panorama hospitalar 09 - outubro 2013

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P anorama www.revistapanoramahospitalar.com.br Gestão - Tecnologia - Mercado HCor Onco inaugura Clínica de Radioterapia Nova unidade de Oncologia MOINHOS DE VENTO Hospital realiza primeira cirurgia de marca-passo diafragmático da América Latina. ENTREVISTA DO MÊS Luiza Watanabe Dal Ben, presidente da Dal Ben Home Care, fala sobre atendimento domiciliar. Ano 1 • N o 09 • Outubro/2013 O U T U B R O R O S A C Â N C E R D E M A M A

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A revista Panorama Hospitalar apresenta ao administradores de hospitais e clínicas notícias atualizadas sobre o mercado, entrevistas e reportagens sobre novas tecnologias e os principais temas do segmento, além de coberturas jornalísticas dos eventos do setor.

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Page 1: Panorama Hospitalar 09 - Outubro 2013

Panorama

www.revistapanoramahospita lar.com.brGestão - Tecnologia - Mercado

HCor Onco inaugura Clínica de Radioterapia

Nova unidade de Oncologia

MOINHOS DE VENTOHospital realiza primeira cirurgia de marca-passo diafragmático da América Latina.

ENTREVISTA DO MÊSLuiza Watanabe Dal Ben, presidente da Dal Ben Home Care, fala sobre atendimento domiciliar.

Ano 1 • No 09 • Outubro/2013

OUTUBRO ROSA

CÂNCER DE MAMA

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Outubro, 2013 3

Editorial

Envelhecimento populacional e Oncologia

Os assuntos em destaque nesta edição de outubro da Panorama Hospitalar é o envelhecimento populacional e os cuidados especializados da Onco-logia. O movimento no setor em relação aos dois assuntos neste último

mês foi evidentemente fortalecido, e podemos dizer que ambos os temas têm algo em comum: prevenção e personalização. Estes são os dois fatores muito citados pelos profissionais do setor que entrevistamos em nossas matérias - desta e de outras edições.

Com isso, percebe-se que estes são os ideais do setor de saúde para o atendimento à população idosa e aos pacientes com câncer desde já, visando estabelecer um sistema de saúde que atenda às necessidades dos pacientes, que tenha capacidade de atendimento e que participe do processo de envelhe-cimento ativo e saudável das pessoas. Discutidos por especialistas no Conahp 2013 (leia mais na seção Mundo Hospitalar), podemos confirmar esses ideais.

O envelhecimento populacional foi citado também na entrevista com a Dra. Luiza Watanabe Dal Ben, presidente da empresa paulistana de home care, que atende principalmente idosos através de cuidadores qualificados pela pró-pria Dal Ben. A empresa também tem como ideal na assistência ao idoso pro-mover a autonomia deste idoso, para que ele fique e se mantenha saudável e ativo.

Além disso, aproveitando o movimento do Outubro Rosa, mostramos como é a nova unidade do HCor Onco, a Clínica de Radiologia - primeira das três unidades que o hospital vai inaugurar até 2015. Todas as unidades promo-verão pesquisa e prevenção. E ainda este ano, o núcleo do HCor, liderado pelo Dr. Gilberto Lopes, terá uma clínica multidisciplinar para atender mais rapida-mente, através de diversos profissionais, as pacientes com câncer de mama. Desta forma, o sofrimento da doença em si e do tratamento poderão ser mini-mizados. Boa leitura!

Presidência e CEOVictor Hugo Piiroja

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7501

Gerência GeralMarcela Petty

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7502

FinanceiroRodrigo Oliveira

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7761

Assistente AdministrativoMichelle Visval

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7765

MarketingIronete Soares

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7500

DesignersCristina Yumi

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João Corityace. [email protected]

t. + 55 (11) 4197.7521

Web DesignerRobson Moulin

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7763

Analista de SistemasFernanda Perdigão

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7707

SistemasWander Martins

e. [email protected]. +55 (11) 4197.7762

EditoraViviam Santos

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7766

Publicidade - Gerente ComercialChristian Visval

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7760

Publicidade - Gerente de ContasRosana Alves

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7769

Publicidade - Gerente de ContasIsmael Pagani

e. [email protected]. + 55 (11) 4197.7768

A RevistaA revista Panorama Hospitalar apresenta aos administradores de hospitais e clínicas notícias atualizadas sobre o mercado, entrevistas e reportagens sobre novas tecnologias e os princi-pais temas do segmento, além de coberturas jornalísticas dos eventos do setor.

Panorama Hospitalar Onlines. www.revistapanoramahospitalar.com.br

Tiragem: 15.000 exemplaresImpressão: HR Gráfica

Alameda Amazonas, 686, G1 - Alphaville Industrial06454-070 - Barueri – SP • + 55 (11) 4197 - 7500

www.vpgroup.com.br

Edição: Ano 1 • N° 09 • Outubro de 2013

c o m u n i c a ç ã o i n t e g r a d a

c o m u n i c a ç ã o i n t e g r a d a

Panorama

Viviam SantosEditora

Page 4: Panorama Hospitalar 09 - Outubro 2013

Panorama Hospitalar

Sumário NESTA EDIÇÃO

4

CASE STUDY

MUNDOHOSPITALAR

40

34

Espaço oferece equipamento de alta precisão para evitar danos aos tecidos saudáveis do paciente. Hospital prevê outras duas unidades.

HIAE Primeira cirurgia com o robô da Vinci Si foi realizada em julho no

hospital pelo Dr. Antonio Macedo, cirurgião do

aparelho digestivo.

NOTÍCIAS

HOSPITAL PAULISTANO é reacreditado pela JCI

UNIMED É TOP OF MIND ESTADÃO DE RH pelo 14º ano

CHRISTIE EXPANDE treinamento de VeinViewer

CLÍNICA SÃO VICENTE ADQUIRE equipamento para hemodinâmica

SOCIEDADE BRASILEIRA DE HEMODINÂMICA E CARDIOLOGIA Intervencionista tem novo presidente

REPRODUÇÃO ASSISTIDA NO BRASIL atinge padrão internacional

HOSPITAL BALBINO PASSA A CONTAR com Centro de Tratamento de Cálculo Renal

OPERADORA SÃO CRISTÓVÃO adota solução da Benner Saúde

06

07

07

08

09

10

12

12

FICHA TÉCNICA

PULMOVISTA 500

Dräger16

UPDATE48

AGENDA50

CLEARVUE

SOFTCHAMBER 3.014

PRODUTOS E SERVIÇOS

LUIZA WATANABEHome care:

tendência em assistência à futura

população idosa.

ENTREVISTA

18

MUNDO HOSPITALAR

HOSPITAL SINOBRASILEIRO

implementa solução de compras eletrônica32

PONTO DE VISTA

FABRIZIO ROSSO

Liderança e gestão estratégica para enfermeiros

ANDRÉ CARNEIROMarketing de Relacionamento em Saúde

LUIZ VICENTE RIZZO

Inovar em saúde

44

45

46

Page 5: Panorama Hospitalar 09 - Outubro 2013

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Panorama Hospitalar6

Notícias

Hospital Paulistanoé reacreditado pela JCI

O Hospital Paulistano acaba de ser reacreditado pela Joint Commission International (JCI), o mais importante órgão certificador dos serviços

de instituições de saúde no mundo. Um dos pontos de destaque entre os padrões

estabelecidos pela JCI é a modernização dos serviços oferecidos pelos hospitais, principalmente os assisten-ciais. Aquisição de novos equipamentos, adoção de novas práticas e terapias, desenvolvimento constante de procedimentos inovadores e utilização de novos insumos hospitalares são alguns exemplos constante-

mente avaliados por comissões internas e lideranças de cada área do Paulistano.

Desde o início do processo em 2008, a adoção dos padrões da JCI trouxe ainda mais benefícios e avanços na realização de procedimentos de alta com-plexidade, como cirurgias neurológicas e tratamentos contra o câncer. Além disso, houve a implementação de um conjunto de práticas internacionais de quali-dade no cuidado ao paciente, como, por exemplo, o projeto beira-leito, que tem como principal objetivo aumentar a segurança no processo de medicação.

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Outubro, 2013 7

Notícias

de VeinViewer

Unimed é Top of Mind Estadão de RH pelo 14º anoA Unimed recebeu no dia 16 de outubro, pela 14ª vez, o Top of Mind Estadão de RH. Os votos são dos

profissionais de recursos humanos das companhias que atuam no Brasil. Mohamad Akl, presidente da Central Nacional Unimed - operadora nacional da marca -, também foi premiado com o título Empresário de Destaque - Empresa Fornecedora, distinção já conquistada em 2010.

“São premiações muito importantes, porque expõem claramente o ponto de vista das pessoas que con-tratam e administram o benefício saúde nas empresas. Novamente, a marca Unimed só tem motivos para comemorar e para continuar trabalhando e investindo na qualidade dos serviços e do relacionamento com os clientes”, afirma Akl.

A Christie Medical Holdings anunciou a expansão de seu programa Christie Assure, para hospitais e consultórios médicos em mais de quarenta

países, usando o produto de iluminação de veias em alta definição VeinViewer - que projeta a imagem vas-cular sobre a superfície da pele. O programa de cinco anos inclui garantia, acesso a uma educação clínica online e um programa de atualização para as plata-formas mais recentes do produto Christie.

O Christie Assure Program foi elaborado sobre os

resultados de uma pesquisa, onde os clientes pediram ajuda alcançar os mesmos resultados que demonstra-ram os benefícios da tecnologia VeinViewer em es-tudos clínicos. Os resultados mostram um aumento de até 100% das avaliações do sucesso de primeira tentativa e satisfação do paciente e uma redução de 50% em linhas PICC medicamente desnecessárias. O objetivo é maximizar o retorno positivo que cada uni-dade recebe de seu investimento e melhorar o atendi-mento ao paciente.

Christie expande treinamento

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Panorama Hospitalar8

Notícias

Dentro da estratégia de investir na modernização de seu parque tecnológico, a Clínica São Vicen-te, localizada na Gávea, Rio de Janeiro, focou

em seu serviço de Hemodinâmica, que funciona des-de 1992, e adquiriu um novo equipamento, o Artis Zee Floor, da Siemens. A clínica aumentou, assim, a sua capacidade para atendimento aos casos de alta complexidade.

Com esta aquisição, a Hemodinâmica e o serviço de Cardiologia Intervencionista da Clínica São Vicente vão contar, a partir de dezembro de 2013, com uma ferramenta primordial no tratamento das doenças cardiovasculares, além de ampliar este atendimento para as áreas da neuroradiologia, cirurgia vascular e radiologia intervencionista.

Segundo Dr. Sérgio Siqueira, Diretor Médico da Clínica São Vicente, o investimento na Hemodinâmica

faz parte da estratégia que vem sendo adotada pelo hospital e que foi iniciada há dois anos, com o au-mento do número de leitos de 83 para os atuais 98; com a ampliação da cirurgia ambulatorial, do número de atendimentos, da capacidade instalada e da maior oferta das operadoras de planos de saúde.

O Artis Zee Floor, da Siemens, conta com sis-tema inovador de aquisição de imagens através de um detector plano de alta resolução (“flat detector”). Este aparelho disponibiliza imagens totalmente digi-tais, de alta resolução, garantindo maior rapidez e precisão aos diagnósticos. O Artis Zee Floor é usado, principalmente, para a Cardiologia, mas também é usado para a radiologia com intervenção, como por exemplo, tratamento endovascular de aneurismas da aorta, embolização de aneurismas cerebrais e outros sistemas arteriais.

Clínica São Vicenteadquire equipamento para hemodinâmica

Page 9: Panorama Hospitalar 09 - Outubro 2013

Notícias

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e Cardiologia Intervencionista tem novo presidente

O chefe do Setor de Hemodinâmica do Hospital Total-Cor, em Ipanema, Zona Sul do Rio de Janeiro, Hélio Roque Figueira, foi eleito presidente da Sociedade

Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionis-ta (SBHCI). O cargo será exercido no biênio 2014-2015, com posse prevista para janeiro próximo.

O processo eleitoral da SBHCI foi realizado atra-vés de votação eletrônica (via web), entre todos os associados do país, com fiscalização e aval da Socie-dade Brasileira de Cardiologia (SBC). Entre as metas do próximo presidente, destacam-se: fomentar o de-bate científico por meio da realização de congressos, simpósios, jornadas e cursos; incrementar campanhas educativas, como Coração Alerta - que visa reduzir a mortalidade por infarto agudo do miocárdio - e Jo-

vens Corações - sobre a estenose aórtica e seu trata-mento através do implante percutâneo.

“Também pretendemos incentivar a utilização dos stents farmacológicos no Sistema Único de Saúde (SUS). Pois, apesar de essa tecnologia já estar disponí-vel há mais de 13 anos, até hoje, os pacientes do SUS não têm acesso a ela”, enfatiza o presidente eleito.

Hélio Roque é membro fundador da Sociedade Latino-americana de Cardiologia Intervencionista (So-laci); já foi diretor científico da Sociedade de Cardiolo-gia do Estado do Rio de Janeiro (Socerj); presidente da Sociedade de Hemodinâmica e Cardiologia Interven-cionista do Estado do Rio de Janeiro (Sohcierj); diretor financeiro da SBHCI; e presidente do congresso da Solaci, entre outras funções acadêmicas.

Sociedade Brasileira de Hemodinâmica

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Panorama Hospitalar10

Notícias

Reprodução assistida no Brasil

De acordo com o 6º relatório do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio) elabora-do pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária

(Anvisa), os serviços de reprodução assistida no Brasil estão alcançando boas taxas de fertilização. A média nacional em 2012 foi de 73% de sucesso e estão den-tro dos padrões de qualidade sugeridos na literatura internacional, que variam entre 65% a 75%.

No critério Taxa de Clivagem, que é a divisão que dá origem ao embrião, as clinicas brasileiras

também estão bem posicionadas. No ano passado, a taxa nacional ficou em 93%, bem acima dos 80% recomendados.

No relatório da Anvisa consta também que o número de embriões congelados no Brasil em 2012 foi de 32.181. O levantamento mostra ainda que a maior parte dos embriões congelados está no estado de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Ceará. Em relação à doação para pesquisa de células tronco, em 2012 foram doados 315 embriões.

atinge padrão internacional

Page 11: Panorama Hospitalar 09 - Outubro 2013

Acesso VigilânciaAutomaçãoRastreabilidade Eficiência Energética

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tos, controlar saídas de funcionários com determinados equipamentos e controle de produtos consignados em outros locais.

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ocorrências, e disponibilização online.

integração da imagem digital da última ocorrência do item, identificação de ativo fixo ou equipamento em área não permitida,

N RFID

Page 12: Panorama Hospitalar 09 - Outubro 2013

Panorama Hospitalar12

Operadora São Cristóvão

A Associação de Beneficência e Filantropia São Cris-tóvão acaba de fechar mais um contrato com a Benner para aquisição da solução Benner Saúde -

Gestão de Operadora. A operadora escolheu a solução da Benner para aprimorar os processos de gestão e ga-rantir um crescimento sustentável em conformidade com as diretivas da Agência Nacional de Saúde (ANS).

Segundo o CEO do Grupo São Cristóvão Saúde, Valdir Ventura, a parceria exitosa com a Benner foi ini-ciada em 2005, com a adoção da solução Benner ERP. Para a escolha do software de gestão que apoiará a Unidade de Negócios Plano de Saúde, a empresa en-volveu todos os usuários-chave e gestores. A adesão ao software Benner Saúde foi de 98%, pois já havia uma elevada satisfação com o atendimento e dedica-ção das equipes da fornecedora.

O escopo do projeto, que tem previsão de 10 meses para ser implantado, inclui áreas vitais para a qualidade dos serviços da São Cristóvão: Gestão de Produtos, Gestão de Contratos, Gestão da Rede Credenciada, Liberação de Atendimento, Contas Médicas, Gestão Financeira, Obrigações ANS, Autorizador Web, Portal de Relacionamen-to em Saúde (PINS) e Plataforma de Prevenção (Previnne).

Entre outros benefícios, a solução da Ben-ner contribuirá para o controle da sinistralidade, a automatização de processos, a conectividade, o atendimento à legislação, a flexibilidade e a inde-pendência, além de contribuir com a redução de desperdícios e ampliar a segurança na qualidade das informações.

adota solução da Benner Saúde

Hospital Balbino passa a contar com Centro de

Tratamento de Cálculo RenalO Hospital Balbino, do Rio de Janeiro, inaugurou um centros

especializado em cálculo renal. Com o novo Centro de Tratamento de Cálculo Renal, o Hospital Balbino aumenta a disponibilidade de atendimento em até 40% para pacientes com cólica renal e em 65% para cirurgias para esses casos.

Com a ampliação da equipe de Urologia, agora coordenada por Raphael Anis Rebellato Feres, a logística de atendimento do Hospital Balbino foi otimizada para prestar atendimento de emergência 24h para os casos de cálculo renal, com protocolos específicos para o tra-tamento dos pacientes com o problema.

Dentre os aparelhos disponíveis no Centro, destacam-se a urete-rorenoscopia flexível, tecnologia que permite ao médico uma análise mais detalhada do aparelho urinário do paciente, além da cirurgia a laser, método minimamente invasivo que tem menor morbidade e re-cuperação pós-operatória mais rápida e, consequentemente, menor tempo de internação.

Para Cláudia Bichara Vieira, coordenadora médica do Hospital Balbino, o projeto para tornar mais eficiente o atendimento aos pa-cientes com cálculo renal surgiu a partir de um aumento na demanda desses casos nos últimos anos. “Nas últimas duas décadas, o cresci-mento da obesidade e do sedentarismo multiplicou importantes fato-res de risco para a patologia, como consequência houve um aumento expressivo nos casos de cálculo renal. Percebemos que deveríamos tornar mais eficiente o atendimento para esses pacientes, visto que essa é uma doença laboralmente incapacitante devido às do-res”, explica a médica.

Notícias

Page 13: Panorama Hospitalar 09 - Outubro 2013

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Page 14: Panorama Hospitalar 09 - Outubro 2013

Panorama Hospitalar – Outubro, 201314

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Software SoftChamber 3.0

ClearVue

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ClearVue 550 são equipamentos de ultrassom de tecnologia avançada e facilidade de uso, desenvolvidos para produzir imagens em alta qualidade elevando a performance clínica em seu segmento a um novo padrão. A linha apresenta uma versatilidade clínica com diversas aplicações, como: abdominal, pediátrico (cabeça e quadril), musculoesquelético, urologia e próstata, obstetrícia, ginecologia e fertilidade, vascular (cerebrovascular e vascular periférico), doppler transcraniano, cardiologia (adulto e pediátrico), pequenas partes e superficial.

Page 15: Panorama Hospitalar 09 - Outubro 2013

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Page 16: Panorama Hospitalar 09 - Outubro 2013

Ficha Técnica

Panorama Hospitalar16

PulmoVista 500

Ficha Técnica

Fabricante: DrägerLançamento: 2013 (América Latina)Tipo de aparelho: Tomografia por Impedância Elétrica (TIE)Principais diferenciais:• Informações contínuas sobre a distribuição regional da ventilação;• Monitorização não invasiva sem necessidade de radiação;• Pronto para uso em poucos minutos.

O novo PulmoVista 500, lançado pela Dräger, é o primeiro equipamento de Tomografia por Impedância Elétrica (TIE) previsto para uso clínico diário por intensivistas, para visualizar a distribuição regional da ventilação pulmonar diretamente junto ao leito. Com até 50 imagens por segundo, os médicos podem acompanhar os efeitos da ventilação de terapia intensiva em tempo real. O PulmoVista 500 está pronto para uso em poucos minutos e trabalha sem radiação.O equipamento gera informações complementares sob a forma de imagens dinâmicas - comparáveis a uma sequência de filme. O médico pode rastrear continuamente como o volume do gás de respiração gerado pelo ventilador é distribuído nos pulmões. As medições são realizadas usando um cinto flexível, com 16 eletrodos integrados, colocado em torno do tórax do paciente. As tensões medidas criam imagens tomográficas da função pulmonar.

Page 17: Panorama Hospitalar 09 - Outubro 2013

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Entrevista

Panorama Hospitalar18

DAL BEN

Home care: tendência em assistência à futura população idosa

Por Viviam Santos

Com o envelhecimento populacional em discussão no setor, a alternativa mais eficaz é a assistência domiciliar. O serviço de home care pioneiro no

Estado de São Paulo é o da Dal Ben, empresa fun-dada em 1992 pela doutora em Enfermagem Luiza Watanabe Dal Ben, também diretora do Sindicato dos Hospitais do Estado de São Paulo (Sindhosp) e coordenadora do Núcleo de Assistência Domiciliar da Rede Brasileira de Enfermagem e Segurança do Pa-ciente (Rebraensp - Polo São Paulo).

Com atendimento na capital de São Paulo e cidades da Grande São Paulo, a empresa acreditada pela Joint Comission International (JCI) oferece servi-ços de assistência e internação domiciliar a pacientes e idosos. Em entrevista para a Panorama Hospitalar, a

Dra. Luiza fala sobre o serviço que oferece há mais de 21 anos e a tendência no Brasil com o envelhecimen-to crescente da população nos próximos anos.

Panorama Hospitalar - Quando surgiu seu in-teresse em ter uma empresa no setor de home care? Como sentiu essa necessidade?Luiza: Foi em 1991 quando soube dos sistemas de saúde dos Estados Unidos e da Europa, durante um curso de administração hospitalar na Universidade de São Paulo (USP). O que observamos foi que os hos-pitais seriam grandes centros de tecnologia e que os pacientes seriam monitorados em suas próprias ca-sas. Essa era a tendência do futuro dos hospitais. Na época eu já atuava no Hospital 9 de Julho na área

Luiza Watanabe Dal Ben, doutora pela Escola de Enfermagem da USP, presidente do Grupo Dal Ben Home Care.

Page 19: Panorama Hospitalar 09 - Outubro 2013

Entrevista

Outubro, 2013 19

DAL BEN

de Educação Continuada e estava buscando essa es-pecialização, porque meu cargo exigia essa visão, e recebíamos muitas visitas, de outros países inclusive. Eu era responsável por desenvolver as lideranças. Pra mim ficou muito claro que o home care seria um futuro mesmo. Foi aí meu interesse de montar um serviço nes-se sentido. Eu percebia no meu dia a dia, acompanhan-do os profissionais do hospital, que havia uma lacuna entre pacientes terem alta do hospital com segurança e assistência. Eu ouvia os pacientes também pergunta-rem: “E agora? Quem vai cuidar de mim?”. As famílias eram muito carentes neste sentido. Também observei que a população estava envelhecendo no País e, por-tanto, este serviço seria um produto muito importante. Em setembro de 1991 estabeleci o escopo da empresa, a parte financeira, e em janeiro de 1992 eu comecei a visitar médicos e a divulgar o serviço. O primeiro passo foi oferecer os cuidados de enfermagem.

Panorama Hospitalar - Quais são os serviços ofe-recidos hoje pela empresa?

Luiza: Hoje nós temos um leque de opções. Além da assistência de enfermagem especializada, que compreende procedimentos e internação domi-ciliar - de seis, oito, dez e doze horas -, um serviço es-pecífico para os pacientes idosos, que chamamos que “Amigo da Família”, que é supervisionado por ge-rontólogas. Comparando com o começo, hoje temos uma equipe interdisciplinar para atender aos pacien-tes. São médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farma-cêuticos, fonoaudiólogos, nutricionistas, engenheiro clínico para montar a terapia intensiva do domicílio, entre outros. Dentro da enfermagem temos os es-pecialistas na área de home care. Há outros serviços oferecidos, como o gerenciamento de doenças crô-nicas, o “Momento Saúde”, um suporte que verifica a saúde dos funcionários das empresas contratantes, e o acompanhamento hospitalar.

Panorama Hospitalar - Os serviços de home care tem bastante potencial no País?Luiza: Há a necessidade de uma política de acompa-nhamento do paciente, de prevenção e promoção à saúde, para evitar que as pessoas fiquem com doen-ças crônicas. Ou seja, todo um trabalho para um en-

velhecimento ativo e saudável. Esse serviço de home care tem muito potencial para crescer no Brasil, e é necessá-rio. Hoje temos pacientes na fase curativa, que não enve-lheceram de modo saudável e que devem ter o suporte da rede pública pelo programa “Melhor em Casa”, mas como o governo não consegue atender completamen-te essa demanda, os serviços privados complementam. Principalmente por conta do envelhecimento da popula-ção, acima de 60 anos e especialmente a faixa etária de 80 a 90 anos. Desde que nós começamos, atendemos mais pessoas idosas, que necessitam desse suporte. Até porque as famílias são menores, por isso, muitas vezes o cuidador da família também é idoso. A gente observa pelos depoimentos das famílias que eles precisam ter a tranquilidade de ter profissionais cuidadores. Procuramos aliar a parte técnica, mas ainda mais a parte humana, onde enxergamos a pessoa dentro do contexto familiar e estimulamos a autonomia do paciente ou idoso, para que eles possam participar desse processo de tomada de decisão de seu próprio cuidado.

Panorama Hospitalar - Quanto ao serviço de home care em geral, há demanda? Como está o interesse dos brasileiros por obter esse serviço?Luiza: Acredito que o serviço é procurado conforme a necessidade, porque a assistência domiciliar não é tão divulgada. O próprio sistema de saúde não deixa claro para o familiar como ele pode ter direito à saú-de, como cidadão e família do paciente, e quanto aos recursos que o governo oferece. É importante estabe-lecer esse limite, porque o serviço confunde a parte social com a de saúde. É necessário haver educação dessas famílias e do paciente. A família precisa ter o conhecimento que haverá os momentos que parecem ociosos da equipe de home care, mas na verdade es-tão lá porque é necessário para a vigilância do pacien-te, e não para tarefas domésticas. Daí, quem realmen-te vai procurar atendimento médico nos hospitais é o paciente que está precisando ir ao pronto-socorro e ser tratado lá.

Panorama Hospitalar - Quais são as vantagens do home care e como elas valorizam o serviço para dar o preço final ao paciente? Luiza: Tudo que é feito no domicílio é mais barato –

Há assistência conforme a necessidade do paciente e com tempo determinado,

não será pra sempre.”

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Entrevista

Panorama Hospitalar20

DAL BEN

assim como a comparação de comer fora ou em casa. Para o paciente ser retirado do hospital, deve estar estável clinicamente e o domicilio deve estar validado para a segurança dele. Avaliamos as necessidades de equipamentos, estabelecemos rota de fuga, verifica-mos a capacidade dos profissionais e suas experiên-cias, como também respeitamos as preferencias do paciente. Isso precisa estar muito bem estruturado. Respeitamos o horário da família, entrega de equipa-mentos, etc. Há toda uma logística do home care onde é necessário um planejamento. Fizemos alguns meca-nismos para que nosso técnico de enfermagem, se for uma internação domiciliar, ele comunica nossa sede através do celular corporativo – que a família também pode utilizar – para que todos os recursos possam ser utilizados a tempo e com segurança. Quando há piora clínica, o paciente volta ao hospital. Toda essa com-plexidade da assistência é repassada para a família em termos de valores. Com tudo isso, e a família tendo o

conhecimento do quanto está pagando no hospital, há como comparar e dizer que o home care é viável para seu bolso. Há assistência conforme a necessida-de do paciente e com tempo determinado, não será pra sempre. E também há a assistência mais pontual, de realizar procedimentos com hora marcada na casa do paciente, por um período pré-determinado. Sem contar outros fatores, como evitar o risco de infecção hospitalar, o paciente está em sua casa - o que resgata o lado humano do tratamento -, a família pode estar junto mais facilmente, o paciente pode ter contato com as crianças – o que não ocorre nos hospitais... Eu vejo o home care também como um facilitador da rede social do paciente, principalmente se ele for ido-so. Em casa ele recebe os amigos e os familiares. E além de todos esses benefícios e do cheirinho de casa, que recupera qualquer pessoa, é a melhor alimenta-ção. Ele vai comer em casa o que mais gosta, desde que respeite a orientação da nossa nutricionista.

Sede da Dal Ben em São Paulo possui estoque controlado de medicamentos e utilidades de enfermagem para profissionais levarem aos domicílios.

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Entrevista

Outubro, 2013 21

DAL BEN

Panorama Hospitalar - A Dal Ben é a primeira em-presa de home care a possuir uma Comissão de Éti-ca de Enfermagem, em conjunto com o Conselho Regional de Enfermagem. Como está essa comis-são e como ela auxiliará na área de home care?Luiza: A Comissão de Ética é muito importante. Pri-meiro por ser uma atividade muito nova e segundo por se tratar de internação domiciliar. Os nossos pro-fissionais de enfermagem trabalham 12 horas e des-cansam 36 horas. Além disso, o enfermeiro deve ter uma postura profissional sempre, porque a linha entre o profissional e o pessoal ali naquele ambiente fica muito tênue. Até porque, se não houver uma empatia tanto do paciente quanto do profissional, dificulta o cuidado domiciliar. Com isso, os assuntos éticos da profissão precisam ser discutidos. É um crescimento de toda a equipe e existem situações muito peculiares na assistência domiciliar, porque estamos junto com

a família, muitas vezes de cultura diferente. Procura-mos respeitar a cultura do paciente e do profissional, e tudo fica esclarecido com o profissional com uma avaliação antes da assistência domiciliar. O aspecto técnico é muito fácil de ser avaliado, já a cultura e os valores não. Então, a Comissão de Ética traz à tona os preceitos básicos da enfermagem aplicados à assis-tência domiciliar. Além disso, temos um espaço onde os profissionais podem tirar suas dúvidas.

Panorama Hospitalar - O cuidador de idosos pre-cisa ter graduação ou especialização extra para trabalhar em home care? Quais devem ser suas características profissionais?

Luiza: Os cuidadores fazem um curso de 80 ho-ras internamente na Dal Ben e todo paciente que eles cuidam, sempre tem supervisão e suporte das geron-tólogas. O cuidador de idoso primeiro precisa gostar de cuidar de pessoa, segundo, precisa ter este curso para também ter conhecimento do envelhecimento fisiológico, e toda a parte comportamental naquele núcleo familiar. A supervisão é para fazer essa análise e ele conhecer os riscos, mas a mudanças são sempre feitas em conjunto com nossa equipe e com a famí-lia. Os cuidadores são os nossos olhos. As ações não podem violentar as regras da família, e o idoso deve perceber que ele está tomando as decisões junto com a família, que é participante do processo.

Panorama Hospitalar - Como a Acreditação da JCI é importante para a Dal Ben? Quais diferen-ciais são demonstrados através da acreditação neste serviço?Luiza: O selo de certificação de qualidade é impor-tante pra nós como empresa, porque mostra segu-rança na assistência. Até porque trabalhamos com muitos hospitais que também são acreditados pela JCI. De São Paulo temos como parceiros o Hospital Sírio-Libanês, o Hospital Israelita Albert Einstein, Hos-pital 9 de Julho, e tantos outros acreditados. Nessa parceria há troca de experiências. Quando o hospital tem um paciente com necessidade de continuidade do tratamento, ele nos aciona e nós o atendemos. Es-teja o paciente no pronto-socorro, na internação, etc.

Panorama Hospitalar - Quer dar um recado aos gestores de hospitais em relação ao home care?Luiza: As empresas acreditadas de assistência do-miciliar já passaram por um processo administrati-vo e clínico, e para os gestores de hospitais isso é uma segurança. É um mercado que está crescen-do e há uma complexidade muito maior que no hospital. Cada domicílio equivale a um hospital, porque precisa de recursos materiais, humanos, etc. Preciso ter mecanismos de telemedicina e tele home care para que a comunicação seja em tempo real, para que as decisões clínicas sejam tomadas a tempo. Outra coisa é que, quem trabalha em home care, tem muito mais experiência, porque precisa ter o discernimento de identificar situações clínicas para poder atuar. Os gestores devem ana-lisar as empresas que estão no mercado com esses recursos para fazer parcerias. PH

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LIVROEspaço Gestor

Panorama Hospitalar22

Como implantarnas empresasouvidoria

Obra de Eduardo Kalil orienta a implantação e atuação de ouvidoria em empresas para melhoria de relacionamento com clientes.

A ouvidoria é uma ponte entre a organização e um cliente, atuando como aliado da empresa, sem perder de vista a satisfação e o bom rela-

cionamento com o seu público. No caso dos hospitais e empresas do setor de saúde, a ouvidoria pode servir o mesmo propósito, mas que o gestor saiba também definir as estratégias de melhoria da instituição. No livro “Como implantar ouvidoria e atuar nessa área”, lançado pela Trevisan Editora, o autor Eduardo Kalil conceitua e orienta a implementação da ouvidoria nas empresas. Além da metodologia adequada, discute a necessidade da criação de um departamento para tal atividade e a melhor forma de relacionamento com os clientes.

“O livro pode servir de apoio para implantação e atuação em ouvidoria em qualquer empresa, inclusive hospitais, pois retrata todo o processo de trabalho de uma ouvidoria desde o recebimento da reclamação até a efetiva resposta para o cliente, incluindo uma metodologia para classificar as reclamações visando contribuir com o diagnóstico da necessidade de me-lhorias nos serviços e processos”, sugere o autor aos gestores em saúde. Segundo ele, o livro indica como lidar com os gestores das outras áreas da empresa nas mais diversas situações que possam surgir e como li-dar com o cliente quando sua reclamação for proce-dente ou improcedente e atendida ou não atendida.

A obra é estruturada em cinco capítulos. O pri-meiro estabelece a definição de ouvidoria e delimi-

ta seu campo de atuação. O segundo ilustra como deve ser a atuação da área e evidencia como abordar as diferentes situações com os gestores. No terceiro capítulo, o autor apresenta os requisitos necessários para a configuração organizacional e para o perfil profissional. O quarto capítulo é dedicado a apresen-tar a metodologia para sistematizar as reclamações visando a melhoria nos processos. O último apresenta as semelhanças e diferenças entre três resoluções que tratam da obrigatoriedade de implantação de ouvi-doria.

“Todos os capítulos podem ser utilizados pelos hospitais, com exceção do último, que trata das di-ferenças e semelhanças das resoluções que obrigam a instituição de ouvidoria em alguns segmentos. Mas esse capítulo pode nortear o estabelecimento de al-gumas regras ou políticas de atuação da ouvidoria”, afirma. Segundo Kalil, o principal ponto para uma instituição de saúde é contar com profissionais de ou-vidoria com perfil adequado e que já tenham alguma experiência em atendimento em outros cargos do se-tor hospitalar.

“É importante também contar com o apoio das outras áreas dos hospitais e, principalmente no início, o ouvidor deve criar um clima de parceria com os ou-tros gestores, evidenciando que o seu trabalho visa melhorar a qualidade dos serviços prestados aos seus pacientes, garantindo alto nível de satisfação e uma melhor imagem do hospital”, finaliza Kalil. PH

Por Viviam Santos

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Espaço Gestor

Panorama Hospitalar24

Em 2013 a GE Healthcare está com alguns passos importantes para ampliar o atendimento ao mer-cado brasileiro de equipamentos para saúde. Após

o anúncio da aquisição da brasileira Omnimed, sediada em Belo Horizonte (MG), a empresa nomeou um novo diretor comercial da companhia para o Brasil, Eudem-berg Silva – que fala sobre as atuais estratégias da em-presa no País, inclusive com a aquisição da Omnimed.

O recém-anunciado diretor comercial da GE Healthcare para o Brasil, Eudemberg Silva terá como foco fortalecer a estrutura comercial e ofertas de so-luções dedicadas ao País. O executivo que está há 25 anos na companhia, atuando no mercado de saúde, também terá o objetivo de acompanhar os planos de expansão da GE Healthcare no Brasil, bem como a ampliação da fábrica de Contagem (MG) que contará com investimento de US$ 75 milhões em 10 anos e servirá como plataforma de exportação para países da América Latina e em todo o mundo.

“Nessa gestão comercial terei a necessidade de fazer a GE Healthcare crescer ainda mais no Brasil, tendo comprometimento com os clientes. O desafio principal é conseguir o envolvimento da minha equipe nos três pilares: comprometimento, ética e paixão pelo cliente. Todos na GE são muito profissionais, mas paixão pelo cliente é ir além, é pensar em casa sobre o que pode fazer para solu-cionar os casos, ajudar o cliente sempre e comemo-rar o sucesso dele”, diz Eudemberg.

Eudemberg Silva ingressou na GE Healthcare em 1988 e desde então atuou em diferentes funções na área comercial e de produtos. Como responsável pela modalidade de Imagem Molecular, fez da GE refe-rência nesse segmento de saúde no Brasil e garantiu resultados expressivos, como o crescimento em 10 vezes durante os seis anos em que esteve a frente do negócio. E agora será responsável pela área comercial no Brasil, reportando-se diretamente para o Daurio Speranzini Jr, vice-presidente comercial da GEHealth-care para a América Latina.

O executivo, que atua no setor há 31 anos, é formado em Engenharia Elétrica pela Pontifícia Uni-versidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro.

OmnimedCom a incorporação da empresa brasileira,

que está sendo completada neste último trimestre do ano, a GE Healthcare expandirá sua presença na América Latina, especialmente no Brasil, e ampliará seu portfólio de tecnologias oferecido ao mercado. A Omnimed desenvolve e comercializa equipamentos médicos destinados à monitoração de funções vitais de pacientes, com soluções utilizadas em hospitais e clínicas desde triagem médica até procedimentos ci-rúrgicos ou em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).

“As tecnologias desenvolvidas pela Omnimed são complementares ao portfólio de monitores da GE Healthcare, trazendo oportunidades de vendas

GE

Novas estratégias da GE Healthcare

Após aquisição da Omnimed, empresa apresenta novo diretor comercial para crescer no mercado brasileiro.

Por Viviam Santos

no Brasil

Eudemberg Silva, novo diretor comercial da GE healthcare no Brasil, pretende fortalecer a estrutura comercial.

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Espaço Gestor

Outubro, 2013 25

GE

Monitores da Omnimed farão parte do segmento de “Cuidados com a Vida” da GE Healthcare.

em conjunto com outras soluções para o segmen-to de Cuidados com a Vida [Life Care Solutions], ampliando, assim, a oferta de tecnologias ofereci-das pela empresa. As tecnologias e cobertura co-mercial da Omnimed, combinadas com o portfólio de Cuidados com a Vida e presença global da GE, proporcionam uma oferta de serviços diferenciada aos clientes. Espera-se também garantir, no futu-ro, uma plataforma abrangente de exportação para países na América Latina”, afirma o vice-presidente da GE Healthcare para a América Latina, Daurio Speranzini Junior.

Segundo ele, o desempenho dos funcionários e a cultura organizacional da Omnimed são elemen-tos essenciais para o sucesso dessa aquisição. “A GE

Healthcare planeja um processo de integração trans-parente e gradual, respeitando a cultura de ambas as empresas e aproveitando as melhores práticas de cada organização”, acrescenta.

Essa aquisição trará, ainda, a oportunidade da GE Healthcare expandir sua oferta de monitores além de competir de maneira mais efetiva neste mercado no Brasil. “O desenvolvimento de produtos no País consolida a região como polo estratégico da GE He-althcare em todo o mundo. Além disso, a empresa conta com uma força de vendas indireta altamente especializada no segmento de monitores, o que irá ajudar na expansão da cobertura de mercado da GE Healthcare e o atendimento a um número maior de clientes”, diz Speranzini Jr. PH

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Espaço Gestor

Panorama Hospitalar26

NAGIS HEALTH

A Nagis Health – Núcleo Avançado de Gerenciamen-to de Informações em Saúde - lançou um projeto inédito para exames laboratoriais e de imagens,

destinados aos sistemas públicos e privados de saúde do Brasil. Trata-se das Unidades de Exames Rápidos, que pos-suem duas finalidades: diagnóstico e prevenção (check--up). As Unidades de Exames Rápidos podem funcionar dentro de policlínicas, clínicas médicas, hospitais e unida-des de saúde públicas, como unidades básicas e unidades 24 horas – tais instituições podem adquiri-las ou locá-las. Além disso, alguns projetos estão sendo montados para atender Secretarias de Justiça, Secretaria de Esportes e Se-cretarias de Educação de todo o País.

As unidades são concretizadas de duas formas, com instalações fixas ou móveis, e são operadas por profissio-nais de saúde, como biomédicos e enfermeiros. São ofe-recidos para diagnóstico, além dos exames convencionais de sangue e imagem, outros exames como os de urgên-cia, emergência e infectocontagiosos. “As clínicas e hos-pitais podem adquirir ou alugar as unidades de exames rápidos, com todo o serviço de apoio que as acompa-nham para execução dos exames, uso de telemedicina, registro de exames e saúde dos pacientes na internet, acesso a protocolos terapêuticos e software de registro clínico, help desk, entre outros”, diz o diretor executivo da Nagis Health, Wagner Marques.

As unidades de exames rápidos podem ser utiliza-das para a prevenção de doenças. É possível utilizá-las para a realização de check-ups auxiliados por um sof-tware avançado que ajuda na detecção precoce e risco de doenças – neste caso, o paciente não precisa ter en-caminhamento médico. Este software também fornece protocolos que auxiliam o médico na melhor conduta terapêutica a seguir.

“No caso de check-up, o software presente na uni-dade guia a realização de uma anamnese e dos exames. O resultado de um exame pode forçar a realização de ou-tro. Como um projétil teleguiado, o check-up inteligente vai à procura de riscos de doenças. Ao final do check-up, que ocorre em aproximadamente 60 minutos, o paciente sai da unidade não só com o resultado dos exames, mas também com um dossiê, que pode ser acessado pela in-ternet, informando sobre o grau de risco de doenças e sugestões de encaminhamento médico quando necessá-rio, alimentação correta, atividades físicas, e mudanças de estilo de vida”, acrescenta Marques.

“No caso de exames pontuais solicitados por um médico, o paciente sai da unidade já com os resultados em mãos. Caso o exame exija laudagem médica, o que pode tomar de minutos a 12 horas, o paciente é avisado por mensagem SMS assim que o resultado é disponibili-zado e pode ser acessado via Internet”, explica o diretor.

Para o diretor da Nagis Health, o grande diferencial destas unidades está no tempo, pois em menos de 15 minutos os exames podem ser realizados e os resultados estão prontos no terminal do médico. “Os resultados são entregues em poucos minutos, uma média de tempo muito abaixo do que os pacientes estão acostumados”, explica. O paciente ganha tempo e o médico espaço para novas consultas, diminuindo assim as filas de reconsultas nas unidades de saúde do Sistema Único de Saúde (SUS) e clínicas privadas que atendem planos de saúde.

A primeira unidade franqueada foi a Policlínica Ca-pão Raso, localizada na cidade de Curitiba (PR). A Policlí-nica realiza, em média, 240 mil atendimentos por ano. As unidades, além de serem comercializadas em todo o Brasil, também estão presentes nos Estados Unidos, Ingla-terra, França, Colômbia e Angola. PH

Unidades de Exames Rápidossão lançadas no Brasil

Idealizado pela Nagis Health, unidade móvel é capaz de fornecer resultados imediatos e auxiliar o corpo clínico com protocolos.

Por Viviam Santos

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Mundo Hospitalar

Panorama Hospitalar28

CONAHP

Congresso da Anahp

O 2º Conahp reuniu os principais especialistas do mundo para debaterem o impacto do envelhecimento populacional na atividade hospitalar e de assistência.

De 2 a 4 de outubro deste ano, em São Paulo (SP), o 2º Congresso Nacional dos Hospitais Privados (Conap) mostrou as discussões e possíveis soluções

entorno do tema “O Envelhecimento Populacional e as Repercussões na Atividade Hospitalar e na Gestão da As-sistência”. Com organização da Associação Nacional de Hospitais Privados (Anahp) em parceria com a Hospita-lar Feira e Fórum, a programação do evento foi dividida em três eixos temáticos: Gestão Hospitalar, Assistência e Olhando o Futuro, nos quais palestrantes da França, Emi-rados Árabes Unidos, Estados Unidos e do Japão, mem-bros da Federação Internacional de Hospitais (Internatio-nal Hospital Federation – IHF) debateram a necessidade

de buscar alternativas para lidar com o número cada vez maior de idosos.

O Conahp contou ainda com palestras da Profa. Dra. Maria Lúcia Lebrão, da Faculdade de Saúde Pública – USP; e do geriatra Alexandre Kalache, um dos princi-pais especialistas do mundo na área de envelhecimento populacional. O 2º Conahp contou com a presença de especialistas internacionais tais como, Cédric Lussiez, do French Hospital Federation; Thomas C. Dolan, do Ameri-can College of Healthcare; e Tsuneo Sakai, do Japan Hos-pital Association. Entre os brasileiros estão confirmadas as participações da Profa. Dra. Maria Lúcia Lebrão, da Faculdade de Saúde Pública – USP; e do geriatra Alexan-

discute envelhecimento

Por Viviam Santos

populacional

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populacionalAtuando no limite do conhecimento, para alcançar as melhores taxas de cura do câncer infantojuvenil

Quimioteca

Pesquisa

Cirurgia

UTI RessonânciaTransplante de Medula Óssea

Brinquedoteca

• Centro de Transplante de Medula Óssea • Centro de Diagnóstico por Imagem • Quimioterapia • Brinquedoteca Terapêutica • Consultórios • UTI Pediátrica • Centro Cirúrgico • Unidades de Internação • Laboratório de Transplante de Medula Óssea • Laboratório de Genética • Laboratório de Hematologia

O GRAACC é uma instituição que trabalha

no limite do conhecimento científico, perseguindo de forma determinada a cura de crianças e adolecentes com câncer.

Para isso, administra e mantém um hospital, o Instituto de Oncologia Pediátrica (IOP/GRAACC/Unifesp), preparado para realizar um tratamento eficaz e humano, que o coloca em igualdade com os maiores centros de oncologia pediátrica do mundo.

A união de profissionais capacitados, recursos tecnológicos, equipamentos e tratamentos avançados permite a realização de cirurgias complexas, para os mais diversos tipos de tumores. Tudo isso acrescido do suporte social aos pacientes e seus familiares.

Trabalhando em parceria técnico-científica com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), o GRAACC opera em regime de hospital-dia, beneficiando seus pacientes com os resultados das atividades realizadas nas áreas de ensino, pesquisa e extensão, além de formar novos mestres e doutores que levam o conhecimento avançado e o tratamento de qualidade em oncologia pediátrica para todas as regiões do país.

E, tudo isso, para oferecer à criança e ao adolescente com câncer todas as chances de cura, com qualidade de vida.

Saiba mais em: www.graacc.org.br

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Mundo Hospitalar

Panorama Hospitalar30

dre Kalache, médico e pesquisador em Saúde Pública que estuda o envelhecimento há mais de 30 anos.

Saúde do idosoCerca de 500 administradores de hospitais públicos

e privados, médicos, lideranças setoriais e profissionais da área, além de representantes governamentais envolvidos com planejamento e políticas de saúde, compareceram à abertura do 2º Conahp. Na pauta das palestras, o en-velhecimento da população e o impacto nos sistemas de saúde do mundo.

“A riqueza dos debates e da troca de experiências proporcionada pelo congresso vai ao encontro do nosso empenho em atender as demandas da OMS: saúde com qualidade e humanizada”, disse José Carlos de Souza Abrahão, presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNS), no seu discurso de abertura.

Revolução Industrial na saúde

Apesar do processo de envelhecimento em países europeus ter ocorrido ao longo de 100 anos, os impac-tos no sistema de saúde da crescente população idosa na França continuam.

“Precisaríamos de uma verdadeira revolução indus-trial na gestão da saúde para amenizar os impactos do aumento da longevidade da população”, alerta Cédric Lussiez, diretor do French Hospital Federation, participan-te da mesa redonda - IHF - Sistemas de saúde no mundo – Desafios gerenciais, incorporação de novas tecnologias e longevidade, realizada durante congresso.

Segundo Lussiez, há massiva utilização inadequada dos hospitais e suas emergências, correções a serem feitas no sistema de remuneração à assistência à saúde, entre outros desafios. “Equipes móveis de atendimento ao ido-

CONAHP

Alexandre Kalache, especialista em envelhecimento populacional, fala sobre o assunto no Conahp.

so, unidades específicas emergenciais geriátricas, procedi-mentos ‘fast track’ aos idosos nas emergências dos hos-pitais, são algumas iniciativas que devem ser repensadas para eliminar alguns gargalos da área”, enumera Lussiez.

Alzheimer e depressão nos EUA

Nos Estados Unidos, 13% da população é idosa e, desproporcionalmente, os gastos com a saúde dessas pessoas atingem 37% - o equivalente a US$ 960 bilhões (2010). De forma geral, as doenças mais onerosas à so-ciedade americana são as mentais – dentre elas estão de-pressão e Alzheimer -, cujas despesas chegam a US$ 109 bilhões; mais até do que as cardíacas, que custam US$ 102 bilhões aos cofres americanos.

Para se ter uma ideia, a cada 68 segundos uma pessoa desenvolve Alzheimer nos EUA. Esses foram alguns dados da palestra de Thomas C. Dolan – Presi-dente Emérito do American College of Healthcare Exe-cutives, realizada durante o 2º Conahp. Dolan ressalta que uma das soluções potenciais para minimizar o im-pacto dessas doenças no sistema de saúde passa pela educação: “aumentar a conscientização sobre os sinais e sintomas de doenças mentais mais comuns em ido-sos junto à população pode diminuir a crescente pre-valência dessas doenças e, por consequência, os gastos com a saúde pública”.

Atualmente, apesar de 20% dos americanos aci-ma de 65 anos terem depressão, menos de 3% recebem tratamento para a doença. “Mudanças no estilo de vida como controlar a pressão arterial e o colesterol, fazer ati-vidades físicas, parar de fumar e manter uma alimentação saudável, são fundamentais para chegar à terceira idade mais saudável”, completa Dolan.

“A troca de experiências e cenários dos sistemas de saúde de outros países apresentados nas palestras de prestigiados especialistas durante o Conahp são essen-ciais no desenvolvimento de soluções para o caso brasilei-ro”, comenta Francisco Balestrin, presidente do Conselho de Administração da Anahp.

Era da “gerontolescência”A força dos números chama a atenção: hoje, o Bra-

sil tem 13 milhões de idosos, em 2050 terá 64 milhões; de 1945 a 2013 a expectativa de vida do brasileiro au-mentou 30 anos. “É evidente que com esse cenário nada será como antes. Os trinta anos adicionais na esperança de vida não significa 30 anos a mais de velhice. Precisa-mos promover uma revolução da longevidade, repensar o desenho da cidade, da cultura, reinventar o curso da vida para envelhecermos com saúde”, afirmou o geria-tra Alexandre Kalache, um dos principais especialistas do mundo na área de envelhecimento populacional, durante palestra realizada no evento.

Kalache também aponta uma transição no curso da vida: antes, a adolescência e agora a “gerontolescên-cia”, com a diferença que a primeira dura 4 ou 5 anos, enquanto os gerontolescentes podem passar 30 anos nessa fase.

“Combater a ideia de que por causa da idade é tar-de demais, já é um começo. Lembrar que, além de cuidar do corpo e da mente, ter autoestima, otimismo e senso de humor são essenciais para envelhecer com saúde”, re-comenda o especialista. PH

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Mundo Hospitalar

Outubro, 2013 31

CONAHP

Diretor do French Hospital Federation, Cédric Lussiez, participa de mesa redonda sobre sistemas de saúde no mundo.

Envelhecimento populacionalApós pesquisas com hospitais, desenvolvidas

pela Anahp, foram constatados dados importantes do envelhecimento populacional. Confira alguns deles:

• Em 2007 os hospitais Anahp registraram 323.830 internações. Em 2012, foram registradas 586.770 internações.

• Em 2013, 11,0% da população brasileira é com-posta por idosos (com 60 anos ou mais).

• Em 1970, para cada idoso havia oito jovens. Em 2020, para cada idoso haverá dois jovens.

• O envelhecimento é um resultado da evolução da esperança de vida ao nascer – de 34 anos em 1910

para 73,4 anos em 2010 – e da taxa de fecundida-de – de 5.8 crianças por mulher em 1970 para 1,9 em 2010, índice abaixo da taxa de reposição que é de 2,1 filhos por mulher.

• A população de beneficiários de planos de saúde tem perfil demográfico ligeiramente mais envelhe-cido que a população brasileira.

• Os beneficiários de planos individuais têm perfil semelhante ao que a população brasileira terá em 2030.

• Nos hospitais Anahp as principais causas de inter-nação para a faixa etária entre 45 e 74 anos são por neoplasias (18%) e doenças no aparelho circu-latório (14%).

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SINO BRASILEIRO

Hospital Sino Brasileiro

Plataforma implementada em hospital de Osasco (SP) possibilita registrar, gerenciar e adquirir materiais de saúde por sistema online.

implementa solução

Buscando agilidade nos procedimentos de compras de insumos e a escolha do melhor produto ao pa-ciente, o SinoBrasileiro Hospital e Maternidade, lo-

calizado em Osasco (SP), acaba de adquirir uma nova so-lução via web para aquisição de materiais hospitalares, inclusive os de alto custo como órteses, próteses e itens especiais -, chamada Bionexo, da OPMEnexo.

A Bionexo é uma solução eletrônica de gestão de compras hospitalares, que permite ao hospital ter acesso online a todos os seus fornecedores: indústria farmacêu-tica, distribuidoras de materiais médicos e medicamen-tos e empresas das mais variadas categorias de produ-tos. A comunidade hoje integra mais de 30 mil agentes do segmento hospitalar e mais de 100 mil itens hospita-lares, de aproximadamente seis mil fornecedores.

A dinâmica de entrada de novos hospitais amplia o universo de novos fornecedores, gerando maior com-petitividade e resultando melhor possibilidade de nego-ciação e até redução de preços. A nova plataforma pos-sibilita controlar, registrar, gerenciar e adquirir por meio de um sistema online, todas as modalidades de com-pras de materiais de saúde. “Temos um processo ético e transparente que permite aos médicos escolherem os

produtos mais adequados aos seus pacientes, ficando a cargo da instituição de saúde toda a gestão do processo de aquisição”, explica o diretor comercial da Bionexo, Fernando Singulem.

A nova solução proporciona ainda produtividade e redução de custos com a eliminação de retrabalho - por conta da integração com o sistema MV, utilizado pelo hospital -, otimização de processos, diminuição de gas-tos diretos com fax e telefone e a geração de uma série de relatórios online que acompanham o andamento dos procedimentos. “Conseguiremos maior poder de nego-ciação com o aumento do leque de fornecedores e mais oportunidades de negócios”, reforça o gerente de TI do SinoBrasileiro, Erik Shiniti Oki.

Anteriormente à nova plataforma, o SinoBrasileiro fazia as cotações, que eram enviadas sempre para os mes-mos fornecedores. “Com o Bionexo as opções são bem maiores, podendo ter redução de custos. Agora também é possível definir um prazo para que os fornecedores en-viem as cotações. Quando a cotação era aprovada, o se-tor de compras tinha que digitar os valores para compor a ordem de compra e, com a integração, este passo não será mais necessário”, compara. PH

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Por Viviam Santos

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Mundo Hospitalar

Panorama Hospitalar34

HIAE

O primeiro robô do Hospital Israelita Albert Einstein, o modelo da Vinci S, desenvolvido pela empresa Intuitive Surgical, foi adquirido no final de 2008

e realizou, até o final de 2012, mais de 1800 cirurgias. Com a necessidade de ampliar o número de procedi-mentos com essa tecnologia, no início de 2013 o hospi-tal investiu no novo modelo do robô – Si -, que começou a operar em julho. Ambos os robôs realizam de duas a três cirurgias por dia, dobrando a capacidade de cirurgia robótica no Einstein.

Os dois robôs, S e Si, estão em operação. “Investi-mos neles porque a cirurgia robótica está se consolidando mais no meio”, diz o gerente do programa de cirurgia do Hospital Israelita Albert Einstein, Dr. Paulo Marcelo Zim-mer. Ele afirma que as principais indicações são as cirurgias urológicas, ginecológicas e digestivas: “A gente também usa os robôs para cirurgias cardíacas, torácicas e de cabeça e pescoço, mas os melhores resultados e o que a literatura já indica também é para as cirurgias urológicas, especial-mente a prostatectomia robótica – com vantagens sobre o procedimento laparoscópico ou convencional”.

Para as outras especialidades, segundo ele, há uma equivalência de resultados clínicos, com redução do tem-po de internação e um pós-operatório mais tranquilo ao paciente. Os robôs apresentam inúmeras vantagens, em comparação à cirurgia convencional, mas Zimmer cita as principais. “Ele pode operar num espaço menor utilizando uma gama de movimentos muito maior que a mão huma-na, pois as características dos braços do robô permite isso. O robô também não treme, é mais estável, e a imagem que transmite é muito boa. Esse número de fatores é o determinante da decisão por operar através dos robôs”, revela ele.

O sistema robótico é composto basicamente por três partes, explica o gerente do programa de cirurgia.

“O primeiro é o console, aonde o cirurgião opera e en-xerga o campo cirúrgico, a segunda parte são os braços do robô, introduzidos nas cavidades do corpo, e esses braços controlados no console geram as imagens que são integradas e disponibilizadas em uma central de ví-deo - a terceira parte”.

O segundo robô, da última geração, tem dois con-soles – permitindo, assim, que dois cirurgiões atendam o mesmo paciente: “Temos aqui um programa que desen-volve e habilita cirurgiões, então a melhor indicação do novo robô é neste caso, para treinar cirurgiões ou aumen-tar a curva de aprendizado deles. Por este motivo também que o robô com duplo console é importante pro hospital”.

“Do ponto de vista ergonômico para o cirurgião, o novo robô é mais configurável”, acrescenta. Ou seja, respeita mais as características individuais de cada cirur-gião quanto às posições de trabalho. “A imagem é outro ponto, pois é de alta definição e tridimensional”, diz. Já a tecnologia Firefly, que o robô Si possui, permite que a os

Novo robô ampliacapacidade de cirurgia

robótica do Einstein

Primeira cirurgia com o robô da Vinci Si foi realizada em julho no hospital pelo Dr. Antonio Macedo, cirurgião do aparelho digestivo.

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Mundo Hospitalar

Outubro, 2013 35

HIAE

cirurgiões injetem um marcador no sangue do paciente, resultando em uma fluorescência na via venosa. “Assim o cirurgião enxerga esse marcador de forma destacada, fazendo com que ele preserve as estruturas venosas e ar-térias do paciente, ou que resseque somente a parte que quer ressecar”, exemplifica o Dr. Paulo.

Os robôs, que servem de auxílio aos cirurgiões – não sendo, portanto, autômatos -, ficam na mesma sala que o paciente e o cirurgião. “Todos ficam no mesmo local, até porque pode haver casos, que pra gente é menos de 0,1%, de o cirurgião achar que deve suspender a cirur-gia robótica no meio do procedimento, para continuar de modo convencional”.

Para começar a operar com o robô, os cirurgiões pas-sam por algumas fases de habilitação – no próprio Albert Einstein e, depois, na sede da Intuitive Logical, nos Estados Unidos. “Primeiro eles se habilitam no Einstein, através dos dois aparelhos de simulação robótica que temos na insti-tuição. Depois de fazerem um número mínimo de horas, eles seguem para o Texas e fazem mais três dias de treina-mento. Quando eles voltam têm que ser acompanhados por um cirurgião que vai desenvolvê-los”, explica Zimmer. Esse cirurgião, o chamado “proctor” ou preceptor, acom-panha esses cirurgiões por um número variável de casos, entre 12 e 20 cirurgias – até o proctor autorizar o cirurgião a operar sozinho no robô.

“Temos atualmente 87 cirurgiões em diferentes estágios de habilitação, sendo 35 cirurgiões habilitados, 8 preceptores e o restante estão em habilitação. O total de cirurgiões do Einstein está em torno de 3 mil, de di-ferentes especialidades. Apesar de uma pequena parcela ser habilitada na cirurgia robótica na instituição, temos o maior número de profissionais habilitados em cirurgia robótica da América Latina”, lembra o gerente do pro-grama de cirurgia.

Um dos preceptores do Einstein em cirurgia robótica é o Dr. Antonio Macedo, médico cirurgião geral do Hos-

pital israelita Albert Einstein, presidente do comitê de on-cologia, e membro-fundador do Clinical Robotic Surgery Association (CRSA) – a maior sociedade de cirurgia robóti-ca do mundo. “A primeira cirurgia do da Vinci Si foi feita em uma paciente com câncer de reto e foi operada com. O robô também foi utilizado em outros casos de câncer de reto, câncer de esôfago, entre outros”, conta ele.

O médico acrescenta que o modelo Si é mais preciso e leve que o primeiro modelo, do ponto de vista do cirur-gião: “Esse novo robô responde mais rápido aos coman-dos e os movimentos são mais delicados”. Já no método convencional o cirurgião abre o paciente e “essa abertura não é boa ao paciente”, diz o Dr. Macedo. “A incisão con-vencional é muito usada nos casos avançados de câncer, mas nos casos iniciais as técnicas minimamente invasivas são mais usadas e recomendadas. Com os robôs são feitas pequenas perfurações ou incisões, similares às feitas na laparoscopia. O robô é um aprimoramento da laparosco-pia”, compara.

Para investir num robô como esse, Zimmer revela que é preciso que o hospital desembolse cerca de 4 mi-lhões de dólares. “É uma tecnologia cara, pois os robôs são importados, e o custo varia conforme a configuração. Poucos hospitais conseguem fazer um investimento deste porte. Até 2011 tinham três robôs no Brasil, agora já tem nove robôs”, diz. A tendência, segundo ele, é que esse crescimento continue crescendo. “Isso porque a cirurgia robótica se torna cada vez mais conhecida e sua maior eficácia mais comprovada”.

O gerente conta que o Hospital Israelita Albert Eins-tein terá de manter esses robôs e atualizá-los em médio prazo. “A gente está bem assistido de capacidade de reali-zar cirurgia robótica hoje, mas imagino que tenhamos que fazer uma troca de tecnologia daqui a dois anos. Talvez acrescentaremos mais um, para termos três robôs futura-mente. Tem que haver investimento, manutenção, etc, e tudo isso conta nos custos”, conclui. PH

Cirurgiões do Einstein durante cirurgia com o robô da Vinci S, o primeiro do hospital.

CRÉDITO: Vanessa Rodrigues

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Mundo Hospitalar

Panorama Hospitalar36

No dia 24 de setembro o Hospital Moinhos de Vento, de Porto Alegre (RS), realizou a primeira cirurgia com marca-passo diafragmático para

tratamento da esclerose lateral amiotrófica (ELA) da América Latina, em um paciente de 55 anos. A dupla de especialistas que realizaram o tratamento pioneiro é composta pelo cirurgião do aparelho digestivo Ri-chard Gurski e o neurologista Francisco Tellechea Rot-ta. A ELA é uma doença degenerativa, progressiva e incurável, que afeta aproximadamente 6 em cada 100 mil pessoas, ou cerca de 12 mil brasileiros.

Nesse procedimento, o paciente portador da do-ença recebeu o estimulador diafragmático DPS NeuRx, da empresa norte-americana Synapse Biomedical, que fornece estimulação elétrica para os músculos do dia-fragma e continua a exercitar os músculos, em uma tentativa de retardar a atrofia do diafragma e da ne-

cessidade de ventilação mecânica invasiva. O aparelho estimula o diafragma, provocando uma contração que imita a respiração natural, sendo ainda capaz de evitar a atrofia e perda de força do diafragma. Colocado por meio de videolaparoscopia, o ponto de implantação dos eletrodos é identificado através da observação da resposta do músculo à estimulação. “Com esta técni-ca, a estimulação elétrica do ponto motor do diafragma retarda a atrofia deste músculo e, consequentemente, retarda a insuficiência ventilatória que ocorre na ELA. Não existem técnicas similares a esta”, garante Rotta.

A cirurgia foi um sucesso e o paciente recebeu alta já no dia 26 do mesmo mês – dois dias após o procedimento. “É um privilégio poder ajudar pessoas com doenças degenerativas a realizar seus objetivos”, afirma Rotta. Para Gursky, trata-se de um trabalho iniciado há sete anos que tem está se concretizando.

Hospital Moinhos de Ventorealiza cirurgia inovadora de esclerose lateral amiotrófica

Médicos foram pioneiros na implantação de marca-passo diafragmático, capaz de evitar a atrofia e a perda de força do diafragma.

CRÉDITO: Francisco Rotta

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O cirurgião Richard Gurski (ao meio), André Rosa (esquerda) e Guilherme Mazzini (direita), realizam o procedimento.

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Mundo Hospitalar

Panorama Hospitalar38

“Ajudar pessoas que sofrem de ELA está se tornando realidade, o que nos orgulha muito”, reafirma Gursky.

Como os sintomas de ELA resultam na perda de ativação de músculos voluntários - envolvidos nos movi-mentos dos braços ou das pernas, músculos da respira-ção ou músculos responsáveis pela fala e pela deglutição - a cirurgia com marca-passo poderá ajudar na manu-tenção da qualidade de vida do paciente à medida que a doença progride. Na prática, o implante pode evitar a atrofia e perda de força do diafragma, amenizando os sintomas da doença, que pode matar por parada respi-ratória. Em média, a sobrevida na ELA é de três a quatro anos após o início dos sintomas.

A equipe do Hospital Moinhos de Vento é pio-neira no uso dessa tecnologia, desenvolvida nos Es-tados Unidos pelo médico Raymond Onders, da Case Western Reserve University. Atualmente, é a única equipe na América Latina capacitada para realizar o implante cirúrgico. “A capacitação específica para este procedimento foi obtida com o criador da téc-nica, o Dr. Raymond, em duas oportunidades em que ele veio ao Brasil, quando visitou o Hospital Moinhos de Vento e realizou treinamento com a equipe. O ci-rurgião Richard Gurski é o único apto a realizar esta cirurgia em pacientes com Esclerose Lateral Amiotró-fica na America Latina”, afirma Rotta.

Segunda chance O homem que recebeu o primeiro marca-

-passo diafragmático da América Latina, Lucio Bello, de 55 anos, é portador de esclerose late-ral amiotrófica (ELA) há seis anos. Agora, conta o auxílio da tecnologia capaz de evitar a atrofia e a perda de força do diafragma, amenizando sinto-mas da doença, que pode matar por parada res-piratória. “Estou feliz porque recebi uma segunda chance. Meu objetivo é de aproveitar muito essa fase e viajar pelo mundo lado da minha esposa e filhos”, disse, visivelmente emocionado, o novo--hamburguense que se comunicou com auxílio da esposa, Elisa Bello. Ambos querem que mais pes-soas possam se beneficiar da técnica.

Segundo Rotta, muitos fatores conspiraram a favor do paciente para receber o pioneiro tratamen-to. O principal foi a força de vontade em manter-se saudável. “Nós avisamos que ele precisava estar bem para receber o marca-passo. E ele respondeu perfei-tamente ao nosso pedido”, afirma o neurologista. “Sabemos que ainda temos que enfrentar as barreiras burocráticas, mas temos a esperança que exemplos como o de Bello ajudem a conscientizar as agências reguladoras da importância desse tipo de tratamento para as pessoas”, diz Gursky. PH

Paciente que recebeu o marca-passo diafragmático, Lucio Bello, antes de receber alta, e sua esposa Elisa.

CRÉDITO: Livia Meimes

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Case Study

Panorama Hospitalar40

HCOR ONCO

Clínica de Radioterapia

Espaço oferece equipamento de alta precisão para evitar danos aos tecidos saudáveis do paciente. Hospital prevê outras duas unidades.

HCor Onco inaugura

O HCor Onco inaugurou em outubro a Clínica de Radioterapia – primeira unidade da instituição dedicada exclusivamente à especialidade. Loca-

lizada no bairro de Paraíso, em São Paulo (SP), a duas quadras do complexo hospitalar, a clínica é equipada com acelerador linear de alta precisão, capaz de rea-lizar procedimentos radioterápicos com o mínimo de dano aos tecidos saudáveis. Com isso, a instituição aumenta o foco na Oncologia.

O novo HCor Onco é liderado pelo Dr. Gilberto Lo-pes, professor assistente de oncologia da Universidade John Hopkins e membro do comitê de assuntos inter-nacionais da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO). O Dr. Gilberto retorna ao Brasil depois de traba-lhar nos Estados Unidos e na Ásia por quinze anos.

O alto padrão de atendimento foi o que motivou Lopes a voltar ao Brasil. “Uma das maiores dificulda-des em voltar ao Brasil sempre foi a incerteza quanto

Por Viviam Santos

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HCOR ONCO Case Study

Outubro, 2013 41

à possibilidade de praticar medicina e oncologia com o padrão que eu estava acostumado na Hopkins nos Estados Unidos e na Ásia. O HCor Onco possibilita que eu continue atendendo meus pacientes com o mesmo padrão, tecnologia e cuidado humano”, afirma ele.

Um dos motivos de o HCor construir as três uni-dades de oncologia se deve às alterações demográficas que há no cenário nacional, segundo o Dr. Gilberto: “Além disso, com o melhor controle de moléstias in-

fecciosas e cardiológicas, o câncer vai se tornar cada vez mais uma das mais importantes doenças degene-rativas crônicas no Brasil. Assim, o hospital fez uma de-cisão estratégica de investir na prevenção, diagnóstico e tratamento, e controle. Enfim, do câncer”.

A recém-inaugurada unidade, que pretende atender até 70 tratamentos de radioterapia por dia, é a primeira estrutura física a ser aberta, mas o HCor Onco irá adotar o conceito de “comprehensive câncer

A nossa visão é prover cuidados humanos e integrados no conceito de ‘comprehensive cancer center’” - Dr. Gilberto Lopes

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Case Study

Panorama Hospitalar42

HCOR ONCO

center” – centros integrados de tratamento do cân-cer, que é comum nos Estados Unidos.

“Mais do que as estruturas, a nossa visão é pro-ver cuidados humanos e integrados no conceito de ‘comprehensive cancer center’, onde todos os pro-fissionais, não somente médicos oncologistas, radio-terapeutas, cirurgiões, patologistas e radiologistas entre outros, mas também toda a equipe multidis-ciplinar composta por enfermeiros, nutricionistas, farmacêuticos, fisioterapeutas e psicólogos, estão localizados no mesmo centro para o cuidado holís-tico e individualizado de cada paciente”, explica o chefe do HCor.

A próxima unidade será inaugurada ainda este ano. Ela irá funcionar no prédio da Rua Desembargador Eliseu Guilherme 130, integrado ao complexo hospitalar por uma passarela e um túnel. O local terá um andar exclusivo para quimioterapia, equipamento de Gamma Knife para procedimentos neurológicos e na medula, além de salas híbridas para neuro-oncologia, onde exa-mes de imagem são realizados durante o procedimento cirúrgico, para torná-lo mais preciso.

A terceira unidade, que já começou a ser cons-truída, será um prédio de 13 andares totalmente de-dicado à oncologia, com inauguração prevista para 2015. O local abrigará um núcleo multidisciplinar de combate à dor crônica, um centro de pesquisas contra o câncer e também oferecerá terapias com-plementares, como a acupuntura. “Este é o centro ambulatorial que será a casa principal do HCor Onco. Esta unidade terá consultórios, centro cirúrgico am-bulatorial, radioterapia, quimioterapia, unidade de re-abilitação desenhado com o paciente e seus familiares em mente”, complementa o Dr. Gilberto.

Apenas os casos que precisem de internação hospitalar ou terapia intensiva continuarão sendo tra-tados no prédio principal. Geograficamente, as unida-des estarão muito próximas, o que torna a assistência mais fácil. Outro diferencial das unidades será o aten-dimento especializado.

“Em neuro-oncologia temos dois profissionais vol-tando do exterior, da Universidade da Califórnia: depois de 10 anos atuando naquela universidade a Dra. Ales-sandra Gorgulho e, mais de 30 anos, o Dr. Antônio de

Dr. Gilberto Lopes, chefe do HCor Onco, volta ao Brasil para ocupar o cargo após 15 anos de trabalhos no exterior.

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HCOR ONCO Case Study

Outubro, 2013 43

Salles, que fazem a parte de tumores do sistema nervoso central. Já temos três radioterapeutas, o Dr. João Victor Salvajoli, o Dr. Bernardo Salvajoli e o Dr. Ernane Bronzatt. E já estamos trabalhando para preparar toda a parte de processos clínicos. Quando o edifício estiver pronto, as equipes estarão montadas e treinadas”, afirma.

As três unidades, no geral, terão o diferencial de tratamento integrado e humanização. “Hoje a maio-ria das unidades de oncologia está organizada com a conveniência das equipes médicas e de saúde em mente. Nós pretendemos criar um centro integrado onde todos os processos e o atendimento têm como objetivo fazer a experiência do paciente e seus fami-liares o menos difícil e menos inconveniente possível. Eles já estão enfrentando uma doença com dificulda-des clínicas, psicológicas e sociais, então a instituição e nossos colaboradores tentarão dar todo o apoio ne-cessário para o cuidado do paciente”, diz Lopes.

Com os novos núcleos do HCor Onco, “a insti-tuição pretende se tornar referência nacional e inter-nacional em assistência, ensino e pesquisa na preven-ção, detecção precoce e tratamento do câncer, com um atendimento humanizado, individualizado e holís-tico do paciente com câncer”.

Outro fator que fortalece o HCor em Oncolo-gia é a parceria que o hospital fez com a OncoClí-nicas, a maior rede de clinicas de oncologia clínica da América Latina - que está ajudando a viabilizar parte do tratamento de quimioterapia e a capaci-tação dos profissionais, treinados no Centro Pau-lista de Oncologia (CPO), um braço importante do grupo, em São Paulo. “A parceria foi feita para possibilitar economias de escala e ajudar o hos-pital a competir em um segmento cada vez mais competitivo”, acrescenta.

Câncer de mamaAlinhado com o conceito humanizado e de

minimizar o sofrimento de pacientes com câncer de mama, ainda neste ano o HCor Onco irá começar a sua clínica multidisciplinar, onde especialistas - como cirurgião mastologista, oncologista clínico e radiote-rapeuta - poderão ver as pacientes ao mesmo tempo para completar a avaliação diagnóstica e terapêutica, no menor tempo possível. “Para diminuir a ansiedade associada à espera envolvida no tempo entre a suspei-ta de câncer de mama e o delineamento do tratamen-to”, segundo o Dr. Gilberto.

TecnologiasA unidade inaugurada oferece, de acordo com o

chefe do HCor Onco, os mais modernos equipamen-tos do ponto de vista técnico - como um acelerador linear de última geração, Axesse, desenvolvido pela sueca Elekta. Dentro do próprio aparelho, uma tomo-grafia chamada Cone Beam CT permite monitorar o paciente.

Um Gamma Knife também compõe a nova uni-dade. O equipamento permite a execução das mais modernas técnicas de radioterapia como RT3D, IMRT, IGRT, radiocirurgia para lesões encefálicas e extra crâ-nio (pulmão, coluna, fígado, etc). “Poucos serviços no País tem essas técnicas a disposição e nenhum serviço possui essas duas tecnologias juntas”, garante Lopes.

Existem ainda outros recursos modernos, que viabilizam técnicas de intensidade modulada do feixe (IMRT) e terapia rotacional (VMAT). Assim, é possível realizar qualquer tipo de tratamento, incluindo os mais modernos como radiocirurgia de lesões muito pequenas e radiocirurgia extra corpórea (SBRT) de coluna e pul-mão, por exemplo. PH

Novo acelerador linear Axesse, da sueca Elekta, já está em funcionamento na unidade.

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Panorama Hospitalar44

Ponto de Vista INOVAÇÃO E PESQUISA

Inovar em saúde

É preciso uma nova visão, talvez até uma visão de outras indústrias.”

Inovar em saúde é mais do que criar novos equi-pamentos, novos medicamentos e até novas pro-fissões. Inovar em saúde é também criar novos pro-

cessos e para isto é preciso uma nova visão, talvez até uma visão de outras indústrias.

Ao passo que andam os custos de saúde logo haverá a perda da sustentabilidade. Tentativas de conter custos no sistema por métodos tradicionais de diminuição da força de trabalho, desqualificação dos serviços, diminuição de exigências, são fadadas ao fracasso em médio prazo, apesar de efeitos apa-rentemente benéficos no curto prazo. Há que se ino-var na abordagem.

Há muito pouco em termos de inovação em econo-mia da saúde, uma área extremamente importante que parece fadada a coletar dados epidemiológicos e realizar avaliações de custo-benefício em tecnologias médicas e, ocasionalmente, medicamentos. Se saltos qualitativos serão dados no setor de saúde com relação ao ofereci-mento do melhor serviço para os pacientes, com a maior segurança, estes passam inevitavelmente pela libertação dos profissionais de economia da saúde, para que eles possam pesquisar e propor soluções inovadoras que le-vem em consideração níveis de serviço, efetividade, segu-

rança, potencial de ganho em resultados para o paciente, e também custos.

Instituições sérias de saúde são preocupadas em prestar o melhor serviço disponível para seus pacien-tes, clientes, cidadãos, pois há que se incluir, além dos prestadores de serviço de saúde, também os respon-sáveis pelos pagamentos a estes serviços - sejam eles seguradoras ou órgãos governamentais -, e devem estar atentos para a necessidade de inovação nesta área e nela investir. O investimento não deve e não pode ser apenas econômico, deve estar revestido de tempo, liberdade e prestígio.

Inovação processual em economia da saúde pode começar pela busca de alternativas fora da saúde. Já aconteceu em outras áreas do conhecimento humano e agora bate às portas da saúde a necessidade de buscar modelos diferentes de análise. A escolha do modelo cer-to para mimetizar ou adaptar, ou ainda a decisão por um modelo completamente diferente serão, sem dúvida, a inovação mais importante na saúde no século XXI. Será mais importante que qualquer outro avanço científico, pois qualquer doença isolada carrega uma morbimor-talidade limitada, enquanto a falta de sustentabilidade do sistema de saúde afeta até as pessoas saudáveis. PH

Luiz Vicente Rizzo é Diretor Superintendente do Instituto Israelita de Ensino e Pesquisa - IIEP – Hospital Israelita Albert Einstein.

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MARKETING

Outubro, 2013 45

Ponto de Vista

Marketing de Relacionamentoem Saúde

O estudo sobre relacionamento entre vendedores e compradores vem crescendo significativamen-te. Isto, provavelmente, está diretamente rela-

cionado ao alto índice de conflitos no mercado, fruto da escassez de recursos que compõem as organiza-ções, o que é mais acentuado no setor saúde, crian-do uma necessidade de melhorar os relacionamentos entre os players do setor. Entretanto, a maioria destes estudos tem como principal objetivo o relacionamen-to entre empresa e cliente final, no sentido de con-quistar da fidelidade, fato ainda muito incipiente no setor saúde.

A necessidade de um relacionamento duradouro com o mercado, em detrimento das práticas de transações imediatistas, buscando a fidelização dos clientes, constitui--se na essência do Marketing de Relacionamento.

O termo Marketing de Relacionamento surgiu em 1983 com Berry, na literatura de Marketing de Serviços. O mesmo coloca a fidelização de clientes como perspectiva para o alcance de uma maior com-petitividade das organizações e de uma maior satisfa-ção dos clientes. Ele destacou que a atração de novos clientes deveria ser vista como uma fase intermediária no processo de marketing. Fortalecer relacionamen-tos, transformar clientes indiferentes em leais e servi--los é que deveria ser considerado marketing.

No início, o Marketing de Relacionamento foi considerado uma abordagem que tratava somente às relações entre comprador e fornecedor. No entanto, de modo mais recente, virou-se a atenção também para outros relacionamentos importantes para a cria-

ção de valor aos clientes. Dentro desse enfoque mais ampliado, o Marketing de Relacionamento deve con-siderar todos os relacionamentos que possam inter-ferir na satisfação dos clientes, tais como com: for-necedores, parceiros, público interno e compradores (intermediários, consumidores finais).

Atualmente, esse tipo de marketing é visto como uma interação dentro da rede de relacionamentos. Essa abordagem reforça a ideia de que o Marketing de Relacionamento deve trabalhar dentro do enfoque mais ampliado. Os processos e produtos estão ligados uns aos outros, formando uma grande rede que, ao final, liga as empresas aos clientes.

Nenhum problema empresarial é independente. As empresas têm dificuldades quando pensam em uma parte isoladamente. Ao ignorar essas ligações, as empresas acabam com uma cadeia rompida e, em serviços como os de saúde, isso é fatal. Neste setor observamos muito bem a aplicação da cadeia de re-lacionamentos, onde muitas vezes o cliente/paciente, ao ser atendido por um serviço de saúde, depende do bom relacionamento deste com uma série de outros atores - tais como planos de saúde, agentes regulado-res, fornecedores de materiais e medicamentos, for-necedores de equipamentos médicos, Sistema Único de Saúde, judiciário, etc.

Quando há uma harmonia na cadeia de relacio-namento, maior a probabilidade de um melhor atendi-mento às necessidades do cliente/paciente. Do contrário, quando a situação é de conflito, aumenta a probabilidade de insatisfação do cliente com o serviço de saúde. PH

André Carneiro é doutor em Administração com ênfase em Marketing no Setor de Saúde. Professor, Pesquisador e Prático da Administração, ele possui vasta experiência no Mercado de Saúde.

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Panorama Hospitalar46

Ponto de Vista

Liderança e

Sr.(a) enfermeiro(a): Qual é o seu planejamento estratégico para 2014? Ou deveria perguntar primeiro: “Você sabe quais resultados deseja

obter nos próximos 12 meses?”. A resposta mais comum ainda é um rol gigan-

tesco de desculpas ou pontos fora da curva de uma gestão profissional. E aqui percebemos um cenário claro com o qual diretores e gerentes em hospitais se deparam todo santo dia: Falta capacitação na área de enfermagem, para torná-los “gestores” de fato!

Vamos tirar a prova dos “9”. Proponho um pe-queno “Teste de Liderança”:

Se eu entrar na sua empresa ou na sua unidade de trabalho em 30 de dezembro de 2014 e comparar com o que você tinha em 30 de dezembro de 2013, o que eu encontrarei de diferente? Liste em um minuto, pelo menos, três fatores ou itens.

Quando eu faço esse questionamento a dire-tores de hospitais, clínicas e em especial para enfer-meiros, a realidade parece ser muito semelhante, e o resultado que venho encontrando ao longo destes últimos 18 anos, provocando e capacitando profissio-nais em cargo de liderança, é: - 45% - Não consegue listar três itens concretos de

inovação ou melhoria; - 30% - Faz uma lista de itens genéricos que não

representam nenhum objetivo ou meta específica (muitas vezes, só para cumprir o desafio do teste).

Apesar de ser uma média, estes números refletem um universo tabulado de mais de 8 mil gestores na área da saúde, incluindo-se a grande parcela de enfermeiros em posição de liderança dentro desta estatística.

Porcentagens assustadoras? Com certeza. Princi-palmente porque estamos falando de gestão estraté-gica. E a grande questão é: Se você, que é líder, não consegue em um minuto me dizer como você será dife-rente amanhã do que você (seu setor ou sua diretoria) é hoje, então estamos com um “ligeiro” problema de navegação: “Não temos nem bússola nem capitão”.

Infelizmente (para os despreparados) o próximo ano será o das competências e dos competentes. E muitas vezes a culpa não é do enfermeiro que fez uma ótima graduação técnica, mas o fato é que ele não foi avisado de que ao entrar no mercado de tra-balho ganharia de brinde uma equipe.

Essa é a má notícia: ninguém lhe avisou an-tes. A boa notícia é que: Liderança não é apenas um código genético, um DNA. Liderança se apren-de, feedback tem técnica, gestão usa ferramentas profissionais. Então, é possível aprender! Pense nisso.

E coloque no seu planejamento fazer um bom curso de gestão e liderança para enfermeiros em 2014, pois a pior ilusão é ficar fazendo sempre a mes-ma coisa e depois esperar que os resultados, inacredi-tavelmente, sejam melhores. PH

para enfermeirosgestão estratégica

Fabrizio Rosso é professor, administrador hospitalar, mestre em Recursos Humanos e sócio e diretor-executivo da Fator RH.

GESTÃO DE PESSOAS

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EDUCAÇÃOUpdate

Panorama Hospitalar 48

Gerenciar serviços de saúde exige conhecimentos es-pecíficos, já que a constante introdução de novas tecnologias, novos processos e especializações de-

terminam a complexidade das atividades e os custos nas instituições de saúde, isso sem falar na multiplicidade de ofertas do mercado. Para capacitar profissionais de saúde, de instituições públicas e privadas, a atuar nessa área, o Consórcio Brasileiro de Acreditação (CBA), representante exclusivo no Brasil da maior agência acreditadora da qua-lidade em saúde do mundo, a Joint Commission Interna-tional (JCI), está oferecendo o MBA - Especialização em Gestão da Qualidade em Saúde e Acreditação. As inscri-ções vão até novembro.

O MBA tem como proposta capacitar gestores e profissionais de saúde para o planejamento, orga-nização, desenvolvimento e avaliação dos processos assistenciais e gerenciais, contribuindo na formação dos quadros gerenciais das instituições. “Queremos

promover a melhoria da qualidade do cuidado aos pacientes nos hospitais e demais serviços de saúde, por intermédio da implementação de um processo de acreditação”, diz a coordenadora de ensino do CBA, Rosângela Boigues. Para tal, o curso aborda os concei-tos, princípios e ferramentas da qualidade, visando sua utilização no aprimoramento das ações assistenciais e gerenciais desenvolvidas nos serviços de saúde.

A especialização terá duração de 13 meses, car-ga horária total de 464h e conteúdo programático extenso que abrangerá desde “Qualidade aplicada às instituições de saúde”, passando pelo “Gerenciamen-to da Informação e do Ambiente”, até “Direitos dos Pacientes e Familiares”.

Mais informações através do e-mail [email protected] ou dos telefones (21)3299-8241 ou 3299-8202 ou 3299-8242, ou ainda no site www.cbacred.org.br.

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Panorama Hospitalar 50

NOVEMBRO

FIQUE POR DENTROAgenda

Ì HSM EXPOMANAGEMENT 2013

O maior evento de conhecimento e gestão da América Latina. Um encontroque conta com a pre-sença dos melhores pensadores do management da atualidade, apresentando as tendências e os ca-minhos para superar os desafios do mundo corpo-rativo nos próximos anos.

4 a 6 de novembroLocal: Transamérica Expo CenterSão Paulo, SPhttp://www.hsm.com.br/expomanagement

Ì 6º CONGRESSO DE TELEMEDICINA E TELESSAÚDE

O Núcleo Universitário de Referência e Inova-ção em Telessaúde ou Telessaúde 3.0 será um dos te-mas apresentados durante o Congresso. A discussão nesta edição do evento é sobre a saúde do futuro em prol do futuro da saúde. O 6º Congresso de Teleme-dicina e Telessaúde será transmitido online.

20 a 22 de novembroLocal: Faculdade de Medicina da USPSão Paulo, SPhttp://congresso2013.cbtms.org.br

Ì II ENCONTRO BRASILEIRO DE CCIP – PICC / 1ª JOR-NADA PAULISTA EM TERAPIA INTRAVENOSA

Com realização do AMA Grupo, que tem sua divisão de Consultoria em Saúde, os eventos têm o intuito de aprofundar o desenvolvimento de dis-cussões na área e promover atualizações sobre o terapia intravenosa aos profissionais interessados. O foco do segundo encontro este ano será a “Con-textualização do uso do Cateter no Brasil”.

22 a 23 de novembroLocal: Teatro do Hospital Santa CatarinaSão Paulo, SPhttp://www.amaconsultoria.com.br/eventos/2013/encontro-picc/

Ì SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE SEGURANÇA EM TERAPIA INTENSIVA

O evento, realizado pelo Hospital e Materni-dade Brasil e pela Rede D’Or São Luiz, irá discutir diversos temas e as práticas do cotidiano de uma UTI, a fim de assegurar qualidade de atendimento e segurança aos pacientes.

22 e 23 de novembroLocal: Hotel MercureSanto André, SPhttp://www.saoluizhospital.com.br/simposio/

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