otimiza o do espa o hospitalar com a melhoria do sistema[1]
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Universidade Gama Filho – RJUniversidade UNIMED – BH
OTIMIZAÇÃO DO ESPAÇO HOSPITALAR COM A MELHORIA DO SISTEMA
DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS ATRAVÉS DE UM MODELO
MÓVEL DE DISPENSAÇÃO
Camilla Pinto Grenfell
Belo Horizonte – MG2005
Camilla Pinto Grenfell
OTIMIZAÇÃO DO ESPAÇO HOSPITALAR COM A MELHORIA DO SISTEMA
DE DISTRIBUIÇÃO DE MEDICAMENTOS ATRAVÉS DE UM MODELO
MÓVEL DE DISPENSAÇÃO
Monografia apresentada, como pré-requisito de conclusão do curso de pós-graduação
em Administração Hospitalar à Universidade Unimed – BH em parceria
com a Universidade Gama Filho – RJ.
Orientadora: Virgínia Caetano de Melo Castro
Belo Horizonte – MG2005
DEDICATÓRIA
Ao meu pai, pelo incentivo na realização deste curso e por me ensinar que é infindável a
busca pelo saber; à minha mãe, pelo amor, dedicação e companheirismo nesta etapa. A
Rafa, minha farmacêutica preferida, este trabalho é para você. Ao Silvinho, exemplo de
alegria e amizade; e às minhas amigas, Elisa e Fá, pela carinhosa torcida.
II
AGRADECIMENTOS
Ao Administrador Hospitalar Silvio Denis Grenfell pelas idéias inovadoras e pensamento
no futuro. Ao Arquiteto Jarbas Karman, pelo incentivo e valiosa contribuição para este
trabalho. Aos Hospitais A e B, por viabilizarem a pesquisa de campo.
Às Farmacêuticas responsáveis pelas Farmácias dos Hospitais pesquisados,
respectivamente, Carla Bonanato de Avelar e Vera Lúcia Silva Reis.
Ao Professor Victor Grabois e aos colegas e profissionais, Conceição de Maria Coelho
Verdini, Américo Calzavara Neto, José Flávio Ribeiro de Andrade e Miguel Sandrone de
Abreu pelas entrevistas realizadas. À Tia Beth pela ajuda na finalização do trabalho.
À amiga Lila, pela vitória conquistada com dedicação, companheirismo e alegria.
Á Professora e Arquiteta Virgínia Caetano de Melo Castro pelas orientações objetivas e
pelo carinho e atenção no desenvolvimento do trabalho.
III
RESUMO
A área Hospitalar vem sofrendo constantes mudanças organizacionais devido à
introdução de novas tecnologias que incentivam a melhoria do gerenciamento, o controle
de custos e a otimização espacial das Instituições Hospitalares.
Este trabalho tem como objetivo analisar os sistemas de distribuição de medicamentos
da Farmácia Hospitalar para que seja possível propor um modelo de dispensação mais
flexível que visa à otimização espacial.
A revisão bibliográfica aborda as definições de espaço e de espaço hospitalar, as
características das unidades funcionais com ênfase na Farmácia Hospitalar, finalizando com
os sistemas de distribuição de medicamentos e os carros de dispensação.
O método de pesquisa escolhido é o estudo comparativo que possibilita a busca das
vantagens e desvantagens dos sistemas utilizados em dois Hospitais Gerais da cidade de
Belo Horizonte e a obtenção de informações e opiniões dos profissionais farmacêuticos
sobre o melhor funcionamento das Farmácias Hospitalares.
Através do estudo da revisão bibliográfica, da análise dos Hospitais escolhidos e das
entrevistas feitas junto a profissionais da área de saúde, verifica-se que a logística
farmacêutica diferenciada e o modelo móvel de dispensação de medicamentos constituem
ferramentas gerenciais úteis ao farmacêutico que coordena uma Farmácia Hospitalar, por
possibilitar a construção de soluções e sua implantação dentro da realidade local,
privilegiando a organização de idéias, o fornecimento de subsídios para tomada de
decisões, a aplicação de novas tecnologias, a participação dos profissionais e o pensamento
criativo, essenciais ao planejamento de ações que possibilita a melhoria do gerenciamento
da Instituição e da qualidade dos serviços prestados aos pacientes.
PALAVRAS-CHAVES
Otimização espacial, Farmácia Hospitalar e sistema móvel de distribuição de
medicamentos.
IV
ABSTRACT
The Hospital area has been suffering constant organized alterations due to introduction
of new technologies that stimulate the improvement of management, the control of
expenses and the spatial optimization of hospitals establishment.
This woks aims the analyses of the systems of distribution of medicines on hospital
pharmacy that can be possible a more flexible model of dispensation focusing a spatial
optimization.
The bibliography revision broaches the definitions of area and hospital area, the
characteristics of functional unities emphasizing hospital pharmacy, ending with the system
of medicines distribution and distribution cars.
The method of research chosen is the comparative study that allows the search of
advantages and disadvantages of the systems utilized in two general hospitals in the city of
Belo Horizonte and the acquisition of informations and opinions of professionals chemists
about the best functioning of hospitals pharmacies.
Through the bibliographic revision study, the analyses of the chosen hospitals and the
interviews with the health area professionals, one can verify that the distinguished
pharmaceutic logistic and the movable model of distribution medicines establish
management tools useful to the chemist that coordinates a hospital pharmacy, to allow the
construction of solutions and its implantation within the local, reality, favouring the
organization of ideas, supplying subsidies to make decisions, application of new
technologies, the professionals´ participation and the creative thought, essential to
projection of actions that enables the improvement of the institution management and the
qualify of services given to the patients.
KEY WORDS
Spatial optimization, hospital pharmacy and movable model of medicines distribution.
V
RESUMEN
El área hospitalario, en los últimos tiempos, ha sufrido frecuentes cambios en su
organización a consecuencia de la introducción de nuevas tecnologías que impulsionan la
mejoría de la administración, el control de los gastos y la optimización espacial de las
Instituciones Hospitalarias.
Este trabajo tiene como objetivo analisar los sistemas de distribución de medicinas de la
Farmacia Hospitalaria para que sea posible proponer un modelo dispensador más flexible
que pretende a la optimización espacial.
La revisión bibliográfica aborda las definiciones de espacio y del espacio hospitalario,
las características de las unidades funcionales con énfasis en la Farmacia Hospitalaria,
finalizando con los sistemas de distribución de medicinas y de los coches dispensadores.
El método de investigación elegido es el estudio comparativo que posibilita la búsqueda
de las ventajas y desventajas de los sistemas utilizados en dos Hospitales Generales de la
ciudad de Belo Horizonte y la obtención de informaciones y opiniones de los profesionales
farmacéuticos sobre lo mejor funcionamiento de las Farmacias Hospitalarias.
A través de la revisión bibliográfica, del análisis de los Hospitales escogidos y de las
entrevistas hechas a profesionales del área de la salud, se verifica que la logística
farmacéutica diferencial y el modelo móvil dispensador de medicinas constituyen
herramientas de gerencia, útiles al farmacéutico que coordina una Farmacia Hospitalaria,
por posibilitar la construcción de soluciones y su implantación dentro de la realidad local,
privilegiando la organización de ideas, el suministro de subsidios para toma de decisiones,
la aplicación de nuevas tecnologías, la participación de los profesionales y el pensamiento
creativo, esencial a la planificación de acciones que posibiliten la mejoría administrativa de
la Institución y de la calidad de los sevicios a los pacientes.
PALABRAS CLAVES
Optimización espacial, Farmacia Hospitalaria y el sistema móvil de distribución de
medicinas.
VI
SUMÁRIO
RESUMO .......................................................................................................................... IV
ABSTRACT ..................................................................................................................... V
RESUMEN ........................................................................................................................ VI
LISTA DE FIGURAS ...................................................................................................... X
LISTA DE TABELAS ..................................................................................................... XI
LISTA DE QUADROS ................................................................................................... XII
LISTA DE SIGLAS ........................................................................................................ XIII
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................ 14
1.1 Descrição do problema................................................................................................ 15
1.2 Justificativa da pesquisa.............................................................................................. 16
1.3 Objetivos ..................................................................................................................... 16
1.3.1 Objetivo geral .......................................................................................................... 17
1.3.2 Objetivos específicos................................................................................................ 17
1.4 Metodologia ................................................................................................................ 18
1.5 Resultados esperados .................................................................................................. 18
1.6 Estrutura do trabalho.................................................................................................... 19
2 SUPORTE TEÓRICO.................................................................................................. 20
2.1 Espaço ......................................................................................................................... 21
2.1.1 Definições de Espaço ............................................................................................... 21
2.2 Espaço Hospitalar ....................................................................................................... 22
2.2.1 Definições de Espaço Hospitalar.............................................................................. 22
2.3 Unidades Funcionais ................................................................................................... 22
2.3.1 Definições de Unidade Funcionais........................................................................... 22
2.4 Farmácia Hospitalar .................................................................................................... 25
2.4.1 Definições de Farmácia Hospitalar........................................................................... 25
2.5 Farmacotécnica e Farmácia ......................................................................................... 28
VII
2.5.1 Definições de Farmacotécnica.................................................................................. 28
2.5.2 Definições de Farmácia............................................................................................. 30
2.6 Carros de Dispensação................................................................................................. 36
2.7 Infecção Hospitalar...................................................................................................... 37
3 SUPORTE PRÁTICO.................................................................................................. 39
3.1 Seleção das Instituições para efeito de diagnóstico..................................................... 39
3.2 Metodologia do levantamento de dados....................................................................... 40
3.3 Apresentação dos locais pesquisados........................................................................... 41
3.3.1 Hospital A................................................................................................................. 41
3.3.1.1 Farmácia Hospitalar do Hospital A........................................................................ 45
3.3.2 Hospital B................................................................................................................. 47
3.3.2.1 Farmácia Hospitalar do Hospital B........................................................................ 51
3.3.3 Resultados obtidos através do Levantamento de Dados........................................... 52
4 MODELO: CARROS – MEDICAMENTOS............................................................. 54
4.1 Sistema de Distribuição de Medicamentos.................................................................. 54
4.2 Modelo de Distribuição de Medicamentos através de Carros – Medicamentos.......... 55
4.3 Requisitos para o Funcionamento do Sistema de Carros – Medicamentos................. 59
4.4 Benefícios e Dificuldades............................................................................................ 59
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................... 61
5.1 Conclusão..................................................................................................................... 61
5.2 Recomendações............................................................................................................ 63
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 64
ANEXOS .......................................................................................................................... 71
ANEXO A – Carta de Solicitação de Visita e Entrevista.................................................. 71
ANEXO B – Questionário de Monografia sobre Farmácia Hospitalar............................. 72
ANEXO C – Padronização dos carros de emergência....................................................... 74
VIII
ANEXO D – Composição do carro de emergência fornecido pelo Hospital B................. 79
ANEXO E – Avaliação dos carros de emergência............................................................ 85
ANEXO F – Kits padronizados para cirurgias e anestesias fornecidos pelo Hospital B... 86
ANEXO G – Imagens dos carros - medicamentos ........................................................... 98
IX
LISTA DE FIGURAS
Figura 1: Organograma da estrutura do suporte teórico.................................................... 20
Figura 2: Diagrama das unidades funcionais das Instituições Hospitalares...................... 23
Figura 3: Organograma da farmácia hospitalar.................................................................. 27
Figura 4: Organograma da farmacotécnica........................................................................ 29
Figura 5: Sistema integrado de distribuição de medicamentos através de carros –
medicamentos.................................................................................................................... 58
X
LISTA DE TABELAS
Tabela 1: Atividades do Hospital A e o número de leitos de cada atividade..................... 43
Tabela 2: Atividades do Hospital B e o número de leitos de cada atividade...................... 49
XI
LISTA DE QUADROS
Quadro 1: Vantagens e desvantagens dos Sistemas de distribuição de medicamentos..... 34
XII
LISTA DE SIGLAS
ADT – Atendimento Domiciliar Terapêutico
CAF – Central de Abastecimento Farmacêutico
CME – Central de Material Esterilizado
CNEN - Comissão Nacional de Energia Nuclear
CPN – Centro de Parto Normal
CTI – Centro de Tratamento Intensivo
DML – Depósito de Material de Limpeza
EUA – Estados Unidos da América
RAM – Rádio Moldagem
RDC – Resolução de Diretoria Colegiada
SAC – Serviço de Atendimento ao Cliente
SAME – Serviço de Arquivamento Médico
SAS – Serviço de Assistência à Saúde
SDMDU – Sistema de Dispensação de Medicamentos em Dose Unitária
SND – Serviço de Nutrição e Dietética
SPP – Serviço de Prontuário do Paciente
SUS – Sistema Único de Saúde
UCO – Unidade de Tratamento Cardiovascular
UTI – Unidade de Tratamento Intensivo
UTQ – Unidade de Tratamento de Queimados
XIII
1 INTRODUÇÃO
Nos últimos tempos pode-se observar uma série de mudanças na área da saúde, que
permitem visualizar novos cenários dentro dos Hospitais. Observa-se uma necessidade de
reformular o conceito existente de gestão Hospitalar para que a unidade esteja apta a
receber as novas mudanças.
Qualquer processo de transformação, em qualquer área do conhecimento humano,
envolve a apresentação de propostas e relaciona novas maneiras de executar, com maior
eficiência e eficácia, as atividades analisadas.
A reorganização administrativa de uma instituição pode apresentar numa visão micro,
uma série de propostas para diversas áreas administrativas, propostas estas visando tão
somente otimizar determinados fluxos e procedimentos e/ou criar novas rotinas.
Para que haja mudança é necessário comprometimento e conscientização das lideranças
das organizações de que o homem é o principal agente de transformação.
Partindo-se do princípio de que todas as organizações, bem como seus ambientes, estão
continuamente em mudança, podendo elas próprias redefinir, mudar e influenciar seu
ambiente em causa própria, o processo de mudança é como se fosse um processo de
aprendizagem, em que a organização está ininterruptamente reavaliando seus processos
para detectar os pontos de acertos e os pontos em que foram cometidos desvios (Pereira,
2000).
A redução do espaço físico é uma das principais mudanças abordadas neste trabalho de
pesquisa, conceito este que é bastante citado na idéia de Hospital do Futuro, havendo uma
maior flexibilidade e adaptação dos espaços às necessidades.
A aplicação dos novos conceitos requer um novo desenho do edifício hospitalar,
colocando como condição prévia de projeto a discussão do modelo gerencial da futura
instituição de saúde.
O Modelo Gerencial pode ser definido como o conjunto de documentos que
caracterizam o gerenciamento dos recursos físicos, materiais, humanos e financeiros de
uma instituição, considerando sua identidade, seus aspectos jurídicos e sua localização
dentro do Sistema de Saúde (Gomez, 2003).
14
Com isso, observa-se a necessidade de adoção de uma logística diferenciada para que
haja uma otimização dos espaços existentes com um maior controle de custos.
O que se pretende neste trabalho é apresentar um sistema de distribuição de
medicamentos móvel e flexível visando à otimização dos espaços dentro dos hospitais,
além de melhorias no gerenciamento da Farmácia Hospitalar.
1.1 Descrição do Problema
Vários problemas na logística e, conseqüentemente, no gerenciamento do espaço
ocorrem em função da existência de várias micro-unidades subutilizadas ou até em excesso
dentro das Instituições Hospitalares.
Estas micro-unidades são caracterizadas como unidades de apoio para unidades
maiores, que muitas vezes ocupam espaços, que podem ser melhor utilizados para os
pacientes, visando o conforto assistencial. São exemplos destas micro-unidades os
depósitos de materiais de limpeza, os almoxarifados descentralizados, as rouparias, as
farmácias satélites, as copas, dentre outros.
Além do problema espacial, outros fatores interferem no bom gerenciamento do
Hospital, como os elevados gastos com equipamentos e recursos humanos, a falta de
controle e segurança dos materiais e medicamentos, a logística atrasada, a falta de
rotatividade de estoque e a falta de qualidade nos serviços prestados aos pacientes.
Os medicamentos e materiais correlatos farmacêuticos ocupam um dos maiores custos
em Hospitais e sistemas de saúde, sendo que seu gerenciamento correto representa uma
importante ferramenta de crescimento das Instituições Hospitalares. Este conveniente
gerenciamento das atividades de administração de materiais e de medicamentos em um
hospital representa diferencial de gestão e economia de recursos financeiros, os quais, na
maioria dos hospitais, são escassos (Bisson & Cavallini, 2002).
Dado este contexto teórico e a realidade em que se encontram as Instituições
Hospitalares, a pergunta da pesquisa é: Quais as vantagens para a Instituição Hospitalar em
se adotar uma logística diferenciada, reduzindo os espaços destinados aos ambientes de
apoio, centralizando-os e flexibilizando esta estrutura através de carros de transporte, dando
ênfase ao sistema de distribuição de medicamentos da farmácia hospitalar?
15
1.2 Justificativa da Pesquisa
O tema da pesquisa é muito atual pois entendemos que as organizações hospitalares
estão reformulando o conceito de gestão hospitalar. Novas formas de relação e de
funcionamento estão surgindo para os Hospitais, nos próximos tempos. A redução de
espaços dentro dos hospitais, principal tema abordado neste trabalho, é conseqüência de
uma melhor maneira de se adequar às necessidades, tendendo a uma evolução e mudança
em detrimento a uma rigidez e inflexibilidade interna existente.
As organizações procuram melhor se adaptarem às novas demandas do mercado e às
novas exigências dos clientes, o que exige novos modelos de organização para que, deste
modo, elas sobrevivam no atual cenário (Lopes, 2003).
Desta maneira, avaliar as vantagens e desvantagens de reduzir espaços, tornando-os
mais flexíveis dentro dos hospitais, mudando a logística atual e adequando as necessidades
de cada setor hospitalar são temas de grande importância.
Esperamos que estudos dessa natureza possam auxiliar as instituições através de uma
nova forma de pensar e compreender o gerenciamento dos espaços com uma logística
diferenciada, otimizando-os e flexibilizando-os.
Os estudos específicos sobre o tema - Otimização de espaços hospitalares e
flexibilização de ambientes de apoio através de carros de armazenamento e distribuição -
ainda são escassos, com pouca bibliografia. Por isso entendemos que este trabalho poderá
dar suporte para as instituições hospitalares no que diz respeito à logística e gerenciamento
de espaços.
1.3 Objetivos
Este trabalho tem os seguintes objetivos gerais e específicos:
1.3.1 Objetivo Geral
O presente trabalho tem como objetivo comparar e avaliar as vantagens e desvantagens
dos sistemas de armazenamento e distribuição de medicamentos existentes em duas
16
Instituições Hospitalares. A partir dos dados levantados, analisar as unidades centralizadas
e unidades descentralizadas, caracterizadas como unidades de apoio, além de avaliar a
flexibilização destes espaços, utilizando carros de transportes.
A estruturação e organização das Farmácias Hospitalares visando à geração de
melhorias quanto à otimização dos espaços e controle de custos dos estabelecimentos
hospitalares, é o principal foco deste trabalho.
Pretende-se pesquisar os sistemas de distribuição das farmácias visando dar suporte
teórico para a implementação de um sistema móvel e flexível de distribuição de
medicamentos, melhorando o gerenciamento do espaço. A revisão bibliográfica aborda as
definições de espaço, o conceito de espaço hospitalar, as características das unidades
funcionais, o conceito e funcionamento da farmácia hospitalar, finalizando com a área de
armazenamento e distribuição de medicamentos e os carros de dispensação. A identificação
das características dos sistemas de distribuição de medicamentos das farmácias é realizada
através de um levantamento de dados junto a funcionários e profissionais, com base na
descrição de um sistema móvel de distribuição de medicamentos, melhorando o
gerenciamento do espaço.
1.3.2 Objetivos Específicos
a- Adquirir uma noção atualizada do assunto através de revisão bibliográfica;
b- Realizar um levantamento de dados junto a profissionais da área de saúde,
principalmente profissionais da farmácia hospitalar, para identificar as
características do serviço, obtendo uma visão inicial do problema;
c- Comparar os sistemas de armazenagem e distribuição e as diferentes logísticas
hospitalares utilizadas no gerenciamento destes espaços;
d- Dar suporte teórico para a implementação de um modelo móvel e flexível de
distribuição de medicamentos, visando à otimização espacial.
17
1.4 Metodologia
O método de pesquisa escolhido é o Estudo Comparativo de Casos. Este método
envolve a escolha de mais de um caso a partir dos quais se realiza uma análise comparativa.
Foram escolhidos dois hospitais gerais de médio porte da cidade de Belo Horizonte. O
objetivo é o de maximizar as vantagens e desvantagens dos sistemas centralizado e
descentralizado das farmácias hospitalares das Instituições escolhidas procurando, assim,
oferecer uma conclusão acerca do fenômeno investigado.
A solução proposta neste trabalho tem como base a determinação de requisitos
fundamentais no conceito de espaço hospitalar com ênfase na logística e no gerenciamento
destes espaços. A farmácia hospitalar é o principal enfoque deste trabalho, pois é um órgão
de abrangência assistencial, técnico-científica e administrativa, onde se desenvolvem
atividades ligadas à produção, armazenamento, controle, dispensação e distribuição de
medicamentos e correlatos às unidades hospitalares. Para melhor abrangência do tema são
citados outros ambientes hospitalares de serviços, como os depósitos de materiais de
limpeza, os almoxarifados e as copas.
A revisão bibliográfica sobre o assunto é o passo inicial para o delineamento conceitual
do modelo a ser estudado. Segue-se a este uma busca de informações junto aos funcionários
e profissionais da área para identificação de seu conceito de qualidade em logística de
seleção ou planejamento, controle, compra, guarda e dispensação de medicamentos para
que se obtenha uma fundamentação prática para elaboração de um modelo de estruturação
do Serviço de Farmácia Hospitalar com foco na otimização espacial.
A coleta de dados relacionados ao conceito de qualidade do sistema de distribuição de
medicamentos de uma farmácia é desenvolvida, contribuindo para a descrição do modelo
móvel de dispensação da medicação aos pacientes.
1.5 Resultados Esperados
A partir da realização desta pesquisa, se esperam obter alguns resultados e constatações:
a- Os conceitos de logística e gerenciamento espacial são diferenciados em relação
aos profissionais farmacêuticos de cada Instituição;
18
b- Cada Instituição Hospitalar possui uma demanda diferenciada, exercendo
atividades diferenciadas, com isso espera-se resultados diversos com relação aos
ambientes de apoio;
c- A informatização das unidades é fundamental para o funcionamento adequado
do serviço de armazenagem e distribuição de medicamentos e,
conseqüentemente do controle destes medicamentos;
d- O interesse da gerência da Farmácia Hospitalar e acima de tudo da instância
superior têm papéis decisivos nas ações de mudanças e melhorias;
e- A mudança da logística da farmácia hospitalar implicará em mudança gerencial
de recursos humanos, custos e controle dentro das Instituições;
f- A importância da flexibilização espacial no ambiente hospitalar no conceito de
Hospital do Futuro;
g- Os carros de distribuição de medicamentos são equipamentos fundamentais para
o modelo proposto, porém, em alguns casos, não dispensam a utilização da
farmácia satélite.
1.6 Estrutura do Trabalho
O capítulo 1 refere-se à descrição do problema, justificativa, objetivos e metodologia
utilizada para a realização do trabalho.
O capítulo 2 trata do suporte teórico para a estruturação do trabalho.
No capítulo 3, serão apresentados os locais estudados, a metodologia de pesquisa para
diagnóstico dos conceitos de espaço hospitalar com ênfase na logística e no gerenciamento
das farmácias hospitalares, os resultados do levantamento de dados e a análise das
Instituições estudadas.
O capítulo 4 apresenta o conceito de sistema de distribuição, o modelo de distribuição
de medicamentos através dos carros – medicamentos, os requisitos necessários para o
funcionamento do sistema de distribuição e os benefícios e dificuldades de implantação do
sistema.
No capítulo 5 estão as conclusões e recomendações do trabalho realizado.
19
2 SUPORTE TEÓRICO
O suporte teórico apresenta o produto da revisão bibliográfica que serve como
fundamentação para a compreensão de alguns conceitos. O aperfeiçoamento se dá do geral
para o específico, partindo das definições de espaço, espaço hospitalar, passando pelas
características das unidades funcionais, detalhando uma dessas unidades funcionais de
apoio técnico, a farmácia hospitalar, chegando finalmente, à caracterização da área de
armazenamento e distribuição de medicamentos, com enfoque nos carros de dispensação. A
estrutura do capítulo está esquematizada no organograma da figura 1.
Figura 1: Organograma da estrutura do suporte teórico
(Fonte: o autor, 2005)
ESPAÇO
ESPAÇO HOSPITALAR
UNIDADES FUNCIONAIS
UNIDADE FUNCIONAL 5 – APOIO TÉCNICO: FARMÁCIA HOSPITALAR
FARMACOTÉCNICA FARMÁCIA
ÁREA PARA RECEPÇÃO E INSPEÇÃO
ÁREA PARA ARMAZENAGEM E CONTROLE
ÁREA DE DISTRIBUIÇÃO
CARROS DE DISPENSAÇÃO
20
2.1 Espaço
2.1.1 Definições de Espaço
Extensão indefinida; firmamento; extensão superficial limitada; extensão de tempo;
intervalo; decurso; demora; duração; peça com que se formam intervalos na composição
(Fernandes, 1993).
Schulz (1980) define o termo espaço como um volume definido pelas superfícies
limitantes das massas que o circundam. Isso implica que uma superfície pode atuar como
limite para massas e espaços.
Um espaço se torna arquitetônico quando é grande o suficiente para que uma pessoa
possa entrar nele. Um elemento – espaço passa a existir quando os intervalos entre as
superfícies limitantes ou massas circundantes adquirem caráter de figuras. Também se pode
definir um elemento – espaço em função do seu grau de fechamento. O grau de fechamento
de um espaço é determinado pelo número, tamanho e posição das aberturas nas superfícies
limitantes (Mahfuz, 1995).
Para Velloso, 2001:O espaço é um conceito necessário à definição de arquitetura.... Se queremos analisar a práxis da arquitetura, devemos pensar os problemas que envolvem a conformação do espaço. Sobre o conceito de espaço: obviamente, deixemos de lado os problemas relativos ao espaço enquanto forma primeira da percepção sensível, considerando aqui somente o espaço pensado como materialidade.
É importante mencionar que essa categoria função e suas subdivisões (fluxo, circulação,
hierarquia, modelo, zona, etc.) está tão arraigada na idéia mesma de espaço que se
transformou numa das idéias matrizes para a arquitetura – tanto quanto a necessidade de luz
– e assim, para todas as discussões ou proposições de projeto (Silva, 1994).
21
2.2 Espaço Hospitalar
2.2.1 Definições de Espaço Hospitalar
Na visão da arquitetura, espaço hospitalar é o ambiente ou local fisicamente
determinado e especializado para o desenvolvimento de determinadas atividades, visando o
cuidado ao paciente, caracterizado por dimensões e instalações.
Para Silva, 1994:“...a concepção do edifício hospitalar assim como do espaço resultante é organizado segundo uma especialização das áreas internas, baseada no agrupamento de atividades mais ou menos complementares que dizem respeito aos cuidados para com os pacientes. Esta maneira de organizar o espaço estabelece uma forte estruturação do mesmo a partir dos diferentes eixos de circulação... Esta maneira de pensar o hospital conduz à estandardização formal das soluções arquitetônicas que dissimula um raciocínio particular e caro à arquitetura: a idéia sobre o uso e sobre as atividades desenvolvidas no espaço, assim como que sobre as ”funções”.
2.3 Unidades Funcionais
2.3.1 Definições de Unidades Funcionais
A Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Vigilância Sanitária do Ministério da
Saúde, no uso de suas atribuições aprova a Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de
2002, que dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação,
elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde.
Segundo especificado nesta Resolução – RDC nº 50, unidade funcional é o conjunto de
atividades e sub-atividades pertencentes a uma mesma atribuição.
Os grupos de atividades de cada atribuição compõem unidades funcionais, que embora
com estreita conotação espacial, não constituem, por si só, unidades espaciais. São oito as
unidades funcionais que se desdobram em atividades e sub-atividades representadas na
figura 2.
22
Figura 2: Diagrama das Unidades funcionais das instituições hospitalares
(Fonte: RDC nº 50 Ministério da Saúde, 2002)
1-Prestação de atendimento eletivo de promoção e assistência à saúde em regime
ambulatorial e de hospital-dia - atenção à saúde incluindo atividades de promoção,
prevenção, vigilância à saúde da comunidade e atendimento a pacientes externos de
forma programada e continuada;
2-Prestação de atendimento imediato de assistência à saúde - atendimento a pacientes
externos em situações de sofrimento, sem risco de vida (urgência) ou com risco de
vida (emergência);
3-Prestação de atendimento de assistência à saúde em regime de internação -
atendimento a pacientes que necessitam de assistência direta programada por período
superior a 24 horas (pacientes internos);
1. ATEND. EM REGIME AMBULATORIAL E DE HOSPITAL-DIA2. ATENDIMENTO IMEDIATO3. ATEND. EM REGIME DE INTERNAÇÃO4. APOIO AO DIAGNÓSTICO E TERAPIA
7. APOIO ADMINISTRATIVO
5. APOIO TÉCNICO
8. APOIO LOGÍSTICO
6. ENSINO E PESQUISA
23
4-Prestação de atendimento de apoio ao diagnóstico e terapia - atendimento a pacientes
internos e externos em ações de apoio direto ao reconhecimento e recuperação do
estado da saúde (contato direto);
5-Prestação de serviços de apoio técnico - atendimento direto a assistência à saúde em
funções de apoio (contato indireto);
6-Formação e desenvolvimento de recursos humanos e de pesquisa - atendimento direta
ou indiretamente relacionado à atenção e assistência à saúde em funções de ensino e
pesquisa;
7-Prestação de serviços de apoio à gestão e execução administrativa - atendimento ao
estabelecimento em funções administrativas;
8-Prestação de serviços de apoio logístico - atendimento ao estabelecimento em funções
de suporte operacional.
As quatro primeiras são atribuições fim, isto é, constituem funções diretamente ligadas
à atenção e assistência à saúde. As quatro últimas são atribuições meio para o
desenvolvimento das primeiras e de si próprias.
As atividades da farmácia hospitalar correspondem à prestação de serviços de apoio
técnico, que inclui:
• receber e inspecionar produtos farmacêuticos;
• armazenar e controlar produtos farmacêuticos;
• distribuir produtos farmacêuticos;
• dispensar medicamentos;
• manipular, fracionar e reconstituir medicamentos;
• preparar e conservar misturas endovenosas (medicamentos);
• preparar nutrições parenterais;
• diluir quimioterápicos;
• diluir germicidas;
24
• realizar controle de qualidade;
• prestar informações sobre produtos farmacêuticos.
2.4 Unidade Funcional 5 – apoio técnico: Farmácia Hospitalar
2.4.1 Definições de Farmácia Hospitalar
Unidade destinada a programar, receber, estocar, preparar, controlar e distribuir
medicamentos ou afins e/ou manipular fórmulas magistrais e oficinais (RDC nº 50, 2002).
A Farmácia Hospitalar é um órgão de abrangência assistencial, técnico-científica e
administrativa, onde se desenvolvem atividades ligadas à produção, armazenamento,
controle, dispensação e distribuição de medicamentos e correlatos às unidades hospitalares.
É igualmente responsável pela orientação de pacientes internos e ambulatoriais, visando
sempre à eficácia da terapêutica, além da redução dos custos, voltando-se também para o
ensino e a pesquisa, propiciando assim um vasto campo de aprimoramento profissional.
Um Serviço de Farmácia em um hospital é o apoio clínico integrado, funcional e, que
está hierarquicamente, em um grupo de serviços que dependem diretamente da Direção
Central e estão em constante e estreita relação com sua administração.
A principal razão de ser da Farmácia é servir ao paciente, objetivando dispensar
medicações seguras e oportunas. Sua missão compreende tudo o que se refere ao
medicamento, desde sua seleção até sua dispensação, velando, a todo o momento, por sua
adequada utilização no plano assistencial, econômico, investigativo e docente. O
farmacêutico tem, portanto, uma importante função clínica, administrativa e de consulta.
Segundo Bisson & Cavallini, 2002 a farmácia hospitalar tem como principal função
garantir a qualidade de assistência prestada ao paciente por meio do uso seguro e racional
de medicamentos e correlatos, adequando sua aplicação à saúde individual e coletiva, nos
planos assistencial, preventivo, docente e investigativo, devendo, para tanto, contar com
farmacêuticos em número suficiente para o bom desempenho da assistência.
Nas atividades de assistência, é de competência da farmácia hospitalar:
25
1. Assumir a coordenação técnica nas discussões para seleção e aquisição de
medicamentos, germicidas e correlatos, garantindo sua qualidade e a eficácia da terapia
medicamentosa.
2. Cumprir normas e disposições gerais relativas a armazenamento, controle de estoque
e distribuição de medicamentos, correlatos, germicidas e materiais médico-hospitalares.
3. Estabelecer um sistema eficiente e seguro de dispensação para pacientes
ambulatoriais e internados, de acordo com as condições técnicas do hospital onde se
efetive.
4. Dispor do setor de farmacotécnica, composto de unidades para:
• manipulação de fórmulas magistrais e oficinais;
• manipulação e controle de antineoplásicos;
• preparo e diluição de germicidas;
• reconstituição de medicamentos, preparo de misturas intravenosas e de
nutrição parenteral;
• fracionamento de doses;
• análises e controles correspondentes;
• produção de medicamentos;
• outras atividades passíveis de serem realizadas segundo a constituição da
farmácia hospitalar e as características do hospital.
5. Elaborar manuais técnicos e formulários próprios.
6. Manter membro permanente nas comissões de sua competência, em especial:
• na comissão de farmácia e terapêutica ou de padronização de medicamentos;
• na comissão de licitação ou parecer técnico;
• na comissão de suporte nutricional.
7. Atuar na Central de Esterilização, para orientação de processos de desinfecção e
esterilização de materiais, podendo mesmo ser responsável pelo setor.
8. Participar dos estudos de ensaios clínicos e do programa de farmacovigilância do
hospital.
9. Exercer atividades formativas sobre materiais de sua competência, promovendo
cursos e palestras e criando um setor de informações de medicamentos, de acordo com
as condições do hospital.
26
10. Estimular a implantação e o desenvolvimento da farmácia clínica.
11. Exercer atividades de pesquisa, desenvolvimento e tecnologia farmacêuticos, no
preparo de medicamentos e germicidas.
A estrutura organizacional de uma Farmácia Hospitalar depende do tipo de atendimento
assistencial da instituição, do número de leitos, das atividades da farmácia e dos recursos
financeiros, materiais e humanos, disponíveis (Guia Básico para a Farmácia Hospitalar do
Ministério da Saúde, 1994).
A figura 3 mostra a organização de uma farmácia hospitalar.
Figura 3: Organograma da farmácia hospitalar.
(Fonte: Guia Básico para a Farmácia Hospitalar do Ministério da Saúde, 1994)
FARMÁCIA HOSPITALAR
Farmacotécnica Farmácia
Manipulação
Preparo e diluição de germicidas
Laboratório de controle de qualidade
Centro de informações sobre medicamentos
Limpeza e higienização de insumos
Preparação de quimioterápicos
Manipulação de nutrição parenteral
Recepção e Inspeção
Armazenagem e controle
Distribuição Dispensação
Matéria-prima (inflamáveis e não inflamáveis)
Material de embalagem e envase
Quarentena
Medicamentos (termolábeis,imunobiológicos e controlados
Materiais e artigos médicos descartáveis
Germicidas
Soluções parenterais
Correlatos
Ambulatório
Pronto-atendimento
Internação
UTI
UTQ
Centro Cirúrgico
Centro Obstétrico
CPN
Radioterapia e Quimioterapia
Diálise
27
2.5 Farmacotécnica e Farmácia
2.5.1 Definições de Farmacotécnica
É o setor ou seção da farmácia responsável pela atividade de manipular determinadas
preparações farmacêuticas.
De acordo com o Guia Básico para Farmácia Hospitalar do Ministério da Saúde (1994),
o desenvolvimento da tecnologia farmacêutica e, sobretudo, o crescente rigor nas
exigências de qualidade determina que a razão da existência da área de farmacotécnica no
hospital é, principalmente, a preparação de fórmulas não existentes no mercado e a
manipulação de germicidas, produtos estéreis e medicamentos em condições que garantam
a correta utilização das especialidades farmacêuticas produzidas pela indústria
farmacêutica. Conseqüentemente, as atividades da área de farmacotécnica compreendem a
produção e o controle de uma série de preparações normalizadas e extemporâneas, a
preparação de misturas intravenosas e de nutrição parenteral, além das operações de
fracionamento e diluição de produtos comerciais, para sua adequação aos sistemas de
distribuição do hospital e as necessidades de uso.
A finalidade da farmacotécnica é de contribuir com as demais áreas da farmácia
hospitalar para que esta cumpra sua missão de serviço clínico e colabore na assistência ao
paciente.
Os objetivos específicos da farmacotécnica no hospital são:
a- Proporcionar medicamentos com a qualidade aceitável, adaptados as
necessidades específicas da população que atende.
b- Desenvolver fórmulas de medicamentos e produtos de interesse estratégico e/ou
econômico para farmácia hospitalar e hospital.
c- Fracionar e/ou reenvasar os medicamentos elaborados pela indústria
farmacêutica a fim de racionalizar sua distribuição e administração.
d- Preparar, diluir e/ou reenvasar germicidas necessários para as ações de anti-
sepsia, limpeza, desinfecção e esterilização.
e- Garantir a qualidade dos produtos elaborados, manipulados, fracionados ou
reenvasados.
28
f- Manipular produtos estéreis, incluindo soluções de nutrição parenteral,
citostáticos e misturas intravenosas, nas condições preconizadas pelas Boas
Normas de Fabricação.
g- Contribuir na formação e reciclagem de pessoal auxiliar e outros farmacêuticos,
nesta área de conhecimento e tecnologia.
A seguir a estrutura da farmacotécnica.
Figura 4: Organograma da Farmacotécnica.
(Fonte: Guia Básico para a Farmácia Hospitalar do Ministério da Saúde, 1994)
PREPARAÇÕES NÃO – ESTÉREIS
LABORATÓRIO DE ANÁLISE E
CONTROLE DE QUALIDADE
PRODUÇÃO
PREPARAÇÕES ESTÉREIS PRODUÇÃO
COLÍRIOS
NUTRIÇÃO PARENTERAL
CITOSTÁTICOS
MISTURAS INTRAVENOSAS
FRACIONAMENTO
GERMICIDASDILUIÇÃO EPRODUÇÃO
FORMAS FARMACÊUTICASSÓLIDAS E SEMI
FORMAS FARMACÊUTICASLÍQUIDAS
29
2.5.2 Definições de Farmácia
De acordo com a Resolução RDC-50 do Ministério da Saúde (2002) a Farmácia
consiste nas áreas para recepção e inspeção, armazenagem e controle, distribuição e
dispensação, ou seja, Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF).
O Guia Básico de Farmácia Hospitalar do Ministério da Saúde (1994) define que a
Central de Abastecimento Farmacêutico tem como objetivo básico garantir a correta
conservação dos medicamentos, germicidas, correlatos e outros materiais adquiridos, dentro
de padrões e normas técnicas específicas, que venham assegurar as características e
qualidades necessárias à sua correta utilização.
A Central de Abastecimento Farmacêutico deve estar organizacionalmente dividida em:
recepção, armazenagem e distribuição. Os produtos devem ser recebidos conforme as
especificações padronizadas, de modo a garantir que o produto adquirido mantenha a
qualidade adequada. Quando da armazenagem, os produtos devem ser dispostos técnica e
racionalmente, garantindo sua inviolabilidade e conservação. A distribuição deve ser
efetuada de modo a permitir o atendimento correto, segundo o solicitado, verificando a
prioridade de entrega e a integridade dos produtos fornecidos.
Medicamentos, correlatos, produtos inflamáveis, radiofármacos e outros, necessitam de
condições específicas de armazenamento de acordo com suas características físico-
químicas, sendo conveniente à divisão em áreas isoladas:
• Área de armazenagem geral – onde são acondicionados as especialidades
farmacêuticas e outros produtos que não exigem condições especiais de
temperatura, luz e umidade. Esta área pode ser subdividida em vários espaços para
guardar, separadamente, soluções parenterais de grande volume, contrastes
radiológicos, soluções anti – sépticas, matérias – primas, material para envase,
correlatos e outros.
• Área de armazenagem de inflamáveis – exige paredes reforçadas e temperatura
controlada para evitar o risco de explosão.
• Área de armazenagem de termolábeis – onde são armazenados produtos sensíveis às
variações de temperatura utilizando equipamentos frigoríficos adequados às
30
necessidades locais e sistemas de segurança que incluem, rede alternativas de
energia e sistema de alarme.
• Área de armazenagem de psicotrópicos e entorpecentes – por serem produtos que
causam dependência física e psíquica, precisam ser armazenados com segurança em
áreas isoladas, ou em armários com fechadura.
• Área de armazenagem de radiofármacos – quando a farmácia se propõe a
acondicionar estes produtos, deve seguir as normas estabelecidas pela Comissão
Nacional de Energia Nuclear – CNEN.
Uma das atividades de maior impacto na farmácia é a distribuição e/ou a dispensação de
medicamentos. Quanto maior for a eficiência e eficácia do sistema de distribuição de
medicamentos e correlatos, maior contribuição será prestada para garantir o sucesso das
terapêuticas e profilaxias instauradas.
Os aspectos importantes para a racionalidade e eficácia do sistema de distribuição são:
o controle de estoque, a padronização, o envolvimento de recursos humanos treinados e
capacitados para o exercício das funções e o controle da qualidade de todos os processos
abordados. É de extrema importância que se consiga atender a todas as áreas do hospital
(Bisson & Cavallini, 2002).
Os objetivos de um sistema de dispensação de medicamentos segundo a Organização
Pan – Americana de Saúde são:
a- Reduzir erros de medicação – incorreta transcrição da prescrição, erros de via de
administração, erros de forma farmacêutica e falha no planejamento terapêutico.
b- Racionalização da distribuição – ou seja, facilitar a administração dos fármacos
por uma dispensação ordenada, segundo horários e pacientes, em condições
adequadas para a pronta administração dos medicamentos pela enfermagem.
c- Aumentar o controle dos medicamentos – para que o controle seja eficaz, é
preciso que o farmacêutico tenha acesso às informações sobre o paciente (idade,
peso, diagnóstico, medicamentos prescritos), o que permite melhor avaliação da
prescrição médica e monitorização da farmacoterapia. A informação detalhada
pode alertar para eventuais reações adversas, interações medicamentosas,
melhores horários de absorção de determinados medicamentos e, até mesmo,
para o não cumprimento do plano terapêutico.
31
d- Reduzir os custos com medicamentos – preconiza-se que a dispensação deva ser
diferenciada por paciente e para um período de 24 horas. Dessa forma, ocorrerá
naturalmente redução do custo do estoque, a diminuição dos gastos com doses
excedentes e a melhora do controle de estoque e faturamento.
e- Aumentar a segurança para os pacientes – a segurança só será obtida pelo
somatório dos itens anteriores: adequação da terapêutica, redução de erros,
racionalização da distribuição e aumento de controle de medicamentos e
materiais.
Os sistemas de dispensação de medicamentos são classificados como:
• coletivo;
• individualizado;
• dose unitária;
• misto (quando, no mesmo hospital, adota-se mais de um tipo de sistema)
No sistema de distribuição coletiva ou de estoque descentralizado por unidade
assistencial, a farmácia hospitalar é mero repassador de medicamentos em embalagens
originais segundo o solicitado pelo pessoal da enfermagem, ou segundo um estoque
mínimo e máximo para cada unidade solicitante. Assim, quem mais executa as atividades
de dispensação farmacêutica é a equipe de enfermagem, gastando cerca de 15 a 25% do seu
tempo na armazenagem e preparo de medicamentos. Ocorre alto custo de estocagem,
grande perda por caducidade e/ou má armazenagem, aumento da incidência de erros de
medicação, incremento da possibilidade de contaminações e facilidade para desvios.
O sistema de distribuição de medicamentos por prescrição individualizada pode ser
efetuado de duas maneiras, através da transcrição da prescrição médica ou de cópia da
mesma. Na primeira, tem-se a possibilidade de erros de transcrição, prescrições adulteradas
e outros. Com a transcrição estabelecida pela cópia, da transcrição médica, esses erros são
minimizados. O fornecimento de medicamentos individualizados por paciente não
determina a diminuição do tempo de preparo de doses, erros de administração, perdas por
deterioração e desvios.
32
Relatos afirmam que este sistema, contraposto ao de dose unitária, permite um estoque
desnecessário em unidades de internação, em torno de 25%.
Mesmo que a redução do problema seja parcial para a realidade brasileira, a
implantação deste sistema já é um grande avanço.
Sistema de distribuição por dose unitária (SDMDU) é o sistema que tem os
medicamentos contidos em embalagens unitárias, dispostos conforme o horário de
administração e prontos para serem utilizados segundo a prescrição médica,
individualizados e identificados para cada paciente. A implantação do SDMDU é
justificada pela:
• Redução da incidência de erros da medicação;
• Diminuição do tempo utilizado pelo pessoal da enfermagem para
armazenagem e preparo de medicamentos, com a conseqüente elevação da
qualidade assistencial;
• Economia de custos em atividades relacionadas aos medicamentos;
• Redução de estoques nas unidades assistenciais e das perdas relativas à
caducidade, falta de identificação de medicamentos e redução de desvios;
• Melhor controle e racionalização na utilização de medicamentos, através de
monitorização da terapêutica;
• Otimização da higiene e organização do sistema de distribuição, prevenindo
possíveis contaminações e alterações;
• Grande adaptabilidade a sistemas automatizados e computadorizados;
• Garantia da utilização do medicamento certo, na dose certa, na hora certa,
segundo a prescrição médica.
Na implementação do SDMDU, faz-se necessária à adoção de providências que
coloquem a disposição das unidades de internação, medicamentos para urgências. Deve-se
elaborar uma listagem com quantidades máximas e mínimas de medicamentos selecionados
para tal fim, bem como a forma de controle e reposição.
De acordo com o Guia Básico para Farmácia Hospitalar (1994), a distribuição de
correlatos pode estar incluída nas atividades do setor de dispensação ou da Central de
33
Abastecimento Farmacêutico, segundo a realidade de cada instituição. A distribuição pode
ser realizada, segundo os sistemas acima descritos para os medicamentos.
A seguir estão descritas as vantagens e desvantagens dos sistemas de distribuição de
medicamentos mencionados no texto.
Sistemas de distribuição de
medicamentos
Vantagens Desvantagens
Dose Coletiva Rápida disponibilidade de
medicamentos na unidade
assistencial; mínimas
atividades de devolução à
farmácia; redução das
atividades de recursos
humanos e de infra –
estrutura da farmácia
hospitalar; mínima espera na
execução das prescrições;
ausência de investimento
inicial.
Aumento potencial de erros
de medicação; perdas
econômicas devido à falta de
controle; aumento de
estoque de medicamentos
nas farmácias central e
satélites; incremento das
atividades do pessoal da
enfermagem; facilidade de
acesso aos medicamentos
por qualquer pessoa; falta de
segurança; difícil integração
do farmacêutico à equipe de
saúde. Dose Individualizada Diminuição dos estoques
nas unidades assistenciais;
redução de erros de
medicação; facilidade para
devoluções à farmácia;
redução do tempo do
pessoal da enfermagem nas
atividades com
medicamentos; redução de
custos; controle mais
Aumento das necessidades
de recursos humanos e infra
– estrutura na farmácia
hospitalar; exigência de
investimento inicial;
incremento das atividades
desenvolvidas pela farmácia;
necessidade de plantão na
farmácia; permite ainda
erros de medicação; na
34
efetivo; aumento da
integração do farmacêutico
com a equipe de saúde.
permite controle total sobre
as perdas econômicas.
Dose Unitária Redução de estoque nas
unidades assistenciais ao
mínimo necessário;
diminuição drástica de erros
de medicação; otimização
das devoluções à farmácia;
redução do tempo do
pessoal da enfermagem
dedicado ao preparo dos
medicamentos; rapidez na
administração dos
medicamentos; promoção do
acompanhamento de
pacientes; controle efetivo
do estoque; integração do
farmacêutico com a equipe
de saúde; oferta de
medicamentos em doses
organizadas e higiênicas;
aumento da segurança do
médico; otimização da
qualidade assistencial.
Aumento das necessidades
de recursos humanos e infra
– estrutura da farmácia
hospitalar; exigência de
investimento inicial;
incremento das atividades
desenvolvidas pela farmácia;
aquisição de materiais e
equipamentos
especializados.
Quadro 1: Vantagens e desvantagens dos sistemas de distribuição de medicamentos da
Farmácia Hospitalar.
(Fonte: Guia Básico para a Farmácia Hospitalar do Ministério da Saúde, 1994)
Alguns fatores influenciam na distribuição de medicamentos, como a estrutura
organizacional e física do Hospital, uma vez que delimita as condições do sistema de
35
distribuição de medicamentos. É necessário analisar a qualificação do corpo funcional, suas
competências e as funções que desempenham. Dependendo destas características, o sistema
de distribuição de medicamentos estará condicionado a necessidade de evitar gastos
supérfluos, e também, para obter uma melhor assistência à saúde, assegurando o uso
racional dos medicamentos e um controle farmacoterapêutico dos mesmos (Cipriano et al,
2001).
Com relação à estrutura física é importante observar o porte do estabelecimento,
podendo ser de pequeno, médio ou grande porte.
O sistema de distribuição de medicamentos também é influenciado pelo tipo de
assistência prestada pelo Hospital. É importante observar a especialidade e a complexidade
da instituição, podendo variar de acordo com os serviços oferecidos ao paciente.
2.6 Carros de Dispensação
2.6.1 Definições de Carros de Dispensação
Os carros de dispensação são mobiliários que transportam gaveteiros com
medicamentos para as diversas unidades hospitalares. Devido à especificidade de cada setor
do Hospital, os carros de dispensação de medicamentos se diferem quanto ao
funcionamento, design, estrutura, logística, e, principalmente, quanto aos medicamentos
que serão dispensados.
Nos últimos anos, os hospitais têm modernizado os seus sistemas de trabalho,
introduzindo novas tecnologias que visam a sua racionalização, economia de mão-de-obra,
melhor relação custo-beneficio, buscando a melhoria contínua da qualidade na prestação de
serviços (Cipriano et al, 2001).
Segundo Karman (2005), o primórdio da “dispensação racional” acontece nos EUA,
com carros de dispensação, especificamente de psicotrópicos, estacionados em Unidades de
Internação, onde as pessoas autorizadas, médicos e enfermagem, digitam uma senha, os
dados pessoais e os dados referentes ao fármaco retirado, obrigatoriamente um profissional
e uma testemunha, os dados são transmitidos para a central farmacêutica para controle do
estoque.
36
Atualmente, a farmácia hospitalar pode contar com utilização de um sistema móvel
integrado de distribuição de medicamentos para os diversos setores do estabelecimento
hospitalar. A automação e a informática aperfeiçoaram o sistema.
Os carros de dispensação são abastecidos em quantidade equivalente ao número de
leitos da unidade hospitalar. Cada gaveta (bin) corresponde a um paciente (Anexo G).
2.7 Infecção Hospitalar
Burton (1992) define infecção hospitalar como qualquer processo infeccioso que se
manifesta quando da permanência do paciente no hospital ou que pode ser relacionado à
hospitalização.
A infecção hospitalar se apresenta como resultado, obviamente não desejado, da
atenção à saúde em um hospital. Além de suas sérias implicações na saúde do paciente,
aumentam de maneira significativa os custos e as responsabilidades para as instituições
hospitalares (M., 2005).
O controle da infecção passa a ser uma profissão bem definida no setor de atenção à
saúde e de fundamental importância.
Os serviços de farmácia apresentam condições específicas para o controle de infecção
hospitalar, conforme descreve Bolick et al (2000) a seguir:Os serviços de farmácia costumam fazer parte dos programas de prevenção das doenças e educação das equipes, embora sejam responsabilidades muito além das tarefas básicas de preparar e dispensar fármacos estéreis. Na verdade, as medidas tradicionais de controle de infecção, que têm como objetivo evitar a transmissão dos microrganismos patógenos entre os pacientes e membros da equipe, são consideradas irrelevantes nos ambientes controlados de um serviço de farmácia.Evidentemente, o principal problema do serviço de farmácia é evitar a contaminação dos medicamentos.A proliferação microbiana aumenta com o tempo. Assim, quanto mais tempo uma solução intravenosa ficar guardada, maiores as chances de contaminação microbiana. Isso explica porque as soluções intravenosas devem ser preparadas de acordo com a necessidade e administradas ao paciente logo que possível (em geral, dentro de 24 horas após a preparação), a menos que sejam armazenadas sob refrigeração. Os produtos preparados para uso subseqüente podem exigir técnicas rigorosas de preparação para assegurar sua assepsia e, em geral, são refrigerados e congelados.
A redução do risco de infecção hospitalar na farmácia, no sentido de evitar a
contaminação dos produtos estéreis, é possível com o armazenamento apropriado e assepsia
do ambiente e equipamentos.
37
A prevenção das infecções começa com o armazenamento correto dos medicamentos,
considerando condições como a temperatura, iluminação, grau de umidade e ventilação. O
acesso à área de armazenagem deve ser limitado para reduzir o tráfego desnecessário de
pessoas.
Dessa forma, segundo Gomez, 2003:A arquitetura hospitala vem-se ocupando em dar respostas de ordem física às questões da assistência médico-hospitalar. Conforme avançam a medicina, os conceitos de assepsia e os métodos de diagnóstico e tratamento, o desenho dos hospitais vai-se modificando até encontrar um caminho funcionalista.Esta compreensão desencadeia um processo de simplificação do desenho, pela compreensão de um novo papel do ambiente físico relativo ao controle de infecção hospitalar: o de criar facilidades para que as condutas de higienização possam efetivar-se. Por outro lado, esta visão possibilita soluções gerenciais e arquitetônicas mais simples e econômicas.
A assepsia do ambiente é muito importante e os membros da equipe que preparam e
dispensam produtos estéreis devem ser cuidadosamente treinados e sua técnica asséptica
deve ser avaliada a intervalos periódicos.
Como alguns microrganismos podem sobreviver por longos períodos, as superfícies dos
ambientes, como os carros de dispensação devem ser cuidadosamente limpos e
desinfectados, uma vez que transitam pelos diversos setores do hospital. A equipe de
controle de infecção hospitalar deve certificar-se de que a instituição segue procedimentos
adequados durante a assistência, limpeza e desinfecção rotineiras das superfícies dos
ambientes e equipamentos.
3 SUPORTE PRÁTICO
38
Com a finalidade de entender o funcionamento das farmácias hospitalares e buscar as
vantagens e desvantagens dos sistemas utilizados nas Instituições, pretende-se realizar um
levantamento de dados junto a dois hospitais gerais da cidade de Belo Horizonte. A seguir,
são apresentados os critérios de seleção das organizações hospitalares, a metodologia de
coleta de dados utilizada, uma breve descrição dos hospitais selecionados e os resultados
obtidos através do levantamento realizado junto aos profissionais. Ao final, procede-se a
análise conjunta dos dois hospitais quanto ao suporte prático.
Segundo Polit & Hungler (1999) o propósito do estudo exploratório é observar,
descrever e documentar aspectos de uma situação ou a maneira como ela ocorre
naturalmente (apud Silva, 2003, p. 24).
O estudo de caso é adequado para esta pesquisa pois possibilita responder as questões
que se propõe entender, ou seja, conhecer o funcionamento das farmácias hospitalares e
demais ambientes de serviços dos hospitais a fim de analisar as vantagens e desvantagens
da logística utilizada em cada instituição, visando a melhor forma de gerenciar os espaços.
3.1 Seleção das Instituições para Efeito de Diagnóstico
As Instituições selecionadas, para efeito de diagnóstico, seguem alguns critérios como:
• O porte da instituição pesquisada, ambos os Hospitais pesquisados são de
médio porte;
• A atenção em clínicas básicas e especializadas;
• O número de leitos existentes no Pronto - Atendimento, no Centro de
Tratamento Intensivo, na Internação Geral e o número de salas no Centro
Cirúrgico, uma vez que a farmácia atende prioritariamente estes setores;
• O número de atendimentos médios mensais nos serviços de Pronto-
Atendimento, Cirurgia e exames de apoio ao diagnóstico;
• O interesse dos Hospitais em ajudar a pesquisa;
• Facilidade de acesso pelo pesquisador.
3.2 Metodologia do Levantamento de Dados
39
A coleta de dados é realizada nos meses de março a junho de 2005, tendo como foco o
sistema de distribuição de medicamentos de duas farmácias hospitalares, assim como a
logística do funcionamento e o bom gerenciamento do espaço.
O estudo desenvolve-se em etapas, sendo que para cada uma corresponde uma técnica
diferenciada de coleta de dados como entrevistas através de questionários, observação não
-participante e análise de documentos desenvolvidos pela equipe hospitalar cedidos pelos
Hospitais.
A elaboração dos questionários é realizada com base na experiência de 1 Farmacêutico,
1 Administrador Hospitalar e 1 Arquiteto (Anexo B).
A primeira etapa se consolida com a análise dos documentos desenvolvidos pela equipe
hospitalar que são cedidos pelos Hospitais com o intuito de fornecer dados estatísticos das
Instituições e complementar os dados pesquisados. Esta análise possibilita uma visão geral
das situações de cada hospital.
A segunda etapa é a realização de uma entrevista estruturada seguindo um roteiro que
possibilita o pesquisador aplicar um questionário elaborado com perguntas abertas e diretas
(Anexo B). A pesquisa é feita com os farmacêuticos responsáveis das Farmácias
Hospitalares dos dois Hospitais pesquisados.
Na terceira etapa realizam-se observações não-participantes e visitas guiadas pelos
setores onde atua a farmácia hospitalar, tendo como foco a dispensação e administração dos
medicamentos e os locais onde estes são armazenados.
A observação não-participante e direta obedece ao método de coleta de dados onde o
observador não intervém tentando provocar ou mudar o comportamento do sujeito
participante (Lo Biondo-Wood, 2001).
A quarta etapa é composta de entrevistas semi-estruturadas junto a profissionais de
diversas áreas de atuação na assistência hospitalar. Os profissionais são escolhidos de
acordo com os setores de atuação, sobre o qual a farmácia hospitalar tem papel fundamental
para a dispensação de medicamentos, como a unidade de pronto-atendimento, o centro
cirúrgico e o centro de tratamento intensivo.
3.3 Apresentação dos Locais Pesquisados
40
Para a pesquisa foram escolhidos dois Hospitais Gerais da cidade de Belo Horizonte.
São apresentadas a seguir as características dos dois Hospitais pesquisados, Hospital A
e Hospital B, bem como as farmácias hospitalares de cada instituição e seus sistemas de
distribuição de medicamentos e correlatos, finalizando com uma análise conjunta dos
resultados obtidos.
3.3.1 Hospital A
Hospital A é um hospital geral, filantrópico, de médio porte, com 184 leitos e 860
funcionários, possuindo uma área construída de 17.000m², implantado em um terreno de
12.800m².
As atividades exercidas pelo estabelecimento, os horários e os dias por semana estão
descritos abaixo:
Unidades de Serviços Especializados:
1. Ambulatório: 24 horas, sete dias da semana.
2. Internação: 24 horas, sete dias da semana.
3. Bloco Cirúrgico: 24 horas, sete dias da semana.
4. Enfermagem: 24 horas, sete dias da semana.
5. Consultórios: 6:00 às 18:00 horas, cinco dias da semana
6. UTI: 24 horas, sete dias da semana.
7. Isolamento: 24 horas, sete dias da semana.
8. Pronto-Atendimento: 24 horas, sete dias da semana.
Unidades de Apoio ao Diagnóstico:
1. Laboratório: 24 horas, sete dias da semana.
2. Anatomia Patológica: 8:00 às 19:00 horas, sete dias da semana.
3. Radioterapia: 6:30 às 18:30 horas, cinco dias da semana.
4. Oncologia: 8:00 às 17:30 horas, cinco dias da semana.
5. RAM (Rádio Moldagem): 24 horas, sete dias da semana.
6. Imagenologia: 8:00 às 18:00 horas, cinco dias da semana.
7. Serviço Social: 8:00 às 18:00 horas, cinco dias da semana.
41
8. Banco de Sangue: 24 horas, sete dias da semana.
Unidades de Apoio Técnico:
1. Serviço de Nutrição e Dietética: 6:00 às 22:00 horas, sete dias da semana.
2. Farmácia Hospitalar: 24 horas, sete dias da semana.
3. Central de Material Esterilizado (CME): 24 horas, sete dias da semana.
Unidades de Apoio Administrativo:
1. Tesouraria: 7:00 às 19:00 horas, sete dias da semana.
2. Recursos Humanos: 8:00 às 18:00 horas, cinco dias da semana.
3. Relações Públicas: 8:00 às 18:00 horas, cinco dias da semana.
4. SPP: 24 horas, sete dias da semana.
5. SAC: 7:00 às 17:00 horas, cinco dias da semana.
6. Arquivo Médico: 24 horas, sete dias da semana.
Unidades de Apoio Logístico:
1. Almoxarifado: 7:00 às 18:00 horas, cinco dias da semana.
2. Processamento de Roupas (Lavanderia): 24 horas, sete dias da semana.
3. Engenharia e Manutenção: 24 horas, sete dias da semana.
O Hospital A possui um total de 184 leitos divididos conforme Tabela abaixo:
42
ATIVIDADE NÚMERO DE LEITOS1. Ambulatório 812. Apartamentos 613. RAM (Rádio Moldagem) 64. Isolado 25. CTI 146. UCO 67. Pediatria 6
TOTAL 184
Tabela 1: Atividades do Hospital A e o número de leitos de cada atividade
O número de atendimentos médios mensais das respectivas atividades e especialidades
estão descritos a seguir:
Bloco Cirúrgico:
• Cirurgias pequenas – 91
• Cirurgias médias – 193
• Cirurgias grandes – 136
• Cirurgias ambulatoriais – 71
Pronto – Atendimento:
• Clínica Médica – 301
• Ortopedia – 31
• Cirurgia geral – 13
Tratamentos:
• Radioterapia – 77
• Quimioterapia – 35
Consultórios:
• Ambulatório – 1.844
Exames:
• Endoscopia – 28
• Citoscopia – 8
• Eletrocardiograma – 21
43
• Tomografia – 152
• Ultra-sonografia – 135
• Ecocardiograma – 216
• Anatomia Patológica – 955
• Citopatologia – 4426
• Medicina Nuclear – 64
• Raio X – 41
• Mamografia – 36
Distribuição espacial do Hospital A:
O Hospital possui uma arquitetura horizontal e é composto por 5 pavimentos. No 1º
pavimento estão localizados as enfermarias e os apartamentos, o Hospital divide a sua área
de internação em 6 postos. Os postos 1 e 2 são constituídos de 19 enfermarias para
atendimento do SUS (Sistema Único de Saúde), sendo estes ocupados basicamente por
pacientes submetidos a tratamentos oncológicos, incluindo radioterapia e quimioterapia.
Os postos 3 e 4 dispõem de 12 enfermarias e 10 apartamentos para atendimento de
convênio. Nos 25 apartamentos do posto 5 e nos 28 apartamentos do posto 6, os pacientes
estão internados para tratamentos diversos, incluindo radioterapia e quimioterapia. Existem
4 quartos destinados a radiomoldagem, onde pacientes recebem doses controladas de
radiação.
No 1º pavimento ainda se localiza o Leito-dia, onde ficam os pacientes submetidos a
pequenos procedimentos cirúrgicos.
No pavimento térreo estão localizadas a Administração, o Pronto – Atendimento, para
onde são levadas as pessoas que necessitam de atendimento imediato, os Consultórios que
atendem nas áreas de citoscopia, oftalmologia, cardiologia, ginecologia, endoscopia,
fisioterapia entre outros. O bloco cirúrgico dispõe de 6 salas de cirurgia, 1 farmácia satélite,
1 depósito de material de limpeza e 1 sala de recuperação. A central de material esterilizado
e a Unidade de Tratamento Cardiovascular (UCO) estão localizadas ainda no pavimento
térreo. O CTI do Hospital A conta com 14 leitos, sendo 3 específicos para pacientes em
44
isolamento, e com 1 farmácia satélite. A clínica de dor atende pacientes com dores
crônicas e o laboratório realiza análises patológicas em amostras de sangue, urina e fezes de
pacientes.
No 1º subsolo se localizam os serviços de quimioterapia, radioterapia, hemodinâmica,
medicina nuclear, tomografia computadorizada, anatomia patológica, farmácia central,
vestiários, velório, agência transfusional, raio-X, ecocardiograma, rouparia, refeitório,
serviço de nutrição e dietética, manutenção e pronto – atendimento que atende o SUS.
O 2º subsolo possui apenas unidades administrativas e o 3º subsolo é gerenciado por
uma Faculdade.
3.3.1.1 Farmácia Hospitalar do Hospital A
O Hospital possui uma farmácia central localizada no 1º subsolo, como dito
anteriormente, e 3 farmácias satélites distribuídas no Centro Cirúrgico, na Internação e no
Centro de Tratamento Intensivo (CTI).
A farmácia é composta por sala administrativa, área de recepção e inspeção, área de
manipulação (farmacotécnica), área de dispensação, sala de preparo e diluição de
germicidas, sala de assepsia de embalagens, sala de preparação de quimioterápicos e central
de armazenamento de medicamentos e materiais correlatos (CAF). A área de distribuição
pertence a cada farmácia satélite, por se localizarem dentro dos setores.
Uma farmacêutica é a responsável pela farmácia que possui no total 30 funcionários,
sendo 2 auxiliares administrativos, 23 auxiliares de farmácia e 4 contínuos (aprendizes).
A farmácia funciona 24 horas e atende a todos os setores do hospital por horário. A
rotina de funcionamento é feita da seguinte forma, o médico prescreve no posto de
enfermagem → a enfermagem transcreve e encaminha a cópia da prescrição → a farmácia
separa os materiais/medicamentos para 24 horas → a enfermagem recebe e administra.
Este sistema descrito acima é o sistema de distribuição de medicamentos por dose
individualizada, que no Hospital A é feita por horário (de 2 em 2 horas). Uma das
vantagens deste sistema de dose individualizada é a redução das devoluções de
45
medicamentos que antigamente chegava a 30% e hoje se tem 1% de produtos devolvidos.
Isso porque os medicamentos são ministrados e dispensados por horário.
A farmácia conta com um sistema de dispensação de medicamentos e materiais
correlatos informatizado, o que facilita o controle. Os medicamentos prescritos pelo médico
para determinado paciente são lançados em sua conta através de código de barras. As
devoluções dos medicamentos não utilizados são registradas no computador e o erro de
desvio de produtos é reduzido drasticamente, conforme relatado pela farmacêutica
responsável. Porém, a prescrição médica ainda é feita manualmente em papel carbonado.
A farmácia do Hospital A possui um sistema descentralizado de armazenagem de
produtos, onde maior parte de seu estoque fica na central e as farmácias satélites atuam
como intermediárias no processo de dispensação, abrigando os medicamentos de urgência e
os produtos que serão encaminhados aos pacientes em 48 horas, além de estarem em
contato direto com os médicos e enfermeiros. A farmácia não possui ligação com o
almoxarifado geral do hospital.
A distribuição de medicamentos e materiais é feita por meio de carros de dispensação
que saem da farmácia central, abastecem as farmácias satélites para 48 horas e retornam à
central. Segundo a farmacêutica responsável, estes carros de dispensação são muito antigos
e falta infra-estrutura para um bom funcionamento da farmácia.
3.3.2 Hospital B
O Hospital B é um hospital geral da previdência privada, de médio porte, com 109
leitos e 891 funcionários, possuindo uma área construída de 10.439m², implantado em um
terreno de 16.398m².
46
As atividades exercidas pelo estabelecimento, os horários e os dias por semana estão
descritos abaixo:
Unidades de Serviços Especializados:
1. Ambulatório: 15 horas, cinco dias da semana.
2. Internação: 24 horas, sete dias da semana.
3. Enfermagem: 24 horas, sete dias da semana.
4. UTI: 24 horas, sete dias da semana.
5. Pronto-Atendimento: 24 horas, sete dias da semana.
6. Bloco Cirúrgico: 12 horas, cinco dias da semana e final de semana – urgência.
7. Hospital-Dia: 12 horas, cinco dias da semana.
8. ADT – Atendimento Domiciliar Terapêutico: 12 horas, cinco dias da semana.
9. Centro de Doenças Transmissíveis: 8 horas, cinco dias da semana.
10. Clínica da mão: 12 horas, cinco dias da semana.
Unidades de Apoio ao Diagnóstico:
1. Laboratório: 24 horas, sete dias da semana.
2. Laboratório Industrial: 12 horas, cinco dias da semana.
3. Laboratório de Citopatologia: 12 horas, cinco dias da semana.
4. Quimioterapia: 12 horas, cinco dias da semana.
5. Diagnóstico por Imagem: 13 horas, cinco dias da semana.
6. Radiologia: 24 horas, sete dias da semana.
7. Serviço Social: 9 horas, cinco dias da semana.
8. Banco de Sangue: 24 horas, sete dias da semana.
9. Fisioterapia Motora e Respiratória: 12 horas, cinco dias da semana.
10. Endoscopia Digestiva: 12 horas, cinco dias da semana.
11. Serviços de Métodos Gráficos: 12 horas, cinco dias da semana.
12. Puericultura: 12 horas, cinco dias da semana.
Unidades de Apoio Técnico:
1. Serviço de Nutrição e Dietética: 24 horas, sete dias da semana.
47
2. Farmácia Hospitalar: 24 horas, sete dias da semana.
3. Central de Material Esterilizado (CME): 24 horas, sete dias da semana.
Unidades de Apoio Administrativo:
1. Faturamento: 12 horas, cinco dias da semana.
2. Licitação: 8 horas, cinco dias da semana.
3. Orçamentos e Finanças: 8 horas, cinco dias da semana.
4. Secretaria: 8 horas, cinco dias da semana.
5. Centro de Processamento de Dados: 8 horas, cinco dias da semana.
6. Recursos Humanos: 8 horas, cinco dias da semana.
7. Desenvolvimento Organizacional: 8 horas, cinco dias da semana.
8. SAS: 10 horas, cinco dias da semana.
9. SAC: 8 horas, cinco dias da semana.
10. Central de Controle de Infecção Hospitalar: 8 horas, cinco dias da semana.
11. Arquivo Médico: 24 horas, sete dias da semana.
12. Supervisão Médica: 12 horas, cinco dias da semana.
13. Auditoria Médica: 8 horas, cinco dias da semana.
14. Patrimônio: 8 horas, cinco dias da semana.
Unidades de Apoio Logístico:
1. Almoxarifado: 8 horas, cinco dias da semana.
2. Processamento de Roupas (Lavanderia): 24 horas, sete dias da semana.
3. Manutenção de Equipamentos: 12 horas, cinco dias da semana.
4. Manutenção de Obras: 8 horas, cinco dias da semana.
5. Transporte: 24 horas, sete dias da semana.
6. Segurança: 24 horas, sete dias da semana.
O Hospital B possui um total de 109 leitos divididos conforme Tabela abaixo:
ATIVIDADE NÚMERO DE LEITOS1. Pronto – Atendimento 15
48
2. Apartamentos 163. Ala Feminina 264. Ala Masculina 305. CTI 76. Pediatria 15
TOTAL 109
Tabela 2: Atividades do Hospital B e o número de leitos de cada atividade.
O número de atendimentos médios mensais das respectivas atividades e especialidades
estão descritos a seguir:
Internações:
• Gerais – 350
Bloco Cirúrgico:
• Cirurgias – 217
Pronto – Atendimento:
• Adulto – 4.012
• Pediátrico - 381
Tratamentos:
• Quimioterapia – 71
Consultórios:
• Ambulatório – 19.861
Exames:
• Apoio ao Diagnóstico – 5.568
Distribuição espacial do Hospital B:
O Hospital possui uma arquitetura horizontal, é composto por 4 pavimentos, subsolo,
térreo, 1º e 2º pavimentos e um prédio anexo. No subsolo estão localizados alguns serviços
de apoio logístico como a lavanderia e o almoxarifado. O serviço de nutrição e dietética do
49
hospital, considerado de apoio técnico, também se encontra neste pavimento. Dentre os
serviços de atendimento aos pacientes externos estão o Pronto-Atendimento, o serviço de
fisioterapia e a Puericultura e Profilaxia. Alguns setores administrativos, o velório e o SAS
ainda estão localizados no subsolo, que é composto por um jardim e um pátio externo.
A maioria dos serviços administrativos, a diretoria, o SAME e o centro de estudos estão
no pavimento térreo. Este pavimento abriga grande parte dos serviços de apoio ao
diagnóstico, como o Raio-X, o laboratório de patologia clínica, o laboratório industrial, o
laboratório de manipulação e misturas intravenosas e a endoscopia digestiva. A central de
material esterilizado, considerada apoio técnico também se localiza neste andar, além do
bloco cirúrgico com 5 salas de cirurgia e o ambulatório. Existe uma agência bancária no
pavimento térreo.
No 1º pavimento estão concentradas as internações, têm-se as alas feminina e
masculina, com leitos de enfermaria e os apartamentos. O centro de tratamento intensivo
também se localiza neste andar. Os serviços existentes são a Farmácia Hospitalar, o
laboratório de citopatologia, a sala de administração de quimioterápicos e a chefia de
enfermagem.
O 2º pavimento é onde se localiza o setor pediátrico do Hospital B e no prédio anexo
encontram-se setores administrativos e a farmácia ambulatorial.
3.3.2.1 Farmácia Hospitalar do Hospital B
O Hospital possui uma farmácia central no 1º pavimento e 3 farmácias satélites
localizadas no Centro Cirúrgico, no Centro de Tratamento Intensivo (CTI) e no Pronto-
Atendimento.
50
A farmácia é composta por área administrativa, área de recepção e inspeção, área de
dispensação, sala de preparo e diluição de germicidas, central de misturas intravenosas,
quimioterápicos e injetáveis, sala de manipulação de medicamentos (farmacotécnica) e uma
central de armazenamento de materiais.
O número total de funcionários que trabalha na farmácia é 34, sendo 1 farmacêutica
responsável, 2 farmacêuticos, 28 auxiliares de farmácia e 3 estagiários.
A farmácia central atende a todos os setores do hospital e funciona 24 horas, já as
farmácias satélites funcionam 12 horas e o almoxarifado de medicamentos e materiais
correlatos funciona de 8 às 18 horas.
A rotina de funcionamento da farmácia é a seguinte, o médico prescreve em 2 vias
carbonadas → os auxiliares de farmácia buscam a prescrição e levam-na à farmácia →
farmácia confere o pedido e administra a medicação. Os funcionários da farmácia
participam do processo de administração da medicação desde a prescrição médica por
horário, já a equipe de enfermagem faz este serviço fora dos horários padronizados, por
exemplo, no caso de emergências.
O sistema de distribuição utilizado no Hospital B é misto, sendo utilizado o sistema
coletivo para medicamentos em solução de uso freqüente, que ficam nos postos de
enfermagem, como analgésicos e antitérmicos, o sistema individualizado para os
medicamentos líquidos, quando um paciente precisa tomar, por exemplo, um antibiótico (1
frasco) e o sistema de dose unitária para a maioria dos medicamentos.
A farmácia hospitalar possui sistema informatizado que possibilita o controle de
estoque e a real demanda de medicamentos a serem comprados, estando computado tudo o
que é retirado da farmácia e as devoluções que são feitas.
O sistema descentralizado de armazenagem é o sistema utilizado no Hospital, com 1
farmácia central, 3 farmácias satélites e 1 almoxarifado de medicamentos e materiais. A
dispensação é feita através de caixas separadas da farmácia central para os postos de
enfermagem da internação e através de carros de dispensação do almoxarifado para a
farmácia central e para as farmácias satélites do Centro Cirúrgico, Pronto-Atendimento e
CTI .
3.3.3 Resultados obtidos através do levantamento de dados
51
De acordo com a análise feita dos dois Hospitais da cidade de Belo Horizonte, Hospital
A e Hospital B, é possível constatar que os sistemas de distribuição de medicamentos das
farmácias hospitalares são diferenciados em cada caso pesquisado. A farmácia hospitalar do
Hospital A utiliza o sistema de distribuição de medicamentos por dose individualizada e a
farmácia hospitalar do Hospital B utiliza o sistema misto de distribuição. Porém, com
relação a dispensação da medicação e os espaços destinados ao armazenamento dos
produtos, ambas as farmácias utilizam os sistemas descentralizados, possuindo farmácia
central e farmácias satélites.
As opiniões dos responsáveis pelas farmácias pesquisadas também são diferentes com
relação à centralização dos estoques e a adoção do sistema móvel de distribuição dos
medicamentos, modelo proposto neste trabalho.
A farmacêutica do Hospital A alega que a farmácia centralizada tem muitas vantagens
como economia de pessoal, redução do espaço físico e maior controle sobre os produtos.
Entretanto, a desvantagem deste sistema é a localização da farmácia central, que no caso do
Hospital A, se encontra distante dos setores onde presta assistência.
A farmacêutica do Hospital B afirma que uma farmácia centralizada apresenta
vantagens como redução dos custos hospitalares com um menor número de profissionais
distribuídos nas farmácias satélites e com o controle efetivo dos estoques farmacêuticos.
Além, do ganho espacial que em muitos casos são necessários.
O Hospital B apresenta-se mais receptivo às mudanças organizacionais e à introdução
de novas tecnologias que propiciem o melhor funcionamento das farmácias,
principalmente, dos sistemas de distribuição de medicamentos aos pacientes.
A principal conclusão obtida com a análise dos hospitais pesquisados é que os atuais
sistemas de distribuição de medicamentos utilizados nos hospitais não atendem de forma
eficiente e eficaz a demanda da farmácia, prejudicando seu funcionamento e a assistência
ao paciente. Por isso, precisam ser atualizados e providos de infra-estrutura para o melhor
funcionamento da farmácia hospitalar.
Os dados obtidos através da coleta de informações nas etapas descritas anteriormente
permitem a identificação do funcionamento das farmácias hospitalares e os sistemas de
distribuição de medicamentos, assim como a organização espacial e a logística adotada em
52
cada caso. Possibilita também o conhecimento e as opiniões dos profissionais envolvidos
nesse trabalho, com relação às vantagens e desvantagens dos sistemas e a introdução de
novas tecnologias para atender a demanda da melhor forma possível. Portanto,
inicialmente, apresenta-se o sistema de dispensação de medicamentos através de carros –
medicamentos e, a seguir, a análise do mesmo.
4 MODELO: CARROS – MEDICAMENTOS
4.1 Sistema de Distribuição de Medicamentos
53
O conceito de sistema traz as relações entre as partes e o todo, permitindo a
compreensão de toda e qualquer atividade complexa, sendo os sistemas constituídos de
conjuntos de componentes que se interagem, se inter-relacionam, se transformam e atuam
entre si na execução de um objetivo global. Estes conjuntos podem ser assumidos como
subsistemas ou processos, com funções e objetivos próprios, os quais afetam o
comportamento do conjunto como um todo. Qualquer ação de uma parte, necessariamente,
provoca uma reação das demais (Churchman, 1975 apud Silva, 2003).
Um sistema possui entradas ou insumos (inputs), retira do ambiente o que necessita
para poder operar (recursos, energia ou informação), processa suas entradas transformando-
as (process), gera saídas ou resultados de suas operações na forma de produtos ou serviços
(outputs), que são finalmente devolvidos ao ambiente (Chiavenato, 1994).
Um sistema de distribuição de medicamentos deve possuir algumas características
como a racionalidade, a eficiência, a economia e a confiabilidade e deve estar de acordo
com o esquema terapêutico prescrito. Com um sistema eficaz de distribuição de
medicamentos, mais garantido é o sucesso da terapêutica e da profilaxia instauradas no
Hospital.
Os principais objetivos de um sistema de distribuição de medicamentos, como dito
anteriormente, é a redução de erros de medicação, administração, forma farmacêutica e
planejamento terapêutico; a racionalização da distribuição, facilitando a administração dos
fármacos por uma dispensação ordenada, segundo horários e pacientes em condições
adequadas para a pronta administração pela equipe de enfermagem; o aumento do controle
sobre os medicamentos; a redução dos custos com medicamentos; o aumento da segurança
para os pacientes.
Segundo Bisson & Cavallini (2002), em um hospital, existem setores diferenciados,
com características específicas e necessidades próprias com relação aos medicamentos.
Setores como o centro cirúrgico, centro de tratamento intensivo, pronto-atendimento e
internação recebem materiais e medicamentos de forma diferenciada, pois são setores que
se caracterizam por aspectos como:
• Estoques elevados de materiais e medicamentos sem controle efetivo
• Consumo excessivo de materiais e medicamentos
• Custo unitário do que é consumido é alto
54
• Uso inadequado de alguns itens determina a ocorrência de desperdícios
• Falta de cuidados com determinados produtos que necessitam de tratamentos
especiais
Portanto é necessário adotar um modelo diferenciado de dispensação de medicamentos
para que minimize os problemas freqüentes e otimize o funcionamento da farmácia
hospitalar.
4.2 Modelo de Distribuição de Medicamentos através de Carros – Medicamentos
O modelo de distribuição de medicamentos através de carros – medicamentos é um
sistema móvel, integrado a farmácia hospitalar que tem como objetivo a racionalização do
processo de distribuição, redução de custos, segurança, redução de estoque periférico,
reaproveitamento do espaço, melhor controle logístico, redução do tempo da enfermagem
no preparo e ministração de medicamentos, dispensação de orientação quanto à diluição,
estabilidade e tempo de infusão.
O modelo funciona com uma logística diferenciada, onde o carro – medicamento sai da
farmácia hospitalar com a medicação armazenada por horário e por paciente nos gaveteiros,
denominados bins, cumpre suas atividades de medicação e retorna à farmácia central para
ser reabastecido. Dessa forma, economiza o espaço das farmácias satélites e utiliza um
processo de controle e segurança dos medicamentos.
Este sistema centralizado de distribuição de medicamentos é um sistema em que a
preparação das doses, a interpretação da ordem médica, a elaboração e armazenamento das
formas farmacoterapêuticas se realizam em um mesmo lugar, na farmácia central. Isso
implica em algumas vantagens, como um número menor de profissionais farmacêuticos,
maior controle e supervisão de todo o processo do sistema, um menor custo, otimização
espacial e uma maior assistência ao paciente por parte da equipe de enfermagem. Portanto,
sua desvantagem mais significativa diz respeito à localização, pois se a farmácia central
encontrar-se distante dos setores de assistência, demanda-se maior tempo para a medicação
chegar ao paciente, principalmente nos setores de assistência imediata.
Os hospitais possuem setores diferenciados, por isso, o sistema de dispensação também
deve ser característico para cada setor. A farmácia hospitalar atende a todos os setores
55
hospitalares, porém existem alguns que necessitam do medicamento ou material imediato
para o atendimento ao paciente, como o pronto – atendimento, o CTI e o centro cirúrgico.
Para estes setores, onde a medicação precisa estar disponível para uma emergência
propõe-se a utilização do dispensador eletrônico, que funciona como um armário
padronizado com a medicação básica para uma emergência.
Atualmente, isso já acontece com os carros de emergência das unidades de internação,
pronto – atendimento, centro cirúrgico, CTI, ambulatório e hemodinâmica, segundo o The
Code Cart Statement, American Hospital Association, o conteúdo dos carros são divididos
em níveis de prioridade:
• Nível I – itens essenciais, que devem estar disponíveis imediatamente
• Nível II – itens altamente recomendados, que devem estar disponíveis, no
máximo, em 15 minutos
• Nível III – itens recomendados, mas opcionais
A quantidade de drogas e equipamentos deve ser estipulada conforme necessidade da
área, demanda de atendimentos e rotina institucional (Anexo C).
De acordo com as entrevistas feitas com profissionais da área de saúde, para o Centro
de Tratamento Intensivo propõe-se à utilização do dispensário eletrônico com os
medicamentos essenciais, que devem estar disponíveis imediatamente. Os outros
medicamentos necessários ao tratamento do paciente sem caráter de emergência, podem ser
prescritos pelos médicos através de prescrição computadorizada até determinado horário.
Dessa forma, o pedido é transmitido à farmácia por rede interligada de computadores. A
farmácia confere o pedido, prepara e abastece os carros – medicamentos, que são levados
aos pacientes, de acordo com uma rotina padronizada de procedimentos.
Para o Centro Cirúrgico, propõe-se a utilização dos carros – medicamentos abastecidos
com kits cirúrgicos e de anestesia padronizados (Anexo F), quando as cirurgias são eletivas.
As cirurgias de emergência podem ser supridas com os carros de emergência ou o
dispensário eletrônico com medicamentos essenciais padronizados pela instituição (Anexo
D). Os produtos termolábeis, podem estar armazenados em geladeiras no posto de
enfermagem e, estas, serem reabastecidas de acordo com a necessidade. Para que todo o
sistema funcione adequadamente, as cirurgias devem estar organizadas segundo uma rotina,
assim a enfermagem e a farmácia programam com antecedência a medicação.
56
Para o setor de internação, propõe-se a utilização dos carros – medicamentos com
rotinas estabelecidas, que haja padronização dos medicamentos para cada paciente e
horários definidos.
Segundo Cipriano et al (2001), os dispensários eletrônicos e os carros eletrônicos
funcionam através de níveis de acesso que possibilitam ao usuário o controle de todas as
informações, sendo que o nível 1 é o acesso ao controle e cadastro de pacientes,
medicamentos, programação, relatórios e operação do carro eletrônico. O nível 2 dá acesso
aos medicamentos programados, relatórios e operação do carro eletrônico. O nível 3 é o
acesso aos medicamentos, programação e operação do carro. E o nível 4 é a operação do
carro eletrônico. Todas as informações necessárias estão armazenadas em um banco de
dados interligado através de rede com a farmácia central. A operação do carro é feita por
leitor óptico, com leitura precisa e rápida do código de barras. O funcionamento acontece
da seguinte forma:
• Leitura do crachá para identificação do profissional (usuário)
• Leitura da pulseira do paciente para identificação do paciente
• O bin (gaveta) do paciente abre-se eletronicamente, mostrando todos os
medicamentos e horários prescritos para aquele paciente
• Leitura do medicamento informando sua prescrição
• O medicamento utilizado é enviado automaticamente para a conta do paciente
• Concluída a operação fecha-se o bin
• Retorno do carro – medicamento para farmácia central para nova programação,
após ministração dos medicamentos em todos os horários
É possível a retirada de um extrato pela equipe de farmácia para acompanhamento do
perfil farmacológico do paciente com o mínimo erro, além de conter as informações do
processo de ministração do medicamento.
Os dispensários eletrônicos são abastecimentos após um extrato de utilização, sendo
informado a quantidade de medicamento em cada bin, podendo ser abastecido de forma
coletiva ou individual (Anexo G).
Uma característica importante é que a farmácia tem o controle do estoque pois todo o
sistema é interligado, podendo emitir pedidos de compras em datas oportunas e em
quantidades adequadas.
57
Outra vantagem é a liberação da equipe de enfermagem para as atividades de
assistência ao paciente e não na busca por medicamentos.
Karman (2005) enfatiza que o sistema apresentado é um exemplo de interação
arquitetura – administração – farmácia – enfermagem, de inovações, aprimoramento
gerencial, otimização e eficácia.
A Figura 5, a seguir, ilustra a distribuição dos carros – medicamentos nos setores do
hospital.
Figura 5: Sistema integrado de distribuição de medicamentos através de carros –
medicamentos pelos setores do hospital.
58
(Fonte: o autor, 2005)
4.3 Requisitos para o Funcionamento do Sistema de Carros – Medicamentos
Para o funcionamento do sistema centralizado da farmácia hospitalar com dispensação
de medicamentos através de carros para os diversos setores de assistência ao paciente são
necessários alguns requisitos, que estão descritos a seguir:
• Mudança organizacional da Instituição Hospitalar
• Mudança cultural dos processos e rotinas estabelecidas do Hospital,
principalmente da Farmácia Hospitalar
• Participação e envolvimento da equipe de saúde
• Padronização de medicamentos, mantendo atualizado seu Guia
Farmacoterapêutico
• Padronização de materiais médico – hospitalares através de Kits
• Padronização dos horários de ministração dos medicamentos
• Padronização das prescrições médicas
• Prescrição médica individualizada, sendo realizada em impresso próprio ou de
forma informatizada
• Sistema de distribuição de medicamentos por dose unitária (SDMDU)
• Sistema informatizado em todo o processo de atuação da farmácia hospitalar
• Infra-estrutura de computadores, equipamentos e recursos humanos treinados
• Área para fracionamento e reembalagem das doses unitárias
• Área para instalação dos computadores e equipamentos
• Área para o estacionamento dos carros – medicamentos
• Área para higienização dos carros
4.4 Benefícios e Dificuldades
Os benefícios para uma organização hospitalar são o de assegurar a eficiência de seus
processos, garantindo a execução dos seus objetivos e metas, através de um sistema seguro
e eficiente para o tratamento terapêutico de seus pacientes.
59
A implantação do sistema de distribuição de medicamentos através de carros –
medicamentos implica em otimização espacial, logística diferenciada, redução de erros na
medicação, informação precisa dos gastos com medicamentos, diminuição das perdas e
desvios, otimização dos recursos e incremento da qualidade nos serviços prestados aos
pacientes.
Os profissionais de saúde envolvidos no processo têm as suas atividades integradas e
valorizadas, o farmacêutico participa das atividades de assistência, tendo a informação
sobre o perfil farmacológico do paciente, o que lhe permite participar das tomadas de
decisão e orientar sobre os medicamentos.
O médico pode contar com o assessoramento do profissional farmacêutico no que se
refere ao tratamento farmacoterapêutico. E a equipe de enfermagem, por sua vez, dedica
mais tempo aos cuidados com os pacientes.
A implantação de novas tecnologias acarreta em investimentos e custos para
modernização da estrutura da farmácia, mudança no espaço físico, normas e treinamentos
da equipe funcional. Outra dificuldade observada é a resistência por parte dos profissionais
em se adequarem às mudanças, por uma questão cultural, de comodidade e rotina. É preciso
lançar-se à missão de quebra de barreiras, hábitos, comportamentos e paradigmas, para a
partir daí, incorporar a médio e longo prazo novas idéias, buscando resultados melhores.
São necessários um compromisso institucional de mudança e uma conscientização das
partes envolvidas para que haja transformação e isso demanda tempo.
O desafio é catalisar a participação para o trabalho em equipe e para a gestão da
qualidade de forma a obter resultados e ganhos significativos para Instituição, profissionais,
fornecedores e clientes.
60
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este capítulo descreve as considerações finais do trabalho, que teve como base de
fundamentação teórica o conceito de espaço hospitalar e o funcionamento das farmácias
hospitalares, aplicada a um modelo prático de dispensação de medicamentos, os carros –
medicamentos. A seguir tem-se a conclusão da pesquisa e as recomendações às instituições
hospitalares, com relação à utilização do sistema, finalizando com as recomendações para a
continuidade do trabalho.
5.1 Conclusão
Analisar o funcionamento de uma Farmácia Hospitalar e o que ela representa para a
Instituição como um todo, em termos de espaço, de custos, de atendimento aos pacientes e
integração com os outros serviços de saúde prestados, nos permite destacar as vantagens e
desvantagens dos sistemas de distribuição de medicamentos utilizados e propor mudanças e
novas tecnologias.
Os resultados deste trabalho permitem concluir que:
• As farmácias hospitalares são unidades funcionais fundamentais para as
Instituições de Saúde e cada vez mais se observa uma necessidade de interação
das equipes na busca pelo atendimento adequado ao paciente.
• Os responsáveis pelas farmácias das Instituições analisadas possuem visões
diferenciadas com relação ao funcionamento das mesmas e, principalmente, com
relação às mudanças no conceito de distribuição de medicamentos.
• O processo de dispensação e distribuição de medicamentos atuais apresentam
pontos frágeis, dentre os quais, ambientes inadequados e infra – estrutura
inadequada.
• Há uma vulnerabilidade no controle de estoque e segurança das farmácias
devido à presença de sub–unidades de armazenamento de medicamentos nos
diversos setores do hospital, ou seja, as farmácias satélites.
61
• A estrutura organizacional e física do Hospital é um fator que delimita as
condições do sistema de distribuição de medicamentos. Hospitais de médio
porte, como os analisados, e os hospitais de pequeno porte, comportam o
sistema de distribuição de medicamentos através de carros – medicamentos.
Porém, um Hospital de grande porte tem a possibilidade de utilizar este sistema
eletrônico, mas, não dispensam a presença do Centro de Abastecimento de
Medicamentos e Materiais em alguns setores devido à complexidade e demanda
de atividades.
• O sistema de distribuição de medicamentos também é influenciado pelos tipos
de serviços prestados ao paciente. Setores como pronto – atendimento, centro
cirúrgico e centro de tratamento intensivo demandam atividades específicas,
com uma necessidade especializada e medicamentos diferenciados, por isso, a
distribuição da medicação também deve ser diferenciada.
• Os carros – medicamentos são adaptáveis a qualquer setor do Hospital. Para
isso, a farmácia central deve estabelecer uma rotina de procedimentos e uma
padronização da medicação a ser ministrada.
• O sistema de distribuição de medicamentos através de carros – medicamentos e
dispensários eletrônicos são equipamentos que favorecem o funcionamento da
farmácia hospitalar pois possibilitam a redução do estoque periférico,
otimizando o espaço; a racionalização do processo; a redução dos custos com
perdas de medicamentos e mão – de – obra subutilizada; o melhor controle e
segurança logísticos e a interação das equipes de saúde, cada qual exercendo sua
atividade de assistência ao paciente.
• De acordo com os profissionais entrevistados e análise dos dados, o sistema
móvel de distribuição de medicamentos é uma abordagem moderna e útil para as
farmácias hospitalares, para as Instituições de Saúde e para os pacientes.
Em resumo, conclui-se a partir das afirmações anteriores, que o modelo de distribuição
de medicamentos através de carros – medicamentos fundamenta-se em princípios teóricos
de otimização espacial com uma logística diferenciada e sua viabilidade é comprovada
através de experiências realizadas e relatos dos profissionais da área de saúde, trazendo
62
como contribuição cientifica uma interface da arquitetura hospitalar com a ciência
farmacêutica.
Este trabalho apresenta também uma ferramenta gerencial útil ao farmacêutico
responsável pela Farmácia Hospitalar por permitir melhoria no funcionamento do serviço
oferecido ao paciente e gerenciado pela Instituição.
5.2 Recomendações
As recomendações apresentadas a seguir, têm o intuito de dar continuidade ao trabalho,
visando à otimização espacial dentro dos hospitais com a utilização do sistema móvel em
outras unidades funcionais de apoio.
Algumas unidades de apoio que se encontram descentralizadas em todo o hospital como
os depósitos de materiais de limpeza, as copas, as rouparias, os almoxarifados, ocupam
espaços que poderiam ser mais bem aproveitados para atividades assistenciais e
gerenciados para redução e controle de custos.
Karman e Fiorentini (1998) descrevem este modelo dos carros de transportes:Sempre que viável, devem ser utilizados carros de fornecimento ou coleta. Integram os “hospitais sobre rodas”: “carros – roupeiros fechados” ao invés de rouparia; “carros – copeiros” ao invés de copas; “carros – medicamentos” ao invés de farmácias satélites; “carros – coletores” ao invés de áreas ou depósitos de roupas sujas ou de resíduos sólidos; “carros – prateleiras”; “carros – limpeza”; carros – prontuário”; “carros – emergência” e outros.
Segundo Gomez (2003), a liberdade de funcionamento e do projeto, obtida pela
evolução dos conceitos de infecção hospitalar, em especial no livre trânsito de materiais,
resíduos e roupas sujas, através de carros fechados, possibilita uma variedade de soluções e
alternativas de funcionamento.
Dessa forma, pode-se observar a abrangência da pesquisa, envolvendo e reformulando
os espaços, conceitos e funcionamento de vários setores da instituição hospitalar.
Para o aperfeiçoamento do modelo e do sistema recomenda-se:
• A aplicação prática em outras unidades de apoio do hospital,
• A elaboração de um sistema de avaliação para monitoramento constante,
visando à melhoria contínua do sistema.
63
Finaliza-se aqui esta pesquisa, com o intuito de que as informações obtidas através
da realização do trabalho, seja base de idéias para temas futuros de pesquisa para a
melhoria do gerenciamento dos espaços hospitalares.
64
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71
ANEXOS
ANEXO A - Carta de Solicitação de visita e entrevista ao Hospital A (B)
De: Camilla Grenfell – Arquiteta e Urbanista – Aluna do Curso de Pós-Graduação de Administração Hospitalar da Universidade UnimedPara: Administração do Hospital A (B)
Belo Horizonte, __ de __ de 2005
Eu, Camilla Grenfell, arquiteta da Secretaria Municipal de Saúde, estou realizando Curso de Pós-Graduação em Administração Hospitalar pela Universidade Unimed. Minha monografia refere-se à otimização espacial dentro dos hospitais com enfoque na Farmácia Hospitalar. O objetivo é analisar e comprovar as vantagens e desvantagens do sistema de Farmácia centralizada, que utiliza carrinhos de distribuição em substituição às Farmácias satélites. Como o Hospital A (B) apresenta uma Farmácia Hospitalar com logística moderna e diferenciada constitui-se em campo ideal para pesquisa e análise deste modelo para minha monografia. Desta maneira, venho por meio desta, solicitar formalmente a autorização para uma visita e entrevista com o Administrador responsável e Farmacêutico responsável, incluindo ou não o nome da instituição para publicação.
Atenciosamente,
Camilla Grenfell
72
ANEXO B – Questionário de Monografia sobre Farmácia Hospitalar
A- Nome do Estabelecimento:
B- Nome da farmacêutica responsável:
C- Apresentação do local:
D- Identificação da Farmácia Hospitalar:
E- Localização:
F- Caracterização do serviço:
1- Quais os setores que compõem a Farmácia. Considerar: sala administrativa, área de
recepção e inspeção, área de manipulação (farmacotécnica), área de dispensação,
sala de preparo e diluição de germicidas, sala de assepsia de embalagens, sala de
preparação de quimioterápicos, setor de depósito de medicamentos e controle, área
de distribuição?
2- Quais são os setores de apoio que compõem esta farmácia? Vestiário, DML, copa e
sala de utilidades.
3- Quais os locais necessitam da farmácia próxima?
4- Como é a infra-estrutura da farmácia hospitalar?
5- Que tipo de sistema de armazenagem é utilizado na farmácia deste Hospital?
Sistema Centralizado ou Descentralizado, ou seja, com farmácias satélites?
6- Se o sistema for descentralizado, como as farmácias satélites funcionam nos setores
como CTI, Centro cirúrgico, centro obstétrico, pronto – atendimento e internação?
7- Quais as vantagens do sistema descentralizado? E as desvantagens?
8- Se o sistema for centralizado, como são supridas as necessidades do Centro
Cirúrgico, do pronto - atendimento, da internação e do CTI?
9- Como é a rotina desse sistema centralizado?
10-Quais as vantagens do sistema centralizado? E as desvantagens?
11-Como é a rotina de funcionamento da farmácia? Das requisições, da
distribuição e da taxação.
12-Os funcionários da farmácia é que buscam a prescrição? Levam a medicação
preparada nos pacotes ou a enfermagem busca? Explicar fluxo.
73
13- Como é feita a solicitação médica por determinado medicamento?
14- Como é a distribuição de medicamentos? Através de carrinhos de distribuição?
15- Qual sistema de distribuição de medicamentos é utilizado? Dose coletiva,
individualizada ou dose unitária? Como é feito?
16- Há kits cirúrgicos? Kits para anestesia?
17-Qual o sistema de controle de medicamentos utilizado? É informatizado?
Como são lançados os medicamentos? Código de barra?
18- Como são lançadas as devoluções? Estorno?
19- Há controle contábil de estoque da Farmácia? Rotina de compras.
20- Faz controle de órteses e próteses?
21- Qual é a ligação com o almoxarifado?
22- Existem medicamentos manipulados? A manipulação, caso haja, é feita no hospital
ou terceirizada?
23- Quais produtos são elaborados na área de farmacotécnica? Álcool? Hipoclorito?
Detergentes, saneantes?
24- Quantos funcionários trabalham na farmácia? Especificar níveis e funções. Existe
um farmacêutico responsável?
25-Qual o horário de trabalho?
Observações finais:
74
ANEXO C - Padronização dos carros de emergência
Normatização dos Carros de Emergência para Pacientes Adultos
Local: Intra-hospitalar : Unidade de Internação
Definições de prioridades:
Nível 1 – Item essencial. Deve estar prontamente disponível, com resposta imediataNível 2 – Item altamente recomendável -.Deve estar disponível, no máximo em 15 minutos, variando conforme necessidade do local e protocolosNível 3 – Item recomendado, mas opcional
FINALIDADE PACIENTES ADULTOS NÍVEL DE PRIORIDADE
Avaliação e Diagnóstico
Desfibrilador externo automáticoMaterial de proteção (luvas, máscaras e óculos)Monitor/desfibrilador com marcapasso externo, com monitorização nas pás, mínimo 3 derivações, onda bifásicaOxímetro de pulsoDextroGerador de marcapasso
11
2
233
Controle de Vias Aéreas
Cânula orofaríngea (nº 3 e 4 )Bolsa valva-máscara com reservatório de O2
Tubo endotraqueal (6,0 a 9,0 )Cânula para traqueostomia (6,0 a 9,0 )Laringoscópio com lâmina curva nº3 e 4 Máscara de oxigênio com reservatórioCânula nasal tipo óculosUmidificadorNebulizadorExtensão para nebulizadorExtensão de PVC para oxigênioCânula de aspiração flexível nº 12, 10Fixador de cânula orotraquealSonda nasogástrica nº 16, 18Detector esofágico (ou outro dispositivo para confirmação secundária)Máscara laríngea adulto
1111111111111123
3
Acesso VascularE ControleCirculatório
Jelco nº 14, 16, 18 e 20,22TorneirinhasConjunto de perfusão Agulha de intracath (para tamponamento e pneumotórax hipertensivo)SF 1000ml , Ringer Lactato 1000ml, SG 5% 500mlEquipo macrogotasEquipo para hemoderivadosBuretaSeringa de 3ml, 5ml, 10ml, 20ml
1111
1
111
75
Agulha 36X12 ou 36X10Frasco a vácuoGasesMicropore
11111
Medicamentos
Água destilada 10 mlÁgua destilada 250 mlÁgua destilada 500ml (para nitroglicerina)Aspirina 300mgAtropina 1mgAdrenalina 1mgAmiodaronaLidocaínaAdenosinaB-bloqueadorNitroglicerinaNitroprussiatoCloreto de cálcioGluconato de cálcioSulfato de magnésioProcainamidaBicarbonato de sódioGlicose 50%FurosemidaBroncodilatadorAminofilinaDiempaxDormonid/Fentanil (sedação em geral)MorfinaDobutaminaDopaminaNaloxoneDiltiazemVerapamilManitolIsoproterenol
1111111111111111111122222233333
Local: Intra- hospitalar: Unidade de Terapia Intensiva e Pronto-atendimento
FINALIDADE PACIENTES ADULTOS NÍVEL DE PRIORIDADE
Avaliação e Diagnóstico
Monitor/desfibrilador com marcapasso externo, com monitorização nas pás, mínimo 3 derivações, onda bifásicaMaterial de proteção (luvas, máscaras e óculos)Oxímetro de pulsoDextroGerador de marcapasso
1
1
123
Controle de Vias Aéreas
Cânula orofaríngea ( nº 3 e 4 )Bolsa valva-máscara com reservatório de O²Máscara facial tamanho adultoTubo endotraqueal (6,0 a 9,0 )
1111
76
Cânula para traqueostomia (6,0 a 9,0 )Laringoscópio com lâmina curva nº 3 e 4 Máscara de oxigênio com reservatórioCânula nasal tipo óculosUmidificadorNebulizadorExtensão para nebulizadorExtensão de PVC para oxigênioCânula de aspiração flexível nº 12, 10Fixador de cânula orotraquealSonda nasogástrica nº 16, 18Detector esofágico (ou outro dispositivo para confirmação secundária)Máscara laríngea adultoVia aérea alternativa (um ou mais dos seguintes itens: agulha para cricotireostomia, conjunto para traqueostomia percutânea)
111111111123
3
3
Acesso Vasculare ControleCirculatório
Jelco nº 14, 16, 18 e 20,22TorneirinhaConjunto de perfusãoAgulha de intracath (para tamponamento e pneumotórax hipertensivo)SF 1000ml , Ringer Lactato 1000ml, SG 5% 500mlEquipo macrogotasEquipo para hemoderivadosBuretaSeringa de 3ml, 5ml, 10ml, 20mlAgulha 36X12 ou 36X10Frasco a vácuoGaseMicropore
1111
1
11111111
Medicamentos
Água destilada 10 mlÁgua destilada 250 mlÁgua destilada 500ml (para nitroglicerina)Aspirina 300mgAtropina 1mgAdrenalina 1mgAmiodaronaLidocaínaAdenosinaB-bloqueadorNitroglicerinaNitroprussiatoCloreto de cálcioGluconato de cálcioSulfato de magnésioProcainamidaBicarbonato de sódioGlicose 50%FurosemidaBroncodilatadorAminofilinaDiempax
1111111111111111111122
77
Dormonid/Fentanil (sedação em geral)MorfinaDobutaminaDopaminaNorepinefrinaNaloxoneDiltiazemVerapamilManitolIsoproterenol
2222233333
Normatização dos Carros de Emergência para Pediatria
Local: Intra-hospitalar: Unidade de Internação, Pronto-atendimento e Unidade de Terapia Intensiva
FINALIDADE PACIENTES PEDIÁTRICOS NÍVEL DE PRIORIDADE
Avaliação e Diagnóstico
Monitor/desfibrilador com pás infantil, marcapasso externo infantil, com monitorização nas pás, mínimo 3 derivações, onda bifásicaMaterial de proteção (luvas, máscaras e óculos)Oxímetro de pulsoDextro
1
1
22
Controle de Vias Aéreas
Cânula orofaríngea (nº00,0,1,2)Bolsa valva-máscara com reservatório de O²Máscara facial tamanho neonato, bebê, criançaTubo endotraqueal (2,5 a 7,0 )Laringoscópio com lâmina reta (nº 00, 0,1, 2)Máscara de oxigênio com reservatórioCânula nasal tipo óculosUmidificadorNebulizadorExtensão para nebulizadorExtensão de PVC para oxigênioCânula de aspiração flexível nº 6, 8Fixador de cânula orotraquealSonda nasogátrica nº6,8Detector de CO² (ou outro dispositivo para confirmação secundária)Via aérea alternativa (um ou mais dos seguintes itens: agulha para cricotireostomia, conjunto para traqueostomia percutânea)Máscara laríngea
111111111111122
3
3
Acesso VascularE ControleCirculatório
Jelco nº 22,24Agulha de punção intra-ósseaTorneirinha Conjunto de perfusãoAgulha de intracath (para tamponamento e pneumotórax
11111
78
hipertensivo)SF 1000ml, Ringer Lactato 1000ml, SG 5% 500mlEquipo macrogotasEquipo para hemoderivadosBuretaSeringa de 3ml, 5ml, 10ml, 20mlAgulha 36X12 ou 36X10Frasco a vácuoGasesMicropore
11111111121
Medicamentos
Água destilada 10 mlÁgua destilada 250 mlÁgua destilada 500ml (para nitroglicerina)Aspirina 300mgAtropina 1mgAdrenalina 1mgAmiodaronaLidocaínaAdenosinaB-bloqueadorNitroglicerinaNitroprussiatoCloreto de cálcioGluconato de cálcioSulfato de magnésioProcainamidaFurosemidaBicarbonato de sódioGlicose 50%BroncodilatadorAminofilinaDiempaxDormonid/Fentanil (sedação em geral)MorfinaDobutaminaDopaminaNoradrenalinaNaloxoneDiltiazemVerapamilManitolIsoproterenol
11111111111111111111222222233333
79
ANEXO D - Composição do carro de emergência fornecido pelo Hospital B
ENFERMARIA / APARTAMENTO
GAVETA 1 - MEDICAMENTOSDescrição Quantidade Validade
Adrenalina 1% - 1 Ml 14 Amp.
Água destilada - 10 mL 05 Amp.
Aminofilina 240 mg/10 mL 02 Amp.
Atropina, sulfato 0,5% - 1 mL 30 Amp.
Bicarbonato de sódio 8,4% - 10 mL 05 Amp.
Diazepam 10 mg /2 mL 03 Amp.
Dobutamina 200 mg/20 mL (Dobutrex®) 01 Amp.
Dopamina 50 mg/10 mL (Revivan®) 10 Amp.
Etomidato 2 mg/mL – 10 mL 01 Amp.
Fenitoína 250 mg/5 mL (Hidantal®) 02 Amp.
Fentanila 0,5 mg/10 mL (Fentanil®) 02 Fr. Amp.
Furosemida 20 mg/2 mL (Lasix®) 05 Amp.
Gluconato de cálcio 10% - 10 mL 05 Amp.
Isossorbida, dinitrato 5 mg (Isordil®) 05 comp.
Lanatósido C Desacetilado 0,2 mg/mL – 2 mL (Cedilanide®) 03 Amp.
Lidocaína 2% sem vasoconstritor – 20 mL (Xylocaína ®) 02 Fr. Amp.
Midazolam 15 mg/3 mL (Dormonid®) 02 Amp.
Nifedipina 10 mg (Adalat®) 03 caps.
Soro glicosado hipertônico (50%) – 20 mL 05 Fr.
Suxametônio, cloreto 500 mg (Quecilin®) 01 Fr. Amp.
Verapamil 5 mg/2 mL (Dilacoron®) 03 Amp.
GAVETA 2 – MATERIAL MÉDICO-HOSPITALARDescrição Quantidade Validade
Agulha descartável 13 x 4,5 08 unid.
Agulha descartável 25 x 7 08 unid.
Agulha descartável 25 x 8 08 unid.
Agulha descartável 40 x 16 08 unid.
Cateter nasal para oxigênio tipo óculos 02 unid.
DATA DA CONFERÊNCIA:
RESPONSÁVEL:
80
Cortador de ampola 03 unid.
Dispositivo para infusão venosa (Scalp) N.º 19 03 unid.
Dispositivo para infusão venosa (Scalp) N.º 21 03 unid.
Dispositivo para infusão venosa (Scalp) N.º 23 03 unid.
Dispositivo para infusão venosa (Scalp) N.º 25 03 unid.
Dispositivo para infusão venosa (Scalp) N.º 27 03 unid.
Eletrodo 10 unid.
Equipo macrotas com câmara graduada 02 unid.
Equipo simples com injetor lateral 03 unid.
Equipo simples com injetor lateral para bomba de infusão 02 unid.
Extensor 03 unid.
Jelco N.º 18 03 unid.
Jelco N.º 20 03 unid.
Jelco N.º 22 03 unid.
Jelco N.º 24 03 unid.
Lâmina para bisturi n.º 11 01 unid.
Seringa descartável 1 mL 01 unid.
Seringa descartável 3 mL 05 unid.
Seringa descartável 5 mL 05 unid.
Seringa descartável 10 mL 05 unid.
Seringa descartável 20 mL 05 unid.
Three way 03 unid.
GAVETA 3 – MEDICAMENTOSDescrição Quantidade Validade
Soro fisiológico 0,9% - 500 mL 05 Fr.
Soro glicosado isotônico – 250 mL 02 Fr.
Bicarbonato de sódio 5% - 250 mL 03 Fr.
Soro glicosado isotônico 5% - 500 mL 05 Fr.
Solução de manitol 20% - 250 mL 01 Fr.
Solução Ringer simples - 500 mL 01 Fr.
GAVETA 4 – MATERIAL MÉDICO-HOSPITALARDescrição Quantidade Validade
Cânula endotraqueal 5 01 unid.
81
Cânula endotraqueal 6 01 unid.
Cânula endotraqueal 7 01 unid.
Esparadrapo 01 und.
Luva cirúrgica estéril 7.0 02 unid.
Luva cirúrgica estéril 7.5 02 unid.
Luva cirúrgica estéril 8.0 02 unid.
Sonda para aspiração (Espira) NR n.º 12 02 unid.
Sonda para aspiração (Espira) NR n.º 14 02 unid.
Sonda para aspiração (Espira) NR n.º 16 02 unid.
Sonda nasogástrica 14 01 unid.
Sonda uretral 10 01 unid.
Sonda uretral 12 01 unid.
Sonda uretral 14 01 unid.
Sonda uretral 16 01 unid.
Tubo endotraqueal 7.0 02 unid.
Tubo endotraqueal 7.5 02 unid.
Tubo endotraqueal 8.0 02 unid.
Tubo endotraqueal 8.5 02 unid.
Tubo endotraqueal 9.0 02 unid.
Tubo endotraqueal 9.5 02 unid.
COMPOSIÇÃO DO CARRO DE EMERGÊNCIA - PEDIATRIAGAVETA 1 – MEDICAMENTOS
Descrição Quantidade Validade
Adrenalina 1% - 1 mL 14 Amp.
Água destilada – 10 mL 06 Amp.
Aminofilina 240 mg/10 mL 02 Amp.
Amiodarona 01 Amp.
Atropina, sulfato 0,5% - 1 mL 06 Amp.
Diazepam 10 mg /2 mL 03 Amp.
Dobutamina 200 mg/20 mL (Dobutrex®) 01 Amp.
Dolantina 01 Amp.
Dopamina 50 mg/10 mL (Revivan®) 05 Amp.
Fenitoína 250 mg/5 mL (Hidantal®) 06 Amp.
Fenobarbital 200 mg/2 mL (Gardenal®) 04 Amp.
Fentanila 0,5 mg/10 mL (Fentanil®) 01 Fr. Amp.
82
Gluconato de cálcio 10% - 10 mL 03 Amp.
Hidrocortisona, succinato 100 mg (Solu-cortef®) 02 Fr.
Lanatósido C Desacetilado 0,2 mg/mL – 2 mL (Cedilanide®) 02 Amp.
Lidocaína 2% sem vasoconstritor – 20 mL (Xylocaína ®) 01 Fr. Amp.
Midazolam 15 mg/3 mL (Dormonid®) 01 Amp.
Prometazina 500 mg/2 mL(Fenergam®) 02 Amp.
Solução Bicarbonato de sódio 8,4% - 10 mL 05 Amp.
Soro Fisiológico 0,9% - 250 mL 02 Fr.
Soro glicosado hipertônico (50%) – 20 mL 02 Amp.Soro glicosado isotônico 5% - 250 mL 02 Fr.
Suxametônio, cloreto 500 mg (Quecilin®) 01 Fr.
GAVETA 2 – MATERIAL MÉDICO-HOSPITALARDescrição Quantidade Validade
Agulha descartável 25 x 7 05 unid.
Agulha descartável 25 x 8 05 unid.
Agulha descartável 40 x 16 05 unid.
Dispositivo para infusão venosa (Scalp) N.º 23 03 unid.
Dispositivo para infusão venosa (Scalp) N.º 25 03 unid.
Dispositivo para infusão venosa (Scalp) N.º 27 03 unid.
Eletrodo descartável 05 unid.
Equipo microgotas 01 unid.
Equipo simples 03 unid.
Equipo para bomba 01 unid.
Esparadrapo 01 unid.
Extensor 03 unid.
Jelco N.º 20 03 unid.
Jelco N.º 22 03 unid.
Jelco N.º 24 03 unid.
Seringa descartável 1mL 03 unid.
Seringa descartável 3 mL 03 unid.
Seringa descartável 5 mL 03 unid.
Seringa descartável 10 mL 03 unid.
Seringa descartável 20 mL 03 unid.
83
GAVETA 3 – MATERIAL MÉDICO-HOSPITALARDescrição Quantidade Validade
Cateter para oxigênio 01 unid.
Luva estéril N.º 6,5 01 par
Luva estéril N.º 7,5 01 par
Luva estéril N.º 8,0 01 par
Sonda para aspiração (Espira) NR n.º 06 03 unid.
Sonda para aspiração (Espira) NR n.º 08 03 unid.
Sonda para aspiração (Espira) NR n.º 10 03 unid.
Sonda para aspiração (Espira) NR n.º 12 03 unid.
Sonda uretral NR n.º 04 02 unid.
Sonda uretral NR n.º 06 02 unid.
Sonda uretral NR n.º 08 02 unid.
Sonda uretral NR n.º 10 02 unid.
Sonda nasogástrica n.º 04 01 unid.
Sonda nasogástrica n.º 06 01 unid.
Sonda nasogástrica n.º 08 01 unid.
Sonda nasogástrica n.º 10 01 unid.
Three way 01 unid.
Tubo endotraqueal 2.5 02 unid.
Tubo endotraqueal 3.0 02 unid.
Tubo endotraqueal 3.5 02 unid.
Tubo endotraqueal 4.0 02 unid.
Tubo endotraqueal 4.5 02 unid.
Tubo endotraqueal 5.0 02 unid.
Tubo endotraqueal 5.5 02 unid.
Tubo endotraqueal 6.0 02 unid.
Tubo endotraqueal 6.5 02 unid.
Tubo endotraqueal 7.0 02 unid.
MATERIAL MÉDICO-HOSPITALAR
Descrição Quantidade Validade
Agulha descartável 25 x 8 05 unid.
Agulha descartável 40 x 16 05 unid.
Cateter venoso p/ acesso periférico de teflon N.º 20 02 unid.
Cateter venoso p/ acesso periférico de teflon N.º 22 02 unid.
84
Cateter venoso p/ acesso periférico de teflon N.º 24 02 unid.
Dispositivo para infusão venosa (Scalp) N.º 23 03 unid.
Dispositivo para infusão venosa (Scalp) N.º 25 03 unid.
Dispositivo para infusão venosa (Scalp) N.º 27 03 unid.
Eletrodo descartável 05 unid.
Equipo microgotas 02 unid.
Equipo simples 02 unid.
Esparadrapo 01 unid.
Extensor 03 unid.
Luva estéril N.º 6,5 02 pares
Luva estéril N.º 7,5 02 pares
Seringa descartável 10 mL 03 unid.
Seringa descartável 1mL 03 unid.
Seringa descartável 3 mL 03 unid.
Seringa descartável 5 mL 03 unid.
Sonda para aspiração (Espira) NR n.º 06 05 unid.
Sonda para aspiração (Espira) NR n.º 08 05 unid.
Sonda para aspiração (Espira) NR n.º 10 01 unid.
Sonda uretral NR n.º 04 03 unid.
Tubo endotraqueal 2.0 02 unid.
Tubo endotraqueal 2.5 02 unid.
Tubo endotraqueal 3.5 02 unid.
Tubo endotraqueal 4.0 02 unid.
Tubo endotraqueal 4.5 02 unid.
Tubo endotraqueal 5.0 02 unid.
Tubo endotraqueal 3.0 02 unid.
85
ANEXO E - Avaliação dos Carros de Emergência
Unidade ____________________________
Número de leitos ______________________
Número de carrinhos na unidade __________
Disposição dos carrinhos na unidade _________________________________________________________________________
Material disponível nas seguintes gavetas:
A) Bandeja superior__________________________________________________________________________________________________________________________________________________
B) Gaveta 1__________________________________________________________________________________________________________________________________________________
C) Gaveta 2__________________________________________________________________________________________________________________________________________________
D) Gaveta 3__________________________________________________________________________________________________________________________________________________
E) Parte Inferior__________________________________________________________________________________________________________________________________________________
F) Laterais__________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Observações Gerais________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
86
ANEXO F – Kits padronizados para cirurgias e anestesias fornecidos pelo Hospital B
DIRETORIA DE SAÚDECENTRO FARMACÊUTICO
SEÇÃO DE FARMÁCIA HOSPITALARANESTESIA KIT PARA ANESTESIA
MATERIAIS QUANTIDADE
PADRONIZADA
1. Agulha 25x7cm 02 UNID2. Agulha 30x10 02 UNID3. Cortplast 01 UNID4. Seringa de 5ml 02 UNID5. Seringa 10ml 02 UNID6. Seringa 20ml 01 UNID
MEDICAMENTOS QUANTIDADE
PADRONIZADA1. Epinefrina 1/1000 01 AMP2. Água bidestilada 06 AMP3. Atropina 0,5mg 04 AMP4. Lanatosídeo 0,4mg/2ml 01 AMP5. Propofol 200mg/20ml 01 AMP6. Petidina 100mg/2ml 01 AMP7. Midazolam 01 AMP8. Efedrina 50mg/1ml 05 AMP9. Fentanil 0,1mg/2ml 02 AMP10. Fentanil 0,5mg/10ml 01 FR11. Isoflorano 01 FR12. Etomidato 20mg/10ml 01 AMP13. Fentanila+droperidol (0,1mg+5mg )/2ml 01 AMP14. Furosemida 20mg/2ml 01 AMP15. Bupivacaína pesada 0,5%/4ml 01 AMP16. Bupivacaína 0,5% c/v 01 AMP17. Naloxona 10mg/1ml 02 AMP18. Pancurônio 4mg/2ml 02 AMP19. Neostigmina 0,5mg/1ml 05 AMP20. Succinilcolina 01 FR21. Dopamina 50mg/10ml 01 AMP22. Metoprolol 5mg/5ml 01 AMP23. Sevoflorano FR24. Hidrocortisona 100mg 01 FR25. Glicose hipertônica (SGH 50%) 02 AMP26. Tiopental 0,5g 01 FR AMP27. Diazepam 10mg/2ml 02 AMP28. Lidocaína 1% s/v 01 FR29. Lidocaína pesada 5%/2ml 01 AMP
87
DIRETORIA DE SAÚDECENTRO FARMACÊUTICO
SEÇÃO DE FARMÁCIA HOSPITALARANESTESIA KIT GRANDE CIRURGIA
MATERIAIS QUANTIDADE
PADRONIZADA
1. Atadura 25cm 02 UNID2. Catéter jelco nº20 01 UNID3. Coletor de urina com válvula 01 UNID4. Equipo com injetor lateral 01 UNID5. Lâmina nº22 01 UNID6. Mononylon 3-0 14503-T 04 ENV7. Scalp nº19 01 UNID8. Scalp nº21 01 UNID9. Cat-gut 1 cromado 803-T 10 ENV10. Cat-gut 2-0 simples G 313-T 05 ENV11. Sonda foley nº12 01 UNID12. Sonda uretral nº12 01 UNID
MEDICAMENTOS QUANTIDADE
PADRONIZADA1. Cloreto de sódio 0,9% 500ml 02 FR2. Glicose 5% 500ml 01 FR3. Ringer lactato 500ml 03 FR4. Ringer simples 500ml 01 FR
DIRETORIA DE SAÚDECENTRO FARMACÊUTICO
SEÇÃO DE FARMÁCIA HOSPITALARANESTESIA KIT PEQUENA CIRURGIA
MATERIAIS QUANTIDADE
PADRONIZADA
1. Catéter jelco nº20 01 UNID2. Cat-Gut 2-0 simples CS 114-T 01 ENV3. Dreno penrose nº ? UNID4. Equipo com injetor lateral 01 UNID5. Lâmina nº11 01 UNID6. Lâmina nº15 01 UNID7. Mononylon 4-0 14502-T 01 ENV8. Poly Vicryl 2-0 J 333-H 01 ENV9. Scalp nº19 01 UNID10. Scalp nº21 01 UNID11. Seringa 20ml 01 UNID12. Sonda uretral nº10 01 UNID
MEDICAMENTOS QUANTIDADE
PADRONIZADA1. Cloreto de sódio 0,9% 500ml 03 FR
88
2. Glicose 5% 500ml 01 FR3. Ringer lactato 500ml 02 FR
DIRETORIA DE SAÚDECENTRO FARMACÊUTICO
SEÇÃO DE FARMÁCIA HOSPITALARANESTESIA KIT MÉDIA CIRURGIA
MATERIAIS QUANTIDADE
PADRONIZADA
1. Catéter jelco nº20 01 UNID2. Equipo com injetor lateral 01 UNID3. Lâmina nº22 01 UNID4. Lâmina de tricotomia 01 UNID5. Mononylon 4-0 14502-T 01 ENV6. Scalp nº19 01 ENV7. Scalp nº21 01 UNID8. Seringa 20ml 01 UNID9. Sonda uretral nº10 01 UNID
MEDICAMENTOS QUANTIDADE
PADRONIZADA1. Cloreto de sódio 0,9% 500ml 02 FR2. Glicose 5% 500ml 01 FR3. Ringer lactato 500ml 03 FR 4. Ringer simples 500ml 01 FR
DIRETORIA DE SAÚDECENTRO FARMACÊUTICO
SEÇÃO DE FARMÁCIA HOSPITALARKIT OFTAMOLOGIA KIT CIRURGIA OFTÁLMICA
MATERIAIS QUANTIDADE
PADRONIZADA
1. Agulha descartável 13x4 03 UNID2. Agulha descartável 40x16 02 UNID3. Curativo oclusivo (opérculo) 01 UNID4. Esclerótromo crescente angulado (c/ bisel para cima) 02 UNID5. Eslerótromo triangular 3,2 side port (15 graus) 02 UNID6. Esclerótomo trapezoidal 5,2 angulado (c/ ponta romba) 02 UNID7. Kit catarata KF 410-G 02 UNID8. Lâmina de bisturi nº11 03 UNID9. Lâmina de bisturi nº15 03 UNID10. Lâmina de bisturi nº20 03 UNID11. Mononylon 10-0 9003-G 01 ENV12. Mononylon 8-0 1714-G 01 ENV13. Seringa descartável 1ml 01 UNID14. Seringa descartável 3ml 01 UNID15. Seringa descartável 5ml 01 UNID16. Seringa descartável 10ml 01 UNID
89
17. Poly Vicryl 6-0 J 570-G 01 ENV
MEDICAMENTOS QUANTIDADE
PADRONIZADA1. Atropina colírio 1% (frasco) 01 FR2. Carbacol 0,01% (ampola-2ml) 01 AMP3. Dexametasona 4mg/ml (frasco) 01 FR/AMP4. Fenilefrina 10% colírio (frasco) 01 FR5. Fenoxazolina colírio (frasco) 01 FR6. Metilcelulose 2% (frasco) 01 FR7. Pilocarpina 2% colírio 01 FR8. Pomada oftálmica (cloranfenicol+A.A.+vit.A) bisnaga 3g 01 POM9. Prednisolona 01 FR10. Proximetacaína 01 FR11. Solução salina balanceada (frasco) 01 FR12. Tropicamida 1% colírio 01 FR
DIRETORIA DE SAÚDECENTRO FARMACÊUTICO
SEÇÃO DE FARMÁCIA HOSPITALARKIT ORTOPEDIA KIT ORTOPEDIA
MATERIAIS QUANTIDADE
PADRONIZADA
1. Ethibond 2 X 520-T 02 ENV2. Lâmina de bisturi nº11 03 UNID3. Lâmina de bisturi nº15 03 UNID4. Lâmina de bisturi nº20 03 UNID5. Mononylon 3-0 14503-T 03 ENV6. Mononylon 4-0 14502-T 03 ENV7. Mononylon 6-0 14500-T 02 ENV8. Mononylon 8-0 1714-G 02 ENV9. Poly Vicryl 2-0 J 333-H 02 ENV10. Poly Vicryl 3-0 J 332-H 02 ENV11. Vircyl 4-0 02 ENV
DIRETORIA DE SAÚDECENTRO FARMACÊUTICO
SEÇÃO DE FARMÁCIA HOSPITALARKIT GRANDES VOLUMES SOROTERAPIA
MATERIAIS QUANTIDADE
PADRONIZADA
1. Catéter nasal tipo óculos 01 UNID2. Cortoplast 03 UNID3. Catéter jelco nº14 a 24 01 UNID4. Equipo simples 02 UNID5. Eletrodo descartável 05 UNID6. Seringa descartável 3ml 02 UNID7. Seringa descartável 5ml 02 UNID
90
8. Seringa descatável 10ml 02 UNID9. Seringa descartável 20ml 02 UNID10. Sonda para aspiração nº14 01 UNID11. Tree way 01 UNID
MEDICAMENTOS QUANTIDADE
PADRONIZADA1. Cloreto de sódio 0,9% frasco 500ml 04 FR2. Cloreto de sódio 0,9% frasco 250ml 02 FR3. Glicose 5% frasco 500ml 02 FR4. Glicose 5% frasco 250ml 01 FR5. Ringer lactato 01 FR6. Ringer simples 02 FR
DIRETORIA DE SAÚDECENTRO FARMACÊUTICO
SEÇÃO DE FARMÁCIA HOSPITALARCIRURGIA GERAL KIT PEDIATRIA
MATERIAIS QUANTIDADE
PADRONIZADA
1. Cat-Gut simples 4-0 com agulha U 207-T 02 ENV2. Cat-Gut simples 5-0 com agulha 02 ENV3. Lâmina de bisturi nº11 03 UNID4. Lâmina de bisturi nº15 03 UNID5. Lâmina de bisturi nº20 03 UNID6. Mononylon 4-0 14502-T 01 ENV7. Mononylon 5-0 14501-T 01 ENV
DIRETORIA DE SAÚDECENTRO FARMACÊUTICO
SEÇÃO DE FARMÁCIA HOSPITALARCIRURGIA GERAL KIT CIRURGIA PLÁSTICA
MATERIAIS QUANTIDADE
PADRONIZADA
1. Cat-Gut simples 4-0 com agulha U 207-T 02 ENV2. Gilete descartável 01 UNID3. Lâmina de bisturi nº11 03 UNID4. Lâmina de bisturi nº15 03 UNID5. Lâmina de bisturi nº20 03 UNID6. Mononylon 4-0 14502-T 03 ENV7. Mononylon 5-0 14501-T 03 ENV8. Poly Vicryl 2-0 incolor plástica J 333-H 02 ENV9. Poly Vicryl 3-0 incolor plástica J 332-H 04 ENV10. Poly Vicryl 4-0 incolor plástica J 196-G 04 ENV
91
MEDICAMENTOSQUANTIDADE
PADRONIZADA1. Azul de metileno 2% esterilizado 01 AMP2. Azul de metileno 2%/30ml 01 FR
DIRETORIA DE SAÚDECENTRO FARMACÊUTICO
SEÇÃO DE FARMÁCIA HOSPITALARCIRURGIA KIT CIRURGIA ORL
MATERIAIS QUANTIDADE
PADRONIZADA
1. Cat-Gut simples 3-0 com agulha G 312-T 02 ENV2. Esponja hemostática 01 UNID3. Lâmina nº11 03 UNID4. Lâmina nº15 03 UNID5. Lâmina nº20 03 UNID 6. Mononylon 3-0 14503-T 03 ENV7. Seda 0 sem agulha SSP 15-T 02 ENV8. Seringa descartável 5ml 01 UNID9. Poly Vicryl 3-0 J 332-H 03 ENV
MEDICAMENTOS QUANTIDADE
PADRONIZADA1. Hidrocortizona 100mg 01 FR2. Hidrocortizona 500mg 01 FR3. Pomada de neomicina 01 TB4. Nafazolina ou fenoxazolina - frasco (solução nasal) 01 FR
DIRETORIA DE SAÚDECENTRO FARMACÊUTICO
SEÇÃO DE FARMÁCIA HOSPITALARKIT GINECOLOGIA
MATERIAIS QUANTIDADE
PADRONIZADA
1. Cat-Gut simples 2.0 com agulha G 113-T 03 ENV2. Cat-Gut cromado 0 com agulha 03 ENV3. Cat-Gut cromado 1 com agulha G 195-T 03 ENV4. Coletor de urina sistema fechado 01 UNID5. Lâmina de bisturi nº11 03 UNID6. Lâmina de bisturi nº15 03 UNID7. Lâmina de bisturi nº20 03 UNID8. Mononylon 3-0 14503-T 03 ENV9. Mononylon 4-0 14502-T 03 ENV10. Seda 2-0 sem agulha SSP 14-T 03 ENV11. Seda 3-0 com agulha G 812-T 03 ENV12. Sonda foley nº12 – 2 vias 01 UNID13. Poly Vicryl 1 J 341-H 03 ENV
92
DIRETORIA DE SAÚDECENTRO FARMACÊUTICO
SEÇÃO DE FARMÁCIA HOSPITALARKIT CIRURGIA UROLÓGICA
MATERIAIS QUANTIDADE
PADRONIZADA
1. Cat-Gut cromado 2-0 CC 124-T 05 ENV2. Cat-Gut cromado 2-0 com agulha G 113-T 05 ENV3. Cat-Gut cromado 4-0 com agulha U 203-T 05 ENV4. Cat-Gut cromado 5-0 com agulha U 202-T 03 ENV5. Cat-Gut simples 2-0 com agulha G 313-T 03 ENV6. Coletor urinário sistema fechado 01 UNID7. Lâmina de bisturi nº11 03 UNID8. Lâmina de bisturi nº15 03 UNID9. Lâmina de bisturi nº20 03 UNID10. Mononylon 3-0 14503-T 03 ENV11. Seda 2-0 sem agulha SSP 14-T 03 ENV12. Seda 2-0 com agulha G 813-T 03 ENV13. Sonda foley 2 vias nº20 01 UNID14. Sonda foley 3 vias nº22 01 UNID15. Poly Vicryl 0 J 318-H 03 ENV16. Poly Vicryl 1 J 341-H 03 ENV17. Poly Vicryl 4-0 J 315-H 03 ENV
DIRETORIA DE SAÚDECENTRO FARMACÊUTICO
SEÇÃO DE FARMÁCIA HOSPITALARKIT CIRURGIA VASCULAR
MATERIAIS QUANTIDADE
PADRONIZADA
1. Cat-Gut cromado 1 com agulha 803-T 03 ENV2. Cat-Gut simples 3-0 com agulha G 312-T 03 ENV3. Fita cardíaca 02 ENV4. Lâmina nº11 03 UNID5. Lâmina nº15 03 UNID6. Lâmina nº20 03 UNID7. Mononylon 4-0 14502-T 03 ENV8. Mononylon 5-0 14501-T 03 ENV9. Prolene 7-0 cardiovascular 02 ENV10. Seda 3-0 sem agulha SSP 13-T 03 ENV11. Poly Vicryl 2.0 J 333-H 02 ENV12. Poly Vicryl 4.0 plástica J 196-G 03 ENV
93
DIRETORIA DE SAÚDECENTRO FARMACÊUTICO
SEÇÃO DE FARMÁCIA HOSPITALARKIT CIRURGIA GERAL
MATERIAIS QUANTIDADE
PADRONIZADA
1. Cat-Gut cromado 0 02 ENV2. Cat-Gut cromado 2-0 com agulha G 113-T 04 ENV3. Cat-Gut cromado sem agulha 2-0 CC 124-T 04 ENV4. Cat-Gut simples com agulha 2-0 G 313-T 04 ENV5. Coletor urinário de sistema fechado 01 UNID6. Fita cardíaca 02 ENV7. Lâmina de bisturi nº11 03 UNID8. Lâmina de bisturi nº15 03 UNID9. Lâmina de bisturi nº20 03 UNID10. Mononylon 3-0 14503-T 05 ENV11. Mononylon 4-0 14502-T 04 ENV12. Prolene 0 8412-T 03 ENV13. Prolene 2-0 03 ENV14. Prolene 2-0 cardiovascular 02 ENV15. Seda com agulha 2-0 G 813-T 08 ENV16. Seda sem agulha 2-0 SSP 14-T 08 ENV17. Sonda foley nº12 – 2 vias 01 UNID18. Sonda foley nº14 – 2 vias 01 UNID19. Sonda nasogástrica nº16 01 UNID20. Sonda nasogástrica nº18 01 UNID21. Poly Vicryl 0 04 ENV22. Poly Vicryl 1 J 341-H 04 ENV23. Poly Vicryl 2-0 J 333-H 04 ENV24. Poly Vicryl 3-0 J 332-H 04 ENV
DIRETORIA DE SAÚDECENTRO FARMACÊUTICO
SEÇÃO DE FARMÁCIA HOSPITALARKIT ANESTESIA
MATERIAIS QUANTIDADE
PADRONIZADA
1. Agulha descartável 40x16 05 UNID2. Agulha descartável 13x4,5 05 UNID3. Agulha para peridural nº 16 a 18 01 UNID4. Agulha para raquianestesia nº 25 a 29 01 UNID5. Seringa descartável 5ml 02 UNID6. Seringa descartável 10ml 02 UNID
94
7. Seringa descartável 20ml 02 UNID
MEDICAMENTOS QUANTIDADE
PADRONIZADA1. Água destilada 10 ml 05 AMP2. Alfentanila 0,5mg/5ml 01 AMP3. Atropina 0,5mg/1ml 01 AMP4. Atracúrio 50mg/5ml 01 AMP5. Bupivacaína 0,5% s/v 01 FR AMP6. Bupivacaína 0,5% c/v 01 FR AMP7. Bupivacaína pesada 0,5% 01 FR AMP8. Cefazolina 1g 01 FR AMP9. Diazepan 10mg/2ml 01 AMP10. Diclofenaco de sódio 75mg/3ml 01 AMP11. Dipirona 1g/2ml 01 AMP12. Efedrina 50mg/1ml 01 AMP13. Epinefrina 1mg/1ml 01 AMP14. Fentanila 0,1mg/2ml 01 AMP15. Fentanila 0,5mg/10ml 02 FR16. Glicose 50% 20 ml 02 AMP17. Halotano 240 ml 01 FR18. Isoflorane 240 ml 01 FR19. Lidocaína 1% s/v 20 ml 01 FR20. Lidocaína 2% s/v 20 ml 01 FR21. Lidocaína 2% c/v 20 ml 01 FR22. Metoclopramida 10mg/2ml 01 AMP23. Midazolam 5 mg/5 ml 01 AMP24. Midazolam 15mg/3ml 01 AMP25. Neostigmina 0,5mg/1ml 04 AMP26. Pancurônio 4mg/2ml 02 AMP27. Propofol 200mg/20ml 01 AMP28. Sevofluorane 250 ml 01 FR 29. Sulfato de morfina 2mg/2ml 01 AMP30. Suxametônio 100mg 01 FR AMP31. Tiopental 0,5mg 01 FR AMP32. Tenoxicam 20mg 02 FR AMP
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ANEXO G – Imagens dos carros - medicamentos
FA 6000
Carro de Farmácia eletrônicoOpcionaisLateral escamoteávelCarrinho 100% alumínioAcabamentoBandeja na cor cinza Ral 7035Moldura na Bandeja na cor cinza Ral 7035Perfil na cor azul Ral 5008
FA 3000
Dispensário Eletrônico Ideais para locais fechados ou onde se requer controle sobre a utilização de medicamentos.
Standard:A 1835 x L 1130 x P 535 mm.
Composição:Perfil em alumínio, fechamentos, bandejas e base soleira em aço com pintura eletrostática a pó.
Opcionais:- Gavetas para armazenamento em policarbonato na cor branca, fornecidas em 03 tamanhos- Armário para psicofármacos- Bandejas
Acabamento:Bandejas e fechamentos na cor cinza Ral 7035Base soleira na cor azul Ral 5008Perfil estrutural em alumínio bruto
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Configuração Máxima:
- 100 Bin's e 200 tipos de medição- Cadastro de até 999 doses unitárias de medicamentos- Acionamento eletrônico de até 100 Bin's- 13 usuários (1 por vez) com senhas- 2 usuários "master" (acesso total)- Operação off-line- Alteração de medicação via teclado ou via PC.- Software de configuração (mínimo microprocessador 386)- Código de barras padrão UPC-A ou EAN 128- Possibilidade de operação com prescrição eletrônica
- Relatório de medicamentos- - - Gavetas (BIN)- - - Nome do medicamento - - - Quantidade- Relatório de habilitados- - - Pessoas habilitadas- Relatório de Medicamentos X Habilitados- - - Leito- - - Quantidade de medicamento- - - Nome do medicamento
Dispensário Eletrônico
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ACESSÓRIOS
Caixinhas - bins
Caixinhas modulares com sistema de divisões internas e local para etiqueta nas duas faces.
Material:Nylon 66
Acabamento:Cinza claro, cinza escuro, azul-marinho e preto.
CAIXINHAS
Código L (mm) A (mm)
P (mm)
FA 100 67 57 320FA 200 132 57 320FA 300 267 57 320FA 320 132 97 320FA 330 267 97 320
IDENTIFICADOR DE DIVISÓRIACódigo Num Código NumFA 900 0 FA 950 5FA 910 1 FA 960 6FA 920 2 FA 970 7FA 930 3 FA 980 8FA 940 4 FA 990 9
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DIVISÓRIAS PARA CAIXINHACódigo L (mm) A (mm) FA 700 65 57FA 800 132 57
MEDICAÇÃO FOTO SENSÍVELCódigo LarguraFA 150 50 mmFA 250 115mmFA 350 240mm
CAIXA COM TAMPA DE ACRÍLICO
Código LarguraFA 450 132mmFA 500 267mm
CAIXINHAS COM LACRECódigo LarguraFA 550 65mmFA 600 132mmFA 650 267mm
LACRESCódigoFA 850
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