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Os Trabalhos de Hércules

Fundação Cultural Avatar Iva Marques da Fonseca

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OS TRABALHOS DE HÉRCULES

I – Introdução 1 – A evolução humana 2 – A Transição para a Era de Aquário II – O Caminho do Herói 1 – Introdução 2 – Mitologia a) O Mito e a Linguagem Simbólica b) O Mito do Herói c) Hércules III – O Herói e as influências astrológicas 1- Astrologia 2 – Os doze Signos – suas qualidades e atributos 3 – Os doze Signos e os desafios básicos na existência humana 4 – Os Signos e os doze dons do Espírito a serem desenvolvidos IV – Os doze Trabalhos de Hércules A) Mito B) Simbologia do Mito C) Arquétipo Astrológico D) Trabalho do Discípulo E) Tarefa a ser desenvolvida F) Pensamento-semente

BIBLIOGRAFIA:

Bailey, Alice A. – Os Trabalhos de Hércules – F.C.A.

Astrologia Esotérica – Tomo I – F.C.A.

Burt, Kathlen - Arquétipos do Zodíaco – Edit. Pensamento

Huber, Louise – Signos, Zodíaco e Meditação – Edit. Hipocampo

Rudhyar, Dane – Tríptico Astrológico – Edit. Pensamento

Trigueirinho – Hora de crescer internamente – Edit. Pensamento

Os textos foram organizados para servirem de base a Grupos de Estudo



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OS TRABALHOS DE HÉRCULES

I – INTRODUÇÃO

1 – A Evolução Humana.

O que é o ser humano? Quem somos? Por que vivemos? Desde sempre, o ser humano, como um todo, tem sido o maior mistério a ser

desvendado pela mente humana. Olhando a nossa volta, vemos que toda a Natureza, na sua exuberância e beleza, segue leis e regras para que haja o equilíbrio. Na obtenção deste equilíbrio há uma gama enorme de energias que se agregam e se desagregam procurando o cessar de toda desarmonia, procurando a ordem cósmica.

Na natureza, nada é contestado. E os mundos: mineral, vegetal e animal se desenvolvem segundo as necessidades e as prioridades da própria natureza de cada mundo. Mas qual é a natureza do ser humano?

Ao longo do tempo, muitas concepções e muitas teorias foram sendo desenvolvidas sobre a natureza humana para poder ser respondida, principalmente, a pergunta: Qual o significado e o propósito da vida?

Mas o que é teoria? Teoria é um corpo de hipóteses esperando ainda por confirmação e hipótese é uma suposição, ainda não provada, mas que é aceita provisoriamente como base para investigações futuras.

Parte-se de hipóteses para se chegar às teorias. Mas sempre se considerando que as teorias geralmente não são perfeitas. Essas várias teorias fizeram nascer: as filosofias, as mitologias, as religiões e. também, a metafísica.

Todas essas concepções diferentes sobre a natureza humana foram levando a distintas idéias, sendo que duas delas são básicas e, sobre suas variações é que foram sendo construídas todas as demais teorias existentes.

Uma delas é a concepção da existência de um Deus, imanente e

transcendente, todo poderoso e supremamente bom que criou os homens e as mulheres e tudo o mais que existe. Seu propósito é que define o que os seres podem ser e o que devem fazer, mas sempre buscando Sua ajuda e nunca se afastando d’Ele, para que haja sempre o Bem.

A outra teoria diz que homens e mulheres são produtos da sociedade e do meio onde vivem (o ser humano é um ser social). Essa sociedade pode ser mudada de acordo com o que homens e mulheres esperam dela. Eles são seres com livre-arbítrio, tendo, porém, que aceitar as opções que eles escolherem com plena consciência daquilo que fazem.

O ser humano decide, de acordo com aquilo que ele deseja, de acordo com aquilo que ele quer obter e ele, então, age de acordo com a sua decisão sendo por isso responsável por suas ações.

Tanto na primeira opção como na segunda está explícito que leis e regras precisam ser seguidas. (Lei é o preceito emanado de uma autoridade maior, suprema).

As grandes religiões nascidas no Ocidente, como o judaísmo, o cristianismo e o islamismo crêem num Deus criador, cuja lei deve ser obedecida para que a natureza humana atinja seu esplendor e cada ser possa ser acolhido através do Amor Divino.

As grandes religiões nascidas no Oriente, como o hinduismo e o budismo ensinam que o ser humano atravessa uma fase de sua evolução. O principal problema da existência humana é o fato do ser humano ignorar a verdadeira natureza da realidade, a verdadeira natureza daquilo que ele é. Por não saberem quem são, por não terem



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consciência de que a Divindade está dentro dele, os seres humanos agem de maneira insensata, tola.

Buscando elementos e baseando-se nessas duas grandes teorias nasce a Ciência Espiritual, nasce a psicologia esotérica dando origem a um sistema de ética característico. Essa psicologia, diferente da psicologia tradicional, não enfoca um eu pessoal externo, mas um Eu que está no íntimo de cada ser.

Diz o Mestre Tibetano em “Educação na Nova Era “: “A palavra espiritual não se refere, ao assim, chamado assunto religioso. Todas

as atividades que impelem o ser humano em direção a alguma forma de desenvolvimento seja ele físico, emocional, mental, intuitivo ou social, se for para o progresso do seu estado atual, será essencialmente de natureza espiritual e será indicativo da existência da entidade divina interna. O espírito do ser humano é imortal; persiste para sempre, progredindo de um ponto a outro e de estágio a estágio no Caminho da Evolução, desabrochando firmemente e, em seqüência, os atributos e aspectos divinos”.

A Ciência Espiritual tem como meta a construção de um sistema de ética e psicologia que abarque todas as coisas já ensinadas, porque ela é um caminho de conhecimentos a ser trilhado por todos os seres humanos. Ela é a síntese de todos os pensamentos já pensados.

A Ciência Espiritual reconhece que dentro do Plano de Evolução existem inúmeros estágios e que, de acordo com cada um deles, o Ensinamento tem que ser específico e adequado.

Para a Ciência espiritual a preocupação maior é que o ser humano seja capaz de se conhecer de uma tal maneira que ele possa comandar todos os mecanismos que existem nele e que lhe dão a capacidade para ele se manifestar, para ele agir. Ele estando ciente do que ele é, do que ele tem que realizar, ele pode, através da Vontade e da Disciplina, aprimorar seus instrumentos e, assim, ir se desligando de tudo o que seja supérfluo e inútil para a meta que ele precisa alcançar.

Para a Ciência Espiritual o ser humano é uma criatura divina e que atravessa uma etapa de sua evolução. Para que esta etapa se realize é preciso que esta criatura conheça, conviva, experimente e faça suas escolhas, assumindo a responsabilidade dessas escolhas e aprendendo o que é melhor para prosseguir em seu caminho.

O fim último do ser humano, a razão final da existência humana, é o conhecimento da Sabedoria, o conhecimento que só pode vir para os que estão preparados para ‘morrer para seu eu menor’ e desse modo chegar ao EU maior.

A Evolução consiste no grande esforço para a aquisição desse conhecimento que o libertará da cegueira da ignorância

O fato é que se quisermos viver numa sociedade saudável e equilibrada, cada um de nós, independente da fé que professe, terá que rever a sua participação e a sua responsabilidade para com a Lei.

É importante que cada indivíduo, cada grupo ou sociedade revejam todos os ensinamentos que já foram dados à humanidade, tanto os ocidentais como os orientais, e que aceite os que forem mais adequados a sua situação e aos seus anseios.

A Verdade já foi expressa ao longo do tempo, sob várias roupagens, mas sempre pode ser revestida com outras roupas. Cada época tem suas prioridades, seus anseios e suas dúvidas. Como fazer para tomarmos conscientemente conhecimento do que somos e do que é preciso ser feito?

A primeira coisa a ser feita é nos colocarmos diante de nós mesmos e, com toda sinceridade, sermos capazes de ver, dentro de nós, os verdadeiros sentimentos que nos animam. Temos que estar cientes da realidade e tentar compreender o Caminho que



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temos que seguir com uma visão clara e com a mente isenta de fantasias e quimeras para não sofrermos desilusões diante do fracasso que por ventura haja.

O Ensinamento nos diz que para vencermos os obstáculos é necessário que cultivemos algumas atitudes conosco e com os outros. Devemos estar cientes dos obstáculos e das dificuldades que se colocam entre nós e a meta a ser atingida. É um grande desafio, já que os obstáculos são de várias origens.

“Cada um de nós é como um vasto mundo cuja maior parte desconhecemos. Para conhecer e conquistar esse mundo, não é preciso fazer de nossas vidas uma batalha cheia de sofrimentos e tristezas; podemos fazer isso como se fosse uma aventura, apreciando todos os momentos. Esta aventura consiste no desbravamento, no reconhecimento e na ocupação ordenada e útil deste nosso grande e vasto território. Fazendo isto com o coração cheio de Amor, Compaixão, Alegria e Justiça. Esta é a Grande Aventura da Vida”.

2 – Transição para a Era de Aquário

Os ensinamentos são eternos e nos chegam como luz direcionadora. Essa luz

sempre é vista, só que o ensinamento tem sido entendido de acordo com as condições que a humanidade vive, em cada etapa pela qual ela atravessa.

Como fazer chegar a um cego, aquele que não tem condições de ver, a luz que irá orientá-lo. Essa tem sido sempre a preocupação dos Mestres, daqueles que têm como missão ajudar o ser humano ao longo da sua evolução.

Podemos dizer que o homem é aquela criatura que está se afogando nas águas das suas emoções sem saber fazer uso de sua mente que é o apoio que o levará até o porto seguro.

Na ânsia de não afundar, ele não ouve os avisos que lhe são dados, nem vê as mãos que o podem erguer para que ele tome alento e adquira forças para poder, numa outra tentativa, levar adiante o seu projeto, que é a sua salvação, o seu retorno ao seu verdadeiro lugar.

Novas energias estão começando a circular pelo planeta e estão começando a envolver a Humanidade; é chegado o tempo dela aprender a usá-las para que a sua evolução avance mais um passo.

Esse é o desafio da Nova Era. Mas o que é Era de Aquário?

a) Astrologia

Um dos ramos do conhecimento que tem sido re-estudado, desde o século passado, é o da Astrologia, que com o desenvolvimento da Astronomia foi considerada como coisa de charlatão, de magos.

A compreensão moderna dos conceitos de Astrologia tem sido muito importante para o estudo do comportamento humano e dos fatos que envolvem a Humanidade como um todo.

Não vamos falar aqui de Astrologia, mas como é preciso falar com mais detalhes da era que está começando, temos que tornar claros alguns pontos sobre os quais se apóiam dados importantes, para a nossa compreensão sobre o assunto que estudamos.

Para Astrologia a Terra é o centro em torno do qual gira o Sol e todos os astros. Como se a Terra ocupasse o centro de uma esfera em cuja superfície estivessem traçadas as trajetórias de todos os astros.



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O Sol, ao girar em torno da Terra percorre um caminho. Esse caminho pode ser projetado nessa esfera e temos uma linha marcando o movimento do Sol na esfera celeste – essa linha é a eclítica.

O que é o Zodíaco? É uma faixa marcada segundo a eclítica, tendo 16º de largura. Essa faixa está dividida em 12 casas iguais de 30º. O Sol percorre todas elas ao longo de um ano (por causa do movimento de translação da Terra)

É nessa faixa que estão localizadas as constelações, que pela sua beleza, intrigaram os povos antigos; e, também, pelas influências marcantes, em suas vidas de povos agrícolas e pastores que precisavam consultar os céus para saber o tempo de plantar e de colher; o tempo de recolher e acasalar seus rebanhos. Por tudo isso o ponto de origem na contagem das casas corresponde ao primeiro dia de primavera, no hemisfério norte, onde a civilização começou.

Depois do tempo de recolhimento, que o inverno impõe, a primavera é o renascer, é o começo de tudo novamente. Esse ponto é chamado de Ponto Vernal ou Equinócio da Primavera e ele está localizado no ponto de encontro de duas linhas: o equador celeste e a eclítica – é o instante que o Sol passa do hemisfério sul para o hemisfério norte. Esse ponto marca o início da 1ª casa do Zodíaco, que é Aries.

Mas a Terra, além do movimento de rotação – que dura 24 horas e produz os dias e as noites e o de translação – que dura 365 dias e produz as estações do ano, ela tem um terceiro movimento chamado em Astronomia de: Precessão dos Equinócios. Precessão dos Equinócios é o deslocamento do Ponto Vernal ao longo da Eclítica no sentido retrógrado, isto é, em sentido inverso ao movimento anual do Sol sobre a Eclítica. É um movimento extremamente lento. Basta dizer que, para ele se deslocar de 1º no Zodíaco são necessários 72 anos. Para percorrer uma casa zodiacal (30°) são necessários cerca de 2.160 anos, este período é chamado de Grande Mês, ou de Era; para percorrer todo o Zodíaco que vai de Aries até Touro são necessários 25.900 anos que é chamado de Grande Ano.

Nessa caminhada, a Terra recebe todas as influências exercidas por cada signo e essas influências mudam a cada 2,160 anos.

As influências de uma era não cessam abruptamente, nem as novas influências chegam com data marcada. Existem períodos intermediários, que é quando a influência que ainda está atuante vai cedendo lentamente sua força, enquanto a nova influência, que chega, vai começando a crescer, também lentamente.

É um período, no qual, a grande força cósmica que é acionada pela nova era, penetra na esfera terrestre, que ainda está sob as influências da era anterior. Influências que condicionaram o modo de agir, o modo de pensar da humanidade durante toda aquela era. É por isso que todo período de transição entre duas eras é sempre caracterizado pela batalha contra o novo, porque os antigos hábitos,aqueles que têm que ser mudados, resistem à penetração dos novos conceitos.

Estamos nesse momento num período intermediário entre a Era de Peixes que se despede e a Era de Aquário que está surgindo.

Na Nova Era haverá mudanças, não só no campo dos fenômenos físicos, como também no campo dos valores espirituais.

Os átomos do cérebro humano vão como “despertar” e os milhões de células, que segundo diz a ciência, estão inativos e adormecidos no cérebro do homem atual, serão postas em atividade, produzindo uma grande mudança na maneira dele usar sua mente. Ele vai poder alcançar níveis de percepção cada vez mais elevados no mundo das idéias.



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II – O CAMINHO DO HERÓI

1 – Introdução

Diz Alice Bailey no prefácio do livro Os Trabalhos de Hércules: “O problema de todo instrutor, hoje, é descobrir novas maneiras para expressar as

velhas verdades de modo que, ao apresentar as antigas fórmulas, que levam ao desenvolvimento espiritual, estas possam adquirir uma nova e pulsante vida.” (pág 9)

No livro ela propôs uma abordagem nova para aqueles que percorrem o Caminho do Discipulado que ela define “como a etapa final do caminho da evolução e, como aquele período da experiência do ser humano no qual ele chega a ser definitivamente autoconsciente. É a etapa no qual ele, intencionalmente, se impõe a vontade da Alma –que é essencialmente a vontade de Deus- sobre a natureza inferior”.

Nessa nova abordagem, Alice Bailey vai usar como referencial para fornecer bases para a compreensão do estudo que ela propõe, os Doze Signos Astrológicos que serão vistos através de suas características simbólicas.

Diz, ainda, Alice Bailey, na página 205: “O progresso de um discípulo mundial é ilustrado nos céus, pelos Trabalhos de

Hércules, através dos signos zodiacais. É como se Deus houvesse representado no Espaço Seu plano para o processamento da evolução do espírito humano de volta a sua fonte”.

Na página 31, ela diz: “Na sua firme resolução, no aperfeiçoamento, independente dos fracassos e

dificuldades que Hércules, o herói, enfrentou em sua capacidade de resistir, nos são mostradas as características do discípulo”.

2 – Mitologia

a) O Mito e a Linguagem Simbólica

A Mitologia é o conjunto dos mitos que existem dentro de uma sociedade organizada. Na narrativa mítica existe um aspecto, um núcleo que encerra uma verdade.

O Mito relata uma “história verdadeira” que vai tocar profundamente o ser humano – o ser mortal, organizado em sociedade, obrigado a trabalhar para viver e que está submetido a acontecimentos e imprevistos que independem de sua vontade.

Os mitos contam a origem dos mundos, do ser humano, dos deuses e dos heróis, bem como e estabelecimento de um costume ou uma instituição. Estes eventos, cuja memória cronológica se perdeu, são preservados em uma memória mítica.

O mito é, pois, a história sagrada de transmissão oral que narra um acontecimento ocorrido no início dos tempos; por isso são considerados como a expressão simbólica ou de um saber religioso ou de um ensinamento filosófico. O mito aparece e funciona como mediação simbólica entre o Sagrado e o Profano, condição necessária à ordem do Mundo e às realizações entre os seres.

Somente no século passado é que, estudiosos de diferentes mitologias, ao fazerem o estudo comparado dos mitos de diversas culturas, se deram conta de que os mitos se repetem e que eles expressam as preocupações da humanidade quanto à sua origem, à origem da Vida e quanto ao seu Destino e como controla-lo.

A Mitologia é tão rica de explicações que a nossa civilização atual, ainda usa e está impregnada dos mitos gregos, principalmente, para explicar os meandros do subconsciente humano que é tão misterioso e tão difícil de ser penetrado.



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Devido ao seu caráter fundamental, o Mito conserva, até nossos dias, vitalidade e presença grandiosa, pois ele trata dos mesmos problemas existenciais, morais e sociais que continuam a afligir a humanidade. Por isso, os seres humanos não deixaram, ainda, de aceita-los como um meio de entender os mistérios de vida.

Para os antigos gregos, os mitos não são considerados como a expressão simbólica de um saber religioso. Os mitos não se identificam com a religião. A religião pressupõe um corpo de doutrina, de regras, de crenças e práticas autorizadas ou impostas e aceitas por todo um grupo de maneira uniforme. Tudo isto podendo ter sido “revelado” por um “Ente Superior” e codificado num Livro Sagrado que serve de orientação para a conduta humana frente ao poder terreno e sobre-humano. A Religião estabelece um vínculo individual e social com o Poder concebido e transcendente.

O mito grego, ao contrário, não liga o ser humano à divindade de maneira a criar entre os dois uma relação necessariamente doutrinária. Para os antigos gregos, os deuses não criaram a moral, logo, não podiam exigi-la. Não existia, assim, o sacrilégio que é um ato contrário a um deus. O ato é antes uma ofensa à Justiça, que é quem regula os deveres para com os outros. O ato é uma ação imoral mas, não constitui uma desobediência a um mandamento divino.

Em vista disso, para o grego antigo, não há o tormento interior para obter o perdão por aquilo que praticou. Ele conhece o arrependimento, o desejo de corrigir e assim melhorar sua natureza. O Mito não leva além disso. Viver o mito implica este tipo de experiência: “conhecer-se a si mesmo para melhor viver”.

O ser humano segue a sua natureza e nela encontra a força para modelar sua vida. Pelo uso que ele fizer dessa força, ele é responsável diante de si mesmo. Os deuses gregos não podem revelar nada aos seres humanos, porque “igual é o gênero humano e os deuses”.

Apesar disso, os mitos gregos não deixam de expressar profundos anseios religiosos, aspirações morais, necessidades de aperfeiçoamento espiritual, porém, não chegam a fixar bases para chegar à salvação e para se livrar das ameaças da danação eterna.

A Religião grega não conhece a experiência mística das civilizações orientais, nem o messianismo da judaica. Ela permanece ligada ao mundo dos seres naturais e das relações diretas com o quotidiano e o transcendente.

No mito, ocorrem acontecimentos dramáticos de todo impossíveis em um mundo governado pelas leis do tempo e do espaço.

Para a cultura atual, às vezes, fica difícil aceitar as explicações dadas pelos mitos, pois eles falam através da linguagem dos símbolos, que é uma linguagem analógica, isto é, diferente da linguagem do pensamento lógico e racional.

Povos diferentes criaram mitos diferentes, mas apesar dessas diferenças, todos os mitos têm uma coisa em comum: são escritos na mesma língua: a linguagem simbólica.

A linguagem simbólica é uma linguagem cuja lógica difere da linguagem convencional falada no dia a dia; é uma lógica em que as características dominantes não são espaço e tempo, mas sim a intensidade e a associação dos fatos.

A linguagem simbólica é aquela por meio da qual exprimimos experiências interiores como se fossem experiências sensoriais, como se fosse algo que tivéssemos fazendo ou que fosse feito em relação à nós no mundo dos objetos, no mundo tangível.

A linguagem simbólica é uma linguagem onde o mundo exterior é um símbolo de nossa alma e de nossa mente. É uma linguagem que foi esquecida pelo ser humano moderno, mas apesar disso, os mitos ainda são fontes de uma grande sabedoria. Só é preciso saber ler.



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b) O Mito do Herói

O mito do herói é comum a todas as sociedades, em todos os estágios da civilização e cultura e em todas as épocas históricas. Embora variem os detalhes das lendas, o modelo básico do mito permanece invariável. O herói percorre sempre um determinado ciclo. Nasce de maneira algo milagrosa, ainda que humilde. Durante a infância mostra as primeiras provas de extraordinária força física e moral. Na adolescência e na juventude, vive sua tragédia, inevitavelmente acarretada pelo choque entre o bem e mal, o divino e o humano, o material e o espiritual. O herói pode ser vítima da traição dos mortais ou sua desgraça pode vir de uma decisão dos deuses, que por alguma razão desejam puni-lo. E ele sempre morre de forma estóica, sacrificado. Na vida do herói, talvez por ele ser, na maioria das vezes, meio mortal, meio imortal, surgem forças protetoras que o ajudam a livrar-se de suas penosas tarefas e a cumprir seu destino. O mito do herói é importante tanto para a sociedade como para o indivíduo. A história do herói precisa ser contada através da linguagem simbólica porque ela vai dar a dimensão exata do que se passa tanto no interior do herói como no ambiente onde ele exerce seus trabalhos. Não é só a realização da tarefa que conta, mas o porque que ela tem que ser feita para que o herói mereça o prêmio do seu esforço.

O maior de todos os heróis gregos é Hércules que realizou seus famosos doze trabalhos para cumprir uma penitência imposta a ele pelo Oráculo de Delfos. c) Hércules

Hércules nasceu de uma mentira e de uma paixão. Zeus (Júpiter), o maior os deuses, estava apaixonado por Alcmena, mulher de

Anfitrião, que se encontrava no campo de batalha. Uma noite, aproveitando-se dessa ausência, Zeus tomando as feições de Anfitrião, chega de surpresa diante de Alcmena que estava cheia de saudades. Insaciável, Zeus fez a noite durar três dias completos. Foi assim que Alcmena gerou Hércules.

Logo a seguir, Anfitrião volta para a casa, cheio de desejos e contando da vitória obtida. Alcmena está feliz, mas não entende tanta euforia, pois para ela, o marido já estava a seu lado há algum tempo. Anfitrião sente que há algo estranho no comportamento da mulher e vai procurar o adivinho Tirésias que lhe fala sobre o disfarce e da visita de Zeus. Louco de ciúmes, ele volta para a casa e decide matar a mulher.

Inocente e ao mesmo tempo culpada, Alcmena pede piedade, mas no seu furor Anfitrião não a ouve. Leva-a a praça pública, amarra-a entre dois paus cruzados e ateia fogo.

Zeus vendo o mal que causara, intervém na Terra e faz chover fortemente apagando a fogueira. Anfitrião entende o aviso divino e perdoa a esposa. Volta com ela para casa e, nesta mesma noite, gera-lhe um filho Íficles.

No corpo de Alcmena, Hércules e Íficles engendrados por pais diferentes, esperam a hora de ver a luz. Para o filho de Anfitrião, essa hora chegaria sem dificuldades. Mas, para o filho de Zeus, a ciumenta Hera (Juno), mulher de Zeus, colocaria duros obstáculos.

Há tempos, Zeus contara a Hera, que a primeira criança nascida entre os descendentes de Perseu, reinaria sobre toda a região e seria um protetor poderoso tanto para os imortais como para os homens. Zeus quando se uniu a Alcmena foi para gerar esta criança. Porém, outra criança, também, estava sendo gerada nesse mesmo tempo: era Euristeu.



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Hera querendo vingar-se da traição de Zeus, procurou retardar o nascimento de Hércules e acelerar o de Euristeu para que este desfrutasse do poder político que Zeus havia destinado ao filho. Tendo Hércules nascido primeiro, Hera enviou duas serpentes para matar o semideus ainda no berço, mas ele estrangulou-as com sua força poderosa.

Quem se encarregou de sua educação foi o sábio centauro Quiron. Hércules foi iniciado em todas as atividades e as faculdades das quais era dotado foram sendo desenvolvidas e organizadas. Hércules foi, assim, preparado para todas as tarefas.

Ainda jovem casou-se com Mégara, filha de Creonte, rei de Tebas, e com ela teve três filhos.

Hércules continuou sendo alvo do ódio de Hera que, através de seus poderes, resolve enlouquece-lo e faze-lo assassinar os próprios filhos no fogo. Hércules saindo da crise da loucura contemplou as próprias mãos, horrorizado. Mégara, sua mulher, era apenas uma sombra trêmula de pavor, olhando os filhos queimados no chão.

Hércules precisava se redimir de seu crime hediondo. Redenção ele teria que encontrar por certo, mas o esquecimento jamais poderia alcançar. Aquela cena jamais se desfaria de sua memória. Ele foi até o Oráculo de Delfos para que este lhe dissesse o que ele precisava fazer para resgatar a tragédia que a sua loucura causara.

O Oráculo de Apolo disse-lhe que ele se colocasse sob as ordens do rei Euristeu, durante doze anos, para que seu crime fosse redimido.

Foi lhe dito: “Executarás teus trabalhos; quando tiveres realizado tuas tarefas, tuas obrigações, então, tornar-te-ás um entre os Imortais”.

Assim, Euristeu tinha agora Hércules em suas mãos. Não precisava mais temer que ele tentasse reconquistar o que lhe pertencia por destino e por direito.

Hércules deveria, então, se curvar a todos os caprichos de Euristeu para limpar, da própria alma, a mancha do crime que cometera e livrar-se do remorso que o atormentava.

Hércules representa o ser humano que, na sua caminhada, concorda em submeter a sua própria natureza humana a um processo de harmonização com a parte mais consciente do ser total que ele é.

No pensamento grego é constante a reflexão segundo a qual todo herói deve purificar-se do sofrimento, até que sua alma se liberte de todas as paixões.

O herói precisa afastar e remover os grandes obstáculos, simbolizados como monstros, do caminho do seu progresso. Além dessa tarefa, ele precisa ser aceito pelos deuses que se compadecem de seus sofrimentos.

Para que Hércules pudesse realizar seus trabalhos, os deuses procuraram ajudá-lo oferecendo-lhe equipamentos, porém, Hércules deveria procurar saber a melhor forma e o melhor momento para usá-los.

Minerva (Atena), a deusa da Sabedoria, deu-lhe uma túnica para protegê-lo. Vulcano (Hefesto), o deus do fogo e dos metais, deu-lhe um peitoral de ouro

magnético que o capacitaria a realizar três dos doze trabalhos e sair salvo. Netuno (Poisedom), deus das águas do mar, deu-lhe dois velozes corcéis, os

quais ele deveria saber controlar e adestrar para poder entrar em contato com as distantes esferas nas quais seus trabalhos o levavam. Aprendendo a dominar os fogosos corcéis, Hércules aprenderia, também, a dominar sua natureza emocional para que, corretamente subordinada, ela servisse aos propósitos das suas tarefas.

Mercúrio (Hermes), o mensageiro dos deuses, deu-lhe uma espada, o símbolo da manifestação do poder divino na matéria: o poder de punir, destruir, corrigir. A espada serve para separar, dividir e cortar; bem manipulada é a prova do domínio da mente, da análise mental e da descriminação.



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Apolo, deus do Sol, deu-lhe um conjunto de arco e flecha, simbolizando a capacidade de ir direto à meta. A flecha, símbolo da Luz pode iluminar a escuridão do caminho.

Os presentes que lhe haviam sido dados eram poderosos, belos, maravilhosos, porém Hércules não sabia usa-los. Ele preferiu começar sua tarefa abrindo seu caminho com o bastão de madeira que ele já sabia usar tão bem.

III – O Herói e as influências astrológicas

1) Astrologia

A palavra signo vem do latim: sign = marca, sinal. Da palavra signo deriva o verbo significar: mostrar, ser a representação ou o

símbolo de, comunicar, fazer saber, dar sentido. “Signo – coisa percebida que permite concluir a existência ou a verdade de algo

a qual ela está ligada.” Dicionário Petit Robert A palavra signo está ligada a muitas áreas de conhecimento. Seu uso mais

comum é na Astrologia. Astrologia estuda os corpos celestes que giram em torno do Sol dentro de uma

faixa marcada segundo a eclítica, que é o caminho aparente percorrido pelo Sol em volta da Terra. Esta faixa de 16º de largura é o Zodíaco que está dividido em doze casas de 30º. O Sol percorre esta faixa ao longo de um ano, por causa do movimento de translação da Terra. Cada casa de 30º está ligada à constelação mais importante situada dentro de cada uma dessas divisões: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão, Virgem, Libra, Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes.

No momento ou no ponto em que o Sol passa do hemisfério sul para o hemisfério norte; este ponto marca o início das casas e é chamado de Ponto Vernal ou Equinócio da Primavera, na região do hemisfério norte. Ao longo dos tempos, o Ponto Vernal foi se deslocando graças ao 3º movimento da Terra que dá origem a precessão dos equinócios ao longo da eclítica. Hoje, o Ponto Vernal está saindo de Peixes e entrando em Aquário.

Cada divisão na qual o Zodíaco está dividido e, dentro da qual está situada uma constelação, é chamada de Signo.

Cada signo é um campo de ação no qual operam as forças planetárias. Cada signo tem uma gama completa de possibilidades e cada criatura tem a opção de usar o que está indicado pelo signo (no qual estava seu Sol e também os outros planetas no momento de seu nascimento) de uma maneira positiva, benéfica ou de uma maneira negativa e limitada.

Somos todos uma combinação sutil dos doze signos do Zodíaco, enfatizados de maneiras diferentes pelos planetas e pelo modo como os signos estão localizados em relação à posição precisa da Terra no espaço celeste no momento e no lugar exato do nosso nascimento.

Dane Rudhyar, diz: A Astrologia pode ser vista como um sistema que procura interpretar a natureza

da Força Vital Universal, conforme ela se movimenta, molda e cria a vida humana e todos os acontecimentos. Este conceito, assim expresso, foi sendo trabalhado ao longo do tempo pelas civilizações antigas que estavam voltadas para o cultivo da terra, para a obtenção de melhores safras e colheitas, bem como na criação de seus animais. Para isto era preciso desvendar os segredos da periodicidade da natureza, observando o ano



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solar e os ciclos das fases da Lua. Olhando o céu, eles viam o Sol e a Lua, os pontos focais da liberação dos dois grandes pólos criativos da força vital do universo, o masculino e o feminino.

Sol, como polaridade masculina, simbolizando o poder criativo do espírito. Lua, com sua aparência sempre variável, era relacionada a fenômenos

periódicos do comportamento biológico e emocional das mulheres e de todos os organismos receptivos. A Lua era o símbolo das necessidades orgânicas da natureza.

Doze vezes no ano, a Lua desaparecia absorvida pelo radiante Sol. A cada Lua Nova começava um período em que a natureza era impregnada pelo espírito em resposta às necessidades da natureza. Desses atos criativos surgia a vida na Terra. Eles também eram os fluxos e refluxos de sentimentos, impulsos e compreensões interiores influenciando a natureza íntima dos seres humanos.

Nestes tempos antigos, a Terra como um todo era vista como sendo o microcosmo, uma pequena concentração de todo o universo. A humanidade, como um reino da natureza terrena, constituía a alma desse microcosmo. A humanidade, então, seria igualmente duodécupla – teria doze tipos de pessoas em correspondência aos doze signos zodiacais. Cada tipo sendo considerado necessário ao desenvolvimento e à harmonia social. Cada tipo tinha que desempenhar uma função solar criativa. Esta função podia ser determinada pela época do nascimento do indivíduo, isto é, pela posição do Sol por ocasião de seu nascimento com referência ao equinócio de primavera, símbolo de todos os inícios.

Todo ser humano individual, na medida em que possa ser considerado realmente como unidade completa e relativamente independente é, em si mesmo, um Zodíaco. Nele se podem encontrar todos os tipos de reações humanas à vida. Nele as qualidades características de cada um dos doze signos do Zodíaco operam em graus variáveis. Porém, uma ou algumas dessas qualidades, esses modos de agir às demandas da existência biopsíquicas sobre a Terra, predominam.

Diz Alan Oken no seu livro “Astrologia e os Sete Raios”: A mente humana está ainda num nível de compreensão onde tudo precisa

ser experimentado, confirmado para ser aceito. Mas nem tudo pode ser percebido desta forma tão simples; é preciso transcender as dificuldades de explicar o que a mente racional não consegue. É preciso transcender o uso do significado comum das palavras e usar uma outra linguagem, a linguagem simbólica.

A simbologia por sua própria natureza é transcendental e é bastante flexível. As mesmas palavras tomam vários significados conforme elas expressam naturezas diferentes que não podem ser constatadas. Essa é a linguagem usada pela Astrologia.

Os símbolos da Astrologia dão uma estrutura à mente racional, de modo que a relação entre as ocorrências exteriores e seus fatores causais possa ser percebida e avaliada. A Astrologia pode ser vista como um sistema que precisa interpretar a natureza da Força Vital Universal, conforme ela se movimenta, molda e cria a vida humana e todos os acontecimentos.

Porém, temos que estar atentos de que os planetas, os signos e as casas não são os elementos causais da manifestação. Eles são antes os reflexos de uma sincronicidade manifestada pelos ritmos e compassos de um relógio cósmico.

A Astrologia proporciona a sintonia com as qualidades essenciais das energias expressam pelos planetas, signos, casas e outros fatores astrológicos.

A Astrologia ao longo do tempo foi mudando seus enfoques e a partir do século XX, o enfoque foi da necessidade de esclarecer a identidade individual. Essa fase está intimamente ligada às características do eu inferior e às situações que surgem nos confrontos egocêntricos com a vida.



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A Astrologia esotérica, que é estudada agora, permite que as pessoas olhem objetivamente para si mesmas através dos arquétipos universais contidos na simbologia astrológica. O mapa natal revela os padrões de energia fundamentais, tanto os bloqueios, como os potenciais criativos que são expressos de modo mais claro. Estas forças estão sempre presentes em todos os signos, porém a receptividade e a sensibilidade aos seus impactos dependem da natureza do aparelho de resposta.

No que se refere ao estudo e prática da Astrologia é preciso que eles sejam apresentados de tal forma que sirvam às necessidades dos indivíduos que estão procurando uma orientação para uma vida mais planetária e coletiva.

Esta Astrologia é a que se volta para as Almas que estão conscientes de que são mais do que apenas seus pensamentos, seus desejos e seus corpos físicos.

2 - Os doze Signos – suas qualidades e atributos Os doze signos do Zodíaco estão divididos em grupos com determinadas

características comuns. A) Classificados segundo os quatro elementos; vai mostrar o tipo de percepção e

temperamento de cada signo: a – signos ligados ao elemento Fogo: são signos ardentes, entusiásticos, espontâneos, auto

suficientes; se a energia for malempregada podem ser autoritários e demasiadamente rigorosos. São os signos ligados ao Plano Espiritual: Áries, Leão e Sagitário.

b – signos ligados ao elemento Ar: são signos que sabem lidar com o raciocínio lógico; têm a mente aberta, são objetivos, idealistas. Se a energia for malempregada podem ser frios e sem senso prático. São signos ligados ao Plano Mental: Gêmeos, Libra e Aquário.

c – signos ligados ao elemento Água: são signos emotivos, apoiadores e receptivos; são intuitivos sensíveis e profundamente influenciados pelo ambiente. Se a energia for malempregada podem ser autoindulgentes, autopiedosos e indecisos. São signos ligados ao Plano Emocional: Câncer, Escorpião e Peixes.

d – signos ligados ao elemento Terra; são signos práticos, realistas, conservadores, sensuais; têm poderes de recuperação. Se a energia for malempregada podem ser insensíveis e demasiadamente realistas. São ligados ao Plano Físico: Touro, Virgem e Capricórnio.

B) Classificados segundo a qualidade, a maneira como se comportam, como operam na vida: a – Cardeal (correspondendo a Rajas) – são signos onde se inicia uma ação. São signos

ativos, ardentes, ambiciosos, entusiásticos, independentes. Sua mente é rápida e insaciável. Se malusados, podem ser apressados, imprudentes e dominadores e têm a tendência de deixar de terminar o que começam para iniciar outra tarefa ou objetivo.

Signos: Áries, Câncer, Libra e Capricórnio. b – Fixo (corresponde a Tamas) – são signos onde é estabilizado o que foi realizado. São

signos determinados, capazes de se concentrarem, estáveis, resolutos, econômicos e majestosos. Sua mente é penetrante e sua memória excelente. Se malusados podem ser teimosos, egoístas e demasiadamente presos à sua maneira particular de encarar as coisas. Signos: Touro, Leão, Escorpião e Aquário.

c – Mutável (corresponde a Sattva) – são signos onde é mudado o que está mobilizado. São signos versáteis, adaptáveis, variáveis, sutis e intuitivos. Sua mente é engenhosa e flexível. Se malusados podem ser enganosos, ladinos, inconstantes e indignos de confiança. Signos: Gêmeos, Virgem, Sagitário e Peixes.

C ) Classificados segundo o princípio ou a maneira como agem:



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a– Positivos ou Masculinos – são signos que tomam atitudes, são objetivos e tomam iniciativas. Signos: Áries, Gêmeos, Leão, Libra, Sagitário e Aquário.

b – Negativos ou Femininos – são signos receptivos, atraem e interiorizam e são subjetivos. Signos: Touro, Câncer, Virgem, Escorpião, Capricórnio e Peixe.

D) Classificado segundo suas atividades: a – Atividades individuais. Signos: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão e Virgem. b – Atividades de interesses sociais. Signos: Libra, Escorpião, Sagitário. Capricórnio, Aquário

e Peixes.

Alice Bailey nos seus ensinamentos enfatiza a importância de se equilibrar a personalidade fazendo a ligação dos opostos. Defronte de cada signo de Fogo, dinâmico, ativo, aberto, há um signo de Ar, pensativo, reflexivo.

Em oposição a cada signo de Terra bem alicerçado e realista encontramos um signo de água que deseja que a cruel realidade desapareça, mas que oferece à sua polaridade aquosa os dons da intuição, da imaginação e, às vezes, poderes psíquicos para fortalecer o solo árido.

3 – Os doze Signos e os desafios básicos na existência humana

A) Etapas preparatórias:

Áries – aprendizado do controle da mente. Touro – aprendizado sobre a natureza dos desejos. Gêmeos – aprendizado do conhecimento de si mesmo. Câncer – aprendizado do desenvolvimento da intuição

B) Lutas no plano físico: Leão – para desenvolver poder e coragem. Virgem – para a preparação do discípulo para a 1ª iniciação. Libra – para a aquisição e integração do equilíbrio dos opostos. Escorpião – para controlar e superar os desejos – 2ª iniciação.

C) Etapas a serem realizadas: Sagitário – para acabar com as tendências do uso do pensamento destrutivo. Capricórnio – para elevação da personalidade – 3ª iniciação. Aquário – para o serviço de limpeza e purificação. Peixes – para a transcendência da animalidade - a salvação.

4 – Os Signos e os doze dons do Espírito a serem desenvolvidos

ARIES – Adaptabilidade. TOURO – Desapego. GÊMEOS – A arte de deixar as coisas acontecerem. CÂNCER – Conhecer o seu lugar. LEÃO – Simplicidade. VIRGEM – Tolerância LIBRA – Desembaraço. ESCORPIÃO – Não identificação. SAGITÁRIO – A arte de viver em companhia. CAPRICÓRNIO – Integridade pessoal. AQUÁRIO – O dom de servir. PEIXES – Coragem.



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IV – Os Doze Trabalhos de Hércules

Alice Bailey conta no seu livro a história de cada tarefa que o rei Euristeu encarregou Hércules de realizar; fala também do signo no qual a tarefa foi realizada, pois há uma estreita ligação entre ambos – signo e tarefa. O trabalho só era possível porque em cada signo que ele executou a tarefa, as influências de certas forças, que são próprias do signo, lhe deram certas tendências que, quando bem compreendidas e usadas fizeram com que ele tivesse condições de se superar e, assim, vencer cada prova.

Ela diz: “O signo fornece o campo de atividade da alma, e a tarefa retrata o trabalho do discípulo vivendo no plano físico e esforçando-se para demonstrar, no campo de batalha do mundo, sua divindade inata e seus poderes latentes.”

Cada signo sujeita o ser humano que nele está trabalhando às influências de certas forças que o distinguem e o abastecem com certas tendências. Estas influências têm que ser bem compreendidas se desejarmos ver esclarecido o significado da prova.

Um estudo dos Doze Trabalhos de Hércules, ao cobrir, cada aspecto da vida do discípulo, pode nos capacitar a conquistar uma diferente atitude e nos dar alegria no Caminho e aquela liberdade no serviço que é mais do que uma adequada compensação para as perdas temporárias e dificuldades momentâneas que podem tentar a natureza humana.

Ao estudarmos este antigo mito, descobrimos que Hércules assumiu certas tarefas, simbólicas em sua natureza, mas universais em seu caráter, e que ele passou por certos episódios e acontecimentos que retratam, por todos os tempos, a natureza da preparação e as conquistas que deveriam caracterizar um filho de Deus, caminhando para a perfeição. Ele representa o filho de Deus encarnado, mas não ainda perfeito; o qual num estágio particular do ciclo evolutivo, toma em suas mãos sua natureza inferior e voluntariamente se submete à disciplina que finalmente ensejará a emergência de sua divindade inata. A partir de um ser humano, errando, mas sincero e sério, inteligentemente cônscio da obra a ser feita, um Servidor Mundial é criado.

O oráculo falou e a exclamação ecoou através dos séculos: “Conhece-te a ti mesmo.” Este conhecimento é a principal conquista no Caminho do Discipulado, e se vê como em sequência Hércules atingiu este conhecimento. Nós o vemos passando pelo grande caminho dos céus e em cada signos realizando um dos seus doze trabalhos, a que todos os discípulos estão chamados a realizar.

Vemos Hércules passando pelas sucessivas experiências, até chegar à porta aberta em Leão, através da qual ele pode passar para o Caminho do Discipulado. Nós o vemos aprendendo as lições do equilíbrio, do altruísmo e da vitória sobre a natureza do desejo, até tornar-se o discípulo unidirecionado em Sagitário, antes de passar pelo portão que conduz ao norte da iniciação. Lenta e dolorosamente, ele aprende a lição de que a competição e a posse egoísta devem desaparecer e que a conquista de qualquer coisa para o eu inferior separado não faz parte da missão de um filho de Deus. Ele se descobre como um indivíduo apenas ao descobrir que o individualismo deve ser inteligentemente sacrificado pelo bem do grupo.

As características do ser humano imerso na vida da forma e sob a regra da matéria são o medo, a competição individual e a ambição. Esses devem ceder lugar à confiança espiritual, à consciência grupal e ao altruísmo. Essas são as lições que Hércules nos traz.



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1º TRABALHO – A captura das éguas devoradoras dos homens

A) Mito

B) Simbolismo do Mito

C) Arquétipo astrológico – ARIES (21/03 -21/04)

D) O Trabalho do discípulo – o aprendizado do controle da mente

E) Tarefa a ser feita – desenvolver adaptabilidade

F) Pensamento –semente – EU me manifesto e governo no plano mental

A) Mito

Leitura das páginas 37 e 38 do livro “Os Trabalhos de Hércules”


Hércules, o herói, simboliza o núcleo espiritual, a Alma que vem à encarnação seguidas vezes, dentro de certas estruturas, para desenvolver seus atributos espirituais ainda latentes.

A história de Hércules narra as etapas básicas da experiência da alma. Há símbolos importantes nesse relato do 1º trabalho: as éguas antropofágicas e as

terras pantanosas onde elas se escondem. As éguas devoradoras simbolizam a mente pensante formada por todas as

tendências adquiridas ao longo da evolução do ser humano. Os pensamentos e as idéias são difíceis de serem controladas, mas se o herói não conseguir domina-las, não haverá vitória.

As terras pantanosas são os ambientes propícios ao cultivo das paixões e dos desejos que envolvem os pensamentos.

Domar essas éguas e mantê-las sob rédeas curtas e longe daquelas terras pantanosas é a primeira das tarefas que o estudante tem que enfrentar.

Abdéris, o amigo que acompanha Hércules a onde quer que ele vá, simboliza a sua personalidade, o seu eu inferior.

Por que Hércules fracassou no início do seu trabalho? Pelo mesmo motivo que costumam fracassar os iniciantes que, ao atingirem uma das etapas da sua tarefa, o domínio das éguas, o domínio da mente, pensam que já alcançaram a sua meta e deixam que Abdéris, a personalidade, conduza as éguas. Mas a personalidade, a mente inferior, não tem o treino, nem os poderes espirituais de Hércules e, por isso, deixa que as éguas fujam e voltem a devorar e a devastar.

Hércules, ou o iniciante, precisa então reiniciar a tarefa e capturar novamente as éguas (sua mente e seus pensamentos) e leva-las dominadas para onde estarão longe do ambiente cheio de paixões e ilusões das terras pantanosas.

Hércules reconhece que foi inexperiente e impetuoso e que é preciso aprender a controlar a mente. Hércules, representando a Alma, vai aprender também que é preciso saber trabalhar junto com seu amigo, a personalidade, para poder unir todas as forças disponíveis para a tarefa a ser realizada. Caso contrário, certos aspectos da mente representados, no caso pelas éguas, jamais poderão concentrar-se na meta evolutiva e



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continuarão, sempre que possível, arrebentando as cadeias do controle e levando a devastação.

Hércules percebe, através dos acontecimentos, que ações, sem a colaboração das energias da Alma não são mais viáveis no seu estágio evolutivo. Assim, aos poucos, a mente vai se adequando e compreendendo o que é necessário aprender. Tudo o que leva à transformação é válido.

C) Arquétipo Astrológico – ARIES – (21/ 03 – 22/04)

Áries é o primeiro signo do Zodíaco. É um signo Cardeal, Positivo, ligado ao elemento fogo. Áries transmite as energias do 1° Raio (Raio da Vontade ou do Poder)

Em Áries principia a auto-realização, principia o ciclo das lutas pela expressão da verdadeira natureza da vida.

No signo de Áries há o começo físico e o começo espiritual, a criação física e a criação espiritual, a emergência física e a libertação espiritual.

Áries é o signo do impulso que leva à ação, mesmo que para isto seja preciso ousar e assumir grandes riscos. O modo como esta energia vai ser usada vai depender do nível de evolução do ser que está no Caminho. Na vida do aspirante a discípulo é importante saber usar estas forças, pois, se elas não são bem conduzidas podem se transformar somente numa vitória pessoal, cheia de vaidade e egoísmo.

Áries pela regência do planeta Marte é o signo do impulso competitivo na direção do sucesso e da busca no mundo exterior.

Áries pela regência esotérica de Mercúrio possui sagacidade mental e condições para desenvolver educação e técnicas adequadas para o que é preciso ser feito. Mercúrio é o planeta da mente e da comunicação inteligente, cuja tarefa é primeiro pensar para depois agir, ao contrario de Marte que primeiro é ação. Mercúrio é o estrategista.

Áries assim regido, por Marte e Mercúrio, simboliza o princípio ativo, instintivo da natureza. Simboliza a decisão e o interesse em vencer as dificuldades.

Mas Áries sendo um signo de Fogo Cardeal é o signo propenso a começar as coisas com muito entusiasmo e grande dedicação empregando todos os recursos criativos. Porém, quer que tudo aconteça rapidamente. Como isso nem sempre acontece, começa a haver a perda de interesse e a busca de outras atividades.

Mas Áries tem como uma de suas características o começar. Daí o impulso da ação para a regeneração e a reorientação que vai poder levar ao recomeço do trabalho criativo a ser feito. Somente que agora sob outras condições por sentir a importância de uma reorientação que o leve a conquistar o domínio da forma.

Neste signo o Caminho da Libertação é pressentido pela primeira vez e a construção do corpo espiritual é iniciada.

D) O Trabalho do Discípulo – O aprendizado sobre o controle da mente

Áries é o signo que marca o início de uma ação que deve ser bem sucedida para que o ciclo prossiga. Para isto é importante estar consciente dos desafios que serão enfrentados em cada etapa a ser vencida.

Estar consciente não é um estado obtido através de um mero exercício técnico ou de uma disciplina, mesmo que persistente. É preciso estar atento para perceber e, através da mente que pensa, vislumbrar a situação, as condições existentes para encontrar a melhor forma de agir.



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A mente para exercer bem a sua finalidade que é a de analisar as coisas percebidas, seleciona-las segundo seus valores ou utilidades, precisa estar liberada de tudo o que a perturba.

Áries é o signo da Vontade para agir e a mente quando regida por Marte é impulsiva e aventureira. Porém, o iniciante tem que estar ciente de que, no nível do aprendizado, pode surgir o orgulho por estar realizando algo tão profundo e que ele tem condições de faze-lo rapidamente bastando para isto usar somente seus atributos naturais.

Assim pensou e fez Hércules: as éguas foram dominadas por ele. Mas Hércules não tinha realmente um plano seguro para completar seu trabalho, que era levar as éguas para um lugar seguro, onde elas iriam só procriar. Hércules tinha todos os atributos exigidos para realizar a tarefa.

Assim como Hércules, todos nós, seres humanos, temos condições de dominar nossos impulsos emocionais e conduzi-los a um nível mais elevado do que o do pântano das ilusões. Mas, como Hércules, deixamos que o nosso eu inferior, representado pelo seu amigo Abdéris, seja dominado pelas emoções e, assim, as éguas voltam a dominar

Esta é a tarefa do discípulo: aprender a estar atento para poder perceber como as coisas acontecem a sua volta e, assim, saber com tranqüilidade o que é preciso ser feito de modo que tudo saia a contento.

A mente estará sob controle quando ela está atenta.

E) Tarefa a ser desenvolvida – Adaptabilidade

Diz Dane Rudyar no livro “Tríptico Astrológico” A principal tarefa do signo de Áries é aprender a ser um fiel despenseiro de energia

vital e de força espiritual. Sob o signo de Áries somos responsáveis pela força que possuímos e precisamos usá-la com sabedoria, de acordo com cada momento e em cada necessidade. Tanto a Vida como o Espírito operam ritmicamente. O ritmo é o primeiro atributo do Poder criativo universal.

A pessoa, sob o signo de Áries, que impulsiona e toma iniciativas tem muito que aprender quando se trata de escolher o momento próprio e a ênfase adequada. Sua tendência é ser tenso, descontrolado e de desperdiçar seu poder em longas atividades sem dar lugar às necessárias pausas de recuperação cíclica. Essa pessoa deve aprender a adaptar-se; proteger sua energia espiritual e direcionar seus impulsos criativos e suas atividades para canais socialmente aceitáveis, ou canais que não levem a atritos ou desperdícios de poder.

Ser adaptável e, todavia, conservar a pureza e a total integridade da própria visão e do próprio ideal. Aceitar digressões, mas não perder a direção da meta.

Ser compreensível e agradável aos que necessitam de estimulação espiritual, mas não torcer nem rebaixar o caráter da mensagem.

Usar os valores do passado, mas não sacrificar o futuro ao presente incerto. Ser bondoso para com os seres humanos, mas inexoravelmente fiel ao espírito. Deve aprender a atuar sempre em resposta a uma necessidade e, nessas condições,

agir significa obviamente considerar os resultados de uma ação como sendo supremamente importantes. O ato deve estar adaptado à necessidade e deve satisfazer condições necessárias.

É aprender a conviver com os que pediram para ser estimulados, guiados ou fecundados. Isto implica, acima de tudo, aceitar-lhes os problemas e as decepções, ainda que tais problemas e decepções levantem barreiras e estabeleçam condições peculiares em torno de sua liberação criativa.



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É preciso ter cuidado em levar em consideração os resultados que os nossos atos possam ter sobre aqueles que dependem e necessitam dos nossos atos.

Ser verdadeiramente compassivo equivale a adaptar-se às condições necessárias do ambiente, liberando da plenitude do próprio ser tudo quanto o ambiente requer.

Voltando-se para a humanidade ou para aqueles poucos aos quais tem o privilégio de servir, o ser humano de iniciativa dirá: “Seja vossa necessidade satisfeita”.

Nessas condições executando os atos do espírito, levando a cabo o propósito dinâmico da vida, o indivíduo conhecerá satisfação e harmonia.

F) Pensamento -Semente – Eu me manifesto e governo do plano mental

Áries é o signo dos inícios, dos nascimentos, das idéias que são formadas na mente, envolvendo-se em substâncias para que possam nascer. Assim, nós precisamos estar interiormente atentos para aquilo que quer se manifestar através de nós: seja o nosso Ser interior ou uma nova idéia que nos ocorre e a qual estamos quase por expressar; uma idéia, uma centelha de entusiasmo, que por breve momento desperta dentro de nós e que pode mudar toda a nossa vida de um só golpe. A partir desse momento não somos mais a mesma pessoa; algo nasceu dentro de nós. É o nascimento do verdadeiro Ser em nós que pode acontecer através do poder de Áries e somente com o auxílio da Vontade Superior.



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2° TRABALHO – A captura do Touro de Creta A) Mito B) Simbologia do Mito C) Arquétipo astrológico – TOURO ( 22/04 – 21/05) D) Trabalho do Discípulo – O aprendizado sobre a natureza do desejo E) A Tarefa a ser feita – Desenvolver o desapego F) Pensamento-semente – Eu vejo, e quando o Olho está aberto, tudo fica iluminado A) Mito - – Leitura das paginas 47, 48, e 49 do livro “Os Trabalhos de Hércules” B) Simbolismo do Mito

O fato importante mostrado neste 2° Trabalho é que “não há fracassos”. O trabalho anterior fora considerado como mal feito, mas Hércules está, agora, diante de uma segunda oportunidade. O que importa é a experiência feita, a vivência assimilada, o desenvolvimento do ser humano. Tudo o que leva à transformação é válido. A morte do amigo e o fato do herói ter de capturar novamente as éguas fizeram Hércules refletir, sofrer e pensar de novo. Depois disso ele estava pronto para outra tarefa.

Diz A.A. Bailey: É pertinente observar que Minos, Rei de Creta, o dono do touro sagrado, possuía,

também, o labirinto, no qual o Minotauro vivia. O labirinto tem sido sempre considerado o símbolo da grande ilusão. A palavra “labirinto” indica algo confuso, que desnorteia, desorienta, embaraça. A ilha de Creta com seu labirinto e o Touro é um destacado símbolo da grande ilusão. A ilha separada do continente é a característica do eu-separado, mas não da alma onde as realidades grupais e as verdades universais constituem o seu reino.

Para Hércules, o Touro representava o desejo animal, e os muitos aspectos do desejo no mundo da forma, a totalidade dos quais constituem a grande ilusão. O Touro do desejo tem que ser capturado, domado e perseguido, até o momento em que o aspirante possa fazer como Hércules: montar o Touro. O Touro não é sacrificado, mas é domado e dirigido sob o domínio do ser humano.

Trechos selecionados do livro “Hora de crescer interiormente” de Trigueirinho: O Touro que figura neste Trabalho simboliza o sexo em todos os seus aspectos, desde

a força criativa até o desejo animal. A ilha com seu labirinto simboliza a grande ilusão, o eu-separado. O continente, para onde Hércules leva o Touro domado, representa a consciência do

EU superior. Os que vivem no continente simbolizam os que usam corretamente a energia da alma

Nesta etapa do desenvolvimento da alma, Hércules é ainda a unidade que tem a consciência separada do continente pelo mundo da ilusão, que é o oceano, no qual ele ainda vive.

Montar o Touro significa aqui controlar o sexo. Neste mito, o Touro não é massacrado, nem morto, mas é guiado sob a maestria do homem.

Controlar o Touro e conduzi-lo até o continente, só é possível quando Hércules assume a sua própria evolução sem esperar que outros decidam por ele. Somente depois de duras provas é que ele estará em condições de controlar a energia sexual. Antes disso, essa energia apenas alimenta e atrai os seus desejos.

O labirinto da ilha é vencido somente quando o ser humano, que já perdeu uma série de ilusões, não é mais atraído pelas promessas de gozo e prazer.



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Fica claro que o relacionamento do indivíduo com a energia sexual depende do seu grau evolutivo. A educação, a atitude e a aprendizagem do ser humano, ao confrontar-se com essa energia, estão diretamente ligadas à consciência que ele já atingiu.

Temos que lembrar que o Touro, neste mito, é o símbolo da força criativa que, se bem direcionada, transforma-se em um tipo não-sexual de energia, a qual é útil para outros fins além da procriação.

Para “montar o Touro”, levando-o da separatividade e do desejo pessoal ao continente do “bem grupal”, é necessária a cooperação, tanto da mente como da vontade. A mente coopera quando compreende a verdadeira idéia do celibato. Celibato é entendido como a polarização de toda a energia mental da criatura em um só ponto: o da sua alma, centro da sua consciência que, passando a ser a única meta do indivíduo, reafirma seu próprio propósito. Com a alma voltada para este propósito e a mente nela concentrada, existe a ação, o sentimento e o pensamento corretos. O ser humano tem, deste modo, a energia unificada em direção à sua alma e é, portanto celibatário.

Tanto os iniciantes como os estudantes mais avançados têm que passar por provas sucessivas para ajudá-los a calibrar a própria natureza animal, neutralizando os efeitos da ilusão geral do ambiente e da sociedade de consumo.

O controle do desejo sexual, o ato de levar o Touro da ilha para o continente e de entregá-lo aos homens de um olho só são, em um ser humano, tarefas de repercussão mais profundas do que a mente normal pode conceber. Uma vez cumpridas, serão dadas posteriormente, provas ainda mais sutis no campo do sexo.

C) Arquétipo Astrológico – TOURO (22/04 – 21/05)

Touro é o 2° Signo do Zodíaco. É um signo Fixo, Negativo ou Passivo, ligado ao elemento Terra. Por estar ligado ao elemento Terra ele representa a força da fecundação e da procriação da natureza.

Touro é o símbolo do desejo em todas as suas fases: vontade, poder, aspiração, ambição, motivação, impulso e incentivo. Por ser um signo Fixo seu propósito é o de estabilizar e conservar o que foi realizado.

Em Touro, a semente nascida em Áries já despontou e só precisa ficar firmemente plantada no solo para crescer e dar flores e frutos.

A energia de Touro surge da necessidade de preservar as posses. Daí a necessidade de uma base segura e, também, da necessidade de possuir, de reter e de conservar aquilo que já foi conseguido e, acumular mais. Isto precisa ser bem trabalhado para não surgir o medo do risco de perder o que já se possui. Touro não aceita as perdas suavemente sejam elas materiais, essências, financeiras ou espirituais.

Ele faz tudo o que estiver ao seu alcance para evitar perdas ou para compensar essas perdas imediatamente a fim de conservar o estado de segurança e harmonia conquistado. Adquirir bens e valores é fundamental para o Touro porque aquele que tem posses sempre é aprovado socialmente.

Para isto precisa de tenacidade e persistência. Porém, se não há um propósito e a determinação dos valores a serem conseguidos, começa a aparecer a apatia e a preguiça, a teimosia e a auto-indulgência.

Enquanto o signo de Áries é sexo, com o intuito de fazer alguma coisa para projetar sua energia, Touro é sexo a fim de conseguir um resultado definitivo, seja a maternidade ou o prazer.

Touro é regido por Vênus, a deusa da beleza e do amor, por isto Touro está muito ligado às coisas belas da vida material, à vida artística e à sensualidade.



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Diz A.A.Bailey: “Touro é regido esotericamente por Vulcano que controla os processos do tempo como uma bigorna, dando os golpes que modelam o metal na forma desejada. Sendo assim, Touro forja, simbolicamente, as ferramentas para a vida seja construindo ou destruindo; ele forja as correntes, os grilhões ou cria a chave que abre e desvenda o mistério da vida.”

D) O Trabalho do Discípulo – o aprendizado sobre a natureza do Desejo.

No 1° Trabalho, a parte humana do indivíduo está equipada com a mente e a sua tarefa é aprender a adaptar essa mente às necessidades reais.

Neste 2° Trabalho, a parte humana do indivíduo já está equipada com o elemento desejo bem fortalecido mas que precisa ser trabalhado e transformado.

Diz A.A. Bailey: A grande lição a ser aprendida neste signo é alcançar a correta compreensão da lei de

atração e o correto uso e controle da matéria. Maya, ou a grande ilusão, e o sexo são apenas dois aspectos da mesma força, a de

atração; um, ao manifestar-se no plano físico, e o outro, ao expressar-se no campo da natureza do desejo emocional.

Quando os seres humanos reconhecerem as funções sexuais físicas como uma herança divina, e seu equipamento como algo que lhes foi dado para o bem do grupo e para o benefício da família humana, veremos a eliminação da promiscuidade e o mal que sempre a acompanha, a doença. A energia sexual, que é criativa, enquanto reprodutora, tem a função de levar adiante o grupo humano, provendo corpos para as encarnações de almas. Cumprida esta tarefa, ela pode ser sublimada em todos os seus aspectos de desejo, e então, paixão, luxúria, auto-satisfação, doença e superpopulação desaparecerão do mundo, e a matéria não mais será envolvida pelo desejo egoísta.

Que o aspirante use a mente, e por meio da percepção inteligente, guie e controle o Touro do desejo.

“Mente limpa e coração puro, corpo físico corretamente organizado e usado em conformidade às leis do país no qual seu destino o colocou, máxima consideração pelo bem estar daqueles a quem está ligado, e uma vida de serviço amoroso; estes constituem os ideais do aspirante.”

A melhor maneira de fazer isto é pela auto-aceitação onde ele mostra para si mesmo que está satisfeito e grato à vida que pulsa dentro dele

E) Tarefa a ser feita – Desapego

Dane Rudhyar em “Triptico Astrológico diz: Touro significa a completa subserviência do ser humano ao ritmo natural da atividade

humana. É o símbolo do apego simbolizando a identificação muita profunda com as energias da natureza humana, com os processos evolutivos que operam de maneira subconsciente no ser humano e que o conduz às metas ordenadas pela Vida ou por Deus, de acordo com seu nível de evolução.

Buda esclareceu para o ser humano a natureza do desejo e seus resultados, com os infelizes efeitos que o desejo provoca quando persistente e desprovido de esclarecimentos.

Buda nasceu por ocasião da lua cheia de Touro e, segundo a tradição, obteve a Iluminação nessa mesma época do ano. Seja isto um fato ou um símbolo, isto é importante para o estudante, pois coloca uma grande ênfase no sentido profundo do signo de Touro.



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Buda ensinava a todo ser humano, o desapego como uma técnica positiva de viver, para que ele a usa-se em qualquer ocasião; uma técnica que levava a um estado ou condição de ser perfeito e que qualquer um, fosse qual fosse a sua origem ou crença, podia alcançar.

Buda ensinava uma atitude positiva e deliberada de desapego. Ele pregava que esse desapego podia ser alcançado através de uma compreensão objetiva e racional de nossa natureza como personalidade viva e, do mundo como um todo, por meio de uma total consciência, através de uma análise científica de todas as nossas reações e das séries cíclicas de causa e efeito que existem onde quer que haja organismos vivos.

Esse controle devia ser obtido não por meios voluntários de repressão, mas pela focalização da inteligência clara sobre o processo de formação e desenvolvimento dessas reações, levando, assim, ao inevitável desaparecimento de todos esses desejos, impulsos e emoções. Porque se identificarmos nossa consciência, nosso ego com eles, seremos lançados no caminho trágico da alegria-tristeza e do prazer- dor.

Extinguir a semente da dor destruindo a erva daninha do desejo com o fogo da consciência e do entendimento.

Não estando apegado a nenhuma polaridade da vida, nada desejando em particular, não desejando sequer deixar de desejar, o caminhante ingressa num estado de ser situado além da natureza, o Nirvana. Simbolicamente significa ausência de veículos. Nirvana é uma condição a ser alcançada

Essa mensagem de desapego é a indicada a Touro, pois ele é um magnífico cântico de escravização à vida. Mas a alma no interior de cada ser é intrinsecamente livre. A busca da própria quietude e da paz é que leva a liberdade.

“Esforça-te em buscá-la, até não haver necessidade de esforço, até já não haver necessidade alguma, até já não haver nada.”

F) Pensamento-semente esotérico – “Eu vejo e, quando o Olho está aberto tudo fica

iluminado”. Em Touro o desejo é transmutado em aspiração, a escuridão dá lugar à luz e à

iluminação e assim, abre-se o olho de Touro – o 3° olho espiritual. Este único olho toma o lugar dos dois olhos do eu pessoal, A atenção do ser humano passa a focalizar-se na conquista espiritual. Ele palmilha o Caminho do Discipulado.

Para isso ele deve aprender a aceitar o que é a realidade e olhar de olhos abertos e conscientemente para o meio a sua volta e para si mesmo, reconhecendo clara e realisticamente o que ele é e o que ele tem para dar ao mundo.



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3° TRABALHO – A colheita dos pomos de ouro de Hespérides A) Mito B) Simbolismo do Mito C) Arquétipo astrológico – GÊMEOS- 21/05 – 20/06 D) O Trabalho do discípulo – O conhecimento de si próprio E) Tarefa a ser feita – Aprender a arte de deixar as coisas acontecerem F) Pensamento-semente – Eu reconheço meu outro Eu, e no seu declínio, cresço e

resplandeço. A) Mito

Leitura das páginas 61 até 65 do livro “Os Trabalhos de Hércules”

B) Simbolismo do Mito Este 3° Trabalho, no signo de Gêmeos, está relacionado com o trabalho ativo do

aspirante no plano físico à proporção que ele chega a uma compreensão de si mesmo. É no plano físico da realização, no trabalho para obter as maçãs de ouro da sabedoria,

que a prova real da sinceridade do aspirante tem lugar. Não basta somente ansiar em ser bom, desejar averiguar os fatos da vida espiritual, se

esforçar numa autodisciplina, orar, meditar. Essas coisas são importantes, mas o principal é que ele se torne um ser humano de ação, pois é no mundo da concretização que ele será testado.

A maçã é um símbolo de grande significado. Tida como a árvore da sabedoria a “macieira” de frutos de ouro crescia em algum lugar distante, mas ninguém conhecia o caminho que levava até ela. Muitos queriam colher estes frutos.

Hércules também queria colher os frutos da “árvore da sabedoria” e, assim decidiu ir buscá-los. Antes, ele pediu a seu instrutor que lhe indicasse o caminho. Mas este respondeu que cabia a ele próprio, Hércules, encontrar este caminho. Apenas algumas indicações gerais podiam ser dadas, mas o interessado devia, antes de mais nada, se esforçar pois a busca não era fácil. Disse, ainda, que haveria sempre forças contrárias interferindo em seu caminho e que, na vida, ainda havia enigmas incompreensíveis para ele, por isso era preciso que ele tivesse calma consigo mesmo durante esta busca.

O instrutor lhe diz, ainda, que ele teria pela frente cinco grandes testes, que se vencidos, lhe trariam aperfeiçoamentos que o ajudariam na tarefa que ele se dispusera a empreender. Nada mais lhe diz.

Estes cinco testes diferentes, são típicos da etapa em que a alma e os corpos do indivíduo fazem a tentativa de se coordenarem entre si.

Confiante Hércules parte, viajando por toda a região, mas nada encontra e não há ninguém que saiba alguma coisa a respeito daquilo que ele procura. Hércules viaja sem nenhum resultado.

1° Teste:

O instrutor sempre atento, percebe que Hércules precisa de ajuda e envia-lhe um emissário. Mas Hércules estava muito envolvido na sua busca; ele estava como que ofuscado pelas impressões de caráter externo que ia recebendo pelo caminho, e assim não percebeu as mensagens que lhe foram enviadas.

Neste primeiro teste, ele não reconhece a presença e a mensagem do verdadeiro emissário do seu instrutor interno. Na vida do estudante, esta mensagem pode vir através



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de qualquer outro ser. Na maioria das vezes ele não dá importância e deixa, então que a oportunidade passe despercebida.

Hércules, assim como a maioria dos iniciantes, fracassa neste 1° teste.

2° Teste: No segundo teste, Hércules continua procurando a árvore da sabedoria seguindo seu

próprio instinto e contando com a sorte, procurando uma árvore como se ela fosse uma planta concreta, um vegetal. A ilusão das formas físicas tenta-o o tempo todo e ele segue na sua busca dos pomos de ouro, no plano físico.

Mas Hércules, assim como qualquer discípulo tem que vencer as miragens e as ilusões. Elas aparecem, quando, no processo de expandir sua aspiração espiritual, o discípulo está fortemente sujeito a estar envolvido por este ou aquele aspecto do psiquismo inferior.

Hércules vence esta prova quando, ao lutar com a serpente que guardava a árvore das maçãs, descobre que ela só era indestrutível enquanto estivesse em contato com a terra. Quando erguida do solo, perdia a sua força. Assim, Hércules não precisava temê-la e, sem temor vai convivendo com ela, mas ainda sem ter acesso às maçãs.

É precisamos lembrar do seguinte: No jardim do Éden, a serpente convenceu Eva a comer do fruto proibido, a maçã.

Assim, Eva teve o conhecimento do bem e do mal, o conhecimento da natureza da alma e da natureza da forma, que é má, pois ele aprisiona a alma e a impede de se expressar plenamente. Por si só, a forma não é má.

A prova de Gêmeos se realiza no plano físico que é onde se obtém a experiência e, onde as causas que foram iniciadas pelo esforço mental vão ter que se manifestar e alcançar objetividade. É o lugar por tanto, onde o conhecimento é obtido, e onde esse conhecimento tem que ser transmutado em sabedoria. Esta é a grande tarefa de Hércules: aproximar estes dois pólos: compreensão e sabedoria.

Sem compreensão na aplicação do conhecimento, os iniciantes perecem, pois compreensão é a aplicação do conhecimento sob a luz da sabedoria nos problemas da vida e na conquista da meta.

Hércules e os discípulos têm como tarefa aproximar os dois pólos do seu eu e de coordenar ou unificar corpo e alma, de modo que a dualidade dê lugar à unidade e os pares de opostos se mesclem.

Os seres humanos, quando não assumem totalmente o trabalho evolutivo, vivem com essa serpente a seu lado sem percebê-la.

3° Teste:

Por muito tempo ele continua nessa busca externa, procurando a sabedoria e o conhecimento fora de si e, assim, ele vai ao encontro de um falso instrutor, Busiris, que o engana com palavras bonitas e impressionantes. Envolvido por essas miragens, Hércules deixa-se enganar, abrindo mão de sua própria vontade e de sua mente.

Quando Busiris teve Hércules sob seu total controle, acorrentou-o no altar do sacrifício, obrigando-o a esquecer-se de Nereu, o único em condições de ajudá-lo. A princípio, Hércules, embora preso, sentia-se endeusado, pois estando iludido o herói gostou desta nova situação.

Com passar do tempo, Hércules foi se sentindo enfraquecido e, tentando reagir consegue lembrar-se das palavras ditas pelo emissário do seu instrutor interno: “A verdade está dentro de você, amado Hércules.” Assim, desperta daquela espécie de fascinação e se liberta do falso instrutor que o prendera no altar.



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Vendo que a procura da verdade, através do plano externo, não trouxe resultados positivos, neste terceiro teste Hércules reconhece que a busca deve começar dentro de si mesmo. 4° Teste:

Pondo-se a caminho, Hércules de repente pára quando ouve um grito de profunda tristeza e dor. Sua atenção é desviada para um bando de abutres que sobrevoava uma pedra. Atento ouve outro grito lancinante e ele, sem hesitar, toma a direção de onde viera o apelo e, cada vez mais rápido tenta encontrar aquele que grita. Tão envolvido estava naquele ato, que Hércules esquece a própria busca da árvore e das maçãs e vai ao encontro do necessitado.

Acorrentado à pedra estava Prometeu, sofrendo dores terríveis, pois os abutres bicavam-lhe o fígado continuamente, matando-o a sangue frio. Hércules chegando bem perto, rompe as correntes que o prendiam e com sua miraculosa energia expulsou os abutres. Com muito cuidado cuidou dos graves ferimentos de Prometeu.

Hércules passou neste teste ao reconhecer a sua profunda ignorância; ele não tinha percebido que o eu interior (Prometeu) estava prisioneiro das próprias ações passadas e do carma gerado pelo seu eu exterior sobre esta Terra. A imagem daquele prisioneiro sofrido e precisando ser ajudado, faz com que ele consciente e voluntariamente comece o trabalho de libertar-se de si mesmo.

5°Teste:

O guerreiro prossegue na sua busca. Um peregrino lhe diz: “A árvore encontra-se naquela montanha” e aponta para longe. Hércules ruma para aquela direção e lá vê Atlas, um gigante que carrega o peso do mundo em seus ombros, vergado sob o peso da tarefa que tinha aceitado.

Hércules, ao vê-lo, sentiu-se profundamente tocado e preocupado com o sofrimento de Atlas, suportando o peso do mundo, e esquece de sua busca e decide, cheio de compaixão ,retirar o peso dos ombros de Atlas, passando para seus próprios ombros aquela tarefa.

Atlas liberto vai ao jardim de Hespérides, arranca as maçãs de ouro sem permissão ou obstáculos por parte da serpente das cem cabeças e com a ajuda das três belas virgens.

Hércules, suportando o peso do mundo, fica admirado sentindo que sua missão não é tão pesada. Ele vê o gigante voltando e trazendo em suas mãos as maçãs de ouro há tanto tempo procuradas. Ele as entrega a Hércules que assim completa seu 3° Trabalho, apesar de todos os obstáculos, retardos, desvios e afastamentos provocados pela miragem. Não obstante os fracassos e o longo período de tempo consumido para alcançar a sabedoria, Hércules consegue as maçãs de ouro.

Uma lição que fica desse 5° teste é que, através do serviço altruísta a tarefa pode ser concluída. “Sirva e não se preocupe com nada”. O sinal que o herói dá a respeito de sua adesão ao Serviço é retirar o peso do mundo dos ombros de Atlas que ao ser ajudado de forma tão altruística entrega a ele as maçãs de ouro.

C) Arquétipo Astrológico - GÊMEOS ( 21/05 – 20/06)

Gêmeos é o 3° signo do Zodíaco. É um signo Mutável, positivo, ligado ao elemento AR. O signo de Gêmeos transmite as energias do 2° Raio (Raio do Amor-Sabedoria).

Gêmeos é regido pelo planeta Mercúrio, que na mitologia grega é o Patrono dos Comerciantes, Padroeiro dos Ladrões, Patrono da Magia e da Feitiçaria e Guia dos Mensageiros estando por isso sempre em movimento nos três mundos. É dito que



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Gêmeos é um signo delicado, jovial, alegre e, um tanto evasivo, como seu regente, o planeta Mercúrio.

Em Gêmeos lidamos com o Ar Mutável que representa a observação, a análise, a classificação racional dos dados, a objetividade; a mente consciente de Mercúrio precisando e processando sempre informações está sempre procurando a notícia e sempre se movimentando. Gêmeos é um signo muito inventivo, imaginativo; ele coleta os fatos e os reúne de uma maneira inventiva, nova, experimental, procurando sempre que possível, evitar a realidade enfadonha e seguindo as miragens que estão sempre mudando e tomando formas diferentes.

Em Gêmeos, há uma certa falta de ligação emocional com as idéias; as idéias são buscadas e admiradas por seu próprio valor intrínseco, por puro estímulo mental. Ele é a mente lógica que atua para dar uma solução rápida, mas sem pretender que seja necessariamente uma solução sábia.

Em oposição ao signo de Gêmeos está o signo de Sagitário, o signo da sabedoria e do poder de por os fatos em perspectiva. Esta polaridade significa que os fatos ajudam a levar Gêmeos à sabedoria se Gêmeos puder colocá-los em perspectivas apropriadas, isto é, quando aprender a sintetizar.

Mercúrio, regente de Gêmeos, opera no contexto de uma situação concreta, específica, objetiva (3ª Casa). Ele avalia as circunstâncias particulares e determina um curso de ação apropriado que nem sempre é o melhor eticamente. Diferente de Júpiter, o planeta regente do signo oposto ( Sagitário) que atua com uma determinação enérgica baseada em sua percepção da verdade, da ética e da moralidade absoluta aplicada à cada situação particular.

É dito que Mercúrio/ Gêmeos - reflete, enquanto Júpiter/ Sagitário – reage. O regente esotérico de Gêmeos é Vênus, a mais feminina e ardente das deusas do

Panteão grego, símbolo da beleza do físico, da deusa terrena, vaidosa de seu corpo. Vênus e Mercúrio – a junção de dois mundos – Ar e Terra, a polaridade de pensar e de

sentir que completam a personalidade. A agilidade de Mercúrio deve se unir à sabedoria e ao sentimento de valor de Vênus e

desse modo será desenvolvida a habilidade para compreender os extremos para combiná-los de um modo mais elevado. Vênus auxilia a escolha certa entre tantas possibilidades e entre a multiplicidade confusa das coisas. Com o auxílio de Vênus podemos reconhecer a qualidade intrínseca de um objeto, de uma pessoa ou de uma situação e, assim, poder fazer a escolha correta com segurança e orientar as nossas forças para um objetivo.

Em “Astrologia Esotérica” A.A. Bailey diz: Gêmeos é força que produz as mudanças necessárias para a evolução da consciência

crística num determinado ponto de tempo e espaço, isto é, sempre compatível com a necessidade.

D) O Trabalho do discípulo – O conhecimento de si próprio

A principal prova em Gêmeos é aquela na qual o discípulo precisa tornar-se um ser humano de ação e o desejo tem que ser trazido para o mundo da concretização. O plano físico é o lugar onde se obtêm a experiência e as causas iniciadas no plano da mente têm que se manifestar e alcançar objetividade. É o lugar onde se abrem novos campos de percepção e novos conhecimentos são obtidos, e onde estes conhecimentos têm que ser transmutados em sabedoria. Sem compreensão na aplicação do conhecimento, o ser humano perece.

A prova a ser vencida pelo discípulo é aprender, no campo da mente cerebral e em consciência vígil, a registrar o contato com a alma e reconhecer-lhe suas qualidades.



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O discípulo acredita no fato da alma, na possibilidade da perfeição, no caminho que deve ser trilhado; só que esse “acreditar” ainda não foi transmutado em conhecimento do reino espiritual (sabedoria). Ele está entregue a uma crença e não à realidade da existência da Alma.

O 3° Trabalho narra justamente as fases que o discípulo tem que percorrer para conseguir sentir a presença da Alma, o Eu interno. Quando se vivencia a verdade daquilo que se buscou por tanto tempo, caem as crenças e, então, sabe-se.

Neste trabalho, Hércules passa por cinco testes diferentes, típicos da etapa em que a alma e os corpos do indivíduo fazem a tentativa de relacionar-se entre si. Ao longo destes testes, o discípulo vai aprender, sem pensar em si mesmo, um momento sequer, a agir, a por em prática o que tinha aprendido em teoria: a coordenação dos corpos da personalidade com a própria Alma.

O auto-esquecimento, que leva a energia correta no ato de servir ao outro, elimina qualquer decepção e faz com que não haja pressa. Assim, os corpos da personalidade vão se organizando e, através de uma ação interna, da qual o eu pessoal não tem consciência, a ligação da Alma se estabelece.

E) Tarefa a ser desenvolvida – Aprender a arte de deixar as coisas acontecerem

Diz Dane Rudhyar: Gêmeos, regido por Mercúrio, é cheio de uma vívida ânsia e curiosidade por sensações

e conhecimento> Com cândido ardor ele procura ligar todos os atos, classificar todos os dados, catalogar os deuses e as estrelas, planejar aventuras a todo transe. Este é seu maior dom: sua ávida curiosidade e sua paixão por adquirir conhecimentos em geral.

Uma coisa ele tem que aprender: a compreender primeiro e depois agir. Junto ao Portal, através do qual vai viver suas experiências, ele precisa para e ouvir

para poder aprender que toda natureza obedece a leis que não podem ser violadas e que a natureza é estruturada por ciclos que têm que ser obedecidos.

Aquele que se esforça por alcançar o objetivo deve aprender a deixar que o objetivo aconteça a ele, não com uma passiva expectativa nem com um descuidado anseio, mas no silêncio e pausa que é a paz. A paz compele todos os mistérios a se revelarem. Ansiedade não é tudo; é necessário o poder decorrente da compreensão.

A arte de deixar as coisas acontecerem é o maior dom a ser desenvolvido pelo discípulo cuja totalidade do seu ser supervaloriza seus esforços com intensidade para ser “consciente” a todo custo – só que consciente do que está acontecendo com ele.

Quando ele desenvolve esta qualidade, ele passa a estar no limiar de todas as experiências com intensa consciência e positiva abertura mental, sem pressa, com serenidade, sem esforço ou sem o desejo de encaixar as configurações entretecidas dos acontecimentos em fórmulas estabelecidas.

É aprender a difícil arte de ser positivo e controlado, enquanto deixa as coisas acontecerem de acordo com seu próprio ritmo natural, É ir adiante com firmeza e ansiosa determinação e, todavia não forçar nada.

Não se entra nos domínios da sabedoria apressadamente. A sabedoria não é montada por fragmentos, pedaço a pedaço, compondo rapidamente um arcabouço e sobre ele colocando tudo o que está disponível.

A sabedoria é um dom, e o discípulo deve aprender que assim é, e ir desenvolvendo-a sem esforço, serenamente, com fé e beleza, pois só assim o coração lhe compreenderá o sentido e aceitá-la-á por parecer-lhe óbvia.



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F) Pensamento- semente – Eu reconheço meu outro eu, e no seu declínio eu cresço e resplandeço.

É preciso não se deixar distrair pelas múltiplas coisas que adentram em nossa consciência; é preciso ajustar-nos àquilo que é essencial e que nos é adequado. É ir adiante com firmeza e ansiosa determinação e, todavia não forçar nada, até que o ritmo próprio opere e o santuário seja revelado.



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4° TRABALHO – A Captura da Corça A) Mito B) Simbolismo do Mito C) Arquétipo astrológico – CÂNCER -21/06 – 21/07 D) O Trabalho do discípulo – Desenvolvimento da intuição E) Tarefa a ser feita – Conhecer bem seu lugar / a prova da estabilidade nas lutas no plano

físico F) Pensamento-semente – Eu construo uma casa iluminada e lá habito A) Mito

Leitura das páginas 81 a 84 do livro “Os Trabalhos de Hércules


O mito nos fala que a corça, que Hércules procurava, era sagrada para Ártemis e era protegida por Diana.

Diana, “a caçadora dos céus”, portando arco e flechas, era deusa pura, sem desejos, sem culpas e protetora dos animais da floresta.

Ártemis era a deusa da natureza selvagem, da fecundidade e da Lua. Da mesma forma que a natureza selvagem resiste à conquista humana e castiga os que tentam penetrar em seus mistérios mais íntimos, assim a deusa Ártemis chegava a se tornar às vezes cruel.

A natureza do ser humano é formada de vários aspectos que são fases de uma única realidade que é a sua consciência.

Na fase de evolução que o ser humano atravessa, ele é um animal e por isso precisa agir e reagir no meio ambiente em que ele vive.

Para assim agir e sobreviver, ele possui a qualidade do instinto; o instinto é a consciência da forma, o modo da forma estar consciente, atenta diante dos perigos.

O instinto animal está ligado a Ártemis, a deusa da Lua, que por isso disputa a corça sagrada. O ser humano, porém, é também um ser que possui uma mente que raciocina, que analisa e que critica; ele tem a faculdade da percepção e das respostas lógicas e intelectuais.

O ser humano com seu instinto, seu intelecto toma consciência do mundo dos contatos físicos e das condições emocionais que daí derivam. Com o intelecto ele percebe o mundo do pensamento e da idéia.

Hércules, assim como os iniciantes, já alcançou o estágio da percepção instintiva e inteligente, mas é preciso que ele alcance agora um outro mundo que tem seu próprio método de contato e seu aparelho de resposta: a intuição.

Hércules, durante um ciclo de vida, dedicou-se a caçar a corça, o instinto; depois o gamo, o intelecto. Mas o objetivo de sua busca era outro e por isto ele continuou em outro ciclo de sua vida caçando e buscando.

Finalmente, Hércules capturou e levou a sua caça para o templo, onde foi reclamada por Apolo, o deus Sol, que reconheceu na corça a intuição espiritual; o sentido de uma viva percepção que dá ao discípulo a visão de novos campos de contato e lhe revela uma nova maneira de ser. A partir daí, o mito vai revelar uma série de fatos importantes.

A corça, caçada por Hércules, passa a ser reclamada por Apolo, o deus Sol, que reconhece da corça, a intuição; por Diana, a caçadora, que nela via o intelecto; por Ártemis, a deusa da Lua que julgava fosse ela apenas o instinto animal.



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Apolo diz: “A corça é minha; todos os espíritos repousam em meu seio, portanto essa corça, também”. Apolo dirige-se para Ártemis e lhe diz: “Não entres neste templo” ; e diz para Diana: “Podes entrar somente por alguns instantes”.

Neste Mito, a corça representa os vários aspectos de Hércules, alguns já conhecidos e outros em potencial.

A corça, às vezes, significa o instinto, a parte mais material e por isto ela é sagrada para Ártemis, a deusa da Lua.

A corça, às vezes, significa o intelecto e por isso ela é sagrada para Diana, a deusa da juventude e da pureza.

A corça, às vezes equivale à própria intuição, a luz que traz em si todas as soluções. Dispensando o uso do raciocínio e por isso reclamada por Apolo para ser guardada no templo sagrado da Alma.

C) Arquétipo Astrológico – CÂNCER – (21/05 – 21/06)

Câncer é um signo Cardeal, Passivo / Negativo, ligado ao elemento Água. Câncer é o 4° signo e corresponde à 4ª Casa do Zodíaco.

Câncer é o último dos quatro signos chamados signos preparatórios, seja quando consideramos a involução, a descida da Alma para a Matéria, seja quando consideramos a evolução do discípulo à medida que ele se esforça para subir do reino humano para o reino espiritual.

Sendo equipado com a faculdade da mente em Áries, com o desejo em Touro e tendo chegado à compreensão de sua dualidade essencial em Gêmeos, o ser humano encarnado entra, através do nascimento em Câncer, no reino humano.

Nestes quatro signos, o discípulo prepara seu equipamento e aprende a utilizá-lo. Em Áries, ele se apossa de sua mente e procura submete-la às suas necessidades,

aprendendo o controle mental Em Touro, ele recebe o primeiro lampejo daquela luz espiritual cujo brilho aumentará

progressivamente à medida que ele se aproxima de sua meta. Em Gêmeos, ele não só se apercebe dos dois aspectos de sua natureza, como o

aspecto imortal começa a crescer, às custas, do mortal. Com o signo de Câncer atingimos o ponto mais profundo no círculo do Zodíaco;

atingimos o acesso à dimensão arquetípica e às camadas mais profundas da nossa natureza, do nosso Ser, através do qual estamos ligados a tudo o que vive.

Diz A.A. Bailey: “Câncer é a porta para a manifestação, onde a Alma adquire corpo denso; aqui nasce e é aperfeiçoada a personalidade, ao mesmo tempo começa o Fundo do Céu, a ascensão para a individualidade consciente em Capricórnio, seu signo oposto”.

Polaridade Câncer – Capricórnio, eixo da individualidade. Capricórnio é a porta aberta para a iniciação no sentido esotérico e para a

individualização, no psicológico. Esse eixo de polaridade indica que Câncer, o signo da dependência coletiva, do instinto

de rebanho é o oposto do estado de consciência individualizada. Nesse eixo reconhece-se a diferença entre a consciência de massa e a consciência individual.

Câncer é assim uma das portas do Zodíaco pela qual a Alma entra no mundo físico, tomando uma forma, com a qual se identifica durante muitos ciclos. É, porém a porta que permanece amplamente aberta e fácil de ser transporta. Essa porta está associada à natureza material, a mãe das formas. A outra porta, Capricórnio, está associada ao Espírito, ao pai que tudo é.

A Lua é o regente ortodoxo de Câncer que representa, não apenas o apego às formas, mas os nossos hábitos conscientes.



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A Lua contrasta fortemente com Mercúrio, regente de Gêmeos. Em Gêmeos, a mente está conscientemente ativa, ao passo que em Câncer opera num nível de sentimento psíquico, instintivo e inconsciente.

Câncer é apegado ao passado, à tradição, ao lar e à família. A família é um apego muito particular para os que têm Sol, Lua ou o Ascendente em Câncer.

Netuno é o regente esotérico de Câncer. Na mitologia grega, Netuno é o Deus dos Mares e era um grande desintegrador que usava um tridente para dissolver os apegos.

Netuno é o planeta da Fé e a fé é necessária para deixar de lado o passado e abrir-se ao futuro, em vez de se manter agarrado às formas exteriores com a tenacidade do caranguejo. É preciso sacrificar a maneira antiga, os antigos apegos para passar a confiar na intuição.

Netuno é um libertador, ele não dissolve nada do que ainda é necessário. Ele apenas impede que o discípulo continue preso ao que o limita ou ao que se interpõe no caminho de seu desenvolvimento.

Em Câncer, a Lua rege a natureza das formas, e Netuno rege a consciência. Em Câncer, a Lua faz do canceriano um ser emocional, com uma forte necessidade de

dependência e com o anseio de ter sempre alguém a quem proteger ou revelar seus sentimentos. Assim ele é dependente de outros.

Em Câncer, Netuno o sensibiliza para impressões mais elevadas, capacitando-o a assumir tarefas para a comunidade, pois compreende que é parte dela; isto significa servir conscientemente.

Através dos planetas sensíveis, Lua e Netuno, a expectativa e a esperança, o desejo e o anseio passam incessantemente pela vida do discípulo.

Os Planetas localizados na 4ª Casa descrevem o carma da pessoa, as circunstâncias que a rodeiam no princípio e no fim da vida. Eles indicam, também, a natureza do carma familiar.

Câncer e a 4ª Casa são muito importantes para o iniciante.

D) O Trabalho do Discípulo – Desenvolvimento da Intuição A busca que o discípulo empreende ora se identifica com o passado (instinto), ora com

o presente (intelecto), ora com o futuro (Intuição), etapas evolutivas da humanidade. O trabalho do estudante consiste em: depurar a mente de todos os elementos instintivos, aquieta-la ( o que equivale a purifica-la dos aspectos intelectuais comuns) para pô-la em ordem. Assim, não deixando que pensamentos vagos se sucedam desordenados, a percepção superior começa a desenvolver-se.

A consciência humana é apenas embrionária em Câncer, porque é a mente da massa que domina e não a mente individual. Quando a criatura, como Hércules e como qualquer ser humano, emerge da consciência de massa, abre-se para ela o instinto, o intelecto e a intuição; são três energias bem diferentes entre si, as quais ela tem que assimilar. A tarefa é transformar instinto em intuição usando para isso o próprio intelecto que deve compreender o processo, aceita-lo e participar dele.

Mas esse não é um trabalho a ser feito somente a nível de mente. O “coração” tem que se tornar ativo e isto acontece quando o estudante é coerente nas suas ações, quando as pratica independentemente das solicitações ou das influências externas; isto quer dizer, sem ouvir as vozes de Ártemis (dos instintos) ou as de Diana (da lógica racional) ao longo de sua vida. Para isto é preciso desenvolver uma paciência infinita e equânime para nunca perder a alegria mesmo diante de fatos aparentemente tristes.



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D) Tarefa a ser feita – Conhecer seu lugar – a prova da estabilidade nas lutas no Plano Físico

No modelo cíclico do Zodíaco são encontradas as diferentes fases da luta, sempre renovadas, entre a tendência para a individualização e o impulso para a vida em grupo. Esta luta está simbolizada na seqüência periódica das estações, do ciclo anual da vegetação.

A Primavera, ligada ao signo de Áries, é o tempo em que a vida procura se expressar em organismos específicos, diferentes uns dos outros, de acordo com seu estágio de evolução. É a estação em que todas as energias vitais e substâncias materiais procuram harmonizar-se e integrar-se dentro do campo exclusivo de um dado organismo e dentro de uma personalidade individual.

Esta procura de equilíbrio atinge seu auge no verão, no signo de Câncer. Câncer é o símbolo da integração pessoal, particular de identidade. Representa a

vontade de estabelecer um fundamento de identidade e consciência sobre um dado conjunto de valores. Representa a vontade de estabelecer um foco claro, mas estrito para a operação da vida e da mente; tal foco é exemplificado por um filho ou um lar. Ao tentar estabelecer este foco – meu filho, meu lar – é preciso evitar as reações subconscientes imediatas ou tardias que acontecem quando somente se procura satisfazer a necessidade vital, instintiva. É preciso que haja condições de deixar fluir o influxo espiritual.

Somente quando o medo daquela idéia misteriosamente opressiva de “perder-se numa vasta entidade coletiva” se transforma na compreensão do lugar que a criatura ocupa, por direito próprio, em tal entidade, é que a necessidade de Câncer é satisfeita. O dom de espírito outorgado ao signo de Câncer é que a pessoa saiba e conheça seu lugar.

Isto não quer dizer mero conhecimento intelectual, mas um conhecimento que pertence às raízes de seu ser, nas profundezas do sentimento, nas alturas da intuição espiritual.

Neste estágio do desenvolvimento humano em Câncer, a pessoa necessita essencialmente sentir cabalmente que pertence a algo e compreender que tem um lugar definido e uma função definida, claramente suas, na vida de qualquer grupo a que pertença.

Se faltarem estas condições de segurança interior, a pessoa pode se aferrar ao seu individualismo, a seus velhos padrões e as suas posses pessoais.

F) Pensamento-semente – “Eu construo uma casa iluminada e lá habito.”

Diz A.A. Bailey: A casa que você está construindo está iluminada? É uma casa cheia de luz ou uma

prisão escura? Se for uma casa cheia de luz, você atrairá a essa luz e a esse aconchego todos os que estão à sua volta e a atração magnética de sua alma, cuja natureza é luz e amor, a muitos salvará.



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5° TRABALHO – A morte do Leão de Neméia A) Mito B) Simbolismo do Mito C) Arquétipo astrológico – LEÃO – 22/07 – 21/08 D) O Trabalho do Discípulo – Desenvolver o poder e a coragem E) Tarefa a ser feita – Prova da pureza, da simplicidade F) Pensamento-semente – “Eu sou Aquele, Aquele Eu sou” A) Mito

Leitura das páginas 97 a 101 do livro “Trabalhos de Hércules”.


O 5° Trabalho simboliza um momento fundamental da caminhada que todo ser humano empreende: o domínio da personalidade, que nada sabe do trabalho criativo que precisa realizar e, por isso, age por conta própria.

A personalidade, antes de ser iluminada pela Alma, produz mais distúrbios do que equilíbrio porque ignora o plano evolutivo e o papel que lhe cabe desempenhar. Mesmo com boa vontade, disposição e intenção, ela erra mais do que constrói.

Ao se tornar consciente que uma tarefa precisa ser iniciada, a personalidade sente que tem uma meta a alcançar, que é a de equilibrar e dominar os instrumentos, os corpos, que ela usa para participar da vida da matéria. Quando o ser humano assume a tarefa de cooperar conscientemente com sua evolução, ele começa a trabalhar no aperfeiçoamento do seu caráter e no controle dos seus defeitos; ele começa a alinhar seus corpos e a tentar mantê-los coordenados e iluminados pela Alma. Ele precisa vencer para sempre o domínio da sua personalidade.

No 5° Trabalho, Euristeu impõe a Hércules a tremenda tarefa de matar o leão de Nemeia que devasta o país.

Depois de ter vencido as tarefas anteriores e de ser coberto com troféus e armas pelas suas conquistas, o herói sente-se forte e corajoso o suficiente para realizar esta nova tarefa. Hércules assume a tarefa, mas resolve não levar suas armas. Leva apenas um instrumento que ele mesmo fabricara com as próprias mãos. Ele sente que o Leão não será conquistado com aquelas armas, que o deixariam mais pesado e moroso; ele deveria ser dominado com algo mais direto e forte.

O Leão simboliza a poderosa personalidade, correndo de maneira selvagem e ameaçando a paz dos campos.

Ele vai em busca do Leão devastador de vidas e que atemoriza a população local. Começa, assim, a busca já que as informações sobre o paradeiro do Leão são desencontradas; sorrateiro, o animal era visto em diferentes caminhos e em várias situações. Mas é sabido que a fera tem um covil, onde se esconde.

Hércules, depois de algum tempo, consegue defrontar-se com a fera que urra furiosa. Hércules decide usar seu arco e lança a seta que apesar de acertar o alvo, cai no chão porque a pele do animal era muito dura. Ele usa várias setas e vai avançando sobre o animal, mas a fera vai recuando e foge de Hércules que o persegue até a caverna onde a fera se abriga de seus ataques.

Logo Hércules descobre que a caverna tinha duas saídas e, enquanto ele entrava por uma, o leão desaparecia pela outra. Hércules, então, decide bloquear uma das saídas e depois forçou o Leão a entrar na caverna, agora sem saída. Com o Leão encurralado,



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Hércules entra na caverna de mãos nuas e estrangula o Leão com sua força poderosa; retira a pele do animal morto e mostra ao povo de Nemeia que agora podia voltar a cultivar as terras e viver sem medo.

Em Touro (signo Fixo de Terra) o símbolo criativo expressando-se através do desejo, vemos o aspecto inferior da força criativa divina, o desejo sexual transmutado ou sacrificado em seu aspecto superior.

Em Leão (signo Fixo de Fogo) vemos a mente cósmica expressando-se no indivíduo como mente racional inferior; e este aspecto inferior igualmente tem que ser sacrificado, a pequena mente humana deve ser subordinada à mente universal.

O Leão de Nemeia simboliza a poderosa personalidade com sua mente inferior correndo de maneira selvagem e ameaçando a paz dos campos e que se esconde e se sente protegida em sua caverna.

Quando Hércules entra na caverna para dominar o Leão da personalidade, ele escapa pela outra entrada, que ele ardilosamente mantém sempre pronta com essa finalidade. Para que isto não mais aconteça, Hércules vai procurar fechar essa passagem. Hércules percebe que esta saída era mantida aberta pelo Leão (a personalidade) pelas suas fortes ações e reações emotivas, instintivas e intelectuais ligadas com tudo que o cerca. Ao fechar esta saída , Hércules terá o Leão dominado.

Entrando pela outra passagem, Hércules, a mente superior mata o Leão com as próprias mãos.

É com suas próprias mãos e engenho que o discípulo tem que simbolicamente matar a sua personalidade, o Leão, e usar a sua pele para que ela lembre a ele que é preciso sempre controlar a personalidade pela mente superior.

Diz A.A.Bailey: “Pois só depois de haver bloqueado a abertura das emoções pessoais, depois de

haver jogado fora, até sua clava, foi que, entrando pela outra abertura, ele pode subjugar o leão da personalidade dentro da caverna”.

C) Arquétipo astrológico – LEÃO ( 22/07- 21/08 )

Leão é o 5° signo do Zodíaco. É um signo Fixo, Positivo, ligado ao elemento Fogo. Leão é um signo de Fogo e como todos os signos de fogo está preocupado com o

desenvolvimento do Eu Superior. Em Leão, a criatura se liberta do Coletivo protetor, definido, mas não diferenciado,

tornando-se um Ser individual e auto-suficiente. Torna-se cada vez mais consciente de sua identidade ou do seu Eu. Cria seu próprio espaço de vida para o mundo em busca de experiências, aprendendo cada vez melhor a realizar o seu próprio Eu.

Leão é o centro do espaço que ele criou para si mesmo; o mundo gira “a sua volta”, e ele age como uma unidade controladora e atuante, liderando os outros através de sua radiação pessoal. Seu lema: “O forte é mais poderoso, quando só”.

Isto ao longo de seu desenvolvimento leva a uma consciência marcadamente egocêntrica. Mas quando ele começa a se sentir isolado e excluído, começa o retorno interior. O centro de sua consciência volta-se cada vez mais para seus semelhantes, para o grupo, até que ele se sinta parte do Grande Todo.

O Fogo ou a centelha divina é que impulsiona o desenvolvimento de um ser humano consciente e o impele para a abertura.

Em Áries, o Fogo está relacionado à construção do Eu; em Leão, a auto experiência; em Sagitário à abertura da consciência individual.

O Fogo é cósmico em Áries, é planetário em Sagitário e é solar em Leão.



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Em Leão, devemos, antes de mais nada, descobrir realmente o que é auto-consciência. Muitas pessoas pensam que são auto-conscientes, mas na realidade são apenas regidas pelo desejo, acreditando firmemente que possuem o direito de esperar que seus anseios sejam respeitados e atendidos.

A verdadeira auto-consciência mostra-se quando uma pessoa torna-se consciente de sua força interior, do seu potencial criativo, reconhecendo o significado e o propósito de sua vida e possuindo uma meta e um programa de vida definido, desenvolvido e decidido.

Quando alguém é impelido apenas pelas emoções e pelos desejos egoístas, isto não é sinal de auto-consciência.

A pessoa nascida no signo de Leão, ou com ascendente em Leão pode dirigir, as forças e o fogo solar que nele fluem, para seus semelhantes, confortando-os e lhes dando coragem, isto porque o signo de Leão é regido pelo Sol, tanto exotericamente, como esotericamente.

Em oposição ao signo de Leão está o signo de Aquário. O ensinamento nos diz que o ser humano é uma entidade espiritual que habita a

forma humana e, por sua própria vontade e é com pleno conhecimento que ele está aqui, com o propósito de elevar a matéria ao céu. O ser humano, na sua essência e realidade não é o que ele parece ser em Leão onde faz a auto-afirmação de sua individualidade. Ele só mostrará o que é, o ser com uma consciência universal, um ser completo em Aquário. Em Leão, ele começa seu treinamento.

D) Trabalho do Discípulo – Desenvolver o poder e a coragem

Hércules, o aspirante, expressando-se em Leão, visualiza a grande batalha que o aguarda; sabe que seu passado deve influir para que seu futuro venha ser cumprido. Para isto ele deve começar em Leão, a demonstrar o poder de ousar, para ser capaz de enfrentar a terrível luta que o espera nos próximos trabalhos. Para isto ele precisará matar o leão da sua própria natureza, sozinho e sem ajuda.

Para demonstrar o poder de ousar, de ter coragem ele vai se tornando um Ser Individual; cria seu próprio espaço de vida e sai à luta em busca de experiências. Assim aprende que o melhor é realizar seu próprio Eu. Ao desenvolver poder e coragem, o mundo passa a girar à sua volta e ele age como uma unidade controladora e atuante, liderando e dirigindo os outros através de sua radiação pessoal.

Isto faz com que em Leão, ele exija ambiciosamente poder, influência, distinção e prestígio. Mas, de repente, ele terá que rever suas prioridades quando se sentir isolado e excluído do fluxo de vida, por estar montado em seu solitário pedestal. O desejo por contato faz com que ele rompa as barreiras erguidas por ele.

Enfrentando o seu eu prepotente, ele tem que demonstrar poder e coragem para poder vencê-lo. É isto que Hércules faz e é isto que o discípulo precisa fazer assumindo responsabilidade, compreensão e sensibilidade para desenvolver a auto-consciência que tudo inclui.

E) Tarefa a ser feita – Desenvolver simplicidade

O ser humano, como todo ser vivo precisa agir. Todas as ações implicam movimento que requer o emprego de energia, que se transforma em poder – poder para fazer.

Leão é regido pelo Sol, que é o agente natural por cujo intermédio é liberada o poder, a energia para que a vida exista.



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O ser humano ao pensar, ao falar, ao agir libera poder no nível da personalidade. Para usar o poder ele precisa ter uma percepção consciente, uma clara motivação, uma boa intenção do que é preciso ser feito.

Consciência – Poder, este é o grande e trágico dualismo humano. Em todos os domínios da natureza, algum tipo de percepção, de consciência instintiva, resulta na liberação de poder, como um produto secundário,

Compete a ele, o ser humano, na medida em que é um ser consciente, como liberar este poder. Ele, o ser humano, deve ser o agente por meio do qual o poder é liberado de acordo com o caráter e ritmo intrínsicos desse poder e em resposta à necessidade humana que reclamou tal liberação de poder e para nenhum outro fim e de nenhuma outra forma. É agir em termos de necessidade inerente.

Uma personalidade humana é pura se libera sua parte do poder latente para a humanidade como um todo sem desperdício emocional de energia ou confusão mental.

A verdade ou o dharma de um ser espiritual consiste em todas as atividades necessárias ao completo e correto desempenho das atividades de sua vida como um ser encarnado. Tudo que seja necessário; nada que não seja necessário de verdade. A liberdade e a necessidade tornam-se idênticas.

O indivíduo é espiritualmente livre quando cumpre essencialmente sua finalidade. A única liberdade é a de desempenhar todos os atos necessários ao seu propósito espiritual; propósito este que está latente no próprio caráter dos poderes que se expressam na própria natureza do indivíduo. Quando ele entende verdadeiramente o caráter de seus poderes, compreende ao mesmo tempo, a natureza do propósito essencial de sua vida – a razão para a qual ele é livre. Mas se o indivíduo se identifica com o fascínio do uso dos poderes, ele estará a mercê de toda a qualquer energia que as circunstâncias lhe despertem no corpo e na psique.

F) Pensamento-semente – EU sou Aquele, Aquele Eu sou.

No signo de Leão, há a crise da individualização onde surgem as dificuldades de compreender e de saber usar o poder. Há ainda todo o esforço para a integração da personalidade.

São muitas coisas a serem enfrentadas, e muitas vezes, o indivíduo se fecha atrás de uma falsa coragem, de um falso orgulho, pois ele não aceita receber ajuda, por achar que ele mesmo pode dominar a situação.

Ele precisa reverter este processo e começar a desenvolver sua sensibilidade, não somente em relação ao seu próprio Ser, mas em relação aos seus semelhantes.

Ele precisa saber quem é, para saber o quanto ele pode e precisa realizar.



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6° TRABALHO – A tomada do cinturão de Hipólita A) Mito B) Simbolismo do Mito C) Arquétipo astrológico – VIRGEM – 22/08 -21/09 D) O Trabalho do Discípulo – Preparação para a 1ª Iniciação E) Tarefa a ser feita – Desenvolver Tolerância F) Pensamento-semente – Eu sou a Mãe e o Filho, Deus e a Matéria Eu sou. A) Mito

Leitura das páginas 111 até 113 do livro “Os Trabalhos de Hércules”.


Este Mito mostra que a guerra entre os sexos é de origem remota. Na verdade, ela está inerente na dualidade da humanidade e do sistema solar. Hoje, em pleno século XXI, a guerra continua, sem que a humanidade perceba que cada sexo, com suas características próprias, contribui com sua união para que a vida exista. Quem é mais forte? Quem é mais inteligente? Quem é mais criativo? A Lei das Vidas Sucessivas existe para que as criaturas experimentem todas as situações e aprendam a encontrar os meios para melhor vivenciá-las. Para isto, ora viverá como homem, ora como mulher para aprender a lidar com as energias inerentes a cada sexo.

O Cinturão simboliza a união dessas duas polaridades. Nesta dualidade, cada uma delas tem características psíquicas assim como

características mentais diferentes. Este dualismo não será ainda resolvido totalmente nesta fase da evolução humana.

Mas, à medida que esta dualidade for sendo trabalhada em nível de consciência, o equilíbrio das características masculinas e femininas estará se efetivando, harmonizando-se em sua oposição.

O Mito das Amazonas fala de mulheres guerreiras, adoradoras de Áries, o deus da guerra. Habitavam na Ásia Menor e em sua sociedade, nenhum homem era admitido, a não ser para propagar a raça. A luta das Amazonas contra os gregos era um tema favorito da arte grega.

No 6° Trabalho, exigido por Euristeu, Hércules tinha que se apossar do cinturão da rainha das amazonas, Hipólita, que lhe havia sido ofertado por Áries, como símbolo de poder e força. Este cinturão era almejado pela bela Admeto, filha de Euristeu que por isso ordenou a Hércules que o trouxesse.

Hércules parte para a cidade das Amazonas e, ao contrário do previsto por ele, é bem recebido pelas mulheres. Isto não agradou a Juno, que estava sempre procurando se vingar de Hércules. Juno passando-se por uma das amazonas, afirma que Hércules planeja raptar a rainha Hipólita. Enraivecidas elas vão contra o herói que surpreso não vê que a rainha se aproxima dele para lhe oferecer o cinturão; e o herói na tentativa de se defender mata a rainha e lhe arranca o cinturão, que representa a unidade e o amor.

Hércules mais uma vez está diante de outro fracasso, de mais uma morte; ele está aturdido e não consegue perceber o que realmente está acontecendo.

Tanto no 1° Trabalho, como neste 6° Trabalho, Hércules termina a sua tarefa deforma trágica. Em Áries, depois de dominar as éguas antropófagas, cheio de orgulho de sua força e poder, ele deixou-as por conta de Abderes, seu amigo fiel (a sua personalidade), que por não estar ainda preparado, não conseguiu reter as éguas que o matando, escapam. Hércules teve então que refazer sua tarefa.



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Em Virgem, ainda cheio de orgulho de sua força e poder por ter matado o Leão, vai ao encontro da rainha guerreira e, sem notar que ela estava lhe oferecendo o cinturão, arranca-o com violência e assim a fere e a mata.

Hércules não percebeu que sacrificou quem lhe vinha ofertar aquilo que ele estava procurando. Por que destruir quem nos ama e admira? Hércules não entende porque teve que matar.

Hércules se sente desesperado e arrependido; ele, tão confiante em seu poder, não consegue compreender mais um fracasso. O que o levou a tomar aquela atitude tão agressiva e antagônica diante da rainha? Ele precisa se redimir.

Hércules cheio de remorsos vê um monstro saindo das profundezas do mar, trazendo presa em sua boca uma jovem, Hesione, e sem pensar, esquecendo-se de si mesmo, joga-se ao mar e num rápido ataque, abre a boca do monstro, entra em suas entranhas para resgatar a moça. Com sua fiel espada ele rompe o ventre da serpente e a traz para a luz do dia. Com este ato ele equilibra sua ação anterior quando eliminou a rainha guerreira.

Hércules consegue compreender melhor o que se passou com ele, neste 6° Trabalho. Inconscientemente ele mata e para se redimir, num ato de amor, arriscando sua própria vida, ele salva a jovem Hesione.

Seu Instrutor lhe diz: “Medita sobre os caminhos da vida, refletindo sobre os caminhos da morte”.

Para o ser humano há sempre uma escolha, ou para o bem ou para o mal, dependendo do estágio de evolução e do seu grau de sensibilidade.

C) Arquétipo Astrológico – VIRGEM (22/08 – 21/09)

O signo de Virgem é o 6° signo do Zodíaco; é um signo Mutável, pertencente ao elemento Terra; ele representa a 6ª Casa.

Mercúrio é o regente ortodoxo de Virgem e a Lua é o regente esotérico. A palavra Virgo é de origem remota e significava a princípio, mãe. Vem da época que

o matriarcado dominava a civilização. Virgem é a mãe cósmica, o período que a Virgem abriga e oculta o gérmen da vida

espiritual que surgirá no signo de Peixes, o signo oposto. Vimos que em Leão, o indivíduo já está seguro de si, mas ainda não está seguro de

sua identidade social e assim faz de si algo maior do que ele próprio para garantir um lugar na sociedade.

No cultivo de si mesmo, em Leão, o indivíduo vai dar margem às manifestações que, superficialmente, parecem ser “orgulho” ou excesso de importância.

No signo seguinte, Virgem, há tanto conseqüência quanto reação a essa fase anterior, na qual a auto-consciência, a auto-expressão e a concentração são os pontos chaves; nessa fase, é necessário desenvolver a capacidade de discriminação com base na análise crítica das conseqüências das ações, reações e transações.

As paixões febris da fase leonina vão estar submetidas à crítica impiedosa de Virgem. Leão deve reconhecer através de Virgem que as coisas pequenas da vida também são importantes. E Virgem deve aprender, através de Leão, que é preciso saber ousar e assumir projetos maiores.

Neste signo, regido por Mercúrio, os próprios desejos e motivações são constantemente analisados e ele empresta a Virgem um raciocínio realista e sóbrio que nunca descamba para a especulação.



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A Lua é o regente esotérico que vai dar ao signo de Virgem, na sua procura fria dos detalhes e na sua praticidade de vida, o calor amoroso e generoso para poder levar adiante a sua missão de vida.

Virgem é o signo das experiências profundas, o local das crises lentas, suaves, porém poderosas; dos desenvolvimentos periódicos, que não obstante a escuridão onde ocorrem, levam à Luz.

Por ser um signo mutável, Virgem dá a impressão de frieza por estar sempre atrás da meticulosidade detalhista e de uma ordenação compulsiva para entender a vida.

O signo de Virgem representa a 6ª Casa do Zodíaco, a casa do instinto de preservação da vida e do impulso de conquistar a existência que correspondem à Lei da Matéria, ao aspecto Mãe.

O signo oposto ao de Virgem é o signo de Peixes. Esta polaridade representa a existência.

Virgem está sempre lutando pela existência, tanto no sentido espiritual como prático. Nesta luta, Virgem se mantém em movimento girando a roda da vida, mas o Eu interior precisa da maturidade interior para que as pequenas coisas da vida possam se realizar. Essa deve ser a verdadeira diretriz de Virgem e não permanecer presa ao lado formal da vida ao qual ela se agarra por necessitar de segurança material.

D) Trabalho do Discípulo – Preparação para a 1ª Iniciação

O signo de Virgem é um dos mais significativos do Zodíaco, pois sua simbologia diz respeito ao inteiro objetivo do processo evolutivo que é abrigar, nutrir e finalmente revelar a realidade espiritual oculta. Todas as formas velam esta realidade, porém a forma humana está equipada e ajustada de modo a manifestá-la de maneira diferente e assim, tornar tangível e objetivo aquilo para o qual todo o processo evolutivo foi planejado.

É em Virgem, após a completa individualização em Leão, que o primeiro passo para a missão do espírito e da matéria é dado, a subordinação da vida da forma à vontade da Alma que nela habita.

Vênus pertence à Cruz Mutável a que também pertencem Gêmeos, Sagitário e Peixes. Diz o ensinamento que esta cruz é predominantemente a cruz das “repetidas encarnações”, dos diversos experimentos nos vários signos com seus regentes ortodoxos e das inumeráveis experiências que conduzem a sucessivas e contínuas expansões da consciência.

Sob a influência de Virgem, a mente até então analítica e crítica, muda para aquela qualidade que as palavras iluminação e revelação melhor descrevem. A Vida é reconhecida e o processo da revelação da consciência crística está sendo inteligentemente desenvolvido e as aspirações egoístas e, os experimentos do ser humano não desenvolvido dão lugar ao altruísmo do discípulo iluminado e intuitivo.

Em Virgem, deve-se alargar a mente para uma visão maior, para um princípio ideal de vida, para que se possa trabalhar com mais convicção nas pequenas coisas.

No signo de Virgem nós servimos e nos empenhamos conscientemente pelo uso correto das energias e das formas.

E) Tarefa a ser desenvolvida – TOLERÂNCIA

Virgem é um dos signos mais significativos, pois ele assinala a fase da mudança em que o ego consciente, o eu menor, a personalidade sente o impacto do mundo onde tudo é relativo e onde a sua participação nessa totalidade deve ser apenas a de uma dentro de muitas outras partes. Ele sente este impacto, e recua com medo ou confusão, com



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angustia ou dor. Abalado por estas misteriosas revelações ele procura explicar, formular, criticar, fugir, inventar e se manter sempre em ação pensando e avaliando – enquanto a única coisa necessária seria estar quieto e em silêncio, para poder suportar a pressão do que está mudando a sua realidade. Para ele é importante encontrar novas técnicas que testemunhem sua capacidade de enfrentar situações novas e de se manter no controle das circunstâncias. Mediante esses esforços, o ego consciente, a personalidade procura inconscientemente bloquear a mudança evolutiva prestes a ocorrer. É dito que ele frustra Deus, inventando novos deuses.

Em Virgem deve acontecer a transformação da consciência e da personalidade que devem se renovar. As estruturas da personalidade podem ser conservadas, mas a finalidade dessas estruturas e a da própria personalidade, como um todo deve se renovar. Mas essa transformação não depende de novos artifícios ou de novas formas de culto. Ela só ocorre quando a natureza da substância da consciência é transformada. Isto vai ocorrer através das experiências, da aceitação franca e da compreensão dos novos fatos que a vida mostra.

Virgem simboliza o desafio que tanto o ser individual, como a humanidade, têm que enfrentar para permanecer como parte de um todo, que é a necessidade da renovação do propósito e da vontade para alcançar a transmutação. Para que isto possa acontecer é preciso arcar com a responsabilidade de uma busca incessante de conhecimentos mais amplos, de sentimentos menos possessivos e de comportamento e ações mais justas. Isto significa a capacidade de estar pronto e com o coração aberto quando Deus bater à porta chamando para um destino maior.

Para arcar com tal responsabilidade é preciso suportar o peso da necessidade de mudanças e de desenvolvimento onde o que quer que eles sejam necessários.

Suportar é o mesmo que tolerar; ser tolerante, ter tolerância. Tolerância é um dom da Alma. Ser tolerante com as opiniões, sentimentos e hábitos dos outros, é na verdade,

reconhecer que cada indivíduo tem o direito de viver e de pensar como bem lhe parecer. Mas a tolerância não é só esta atitude de “viva e deixe viver”. A tolerância é a clara compreensão de que nenhuma verdade é completa ou real, se não incluir o seu oposto e tudo o mais que ocorre entre ambos.

A Tolerância, a Compaixão e a Generosidade são as três grandes virtudes cuja aquisição favorece o caminho de todos os seres humanos.

Tolerância diz respeito ao coração e a Generosidade refere-se aos domínios da ação. Mas todas três são manifestações da mesma raiz que é a disposição a ser desenvolvida para que possa haver a experiência e daí assimilação dos aspectos sempre numerosos e variados da verdade, do amor e da ação sacrificial. Estas três virtudes favorecem o caminho de Virgem que é o caminho de crise e de reorientação pessoal.

Na fase de Virgem, os seres humanos, quando em crise, vasculham cada detalhe do passado, analisam os próprios sentimentos e se esforçam, após “reações retardadas”, na vã esperança de que, de um modo ou de outro, encontrarão a chave mágica. Buscam em toda parte olhando em todas as direções, exceto na direção da própria sombra, do seu eu menor, da sua personalidade. O modo de assimilar toda a Verdade é através da própria sombra, é assimilar a personalidade que procura a verdade.

A crise deverá ser vencida quando for vivida com tolerância. Junto com a Tolerância também deve ser desenvolvida a Paciência, o saber esperar

e o deixar amadurecer. Em Virgem não se deve desperdiçar forças, mas aprender a esperar pacientemente

até que o tempo esteja pronto para a ação que já está amadurecida. F) Pensamento-semente – Eu sou a Mãe e o Filho, Deus e a Matéria Eu sou.



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Esotericamente Virgem é a Mãe Cósmica, o elemento receptivo em relação ao

aspecto Pai e é por ele fecundada. Virgem representa também o “útero do tempo” no qual o Plano Divino lentamente

amadurece e do qual nasce, com dor e sofrimento, através de lutas e conflitos, a consciência de Deus em nosso coração.

A tarefa de Virgem consiste em guardar e finalmente revelar a realidade espiritual. A Matéria zela pela Alma oculta, alimentando-a e protegendo-a até que chegue o tempo certo dela se manifestar.



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7° TRABALHO – A Captura do Javali de Erimanto A) Mito B) Simbolismo do Mito C) Arquétipo Astrológico – LIBRA – 22/09 – 21/10 D) O Trabalho do Discípulo – Aquisição e integração do equilíbrio dos pares de opostos E) Tarefa a ser feita – Desembaraço F) Pensamento-semente – Eu escolho o caminho que segue entre as duas grandes linhas

de força A) MITO

Leitura das páginas 123 a 125 do livro “Os Trabalhos de Hércules”

B) Simbolismo do Mito Diz o ensinamento que a Alma, ao penetrar no mundo da matéria revestida por

envoltórios que lhe darão condições de ali viver, perde por uns tempos a memória de sua origem cósmica; o que vai prevalecer é uma entidade ou um indivíduo que só é consciente dos mundos físico, emocional e mental. Enquanto este indivíduo ou este ser estiver lutando pela sua sobrevivência no plano físico, ele não tem nenhuma consciência do que ele é realmente, e do que ele precisa fazer para saber quem ele é, e agir de acordo. Em quanto isso a Alma do indivíduo acompanha as etapas da sua evolução na matéria, vida após vida.

A história de Hércules narra as etapas básicas desta experiência pela qual a Alma percorre o seu caminho, quando ainda revestida da matéria da Terra. Nesta caminhada, o herói nunca está só, junto dele está o instrutor interno que é responsável pela sua evolução. Ele mostrará, ao herói, o que é necessário fazer nesse período da sua vida sobre a Terra, a fim de que ele possa realizar-se como indivíduo espiritualmente consciente, isto é, o indivíduo ligado à sua Alma.

Neste 7° Trabalho, uma nova tarefa o espera: a de capturar um javali devastador de terras. Seu instrutor lhe diz que a prova que ele vai enfrentar inclui a busca do equilíbrio que deve começar no plano físico. Diz-lhe ainda que é uma prova concernente à amizade e à coragem e onde é preciso o uso do discernimento. Ele entrega a Hércules um arco, mas como ele não intenciona matar, abandona a arma e segue de mãos vazias em busca do javali.

Por onde ele passa, percebe que as pessoas estão amedrontadas pela ferocidade do javali. Sem nada poder fazer, Hércules segue na procura e, mais adiante, encontra-se com um centauro, Pholos; ambos começam a conversar tão animadamente que Hércules esquece da sua meta, ainda mais que o centauro convida-o a beber do vinho do barril que ali estava e que pertencia ao grupo dos centauros, Tão entusiasmado estavam que convidaram um outro centauro, Cherion, para beber com eles, formando um trio muito alegre que, embriagados, começaram a fazer tanto barulho que são ouvidos pelos outros centauros que se aproximaram furiosos ao verem que eles estavam, indevidamente, bebendo do vinho daquele barril. Trava-se assim, uma luta selvagem e, Hércules, que não pretendia matar mais ninguém, vê os dois amigos com quem estivera conversando e bebendo, morrerem. Arrasado por mais estas mortes, Hércules segue na procura do javali que continua escondido.

O que se passa nesta primeira etapa deste trabalho? Hércules, como todo iniciante, quer levar adiante a tarefa de dominar suas emoções e

seus desejos. Mas esta tarefa não é das mais fáceis, visto que o desejo não pode ser controlado pela força física e, nem apenas pelo pensamento. Os dois centauros, um representando a força física (Phobos) e o outro o pensamento (Cherion), não conseguem



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dominar-se e festejam com o vinho alheio, embriagando-se; na luta que travam com os outros centauros são dominados e abatidos.

Este teste foi para demonstrar o que é preciso para controlar a natureza emocional e mental do desejo, seja qual for a forma que ele assuma.

Fica claro para o herói que não é possível controlar ou guiar a natureza do desejo somente pela força física ou pelo pensamento. Pode-se, até, por um período conseguir, mas depois tudo retorna.

Na busca do prazer e da alegria, Hércules só queria beber o vinho acompanhado de seus amigos; mas a catástrofe acontece e o sofrimento da perda é necessário para o herói retornar a sua busca. Sem as tragédias e sem sofrimento, as potencialidades do herói permanecem adormecidas.

É no signo de Libra que começa uma nova jornada para o discípulo: a fumaça do prazer deve ser dissipada antes que a tarefa maior do autodomínio, que é a captura do javali do desejo, possa ser cumprida.

Para isto, Hércules depois de procurar a melhor forma de capturar o feroz animal tem a idéia de lhe preparar uma armadilha. Tarefa fácil para ele. Tudo preparado, fica de sobreaviso até que o javali se aproxima faminto e cai na armadilha.

O javali, depois que cai na armadilha, luta desesperadamente para escapar e, assim vai perdendo suas forças. Hércules pôde então capturar a fera sem usar a força bruta.

É próprio do signo de Libra, evitar o encontro direto para não desperdiçar forças além do necessário. Este é um signo onde os objetivos são conquistados gentilmente e não sob coação.

Com o javali prisioneiro, Hércules tenta domesticá-lo e ensina-lo; assim, o javali vai se tornando dócil. Depois disso, Hércules pôde entrar na cidade levando o javali seguro pelas patas traseiras e totalmente dominado. Todos ficaram espantados vendo tal cena, e Hércules muito satisfeito por ter realizado a tarefa, dançava e cantava.

Este 7° Trabalho nos mostra que é preciso saber olhar as coisas que às vezes nos parecem incongruentes e sem nexo; saber olhar, sem tanta seriedade e sem tanta severidade; saber rir é importante.

A visão de Hércules conduzindo o javali por suas patas traseiras é a representação simbólica da alma dirigindo o desajeitado corpo físico. Isto foi conseguido através de uma perfeita organização para se obter o equilíbrio. Isto pode ser feito com alegria e beleza. C) Arquétipo Astrológico – LIBRA – 22/09 – 21/10

Libra ou Balança é considerado o signo mais difícil de ser compreendido. Libra é um signo Cardinal, masculino ou positivo, ligado ao elemento AR e representa

os assuntos da 7ª Casa do Zodíaco. O signo de Libra está representado por uma balança que simboliza o equilíbrio. Uma

Vênus vendada, simbolizando a Justiça, carrega a balança numa mão e na outra a espada (símbolo de Marte, regente de Áries, seu signo oposto).

Já que Libra é o signo do equilíbrio, tudo tem que ser cuidadosamente avaliado e pesado a fim de captar as mais sutis nuances e diferenças de qualidades. Mas este equilíbrio não é estável, é um equilíbrio dinâmico que é alcançado através do reconhecimento cuidadoso das diferenças de qualidades e da capacidade de julgamento e discernimento, bem como da habilidade de permanecer incorruptível no próprio centro.

Libra é o primeiro signo acima do horizonte, onde vemos a luz do dia. Virgem foi o último signo individual e Libra é o primeiro signo social.



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O ser humano deixa a fase do aprendizado dos seis primeiros signos, que é o caminho do conhecimento e do aprendizado, para iniciar a segunda fase que é a da compreensão e da sabedoria.

Conhecimento diz respeito a tudo aquilo que pode ser diagnosticado e definido; diz respeito a tudo o que pode ser racionalmente aceito como fato a ser comprovado experimentalmente. Relaciona-se com o lado material do desenvolvimento.

Sabedoria refere-se à razão mais elevada, ao desenvolvimento de vida dentro de envoltórios e formas em constante mutação e da consciência em expansão. É a percepção intuitiva da verdade que independe do julgamento racional e das regras padronizadas.

Sabedoria é a capacidade de adaptar-se cada vez mais aos critérios superiores. O ser humano sábio tudo compreende pois sua visão abrange todo o desenvolvimento. Ele vê o começo e o fim de uma situação. É dito que quanto mais se sabe, menos se julga.

Este desenvolvimento começa com o signo de Libra. Libra é o signo oposto ao signo de Áries, quando começa a atuar o princípio da

individualidade e o ser humano se coloca no centro. Na fase de Libra, “o outro” é colocado no centro. Em Áries, o desenvolvimento foi interno, pois o indivíduo concentrou tudo em si mesmo. Já em Libra o crescimento ocorre externamente.

A polaridade Áries-Libra é o eixo do encontro com o outro. Nesta busca por um parceiro que o compreenda plenamente e que o alivie de suas

preocupações, o outro não é visto como realmente ele é, mas sim de como poderá ser usado. Assim a visão do outro é restrita e limitada, pois o parceiro não pode ser percebido em sua verdadeira natureza.

Um dos pontos cruciais no desenvolvimento humano é a associação com outras pessoas, em especial com um parceiro, em pé de igualdade.

A fase de análise crítica e de auto-crítica que indivíduo percorreu em Virgem, agora deverá ser bem utilizada, pois neste signo os contrastes são ressaltados e é preciso grandes esforços para chegar a um equilíbrio entre coisas e fatos que se afiguram conflitantes e desequilibrados.

Libra é a necessidade que temos de unirmo-nos a alguém ou a alguma coisa. Para isto é preciso criar laços com o outro, ter necessidade do outro e tornar-se responsável por aquilo que cativa. Para Libra isto não é feito com emoção pois este sino não vê com o coração mas com o intelecto, pois é um signo de Ar,

Em Libra podemos aprender que para haver um encontro livre e verdadeiro com o outro, devemos ser desinteressados e abnegados, dando ao outro a liberdade ser ele mesmo. Assim entraremos em contato com o outro em toda extensão do seu Ser. Somente. Assim, a comunicação e o encontro verdadeiros tornar-se-ão possíveis.

Diz o ensinamento: quanto menos o ser humano pensa em si próprio, tanto mais completo ele é, tornando-se assim capaz do Amor altruísta.

O problema humano entre o Eu e o Você mostra-se na tensão entre os pólos Áries e Libra. Apenas uma pessoa segura e auto-consciente (Áries) tem a possibilidade de se sintonizar verdadeira e honestamente com os outros, dedicando-lhes simpatia, amizade (Libra) sem, no entanto se deixar afetar.

Porém quem ainda não aprendeu a lidar com seu próprio desequilíbrio e está inseguro e bloqueado internamente, dificilmente poderá se voltar para os outros de maneira livre e aberta.

O discípulo deve ter em mente que, judiciosa e intencionalmente, depois de refletir sobre os vários caminhos, ele deve escolher aquele que lhe pareça ser mais correto e desejável. É fazendo e agindo que temos que encontrar o que é mais útil e produtivo, pois toda ação produz um resultado e a mente judiciosa (a mente que bem julga) é que avalia a causa e o efeito mais corretamente.



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Vênus é o regente ortodoxo de Libra e Urano é o regente esotérico. Vênus é o planeta que simboliza a necessidade de valorizar emocionalmente e

afetivamente tudo o que vivenciamos e, também, de receber e expressar afeição. Por isto Vênus está ligado às parcerias, à cooperação, a harmonia, ao senso estético e artístico.

Quanto a função sensualidade-sexualidade de Vênus em Libra, está ligada diretamente à sedução e às ações que objetivam “estar atraente”.

O planeta Urano representa o que dá a percepção intuitiva de existir “algo” a mais no mundo dos fenômenos, acessíveis apenas aos órgãos sensoriais, junto com uma forte impressão de que os limites convencionais só poderão ser transcendidos através de uma maior aproximação com os conhecimentos, ditos ocultos, que estão ligados ao lógico e ao racional.

D) O Trabalho do Discípulo – Aquisição, integração do equilíbrio dos pares dos

opostos. O signo de Libra é um signo de estabilização, de cuidadosa apreciação de valores

para que seja encontrado o correto equilíbrio entre os pares de opostos. É o signo no qual aparece a primeira visão real do caminho e da meta que o discípulo deverá seguir. Este é o estreito caminho do fio da navalha que se estende entre ao pares de opostos. Para que seja percorrido com segurança é exigido o desenvolvimento de um sentido de valores e o poder de realizar corretamente a faculdade analítica e equilibrada da mente.

A balança é o símbolo do equilíbrio, que ora pende para um lado, ora para outro, e que nunca é alcançado, pois nenhum deles é dominante. O ser humano, também oscila numa e noutra direção; ele balança entre os pares de opostos. A importância deste signo na vida do ser humano é grande, porque ele mostra a peculiar dificuldade, a curiosa experiência oscilatória tão angustiante e tão confusa tanto para o ser humano comum quando procura ser inteiramente humano, como para o aspirante ou o discípulo cujo foco de interesse é a vida da Alma.

Para o discípulo a busca deste equilíbrio é fundamental, porque ele traz ainda dentro de si tudo aquilo que tenta arrasta-lo pelos velhos caminhos, pelos antigos hábitos e pelos arraigados desejos.

É em Libra que tem que ocorrer o balanceamento entre os pares de opostos, onde é preciso ser alcançada a solução por meio da atividade da mente judiciosa (aquela que bem julga) e também do estabelecimento de um ponto de equilíbrio entre os princípios masculino e feminino, entre o negativo e o positivo; escolher entre aqueles que cegamente acompanham o instinto, os costumes e hábitos e aqueles que possibilitam livremente ascender para onde possam escolher e serem auto-dirigentes em sua conduta e atitudes.

Esta busca de equilíbrio é que pode levá-los a uma ou outra direção na roda da vida. Leva-los a seguir o desejo egoísta, o apego ou levá-lo a seguir a aspiração espiritual.

É preciso lembrar que o equilíbrio não é um estado estático, mas sim dinâmico onde é preciso toda atenção e toda compreensão para achar o “caminho do fio da navalha”. E) Tarefa a ser feita – Desembaraço

Libra é o 7° signo do Zodíaco a partir do qual o trabalho do discípulo estará voltado para o serviço. Nos outros seis signos, ele foi desenvolvendo e aprendendo a usar seu potencial que, se bem usado, fará ele dele um ser social responsável e consciente do que é preciso fazer em seu benefício e daqueles com quem ele convive.

Quando ele iniciou sua jornada no signo de Áries, foi preciso que ele aprendesse a sobreviver corretamente. Ele teve que aprender a usar a força poderosa de Marte (o Deus da Guerra). Saber usá-la no momento certo, de maneira certa; para isto ele teve que



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aprender a se adaptar em cada confronto; para se ganhar uma guerra, às vezes é preciso perder algumas batalhas. Estas perdas são necessárias para se conseguir uma melhor condição ou uma melhor maneira para vencer as batalhas seguintes.

Para chegar em Libra, o discípulo teve que desenvolver adaptabilidade, desapego, paciência ou confiança, simplicidade, tolerância, adaptabilidade.

Nesta nova etapa, o discípulo vai se confrontar com os desafios que necessariamente vão ocorrer quando ele entra no seio do coletivo, pois ele estará no eixo eu / outro.

Neste encontro, ele deve aprender a ajustar-se às necessidades próprias dos tempos e, também, aos costumes e usos da coletividade onde ele vive. Neste encontro, o discípulo vai defrontar-se com outros seres humanos que julgam que têm todos os direitos. Superficialmente todos são iguais, porém à nível de consciência, as diferenças são muitas. O discípulo tem que aprender a lidar com estas diferenças que nem sempre estão evidenciadas; por isto é importante desenvolver primeiramente a tolerância.

Ser tolerante não é aceitar tudo, mas é saber viver cada situação compreendendo que o desenvolvimento total da identidade significa abandonar as limitações e a rigidez centradas no ego, no eu menor e acolher tudo o que for diferente, porém assimilável. A abrangência ou a inclusividade representa um grande esforço sobre a mente e os sentimentos.

O enfrentamento ou o relacionamento pode se dar em três níveis: enfrentar o semelhante, enfrentar o inferior e enfrentar o superior. Em cada um deles, as experiências são diferentes, porque em cada uma a sensação de segurança varia, assim como a atitude diante do outro com o qual o indivíduo se relaciona.

Como fazer de modo que estes relacionamentos fluam? Diz Dane Rudhyar no livro “Tríptico Astrológico”: No enfrentamento, o indivíduo deve, antes de tudo, sobreviver; mas não deve trair os

seus objetivos mais íntimos. Deve aprender a ajustar-se à necessidade dos tempos, não deixar passar despercebido seu propósito e tornar sua vontade mais férrea.

Para isto ele precisa desenvolver destreza, agilidade, desenvoltura para remover os embaraços, as dificuldades. Ser desembaraçado não significa estar agindo sem tensão ou sem aflição. Pode até ser isto também, mas o mais importante é aprender a ser corporativo. O desembaraço (facilidade demonstrada na maneira de agir) é o desenvolvimento natural da potencialidade inerente de cada um; ele deve ser fácil e lógico.

O desembaraço pode ser visto como a ausência dos fantasmas de ontem (medos e dúvidas) e a completa identificação com um amanhã mais abrangente.

A arte de viver é arte de enfrentar todos os poderes e todos os desafios da natureza humana e da vida social-coletiva com desembaraço, que por sua vez, é fruto da plenitude de uma consciência serena e fiel ao Eu superior – fim e princípio de toda manifestação humana.

F) Pensamento-semente – Eu escolho o caminho que segue entre duas grandes linhas

de força. É o equilíbrio entre os pares de opostos que dificulta a compreensão do ser humano,

que parece vacilar, se bem que não por muito tempo, do que é preciso ser feito e do caminho a ser escolhido.

Para o ser humano comum, que não desenvolveu ainda a consciência espiritual, o ensinamento diz: “Que a escolha seja feita”.

Mas para o discípulo que está envolvido no processo evolutivo, a resposta vem da Alma: “Nada deve ser rejeitado, nem nada deve ser aceito como verdadeiro tudo deve ser testado quanto à sua qualidade correta”.



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8° TRABALHO – A Destruição da Hidra de Lerna

A) Mito B) Simbolismo do Mito C) Arquétipo Astrológico – ESCORPIÃO – 23/10 -22/11 D) O Trabalho do Discípulo – Controlar e superar os Desejos E) Tarefa a ser feita – Trabalhar a não identificação F) Pensamento-semente – Guerreiro eu sou, e da batalha surjo triunfante. A ) MITO

Leitura das páginas 137 e 138 do livro “Os Trabalhos de Hércules”

B) Simbolismo do Mito – Leitura das páginas 137 até 145 do livro “Os Trabalhos de Hércules”

C) Arquétipo Astrológico – ESCORPIÃO – 22/10 – 21/11

Escorpião é um signo Fixo, Negativo/Passivo pertencente ao elemento Água. Escorpião é o 8° Signo e representa a Casa 8 do Zodíaco.

É dito que Escorpião é um signo de crise, de conversão, de orientação e de transformação que começa com a destruição da harmonia e do equilíbrio, que foram atingidos no signo de Libra, quando, neste signo, entram em ação as leis da vida e do desenvolvimento que afetam as eternas transformações no mundo das formas. As mudanças e as incertezas que daí surgem não são fáceis de serem compreendidas em Escorpião, que é um signo Fixo que quer se prender ao já estabilizado por acreditar em sua aparente segurança.

Escorpião vai ter que aprender que a evolução não permite estagnação, nem apego, nem segurança absoluta, mas um constante avançar e uma reação flexível quanto às transformações que a vida possa trazer.

Em Escorpião, o discípulo deve encontrar a segurança dentro da insegurança; para isto é preciso que ele esteja sempre atento, consciente do constante movimento, não se prendendo a nada e sempre fluindo. Para manter esse movimento, ele deve passar continuamente pelos processos da morte e do renascimento. Aprender a se libertar da cadeia da matéria e aprender a viver as incertezas. Ao assim fazer, Escorpião está sempre criando formas novas, apegando-se a elas e em seguida destruindo-as por elas impedirem seu desenvolvimento. No desenvolvimento espiritual, atua a Lei da Evolução do crescimento contínuo e não da estagnação. É preciso haver movimento não inércia.

Por isso em Escorpião encontra-se a exigência psicológica e espiritual do eterno morrer e renascer. Este processo contém toda força que mantém o processo da criação em movimento. Assim, Escorpião tentará penetrar no mais profundo significado da vida na Terra e no sentido da vida humana.

Processos de transformação em cada nível da psique humana estão indissoluvelmente ligados a Escorpião. Esses processos mostram que, ao penetrar nos segredos da psique humana, muitos valores pessoais devem ser jogados fora para não impedir um posterior crescimento.

Esta é a grande prova pela qual o discípulo passa. O signo é fixo, indicando a tenacidade de Escorpião que irá a qualquer extremo para conservar seus valores ou aquilo que ele encara como ideal.



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Escorpião sendo um signo do elemento Água está ligado aos sentimentos e as emoções, mas ele não luta pelo desejo de segurança material (como em Touro do elemento Terra), porém pelas intensas necessidades emocionais.

No signo de Escorpião, o discípulo passa por crises muito importantes e dolorosas, mas apesar disso, é um dos períodos mais criativos. Nesta fase ele se defronta com a escolha de afundar ou não em suas emoções. Ao se afundar em suas emoções vai viver com grande intensidade todas elas, podendo aparecer assim uma grande possessividade, resultando em ciúmes e comportamentos violentos e ofensivos.

Mas, se o estudante já estiver numa fase de desenvolvimento, ele vai poder penetrar nos segredos da natureza desinteressadamente e vai poder mergulhar naquilo que parece misterioso, porque superando a sua crise, ele transforma uma reação emocional pessoal num instrumento de puro sentimento e compreensão.

O signo de Escorpião é o oposto do signo de Touro. Este eixo é chamado de Eixo da Posse. As paredes e os limites que Touro constrói para proteger seu próprio eu, suas posses e seu conforto, devem ser rompidos e destruídos em Escorpião de modo que o caminho para o desenvolvimento futuro seja liberado.

Essas muralhas de proteção são construídas com tudo aquilo que necessitamos e amamos. Essa atitude, perante a vida, insensível e limitante, de cuidar apenas de si mesmo, não deixa que haja o amadurecimento e o desenvolvimento verdadeiros. É em Escorpião que esta atitude deve ser modificada e ele vai lutar para destruir os desejos egoístas e os limites confinantes, derrubando o aparentemente sólido eu que acredita estar seguro. Ao assim fazer, Escorpião representa a força polar entre as forças da vida e as da morte e a da morte e do renascimento.

A Casa 8 por isto é a Casa da regeneração física e espiritual, do renascimento psicológico, da degeneração e da morte e também das conclusões.

É, através do signo de Escorpião e das atividades da 8ª Casa do mapa do nascimento, que tem lugar um tremendo teste de transformação para cada um dos estudantes. É aí que ele morre para o anseio de realização de desejos pessoais ( que se iniciou em Áries, na 1ª Casa) e é forçado, seja através da aspiração espiritual ou seja através do desespero material e emocional, a abandonar o apego ao ego pessoal (a sua personalidade). É nesta Casa que esse ego pessoal deve morrer.

Em Libra, o teste anterior, ensinou o significado e o processo de unificação. Em Escorpião é dado um passo mais a frente, permitindo que o estudante mergulhe pela primeira vez nas águas da experiência coletiva da vida.

Marte é o regente ortodoxo de Escorpião e Plutão o regente esotérico. Temos então Escorpião, Marte, Plutão e 8ª Casa. Marte o deus da Guerra que está sempre voltado para as guerras, para todas as

manifestações materiais, não está, por isto, interessado nas transformações nos planos mais sutis da consciência. A humanidade está sempre em luta envolvida nas conquistas territoriais e econômicas. Este caos existente no mundo é produto da falta de consciência da existência de uma ordem cósmica fundamental e da relutância em obedecer e promover amorosamente esta ordem até que o equilíbrio seja alcançado.

Plutão está relacionado com a Consciência e a sua evolução. Cada personalidade que a Consciência manifesta, vida após vida, possui uma natureza intrínsica que ela vivencia de modo próprio e com o objetivo de evoluir. Cada personalidade está ligada ao seu passado evolutivo e a sua história cármica.

Coexistem dentro da Consciência em evolução dois desejos: um é o de não estar preso a nada, é o de se separar daquilo a que ela está ligada, a Alma. O outro é o desejo de se juntar a Alma e retornar à Causa Primeira da Criação.



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É por causa desses desejos arquetípicos que a história da evolução pessoal e coletiva, através de um sem número de vidas, é tão longa. À medida que o ser evolui através das vidas, ele começa a dissipar ou eliminar esse desejo de separação. Começam a aparecer as perguntas: “Por que estou aqui?” “Quais as lições que devo aprender?”

D) O Trabalho do Discípulo – Controlar e superar os desejos

O trabalho em Escorpião é o trabalho que tem absorvido e absorverá por longo tempo os estudantes e discípulos. Diferente de Hércules, eles ainda não venceram a hidra, pois estão ocupados com coisas fúteis, assim como Hércules fez em suas primeiras tentativas.

O verdadeiro teste de Escorpião só começa quando o estudante já estiver coordenado, isto é, quando a mente, a natureza emocional e a natureza física estivem funcionando como uma unidade.

O estudante entra em Escorpião pensando já ter conseguido o equilíbrio. Mas, de acordo com o que ele tem que enfrentar, seu equilíbrio fica subvertido, confuso e o desejo vem de forma exagerada.

A mente, que ele estava certo de estar começando a controlar a sua personalidade, não parece agir. Ele precisa, então, demonstrar para si mesmo que ele tem que superar a grande ilusão. A matéria, a forma não pode mais detê-lo, pois a forma não é mais que um simples canal de expressão pelo qual ele pode contatar o campo de manifestação divina.

A personalidade não é para ser morta, nem pisoteada. Ela precisa ser reconhecida como um triplo canal de expressão para os três aspectos divinos.

Vai depender dele, usar a tríplice personalidade para fins egoístas ou divinos. A grande ilusão é a utilização da personalidade para fins egocêntricos. Ao compreender que é preciso vencer as ilusões e as miragens, o estudante vai poder controlar e assim superar os desejos que são os formadores das ilusões.

Em Escorpião, Hércules demonstrou o fato de que não poderia ser dominado por mais tempo pela serpente da ilusão. Ele livrou-se do medo, da miragem e de tudo o que poderia enganá-lo.

E) Tarefa a ser feita – Não Identificação

A Hidra simboliza, desde a antiguidade, o mal, os erros e as falhas vividas pelos seres humanos ao longo de sua caminhada. Ela é o resultado dos pensamentos mais tenebrosos forjados pela humanidade desde os seus primórdios.

O ser humano não se dá conta que ele está sempre alimentando os apetites das nove cabeças da monstruosa hidra. Quando ele começa a se dar conta de que está alimentando o que o aniquila, só cabe a ele destruí-la. Como decepar as nove cabeças da hidra que se move nas areias movediças do pântano, aonde a luz não chega nunca?

O ensinamento diz que primeiro de tudo, é preciso que o estudante não se identifique e nem sinta necessidade daqueles alimentos que saciam aquelas nove cabeças como: o medo, o ódio, o desejo de poder, o orgulho, a separatividade, a crueldade, o apego ao conforto e ao dinheiro bem como ao sexo. Ao não se identificar (ao não ter necessidade), o discípulo começa a desenvolver em si mesmo as qualidades da humildade, da coragem e do discernimento.

Ter humildade é ser capaz de se colocar na posição correta diante dos acontecimentos da vida.

Ter coragem é decidir não se desviar do que acontece em cada momento e estar atento às ilusões que apareçam.



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Ter discernimento é poder ver o que é preciso ser feito no exato momento presente, sem as fantasias sobre um futuro e as lembranças de um passado.

Estas três qualidades começam a brilhar quando o discípulo não mais de identifica com aqueles apetites, porque está concentrado no aqui e no agora; e se está lúcido do momento que vive, ele percebe as reações da hidra e pode decepar a cabeça imortal do monstro.

A hidra representa o perigo que espreita os que têm Escorpião em evidência em seu mapa, pois leva-os a extremos pela predominância dos poderes da dissolução e, ao mesmo tempo a luta pela preservação da vida. Vida e morte lutarão pelo predomínio. A vitória só pode vir quando não existe mais a identificação (a necessidade) com as forças da dissolução, quando se renuncia ás dúvidas e às atitudes pessimistas e às chamada tendências inferiores. A moderação é a qualidade mais importante a ser desenvolvida em Escorpião.

É preciso lembrar o que diz o ensinamento: “A virtude pode se transformar facilmente em vício”.

F) Pensamento-semente – Guerreiro eu sou, e da batalha surjo triunfante

As palavras chaves do signo de Escorpião são: prova, experiência e triunfo. Guerreiro, tal como Arjuna, é aquele que precisa enfrentar seus inimigos, mesmo que

esses inimigos sejam queridos e importantes para ele. Ele vai ter que enfrentar e superar a totalidade dos fatores psíquicos e espirituais

ainda não dominados, para que a vida interior possa florescer plenamente. Esses fatores emergem das profundezas do passado e representam a totalidade das tendências instintivas, das ilusões herdadas, das falsas atitudes intelectuais e de todas as pressões psíquicas. Para isto ele terá que usar a força da vida criativa e redentora.



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9° TRABALHO – A Morte dos Pássaros de Estinfalo A ) Mito B) Simbolismo do Mito C) Arquétipo astrológico – SAGITÁRIO ´23/11 – 22/12 D) O Trabalho do discípulo – Acabar com as tendências do pensamento destrutivo E) Tarefa a ser feita – A arte de viver em companhia F) Pensamento-semente – EU vejo o objetivo, alcanço o objetivo e vejo outro objetivo. A) Mito

Leitura das páginas 151e 152 do livro “Os Trabalhos de Hércules”.


Neste mito, os pântanos simbolizam a mente envolvida pelas emoções. Hércules, assim como acontece com os aspirantes, embora possa ter triunfado em

Escorpião, possui ainda uma natureza emocional bastante forte. Ao chegar aos pântanos da Acádia, Hércules constatou que eles estavam repletos

de aves ferozes, que danificavam tudo o que havia ao seu redor; porém elas estavam ocultas nos ramos dos arbustos sem que pudessem ser localizadas. Dentre tantas aves ferozes, Hércules conseguiu perceber três grandes pássaros. Cada um deles tinha um bico de ferro afiado como uma espada; as penas se assemelhavam a dardos de aço que ao caírem cortavam tudo o que atingissem. Estes pássaros ferozes com seus bicos cortantes representam o poder do mau pensamento e das más palavras que vêm de uma mente envolvida por emoções mesquinhas, como: o orgulho, a inveja e a ignorância de sua própria força.

A tarefa de Hércules era matar esses pássaros destruidores. Para isto, ele tenta se aproximar, mas é sempre ameaçado por eles. Hércules lembra-se das palavras de seu instrutor: “além da mente, há uma luz que indica a direção segura; concentra-te que uma idéia nova virá”.

Em seu trabalho anterior, quando se livrou da Ilusão (em Escorpião), Atena havia lhe dado alguns pratos que quando agitados faziam muito barulho. Os enormes címbalos de bronze emitiram um som mais estridente do que o som dos pássaros, um som sem igual no mundo capaz de penetrar nos níveis mais sutis da Terra e dos indivíduos.

Foi esse ruído dissonante que amedrontou os pássaros e fez com que três deles levantassem vôo tentando fugir do pântano. Hércules cavalgando seu cavalo alado matou-os com suas flechas. O que representam os três pássaros que Hércules ou o discípulo tem que eliminar com suas flechas?

Os pensamentos e as palavras possuem uma grande força que pode se tornar destrutiva. Para o discípulo, que pelo seu esforço pode manipular este poder, a responsabilidade é muito maior, pois o pensamento e a atividade da palavra são suas principais ferramentas. O discípulo tem que estar atento a este poder do pensamento, pois ao pensar de maneira errada, o mal que daí advêm, é mais potente do que o mal feito por quem ignora este poder.

Os pássaros do mito representam a tagarelice e a maledicência, o falar egoisticamente e o falar sobre assuntos para os quais os ouvintes não estão prontos.

Diz A. Bailey: Esta é a lição de Sagitário: restrição da palavra através do controle do pensamento.

Isto nos manterá ocupados, porque depois de abandonar o uso das formas comuns da



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fala, como por exemplo falar de futilidades, será preciso aprender a silenciar sobre as coisas espirituais. Você terá de aprender sobre o que não dizer sobre a vida da alma e também de coisas para as quais as pessoas não estão preparadas.

O reto uso do pensamento, o calar-se e a conseqüente inofensividade no plano físico, resulta na libertação. Estamos aprisionados ao planeta, não por alguma força externa que nos mantenha ali, mas pelo que nós mesmos temos dito e temos feito. No momento em que não mantivermos mais relações erradas com as pessoas por causa das coisas que dissermos quando deveríamos ter ficado calados, no momento em que pararmos de pensar coisas que não deveríamos pensar sobre as pessoas e os fatos que aconteceram, pouco a pouco aqueles laços que nos prendem à existência planetária serão rompidos e, assim, estaremos livres para escalar a montanha em Capricórnio, como faz o bode.

Todo estudante está tentando trazer harmonia às suas vidas procurando contatar a serpente da Sabedoria. Comecem com o pensamento e a palavra e comecem hoje.

O ensinamento antigo diz: “Para aquele que é inofensivo, toda inimizade cessa”.

C) Arquétipo Astrológico – SAGITÁRIO – 23/11 – 22/12

Sagitário é o 9° Signo do Zodíaco; é um signo Mutável, Masculino/ Positivo e pertence ao elemento Fogo.

Em Escorpião, Hércules demonstrou a si mesmo o fato de que ele não poderia ser dominado por mais tempo pela serpente da ilusão. Aí, ele livrou-se do medo e da miragem que poderiam enganá-lo e, assim a visão pode ser vista.

Em Sagitário, tal como em Escorpião, Hércules assumiu e completou o trabalho iniciado em Áries, onde ele lidava com o pensamento em sua fonte. Em Sagitário ele demonstra completo controle do pensamento e da palavra. Em Sagitário desenvolve-se o pensamento independente, livre das normas e dos critérios coletivos e dos objetivos egoístas.

No momento em que o discípulo se liberta da ilusão, ele entra em Sagitário e vê o objetivo, que ainda não tinha sido avistado porque entre ele e o objetivo sempre há aquela nuvem de pensamentos-forma que o impede de vê-lo.

Sagitário é o signo preparatório para Capricórnio onde a montanha será escalada quando houver restrição da fala e do controle do pensamento.

Essa é a lição de Sagitário: restrição da fala através do controle do pensamento, que vai permitir que dimensões superiores da mente sejam alcançadas; que se reconheçam as proporções corretas e se perceba as relações que existem entre as coisas e assim ser possível encontrar a orientação e a meta adequadas.

O símbolo mais antigo do signo de Sagitário é o Centauro, o ser mitológico, metade homem, metade cavalo. Ele simboliza a Alma atada à natureza material, atada à parte física com seu egoísmo, seus desejos e ambição.

Depois Sagitário foi simbolizado pelo arqueiro montado no cavalo branco, com seu arco e suas flechas. O arqueiro representa, neste símbolo, a Alma que se libertou de sua natureza inferior e que domina, agora, o seu cavalo, não mais se identificando com o animal e, dessa forma, sabendo dirigi-lo rumo ao objetivo de seus esforços.

Atualmente, o símbolo mais usado é a flecha que aponta para o alto. A flecha é o símbolo do mirar e do disparar, isto é, da mente e do esforço dirigido para alcançar metas cada vez mais elevadas. É em Sagitário que o discípulo se torna uno com a sua meta espiritual.

O signo oposto a Sagitário é o signo de Gêmeos formando o Eixo do Pensamento. O conhecimento concreto, racional de Gêmeos opondo-se à contemplação

significativa, superior em Sagitário. No signo de Gêmeos, a força da expansão impulsiona



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ao aprofundamento dos estudos, à aquisição de novos conhecimentos, promovendo, assim, o desenvolvimento do intelecto e da mente racional.

No signo de Sagitário, a força de expansão estimula a auto-observação, o raciocínio, o julgamento capacitando uma visão própria do mundo. É o caminho que leva do “intelecto à intuição”, do eu menor para a Alma.

A força que atua no Eixo do Pensamento é que leva ao verdadeiro auto-conhecimento que dá acesso à consciência universal que revela os segredos do Plano da Evolução.

Sagitário sendo um signo pertencente à Cruz Mutável, sabe aceitar as coisas como elas são; enquanto seus princípios e suas verdades não forem acessados, ele sempre se adaptará a todas as circunstâncias.

O planeta Júpiter é o regente ortodoxo de Sagitário que propicia aos que nascem neste signo jovialidade, lealdade e senso de justiça. Júpiter propicia ainda uma grande visão, uma meta a ser alcançada. Embora sem saber como alcançar seus objetivos permanece fiel à sua visão contemplativa trabalhando incansavelmente em seus pensamentos. Sonha com um futuro melhor e vai em busca dele.

O regente esotérico de Sagitário é o planeta Terra que corresponde ao Terceiro Raio, o da Inteligência Ativa. Assim, a inteligência será bem desenvolvida em Sagitário, não somente quanto ao aspecto intelectual, como em Gêmeos, mas quanto à intuição que provem de uma perspectiva mais elevada.

O planeta Terra representando o Princípio da Realidade, faz com que os pensamentos e as opiniões em Sagitário passem pela dura prova da realidade. Eles não podem permanecer como castelos erguidos no ar. A Terra fará com que Sagitário volte sempre à realidade, tanto através da árdua luta pela vida, quanto pelo fato de gostar de viver neste mundo. Por tudo isto Sagitário se torna um verdadeiro mestre. Ele é um signo intuitivo devido ao elemento Fogo.

Em Sagitário, o discípulo gosta de viajar, de adquirir novos conhecimentos e depois trazê-los de volta para a casa. Sagitário ama e aprecia suas visões, suas idéias e ideais e, essas visões imaginárias se transformam em estruturas de pensamentos que podem ser transmitidos. É o retorno da flecha da intuição que poderá iluminar os assuntos mais obscuros.

Diz A. Bailey: O verdadeiro Sagitariano é uma pessoa muito potente; potente porque é o signo do silêncio; potente porque é o signo da direção definida e a meta é vista pela primeira vez com a devida clareza; potente porque é o período que precede imediatamente o nascimento do Cristo.

D) Trabalho do Discípulo – Acabar com as tendências do pensamento destrutivo.

Neste 9° Trabalho, as três aves se destacam das outras que vivem no pântano, por terem bicos afiados que cortam e penas pontiagudas que ferem e destroem tudo o que está em volta.

Na sua caminhada, o discípulo precisa aprender como é grande o poder do som e das palavras que o ser humano pronuncia. O som forma uma rede energética que mantém integrado todo o plano físico do planeta. É no plano etérico que se constrói tudo o que pertence á realidade do mundo concreto. Essa energia atua nos planos emocionais e mentais. Palavras são sons que conforme são pronunciadas emitem vibrações que tanto podem ajudar uma força a evoluir ou mata-la.

As três aves representam as tendências destrutivas que o pensamento pode assumir quando transformado em palavras que são pronunciadas sem nenhuma atenção quanto às conseqüências que daí virão.



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As três aves representam a tagarelice que é praticada inconsequentemente durante vidas; as informações reveladas àqueles que ainda não estão prontos para escuta-las; o falar onde há a auto-valorização em detrimento do outro.

O estudante deve aprender, com o tempo, além do caminho e da seleção das palavras a inofensividade ao pronunciá-las. A inofensividade não tem nada a ver com passividade, mas com a ação correta e de caráter construtivo. Aquele que afuguenta os pássaros não é agressivo; ele está somente fazendo com que os pássaros, tal como são, não destruam o que é preciso ser feito.

É necessário que o estudante transforme e eleve sua palavra para mais tarde, ele poder ouvir os sons que existem dentro dele. A primeira etapa desse processo de transformar e elevar é o do auto-controle. O estudante deve procurar cortar ao máximo o número de palavras proferidas no correr do dia a fim de estar mais apto para refletir antes de falar. Evitando o falar meramente compulsivo, haverá mais tempo para pensar e refletir.

A segunda etapa é a da reflexão. Nesta etapa o estudante seleciona as palavras e passa assim a construir o seu falar inteligentemente.

A terceira etapa começa quando a palavra é precedida da reflexão e pode ser, assim, controlada possibilitando interromper uma frase ou até modifica-la antes de pronunciá-la, se o que seria dito for considerado supérfluo ou agressivo.

Sem selecionar as palavras, o estudante não pode ter a visão clara da meta interna e externa da sua vida. Este controle é importante, mas ele não pode ser encarado como uma repressão, mas sim como uma forma de disciplinar0 seus pensamentos a fim de eliminar tudo o que possa perturbar que ele alcance sua meta: a ampliação e o crescimento da consciência.

E) Tarefa a ser desenvolvida – A arte de viver em companhia, a arte da camaradagem.

Diz Dane Rudhyar: O ser humano é um ser social, porém o desenvolvimento de uma consciência

verdadeiramente social é gradual, tanto no desenvolvimento histórico das comunidades humanas como com referência ao lento desdobramento da criança e do adolescente. O que vem em primeiro lugar é o desenvolvimento de uma consciência pessoal que se baseia nos impulsos e nas experiências biológicas. Esta fase corresponde à primeira metade da seqüência dos signos do zodíaco, de Áries a Virgem, sendo Virgem uma fase de reajustamentos, e mudanças e críticas.

Áries e Touro correspondem ao alvorecer da história humana, ao estágio tribal durante o qual a consciência do ser humano se esforça por emergir do seu estado indiferenciado de subjetiva identificação com o universo e com as energias da natureza.

O resultado desses esforços voltados para uma percepção, classificação e organização mais objetivas do mundo experimentado é a fase do desenvolvimento humano representada pelo signo de Gêmeos, o signo da consciência intelectualizada, das formulações verbais e de todas as atividades mentais, através das quais o ser humano emerge como pessoa mais ou menos individualizada. Aí aparece a vontade de ser um ego separado, centro de um pequeno universo, através de cujo espaço o ego pode difundir-se.

Estes três signos, Áries, Touro e Gêmeos correspondem, no hemisfério norte, à primavera que simboliza a tendência rumo à diferenciação e à singularização individual.

Os outros três signos: Câncer, Leão e Virgem que correspondem, no hemisfério norte, ao verão, simbolizam a necessidade dos seres humanos de se reunirem em função de requisitos comuns. Neste tempo, os frutos do trabalho realizado na primavera e no verão são colhidos para garantir a sobrevivência futura.



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Nos outros três signos, Libra, Escorpião e Sagitário, que correspondem no hemisfério norte, ao outono, o ser humano começa a buscar abrigo permanente para proteger-se tanto da natureza física como da natureza psicoemocional.

Já nos signos de Capricórnio, Aquário e Peixes, que correspondem no hemisfério norte, ao inverno, os seres humanos compreendem que o fato de terem se reunido para suportar melhor o frio e a obscuridade dos longos invernos estimula o aparecimento progressivo de um novo tipo de experiências e percepções. Da comunhão de abrigo, alimentação e depois de planos, ideais e valores nasce a consciência social.

Em Libra começa a busca de abrigo e proteção, onde os seres humanos precisam defrontar-se com seus iguais para atuar segundo uma meta comum, apesar das diferenças superficiais. Em Libra há o desenvolvimento da arte de viver para enfrentar todos os poderes e os desafios da natureza humana e da vida social coletiva. Isto é realizado pela união simbólica de mãos.

Em Escorpião, a união de corações e de poderes criativos é a base de um novo âmbito de experiências.

Em Sagitário os seres humanos atingem a fase da união de mentes. A consciência social encontra seu próprio campo de operação e a civilização emerge da natureza. Os conceitos, as idéias e os sistemas filosóficos abstratos nascem da generalização das experiências.

Tudo isto é possibilitado pela criação da linguagem. As palavras detêm e liberam o poder gerado pelas ações e reações dos seres humanos e de suas experiências comuns. Através de palavras, os resultados das experiências podem ser transmitidos. As palavras possibilitam a comunicação entre os seres humanos. Quando a linguagem pode ser registrada, torna-se um meio de ligar o tempo e de vencer a morte.

A comunicação entre gerações, bem como, entre seres de terras distantes fica possível e, assim, fica possível, também, as civilizações e as culturas se desenvolverem.

A civilização está ligada à transferência das experiências; a civilização é por tanto a organização de generalidades e de valores universais.

O caráter universalista e intemporal da civilização leva a um desafio: o das limitações. Tudo que é universal limita a experiência individual. A substância da transferência pertence a todos, pois ela é universal, mas o ato vivo da transferência é de indivíduo para indivíduo.

As grandes teorias e os esquemas de âmbito mundial podem ser, e muitas vezes têm sido, nocivos ao bem estar e a vida dos indivíduos.

As verdades mais abrangentes têm sacrificado inúmeras criaturas que não estão preparadas para elas e que às vezes reivindicam o direito de formular essas verdades de acordo com seu próprio temperamento.

Os ensinamentos vindos das experiências de muitos, têm que ser passados aos outros seres humanos, ao longo do tempo, de uma maneira que considere cada ser como um indivíduo com suas características e suas necessidades, não ao nível de convicções abstratas e dogmáticas, mas de um viver concreto, efetivo, do dia a dia.

Viver bem em companhia de outro significa encara-lo como uma pessoa única que requer formas únicas de cooperação e de entendimento. As pessoas convivem em companhia uma das outras, não só devido a um passado ou a uma ancestralidade comum, mas acima de tudo, devido a atividades comuns e, principalmente devido a um propósito comum. Este conviver em companhia é uma arte, uma das mais difíceis porque requer das pessoas (que estão convivendo juntas) um agudo senso de atenção para detalhes, uma técnica objetiva de um intercâmbio mútuo, bem como a compreensão do sentido e da finalidade das atividades que os mantêm juntos.



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Este bem conviver é o ápice da consciência social, mas que pode se tornar um tanto negativo quando as metas sociais passam a ser mais importantes que o bem estar e a liberdade dos indivíduos. Isto acontece quando os objetivos, as formulações recebem mais importância que os seres humanos. É esse muitas vezes o preço da civilização e da busca incansável daquilo que está sempre mais além: a busca sagitariana de Deus.

Um líder religioso sagitariano pode estar disposto a destruir personalidades a fim de “salvar almas” de acordo com seu conceito de salvação e espiritualidade. Buscando Deus, o líder sagitariano pode destruir os valores humanos na busca de resultados sociais, religiosos ou administrativos.

A arte de bem conviver constitui um dom essencial do espírito. Cabe a nós, os estudantes, viver em companhia como camaradas e amigos. Radiar em nossas vidas cotidianas o amor, o grande amor dos camaradas, dos companheiros. Por mais longe que a mente do ser humano vá é o coração e o amor dos seres humanos que representam o indestrutível fundamento de um futuro criativo. Saber viver bem em companhia de outros é a essência vital de toda civilização fiel ao espírito.

F) Pensamento-semente – Eu vejo o objetivo, alcanço o objetivo e vejo outro objetivo

O princípio central de Sagitário é o constante prosseguir. O discípulo está em incessante e incansável busca da verdade suprema, mas sabe, ao mesmo tempo, que nunca irá encontra-la.

Para o discípulo o conflito entre o objetivo absoluto e o ideal, por um lado, e entre o real e o atingível, por outro lado, que o atormenta, é, ao mesmo tempo, o que o estimula em seu processo de crescimento.



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10° TRABALHO – A morte de Cérbero, o guardião de Hades. A) Mito B) Simbologia do Mito C) Arquétipo astrológico – CAPRICÓRNIO – 23/12 – 20/01 D) O Trabalho do Discípulo – A elevação da personalidade – Impessoalidade E) Tarefa a ser feita – Desenvolvimento do senso de integridade pessoal F) Pensamento semente - Mergulhado em Luz celestial estou, porém volto as minhas

costas para essa Luz. A) MITO

Leitura das páginas 165 a 167 do livro “Os Trabalhos de Hércules.

B) Simbolismo do Mito Nos trabalhos anteriores, Hércules passou pelo seu inferno pessoal, simbolizado

pelos diferentes pântanos. Agora, ele ingressa no inferno coletivo. Tendo aprendido a lidar com o próprio subconsciente, tem condições, agora, de servir em âmbito maior; ampliar sua capacidade de prestar serviço é uma verdadeira realização do ponto de vista da alma. Ele vai aprender, não por “ouvir dizer”, mas através da experiência.

A partir deste décimo Trabalho, Hércules está todo voltado para o altruísmo. Nele, Hércules enfrenta o Inferno para libertar a humanidade de si mesmo. Passa pelo rio escuro, para perceber que não poderá estar totalmente livre enquanto houver uma última alma prisioneira. (Bodhissatva).

No 3° Trabalho (Os pomos de ouro), Prometeu também estava presente, simbolizando o próprio Eu Superior de Hércules acorrentado à matéria. Neste 10° Trabalho, o herói encontra-o novamente, porém, em outra etapa da sua história evolutiva; aqui, a situação de Prometeu representa a situação de toda a humanidade que só pode ser libertada por Hércules depois que ele próprio tenha deixado de ser prisioneiro. À medida que nos libertarmos das cadeias que nos prendem é que nos tornamos aptos a ajudar o próximo e, passamos, assim, a sermos cada vez mais úteis ao Plano Evolutivo.

Mas como libertar Prometeu acorrentado? Sobre uma rocha, com suas mãos e pés presos por fortes correntes, que o prendem

a anéis de ferro, Promete prostrado, geme de dor. Um abutre feroz bica o fígado da vítima de onde jorra uma corrente de sangue. Para que ninguém pudesse salva-lo, guardando o caminho, está Cérbero, um cão enorme com três grandes cabeças, cada uma com serpentes enroladas em seus pescoços. As três cabeças simbolizam: a sensação, o desejo e as boas intenções.

A cabeça central, o desejo, é logo atacada por Hércules, por ela ser a principal e a que motiva e orienta as outras duas. Sem o desejo, as boas intenções que nem sempre correspondem à verdadeira necessidade, tanto a própria como à dos outros, se desfazem.

As sensações, cuja origem está no desejo e deixam sempre a mente ocupada num nível ilusório, ao serem destruídas, deixam a mente livre.

As serpentes, que estão sempre enroscadas e emaranhadas, simbolizam as ilusões que impedem a vida espiritual do ser humano. São, tanto, as serpentes do materialismo, do consumismo e do apego aos objetos, às pessoas e às situações, como as serpentes de natureza psíquica, como o medo. O medo é um dos maiores desafios que a humanidade tem enfrentado ao longo de toda a sua evolução. Ele está sempre presente em todos os níveis e situações.



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Agarrando a garganta central de Cérbero, Hércules reteve-a em seu abraço, enquanto o monstro debatia-se até findar suas forças. Livre do cão. Hércules vai ao encontro de Prometeu. Rapidamente parte as cadeias e liberta o sofredor

C) Arquétipo Astrológico – CAPRICÓRNIO – 23 /12 – 20/01

O signo de Capricórnio é o 10° signo do Zodíaco; é um signo Cardinal, pertencente ao elemento Terra; ele representa a 10ª Casa.

O planeta Saturno é o regente ortodoxo e também o regente esotérico de Capricórnio.

O signo de Capricórnio ocupa o ponto mais elevado do Zodíaco, representando o auge do desenvolvimento humano, os objetivos espirituais mais elevados que o ser humano pode atingir. Astrologicamente, ele marca um novo quadrante e espiritualmente, um novo estado de consciência.

No signo de Sagitário, o Homem obteve, através de seus próprios esforços, uma consciência do EU capaz de pensamentos independentes e que, a partir das múltiplas possibilidades, começa a formar a sua própria visão do mundo.

Em Capricórnio, signo de Terra Cardinal que expressa Vontade, as verdades teóricas estabelecidas em Sagitário são postas à prova na prática, na realidade da vida.

A auto-realização e a individualização dependem de uma Vontade que funcione perfeitamente, pois ela combina os vários elementos da natureza humana numa unidade funcional e provocando, assim, a integração ou a reformulação da personalidade.

Todas as possibilidades em potencial, todas as metas a serem atingidas e, até também, os estados indesejáveis, são estimulados pela força da Vontade, vitalizadora e conscientemente dirigida, até que uma forma perfeita e lapidada surja, correspondendo ao verdadeiro Ser interior. Isto quer dizer que em Capricórnio há um desafio em usar, de maneira construtiva, todas as coisas disponíveis dentro dos limites que cercam o ser humano.

Em Capricórnio devemos aprender a conviver com as estruturas, reconhecendo nosso lugar na sociedade e desempenhando nossa parte na manutenção da sua estabilidade. Quando compreendermos e aceitarmos o fato de que somos parte de uma estrutura maior, tornamo-nos mais conscientes de nossa obrigação de contribuir para ela. A força da Vontade torna-se poderosa em Capricórnio e ela poderá ser acionada ou ativada para alvos bons ou ruins, dependendo do estágio de desenvolvimento, da ética e da visão daqueles que atravessam esse signo.

Em Capricórnio, o ser humano está com os pés no chão e, ao mesmo tempo, ele se move livremente para escalar ou as alturas da ambição humana ou as da aspiração espiritual. Sempre estará caminhando para o topo da montanha e jamais encontrará sossego no vale. Sempre estará sendo impelido para as alturas, para as metas mais elevadas das aspirações humanas.

Capricórnio é o símbolo da personalidade firmemente estabelecida em si mesma, da individualidade plenamente consciente. Mas quando existe a cristalização das metas, ela chega com um certo grau de dureza que se evidencia como egoísmo, como procura materialista; no plano espiritual, se evidencia como experiência de solidão de uma unidade individual isolada. E é nessa forma rígida que Capricórnio deve testar as forças, caso deseje penetrar na essência de todas as coisas.

Capricórnio é sempre o sinal do fim de um processo, sendo o cume da montanha o símbolo deste fato.



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Saturno é o regente de Capricórnio; ele tem como característica mostrar e manter a realidade. Colocando limites, criando uma estrutura e definindo regras para que seja definida uma situação ou uma organização.

Saturno, assim, representa obediência, disciplina, perseverança que são atributos de uma Vontade bem dirigida. Sua posição no mapa indica restrições, mas também crescimento; mostra o obstáculo que precisa ser ultrapassado, o karma a ser transformado e onde devem ser assumidas responsabilidades. O signo onde está Saturno mostra de que maneira a pessoa deverá amadurecer e, onde e como cumprir o seu dharma.

O signo oposto ao de Capricórnio é o signo de Câncer. Câncer representa o portal para o nascimento físico e Capricórnio o portal para a iniciação ou o nascimento espiritual

Capricórnio – Câncer é o eixo da Individualidade.

D) Trabalho do Discípulo – A elevação da Personalidade – Impessoalidade

Capricórnio é o portão para o reino espiritual, pelo qual o estudante atravessa quando não mais se identificar com o lado forma da existência e passar a se identificar com a Alma. Isto significa ser um Iniciado.

Iniciado é a pessoa que não mais coloca sua consciência, nem em sua mente, nem nos desejos e nem no corpo físico. O iniciado pode usar tudo isto, e o faz para ajudar a humanidade, mas sua consciência não está nunca focalizada neles. É a consciência da alma que finalmente funciona em Capricórnio.

Todos os trabalhos de Hércules, até aqui, estiveram relacionados com sua própria libertação. Hércules passou pelo Zodíaco várias vezes, aprendeu todas as lições dos signos onde se expande e se transfigura; onde está perfeitamente livre para não mais se ocupar de si mesmo, mas ocupar-se, a um nível universal, nos trabalhos a serem realizados.

O sinete do iniciado é o silêncio. Capricórnio é o signo triste, o signo do sofrimento intenso e da solidão, pois são estas as características do iniciado.

O trabalho a ser iniciado é a conquista de ser impessoal; é a conquista de vencer a tentação de ser somente pessoa e de desenvolver o amor pessoal àqueles de quem está próximo (família, amigos) - o amor ligado ao sentimentalismo. Ele pode amar toda a humanidade porque já conhece o significado do amor pessoal. Pode amar todos porque se tornou capaz de ver as pessoas como elas realmente são; ele, apesar de vê-las com clareza, ama-as da mesma maneira.

A impessoalidade não é se fechar por achar que as pessoas não merecem ser amadas, pelo contrário. E esta é a condição a ser alcançada em Capricórnio, onde o discípulo precisa trabalhar entre os seres humanos, e estar todo o tempo interessado em seus semelhantes. O que temos que desenvolver em Capricórnio não vem nem pelo endurecimento do coração nem por um grande desapego, mas vem pelo reconhecimento que o sofrimento existe e ele pode ser aliviado. Hércules desceu ao inferno para vencer Cérbero e assim salvar Prometeu de suas cadeias.

A medida que o estudante liberta-se de suas cadeias é que ele se torna apto a ajudar o próximo tornando-se,assim, um servidor cada vez mais útil no Plano Evolutivo.

Aquele que atender aos apelos rígidos do seu próprio eu, que se fechar e se endurecer numa teimosa auto-ilusão, estará ameaçado, cedo ou tarde, por um colapso. Perceberá finalmente que o sucesso conquistado no mundo não o ajudará a superar o sofrimento e a solidão. Ele só será feliz após perceber a transitoriedade do sucesso material e do poder e, após sofrer os golpes do destino, voltar-se decididamente para os valores espirituais.



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Podemos ver que todo assunto de Capricórnio, que é a realização de si mesmo, tem a ver em alcançar sozinho, a transformação do indivíduo com suas motivações egoístas, naquele que serve desinteressadamente. Ele perceberá que a imensa solidão de uma consciência, que vive apenas para ela mesma, o isola de todas as coisas vivas e que ele só poderá evoluir, caso se empenhe pelos outros. Ele deverá abrir-se para o Amor Divino e Universal com determinação para o bem da Humanidade e rejeitar tudo o que se opuser às Leis do Amor e da Vida ou que cause mal aos outros. Assim, trabalhará em harmonia com as leis da Evolução e ele será um verdadeiro Servidor da Humanidade.

E) Tarefa a ser realizada – Desenvolvimento do senso de integridade pessoal

No hemisfério norte, o signo zodiacal tem início no solstício do inverno. Inverno é o período onde os seres humanos precisam se proteger e se manter unidos para enfrentar as condições adversas da natureza e esperar, de maneira objetiva e organizada, o início da primavera, onde a vida recomeça.

Nesta época de recolhimento, a tendência para a ação coletiva e para a socialização de sentimentos e de pensamentos atinge o seu máximo. Para que isto aconteça é preciso que haja a organização dos valores universais para que a civilização triunfe, para que haja a evolução humana.

O ser humano está incessantemente lutando rumo a formas de organização mais elevadas e mais inclusivas. Mas, na medida que ele luta para alcança-las, torna-se vítima das energias despertadas de suas profundezas ainda não diferenciadas e por longo tempo reprimidas. Assim a organização torna-se sobrecarregada de generalizações intelectuais e de regulamentos padronizados.

Ao longo dos séculos, cada civilização, cada cultura procurou e procura um novo sentido criativo, uma nova qualidade de humanidade para fazer frente ao caos fervilhante de partes da natureza humana e da sociedade que não podem e não sabem ser parte integrante de uma forma de vida que, coletivamente, constitui o estado universal. Para isto é preciso estabelecer um novo ritmo.

Como diz Dane Rudhyar: o ser humano é essencialmente trino. Nele há uma vida psicomental que desenvolve formas maduras de caráter individual a partir de pequenas sementes de comportamento e de pensamento. Nele há, também, uma vida fisiológica instintiva e tradições ancestrais, às vezes, repudiadas, plenas de confusão; há, ainda, impulsos contraditórios, incertezas e temores inconscientes. Porém, este caos não ficará ordenado e harmônico pela mente consciente e por suas “formas de viver” individualizadas.

O ser humano continua ansiando em suas profundezas por aquilo que nenhum modelo de organização social e nenhuma sociedade planejada pode oferecer: a compreensão clara, por parte de todo indivíduo e dentro de cada indivíduo, de sua identidade essencial. Essa compreensão é o que se pode chamar de senso de integridade pessoal, do qual decorre um senso de responsabilidade pessoal e de destino individual.

Onde quer que haja um sentimento e um conhecimento tão vitais dessa qualidade de “integridade pessoal”, é onde o espírito opera.

Esse ato do espírito não está associado às formações das instituições sóciopolíticas ou aos sentimentos e pensamentos de um indivíduo, mas sim a divina centelha que suscita, anima e sustem, em todo o indivíduo, o senso de integridade pessoal. A confiança em “instituições livres” não assegura uma espécie real de liberdade individual; é bom que os seres humanos estudem e assimilem esses sistemas, mas nunca devem tê-los como algo ideal. Os seres humanos somente serão livres se viverem em termos de responsabilidade pessoal e de integridade pessoal.



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E) Pensamento-semente – Mergulhado em Luz celestial estou, porém volto as minhas

costas para essa luz

Quando o servidor atinge em Capricórnio aquela consciência de que é preciso trabalhar entre os seres humanos e estar o tempo todo interessado em seus semelhantes, esquecendo-se de si mesmo, ele passa a ser um Servidor e estará mergulhado em Luz.

Porem, o seu sentido de impessoalidade, de integridade pessoal e de responsabilidade faz com que ele receba a luz, mas não mergulhe nela, porque é preciso que ele continue a servir; e o serviço sempre é necessário onde há sofrimento, ignorância e caos.

Há muito serviço a ser feito. É preciso que empreguemos nossa força de Vontade com alegria e entusiasmo, não apenas na criação de melhores condições de vida, de relacionamentos humanos corretos, mas, também, no cumprimento dos direitos humanos universais.



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11° TRABALHO – Limpeza dos Estábulos de Áugia

A) Mito


C) Arquétipo astrológico – AQUÁRIO

D) O Trabalho do Discípulo

E) Tarefa a ser feita – A arte de viver em companhia

F) Pensamento-semente – Água da Vida eu sou, derramada para os homens sedentos.

A) Mito

Leitura das páginas 181 e 182 do livro “Os Trabalhos de Hércules” de A.A. Bailey

B ) Simbologia do Mito

Hércules vive agora uma experiência que determina uma grande e definitiva mudança

em sua vida: a de ter acendido em si mesmo a sua própria lâmpada, através do serviço

altruístico.

No 10° Trabalho, o herói encontra-se novamente com Prometeu, numa outra etapa

de sua vida evolutiva. Nesta etapa, Prometeu representa, agora, a situação de toda

humanidade. Hércules vai poder libertá-lo porque deixou de ser, ele também, um

prisioneiro. Isto porque somente nos libertamos das cadeias que nos prendem quando nos

tornamos aptos a ajudar o próximo

Tendo acendido a sua própria lâmpada, o herói precisa mudar, agora, o sentido de

seus passos; em vez de prestar tanta atenção em si mesmo, deve voltar às costas ao que

construiu e ir ao encontro dos que caminham nas trevas, daqueles que, ainda, não

acenderam a própria lâmpada. Por isto, o instrutor faz-lhe a proposta para ele se dirigir ao

reino de Áugias, um território que precisa ser limpo de um mal ancestral. Este imenso

território onde o rei é Augias, é o símbolo do senso de propriedade, arraigado no ser

humano desde tempos imemoriais.

Este reino existe há muitas eras. Durante todo este tempo o grande rebanho do rei

defecou, não só nos estábulos como também nos campos, originalmente destinados à

agricultura, onde, nenhuma vegetação conseguiu mais crescer. Com tanta sujeira

acumulada, uma epidemia começou a se alastrar, dizimando centenas de vidas humanas.

Hércules, aceitando o conselho de seu instrutor, segue para o palácio para propor ao

rei Áugias a limpeza dos estábulos. Mas ele é mal recebido pelo rei que nunca ouvira falar



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de nenhum homem que procurasse servir ao mundo sem algum interesse. O rei lhe diz

que é o dono de todas aquelas terras com tudo o que lá existe e que não acredita que ele,

Hércules, consiga limpar os estábulos sem receber nenhuma recompensa. Porém,

precisando que seus estábulos sejam limpos, o rei decide aceitar a presença daquele

idiota que pensa ser capaz de realizar a tarefa e lhe faz uma proposta: se conseguir

receberá a décima parte do seu rebanho, mas se falhar será morto.

O herói aceita as condições impostas. Hércules, sendo um iniciado, tem condições de

melhor observar o que se passa a sua volta; sobe até a montanha para contemplar a

situação existente: terras pestilentas e carroças carregando pilhas de cadáveres, vítimas

da epidemia oriunda daquela sujeira generalizada. Tudo parece estar envolvido pela

morte.

Hércules fechando os olhos procura se concentrar e, ao abri-los, vê que mais adiante

há dois rios que correm calmamente. De sua mente, agora num estágio mais evoluído de

sua consciência, vem a idéia de desviar o curso dos dois rios de modo que suas águas

passem pelos estábulos, carregando toda a sujeira acumulada.

Por ser um herói ele tem condições e forças para realizar a tarefa. Em pouco tempo o

reino é lavado e toda sujeira é dissolvida pelas águas.

Hércules volta à presença do rei que o recebe com agressividade por achar que não

fora Hercules quem limpara os estábulos, mas as águas dos rios. Hércules era um

impostor e o expulsa de seu reino

Para Hércules a tarefa havia sido cumprida e, assim, vai até seu instrutor de quem

ouve: “Agora você se transformou em um servidor do Mundo” Hércules abrindo-se à

intuição, usara a sua própria luz para libertar aqueles seres.

O rebanho do rei Áugias simboliza os seres humanos ainda envoltos nas

necessidades do dia a dia, com suas naturezas física, emocional e mental, que os

impelem cada vez mais para a escravidão num ambiente cheio de miragens, ilusões que

se acumulam ao longo de várias encarnações. O ambiente está contaminado com os

pensamentos de separatividade, racismo, mentiras, preconceitos e superstições que tudo

poluem e envenenam.

Hércules para realizar sua tarefa em teve que romper barreiras e alterar ciclos. Essa

é e será a tônica da Era que estamos começando a viver.

Para romper com a sujeira acumulada em nossa personalidade a primeira exigência

em Aquário será a purificação da vida pessoal e planetária. Para isto é preciso fazer o que

Hércules fez, romper e alterar o ciclo das águas dos dois rios: o rio da consciência e o rio



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da razão pura e lógica. As águas desses dois rios, juntas, vão purificar a mente humana de

todas as formas-pensamento cristalizadas e obsoletas, proporcionando a liberdade dos

seres humanos, a liberdade que trará a transformação da humanidade.

C) Arquétipo Astrológico – AQUÁRIO – 21/01 – 19/02

Aquário é o 11° signo do Zodíaco, é um signo fixo, masculino, positivo e pertencente

ao elemento Ar.

Aquário, sendo um signo do elemento Ar, simboliza a rapidez, a mutabilidade, a

saturação e a sutileza. Aquário é, sobretudo, um signo de constante movimento e

periódicas mutações e seu símbolo expressa este estado de atividade.

O símbolo do signo de Aquário mostra duas linhas em forma de ondas, uma sobre a

outra. A linha superior representa o princípio espiritual e a linha inferior, o princípio

material. Estas linhas no seu fluxo ondulante é a síntese do fluxo de vida que está em

eterna alternância.

O ser humano vive entre as exigências do mundo material com todas as suas

necessidades e o apelo de sua Alma que o conclama ao seu verdadeiro caminho.

Na Era de Aquário, o mundo exterior e o interior devem se aproximar

complementando-se numa síntese de intercâmbio ritmado. O estudante deve se tornar

plenamente consciente desses ritmos, dessa situação de dualidade, cuja solução está na

vivência simultânea e consciente desses dois ritmos. Somos espíritos, vivendo num corpo

material, que pelas suas necessidades vitais tem suas prioridades.

Os impulsos exteriores constantes, os desejos não satisfeitos por posses cada vez

maiores. Toda esta superficialidade absorvente precisa ser combatida. As pessoas devem

dirigir seus sentidos para dentro de si mesmas para poder ativar uma vivência interior, pois

só ela é capaz de possibilitar o ser humano a viver de maneira mais útil, tranqüila e

serena.

É preciso muito esforço para essa dualidade ser superada. Isto só vai acontecer

quando o distanciamento for sendo alcançado e cada um puder se ver a si mesmo como

ele é. Para isto é preciso estar na posição de observador, capaz de dirigir, daquele ponto,

as atividades da mente, das emoções e sentimentos e das ações.

É preciso aprender a separar o essencial do prescindível; a compreender

instantaneamente, a situação do momento, tal como ela é realmente; apreender o que está

próximo, restringindo-se às realidades; desistir das ilusões, perceber as possibilidades

para a realização e se engajar completamente para que ela aconteça; não dar tanto valor



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às trivialidades que consomem tempo e energia e orientar-se para coisas importantes.

Toda atenção deve estar voltada à análise mental, à discriminação entre o real e o

imaginário.

Os regentes planetários exotéricos de Aquário são Saturno e Urano. Temos, já aí,

uma dualidade. À nível mental esta dualidade se dá entre o pensamento abstrato,

iluminado pela intuição (Urano) e o intelecto concreto que só aceita o tangível e o

mensurável (Saturno).

Através de Urano, Aquário mostra a mente aberta a tudo o que é novo e, através de

Saturno ele se concentra no que já é conhecido e garantido.

O planeta Urano tem desde o seu descobrimento (em 1781) uma conotação de

mudança e de liberação. Ele foi o primeiro planeta a ser descoberto através de aparelho.

Até essa época o planeta mais distante (e portanto o limite) era Saturno, o último planeta

visto a olho nu.

Quando pelas suas características, Saturno limita e fica na rotina, Urano impulsiona o

crescimento da consciência através de sua característica de rapidez e a de romper para

que haja modificações, trazendo, assim, novos padrões de vida e, também, uma nova

ordem na sociedade.

A reunião dessas duas polaridades acontecerá por intermédio de um terceiro fator

que é o planeta Júpiter, regente esotérico de Aquário, cuja característica é ver as coisas

nas devidas proporções.

Os planetas Júpiter e Saturno representam, respectivamente, o que é novo e o que

precisa ser renovado. Uma forma nova de visualizá-los é ver Júpiter como a cenoura que

balança na frente do burro, e Saturno como o chicote que vem atrás.

Júpiter e Saturno têm cada um suas filosofias de vida que alinhavam com a visão que

eles têm do mundo e com o tipo de estruturas éticas em que são baseadas suas decisões.

Para Júpiter e Saturno, o sentido da vida tem significados diferentes. Para Saturno só

pode haver sentido através do trabalho, do sofrimento, da disciplina, do ascetismo e da

introspecção. Já Júpiter prefere evitar as experiências duras e trabalhosas; ele tem

vislumbres da verdade que encontra através da intuição, da meditação e é assim, atraído

pela religião e pelos sistemas filosóficos.

Enquanto Júpiter não gosta de confundir sua verdade com os fatos, Saturno não

gosta de confundir seus fatos com a verdade. Assim, ficam frente a frente o visionário e o

pragmático que existem em cada ser humano que estará sempre sendo colocado à prova



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ora por Saturno, ora por Júpiter . Sem esquecer que Saturno em Aquário é visto como o

Guardião do Limite.

Aquário ocupa a 11ª casa, oposta a 5ª casa, a do signo de Leão. Essa polaridade

Leão-Aquário cria o eixo do relacionamento.

Em Leão, a autoconsciência se desenvolve e o indivíduo desperta para a sua própria

identidade, concentrando seus esforços para atingir os objetivos de sua personalidade.

Em Aquário, o indivíduo reconhece que nada consegue sem os outros. Ele desperta

para a consciência de grupo, reconhecendo suas responsabilidades para com o grupo e

com o outro ser individual.

A autoconsciência, enfatizada em Leão, expande-se em universal em Aquário. Ele

deixa de servir a si mesmo para servir ao mundo, permanecendo, porém, uma entidade

individualizada.

Para que tal aconteça, é necessário que o desejo de servir e auxiliar seja sincero; é

necessário saber que, ao defender essas novas diretrizes, as críticas e os falsos

julgamentos surgirão fazendo com que pareçam que seus esforços e seu trabalho não

foram suficientes. O desânimo e o desprezo são as provas em Aquário e é preciso saber

que tal acontece e que por isso é necessário o empenho de seguir os valores humanos

corretos e desenvolver Boa Vontade.

Esta alternância acontece pelas influências de Saturno e Urano. O desânimo e os

receios provêm de Saturno e, a oportunidade certa e a iluminação vêm de Urano. Saturno

só está nos pondo à prova, nos dando a oportunidade de amadurecer e de crescer, pois só

assim, Urano, que permite a luz da intuição e da iluminação, possa romper com o que não

mais tem sentido e utilidade.

Essa mudança não é das mais fáceis, pois ela virá quando as pessoas forem capazes

de ver não apenas o que as separa, mas também de reconhecer a grandeza da unidade

em todas as coisas e, assim, cultivar e promover os vínculos e os laços.

Para que esta mudança possa ser alcançada, o planeta Júpiter, o Princípio da

Expansão do Crescimento e da Fé, trará suas energias para que as velhas estruturas da

sociedade dêem lugar as novas idéias e a uma visão mais clara da organização social

humana baseada na Justiça, Compaixão, Tolerância e Respeito pelos direitos inatos de

cada indivíduo, base do Amor.

Trabalho do Discípulo – desenvolver o dom de servir.

Diz Dane Rudhyar:



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Conforme dizem os ensinamentos, a humanidade está agora no limiar da Era de

Aquário, concluindo os vinte e um séculos da Era de Peixes. Toda fase de transição é

sempre muito importante, pois muitas coisas são mudadas. Isto, porque é preciso que uma

nova atitude diante da vida surja e, como conseqüência, um novo ser humano apareça no

horizonte do tempo.

É nos dito que com a chegada da Era de Aquário, a humanidade deverá alcançar o

limiar de sua maturidade. Isto significa ser capaz de assumir o controle eficiente do poder

que é do ser humano e cumprir o próprio dever como verdadeiro servo da Grande

Companhia, a Humanidade.

Este é o grande dilema que o ser humano tem que enfrentar. Ele é aquele ser

misterioso cheio de conflitos, temores e esperanças que precisa escolher o modo como

usará o poder, pois ele tem o poder de escolha.

Como a mão é serva do cérebro, assim também, o administrador deve ser servo do

propósito espiritual da nova humanidade. Todo idealismo e bondades dos homens, com

toda sua moralidade e suas observâncias religiosas tradicionais, podem não ser nada

quando confrontadas com uma crise de poder. É preciso haver uma finalidade espiritual.

E o que está impedindo o ser humano de seguir este propósito?

A Humanidade permanece sem objetivos diante de um mundo esmagado pela

liberação de um poder que ultrapassou toda imaginação e, ela ainda não decidiu qual o

uso essencial que deve fazer deste poder.

O ser humano apenas entende superficialmente essa responsabilidade para com a

Humanidade e para com Aquele que lhe deu este poder para que ele pudesse usa-lo.

É preciso que os indivíduos se tornem conscientes desta meta evolutiva que está à

frente da humanidade. Existe uma meta que pode ser chamada de “Plano de Deus”. É

preciso que haja, tanto uma identificação com esta meta, como uma fé que faz com que

esta identificação funcione.

Quando isto acontecer será possível administrar o poder porque os seres humanos

estarão receptivos a voz do espírito criativo dentro dele que lhe diz: servir. O serviço

consiste em dar uma finalidade ao poder. O poder não deve ser objeto de apego, e nem o

amor. O poder deve ser usado. O amor deve ser usado. A vida é para ser usada. Tudo o

que nos é dado tocar, sentir, experimentar deve ser usado, deve ser gerido. Precisa ser

gerido para servir a um propósito que seja legítimo, real, divino, simplesmente porque é o

único propósito evolutivo que faz sentido.



68

Palavras de um Mestre: “Servidor, seja o que for que tu fizeres para viver, para servir

tu precisas por teu coração inteiro em tua tarefa e ser diligente e vigoroso; se tu lutas na

vida sem alimentar inveja ou ódio e se tu vives no mundo uma vida não uma vida só para

ti, mas uma vida plena, então, com certeza, a alegria e a paz estarão contigo e tu serás o

servidor que tanto a Hierarquia precisa.”

E) Tarefa a ser feita – desenvolver o espírito de Fraternidade.

Toda vez que Hércules é convocado por seu instrutor para realizar uma tarefa, ele

nunca sabe em que ela consiste. Ele só sabe que tem que enfrenta-la pois é preciso que

assim seja. Ao iniciar cada tarefa, nem sempre ele sabe o que é preciso ser feito e como

deve ser feito. Aceitando, tendo erros ou não, ele consegue no final realizar sua tarefa da

melhor forma.

Quando foi convocado para este 11° trabalho, como sempre, Hércules só sabia que

tinha que se apresentar ao rei Augias. Não foi bem recebido pelo rei, mas se colocou ao

seu dispor. Isto fez com que o rei o injuriasse poir não acreditar que Hércules realizasse o

trabalho somente porque era preciso ser feito.

Quando Hércules ficou diante da situação existente não teve dúvidas. Independente

da atitude tão intolerante do rei, algo era preciso ser feito, pois havia muita dor e

sofrimento entre tantas criaturas, que por serem dependentes daquele rei, chegaram

àquela situação. Naquele instante, ao ver tanto sofrimento, houve como que um toque e

um laço se formou de solidariedade entre Hércules e aquelas seres. Esse toque fez com

que Hércules se concentrasse, e por amor àqueles seres teve a idéia clara e definida de

como livra-los de toda aquela sujeira generalizada. Assim, as águas claras dos rios

passaram pelos estábulos carregando sua sujeira.

A tarefa a ser desenvolvida por todo discípulo é desenvolver este espírito de

Fraternidade, que nada mais é que o Amor ao próximo, este laço de solidariedade e de

amizade entre os membros de uma sociedade. Este desenvolvimento só é obtido através

do Serviço.

F) Pensamento semente – Água da Vida eu sou, derramada para os homens sedentos.

Por isto, Aquário, também é simbolizado pela figura de um ser carregando o cântaro

cheio de água a ser oferecida àqueles que têm sede. Dar água ou conforto aos que

necessitam é o maior Serviço.



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12° TRABALHO - A captura do Gado Vermelho de Gerião.

A) Mito


C) Arquétipo astrológico – PEIXES -20/02 – 20/03

D) Trabalho do Discípulo – Transcender dos reinos inferiores para o reino espiritual.

E) Tarefa a ser feita – Desenvolver a coragem para transcender do ser individual e social e

se tornar um Filho de Deus.

F) Pensamento semente – Eu deixo a casa do Pai e, ao voltar, encontro redenção.

A) MITO

Leitura das páginas 195 e 196 do livro “Os Trabalhos de Hércules”.


Diz o mito que havia um lugar chamado Eritreia, onde a Grande Ilusão Mundial

dominava; nele morava um ser monstruoso formado de três corpos e três cabeças. Este

monstro mantinha, ilegalmente, sob seu poder uma manada de gado vermelho escuro.

A tarefa que é proposta a Hércules é a de conduzir este rebanho do seu lugar de

origem até a Cidade Sagrada.

Este seria seu 12° trabalho que poria fim a um grande ciclo de realizações que

marcaria sua liberação das formas terrestre e da maioria dos apegos que normalmente

prendem os seres humanos à roda das encarnações. Hércules não estando mais

interessado na própria libertação, estaria todo voltado para ajudar os demais a se tornarem

livres.

Ao convocar Hércules para este trabalho, o Instrutor aconselha-o a ter cuidado com

Euritião, o pastor e o seu cão de duas cabeças, Ortruz. Diz-lhe, ainda, para ele invoquar a

ajuda de Hélio, o deus do fogo que habita no interior do Sol. Hércules recorda-se de um

conhecimento interno que diz que, em certa etapa da evolução da consciência humana, foi

necessário a ajuda de determinada substância, vinda do centro do Sistema Solar, para que

um núcleo de consciência fosse criado dentro do ser humano. Com este núcleo, feito de

vibrações solares, nasceu o Eu Superior e, assim, pôde haver uma síntese ou a reunião da

consciência cósmica com a consciência terrestre. Apelar para este “ser solar” que existe



70

em cada um é imprescindível, quando se trata de enfrentar tarefas que exijam força

especial.

No templo, Hércules fez oferendas a Hélio. Após sete dias de meditação, uma dádiva

lhe foi concedida: um cálice de ouro cai diante de seus pés. Este objeto brilhante é que o

capacitará a atravessar os mares e alcançar o país de Eritreia. E assim aconteceu.

Sob a proteção do cálice dourado, ele velejou e chegou a um lugar onde o gado

vermelho escuro, era guardado pelo pastor Euritião e o cão de duas cabeças, Ortruz. Este,

ao ver Hércules se aproximar, atacou-o, mas foi morto com um golpe certeiro do herói.

Amedrontado o pastor, percebendo a força daquele ser, implorou-lhe que lhe poupasse a

vida. O herói acatou seu pedido e começou a conduzir o gado cor de sangue em direção à

Cidade Sagrada.

A tarefa de conduzir o rebanho exigiu muita paciência e uma vontade férrea e

Hércules se manteve voltado para tal tarefa. Porém, inesperadamente, o monstro de três

cabeças e três corpos, chamado Gerião, alcançou Hércules e o atacou. O herói, numa

reação instantânea, com uma só flechada, perfurou-lhe os três corpos, matando-o.

Hércules continuou sua difícil tarefa. Onde quer que houvesse o mal, ele golpeava as

forças do mal com golpes mortais e corrigia a balança em favor da justiça. Embora

exausto, Hércules concluiu seu trabalho. Levou o rebanho inteiro para a Cidade Sagrada e

o ofereceu em sacrifício a Athena, a Deusa da Sabedoria.

Os tipos de provas e experiências podem ser diferentes para cada ser humano, mas

o caminho é sempre o mesmo.

Neste mito, o gado vermelho simboliza os desejos inferiores – o desejo sendo sempre

uma destacada característica da humanidade. Eles são guardados pelo pastor Euritião que

simboliza a mente humana. Seu cão de duas cabeças representa os aspectos matéria e a

natureza psíquica emocional. Hércules matou o cão, mas poupou o pastor, que apesar de

tudo, ainda tem o poder de conduzir o gado.

Gerião, o conservador do rebanho, representa a humanidade ainda não iluminada.

Seus três corpos simbolizam as consciências humanas física, emocional e mental, unidas

contra as forças evolutivas. Hércules com uma só fecha mata o monstro.

Este mito mostra que o conservador do rebanho, o aspecto forma e o cão de duas

cabeças, a natureza dual foram mortos. Porém, o pastor, a mente humana, e o gado foram

levados em uma taça dourada até a Cidade Sagrada. O rebanho simbolizando os desejos

foi imolado a Athena, deusa da Sabedoria.



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Cumprida a tarefa, Hércules é recebido pelo Instrutor que lhe diz: “Com estes doze

trabalhos tu superaste teu lado humano e te revestiste do divino; agora tudo convive

dentro de ti, aguardando por uma unificação ainda mais perfeita em um ciclo futuro”.

C) Arquétipo Astrológico – PEIXES – 20/02 – 20/3

O signo de Peixes é o 12° signo do Zodíaco; é um signo mutável, feminino, passivo e

pertencente ao elemento Água. Ele representa a 12ª Casa.

O signo de Peixes está ligado ao elemento Água, elemento da emotividade e do

sentimento que amolece a rigidez da Terra, controla e regula o poder do Fogo e dá sentido

à comunicação do Ar.

Os três signos de água representam o roteiro de nossas vivências. Na Casa 4

(Câncer) nascemos, na Casa 8 (Escorpião) morremos e na 12ª Casa (Peixes) concluímos.

O signo de Peixes é um signo duplo, o último da triplicidade Água que comanda os

poderes ocultos, a magia, o mistério e, também, a iniciação.

As águas sempre mutantes de Peixes originam uma forma multifacetada de auto

expressão baseada em uma natureza complexa e altamente impressionável. Exatamente

como o oceano tem muitas correntes submarinas e profundas, assim, Peixes corporifica a

complexidade de muitos níveis de vida que existem simultaneamente na vastidão do

oceano da matéria. Por isso é que no signo de Peixes, o sonho e a realidade coexistem

Mais do que todos os signos de água, o de Peixes é a verdadeira esponja do

Zodíaco, captando e absorvendo todas as dimensões não físicas à sua volta.

O símbolo do signo de Peixes consiste em dois peixes unidos por um fio delgado. Um

dos peixes representa a Alma e o outro a Personalidade ou a forma humana. Durante o

período de manifestação, os dois peixes estão ligados um ao outro por uma linha – o fio da

vida ou Sutrama.

O signo de Peixes é o que encerra a roda zodiacal. Ele é uma síntese de todos os

outros onze signos que o precedem. Ele é a oportunidade de revisar tudo o que foi

aprendido para se poder começar em Áries.

O signo de Peixes é o símbolo da grande jornada evolutiva do ser humano na Terra,

pois todos têm uma mente inquieta que procura respostas que vão além da matéria.

Porem, como ainda estão vivendo as experiências materiais, toda essa sensibilidade e

vontade de transcender geram muita confusão.



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O ser humano comum constata que a vida material traz sofrimento, e que a vida fora

da matéria deve ser melhor e mais intensa que a realidade que ele vive. Por isso ele

procura escapar de si mesmo, criando paraísos artificiais.

O signo oposto a Peixes no Zodíaco é o signo de Virgem..

A polaridade Peixes- Virgem é chamada de eixo da existência.

No signo de Virgem devemos trabalhar para ganhar nosso sustento, manter tudo em

ordem para que a vida seja segura. No signo de Peixes, todas as necessidades terrenas

perdem seus valores por não serem prioritárias, já que o objetivo é a abertura da

consciência para novas dimensões.

O eixo Peixes-Virgem é mantido pela tensão entre estas duas tendências: a procura

da paz e o desejo de abandonar tudo (Peixes) e o cumprimento das responsabilidades do

cotidiano (Virgem). O signo de Peixes acredita que não existe segurança no mundo, este

algo que Virgem está sempre buscando.

Esta dualidade, também, está expressa nos dois peixes que nadam em direções

contrárias, mas ligados um ao outro.

Uma parte quer permanecer ela mesma para experimentar a individualidade mas

temendo a solidão que toda consciência individual deve aprender a suportar. A outra parte

deseja voltar-se para o todo, entregar-se ao todo – é o místico ansiando unir-se a

Consciência Cósmica, sem medo de se perder.

Nesta força da dissolução existe o perigo que leva ao “impulso da morte”. Porém, as

forças instintivas lutam pela preservação da vida. Esta é a grande luta que é travada no

signo de Peixes: Vida e Morte. Porem é preciso superar o abismo que existe entre vida e

morte. Isto é conseguido pela vontade inabalável de viver para que não se perca o

verdadeiro sentido de realidade da Vida

Para melhor entender essas considerações sobre a Vida e a Morte, os planetas que

regem o signo de Peixes são muito importantes.

Os regentes ortodoxos do signo de Peixes são: o planeta Netuno e o planeta Júpiter.

O planeta Plutão é o regente esotérico.

Netuno foi descoberto no ano de 1856. Na época de seu descobrimento, surgiram no

ocidente as manifestações espíritas (Alam Kardec), a Teosofia (Helena Blavatsky), assim

como a chegada das filosofias orientais como a ioga, a acupuntura e o budismo que deram

início as pesquisas metafísicas.

Seu descobrimento se deu numa época caracterizada por um grande avanço na

medicina com o uso da assepsia e dos anestésicos. O emprego da anestesia caracteriza



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bem o planeta Netuno, porque cria uma realidade onde a dor é aliviada sem, contudo, ser

eliminada a sua causa. Superar a dor é, às vezes, cruzar a fronteira do real.

A invenção da fotografia e do cinema, também, é do domínio do planeta Netuno, pois

é a realidade sem ser; o reino do virtual misturando a fantasia e a realidade.

O planeta Netuno é considerado o senhor dos abismos; símbolo de tudo o que está

por baixo da superfície, tudo aquilo que é invisível ou desconhecido ou inconsciente; por

isso ele é a representação de tudo o que é profundamente psicológico e, que apesar de

ser invisível, nos afeta de forma conseqüente e tangível.

O planeta está sempre associado a tudo que é: pressentimentos, inspirações,

mediunidade, fenômenos paranormais, visões e estados de ansiedade.

Resumindo, podemos dizer que o planeta Netuno representa tudo o que é sutil como

a espiritualidade, as práticas místicas e os arroubos de inspiração tanto divinas, como

fantasiosas ou artísticas.

Representa o inconsciente de onde emana um mundo invisível e intangível de sonho

e de fascinação; ele tenta acessar este mundo através das drogas, bebidas, remédios; ou,

para fugir da realidade fica somente no mundo da imaginação se isolando.

Por tudo isto, pode se dizer que o planeta Netuno está ligado aos erros, enganos,

fraudes, mentiras, ilusões. Mas ele, também está ligado ao idealismo e à compaixão.

A maioria dos seres humanos, no seu desejo de viver acaba esquecendo-se de

descobrir o sentido da vida. O planeta Netuno busca descobrir as finalidades e os porquês.

Esta busca depende, logicamente, do nível de evolução de cada ser. Geralmente a

tendência é olhar as partes e assim esquecer e não ver o todo. Porém o macro e o micro

estão interligados.

Com ele vamos aprender a ouvir primeiro o silêncio, o momento que nossas mentes

podem atingir os estados mais elevados da consciência. Silêncio não é apenas a ausência

de ruídos, é um estado receptivo. Temos que aprender, ainda, que o silêncio pode,

também, significar a incapacidade de comunicação, a dificuldade de expressão e a falta de

palavras presas no emaranhado de sentimentos paralisados pelas emoções.

O planeta Netuno vai nos ensinar que a força não está na capacidade de lutar, está

na inteligência de aceitar o que não pode ser modificado, e na adaptação das situações

enfrentadas.

O planeta Júpiter rege também o signo de Peixes; é o planeta que rege os princípios

de expansão e coordenação, a ordem e a autoridade, a busca do bem estar e do êxito, a

justiça e a jovialidade; ele expressa as grandes sínteses e as grandes viagens.



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Júpiter é um planeta que transmite a energia do 2° Raio Amor-Sabedoria e, assim,

une os dois peixes, a Alma e a Forma, numa relação funcional.

O planeta Júpiter, com suas influências, indica que o caminho da encarnação é o

método mais benéfico do desenvolvimento evolutivo e que o caminho do 2° Raio é o

caminho que a humanidade tem que seguir.

O planeta Plutão é o regente esotérico do signo de Peixes e ele expressa a energia

do 1° Raio da Vontade e do Poder.

O planeta Plutão é vital para que a possibilidade de “morte” seja uma constante na

vida da pessoa, não a “morte física”, a dissolução do que chamamos “corpo”, mas a morte

da velha personalidade, em proveito do crescimento global da psique e da atualização de

potenciais que sempre lá estiveram e nunca foram desenvolvidos.

O Planeta Plutão incita à reconstrução, ainda que ela implique em destruição.

A Casa 12 está ligada ao inconsciente, a tudo aquilo que fica dentro da mente. Para

nascer de novo é preciso deixar o passado bem arrumado e concluído trabalhando todas

as imagens e atitudes que foram colocando as barreiras. Por isso a Casa 12 é onde

reconhecemos (ou não) os nossos fracassos por causa do ego com seus apegos que não

nos ajudam a crescer.

A Casa 12 fala dos débitos de vidas passadas, de coisas não concluídas que ainda

nos incomodam. Não podemos viver em fragmentos, temos que viver a totalidade, senão

morreremos aos pedaços sem nunca poderem ser juntados. Tudo isto fica dentro de nossa

mente que não nos deixa viver, principalmente viver o final.

D) Trabalho do Discípulo – Transcender dos reinos inferiores para o reino espiritual –

Libertação.

A mensagem do signo de Peixes é a da libertação.

A liberdade não é um dom que se recebe, ela tem que ser conquistada. Os mestres

com seus ensinamentos oferecem a espada, mas apenas o indivíduo pode usá-la para ser

livre.

A libertação foi tema do ensinamento de Buda, a libertação do ego e da vontade é a

mensagem de Jesus, herdeiro da antiga linhagem de Zaratrustra e dos videntes hebreus.

Os ensinamentos dizem que a grande tarefa dos seres inteligentes e

verdadeiramente individualizados é a de vencer a atração do passado e da escravidão

vinda das lembranças de frustrações e de dor ou, até mesmo, as recordações de antigas



75

grandezas e realizações. Geralmente, o ser humano fica ligado nas recapitulações e nas

avaliações sobrecarregando-se em buscar compreensão das coisas e fatos ou até

expiação pelo acontecido. O que acontece, muitas vezes, é ele ficar emaranhado na rede

da memória dos prazeres e sofrimentos. É esta rede que ele precisa romper com a espada

da separação; mesmo que a espada lhe pareça pesada, somente ela, a mente, pode

trazer a libertação.

O signo de Peixes representa um estágio evolutivo no qual somos tudo e, ao mesmo

tempo, não somos nada. Este ciclo diz respeito ao desenvolvimento da Alma que precisa

se vestir de várias capas, experimentando cada uma delas, até o momento em que vai

poder abandoná-las ou perder a identificação com elas.

A lição a ser aprendida no signo de Peixes é um paradoxo dificilmente compreensível

pela mente racional e que pode ser traduzido pela seguinte afirmação: “o objetivo do ser é

não ser”. Porém, para não ser é fundamental que saibamos ser.

Os tipos de provas e de experiências podem ser diferentes para cada ser humano,

mas o caminho é o mesmo para todos.

Somos os dois peixes que nadam em direções opostas sem bem saber o que

estamos fazendo e porque o fazemos. Sentimos que estamos ligados ao outro peixe por

razões que também não sabemos quais sejam. Neste estado de “não saber” nadamos ao

acaso sem apreciar o que está a nossa volta. Nesta situação é necessário que haja uma

parada para sentirmos o que realmente está acontecendo.

Este não saber, que tanto incomoda aquele que está tentando compreender, é o

resultado de uma mente cheia de ilusões, de desejos e que acha que tudo isto é

verdadeiro e importante. Um monstro de três corpos, a personalidade, é que mantém

todas as ilusões e desejos, que forma o rebanho de cor de sangue. Quem pastoreia este

gado é mente ajudada pelas nossas emoções representadas por um cão de duas cabeças.

O trabalho do discípulo é justamente o de ter condições de aniquilar o monstro. Para

isso é preciso que ele domine e elimine as perturbações causadas pela sua natureza

emocional - matando o cão. Mas para o trabalho ser completo é preciso que ele, também,

domine e elimine a consciência humana que está toda voltada em manter a mente inferior,

o pastor, ocupada pelos desejos. O mito mostra que os corpos têm que ser dominados em

conjunto, uma só flecha eliminou-os.

É isto o que o 12° Trabalho nos mostra. Hércules depois de percorrer todo o Zodíaco

traz consigo as condições para realizar este trabalho.



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O discípulo precisa, assim como Hércules conseguiu, saber de sua verdadeira

situação, para aprender a dominar suas emoções que alimentam seus desejos que

dominam sua mente. Isto significa libertar-se dos desejos e apegos e, assim, liberar a

mente para vôos mais altos, como a liberdade. Sair dos reinos inferiores para o reino

espiritual.

Como fazer? Fazer como Hércules que, depois de percorrer todo Zodíaco, trouxe

consigo as condições para realizar este trabalho.

E) Tarefa a ser feita – Desenvolver coragem para transcender do ser individual e social

e se tornar um Filho de Deus.

Na primeira parte do ciclo evolutivo, quando a Alma está encarnada, ela se torna

prisioneira da matéria. Por isto uma das palavras chaves para o signo de Peixes é:

1) Servidão- Cativeiro

No início, a Alma renuncia à segurança do seu lugar de direito (a cada do Pai) e

desce até o oceano da matéria; identifica-se com a forma e esquece sua origem

verdadeira que é divina. A personalidade vai compreendendo que a segurança material, o

sucesso, as posses não vão ajudá-la pois tudo o que é material é efêmero e transitório.

Assim, através do sofrimento e da dor, ela desperta novamente para a sua consciência

real e volta-se renovada para as coisas espirituais. Nesta fase a palavra chave é ;

2) Renúncia – Desapego

Está escrito “Aquele que perder sua vida a salvará, aquele que quiser salvar sua vida

a perderá”. O signo de Peixes representa o fim possível da experiência terrestre, a

liberação definitiva do corpo e com isso a Liberação da Alma.

Conforme ela vai alcançando a verdadeira compreensão do que é desapego e

renúncia, a palavra-chave é:

3) Sacrifício e Morte

A tarefa a ser feita é percorrer estas três etapas. Hércules percorreu todo o Zodíaco

trazendo as condições para realizar a sua tarefa, o mesmo podendo fazer todos os

discípulos e estudantes.

Cada signo dá a meta para a tarefa a ser feita:

ARIES – controlar o pensamento adequando a mente às reais necessidades e controlar o

egoísmo mental e a crítica – aprender a pensar



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TOURO – controlar o emocional, dominar e conduzir o desejo instintivo para objetivos mais

elevados. – aprender a sentir.

GÊMEOS – coordenar os corpos entre si e compreender os dois aspectos que existem

dentro de cada um e deixar o imortal crescer – aprender a perceber.

CÂNCER – tomar forma e emergir da consciência de massa e transcender o plano

psíquico – aprender a intuir.

LEÃO – amar desinteressadamente, tornar-se um indivíduo potente e, não se julgar

maior do que realmente é.– aprender a purificar a personalidade.

VIRGEM – superar e estar acima dos pólos opostos, alinhar-se com os níveis superiores

alimentando idéias e potenciais – aprender a trabalhar com energia

interna do amor.

LIBRA – ao lidar com as forças opostas, encontrar o equilíbrio entre elas – aprender a

ser capaz de compreender o incongruente.

ESCORPIÃO – disciplinar os efeitos da forma sobre o próprio ser, triunfar sobre as

influências externas para que haja a entrega do eu ao Eu Espiritual interno –

aprender a dominar a natureza inferior.

SAGITÁRIO – completar a unificação da personalidade tendo isto como meta única –

aprender a estar consciente da presença da Alma

CAPRICÓRNIO – não focalizar a consciência nos corpos densos, mas na Alma e

identificar-se com os níveis superiores para usá-los em auxílio da humanidade. –

aprender a servir.

AQUÁRIO – dar de beber a energia da vida aos sedentos de vida, trabalhar para o

mundo em completo esquecimento de si - aprender a desenvolver vida e

amor acima da forma e da mente.

Cada signo é uma fase do aprendizado e em cada uma delas o discípulo terá que

estar atento para a tarefa que ele precisa realizar, a fim de passar pelas três grandes

etapas.



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Na 1ª etapa, servidão-cativeiro, ele tem que reconhecer a realidade de sua situação,

que é a de estar cativo do mundo das ilusões. Esta etapa abrange os cinco primeiros

signo: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer e Leão.

Na 2ª etapa, renúncia e desapego, ele tem que aprender a perceber que na vida da

matéria tudo é impermanente e transitório e os valores pelos quais ele está ligado o levam

ao sofrimento. Esta etapa abrange os três signos seguintes: Virgem, Libra e Escorpião.

A 3ª etapa pode ser desdobrada em duas outras. Na fase do sacrifício, o discípulo

ainda está aprendendo a se desapegar para que, liberto de suas preocupações, possa se

ligar com a Alma e com os mundos superiores. Ao assim fazer, ele consegue perceber a

realidade do sofrimento dos que ainda lutam pelos seus sonhos e sente necessidade de

ajudá-los. Esta etapa abrange os três signos seguintes: Sagitário, Capricórnio e Aquário.

A última fase da 3ª etapa, a morte, ocorre quando o discípulo se dedica inteiramente

a servir e isto acontece no signo de Peixes.

PEIXES – onde ele precisa ”perder” a própria vida para entrar em uma vida mais ampla e

transformar-se em um salvador preparando-se para retornar à consciência

cósmica, alcançando a transcendência. Aprender a ter coragem

Para vencer estas etapas é preciso coragem e fé; coragem voltada para o passado e fé

no futuro. Coragem para suportar a dissolução cíclica de todas as coisas e fé naquela

“visão” do que ainda não foi avistado. A fé é inseparável da coragem. A verdadeira

coragem nasce da confiança naquilo que ainda virá. Nasce quando se aprende a viver

cada momento como se o fim dele fosse começo de outro momento. Assim a morte, que

parece inevitável e fim de tudo, trará um nascimento e a morte passa a ser meramente

uma mudança.

Os seres humanos sem fé e com as mentes petrificadas ficam perdidos sob a angustia

das perdas e não acreditam que possam alcançar um equilíbrio na paz originada do

entendimento de que todos os poderes, todos os dons e virtudes encontram lugar e

emprego.

F) Pensamento semente – Eu deixo a casa do Pai e ao voltar, eu encontro a redenção.

Redenção quer dizer libertação da servidão da vida nos três planos inferiores, através

do desprendimento dos desejos materiais e da transformação da personalidade. A

redenção exige esforço pessoal e a cooperação ativa de cada um.

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