plano de aula o problema da fé e da razão
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Nome do(s) aluno(s) Antonio Marcelo Campos – RA: 1080219
Curso Filosofia
Disciplina História da Filosofia Moderna I
Professor responsável Paulo Rogério da Silva
Carga horária 40 horas
Título do Projeto O Problema da Fé e da Razão no Renascimento
Série(s) Primeiro ano do ensino médio
Quantidade de horas/aula 4 horas aula
Data de início do Projeto 20.05.2012
Data de término do Projeto 30.05.2012
O PROBLEMA DA FÉ E DA RAZÃO DURANTE O RENASCIMENTO
Centro Universitário Claretiano
Curso: Filosofia (EAD)
Disciplina: História da Filosofia Moderna I
Professor: Paulo Rogério da Silva
POLO: CAMPINAS
2012
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OBJETIVO DAS AULAS
1. OBJETIVO GERAL
Auxiliar a cada aluno no desenvolvimento de concepções claras referentes aos conceitos e usos da fé e da razão na era renascentista
2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Compreender as diferenças paradigmáticas entre teocentrismo e antropocentrismo
Estabelecer proposições claras sobre os conceitos de fé e razão
Compreender a evolução histórica da fé e da razão no contexto renascentista
Desenvolver capacidade critica na leitura e interpretação de textos a partir de reflexões filosóficas
Estabelecer correspondências entre os avanços do renascimento e o atual período da história
O PROBLEMA DA FÉ E DA RAZÃO DURANTE O RENASCIMENTO - AULA 1
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Você já deve ter estudado que o renascimento é um momento histórico onde
surge a concepção de antropocentrismo. Essa concepção procura definir que a
humanidade é o centro de todo conhecimento e cultura, ou seja, ela explica a
necessidade de compreendermos o universo em relação a nós mesmos, tendo o
homem como centro de todas as coisas. A palavra antropocentrismo tem sua
etimologia ligada à língua grega, anthropos, "humano"; e kentron, "centro". Essa
ideia e diametralmente oposta ao período anterior ao renascimento, o feudalismo.
Na era feudal o mundo era visto através do teocentrismo, onde a compreensão da
vida, da cultura, da filosofia e da própria humanidade tinha Deus como centro de
todas as coisas. No teocentrismo o homem se volta para Deus como fonte da vida e
propósito final da existência. Observando essas duas linhas de pensamento
poderíamos concluir ser o Renascimento um período de contraposição com o
feudalismo, uma completa ruptura com o pensamento medieval. Mas a história nos
ensina que não é bem assim, pois o que Renascimento surge a partir de longo
tempo de transformações cultuais, políticas, religiosas, filosóficas, cientificas e
sociais do mundo medieval. Assim, podemos compreender que o pensamento
renascentista não é exatamente uma ruptura com o mundo medieval, mas um
processo de transformações progressivas que se originam da própria realidade
mediévica. A origem do antropocentrismo está ligada ao pensamento humanista
que, por sua vez, se origina na Idade Média. Leia o pequeno texto abaixo:
O Humanismo pode ser definido como um conjunto de ideais e princípios que valorizam as ações humanas e valores morais (respeito, justiça, honra, amor, liberdade, solidariedade, etc). Para os humanistas, os seres humanos são os responsáveis pela criação e desenvolvimento destes valores. Desta forma, o pensamento humanista entra em contradição com o pensamento religioso que afirma que Deus é o criador destes valores. O humanismo se desenvolveu e se manifestou em vários momentos da história e em vários campos do conhecimento e das artes. Humanismo na antiguidade clássica (Grécia e Roma): manifestou-se principalmente na filosofia e nas artes plásticas. As obras de arte, por exemplo, valorizavam muito o corpo humano e os sentimentos.
Humanismo no Renascimento: nos séculos XV e XVI, os escritores e artistas plásticos renascentistas resgataram os valores humanistas da cultura greco-romana. O antropocentrismo (homem é o centro de tudo) norteou o desenvolvimento intelectual e artístico desta fase.1
Uma questão essencial que gerou pontos de vistas diferentes durante a Idade
Média e que ecoou no Renascimento é se fé e razão seriam formas de 1 Fonte: http://www.suapesquisa.com/o_que_e/humanismo.htm
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conhecimentos diferentes e complementares ou se seriam diferentes e antagônicos.
Ou seja, a verdade só poderia ser conhecida pela fé, ou só pela razão ou, ainda, por
uma interação de ambas? No início da era medieval, Santo Agostinho, o primeiro
grande filósofo do cristianismo, chega a postular que:
(...)”o homem é uma alma racional que se serve de um corpo mortal e terrestre”; Agostinho expressa assim o seu conceito antropológico básico. Distingue, na alma, dois aspectos: a razão inferior e a razão superior. A razão inferior tem por objeto o conhecimento da realidade sensível e mutável: é a ciência, conhecimento que permite cobrir as nossas necessidades. A razão superior tem por objeto a sabedoria, isto é, o conhecimento das ideias, do inteligível, para se elevar até Deus. Nesta razão superior dá-se a iluminação de Deus.2
Santo Agostinho, muitas vezes reconhecido como o Doutor da Graça, tinha
como concepção final de que embora a razão pudesse nos ajudar a encontrar a
verdadeira fé, em última instância é a fé que nos conduziria a verdade. Não é de se
estranhar a posição agostiniana quando se compreende que a visão de mundo que
prevalece em sua época é o teocentrismo, onde Deus é o centro de todas as coisas,
a origem e o final de todo conhecimento. E agora é que perguntamos: sendo o
Renascimento uma concepção diferente
de mundo fundamentada no
antropocentrismo, haveria neste momento
histórico grande mudança frente ao
pensamento de Santo Agostinho? Antes
de encontrar respostas para essa questão
vamos levantar outro problema pertinente
aos nossos estudos. O que você
compreende por fé e por razão? Observe
atentamente o quadro ao lado. É uma
famosa pintura do pintor italiano
Caravaggio ( 1571 –1610). É o quadro “A
dúvida de Tomé”, pintado no ano de 15993. Nele vemos os apóstolos encontrando
Jesus após a crucificação. Caravaggio, que é considerando um dos grandes pintores
do período barroco, mostra-nos com grande maestria um ambiente dramático e
2 Citado em: http://www.vidaslusofonas.pt/santo_agostinho.htm
3 FONTE DA IMAGEM: http://www.lauromoraes.jex.com.br/
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repleto de dúvidas em que São Tomé necessita tocar uma dos ferimentos de Jesus
e assim se certificar que se trada mesmo de seu mestre. Repare que os outros
apóstolos se aproximam com a mesma expressão que denota um misto de dúvida e
perplexidade. O pintor italiano evidencia através dessa obra um dos grandes
problemas filosóficos da história da humanidade que teve uma abordagem especial
no período do Renascimento: o problema da união ou separação entre fé e razão.
Essa é uma questão filosófica de suma importância devido ao fato de ser
através de sua compreensão que podemos fazer uma leitura adequada da era
moderna e compreender um dos grandes avanços propostos pela era renascentista.
Hoje se confirma uma clara separação entre a fé e a razão, ou mais precisamente
entre a fé e as ciências. Será que foi sempre assim? Existem incompatibilidades
entre essas duas funções da nossa consciência? Vamos a seguir ler dois textos que
podem nos auxiliar nessas importantes reflexões. Lembre-se que o centro da
atividade filosófica é o cultivo da arte de pensar. Assim sendo, tente ler com atenção
e reflexão cada um dos textos propostos.
Fé
Fé (do Latim fides, fidelidade e do Grego pistia ) é a firme opinião de que algo é verdade,
sem qualquer tipo de prova ou critério objetivo de verificação, pela absoluta confiança que
depositamos nesta idéia ou fonte de transmissão. É possível nutrir um sentimento de fé em
relação a um pessoa, um objeto inanimado, uma ideologia, um pensamento filosófico, um
sistema qualquer, um conjunto de regras, um paradigma popular social e historicamente
instituido, uma base de propostas ou dogmasde uma determinada religião.
A fé se manifesta de várias maneiras e pode estar vinculada a questões emocionais (tais
como reconforto em momentos de aflição desprovidos de sinais de futura melhora,
relacionando-se com esperança) e a motivos considerados moralmente nobres ou
estritamente pessoais e egoístas. Pode estar direcionada a alguma razão específica (que a
justifique) ou mesmo existir sem razão definida. E, como mencionado anteriormente,
também não carece absolutamente de qualquer tipo de argumento racional.
Leia na integra em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Fé
Razão
Razão é a capacidade da mente humana que permite chegar a conclusões a partir de
suposições ou premissas. É, entre outros, um dos meios pelo qual os seres racionais
propõem razões ou explicações para causa e efeito. A razão é particularmente associada
à natureza humana, ao que é único e definidor do ser humano. A razão permite identificar e
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operar conceitos em abstração, resolver problemas, encontrar coerência ou contradição
entre eles e, assim, descartar ou formar novos conceitos, de uma forma ordenada e,
geralmente, orientada para objectivos. Inclui raciocinar, apreender, compreender, ponderar e
julgar, por vezes usada como sinónimo de inteligência. Como uma forma de chegar a
conclusões, é frequentemente contraposta não só com o modo como os animais não-
humanos parecem tomar decisões, mas também com a tomada de decisões baseada
na autoridade, na intuição, na emoção, na superstição ou na fé. A razão é considerada
pelos racionalistas a forma mais fiável de descobrir o que é verdadeiro ou melhor. A
principal diferença entre a razão e outras formas de consciência está na explicação: o
pensamento é tanto mais racional quanto mais conscientemente for pensado, de forma que
possa ser expresso numa linguagem.
Leia na integra em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Razão
Veja que esses são textos que exigem reflexão! Ou seja: somente uma única
leitura não nos esclarece seu conteúdo. Agora que você possui mais conhecimentos
sobre o nosso tema, vamos no prepar para próxima aula onde poderemos exercitar
o pensamento no processo de criar conceitos próprios sobre o que estudamos até
aqui. Até o final dessas quatro aulas você terá uma compreensão clara e
fundamentada sobre o o problema da fé e da razão no renacimento.
O PROBLEMA DA FÉ E DA RAZÃO DURANTE O RENASCIMENTO - AULA 2
ATIVIDADE 1 – Convite ao pensamento
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Na aula anterior tivemos a oportunidade de ler e discutir sobre as diferenças
entre os paradigmas teocentrismo, antropocentrismo, humanismo e pensar sobre os
conceitos de fé e razão. Na aula de hoje vamos procurar estabelecer uma reflexão
conceitual sobre o assunto e, assim, aprendermos a desenvolver expressões
próprias sobre o tema. Forme com seus colegas de sala grupos de no máximo
quatro pessoas. Releiam atentamente os textos propostos na aula passada e
respondam as questões que colocaremos a seguir. No final, vamos fazer um debate
de ideias e averiguar as diferentes noções que podem surgir sobre o tema.
1. Qual é a diferença básica de pensamento entre o teocentrismo e o antropocentrismo?
2. Seria correto afirmar que o antropocentrismo é uma completa ruptura com a visão de mundo do período medieval?
3. Qual era a visão de Santo Agostinho sobre fé e razão?
4. Escreva com suas palavras a definição de Humanismo.
5. Escreva três pontos que evidenciam a diferença entre fé e razão.
6. Pelo que estudamos até agora, você acha que a fé necessita da razão?
7. Lendo o texto sobre fé, é possível evidenciar nele mais de um tipo de fé? Comente.
8. É possível fazermos alguma ligação entre ciência e fé?
O PROBLEMA DA FÉ E DA RAZÃO DURANTE O RENASCIMENTO - AULA 3
Nas aulas anteriores você pode fazer uma analise sobre os temas do
teocentrismo, antropocentrismo, humanismo, fé e razão. Já em posse de
A filosofia nos ensina que jamais chegaremos à compreensão de algo se não pensarmos, se não refletirmos sobre o assunto. O filósofo Frances Henri Bergson (1859-1941) dizia que algumas pessoas preferem morrer do que pensar e elas acabam fazendo exatamente isso. Assim, o pensamento não é só fonte de saber, mas fundamentalmente fonte de qualidade de ser, qualidade de vida. Cavamos pensar?
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argumentos fundamentais para compreensão da temática dessas aulas, vamos ver o
contexto da fé e da razão no renascimento. Quando falamos sobre fé e razão na
renascença também estamos falando de teologia e filosofia, pois que embora
durante toda idade média ambas tenham se complementado, são áreas do saber
que possuem distinções claras que delimitam o campo de atuação em que se
inserem. A máxima questão teológica é a relação de subordinação, evolução e
elevação que alma humana tem para com Deus (bases do teocentrismo). Já a
filosofia:
(...) não se satisfaz com o imediatamente dado, com os fatos externos do mundo ou com a experiência subjetiva interna. Transcende os diferentes campos, enquanto volta seu olhar para o todo de nossa realidade. Orienta-se para as estruturas fundamentais, para aquilo em que se apoia o real e nosso saber sobre ele.(...) A Filosofia somente tem compromisso com uma visão racionalmente fundada, mas não com uma tradição autoritativa. Seu caminho e critério é a razão responsável em si e para si.4
Podemos compreender que fé e razão não se contrapõem por ser a fé motivo
de estudo, avaliação e validação racional. Ou seja, o trabalho filosófico tem como
princípio a conceituação e elucidação de tudo aquilo que move o homem, de tudo
que o anima e assim tanto Deus como a religião e a ciência se evidenciam
importantes por demandarem questões filosóficas. Não cabe a filosofia negar a
importância da fé ou a existência de Deus, mas estabelecer apreciações que
determinem para cada um de nós a razão de ser desses conceitos tão caros à
história da humanidade. Este pensamento já estava presente na fase da Alta Idade
Média através de São Tomás de Aquino que defendia que a razão e fé deviam se
complementar. Vejamos isso no texto a seguir:
Agora se apresenta, porém, com singular agudeza o problema final de toda a
filosofia. Como alcançar esse conhecimento da verdade primeira ou ser primeiro? Que
meios temos para chegar a essa sabedoria suprema ou esse conhecimento de Deus?
Resposta de Santo Tomás: temos antes de mais nada a razão. Com a razão
podemos, sem dúvida, avançar muito na sabedoria metafísica acerca de Deus. Podemos,
por exemplo, conhecer que Deus existe, que Deus é um, simples, infinito, e outras verdades
semelhantes. Pois bem: nem tudo o que sabemos acerca de Deus o sabemos pela via da
razão natural. Também temos sobre Deus conhecimentos "que excedem toda faculdade de
4 Artigo: ZILLES, Urbano. Fé e razão na filosofia e na ciência. Prof. Dr. na universidade PUCRS – pesquisado em: http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/teo/article/viewFile/1697/1230
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razão humana". São os conhecimentos que Deus mesmo nos deu de si próprio na sua
revelação. A situação de fato é, pois, a seguinte: "conhecemos algo" de Deus por razão
natural; "não conhecemos tudo" de Deus por razão natural; "conhecemos algo" de Deus por
revelação.5
Repare que São Tomás chega à mesma concepção de Santo Agostinho, mas
com uma diferença: para São Tomás a fé é um complemento, um aperfeiçoamento
da razão, enquanto que para Santo Agostinho a razão é um complemento para a fé.
São Tomás chega a essa compreensão por postular que antes de conhecermos
Deus por revelação (fé), temos que compreender racionalmente o nosso destino e a
finalidade da nossa vida. Esse pensamento terá profundo efeito sobre muitos
filósofos renascentistas. Giovanni Pico Della Mirandola (1463-1494), Pedro
Pomponazzi (1462-1525), Matinho Lutero (1483-1546), João Calvino (1509-1564),
Erasmo do Roterdã (1466-1536), Michel de Montaigne (1533-1592), todos são
pensadores que se formaram a partir das concepções tanto de Santo Agostinho
como de São Tomás, e cada qual a seu modo, seguiu sua interpretação e
estabeleceu seu ponto de vista. Podemos ver, por exemplo, Pedro Pomponazzi que
acreditava que a razão pode dar explicação para todos os acontecimento, mas que
dogmas como a imortalidade da alma são um artigo de fé que devem ser discutidos
somente no âmbito da fé.6 Lutero, por sua vez, toma uma posição mais radical e
postulava que somente através da fé chegaríamos a verdade. Escreveu Lutero: “A
Razão deveria ser destruída em todos os cristãos. Ela é o maior inimigo da Fé.
Quem quiser ser um cristão deve arrancar os olhos da sua Razão” 7 Erasmo de
Roterdã, que chegou a ser amigo de Lutero, acreditava que fé e razão deveriam se
complementar, e que especialmente na área da educação a razão deveria se
sobrepor a fé. Erasmo acreditava que a educação não deveria ficar a cargo somente
da Igreja. Michel de Montaigne se colocava como um homem de fé que olhava com
dúvidas para a razão. Para ele a fé está num plano diferente da razão, sendo a
mesma inatacável pela dúvida. Assim, Montaigne se volta para o homem, para sua
ação no mundo baseada na falta ou existência de racionalidade (CLARETIANO,
2010, P.71)
5 Fonte: http://www.consciencia.org/fundamentosfilosofiamorente9.shtml6 CLARETIANO, Centro Universitário - História da Filosofia Moderna, p.68 7 Citado em: http://www.ultimato.com.br/comunidade-conteudo/assassinato-e-um-berco-protestante
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Podemos então ver que no renascimento as pessoas não abandonaram a fé
em Deus e os preceitos morais ditados pela religião, elas passaram a ver esses
conceitos de uma forma mais condizente com a realidade em que estavam
inseridas. Você deve lembrar que no renascimento a Igreja Católica demonstrava
sinais de decadência e que enfrentava o advento da reforma protestante. Havia na
época uma completa necessidade de revisão dos valores morais, do pensamento
ético de da relação do homem com Deus e com um mundo em constantes
mudanças. Estudando o período é possível reconhecer dois modos de interação
entre razão e fé no renascimento. O primeiro é o proposto por São Tomas ainda na
Idade Média e acolhido no Renascimento, onde a razão se torna uma ferramenta
adequada para o desenvolvimento de uma fé sadia, não alienada e voltada para os
problemas fundamentais da vida em comunidade e compreensão da relação do
homem com Deus. O segundo modo é a aquele que evidencia campos de atuação
diferentes entre fé e razão. Essa concepção acabou definindo no Renascimento que
a fé tem prevalência em questões religiosas e que a razão está acima da fé quando
se tratando de questões naturais. É a partir dessa segunda concepção que temos
os grandes avanços científicos que se realizaram na renascença e se seguem nos
dias atuais.
Você já deve ter ouvido ou mesmo usado a frase “religião não se discute”;
pois bem, esse é o pensamento renascentista sobre a fé em assuntos religiosos. Já
no que se refere à razão, no renascimento ocorreram grandes avanços científicos e
tecnológicos que influenciaram a humanidade até os dias de hoje. As ideias de
Copérnico e Galileu Galilei só foram possíveis de ser descortinadas devido a
efervescência cientifica da época, onde a sociedade se voltava para a liberdade do
pensamento, para o uso da razão. Mesmo que suas teorias tenham sido combatidas
na época, elas se mostraram ao longo do tempo concepções racionais capazes de
transformar toda a visão que tínhamos sobre o mundo.
O PROBLEMA DA FÉ E DA RAZÃO DURANTE O RENASCIMENTO - AULA 4
ATIVIDADE 2 – Convite ao pensamento
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Chegamos ao final dos nossos estudos. Acreditamos que você possa ter
desenvolvida uma compreensão mais clara não somente sobre a fé e a razão no
renascimento como qual a relação que esses dois conceitos têm como sua vida. Se
ainda não compreendeu não tem problema. Vamos exercitar o pensamento e buscar
meios de compreender o homem nesse período histórico para entender mais a
realidade em que hoje estamos inseridos. Você viu que o Renascimento não surge
do nada, que ele é fruto das inquietações que já estavam vivas na Idade Média.
Assim também é a era atual, pois somos frutos daquilo que se pensou e se fez no
passado.
Vamos lá! Juste-se com mais três colegas de classe, releia o texto da aula anterior e respondam as seguintes questões:
1. Lendo o texto da aula anterior, estabeleçam pontos de diferenciação entre teologia e filosofia.
2. Qual era a visão de São Tomás de Aquino sobre a relação entre fé e razão?
3. Explique porque São Tomás dava prevalência à razão em detrimento da fé.
4. Para Martin Lutero a fé ou a razão era a fonte de conhecimento mais importante?
5. No renascimento quais são os modos diferentes do homem conceber a relação entre fé e razão?
6. É possível ver essas duas concepções atuantes na época atual? Justifique sua resposta.
BIBLIOGRAFIA:
12
CHAUI, Marilena. Introdução à história da filosofia – Volume I. São Paula: Companhia das Letras, 2011.
CLARETIANO. História da Filosofia Moderna – Batatais (São Paulo): Centro Universitário Claretiano, 2010
REALLE, Giovanni. Aristóteles - Metafísico Volume I. Edições Loyola, 2001
Sites pesquisados:
<http://educador.brasilescola.com/estrategias-ensino/fe-razao-movimento-renascentista.htm >- pesquisado em: 20.05.2012
<http://www.professorreinaldo.com.br/arquivos/pensamento_medieval.pdf >- pesquisado em: 20.05.2012
<http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/teo/article/viewFile/1697/1230 >- pesquisado em: 20.05.2012
<http://www.slideshare.net/dmflores21/renascimento-3659807> - pesquisado em: 20.05.2012
<http://pt.shvoong.com/books/classic-literature/1831075-renascimento-_-parte-iii/ >- pesquisado em: 20.05.2012
<http://revistaseletronicas.pucrs.br/ojs/index.php/teo/article/viewFile/1697/1230> - pesquisado em 21.05.2012
<http://educacao.uol.com.br/filosofia/santo-tomas-de-aquino-razao-a-servico-da-fe.jhtm >- pesquisado em 21.05.2012
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Fé> - pesquisado em 21.05.2012
<http://pt.wikipedia.org/wiki/Razão> - pesquisado em 21.05.2012
<http://www.vidaslusofonas.pt/santo_agostinho.htm> - pesquisado em 25.05.2012
FONTE IMAGEM AULA 1:
<http://www.lauromoraes.jex.com.br/> - pesquisado em 21.05.2012