os indivíduos e os grupos
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Os Indivíduos e os Grupos
Trabalho realizado por:
Ana fonseca nº1 12ºc
Andreia sá nº4 12ºc
Vítor cachopo nº13 12ºc
Introdução
Ao longo deste trabalho vamos abordar o tema do ser humano e das suas relações com os outros.
Este assunto está inserido na unidade 2 do manual e centra-se nomeadamente no estudo das relações precoces e interpessoais entre o indivíduo e os grupos.
O que é um indivíduo?
Em estatística- indivíduo=uma pessoa
Em biologia- indivíduo=organismo
Em filosofia- indivíduo=particular, em contraste com o universal
O que é um grupo?
Um grupo é uma unidade social, ou seja, um conjunto de indivíduos mais ou menos estruturado com objetivos e interesses comuns, cujos elementos estabelecem entre si relações e interagem.
Processos de relação entre indivíduos e grupos
Atração
É o interesse pelo outro que me leva a preferi-lo.
Atração interpessoal- A atração interpessoal é a avaliação cognitiva e afetiva que fazemos dos outros e que nos leva a querer a sua companhia. Manifesta-se pela preferência que temos por determinadas pessoas.
Processos de relação entre indivíduos e grupos
As pessoas aproximam-se e comunicam porque gostam. Estamos, então, no domínio dos afetos.
Processos de relação entre indivíduos e grupos
Fatores que influenciam a atração: Proximidade- as pessoas estão mais próximas daquelas por quem se sentem
mais atraídas.
Familiaridade- relaciona-se com a proximidade. A atração por uma determinada pessoa pode aumentar se estivermos com ela com frequência.
Atração fisíca- a aparência física dos outros está entre as primeiras impressões que colhemos deles. Existe uma relação entre a beleza e a atração, o que causa certos estereótipos.
Semelhanças interpessoais- este fator reside na própria relação. As pessoas com afinidades aproximam-se.
Qualidades positivas- gostamos mais das pessoas que apresentam características que consideramos agradáveis do que daquelas com características desagradáveis.
Processos de relação entre indivíduos e grupos
Complementaridade- as pessoas são atraídas por características que elas não possuem; são as assimetrias das características que tornam o outro atraente, na medida em que se complementam.
Reciprocidade- gostamos das pessoas que gostam de nós. As apreciações positivas dos outros têm um efeito muito forte na atração que eles exercem sobre nós.
Outros fatores: Respeito- quando valorizamos as capacidades dos outros.
Aceitação- pela compreensão e disponibilidade demonstrada pelo outro.
Estima- a simpatia da outra pessoa aumenta a atração que sentimos por ela.
Gratidão- pelo bem que o outro propicia.
Processos de relação entre indivíduos e grupos
Agressão
Agressão, agressivo e agressividade são termos utilizados por todos nós em situações bem distintas.
“Foi vítima de uma agressão e teve de ser hospitalizado”;
”Falou comigo agressivamente”;
“Considero que não ter sido promovido foi uma agressão.”
A agressão é, então, um comportamento que visa causar danos físicos ou psicológicos a pessoa ou pessoas e que reflete a intenção de destruir.
Processos de relação entre indivíduos e grupos
Tipos de agressão quanto à intenção do sujeito: Agressão hostil- tipo de agressão emocional e impulsiva. É um comportamento que
visa causar danos ao outro.
Ex.: um condutor bate propositadamente na traseira do automóvel que o ultrapassou.
Agressão instrumental- tipo de agressão que visa um objetivo, ou seja, tem por fim conseguir algo independentemente do dano que possa causar. É planeada e não impulsiva.
Ex.: assalto a um banco.
Processos de relação entre indivíduos e grupos
Tipos e agressão quanto ao alvo: Agressão direta- o comportamento agressivo dirige-se à pessoa ou ao objeto
que justifica a agressão.
Ex.: a criança agride o colega que lhe tirou o brinquedo.
Agressão deslocada- o sujeito dirige a agressão a um alvo que não é responsável pela causa que lhe deu origem.
Ex.: como a educadora está presente e a criança não pode agredir o colega, dá um pontapé na parede.
Autoagressão – o sujeito desloca a agressão para si próprio.
Ex.: Os pais recusam um brinquedo ao filho e este não almoça.
Processos de relação entre indivíduos e grupos
Tipos de agressão quanto à forma de expressão: Agressão aberta – este tipo de agressão pode manifestar-se pela
violência física ou psicológica explícita. Concretiza-se através de espancamentos ou humilhações.
Agressão dissimulada – este tipo de agressão recorre a meios não abertos para agredir. O sarcasmo e o cinismo são formas de agressão que visam provocar o outro, feri-lo na sua autoestima, procurando gerar ansiedade.
Agressão inibida – o sujeito não manifesta agressão para com o outro, mas dirige-se contra si próprio. O sentimento de rancor é uma forma de expressão da agressão.
Processos de relação entre indivíduos e grupos
A origem da agressividade
A conceção de Freud:
Segundo Freud, a agressividade vem da matriz do nosso organismo. A nossa vida psíquica e o nosso desenvolvimento são orientados por pulsões:
As pulsões da vida integram a ideia de manutenção do indivíduo e as pulsões sexuais. As pulsões de morte são autodestrutivas e, por isso, explicam os comportamentos agressivos. A agressividade é uma energia que tem que ser descarregada.
A conceção de Lorenz:
A agressão é inerente a todos os organismos, pelo que Lorenz defende que a energia agressiva faz parte integrante da natureza humana.
Assim, a agressividade é encarada como um comportamento inscrito geneticamente sob a forma de um programa.
A origem da agressividade
A conceção de Dollar:
John Dollard e Neil Miller propuseram a hipótese frustração – agressão. A agressão é assim explicada pelo facto de um sujeito ter sido frustrado, ou seja, existiria uma ligação inata entre um estímulo – a frustração – e o comportamento de agressão.
Esta teoria, no entanto, suscitou várias críticas porque nem todas as pessoas reagem à frustração através de comportamentos agressivos e podem existir agressões sem ter havido previamente uma frustração.
A origem da agressividade
A conceção de Bandura:
Bandura defende que o comportamento agressivo resulta de um processo de aprendizagem que se baseia na observação e na imitação de comportamentos durante o processo de socialização.
A origem da agressividade
A predisposição para a agressividade pode ser estimulada ou inibida: assim se explicam as diferenças na sua expressão em diferentes épocas, em diferentes culturas e em diferentes pessoas.
Assim, podemos afirmar que o
processo de socialização que decorre
no contexto dos grupos, as interações
sociais, a interiorização das normas e
as regras sociais reguladoras
da expressão e legitimação da
agressividade modelam os
comportamentos agressivos.
A origem da agressividade
Fatores que induzem à agressão
O álcool tem respostas agressivas ás provocações (existindo, assim, uma relação entre a embriaguez e os comportamentos violentos);
O nível de agressividade muda de cultura para cultura, pois as culturas mais individualistas são mais agressivas do que as coletivistas (numa sociedade em que a agressividade é valorizada, os indivíduos são mais agressivos);
A exibição de armas, as notícias sobre violência, os filmes e as séries em que o centro de agressividade é de ação, os heróis agressivos, levam-nos para a tendência de sermos também agressivos;
As provocações, os insultos e as humilhações que afetam a autoestima motivam condutas agressivas.
Conclusão
Com este trabalho concluímos que existem vários tipos de relações entre o individuo e os grupos, e que dois desses tipos são a relação de atração e a relação de agressão.
Analisámos, depois, várias teorias explicativas da origem da agressividade, o que nos ajudou a perceber quais os fatores que a desencadeiam e quais os diferentes modos de expressão que ela pode assumir.
Bibliografia
Manual do 12ºano de Psicologia, Ser Humano
https://www.google.pt/?gfe_rd=cr&ei=0eNAVYSTCeir8wfjy4HAAw&gws_rd=ssl