pneumopatias ocupacionais dra angelica dos santos vianna

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Page 1: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

Pneumopatias Pneumopatias ocupacionaisocupacionais

Dra Angelica dos Santos Dra Angelica dos Santos ViannaVianna

Page 2: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

TEMASTEMAS

PNEUMOCONIOSESPNEUMOCONIOSES ASMA E BRONQUITE ASMA E BRONQUITE NEOPLASIASNEOPLASIAS

Page 3: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

INTRODUÇÃOINTRODUÇÃO

Classificação das doenças respiratóriasClassificação das doenças respiratórias::1.1. Doença respiratória ocupacional – a natureza do trabalho Doença respiratória ocupacional – a natureza do trabalho

causa o adoecimentocausa o adoecimento2.2. Doença respiratória relacionada com trabalho – há Doença respiratória relacionada com trabalho – há

necessidade de comprovação do nexo causalnecessidade de comprovação do nexo causal

Classificação de Schilling:Classificação de Schilling:I- trabalho como causa necessária I- trabalho como causa necessária → silicose, asbestose→ silicose, asbestoseII- trabalho como contributivo → asma brônquica e guardião II- trabalho como contributivo → asma brônquica e guardião

de piscinas de piscinas III- trabalho como provocador de distúrbio latente ou III- trabalho como provocador de distúrbio latente ou

agravador de doença estabelecida → rinite alérgica e agravador de doença estabelecida → rinite alérgica e guardião de piscinasguardião de piscinas

Page 4: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

Classificação em relação à latência:Classificação em relação à latência: Longa - pneumoconioses e o câncer de pulmãoLonga - pneumoconioses e o câncer de pulmão

- exposição acumulativa ou dose-dependente- exposição acumulativa ou dose-dependente

- tempo de exposição- tempo de exposição

- concentração do agente na fração respirada- concentração do agente na fração respirada Curta - disfunção reativa das vias aéreas e pneumonite de Curta - disfunção reativa das vias aéreas e pneumonite de

hipersensibilidadehipersensibilidade

- agentes irritantes ou sensibilizantes- agentes irritantes ou sensibilizantes

Page 5: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

PNEUMOCONIOSESPNEUMOCONIOSES PneumoPneumo = pulmão = pulmão ConionConion = pó = pó OseOse = estado de = estado de Zenker (1866) – PNEUMOCONIOSE: poeiras minerais inaladas. Zenker (1866) – PNEUMOCONIOSE: poeiras minerais inaladas.

Estendeu para agentes orgânicosEstendeu para agentes orgânicos

Aerossol = solução coloidal em que a fase dispersora é gasosa e Aerossol = solução coloidal em que a fase dispersora é gasosa e a fase dispersa é sólida or líquidaa fase dispersa é sólida or líquida

Quem são? Quem são? As poeiras, os fumos, as fumaçasAs poeiras, os fumos, as fumaças e as neblinas e as neblinas Poeiras, fumos e fumaças contêm material particulado passível Poeiras, fumos e fumaças contêm material particulado passível

de ser inaladode ser inalado Fibras: partículas com relação comprimento/diâmetro Fibras: partículas com relação comprimento/diâmetro ≥≥ 3:1. 3:1.

Deposição depende do diâmetro Deposição depende do diâmetro ≤≤ 3 3 µµmm PoeirasPoeiras são produzidas pela quebra ou degradação mecânica são produzidas pela quebra ou degradação mecânica

de material sólido, que se encontra em suspensão no ar, na de material sólido, que se encontra em suspensão no ar, na forma de particulado esférico ou na forma de fibraforma de particulado esférico ou na forma de fibra

FumosFumos são óxidos metálicos formados a partir do aquecimento são óxidos metálicos formados a partir do aquecimento e fusão do respectivo metal. Tamanho médio de 0,1 a 0,4 e fusão do respectivo metal. Tamanho médio de 0,1 a 0,4 µmµm

FumaçasFumaças são produtos complexos de materiais orgânicos são produtos complexos de materiais orgânicos carbonáceos, sendo constituídas de gases, fumos, vapores e carbonáceos, sendo constituídas de gases, fumos, vapores e poeiraspoeiras

Page 6: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

Tamanho médio das partículas em suspensão no ar Tamanho médio das partículas em suspensão no ar (Parkes WR. Occupational Lung Disorders. 1994)(Parkes WR. Occupational Lung Disorders. 1994)

Grãos de areiaGrãos de areia PólensPólens Poeira de cimentoPoeira de cimento Esporos de Esporos de ActinomicesActinomices Poeira industrial de rochas Poeira industrial de rochas

moídas (asbestos, sílica moídas (asbestos, sílica livre)livre)

Fumaça de cigarroFumaça de cigarro Fumos metálicos (de solda)Fumos metálicos (de solda)

200 a 2000 200 a 2000 µmµm

10 a 100 µm10 a 100 µm 4 a 10 µm4 a 10 µm 0,6 a 2,5 µm0,6 a 2,5 µm 1 a 10 µm1 a 10 µm

0,1 a 1 µm0,1 a 1 µm 0,1 a 4 µm0,1 a 4 µm

Page 7: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

Fatores que influenciam a reação pulmonar:Fatores que influenciam a reação pulmonar:

1.1. Tamanho da partícula para deposição alveolar Tamanho da partícula para deposição alveolar entre 2 a 5entre 2 a 5µµm;m;

2.2. Susceptibilidade individual;Susceptibilidade individual;3.3. Intensidade e duração da exposição, e;Intensidade e duração da exposição, e;4.4. Propriedade química da poeira e sua toxicidade.Propriedade química da poeira e sua toxicidade.

Page 8: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

Tipos de reação pulmonar parenquimatosaTipos de reação pulmonar parenquimatosa(Green FHY. Pathology of Occupational Lung Disease 1998)(Green FHY. Pathology of Occupational Lung Disease 1998)

Pneumoconiose não fibrogênicaPneumoconiose não fibrogênica Fibrose pulmonar nodularFibrose pulmonar nodular Pneumonia intersticial Pneumonia intersticial

descamativadescamativa Fibrose pulmonar progressivaFibrose pulmonar progressiva Proteinose alveolar difusaProteinose alveolar difusa GranulomatoseGranulomatose Pneumonia intersticial de células Pneumonia intersticial de células

gigantesgigantes Pneumonite de Pneumonite de

hipersensibilidadehipersensibilidade Pneumonite químicaPneumonite química

Metais inertes Metais inertes (ferro,cromo)(ferro,cromo)

Sílica, carvão mineralSílica, carvão mineral AsbestosAsbestos Sílica, carvão mineralSílica, carvão mineral SílicaSílica Berílio, alumínioBerílio, alumínio CobaltoCobalto

Poeiras Poeiras orgânicas(enzimas)orgânicas(enzimas)

Fumos de soldaFumos de solda

Page 9: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

PNEUMOCONIOSESPNEUMOCONIOSES

DIAGNÓSTICODIAGNÓSTICO:: História ocupacionalHistória ocupacional O principal meio é a leitura radiológica. O principal meio é a leitura radiológica. Classificação radiológica pela Organização Internacional Classificação radiológica pela Organização Internacional

do Trabalho:do Trabalho:

1.1. qualidade radiológica;qualidade radiológica;

2.2. profusão radiológica, e;profusão radiológica, e;

3.3. tipos de lesão.tipos de lesão.

Page 10: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

SILICOSESILICOSE Pneumoconiose mais comumPneumoconiose mais comum Principal causa de invalidez entre as doenças Principal causa de invalidez entre as doenças

respiratórias ocupacionaisrespiratórias ocupacionais Agente etiológico principal é o quartzoAgente etiológico principal é o quartzo Inalação de sílica livre ou do dióxido de silícioInalação de sílica livre ou do dióxido de silício Silicose, DPOC, Câncer de pulmão, Insuf Renal, aumento Silicose, DPOC, Câncer de pulmão, Insuf Renal, aumento

do risco de Tuberculose pulmonar e Doenças do colágenodo risco de Tuberculose pulmonar e Doenças do colágeno Ocupações: Ocupações:

Mineração de ouro PedreiraMineração de ouro Pedreira

Indústria cerâmica Jateamento de areiaIndústria cerâmica Jateamento de areia

Fábrica de vidros refratários e de louças Fábrica de vidros refratários e de louças

Fundição de ferro Cavadores de poços no Fundição de ferro Cavadores de poços no NordesteNordeste

Page 11: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

Classes evolutivas:Classes evolutivas:1.1. Forma crônica - > de 10 anos e pequenas concentrações. Forma crônica - > de 10 anos e pequenas concentrações.

Nódulos disseminados em ambos os pulmões. Mais comum;Nódulos disseminados em ambos os pulmões. Mais comum;2.2. Forma acelerada – de 5 a 10 anos. Nódulos com tendência Forma acelerada – de 5 a 10 anos. Nódulos com tendência

à confluência,e;à confluência,e;3.3. Forma aguda – de 1 a 5 anos e grandes concentrações. Forma aguda – de 1 a 5 anos e grandes concentrações.

Participação imunológica?! Indústria de sabão abrasivo, Participação imunológica?! Indústria de sabão abrasivo, jateamento de areia e cavadores de poçosjateamento de areia e cavadores de poços

Radiologia: Presença de alterações radiológicas Radiologia: Presença de alterações radiológicas persistentes, irreversíveis e progressivas independente de persistentes, irreversíveis e progressivas independente de nova exposição. Classicamente os nódulos são descritos no nova exposição. Classicamente os nódulos são descritos no 1/3 superior dos pulmões, podem coalescer e cavitar (BK 1/3 superior dos pulmões, podem coalescer e cavitar (BK associado)associado)

Prova de função respiratória: inicialmente obstrutivo e com Prova de função respiratória: inicialmente obstrutivo e com a progressão da doença passa a ter padrão restritivo. Não a progressão da doença passa a ter padrão restritivo. Não existe boa correlação entre imagem e funçãoexiste boa correlação entre imagem e função

Page 12: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

SIDEROSESIDEROSE Ocupações: mineração e fundição de ferro, extração e Ocupações: mineração e fundição de ferro, extração e

fabricação de esmeril, fabricação de aço. Possibilidade de fabricação de esmeril, fabricação de aço. Possibilidade de exposição à sílica livre (mineração, siderurgia e fundições exposição à sílica livre (mineração, siderurgia e fundições de peças usadas nos moldes de areia)de peças usadas nos moldes de areia)

Clínica inexpressivaClínica inexpressiva Radiologia: semelhante ao da silicose, linhas B de Kerley. Radiologia: semelhante ao da silicose, linhas B de Kerley.

Pode regredirPode regredir

Page 13: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

DOENÇAS RELACIONADAS AO ASBESTOSDOENÇAS RELACIONADAS AO ASBESTOS Comercialmente conhecido como amianto (quase 30 Comercialmente conhecido como amianto (quase 30

variedades).variedades). Classificação em 2 grupos:Classificação em 2 grupos:

1.1. Crisolita ou amianto branco (principal)Crisolita ou amianto branco (principal)

2.2. AnfibóliosAnfibólios

Efeitos carcinogênico (pulmão e mesotelioma) e Efeitos carcinogênico (pulmão e mesotelioma) e fibrogênicofibrogênico

Exposição direta: atividade extrativista (Goiás). Exposição direta: atividade extrativista (Goiás). Exposição indireta: residir nas imediaçõesExposição indireta: residir nas imediações LEI ESTADUAL RJ 1080/92: PROÍBE FABRICAÇÃO E LEI ESTADUAL RJ 1080/92: PROÍBE FABRICAÇÃO E

COMERCIALIZAÇÃO DO ASBESTO CRISOTILACOMERCIALIZAÇÃO DO ASBESTO CRISOTILA

Page 14: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

APRESENTAÇÃOAPRESENTAÇÃO Doenças pleurais não malignasDoenças pleurais não malignas::1.1. Espessamento pleural difuso = pleura visceral, restrição Espessamento pleural difuso = pleura visceral, restrição

pulmonarpulmonar2.2. Espessamento pleural circunscrito = placas pleurais, mais Espessamento pleural circunscrito = placas pleurais, mais

frequente manifestação, 1/2 inferiores das paredes laterais frequente manifestação, 1/2 inferiores das paredes laterais 3.3. Derrame pleural = pequeno volume e bilateral, exsudato Derrame pleural = pequeno volume e bilateral, exsudato

hemorrágicohemorrágico4.4. Atelectasia redonda = síndrome de Bleskovsky, espessamento Atelectasia redonda = síndrome de Bleskovsky, espessamento

pleural focal com colapso parcial e torsão do pulmão adjacentepleural focal com colapso parcial e torsão do pulmão adjacente

AsbestoseAsbestose: fibrose intersticial pulmonar. Clínica: dispnéia leve : fibrose intersticial pulmonar. Clínica: dispnéia leve e progressivae progressiva

MesoteliomaMesotelioma: 88% pleurais 9,6% peritoneais 0,7% pericárdico : 88% pleurais 9,6% peritoneais 0,7% pericárdico 0,2% serosas testiculares. Acomete entre as 50,2% serosas testiculares. Acomete entre as 5aa e 6 e 6aa décadas, décadas, dor torácica e dispneia. Formas epitelial, mesenquimal ou dor torácica e dispneia. Formas epitelial, mesenquimal ou misto. Diferenciação difícil com adenocarcinoma metastático. misto. Diferenciação difícil com adenocarcinoma metastático. 70% resultam de exposição em estaleiros, fábricas de isolantes70% resultam de exposição em estaleiros, fábricas de isolantes

Câncer de pulmãoCâncer de pulmão: fibras crisolita e tremolita. Mais comum em : fibras crisolita e tremolita. Mais comum em fumantesfumantes

Page 15: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

• PNEUMOCONIOSE POR ROCHA FOSFÁTICAPNEUMOCONIOSE POR ROCHA FOSFÁTICA Ocupação: indústria de fertilizantes químicosOcupação: indústria de fertilizantes químicos Clínica inexpressiva. Clínica inexpressiva. Radiologia: micronódulos difusosRadiologia: micronódulos difusos PFR: normalPFR: normal Não há progressão da doença com afastamentoNão há progressão da doença com afastamento

• PNEUMOCONIOSE POR COBALTOPNEUMOCONIOSE POR COBALTO Ocupação: lapidadores de diamantes, afiador de ferramentas Ocupação: lapidadores de diamantes, afiador de ferramentas

(indústria metalúrgica)(indústria metalúrgica) 4 entidades patológicas:4 entidades patológicas:1.1. Pneumonia por células gigantes (febre,tosse seca e dispnéia);Pneumonia por células gigantes (febre,tosse seca e dispnéia);2.2. Pneumonia intersticial descamativa sem células gigantes;Pneumonia intersticial descamativa sem células gigantes;3.3. Alveolite do tipo alérgico, e;Alveolite do tipo alérgico, e;4.4. Asma.Asma. Responde bem ao corticóideResponde bem ao corticóide

Page 16: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

DOENÇA CRÔNICA PELO BERÍLIODOENÇA CRÔNICA PELO BERÍLIO Ocupação: indústria aeroespacial, indústria de cerâmicas, Ocupação: indústria aeroespacial, indústria de cerâmicas,

indústria eletrônica, ligas de próteses dentárias, fabricação de indústria eletrônica, ligas de próteses dentárias, fabricação de rebolosrebolos

Efeitos imunogênico e cancerígenoEfeitos imunogênico e cancerígeno Quadro radiológico semelhante à sarcoidose e à pneumonite Quadro radiológico semelhante à sarcoidose e à pneumonite

de hipersensibilidadede hipersensibilidade Tratamento pode incluir corticoterapiaTratamento pode incluir corticoterapia

PNEUMOCONIOSE DOS TRABALHADORES DO PNEUMOCONIOSE DOS TRABALHADORES DO CARVÃOCARVÃO

A incidência varia conforme a composição geológica do solo e A incidência varia conforme a composição geológica do solo e o tipo de mineração empregada na extração do minérioo tipo de mineração empregada na extração do minério

Ocupação: furador de frente, de teto e operadores de Ocupação: furador de frente, de teto e operadores de máquinasmáquinas

Tempo médio para diagnóstico: 10 anos de atividadeTempo médio para diagnóstico: 10 anos de atividade Clínica: assintomático, asma dos mineiros, DPOC, câncer, Clínica: assintomático, asma dos mineiros, DPOC, câncer,

fibrose pulmonarfibrose pulmonar Associação com Artrite Reumatóide (Síndrome de Caplan)Associação com Artrite Reumatóide (Síndrome de Caplan) PFR: inicialmente normal, podendo progredir para padrão PFR: inicialmente normal, podendo progredir para padrão

misto com predomínio obstrutivo por comprometimento das misto com predomínio obstrutivo por comprometimento das vias aéreasvias aéreas

Page 17: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

PNEUMONITE POR HIPERSENSIBILIDADEPNEUMONITE POR HIPERSENSIBILIDADE Também conhecida por Alveolite Alérgica Extrínseca. (NÃO Também conhecida por Alveolite Alérgica Extrínseca. (NÃO

USAR)USAR) Envolvimento é principalmente bronquiolarEnvolvimento é principalmente bronquiolar Mais de 300 antígenos:Mais de 300 antígenos:

1.1. Agentes microbianos (bactérias, fungos e amebas);Agentes microbianos (bactérias, fungos e amebas);

2.2. Proteínas animais, e;Proteínas animais, e;

3.3. Substâncias químicas de baixo peso molecular.Substâncias químicas de baixo peso molecular.

Não está associada à atopia, à eosinofilia e ao aumento de IgENão está associada à atopia, à eosinofilia e ao aumento de IgE Fases: aguda, subaguda e crônicaFases: aguda, subaguda e crônica Não há correlação entre alt funcionais e gravidade ou Não há correlação entre alt funcionais e gravidade ou

prognósticoprognóstico O BAL com aumento relativo de linfócitos em 50 a 60% do total O BAL com aumento relativo de linfócitos em 50 a 60% do total

de células e decréscimo da relação CD4/CD8de células e decréscimo da relação CD4/CD8 Diagnóstico definitivo por meio de biópsia a céu abertoDiagnóstico definitivo por meio de biópsia a céu aberto

Page 18: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

FASES: Aguda: sintomas 4 a 8 horas após exposição quadro gripal hipoxemia e padrão restritivo funcionalmente rx pouca correlação CT (75%) vidro despolido

Subaguda: dispnéia aos esforços, fadiga, tosse com expectoração mucóide, anorexia, mal estar e perda de peso CT com nódulos centrolobulares, aprisionamento de ar lobular, alterações fibróticas leves Crônica: dispnéia ao exercício baqueteamento digital sugere progressão CT com imagens de fibrose com acomentimento preferencial dos lobos superiores e do terço médio

Mais grave e progressiva em fumantes

Page 19: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

Avaliação do risco de exposição:Avaliação do risco de exposição:

1.1. Determinação da concentração do antígeno;Determinação da concentração do antígeno;

2.2. Duração da exposição antes do início dos sintomas;Duração da exposição antes do início dos sintomas;

3.3. Frequência, intensidade e intermitência de exposição;Frequência, intensidade e intermitência de exposição;

4.4. Tamanho da partícula;Tamanho da partícula;

5.5. Solubilidade do antígeno;Solubilidade do antígeno;

6.6. Proteção respiratória;Proteção respiratória;

7.7. Rotatividade de funções;Rotatividade de funções;

8.8. Latência e gravidade do caso;Latência e gravidade do caso;

9.9. Sazonalidade e condições de temperatura e de umidade Sazonalidade e condições de temperatura e de umidade do ambiente, e;do ambiente, e;

10.10. Exposições indiretas relacionadas com a proximidade dos Exposições indiretas relacionadas com a proximidade dos eventuais locais de geração de antígenos.eventuais locais de geração de antígenos.

Page 20: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna
Page 21: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

Ocupações e Agentes causais de Pneumonite por Ocupações e Agentes causais de Pneumonite por HipersensibilidadeHipersensibilidade

(Colby TV. Pathology of the Lung. 1995)(Colby TV. Pathology of the Lung. 1995)

Pulmão do fazendeiroPulmão do fazendeiro BagaçoseBagaçose Fabricação de queijosFabricação de queijos Frequentadores de saunasFrequentadores de saunas Trabalhadores em ambiente Trabalhadores em ambiente

com ar condicionado e/ou com ar condicionado e/ou umidificadoumidificado

Fabricação de detergentesFabricação de detergentes Indústria de alimentosIndústria de alimentos GranjeirosGranjeiros Trabalho em biotérioTrabalho em biotério

SuberoseSuberose

Sulfato de cobre (vinícola)Sulfato de cobre (vinícola)

Thermophilico actinomycetoThermophilico actinomyceto Thermophilico actinomycetoThermophilico actinomyceto Penicillium Penicillium spsp PullulariaPullularia sp sp Thermophilico actinomycetoThermophilico actinomyceto Penicillium Penicillium spsp

B subtilisB subtilis e enzimas e enzimas Enzimas proteolíticas (caseína)Enzimas proteolíticas (caseína) Fezes das avesFezes das aves Urina de rato machoUrina de rato macho Cortina mofada (Cortina mofada (Penicillium Penicillium

frequentesfrequentes)) Fungicida Fungicida

Page 22: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

PROVA DE FUNÇÃO RESPIRATÓRIA – CURVA PROVA DE FUNÇÃO RESPIRATÓRIA – CURVA FLUXO VOLUMEFLUXO VOLUME

Page 23: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

ASMA RELACIONADA AO TRABALHOASMA RELACIONADA AO TRABALHO

Duas definições: Asma Ocupacional Duas definições: Asma Ocupacional e Asma agravada pelo trabalhoe Asma agravada pelo trabalho

Outra classificação: pela indução Outra classificação: pela indução dos sintomasdos sintomas

1.1. Latência ou imunológica (atopia e Latência ou imunológica (atopia e tabagismo para agentes de alto tabagismo para agentes de alto peso molecular)peso molecular)

2.2. Sem latência ou não imunológica Sem latência ou não imunológica (substância irritante)(substância irritante)

40% sintomático em 2 anos e 20% 40% sintomático em 2 anos e 20% sintomático após 10 anos de sintomático após 10 anos de exposiçãoexposição

Page 24: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

Agentes mais comuns causadores de ART e tipo de atividade Agentes mais comuns causadores de ART e tipo de atividade profissional associada profissional associada ( Chang-Yeung M. Occupational asthma. NJEM. 1995; 333(2):107-12)( Chang-Yeung M. Occupational asthma. NJEM. 1995; 333(2):107-12)

ALTO PESO MOLECULARALTO PESO MOLECULAR CereaisCereais LátexLátex• BAIXO PESO MOLECULARBAIXO PESO MOLECULAR FormaldeídoFormaldeído

PersulfatoPersulfato DrogasDrogas

IsocianatosIsocianatos

ATIVIDADE PROFISSIONALATIVIDADE PROFISSIONAL Padeiro, trabalhadores em Padeiro, trabalhadores em

moinhosmoinhos Profissionais de saúdeProfissionais de saúde

Trabalhadores de área Trabalhadores de área hospitalar, calçados, borrachahospitalar, calçados, borracha

CabeleireiraCabeleireira Farmacêutico, Trabalhadores da Farmacêutico, Trabalhadores da

área de saúdeárea de saúde Pintores, instaladores de Pintores, instaladores de

isolantes térmicos, indústria de isolantes térmicos, indústria de espuma, borracha, plásticoespuma, borracha, plástico

Page 25: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

DIAGNÓSTICO:DIAGNÓSTICO:

A.A. Diagnóstico de asma;Diagnóstico de asma;

B.B. Início dos sintomas após entrada no local de trabalho;Início dos sintomas após entrada no local de trabalho;

C.C. Associação entre sintomas e trabalho;Associação entre sintomas e trabalho;

D.D. e um ou mais dos seguintes critérios:e um ou mais dos seguintes critérios:

E.E. Exposição a agentes que possam apresentar risco;Exposição a agentes que possam apresentar risco;

F.F. Mudanças no VEF1.0 ou no PFE relacionadas à atividade;Mudanças no VEF1.0 ou no PFE relacionadas à atividade;

G.G. Mudanças na reatividade brônquica relacionadas à atividade;Mudanças na reatividade brônquica relacionadas à atividade;

H.H. Positividade para teste de broncoprovocação específico, ou;Positividade para teste de broncoprovocação específico, ou;

I.I. Início da asma com clara associação com exposição a um Início da asma com clara associação com exposição a um agente irritante no local de trabalho.agente irritante no local de trabalho.

Na prática: monitorização da PFE com no mínimo de 4 Na prática: monitorização da PFE com no mínimo de 4 medidas durante o dia. De preferência de 2 em 2 horas medidas durante o dia. De preferência de 2 em 2 horas (triplicata)(triplicata)

Melhor PFE – pior PFE X 100% / média dos PFE = < 20%Melhor PFE – pior PFE X 100% / média dos PFE = < 20%

Page 26: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

DPOC (BRONQUITE)DPOC (BRONQUITE)

Definição: tosse e expectoração na maior parte dos dias Definição: tosse e expectoração na maior parte dos dias por 3 meses consecutivos, em 2 anos consecutivos.por 3 meses consecutivos, em 2 anos consecutivos.

Alguns poluentes ocupacionais podem causar BO Alguns poluentes ocupacionais podem causar BO associada a outras pneumopatias:associada a outras pneumopatias:

1.1. Câncer broncogênico: cromo, fornos metalúrgicos;Câncer broncogênico: cromo, fornos metalúrgicos;

2.2. Pneumoconiose: carvãoPneumoconiose: carvão

3.3. Bissinose: poeira de algodãoBissinose: poeira de algodão

4.4. Pneumonite de hipersensibilidade: Western red cedarPneumonite de hipersensibilidade: Western red cedar

5.5. Bronquiolite obliterante: OBronquiolite obliterante: O2N

6. Asma: TDI

Page 27: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

DPOC (BRONQUITE)DPOC (BRONQUITE)

Sintomas crônicos Sintomas crônicos respiratóriosrespiratóriosTosseTosseSecreçãoSecreçãoDispnéiaDispnéiaSibilosSibilos

Exposição a fatores de riscoExposição a fatores de riscoTabagismoTabagismoPoeira ocupacionalPoeira ocupacionalFumaça de lenhaFumaça de lenhaFatores individuais Fatores individuais conhecidosconhecidosDeficiência de alfa 1 Deficiência de alfa 1 antitripsinaantitripsina

EspirometriaEspirometria Pré e pós broncodilatadorPré e pós broncodilatador→→

Outros examesOutros examesRadiografia de tóraxRadiografia de tórax

Oximetria/gasometriaOximetria/gasometriaHemogramaHemograma

Page 28: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

Caso ilustrativo:Caso ilustrativo:

GTS, 52 anos, masculinoGTS, 52 anos, masculino Soldador há 28 anos (soldas de Soldador há 28 anos (soldas de

acetileno, tungstein inert gas, acetileno, tungstein inert gas, carbono)carbono)

Tosse com pouca expectoração, Tosse com pouca expectoração, cansaço aos grandes esforços, cansaço aos grandes esforços, sem antecedentes de doenças sem antecedentes de doenças respiratórias, não fumanterespiratórias, não fumante

PFR: CVF - 92% PFR: CVF - 92%

VEF1.0 - 57%VEF1.0 - 57%

VEF1.0/CVF - 61%VEF1.0/CVF - 61%

CPT - 125% CPT - 125%

VR/CPT - 48%VR/CPT - 48%

Page 29: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

CÂNCER PULMONARCÂNCER PULMONAR ArsênicoArsênico (mineração de cobre) (mineração de cobre) AsbestosAsbestos BerílioBerílio Bisclorometiléter/ ClorometiléterBisclorometiléter/ Clorometiléter

(tratamento em indústria têxtil, (tratamento em indústria têxtil, fabricação de pesticida, substâncias fabricação de pesticida, substâncias protetoras contra fogo)protetoras contra fogo)

Cádmio Cádmio (fabricação de pigmentos, de (fabricação de pigmentos, de vidros)vidros)

SílicaSílica cristalina cristalina Cloreto de vinilCloreto de vinil (fabricação de PVC) (fabricação de PVC) Cromo VICromo VI (fabricação de baterias) (fabricação de baterias) Gás mostardaGás mostarda Níquel e seus compostosNíquel e seus compostos RadônioRadônio

* International Agency for Research on * International Agency for Research on CancerCancer

→ → Agentes e grupo de agentesAgentes e grupo de agentesGrupo 1 da IARC*Grupo 1 da IARC*

(agente é cancerígena para o (agente é cancerígena para o homem)homem)

Page 30: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

CÂNCER PULMONARCÂNCER PULMONAR

Produção de alumínioProdução de alumínio Gaseificação de carvãoGaseificação de carvão Produção de carvão coqueProdução de carvão coque (pavimentação asfáltica de (pavimentação asfáltica de estradas, estradas,

impermeabilização impermeabilização de lajes e pisos)de lajes e pisos) Vapores de ácidos fortesVapores de ácidos fortes Fundição de aço e ferroFundição de aço e ferro Mineração de hematitaMineração de hematita Pintura com pulverizador Pintura com pulverizador contendo ácido sulfúricocontendo ácido sulfúrico

→ → Exposições nos ambientes Exposições nos ambientes de trabalho: situações ou de trabalho: situações ou

processos processos Grupo 1 da IARCGrupo 1 da IARC

Page 31: Pneumopatias ocupacionais Dra Angelica dos Santos Vianna

Legislação previdenciária (Decreto 3048 de 06/05/1999) Legislação previdenciária (Decreto 3048 de 06/05/1999) inclue além dos sublinhados a acrilonitrila e neblina de inclue além dos sublinhados a acrilonitrila e neblina de óleos minerais (óleo de corte)óleos minerais (óleo de corte)

DIAGNÓSTICO CAUSAL:DIAGNÓSTICO CAUSAL: História ocupacional;História ocupacional; Levantamentos ambientais realizados;Levantamentos ambientais realizados; Existência de outros pacientes que tiveram ou têm câncer;Existência de outros pacientes que tiveram ou têm câncer; Existência de alterações pulmonares que auxiliem a Existência de alterações pulmonares que auxiliem a

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