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Os desafios no futuro próximo
Emilio Garofalo Filho
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Crise Financeira X Comércio
A crise de 2007/9 redução no comércio mundial.
Entre 2000 e 2008, a troca de bens entre países evoluiu a uma média de 6,6% ao ano.
Segundo o FMI (2009): recuo de 11,9%.
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Retomada pós-crise: tímida
“A partir do 2º trimestre/, o comércio mundial começou a emergir (+ 0,5%) do mergulho profundo em que se lançou entre o 4º trimestre de 2008 (-7,8%) e o 1º trimestre de 2009 (-10,7%)” (Belluzo)
Para 2010, espera-se expansão de 2,5%: algumas economias em crescimento (BRIC), outras “de lado”(EUA), mesmo com algumas em queda (PIIGS).
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“EFEITO CHINA”
Essa modesta estabilização (a partir do II TRIM./2009) do comércio mundial foi promovida, sobretudo, pelas importações dos países asiáticos que cresceram 7,2% no período enquanto as importações dos países desenvolvidos continuaram a se contrair.
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Conjuntura internacional pós-crise Maioria dos países reagiu bem à crise, até aqui,
principalmente por conta dos estímulos fiscais adotados (com efeitos de duração limitada).
Nos EUA, a dívida avançou 20 p.p. do PIB em menos de 2 anos deve seguir avançando pelos próximos 10 anos.
CHINA: Plano anticíclico de US$ 580 bilhões (cerca de 12% do PIB) colocado em prática pelo governo chinês impulsionou a demanda doméstica e teve impacto importante nas economias vizinhas (Coréia, Cingapura, Vietnam)
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E O FIM DA CRISE?
VISÃO DE ALGUNS DOS PRINCIPAIS TEÓRICOS DA CRISE:
Para KRUGMAN, as principais possibilidade seriam de recessão em “W” (com uma nova queda antes da recuperação) ou em “L” (com uma recessão prolongada).
Para ROUBINI, a maior probabilidade é de recessão em “W” ou “U”(lenta), com um período um pouco maior antes da recuperação.
Para STIGLITZ, recessão em “W”.
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ECOS DA CRISE NO BRASIL
As exportações diminuem cerca de 23% ante uma elevação dessa ordem 2008.
Importantes alterações de mercados de destino e concentração da pauta de produtos EUA deixam de ocupar a posição de principal país de destino de nossas exportações agora é China.
Com a maior da participação da China, a Ásia tornou-se o principal BLOCO comprador de produtos nacionais, anteriormente liderado pela União Européia
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DEFICIT COMERCIAL EM 2011?
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DÍVIDA EXTERNA LIQUIDAdívida registrada - reservas
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PRINCIPAIS EXPORTADORES DE COMMODITIES
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RESERVAS (BC)
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BALANÇA COMERCIAL
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CONTAS CORRENTES(BALANÇO DE TRANSAÇÕES CORRENTES)
Contas correntes:
1) SALDO COMERCIAL
+Valor FOB da Exportação desembaraçada
- Valor FOB da Importação desembaraçada
2) SERVIÇOS E RENDAS (LIQUIDO)
3) TRANSFERENCIAS UNILATERAIS CORRENTES
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2010CONTAS CORRENTES: - US$ 50
BI BC projeta déficit em C/C de US$ 50 bi para 2010
Saldo Comercial reduzido a US$ 10 bi Déficit de Turismo: - US$ 10 bi
Mercado (FOCUS): - US$ 52 BI
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Outras indicações de mercado (FOCUS)
TAXA DE CÂMBIO 31/DEZ: R$ 1,81
SELIC EM 31/DEZ: 11,25% A.A.
C/CORRENTES: US$ 52 BI (DEFICIT)
BALANÇA COMERCIAL: US$ 10 BI (SUPERAVIT)
IED: US$ 38 BI (SUPERAVIT)
CRESCIMENTO DO PIB: +5,5%
IPCA: 4,99%
IGP-DI: 5,91%
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REDEFINIÇÃO DO PERFIL DA PAUTA
PRODUTOS BÁSICOS:
em 200: 36,9% . Em 200: 40,5%.
PRODUTOS MANUFATURADOS:
em 2008: 46,8%. Em 2009: 43,5%. Em perspectiva, com a retomada do comércio e da
renda mundial, é possível que a venda de
manufaturados estanque o processo de queda na
participação nas exportações brasileiras retorno
pleno requer ações mais intensas: Fiscal;
Financiamento; Câmbio
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CONJUNTURA INTERNACIONAL HOJE
OBAMA conclamou país a exportar mais;
EUA pressionam China em relação a câmbio
Grécia trouxe dúvidas sobre EU euro desvalorizado
Europeus “gostam” do euro desvalorizado pouco esforço para mudar quadro
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USA EXPORT
Se as exportações não tirarem os EUA do poço, o aumento da poupança americana será subtraído do consumo, que foi mola propulsora do crescimento da produção mundial até 2007.
Para reduzir o expressivo déficit comercial, os EUA precisam de um vigoroso desempenho exportador, puxado por dólar desvalorizado
Se os EUA voltarem à recessão, a desvalorização do dólar se aprofundará, reduzindo o débito com seu principal credor, a China.
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CHINA
O superávit comercial chinês EM QUEDA: balança comercial c/ déficit de cerca de US$ 8 bilhões no início de março, (1º ministro chinês, WEN JIABAO).
1º déficit mensal desde abril de 2004 enfraquece argumentos em defesa da apreciação do YUAN
CONCLUSÃO: por isso (e tudo o mais) China fará transição gradual de câmbio
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GRÉCIA
Déficit grego expôs problemas com números dúvida sobre todos;
Grécia precisa ajuda da U.E.: difícil conseguir consenso euro?
FMI vai ajudar Grécia a renegociar sua dívida
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Reação: emergentes na frente
Frente às turbulências, os BC dos países mais ricos reduziram as taxas de juros básicos a mínimas históricas redirecionamento dos fluxos de capital aos países emergentes.
Resultado recuperação rápida nos preços dos ativos em países emergentes (No Brasil, o Ibovespa em 2009 obteve desempenho muito superior ao registrado nos EUA e na Europa).
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Taxa de câmbio real
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O Câmbio nos países exportadores de commodities
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O desafio do dólar desvalorizado - 1
Os BC de todo o mundo estão interconectados à liquidez americana;
Nos países que mostram vigorosa recuperação, como Brasil, Austrália, Coréia e Índia, há um forte movimento de depreciação do dólar (valorização das moedas locais);
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O desafio do dólar desvalorizado...2
Os BC contam com um espaço menor para trabalhar a política cambial: precisam aumentar reservas em dólar para tentar conter a valorização de suas moedas nacionais.
Há fatores, entretanto, agindo na mão contrária a uma desvalorização do dólar: aversão ao risco, sempre que há algum fato novo (Grécia!) que não corresponde às expectativas dos mercados, bem como a deterioração do déficit brasileiro.
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O que se faz no Brasil, hoje:
1 –BC comprador aceleração
2 – IOF no capital externo (2%) MF
3 – Aberta a possibilidade de adquirir US$ para o FSB (se houver necessidade) MF;
4 – liberdade de importação e financiamento
5 – apoio maior à exportação EXIMBANK, ajustes fiscais MDIC, MF
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PARA MEDITAR
Há muito em jogo, terrivelmente dependente de fatores conjunturais;
“Aversão a risco” x “retomada de confiança” move câmbio, commodities, bolsas...
Há crescente defesas de medidas de “controle de fluxos”. São controláveis?
Um novo Bretton Woods?
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.... Agradecimento
Emilio Garofalo Filho