petróleo e meio ambiente - raquel simas · efeitos sobre o sistema cardiovacular co e chumbo →...
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Instituto Superior de Tecnologia de Paracambi
Petróleo e Meio Ambiente
Curso:Tecnólogo em Gestão Ambiental
Professora: Raquel Simas Pereira Teixeira
Emissões Atmosféricas
As emissões atmosféricas provenientes das refinarias incluem:
Emissões fugitivas dos compostos voláteis presentes no óleo
cru e nas suas frações;
Emissões geradas pela queima de combustíveis nos
aquecedores de processo e nas caldeiras;
Emissões das unidades de processo propriamente ditas
Emissões Fugitivas
Ocorrem em toda a refinaria e escapam das centenas de fontes
potenciais dessa emissões, que compreendem válvulas, bombas,
tanques, válvulas de alívio e flanges.
Essas emissões podem ser reduzidas através do uso de um
grande número de técnicas:
Uso de equipamentos com maior resistência a vazamentos;
Redução do número de tanques de armazenamento e de outras fontes
potenciais;
Uso de tanques com teto flutuante;
Uso de um Programa de Detecção e Reparo de Vazamentos.
Emissões Geradas pelos
Aquecedores Os aquecedores podem ser fontes potenciais de emissões de:
CO;
SOx;
NOx;
Material particulado e
Hidrocarbonetos.
Operadas apropriadamente e queimando combustíveis limpos →
emissões baixas.
Combustão não completa ou aquecedores sujos com piche ou
outros resíduos → emissões significativas.
Emissões Geradas pelas
Correntes Gasosas
Correntes gasosas que deixam as unidades de processo das
refinarias → quantidades variáveis de gás de refinaria , gás
sulfídrico e amônia.
Correntes → coletadas e enviadas para as unidades de
tratamento de gás e de recuperação de enxofre.
Gás recuperado → usado como combustível.
Enxofre elementar → vendido.
Emissões de recuperação de enxofre → sulfeto de hidrogênio,
óxidos de enxofre e de nitrogênio.
Outras Fontes de Emissão
Regeneração periódica dos catalisadores de processo →
correntes gasosas que podem conter CO, material particulado e
hidrocarbonetos voláteis.
Correntes são tratadas → passando por uma caldeira de CO
(queima monóxido de carbono e hidrocarbonetos) → por
precipitadores eletrostáticos ou ciclones ( remover o material
particulado presente no gás).
Os Efeitos Gerais da Poluição
Atomosférica
Principais poluentes atmosféricos:
Óxidos de enxofre e nitrogênio;
Monóxido de carbono;
Materiais particulados;
Hidrocarbonetos ( constituem as emissões fugitivas de compsostos
orgânicos voláteis, os VOC`s).
São liberados nas áreas de armazenamento (tancagem), nas
unidades de processo, nos eventuais vazamentos e nas unidades
de queima de combustíveis fósseis (fornos e caldeiras) que geram
calor e energia para consumo da própria refinaria.
Impactos dos Poluentes sobre a
Saúde
Irritação nos Olhos
Umas das manifestações mais predominantes, que é associada
com a exposição a aldeídos e a oxidantes fotoquímicos.
Concentração mínima para ocorrer irritação nos olhos por
ação de oxidantes fotoquímicos → 0,10 – 0,15 ppm.
Impactos dos Poluentes sobre a
Saúde
Efeitos sobre o sistema cardiovacular
CO e chumbo → absorvidos através da corrente sanguinea →
efeitos diretos ou indiretos.
Doenças cardiovasculares → efeitos indiretos de outras
doenças incitada pela poluição do ar.
Exemplo: individuos com problemas respiratórios morrem de “cor
pulmonale” uma falência cardíaca resultante do estresse decorrente e
algumas crônicas e severas doenças respiratórias.
Impactos dos Poluentes sobre a
Saúde Efeitos sobre o sistema respiratório
Sistema respiratório → principal mecanismo de trocas gasosas.
Poluição do ar → agente causador ou agravante de doenças
como: bronquite crônica, enfisema pulmonar, câncer de pulmão,
asma brônquica e infecções respiratórias.
Margem Percentual de Segurança
Poluentes Melhor
estimativa
Efeito Adverso Padrão
SOx 300 - 400 g/m3
Curta duração
“Mortality harvest 365 μ/m3
91 g/m3
Longa duração
80 μ/m3
Longa duração Profunda penetração nos
tecidos pulmonares
150 μ/m3
Curta duração Agravamento da asma e da
bronquite
50 μ/m3
NOx 141 g/m3
Longa Duração
Aumento da severidade das
doenças respiratórias agudas
100 μ/m3
CO 23 mg/m3 (8h)
73 mg/m3 (1h)
Diminuição da tolerância ao
esforço em pacientes
cardíacos
10 μ/m3
40 μ/m3
Oxidantes
Fotoquímicos
200 g/m3
Curta duração
Aumento da suscetibilidade a
infecções
160 μ/m3
Impactos sobre os Materiais
Os poluentes atmosféricos são conhecidos por seus efeitos
sobre os materiais, principalmente sobre os metais ( corrosão):
Pedra-mármores;
Pinturas;
Tecidos;
Borracha;
Couro;
Papel.
Impactos sobre os Materiais
Mecanismos físicos e químicos:
Danos físicos → efeito abrasivo dos materiais particulados levados
pelo ar sobre as superfícies.
Reações químicas → contato direto entre os poluentes e os
materiais.
Gase absorvidos → ação imediata sobre o material ou convertidos
em novas substâncias.
A ação de substâncias químicas usualmente resulta em
mudanças irreversíveis. Consequentemente, o dano químico
nos materiais é um problema mais sério do que as mudanças
físicas ocasionados pelos materiais particulados.
Efeitos sobre a Visibilidade
Presença de contaminantes na atmosfera → absorção e
dispersão da luz solar e notavel redução de visibilidade.
Períodos de mínima visibilidade → máximas concentrações de
sulfatos e nitratos na atmosfera.
O NO2 em concentração alta → efeito significativo ao
absorver a região azul-verde do espectro visível da radiação
solar → atmosfera adquire uma coloração amarela-pardacenta-
avermelhada.
Efeitos Globais
Um dos problemas de caráter global mais relevante associado à
poluição atmosféricas é o das Chuvas Ácidas.
O pH das chuvas → 5,65 → dissolução de gases
(especialmente CO2).
Lançamento de gases na atmosfera (principalmente óxidos de
enxofre e de nitrogênio) → aumento da acidez das águas →
chuvas ácidas.
Compostos na atmosfera → transformam-se em sulfatos e
nitratos → combinados com vapor d’água → forma ácidos
sulfúrico e nítrico → provocam a chuva ácida → pH inferior a
5,65.
Efeito Globais
Modificações das características dos solos → lavagem pela
chuva ácida e mudanças provocadas nas grandes massas de
água → aumento da concentração de metais tóxicos →
consequencias ecológicas irreversíveis.
Efeitos Globais
Outro problema → mudanças climáticas.
aumento da concentração de dióxido de carbono e de outros
contaminantes → elevação geral da temperatura → efeito estufa →
modificação no regime das chuvas → alterações nas terras cultiváveis
e sobre a extensão dos desertos.
Hidrocarbonetos halogenados e os óxidos de nitrogênio →
diminuição do ozônio na estratosfera → buraco na camada de ozônio
→ aumento da quantidade de radiação ultravioleta que chega a Terra.
Principais Poluentes
Óxidos de Enxofre (SOx);
Óxidos de Nitrogênio ( NOx);
Monóxido de Carbono (CO);
Benzeno, Tolueno e Xileno (BTX);
Material Particulado;
Acetileno, Butano, Etano, Etenio, GLP, Metano, Propano e
Propeno ( VOC`s)
Óxidos de Enxofre
Origem
Elemento químico naturalmente presente no petróleo;
Percentual varia de acordo com a origem do petróleo;
Quantidade das emissões de óxidos de enxofre varia em função do
teor de enxofre presente no petróleo.
Tipo de Petróleo (País de Origem) % em peso de enxofre
Kuwait 2,5
Iraniano (pesado) 1,58
Roncador ( Brasil) 0,55
WTI (USA) 0,24
Marlim (Brasil) 0,78
Mesa (Venezuela) 1,00
Produzidos :
Durante a queima dos combustíveis utilizados para geração
de energia e calor;
Durante a regeneração do catalisador utilizado no processo
de craqueamento catalítico;
Nos processos de dessulfurização e de reforma.
Óxidos de Enxofre
Óxidos de Enxofre
Efeitos sobre a saúde humana:
Inalação de concentrações elevadas de óxidos → intoxicação aguda;
Baixas concentrações → sintoma mais comum → tosse;
Contato com a pele → provoca queimaduras devido à baixa
temperatura;
No tubo digestivo → diluição na saliva → formando os ácidos
sulfúricos e sulforoso.
Os dentes perdem o brilho, amarelamento do esmalte, erosões
dentárias e distúrbios das gengivas.
Óxidos de Enxofre
Efeito sobre o Meio Ambiente:
Toxicidade sobre as plantas:
Danos agudos necrose dos tecidos podendo ocasionar a
morte;
Danos crônicos clorose (amarelamento das folhas),
manchas esbranquiçadas, queda prematura das folhagens.
A severidades dos danos depende:
Da dose à qual a planta foi exposta;
Idade das folhas (folhas jovens são muito sensíveis a SO2 ,
enquanto que as folhas velhas são menos).
Óxidos de Enxofre Chuvas ácidas:
Diminuição do pH das águas superficiais e subterrâneas:
prejuízos para o abastecimento humano e outros usos e
aumento da solubilidade do alumínio e dos metais pesados (cádmio, zinco e
mercúrio) extremamente tóxicos (peixes com altas concentrações de metais em
sua carne.)
Declínio da população de peixes e de outros organismos aquáticos,
com reflexo nas atividades recreativas (pesca) , econômicas e
turísticas;
Alterações na química dos solos, que provoca o aumento da acidez do
solo libera alguns metais pesados e alumínio.
Corrosão de monumentos históricos, estátuas, edificações, obras-de-
arte.
Óxidos de Nitrogênio
Origem
Queima de combustíveis fósseis
Produzidos
Combinação do nitrogênio e do oxigênio que compôem o ar utilizado
nas reações de combustão, quando este é submetido a elevadas
temperaturas;
Oxidação do nitrogênio que está naturalmente presente no
combustível, sob a forma de compostos orgânicos nitrogenados.
Óxidos de Nitrogênio
Efeitos sobre a Saúde Humana
Exposição aguda
NO2 é relativamente solúvel em água e quando inalado atinge os
alvéolos pulmonares, onde se transforma em ácido nitroso ( HNO2)
e ácido nítrico (HNO3), que são altamente irritantes para o tecido
pulmonar, provocando tosse e dificuldade para respirar;
A concentração do gás entre 100 e 500 ppm pode ocasionar morte
súbita devido à constrição brônquica, edema pulmonar e
insuficiência respiratória;
Nos olhos provoca conjutivite;
Óxidos de Nitrogênio
No sangue o óxido nitroso liga-se a hemoglobina no mesmo sítio do
oxigênio, sendo que com uma afinidade 1400 vezes maior, o que
resulta numa redução no transporte deste.
No aparelho cardiovascular pode ocasionar insuficiência surgindo
taquicardia, dilatação do coração e congestão torácica;
No sistema nervoso central o NO2 provoca inquietação, letargia, perda
da consciência, ansiedade e confusão mental;
No aparelho digestivo surgem náuseas e dor abdominal.
Óxidos de Nitrogênio
Exposição Crônica
Sonolência, tontura e vômitos que podem estar associados às
alterações sanguíneas;
Estudos indicam que o NO2 pode ser um agente causador ou
agravante de infecções respiratórias;
Suspeito de carcinogecididade.
Óxidos de Nitrogênio
Efeitos sobre o Meio Ambiente
São capazes de causar danos à vegetação, porém necessita-
se altas concentrações. Os danos se traduzem em lesões
irregulares, brancas ou marrons, nos tecidos próximos à
margem das folhas;
Aumento da acidez das águas, formando as chuvas ácidas;
Sinergia de os efeitos entre o NO2 e o SO2, que em baixas
concentrações e juntos provocam alterações na vegetação.
Monóxido de Carbono
Origem
Unidades de combustão (aquecedores e caldeiras);
Regenerador do catalisador da unidade de craqueamento catalítico;
Efeito sobre a Saúde Humana
Exposição aguda
Os efeitos clínicos da intoxicação pelo CO dependem da
concentração à qual o individuo é exposto, variando desde a dor de
cabeça leve e tontura, até náuseas, vômitos, coma e até mesmo a
morte.
Monóxido de Carbono
Efeitos agudos da exposição humana ao monóxido de carbono
Concentração
atmposférica de CO
(ppm)
Tempo médio para
acumulação
(minutos)
Sintomas
50 150 Dor de cabeça leve
100 120 Dor de cabeça
moderada e tontura
250 120 Dor de cabeça severa
e tontura
500 90 Náuseas vômitos,
colapso
1000 60 Coma
10000 5 Morte
Monóxido de Carbono
Efeitos sobre o Meio Ambiente
Na verdade o CO não pode ser considerado como um
contaminante atmosférico no sentido estrito, pois é encontrado
em atmosfera puras de modo natural e, além disse, ao entrar na
atmosfera é oxidado e transforma-se em CO2.
Entretanto, o acúmulo deste último na atmosfera oferece
alguns riscos, entre eles uma possível modificação no clima da
Terra decorrente do efeito estufa.
Gás Sulfídrico
Origem
Gerado nas unidades de polimerização, na etapa de lavagem
cáustica, assim como nas unidades de tratamento de gás ácido e
recuperação de enxofre.
Efeito sobre a Saúde Humana
É altamente tóxico e irritante;
Atua sobre o sistema nervoso, os olhos e as vias respiratórias;
A intoxicação pela substância pode ser aguda ou crônica dependendo
da concentração do gás no ar, da duração, da frequência da exposição
e da suscetibilidade individual.
Gás Sulfídrico
Exposição Aguda
Gás volátil, e a principal via de penetração é a respiratória;
Atinge a corrente sanguínea e é distribuído por todo o organismo,
produzindo efeitos sistêmicos.
Sistema nervoso central: excitação seguida de depressão, fraqueza,
dor de cabeça, náusea, vômito, alucinações, amnésia, irritabilidade,
delírios, sonolência, fraqueza, chegando até as convulsões e a morte.
Sistema respiratório: tosse, respiração acelerada, espasmos
brônquico, rinite com perda de olfato.
Ação irritante do H2S sobre a pele e as mucosas gastrintestinais
provoca prurido e vermelhidão.
Nos olhos: conjutivite e lacrimejamento.
Gás Sulfídrico
Exposição Crônica
Efeitos sistêmicos: alterações neurológicas, distúrbios
neurovegetativos, vertigens, dores de cabeça, nervosismo, paralisia e
fraqueza.
Taxas elevadas de aborto forma encontradas em mulheres grávidas
expostas a H2S.
Distúrbios digestivos: perda de apetite, perda de peso e náuseas.
Gás Sulfídrico
Efeitos sobre o Meio Ambiente
Chamuscamento da folhas dos vegetais;
Gás sulfídrico combinado com água da chuva dá origem ao
ácido sulfídrico, que provoca necrose nas partes superiores das
folhas, similares a outras lesões provocadas por outros
compostos ácidos ou básicos.
Benzeno, Tolueno e Xileno
Origem
Componentes do petróleo, presente em muitas operações de refino;
Produzidos durante o processo de reforma catalítica;
A volatilidade natural faz com que as emissões fugitivas sejam a
maior fonte de liberação.
Efeitos sobre a saúde humana
Exposição Aguda
Via Respiratória: irritação dos brônquios e da laringe, surgindo tosse,
rouquidão e edema pulmonar;
Sistema nervoso central: fadigas, dores de cabeça, tontura,
convulsão, coma e morte em consequencia de parada respiratória.
Na pele: dermatite de contato, eritema e bolhas.
Benzeno, Tolueno e Xileno
Exposição Crônica
Produção de um ataque à medula óssea, o que pode traduzir-se em
anemia e leucemia aguda;
Carcinogênico;
Exposição prolongada: fadiga, náuseas, perda de apetite, vertigem,
dor de cabeça, irritabilidade e nervosismo;
Pele: secura, fissura e dermatite.
Benzeno, Tolueno e Xileno
Efeitos no organismo das diferentes concentrações do benzeno
Concentração de
vapores de
benzeno
Tempo de
exposição
Resposta
25 8 horas Nenhuma
50 – 100 6 horas Leve sonolência e
dor de cabeça leve
500 1 hora Sintomas de
toxicidade aguda
7000 30 minutos Perigoso para a
vida, efeitos
imunodepressivos
20000 5 minutos Fatal
Benzeno, Tolueno e Xileno
Efeitos sobre o meio ambiente
Benzeno: narcose ( acumulo de substância nas membranas
celulares e interfere no funcionamento normal dessas
membranas);
Tolueno: degradado por microorganismos;
Xileno: possui uma mobilidade moderada através do solo,
onde pode persistir por muitos anos.
Material Particulado
Origem
Maior fonte de material particulado para a atmosfera é a unidade de
regeneração do catalisador de craquemanto catalítico;
Os gases de exaustão dos aquecedores e das caldeiras também podem
conter partículas.
Material Particulado
Efeito sobre a saúde humana
Concentram-se no aparelho respiratório e estão associados à
concentração das partículas, ao tempo de exposição e à capacidade do
sistema respiratório em remover as partículas do ar inalado.
Partículas não tóxicas: aumento do número de mortes devidas a
bronquite, aumento da mortalidade devida a doenças respiratórias e
cardíacas, aumento da gravidade e frequencia das doenças do trato
respiratório e aumento da incidência de bronquites.
Material Particulado
Efeitos sobre o meio ambiente
Prejudica a agricultura, através da dimnuição do valor do
produto ( a quantidade e/ou qualidade podem ser afetadas e a
época de venda pode ser adiantada ou atrasada) ou do
aumento do custo de produção ( necessidade do uso de
fertilizantes, irrigacão);
Acetileno, Butano, Etano, Eteno,
GLP, Metano, Propano e Propeno
(VOC`s)
Origem
Tanques de armazenamento;
Teminais de carga e descarga de cru e derivados;
Separadores de água e óleo;
Unidades de regeneração de catalisadores;
Bombas, válvulas, e compressores;
Sistemas de vácuo;
Torres de resfriamento.
Acetileno, Butano, Etano, Eteno,
GLP, Metano, Propano e Propeno
(VOC`s)
Efeitos sobre a saúde humana
Essas substâncias são classificadas como asfixiantes simples e quando
presentes em altas concentrações reduzem a pressão parcial do oxigênio
no sangue provocando hipóxido ( baixa oxigenação);
Efeitos sobre o meio ambiente
Os hidrocarbonetos que contêm até quatro átomos de carbono são
gases a temperatura ambiente, e são estes os mais importantes do ponto
de vista da contaminação atmosférica, pois favorecem a formação das
reações fotoquímicas.
Amônia
Origem
É formada a partir dos compostos nitrogenados presentes no
petróleo cru e pode ser encontrada em muitas unidades;
Amônia gasosa é frequentemente liberada nas unidades de
destilação, de craqueamento e de tratamento final;
Também são geradas emissões de amônia nas plantas de
tratamento dos efluentes hídricos das refinarias.
Amônia
Efeitos sobre a saúde humana
Exposição aguda
Irritante para os olhos,as vias respiratórias e a pele;
Vias respiratórias: os vapores provocam faringite, laringite,
broncoespasmo, dor torácica, dispnéia e traqueíte;
Na pele: queimaduras graves;
Via digestiva: náuseas, vômitos, sensação de queimação e edema
dos lábios, da boca e do nariz;
Com a ingestão ocorrem queimaduras da boca, es6ofago, podendo
inclusive ocorrer perfuração gástrica.
Amônia
Efeitos sobre o meio ambiente
A vegetação atingida adquire coloração verde forte, tornando-se
marrom ou verde ao secar.
Os danos em vegetações provocados pela amônia são usualmente
observados em vazamentos acidentais de amônia anidra, que é usada
em agrucultura como fertilizante;
Os danos agudos são caracterizados por pontos negros necrosados
ao longo das margens das folhas das plantas mais sensíveis.
Medidas de Controle das
Emissões Atmosféricas
Objetivo: destruição ou coleta de poluentes.
Os equipamentos de controle são normalmente projetados
para os poluentes gasosos ou particulados.
A legislação ambiental vigente para as emissões
atmosféricas tem grande importância na seleção da técnica
de controle que será empregada, assim como os custos
envolvidos na sua implantação.
Controle de Emissões de
Poluentes Gasosos
Controle por diluição na atmosfera através de dispersão
O uso de chaminés de alturas adequadas, projetadas em função das
condições de dispersão dos poluentes na atmosfera local, reduz a
concentração de poluentes ao nível do solo.
Essa abordagem de controle de emissões pode ajudar no alcance
dos padrões de qualidade do ar desejados, pois a atmosfera tem um
grande poder de diluir, dispersar e algumas vezes até destruir uma
grande variedade de poluentes.
Controle de Emissões de
Poluentes Gasosos
Uma chaminé eficiente deve ter uma altura mínima de duas vezes e
meia a altura do prédio mais alto das vizinhanças da fonte poluidora.
O uso da chaminé não resolve o problema da emissão de poluentes
em si, apenas o mascara ou transfere de local.
Controle de Emissões de
Poluentes Gasosos
Aborção de Gases
O processo consiste em uma separação de gases, onde se utiliza
uma fase líquida como absorvente;
Tal separação baseia-se na solubilidade preferencial ou na
reatividade química do gás poluente com a fase líquida;
Aplica-se à remoção de óxidos de enxofre, de vapores de ácido
sulfuríco, de gás sulfídrico e de óxidos de nitrogênio.
Controle de Emissões de
Poluentes Gasosos
Adsorção de Gases
Baseia-se na reação dos gases poluentes com uma substância
adsorvente sólida;
É um fenômeno físico-químico, que tem lugar quando as moléculas
ou átomos do gás se concentram na supefície do sólido usado como
adsorvente;
Os adsorventes sólidos são geralmente capazes de adsorver gases
orgânicos e inorgânicos, e um dos mais utilizados é o carvão
ativado, que é muito eficaz na remoção de solventes orgânicos
voláteis.
Controle de Emissões de
Poluentes Gasosos Combustão
Converte compostos orgânicos em CO2 e H2O;
Um bom exemplo é o uso de caldeiras de queima de CO junto aos
regeneradores de catalisador;
O CO liberado na regeneração é queimado nas caldeiras
transformando-se em CO2;
Os flares promovem a queima de gases tóxicos e perigosos, nas
unidades que manuseiam hidrocarbonetos, amônia, hidrogênio e
cianeto de hidrogênio.
Controle de Emissões de
Material Particulado Ciclones
São equipamentos de coleta de material particulado, para partículas
usualmente maiores que 10 μm;
É um coletor inercial, em formato de cone, sem partes móveis;
O gás efluente, contaminado com o material particulado, é acelerado
através de um movimento espiral, sofrendo a ação de uma força
centrífuga;
As partículas são então arremessadas para fora da espiral de gás, se
chocam com as paredes do ciclone e caem saindo pelo fundo do
equipamento, de onde são removidas, através de um sistema de
válvulas.
Controle de Emissões de
Poluentes Gasosos Filtros
São utilizados quando é necessária uma elevada eficiência de
controle, geralmente para partículas com diâmetros menores do que
5 μm;
Consistem em filtros, de lã ou outro tecido, através dos quais é
forçada a passagem do ar poluído, e os particulados deste modo
ficam retidos no tecido.
Controle de Emissões de
Poluentes Gasosos Coletores Úmidos
São utilizados quando as partículas que devem ser coletadas estão
molhadas, muito quente ou são corrosivas;
Baseia-se na diferença entre as velocidades das gotas do líquido
coletado (sozinho) e das partículas sólidas poluentes misturadas
com o líquido.
A corrente gasosa é umidificada com jatos de água, e as gotas do
líquido resultante são atomizadas;
A mistura líquido-partículas suspensa na corrente gasosa é então
enviada a um equipamento de separação inercial, disposto no fim de
sua trajetória, que então remove as partículas.
Controle de Emissões de
Poluentes Gasosos
Preciptadores Eletrostáticos
Utilizam uma corrente elétrica de alta voltagem para separar os
particulados do gás;
Quatro passos básicos estão envolvidos:
As partículas são eletricamente carregadas através de um processo
de ionização;
São transportadas até uma superfície coletora pela ação da força
que o campo elétrico exerce sobre elas;
Sua carga elétrica é neutralizada na superfície coletora.
Medidas de Minimização das
Emissões Atmosféricas
Substituição dos tanques de armazenamento de cru e
derivados, de teto fixo por tanques de teto flutuante;
Melhoria da combustão nos fornos, aquecedores e caldeira,
pois quando mais eficiente é a reação de queima menor
quantidade de poluentes é emetida ( tal medida tem efeito
preciso sobre as emissões de Nox, CO e material
particulado) ;
Uso de combustíveis menos poluidores para a geração de
calor e energia, como, por exemplo, o gás natural;
Medidas de Minimização das
Emissões Atmosféricas
Operação e manutenção adequada dos equipamentos,
visando o seu funcionamento nas melhores condições
possíveis, o que também reduz a quantidade de poluentes
emitidos;
Modificação dos processos utilizados, optando-se por
processos mais “limpos”, sempre que isso for possível e
viável;
Processamento de petróleos com menores teores de enxofre,
sempre que isso for possível e viável.
Fim!!!