula foi
interrompida, pois a sala seria utilizada por
um programa de educação. Daí a turma foi
deslocada para a sala de vídeo. Com a
mudança e a disposição das cadeiras nessa
sala (cadeiras ao redor de bancadas), os
alunos ficaram mais dispersos e poucos
continuaram a prestar atenção na aula.
II Semana: 26.10.2010
Logo em seguida foi dada continuação ao
assunto Síntese de proteína por meio de uma
aula expositiva, enfatizando o processo da
tradução. Para uma melhor compreensão do
assunto foi assistido um vídeo, o qual
demonstrou passo a passo a formação de uma
proteína. Ao término do vídeo, foi realizada
uma breve discussão em sala sobre o processo
de síntese de proteína apresentado no vídeo.
Para finalizar a aula, foi solicitado aos
alunos que respondessem algumas questões do
livro didático ( pág. 87, questões 8 – 15) ,
referentes ao assunto em estudo.
Infelizmente, os alunos não mostraram
tanto interesse na aula, apesar das técnicas
de ensino utilizadas, provavelmente devido ao
deslocamento dos mesmos durante a aula.
Comentando Teóricos....
Para Gainza (1988), a música é um
elemento fundamental para o
desenvolvimento integral (bio-psicossocial)
do ser humano, pois conecta a absorção
(internalização) com a expressão
(externalização e comunicação)
contribuindo para a transformação e o
desenvolvimento. Além disso, quando um
adulto ouve música, uma grande
quantidade de informação é processada
muito rapidamente. (PEDERIVA e
TRISTÃO , 2006)
Moura e Moretti (2003), relatam como
uma situação de interação possibilita um
movimento de compreensão progressiva de
conceitos de forma significativa
III Semana: 09.11.2010
• Assunto: Síntese de Proteína
• Técnicas de ensino:
– Jogo: Sintetizando proteína.
No início da aula foi solicitado o caderno
para ser dado o visto no exercício passado nas
aulas anteriores, porém poucos alunos fizeram.
No entanto durante a correção alguns alunos
participaram respondendo as questões enquanto
outros copiavam o que era dito. Após a correção
foi dado início ao jogo “Síntese de proteína”
quando a turma foi dividida em duas equipes. As
perguntas foram sorteadas e feitas a cada equipe
uma por vez, aqueles que acertavam ganhavam
um ponto e colavam o anticódon no códon
correspondente que estava no quadro
III Semana: 09.11.2010
Os alunos se mostraram bastantes
animados durante o jogo. A equipe vencedora
ganhou um pacote de balas, o qual, por
vontade do grupo vencedor, foi distribuído
para toda a sala. No fim da aula foi solicitado
aos alunos que levassem na próxima aula o
material necessário para a confecção do
álbum seriado de histologia.
Nessa aula, recebi uma surpresa: visita
da professora orientadora, Cláudia Regina.
Inicialmente fiquei nervosa, mas quando o
jogo foi iniciado e houve a participação dos
alunos e até mesmo da própria professora , foi
o suficiente para me deixar bem mais
tranqüila!!
Comentando Teóricos...
Segundo Cunha (1988), O jogo pedagógico
ou didático é aquele fabricado com o objetivo
de proporcionar determinadas
aprendizagens, diferenciando-se do material
pedagógico, por conter o aspecto lúdico e
utilizado para atingir determinados objetivos
pedagógicos, sendo uma alternativa para se
melhorar o desempenho dos estudantes em
alguns conteúdos de difícil aprendizagem
(Gomes et al, 2001).
Devido ao perfil da turma, ser um pouco
agitada, a aplicação do jogo didático foi de
grande proveito pois a turma se mostrou
interessada no assunto o qual era de difícil
compreensão segundo os próprios alunos.
Comentando Teóricos...
Segundo Miranda (2001), mediante o jogo
didático, vários objetivos podem ser atingidos,
relacionados à cognição (desenvolvimento da
inteligência e da personalidade, fundamentais
para a construção de conhecimentos); afeição
(desenvolvimento da sensibilidade e da estima
e atuação no sentido de estreitar laços de
amizade e afetividade); socialização
(simulação de vida em grupo); motivação
(envolvimento da ação, do desafio e
mobilização da curiosidade) e criatividade.
Reunião AC
A Reunião de AC é realizada
semanalmente com o objetivo de fazer
articulação entre as diversas áreas e é
monitorada por um articulador. Nestes
encontros são discutidos a vida da escola, são
feitos planejamentos e relatórios sobre as
turmas.
A Professora responsável pela reunião
passou as instruções , como, quais seriam os
dias das provas da IV unidade e das provas
de recuperação, para os demais professores .
Tais dias foram escolhidos por sorteio.
No entanto, as provas do 3 ano seriam
adiantadas devido a uma viagem que os
alunos fariam. Apenas um professor não foi a
favor da mudança e dos dias escolhidos para
a prova.
Após o término dos avisos, os professores
IV Semana: 16.11.2010
• Assunto: Histologia• Técnicas de ensino:
– Confecção de um álbum seriado
Os alunos ficariam dispostos em círculo
para a elaboração individual do álbum
seriado. Inicialmente seria explicado pelo
professor quais os passos para a realização do
álbum seriado. Para a confecção do álbum foi
permitido o uso de livros e pesquisas
adicionais trazidas pelos próprios alunos.
Esta atividade foi aplicada pelo regente
da turma, Antônio Geraldo, pois neste dia a
estagiária não pôde comparecer a escola
devido a presença no evento: XIII SBPP-
Simpósio Brasileiro de Paleobotânica e
Palinologia, realizado em Salvador, de 14-17
de novembro de 2010.
Comentando teóricos...
Para orientar o professor substituto durante a
aula, foi elaborado o plano de aula (como em todas
as outras) que segundo Fusari (s.a.), serve como um
instrumento orientador do trabalho docente.
Esse mesmo autor reforça que faz parte da
competência teórica do professor, e dos seus
compromissos com a democratização do ensino, a
tarefa cotidiana de preparar suas aulas, o que
implica ter claro, também, quem é seu aluno, o que
pretende com o conteúdo, como inicia
rotineiramente suas aulas, como as conduz e se
existe a preocupação com uma síntese final do dia
ou dos quarenta ou cinqüenta minutos vivenciados
durante a hora-aula.
Assim, nesse momento o plano de aula foi
fundamental para o professor ter a orientação
correta de como aplicar a atividade programada
anteriormente.
V Semana: 23.11.2010
• Assunto: Divisão celular
• Técnicas de ensino:
– Aula expositiva dialógica com
demonstração didática (tv pen drive);
– Confecção com massa de modelar da célula
em mitose.
V Semana: 23.11.2010
Como planejado a aula deveria ser
iniciada com a explicação do assunto, mitose
com o auxílio da Tv pen drive, porém muitos
alunos ficaram com dúvida sobre a atividade
passada na aula anterior sobre histologia.
Dessa maneira a explicação do assunto só foi
finalizada no meio da segunda aula. No
entanto isso não impediu que os alunos
realizassem a atividade para a confecção de
células nas diferentes fases da mitose, com
massa de modelar, em que cada equipe
escolheu apenas uma das fases da mitose, e
confeccionou a fase escolhida. Foi uma
atividade lúdica bem interessante, os alunos
participaram com muita motivação.
Comentando Teóricos...
Os modelos didáticos são representações,
confeccionadas a partir de material concreto,
de estruturas ou partes de processos
biológicos. A utilização de modelos em
educação em Ciências e Biologia é relevante.
Giordan & Vecchi ressaltam ainda que um
modelo é uma construção, uma estrutura que
pode ser utilizada como referência, uma
imagem analógica que permite materializar
uma idéia ou um conceito, tornados assim,
diretamente assimiláveis. (SANTOS et al,
2010)
A confecção do material com a massa de
modelar possibilitou que os alunos
visualizassem melhor a célula durante as
etapas da divisão. Todos os grupos se
empenharam e realizaram um bom trabalho!!
VI Semana: 07.12.2010
PROVA-Verificação de aprendizagem
Foi solicitado que os alunos sentassem em
fila, em seguida foram lidas as instruções para
a realização da prova. A avaliação constou de
13 questões, sendo quatro objetivas e nove
subjetivas e teve duração máxima de 1:40h.
Todos os alunos se comportaram muito bem,
não foi necessário chamar atenção ou recolher
a prova de ninguém. No entanto, a medida que
eles terminavam a prova era entregue a prova
corrigida de uma outra matéria. Em um dado
momento isso gerou certo tumulto , obrigando a
retirada dos alunos que haviam finalizado o
teste.
No geral, os alunos tiveram boas notas,
sendo que pouco mais de 30% não conseguiram
alcançar a média da unidade.
Comentando teóricos...
PROVA-Verificação de aprendizagem
A avaliação é uma parte essencial do
processo de educação. No entanto, é importante
que exista uma grande variedade de formas de
avaliação para que pese a aparente
uniformidade nas atribuições de notas. Entre as
maneiras de se avaliar os alunos encontram-se
as provas.
Segundo Gatti (2003) encontra-se um certo
percentual de professores que pensam que as
provas em si são instrumento de aprendizagem.
Por exemplo, certo professor citado no artigo
acredita que “os estudantes podem aprender
enquanto estão fazendo uma prova, desde que
se dê a eles questões sobre as quais tenham que
pensar. “
Comentando teóricos...
PROVA-Verificação de aprendizagem
Portanto, é fundamental que os
professores elaborem as provas com o intuito de
ajudar os alunos a desenvolverem seu
aprendizado. Desse modo, a prova além de ser
uma verificação de aprendizagem, contribuirá
para a fixação do conhecimento assimilado.
Comentando dificuldades...
Lidar com uma turma muito
numerosa foi um pouco difícil devido a
conversa da maioria dos alunos durante
as aulas. Apesar de chamar
constantemente atenção para fazerem
silêncio, os alunos continuavam com as
conversas paralelas.
Além disso, o fato do recurso
audiovisual que as vezes não funcionava,
fazia com que os alunos se deslocassem
para outra sala até mesmo durante a
própria aula quando perdia-se a atenção
no assunto que estava sendo explicado.
Em muitas aulas, sentia-me frustrada por
não conseguir manter o silêncio durante a
explicação ou em qualquer atividade que
fazíamos. Segundo Crozier e Friedberg (1977),
o exercício do poder não é um exercício
solitário, pois o carácter relacional do poder
implica sempre a possibilidade de negociação e
de adaptação dos actores envolvidos nessa
relação.
Acredito que por não ter feito essa
negociação desde o início do estágio não foi
possível ter o domínio de classe necessário. No
entanto esse trato com a turma é de
fundamental importância para que eles possam
cooperar no processo ensino-aprendizagem.
Comentando dificuldades...
Avaliação do Estágio pelos alunos
No último dia de aula, que na realidade já era
prova, foi entregue aos alunos uma ficha de
avaliação da estagiária. Nessa ficha os alunos
teriam de responder o que acharam da estagiária,
das aulas ministradas por ela, como também
deveriam avaliar o comportamento e o desempenho
deles próprios frente a estagiária .
Como resultado, a maioria dos alunos
afirmaram que as aulas foram boas, bastante
explicativas, dinâmicas, divertidas e variadas.
Por outro lado, quanto a avaliação do
comportamento dos próprios alunos, muitos
admitiram que não prestaram atenção o suficiente
e que faltou mais esforço para terem alcançado um
resultado gratificante.
ConclusãoO estágio é um processo de aprendizagem
indispensável a um profissional que deseja
estar preparado para enfrentar os desafios de
uma carreira. Dessa maneira, o estágio
supervisionado foi uma experiência
significativa para a minha formação
enquanto professora, pois foi um período em
que tive a oportunidade de observar o âmbito
escolar com um olhar de educador.
Nessa etapa, foi possível constatar a
atuação do professor no contexto escolar
frente aos mais diversos desafios dessa
profissão, como, a falta de recursos, espaços
físicos inadequados, alunos desinteressados,
dentre tantas outras situações. Dessa
maneira, o estágio supervisionado me
proporcionou o contato com a realidade viva
do mercado de trabalho, possibilitando
consolidar minha profissionalização.
Conclusão
Devo confessar que em certos momentos
pensei em ser mais tradicional possível com os
alunos por conversarem tanto e por não
colaborarem comigo. Ás vezes era necessário
reclamar para conseguir ao menos falar
durante a aula. No entanto, isso não impediu
a realização dos objetivos estabelecidos para a
unidade. Todas as atividades planejadas
foram realizadas como também os conteúdos,
antes estabelecidos, foram explicados.
Referências
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• CAMPOS, L. M. L. A produção de jogos didáticos
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Paulo: Departamento de Educação – Instituto de
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• CROZIER, Michel & FRIEDBERG, Erhard (1977). L’
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• CUNHA, N. Brinquedo, desafio e descoberta. Rio
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• Gatti, B. A. O Professor e a Avaliação na Sala de
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• GAINZA, Violeta. H. Estudos de Psicopedagogia
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2008, Campinas. Anais: II SHIAM. Campinas:
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• MIRANDA, S. No Fascínio do jogo, a alegria de
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• MORÁN, José Manuel. O vídeo na sala de
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• MOURA, Manoel. O; MORETTI, Vanessa. D.
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Música e cognição. Ciência & Cognição, V. 09, n
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