pesquisa com usuários - aula 02 - faculdade impacta
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Aula 02 da disciplina Pesquisa com Usuários, da Faculdade Impacta.TRANSCRIPT
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AGENDA DESTA AULA
1. CONTINUANDO...QUESTIONÁRIOS E LIÇÕES APRENDIDAS
2. OBSERVAÇÃO ETNOGRÁFICA
3. INTRODUÇÃO AO TRABALHO DA DISCIPLINA
4. INÍCIO DAS ATIVIDADES
QUESTIONÁRIOS
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OBJETIVOS
Levantar características sobre o perfil dos usuários (idade, gênero, questões socioeconômicas)
Levantar características comportamentais (quantas vezes você acessa o site xpto, você já realizou alguma compra no fornecedor xpto?)
Levantar opiniões e grau de satisfação dos usuários sobre um produto
CARACTERÍSTICAS
Duração 1 semana a 1 mês (ou mais)
Custo Ferramenta de coleta, base de dados, tempo
Abrangência Alta
Profundidade Baixa (em alguns casos é média)
Tipos Entrevistas estruturadas, autopreenchimento
Resultados Satisfação, comportamento, características
PASSO 1: DEFININDO OS PARTICIPANTES
Utilizar mesmos critérios das entrevistas
Podem ser feitos questionários diferentes para perfis distintos
Planejar taxa de retorno para definir número de participantes (principalmente em questionários auto preenchidos)
PASSO 2: ROTEIRO E CONDUÇÃO
Ordem das questões: mais fáceis ou focadas em características por primeiro
Volume de perguntas: decidir de acordo com perfil dos participantes e motivação para preenchimento
Criar introdução do questionário (objetivo da pesquisa, amostra, confidencialidade, como retornar e prazo)
Instruções claras de preenchimento
PREECE, J., ROGERS, Y., SHARP, H., Design de Interação – Além da interação homem-computador
TIPOS DE QUESTÕES
Questões nominais (sim/não)
Rankings (apontar 1 a 5)
Escalas (ótimo / bom / péssimo)
Múltipla escolha
Questões abertas
Questões semi-fechadas
BALNAVES, Mark; CAPUTI, Peter. Introduction to Quantitative Research Methods
NOMINAIS
Você já usou o Windows 8?
( ) sim ( ) não ( ) não sei
BALNAVES, Mark; CAPUTI, Peter. Introduction to Quantitative Research Methods
RANKING
Classifique os softwares que mais usa no dia-a-dia (sendo 1 o que mais utilizar e 5 o que menos utiliza:
( ) MS Excel
( ) MS Word
( ) MS Power Point
( ) MS Visio
( ) MS Project
BALNAVES, Mark; CAPUTI, Peter. Introduction to Quantitative Research Methods
ESCALAS
Qual sua opinião geral sobre o Windows Vista?
( ) Péssimo
( ) Ruim
( ) Regular
( ) Bom
( ) Ótimo
BALNAVES, Mark; CAPUTI, Peter. Introduction to Quantitative Research Methods
M AS S E N Ã O Q U I S E R G E N T E E M C I M A D O M U R O , D Ê A P E N AS 4 A LT E R N AT I VAS ; )
ESCALA DE LIKERT
O desempenho do Internet Explorer é excelente.
BALNAVES, Mark; CAPUTI, Peter. Introduction to Quantitative Research Methods
( ) Discordo totalmente
( ) Discordo parcialmente
( ) Indiferente ( ) Concordo parcialmente
( ) Concordo totalmente
MÚLTIPLA ESCOLHA
Qual navegador você utiliza com mais frequência?
( ) Internet Explorer
( ) Mozilla Firefox
( ) Google Chrome
( ) Safari
( ) Opera
( ) Outro ________________
BALNAVES, Mark; CAPUTI, Peter. Introduction to Quantitative Research Methods
QUESTÃO ABERTA
Descreva suas recomendações de melhoria para o Internet Explorer
________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
BALNAVES, Mark; CAPUTI, Peter. Introduction to Quantitative Research Methods
QUESTÃO SEMI ABERTA
Qual navegador é seu favorito?
( ) Internet Explorer
( x ) Mozilla Firefox
Por quê? ____________________________________________________________________________________
( ) Google Chrome
( ) Safari
( ) Opera
BALNAVES, Mark; CAPUTI, Peter. Introduction to Quantitative Research Methods
VALIDANDO O QUESTIONÁRIO
A linguagem é simples? Utiliza muitos jargões?
A questão pode ser encurtada?
Há alguma questão dupla? (2 perguntas)
A questão está levando a alguma resposta específica?
A questão está na negativa?
O participante terá conhecimento para responder?
A questão obriga criar opinião artificialmente?
Há questões abertas que poderiam ser fechadas (ou semi-fechadas)?
O ideal é realizar um pré-teste com participantes reais
BALNAVES, Mark; CAPUTI, Peter. Introduction to Quantitative Research Methods
APRESENTANDO RESULTADOS
Dados absolutos vs. relativos
Escolher gráficos – pizza,barras, frequência, etc.
BOAS PRÁTICAS
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• Não basta perguntar “do que você precisa?”
• É importante conhecer
• Características
• Capacidades
• Objetivos
• Como trabalham/compram, etc.
• Como fariam, se pudessem mudar
PREECE, J., ROGERS, Y., SHARP, H., Design de Interação – Além da interação homem-computador
http://flickr.com/photos/slice/83732690/sizes/l/
ESCOLHA BEM OS PARTICIPANTES
http://flickr.com/photos/belay/289653844/sizes/o/
DEFINA ANTECIPADAMENTE COMO SERÁ A ANÁLISE E APRESENTAÇÃO DOS RESULTADOS
EXPLIQUE BEM A PESQUISA AOS USUÁRIOS ANTES DE INICIAR
S E V O C Ê O U V I R U M A V E Z , É U M F E N Ô M E N O . A N O T E .
S E O U V I R D U A S V E Z E S , O U É C O I N C I D Ê N C I A O U É U M PA D R Ã O E M E R G E N T E . A N O T E .
S E O U V I R T R Ê S V E Z E S , C O M C E R T E Z A É U M PA D R Ã O . A N O T E .
O U S E J A : A N O T E .
Fonte: Dan Saffer. Designing for Interaction
SAIBA SEPARAR NECESSIDADE DE EXPECTATIVA OU FRUSTRAÇÃO
http://flickr.com/photos/minhavidadegata/128403429/
PRESERVE O SIGILO DOS PARTICIPANTES
http://flickr.com/photos/josharonoff/2273734459
MANTENHA OS PARTICIPANTES INFORMADOS
OBSERVAÇÃO E TNOGRÁFICA
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SOBRE A ETNOGRAFIA
Deriva do latim = “escrita sobre grupos de pessoas”
É um método de observação direta
Começou a ser formulada nos anos 1800, para entender o comportamento de culturas nativas
Começou a ser aplicada ao Marketing perto da década de 80
No design de interação, começou a ganhar credibilidade a partir de 1990, no desenvolvimento de sistemas colaborativos (Sharp, Rogers, Preece)
ROBERTS, Brian. Biographical Research. 2002
SOBRE A ETNOGRAFIA
A etnografia pressupõe o levantamento de informações no ambiente e contexto em que o produto/sistema é utilizado, em condições naturais de uso.
PREECE, J., ROGERS, Y., SHARP, H., Design de Interação – Além da interação homem-computador
O grande desafio da pesquisa de marketing nos dias atuais é criar valor para a empresa alinhando os findings às decisões tomadas sobre a estratégia do produto.
A etnografia leva os pesquisadores para fora do laboratório, observando como as pessoas vivem, comem, se divertem, compram e usam produtos e serviços, na prática. Ela permite uma visão mais profunda da satisfação, frustrações, limitações, motivações e aspirações dos consumidores.
A partir desta visão, é possível propor soluções mais adequadas ao contexto dos usuários, aumentando as chances de sucesso do produto.
MARIAMPOLSKY, Hy. Ethnography for Marketers: A guide to consumer immersion. 2005.
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A etnografia é um método efetivo para revelar os desejos reais das pessoas, para entender como as pessoas se comportam na realidade e para levantar suas histórias, interesses e motivações.
Sabendo estas coisas, podemos projetar produtos que encaixem de maneira intuitiva na vida das pessoas.
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PREECE, J., ROGERS, Y., SHARP, H., Design de Interação – Além da interação homem-computador
OBSERVAR O COMPORTAMENTO DOS USUÁRIOS POSSIBILITA LEVANTAR PROBLEMAS – E SOLUÇÕES.
OBSERVAR O COMPORTAMENTO DOS USUÁRIOS POSSIBILITA LEVANTAR PROBLEMAS – E SOLUÇÕES.
CULTURA DA “GAMBIARRA”
CULTURA DA “GAMBIARRA”
O BRASIL É O PAÍS DA GAMBIARRA. TIRE PROVEITO!
O BRASIL É O PAÍS DA GAMBIARRA. TIRE PROVEITO!
MUITAS VEZES AS SOLUÇÕES MAIS ELEGANTES SÃO MAIS SIMPLES DO QUE SE IMAGINA. SEM ENTENDER A EXPERIÊNCIA DOS USUÁRIOS COM O PRODUTO, NÃO CONSEGUIMOS MELHORÁ -LA.
ABORDAGEM
Essencialmente, a etnografia consiste em observar uma determinada situação, local ou grupo de pessoas.
Mas pode envolver entrevistas, análise de documentos e artefatos e questionários
PREECE, J., ROGERS, Y., SHARP, H., Design de Interação – Além da interação homem-computador
A principal diferença da etnografia para os demais métodos de pesquisa é que ela não impõe nenhuma estrutura de investigação a priori.
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PREECE, J., ROGERS, Y., SHARP, H., Design de Interação – Além da interação homem-computador
O QUE PODE SER OBSERVADO
Como as pessoas se comportam
Seu fluxo ou experiência de uso
Opiniões e percepções
Objetivos e motivações
Problemas
Linguagem, vocabulário, símbolos
Métodos, canais e processo de comunicação
Dinâmica entre grupo de pessoas e participação no processo
Números, documentos, processos, políticas
Sistemas
PREECE, J., ROGERS, Y., SHARP, H., Design de Interação – Além da interação homem-computador
COMO FAZER
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O QUE SERÁ PESQUISADO (SIMPLES)
O QUE Qual a experiência a ser melhorada? (ex: processo de compra online ou o preenchimento de um formulário)
QUEM Quem usa o produto? Quais suas necessidades? Como é sua experiência de uso?
QUANDO Qual a frequência de uso? Como é a experiência de uso dados diversos contextos ou momentos?
POR QUÊ Quais as motivações de uso? Quais as desmotivações?
ONDE Qual o contexto de uso? Quais os locais e como é a experiência?
PREECE, J., ROGERS, Y., SHARP, H., Design de Interação – Além da interação homem-computador
O QUE SERÁ PESQUISADO (DETALHADO)
Qual o local no qual se dá a experiência? Qual sua configuração e estrutura?
Quais as características das pessoas envolvidas? (idade, gênero, classe, formação, etc.)
Quais as atividades desempenhadas, qual o fluxo e por quê?
Quais os objetos presentes ao longo da experiência? (físicos e digitais)?
Quais atos específicos são tomadas pelas pessoas?
Quais os principais eventos/milestones da experiência?
O que os atores estão tentando realizar (objetivos)?
Quais as percepções gerais dos atores durante a experiência?
Quais símbolos, documentos ou artefatos são utilizados?
PREECE, J., ROGERS, Y., SHARP, H., Design de Interação – Além da interação homem-computador
O QUE PODE SER COLETADO
Coleta-se o que for possível:
Notas do pesquisador
Documentos
Plantas de locais
Fotos
Vídeos
Gravações de conversas
Fluxos
Amostras de artefatos
PREECE, J., ROGERS, Y., SHARP, H., Design de Interação – Além da interação homem-computador
EXEMPLO
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CONTEXTO
Workshop para evento do Interaction Design Association em Nova Iorque
O tema era Etnografia para Experiência do Usuário
Decidiu-se realizar uma pesquisa dentro do marco zero do acampamento do Occupy Wall Street
PAYNE, JOHN. http://momentnyc.com/b/2012/02/07/ethnography-for-user-experience/
TEMA E OBJETIVO DA PESQUISA
Entender os processos de comunicação dentro do acampamento e com outros ao redor do mundo, e planejar ações digitais que os ajudassem a coordenar este processo.
PAYNE, JOHN. http://momentnyc.com/b/2012/02/07/ethnography-for-user-experience/
MÉTODOS DE LEVANTAMENTO
Pequenos “tours” pelo acampamento
Acompanhamento de eventos
Conversas informais com os participantes
PAYNE, JOHN. http://momentnyc.com/b/2012/02/07/ethnography-for-user-experience/
MAPA DO ACAMPAMENTO NO “OCCUPY WALL STREET JOURNAL”
PAYNE, JOHN. http://momentnyc.com/b/2012/02/07/ethnography-for-user-experience/
SINALIZAÇÃO PRÓPRIA DO ACAMPAMENTO
PAYNE, JOHN. http://momentnyc.com/b/2012/02/07/ethnography-for-user-experience/
SINALIZAÇÃO DE EVENTOS
PAYNE, JOHN. http://momentnyc.com/b/2012/02/07/ethnography-for-user-experience/
SÍMBOLOS DE COMUNICAÇÃO “MICROFONE HUMANO ”
PAYNE, JOHN. http://momentnyc.com/b/2012/02/07/ethnography-for-user-experience/
PROPOSTAS: SERVIÇO DE SMS PARA INFORMAR PESSOAS DO ACAMPAMENTO SOBRE EVENTOS E NOTÍCIAS
PAYNE, JOHN. http://momentnyc.com/b/2012/02/07/ethnography-for-user-experience/
CORDÃO DE VARAL PARA POSTAGEM DE MENSAGENS E EVENTOS
PAYNE, JOHN. http://momentnyc.com/b/2012/02/07/ethnography-for-user-experience/
TRABALHO DA DISCIPLINA
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OBJETIVO DO TRABALHO
Avaliar o entendimento e a aplicação dos métodos de pesquisa apresentados na disciplina
O TRABALHO SERÁ REALIZADO EM 4 ETAPAS
1. Ideação: Observação etnográfica (obrigatório) e outros métodos (opcionais)
2. Materialização dos resultados: consolidação das necessidades e elaboração das personas
3. Conceito: elaboração de wireframes em papel
4. Validação: elaboração de estratégia e roteiro de teste de usabilidade
Na última aula (30/8), haverá apresentação e discussão dos resultados. A apresentação deverá ter 15 minutos (+5 de discussão) e poderá ser em pôster ou slides (6 slides no máximo).
CONTEXTO DO TRABALHO
Serão equipes de 4 pessoas
Vocês deverão criar um produto/serviço ou parte dele (ou ainda propor a melhoria de um produto ou serviço existente), a partir das necessidades observadas na investigação etnográfica.
A investigação pode ser realizada em dois locais (cada equipe escolhe a que mais lhe agradar): um shopping center/centro comercial (áreas comuns) ou uma livraria (multimídia)
Se vocês tiverem outra ideia de local para realizar a observação, fiquem à vontade para sugerir!
O produto ou serviço proposto pode ser um site, um sistema, um aplicativo para dispositivos móveis, um aplicativo para totem, uma intranet ou uma aplicação social
O produto ou serviço pode ser focado em qualquer tipo de usuário – usuários finais, indiretos, stakeholders, etc., desde que embasado pelas necessidades observadas.
AVALIAÇÃO
A avaliação será focada na aderência ao processo de execução das atividades – como a observação foi realizada, como as perguntas de pesquisa foram formuladas, as justificativas para as propostas de solução, etc.
Não serão critérios de avaliação a criatividade da proposta de solução ou o acabamento dos wireframes. Nesta disciplina, o processo é mais importante.
Cada etapa do trabalho terá peso na nota final, e não apenas a apresentação
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
Aderência/adequação do processo de planejamento dos métodos
Aderência e criatividade no processo de condução dos métodos
Profundidade da análise das informações coletadas
Profundidade dos resultados levantados
Alinhamento das propostas às necessidades levantadas
Apresentação dos resultados (apresentação final)
Participação da equipe ao longo das etapas
AGENDA DO TRABALHO
21/8: Planejamento da pesquisa e execução da observação etnográfica
23/8: Elaboração das personas e início da prototipação
28/8: Finalização da prototipação e elaboração da estratégia de teste
30/8: Apresentação dos resultados
Obs: a ideia é fazermos as atividades ao máximo possível em sala de aula. Se não for possível, podemos combinar sessões de orientação online e pré-aula.
AT I V I DA D E
C R I A R O S G R U P O S ; C R I A R O P L A N O D E P E S Q U I S A
E T N O G R Á F I C A ( S L I D E S 4 5 E 4 6 ) ; I R A C A M P O !
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