parasitoses_ovinos_caprinos

22

Upload: valeria-santana

Post on 18-Jul-2015

107 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 1/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 2/38

PARASITOSES GASTRINTESTINAIS

DOS OVINOS E CAPRINOS:

ALTERNATIVAS DE CONTROLE 

Cristina Santos Sotomaior 1

Fernanda Rosalinski Moraes 2

Felipe Pohl de Souza 3

Viviane Milczewski 4

Cezar Amin Pasqualin 5

Curitiba, 2009

1 Médica Veterinária, MSc, Doutor - Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUC-PR2

Médica Veterinária, MSc, Doutor - Pontifícia Universidade Católica do Paraná - PUC-PR3 Médico Veterinário, MSc, Membro do Conselho Consultivo da AVEPER4 Médica Veterinária, MSc, Doutor - Faculdade Integradas “Espírita”5 Médico Veterinário, Esp. Agronegócio Instituto Emater

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 3/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 4/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 5/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 6/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 7/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 8/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 9/38

Esta situação é pior no Paraná, que tem um clima quente e úmido e ondeovinos e caprinos são criados em pequenas áreas de pastagem, principalmentede gramíneas, que ficam repletas de fezes e, consequentemente, de larvasinfectantes. Esta condição ambiental levou ao surgimento de graves proble-

mas com as parasitoses, resultando no uso excessivo de vermífugos, em al-guns casos com mais de 15 tratamentos por ano. Isto deveria ter acabado como problema das parasitoses, mas infelizmente para ovinos, caprinos e produto-res, os parasitas adquiriram resistência aos vermífugos.

Atualmente convive-se com a seguinte situação: as condições ambientais(temperatura, umidade e característica das pastagens) são muito favoráveisaos parasitas, o que acarreta grande contaminação das pastagens, e os vermí-fugos são parcialmente eficientes no controle das parasitoses.

É necessário que o produtor tenha consciência de que não é mais possívelcontrolar as parasitoses somente usando vermífugos. Portanto, para diminuir oimpacto deste problema sobre a produção, não há uma solução pronta, e sim,propõe-se uma série de ações que devem ser desenvolvidas para controle dasparasitoses gastrintestinais.

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 10/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 11/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 12/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 13/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 14/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 15/38

14 

Figura 6 - Anemia - a mucosado olho fica branca

Figura 5a e 5b - Edema submandibular - conhecido como papeira

Figura 7a e 7b - Emagrecimento

5a 5b

7a 7b

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 16/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 17/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 18/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 19/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 20/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 21/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 22/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 23/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 24/38

23 

Refúgio é a porção da população total de parasitas que não teve contatocom o vermífugo, ou seja, não sofreu a chamada pressão de seleção (que seriao fato do vermífugo matar todos os parasitas “bons” ou sensíveis e deixarvivos somente os parasitas “bandidos” ou resistentes se reproduzindo, ou seja,os “bandidos” seriam os selecionados). A princípio, todas as larvas que estão

no ambiente (nas pastagens) compõem a população em refúgio, pois somenteos parasitas que estão dentro dos animais é que teriam contato com o vermífugo.

É importante conhecer e preservar a população refúgio porque ela é a fontede parasitas “bons”, de parasitas que ainda são sensíveis aos vermífugos. Sefor para os animais se infectarem, é preferível que seja com os parasitas sensí-veis, porque assim haverá a certeza de que, quando for necessário, será possí-vel usar os vermífugos e eles realmente funcionarão. Neste sentido é impor-tante que sejam revistos alguns conceitos antigos, tais como o de trocar os

animais de piquete após a desverminação. Quando isto é feito, a nova pasta-gem, com pouca população em refúgio, será povoada somente por larvas deparasitas resistentes.

Recomendação Antiga:

 Desverminar e trocar de piquete

 Menor população refúgio

 Maior resistência ao vermífugo

Recomendação Atual:

Trocar de piquete e desverminar 

 Maior população refúgio

 Menor resistência ao vermífugo

Neste raciocínio, também é importante que os animais adquiridos ou queretornem à propriedade pastejem em áreas contaminadas com parasitos sensí-veis (população refúgio).

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 25/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 26/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 27/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 28/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 29/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 30/38

29 

Uma vez que há esses três tipos de animais (resistentes, resilientes e sus-ceptíveis) é possível optar quais serão mantidos no rebanho e quais serão des-cartados. E sabe por quê? Porque estas características são herdáveis, ou seja,passam de pai para filho. Se for escolhido um animal mais resistente àverminose, os filhos deste animal serão, na média, também, mais resistentes

que os filhos dos outros animais.Portanto, os mais susceptíveis devem ser descartados sempre. Mas, quem

são estes animais? São aqueles que sempre estão com verminose, os que ficamdoentes primeiro e os que demoram mais para se recuperarem.

Os animais resistentes e resilientes devem ser os escolhidos para permane-cer no rebanho. Eles quase não têm verminose e, quando têm, geralmente serecuperam rapidamente.

Mas como é possível diferenciar o animal resistente do resiliente? Para

isto, basta fazer o exame de fezes e contar o número de ovos nas fezes (OPG)de cada animal.

- O RESILIENTE: não fica doen-te, mas tem parasitas e, portanto, con-tamina a pastagem; porém não precisaser desverminado e ajuda a preservar apopulação refúgio

- O SUSCEPTÍVEL: tem pa-rasitas, fica doente, contamina apastagem e sempre precisa serdesverminado, aumentando o pro-blema da resistência aos vermí-fugos.

Este animal deve ser descar-

tado do rebanho.

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 31/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 32/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 33/38

kg quando se trata de caprinos Outro cuidado a ser tomado é verificar se

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 34/38

33 

kg, quando se trata de caprinos. Outro cuidado a ser tomado é verificar seas doses indicadas nas bulas dos medicamentos estão corretas.Sabe-se, também, que erros de dosagem podem ser cometidos por falhasna estimativa dos pesos. Sempre que possível, deve-se pesar os animaisantes da desverminação. Quando isto não for viável, pode-se pesar o mai-

or animal do lote e utilizar este valor como padrão para os demais. Casoexista muita diferença entre animais do mesmo lote é necessário dividir acategoria em leves, medianos e pesados, cada um com a sua dosagem.

c) Rotação de princípios ativos. Após o teste de vermífugos, sabe-se quais osprincípios ativos que podem ser utilizados. A rotação destes princípios ati-vos deve ser feita de forma lenta, sendo que o produtor pode manter omesmo principio por até três anos.

d) Utilização de vermífugos de curto espectro. Uma vez que Haemonchus é oprincipal parasita, sempre que possível, deve ser utilizado um princípioativo de curto espectro (como o closantel e nitroxinil) que atingem maisespecificamente este parasita. Desta forma, há uma diminuição na pressãode seleção para cepas resistentes dos demais parasitas presentes.

e) Momento e frequência de desverminações. O número de desverminaçõesdeve ser o menor possível, uma vez que está comprovada a associaçãoentre resistência e número de tratamentos com anti-helmínticos. O critériopara determinar o momento do tratamento é muito importante e deve serfeito somente quando realmente houver necessidade. O exame de conta-gem de ovos nas fezes (OPG) pode ser utilizado para esta finalidade. Amédia de OPG acima da qual há a necessidade de desverminação dependeda categoria animal e do sistema de produção. Geralmente, médias abaixo

de 1.000 OPG não requerem tratamento. Tratamentos com curtos interva-los (a cada mês, ou a cada 15 dias, por exemplo) devem ser proibidos paraque não se reforce a resistência dos parasitas aos vermífugos.

Para ovinos e caprinos, o método FAMACHA© tem permitido a identifica-ção individual dos animais que precisam ser tratados. Aprenda mais sobre estemétodo no item 8.2.5 – tratamento seletivo.

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 35/38

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 36/38

A possibilidade de tratar seletivamente os animais usando o método

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 37/38

36 

pFAMACHA© é a principal estratégia para preservar os vermífugos que aindaestão funcionando. O FAMACHA© preserva a população refúgio, por desvermi-nar menos, o que permite a utilização dos vermífugos de forma mais eficientee responsável.

Outra vantagem do método é permitir que se identifique os animais maissusceptíveis às parasitoses (os que mais vezes tiveram que ser desverminadosnum determinado tempo de utilização do método) para descartá-los. Ou seja, amédio e longo prazo, consegue-se selecionar os animais mais resistentes eresilientes do rebanho.

É um método bastante simples, mas somente pessoas que foram treinadasestão aptas e autorizadas a utilizar o método. Porque, apesar de simples, estametodologia tem algumas características que precisam ser entendidas e apren-

didas e somente no treinamento o criador vai conhecer de fato como funcionao método, quais são as suas vantagens e possíveis limitações. Após um perío-do de prática a pessoa reduz a possibilidade de erro. O método FAMACHA©

possui uso seguro e para que os intervalos de avaliações do rebanho sejamestabelecidos, deve-se levar em consideração as condições climáticas de cadaregião.

Da mesma forma, somente quem faz o treinamento pode adquirir a cartelado método.

 AGORA QUE VOCÊ CONHECE MELHOR OS PARASITAS

 DAS OVELHAS E DAS CABRAS

 E COMO FAZER O CONTROLE, MÃOS À OBRA.

 A SANIDADE DE SEU REBANHO

 E O LUCRO OBTIDO EM SUA PROPRIEDADE

 DEPENDEM DE VOCÊ!

5/14/2018 parasitoses_ovinos_caprinos - slidepdf.com

http://slidepdf.com/reader/full/parasitosesovinoscaprinos 38/38

PRODUTOR RURAL:NÃO HÁ MUDANÇA

SEM AÇÃO,NEM CONQUISTA SEM

TRABALHO CONJUNTO.

ORGANIZEM-SE EMASSOCIAÇÕES E/OU

COOPERATIVAS, EESTRUTUREM AS CADEIAS

PRODUTIVAS DOSOVINOS E CAPRINOS.