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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSENA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7Cadernos PDE
II
FICHA PARA IDENTIFICAÇÃO
PRODUÇÃO DIDÁTICO – PEDAGÓGICA
TURMA - PDE/2014 - 2015
Título: O Uso das Imagens no Ensino de Geografia para a Compreensão do
Espaço Geográfico.
Autor Raul de Oliveira Tolentino
Disciplina/Área Geografia
Escola de Implementação
do Projeto e sua localização
Escola Estadual Major João Carlos de Faria –
Ensino Fundamental. Rua Palmas, nº 176. Vila
Independência.
Município da escola Cornélio Procópio
Núcleo Regional de
Educação
Cornélio Procópio
Professor Orientador Jully Gabriela Retzlaf de Oliveira
Instituição de Ensino
Superior
Universidade Estadual Do Norte Do Paraná –
Campus de Cornélio Procópio
Relação Interdisciplinar Arte, História e Língua Portuguesa.
Resumo
Em nossa sociedade, as imagens estão
amplamente difundidas pelos diversos tipos de
mídia. Interpretar o mundo em que vivemos,
através da linguagem visual, que tem seu uso
destacado pela funcionalidade e pela velocidade
de processar informações, possibilita ao professor
de Geografia contextualizar os conteúdos
desenvolvidos em sala de aula e estimular os
alunos a sua reflexão e compreensão crítica. Este
trabalho tem por objetivo apresentar práticas
pedagógicas que utilizem imagens como recurso
didático para compreensão do espaço geográfico,
para serem trabalhadas no 8° ano do Ensino
Fundamental II da Escola Estadual Major João
Carlos de Faria, localizada na cidade de Cornélio
Procópio - PR.
Palavras-chave Imagem. Espaço geográfico. Ensino fundamental.
Formato do Material
Didático
Unidade didática.
Público Alvo Alunos do 8º ano do Ensino Fundamental.
1. APRESENTAÇÃO
A Geografia é uma disciplina que possui uma importante função para o
desenvolvimento da criticidade. Contudo, muitas práticas de ensino utilizadas não
estão nos caminhos desse objetivo. A formação de um cidadão crítico necessita de
práticas, acompanhadas de pesquisa e reflexão, para que essa disciplina consiga
romper com os estigmas da memorização e mera descrição de fenômenos,
resultando na formulação de um conhecimento significativo.
A presença de imagens disseminada pelos recursos tecnológicos provoca um
intenso contato vivenciado pelo cotidiano dos alunos. No entanto, esse contato diário
com a infinidade de imagens, por si só, não possibilita a interpretação crítica frente à
complexa realidade evidenciada pelos aspectos visuais veiculados pelas diversas
mídias.
O potencial atrativo das imagens deve ser utilizado nas práticas de ensino
para estimular a aprendizagem dos alunos. Através delas podem ser problematizar
diversas situações, possibilitando o entendimento da realidade próxima confrontada
com outras espacialidades, nas diferentes escalas de análise.
No mundo globalizado, na era das novas tecnologias, a imagem esta cada
vez mais presente. Assim, interpretar o mundo em que vivemos, o espaço
geográfico, através da linguagem visual possibilita ao aluno a compreensão de
diversas situações vivenciadas em sua realidade. Além disso, a imagem como
representação, permite o registro histórico da paisagem e torna possível comparar o
processo de sua transformação, assim como os significados que assumem os
elementos materializados no espaço.
A infinidade expositiva que a imagem possui na atualidade, requer que a
escola desenvolva um ensino que possibilite ao aluno interpretá-la. Encontrar
metodologias que estimulem os alunos a desenvolver o raciocínio crítico,
configurando na evolução de uma aprendizagem significativa, envolve a escolha de
uma linguagem que seja funcional no processo de ensino.
Dessa forma, a produção didático pedagógico sobre o uso das imagens no
ensino de Geografia para a compreensão do espaço geográfico, em formato de
unidade didática, pretende desenvolver metodologias com o uso de imagens com o
propósito de atingir uma melhor aprendizagem com os conteúdos trabalhados em
sala de aula. Espero que, por meio do uso de imagens como recurso didático nas
aulas de Geografia, através da sua análise e interpretação, proporcione aos alunos a
compreensão do espaço geográfico efetivando uma aprendizagem significativa.
Este trabalho tem por objetivo apresentar práticas pedagógicas que utilizem
imagens como recurso didático para compreensão do espaço geográfico, para
serem trabalhadas no 8° ano do Ensino Fundamental II da Escola Estadual Major
João Carlos de Faria, localizada na cidade de Cornélio Procópio - PR. O
desenvolvimento dessas ações ocorrerá durante o 1º semestre de 2015.
2. A UTILIZAÇÃO DAS IMAGENS PARA A COMPREENSÃO DO ESPAÇO
GEOGRÁFICO
Com a evolução de recursos tecnológicos e através das diversas mídias
existentes, a difusão de imagens está fortemente presente no cotidiano. O seu uso
como recurso didático favorece a contextualização, possibilitando o entendimento
das espacialidades e as suas distintas relações que adquirem no mundo
globalizado.
A imagem constitui uma forma de apresentar uma determinada aparência e
pode despertar diferentes significados para o indivíduo. Berger (1987 apud KATUTA,
2012) considera a imagem uma vista que foi recriada ou reproduzida, uma
aparência, ou um conjunto de aparências, que foi isolada do local e do tempo em
que primeiro se deu o seu aparecimento, e conservada por uma periodicidade de
tempo que pode ser de alguns momentos ou de séculos.
A partir desse registro de aparência, que possui a capacidade de representar
a paisagem de diferentes lugares em épocas distintas, existe a oportunidade para
que o professor possa fazer o uso crítico da imagem em sala de aula, auxiliando na
compreensão dos conteúdos abordados, presentes no espaço geográfico. Conforme
aponta Katuta:
As imagens podem ser compreendidas como testemunhas oculares, indícios e modos de registros de geograficidades. Desenvolver esta atitude com relação às imagens não pressupõe idolatrá-las e ter uma atitude ingênua para com as mesmas. Pelo contrário, na medida em que as usamos há que se desenvolver métodos de críticas das fontes, das maneiras ou modos de sua utilização e elaboração. Dessa maneira, construir-se-á um novo senso comum na geografia em torno das imagens: é
um dos modos possíveis de se apresentar as geograficidades dos entes em diferentes espaço- temporalidades (2012,p.08).
Para o entendimento do espaço geográfico, objeto de estudo da Geografia,
exige-se a necessária compreensão de que este é formado pela inter-relação entre
sistemas de objetos naturais, culturais e técnicos e pelos sistemas de ações
composta pelas relações sociais, culturais, políticas e econômicas (SANTOS 1996,
apud PARANÁ, 2008).
Por sua vez, a análise do espaço geográfico, no complexo cenário do mundo
globalizado e as suas constantes transformações devem considerar que a mudança
tecnológica profunda implica numa profunda mudança organizacional e social que
altera os modelos de percepção da realidade de forma substancial (SANTOS, 2004).
Todas essas transformações, apresentadas em discursos rápidos e em
quantidade demasiada, são veiculadas pelas diversas fontes no propósito da
massificação da sociedade e resultam na formação de determinadas representações
alienantes do senso comum.
Segundo Cavalcanti (2008), o exercício de observação do espaço vivido e
percebido pode contribuir para uma apreensão ética e estética da realidade. Assim,
ao desenvolver a sensibilidade dos alunos, em relação à realidade observada, pode-
se romper com a atitude de indiferença existente em sociedades em que
predominam práticas cotidianas alienantes.
O trabalho com imagens proporciona outro tipo de leitura e visão dos
elementos para a compreensão do espaço geográfico. Ele proporciona analisar as
dimensões que o tempo e o espaço assumem junto aos atores que provocam a sua
transformação. As representações pretendem demonstram a fluidez do espaço que
na paisagem apresentam os elementos de forma fixa. Os movimentos existentes nas
relações sociais e de produção, por sua vez, ocorrem num determinado tempo e
espaço, conforme Santos:
A paisagem se dá como um conjunto de objetos-reais concretos. Nesse sentido a paisagem é transtemporal, juntando objetos passados e presentes, uma construção transversal. O espaço é sempre um presente, uma construção horizontal, uma situação única. Cada paisagem se caracteriza por uma dada distribuição de formas-objetos, providas de um conteúdo específico. Já o espaço resulta da intrusão da sociedade nessas formas-objeto. Por isso, esses objetos não mudam de lugar, mas mudam de função, isto é, de significação, de valor sistêmico. A paisagem é, pois, um
sistema material e, nessa condição, relativamente imutável; o espaço é um sistema de valores, que se transforma permanentemente (2002, p.103-104).
Ensinar a olhar as imagens para formar um leitor que saiba olhar e entender
os conteúdos nelas existentes exige um trabalho que extrapole a mera exposição
descritiva pelo professor. Essa exposição descritiva das diversas porções do espaço
terrestre, muitas vezes, coloca os alunos em um estado de passividade. Os alunos
ficam restritos a associações diretas entre o que é mostrado visualmente e o que é
narrado pelo professor (NOVAES, 2011).
Para desenvolver uma "metodologia visual crítica", Rose (2003 apud
NOVAES, 2011) argumenta a necessidade de estimular uma apropriação mais
consciente das imagens na difusão do conhecimento geográfico. Dessa forma, a
criticidade da metodologia visual envolve uma postura de pensar as imagens através
de uma articulação com significados culturais, práticas sociais e relações de poder.
A seleção de imagens realizada pelo professor, ao incluir a dimensão do
lugar, contextualizada às diferentes espacialidades do globo, proporciona ao aluno
compreender como os conceitos geográficos, ensinados em sala de aula, estão
presentes no meio em que ele vive.
O uso de imagens ou fotografias na sala de aula contribui para que o aluno se aproprie dos conceitos geográficos trabalhados com atividades que resultam em um processo de aprendizagem significativo. O aluno aprende um conceito quando sabe utilizá-lo em situação concreta e, aos poucos, vai interiorizando e consegue em outro momento aplicá-lo em novas situações (CASTELLAR e VILHENA, 2010, p.85).
Ao utilizar a imagem como recurso didático, o professor deve estar atento
quanto à seletividade de critérios. Por sua vez, essa seletividade, com determinada
intencionalidade, pode induzir às interpretações. Ao trabalhar com os
questionamentos daquilo que está representado pode-se desestabilizar a
passividade pelo qual o senso comum as concebe como verdade. A imagem, ao ser
trabalhada pelo professor, pode ocorrer da seguinte forma, segundo Novaes:
Por um lado, pode-se utilizar uma imagem "para contar", quando trabalhamos com a ideia de registro e verossimilhança. Por outro, a imagem pode ser utilizada "para descobrir", quando buscamos discutir as seletividades atuantes nos processos de produção e recepção das imagens (2011, p.07).
O uso da imagem na Geografia, que ocorre de forma majoritária, apenas para
descrição, necessita de um direcionamento do professor em utilizá-la para a
interpretação, através de metodologias que estimulem os alunos a pensar sobre o
que está sendo apresentado. Quanto ao resultado das interpretações, estas deverão
ocorrer dentro de uma abordagem crítica, considerando que o espaço é uma
representação constantemente reconstruída de acordo com critérios específicos, no
qual estão presentes as ações dos agentes transformadores e as relações sociais e
culturais dos indivíduos em sociedade.
3. PRÁTICAS PEDAGÓGICAS E A UTILIZAÇÃO DE IMAGEM COMO RECURSO
DIDÁTICA PARA COMPREENSÃO DO ESPAÇO GEOGRÁFICO
Segundo a orientação da DCE de Geografia, o uso de imagens como recurso
didático não deve ocorrer apenas como ilustração daquilo que o professor explicou
ou que pretende explicar do conteúdo, mas como ponto de partida para iniciar uma
pesquisa que se fundamente nas categorias de análise do espaço geográfico e nos
fundamentos teóricos conceituais da Geografia.
[...] a imagem será ponto de partida para atividades de sua observação e descrição. Feita essa identificação, o professor e os alunos devem partir para pesquisas que investiguem: Onde? Por que esse lugar é assim? Enfim, propõem-se pesquisas que levantem os aspectos históricos, econômicos, sociais, culturais, naturais da paisagem/espaço em estudo. (PARANÁ, 2008, p.82).
Assim, nesta unidade didática, as atividades estão inseridas no objetivo de
questionar as verdades anunciadas, procurando estimular a análise crítica das
imagens exibidas.
A seguir serão apresentadas práticas pedagógicas que utilizem imagens
como recurso didático, sua análise e interpretação, para compreensão do espaço
geográfico.
As atividades serão aplicadas no 8º ano do Ensino Fundamental da Escola
Estadual Major João Carlos de Faria. Os conteúdos abordados durante a aplicação
do projeto serão: a evolução do sistema capitalista e as transformações produzidas
no espaço; as fases do capitalismo na formação espacial do Município de Cornélio
Procópio; as transformações sociais e econômicas no espaço geográfico de Cornélio
Procópio; o mundo bipolar na Guerra Fria; a ação das empresas transnacionais e
locais no espaço geográfico e o comércio e as suas implicações socioespaciais.
ATIVIDADE 01 – A IMAGEM COMO REPRESENTAÇÃO E COMO UM RECURSO
PARA INTERPRETAR O ESPAÇO GEOGRÁFICO.
Conteúdo: O espaço geográfico e a presença da imagem como representação.
Objetivos: apresentar aos alunos como a imagem está presente histórica e
geograficamente na humanidade e a importância da sua interpretação para
compreender o espaço geográfico.
Recursos: TV multimídia, internet, Vídeo Como a Arte fez o Mundo?
Texto 1
Procedimentos Metodológicos:
1° passo: o professor fará a problematização sobre como a imagem está
presente no cotidiano e a importância do visual para interpretar o espaço geográfico.
Os alunos serão estimulados a comentar como as imagens estão presentes no seu
cotidiano e em que situações eles já fizeram uso da imagem para realizar algum
registro.
Desde o período primitivo, a espécie humana estabeleceu uma forma de
significar a sua realidade utilizando da representação imagética. Da época das
cavernas aos dias atuais, a evolução técnica proporcionou uma multiplicidade
de formas, com conteúdos diversos que presenciamos cotidianamente.
A força da expressividade da imagem, o seu fascínio causado em nós,
faz dela um recurso comunicativo muito explorado e presente no espaço
geográfico. Ao mesmo tempo, ela pode ser utilizada para representá-lo e
desenvolver análises críticas da configuração dos conhecimentos que
trabalhamos em sala de aula.
Assim, ao trabalhar a imagem como recurso didático, há a possibilidade
de tornar os conteúdos geográficos mais significativos no processo de
aprendizagem dos alunos devido a potencialidade atrativa exercida por este
recurso.
2° passo: apresentação de um trecho de vídeo referente ao documentário
Como a Arte Fez o Mundo? Disponível através do Link:
https://www.youtube.com/watch?v=AChSoxxivDg
3° passo: após a apresentação do vídeo, será promovido um debate
contextualizando histórica e geograficamente a presença e o uso da imagem pela
humanidade.
Avaliação: Como proposta de atividade, os alunos deverão elaborar uma
ilustração sobre o espaço geográfico da cidade de Cornélio Procópio e relatar num
texto sobre o que está representado. As produções serão recolhidas ao final desta
aula.
Na aula seguinte, o professor fará as considerações das produções e cada
aluno apresentará a sua produção para o restante da turma. A mediação docente
acompanhará o desenvolvimento das apresentações, promovendo as inserções de
estímulos para que os demais alunos opinem sobre as impressões e as
interpretações decorrentes, fazendo juntamente a isso a avaliação e as
considerações necessárias.
ATIVIDADE 02 - AS FASES DO CAPITALISMO
Conteúdo: a evolução dos sistemas capitalistas e as transformações produzidas no
espaço.
Objetivo: compreender as alterações no espaço geográfico produzidas pelas
diferentes fases do capitalismo através da imagem.
Recursos: TV multimídia ou projetor, imagens (fotografias e pinturas), vídeo e mapa
mundi político.
Texto 2
Quanto às formas de produção, o capitalismo pode ser dividido em fases: o
comercial, o industrial, o financeiro e o informacional. A evolução da ciência e das
técnicas contribuiu para o desenvolvimento de formas de transportes, comunicação
e de produção. Juntamente a esse processo, as condições geopolíticas e históricas
orientaram as relações de poder, primeiramente nas relações de dominação
metrópole – colônia e depois com países desenvolvidos industrializados sobre os
países subdesenvolvidos não industrializados.
Procedimentos metodológicos:
1º passo: debater com os alunos sobre a sociedade atual e estimular a sua
participação para exemplificar as relações que eles vivenciam quanto ao processo
dos transportes, meios de comunicação, recursos tecnológicos, a questão do
consumo e da produção que eles conhecem.
2º passo: apresentar as fases do capitalismo e a maneira pela qual as formas
de produção e de consumo afetam as relações existentes no espaço geográfico
através de imagens (figuras 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7 e 8).
Capitalismo Comercial
Figura 1: Ilustração representado o período das grandes navegações. English: Seaport Claude Lorrain, 1638. Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/Category:Paintings_by_Claude_Lorrain.
Após a Segunda Guerra Mundial, o processo de industrialização torna-se
difuso através da instalação de multinacionais em países subdesenvolvidos. A ação
das empresas transnacionais se espalhou mundialmente, beneficiando-se das
estruturas da comunicação e dos transportes para explorar as vantagens que a
especificidade que cada lugar pode oferecer quanto à esfera da produção e do
consumo. Dessa forma, as relações entre os lugares tornaram-se mais
interdependentes e complexas.
Utilizando as imagens, provenientes de obras de arte ou fotografia, as
situações do capitalismo, desde o período pré-capitalista ou feudalismo ao atual
mundo globalizado podem ser interpretadas. Junto a este processo, as
transformações espaciais, resultantes das ações o sistema econômico capitalista,
devem ser interpretadas pelas relações de como ela se manifesta na organização
espacial.
Figura 2: Pintura de Scène de marché representando a atividade comercial europeia.
Século VX. Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File - domínio público.
Capitalismo Industrial
Figura 3- Operários em linha de montagem. Fonte: commons. wikimedia.org/wiki - domínio público
Figura 4: Centro Comercial no século XVIII. Fonte: commons.wikimedia.org/wiki - domínio público
Capitalismo Financeiro
Figura 5: Automação na linha de produção. Fonte: www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria.
Figura 6: Bolsa de valores de São Paulo. Fonte: commons.wikimedia.org por PINHEIRO, Leo.
Capitalismo Informacional
Figura 7: A tecnologia no capitalismo informacional. Fonte: www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria.
Figura 8: Atuação das redes no capitalismo informacional. Fonte:
http://pixabay.com/en/ball-networks-internet-social-419199/ License: CC0 Public Domain.
3º passo: aplicação de atividade com questionamentos sobre as imagens
trabalhadas em sala:
Avaliação: a sala será dividida em quatro grupos. Esses grupos deverão
elaborar cartazes com imagens acompanhados de pequenos textos referentes às
fases do capitalismo. O laboratório de informática será utilizado para a pesquisa de
imagens e textos, sendo orientado pelo professor os procedimentos a serem
seguidos, inclusive a necessidade da indicação das fontes e a citação para anteder
as normatizações referentes aos direitos autorais.
O critério da avaliação será da exposição do trabalho oral em sala de aula, a
coerência argumentativa juntamente com as relações estabelecidas entre as
imagens apresentadas e a indicação das fontes utilizadas.
1- Quais são as atividades representadas pelas imagens?
2- Qual é a relação entre a produção e o comércio representados nestas
imagens?
3- Qual é o impacto da evolução tecnológica para a produção e para o consumo?
4- Como a imagem presente na figura 1 poderia influenciar na imagem
representada na figura 2 ?
5- Qual é a principal característica que cada imagem apresenta?
6- O que mudou na linha de produção entre as imagens representadas nas
figuras 3 e 5 ? Como isso afetou os trabalhadores?
ATIVIDADE 3 – O CAPITALISMO E SUAS IMPLICAÇÕES LOCAIS
Conteúdo: As fases do capitalismo na formação espacial do Município de Cornélio
Procópio.
Objetivos: analisar as transformações espaciais ocorridas no município de Cornélio
Procópio em decorrência do capitalismo.
Recursos: TV multimídia ou projetor, fotografias antigas e vídeo.
Texto 3
A prática pedagógica trabalhada com anacronismo e realizada por uma
análise espacial fragmentada impede a articulação de ideias para sistematizar
uma forma de conhecimento significativo e articulado à nossa realidade. O nosso
lugar no presente, assim como a sua historicidade da constituição espacial, está
relacionado às ações de outros lugares. O entendimento destas relações pode
ser evidenciado através de situações referentes aos das experiências individuais,
familiares e no âmbito escolar.
Os conteúdos geográficos, ao serem contextualizados pelo professor,
proporcionam um ensino significativo e a possibilidade de confrontar na prática,
os saberes que estamos desenvolvendo em nossa disciplina.
Para que ocorra a compreensão dos conteúdos no local, a pesquisa
direcionada aos alunos e o trabalho do professor com informações sobre a
história e informações geográficas do município é essencial para inferir esses
conhecimentos na interpretação das imagens.
A partir dessa compreensão do espaço local, podemos estabelecer
relações com os demais recortes de análise geográficos e de historicidade. A
análise com o confronto dos mecanismos que interferem no local possibilita que o
aluno consiga uma interpretação crítica da sua realidade. Além disso, ao
trabalhar os conteúdos na dimensão local, contribui para que ocorra a
valorização da identidade e a ideia de pertencimento ao lugar.
Procedimentos Metodológicos:
1º passo: os alunos assistirão ao vídeo sobre o espaço geográfico de Cornélio
Procópio que representa o início do seu processo de formação para enforcar as
relações históricas desse processo e a forma pela qual as diferentes funções
exercidas pelo espaço urbano e rural configuravam-se na organização espacial do
município. Vídeo disponível em http://www.youtube.com/watch?v=vbtw7UFLsi8
2º passo: após assistir ao vídeo, os alunos deverão responder as seguintes
perguntas:
3° passo: para a próxima aula os alunos deverão apresentar o uma pesquisa
sobre a evolução do espaço geográfico de Cornélio Procópio e entregarão uma
produção de texto acompanhado de duas imagens para representar as
transformações descritas.
Avaliação: os grupos apresentarão seus trabalhos junto à explicação das
transformações que eles identificaram. O professor realizará a avaliação da
apresentação do trabalho escrito com as imagens que ilustram as respectivas
transformações espaciais e sua exposição aos demais colegas de classe. Os
critérios serão pautados na relação entre as imagens selecionadas, a descrição da
produção escrita e a exposição oral articulados com objetividade e clareza.
1- Quais diferenças podem ser identificadas, quando comparadas com atualmente,
as situações representadas sobre os transportes, a arquitetura, o comportamento
das pessoas, a pavimentação das ruas, o comércio, a expansão do sítio urbano e
os objetos técnicos ou recursos identificados?
2- A quais atividades econômicas a cidade estava articulada entre as décadas de
1930 a 1960?
3- Atualmente como a organização de nossa cidade está apresentada?
4- Quais são as principais funções econômicas atuais de Cornélio Procópio?
ATIVIDADE 4 – VISITA AO MUSEU HISTÓRICO DE CORNÉLIO PROCÓPIO.
Conteúdo: as transformações espaciais de Cornélio Procópio.
Objetivos: analisar imagens e objetos antigos presentes no museu histórico para
compreender das transformações espaciais ocorridas no espaço geográfico de
Cornélio Procópio.
Materiais Necessários: ônibus, câmera fotográfica, caneta e bloco para anotações.
Texto 4
Procedimentos Metodológicos:
1º passo: os alunos serão preparados em aulas anteriores sobre a evolução
histórica da cidade e orientados para as observações que eles deverão realizar
durante a visita ao Histórico de Cornélio Procópio. Nesta visita, os alunos deverão
observar e analisar as imagens e os objetos (conforme exemplificada através das
figuras 9, 10, 11, 12, 13, 14 e 15) de outras épocas, fazendo os registros
necessários para a produção de um relatório.
2º passo: Visita ao Museu Histórico de Cornélio Procópio.
Através da visita ao Museu Histórico de Cornélio Procópio, os alunos
poderão observar fotografias antigas, painéis e os objetos técnicos de outras
épocas. A partir dessas observações, os alunos serão estimulados a identificar as
mudanças ocorridas no espaço geográfico de Cornélio Procópio, desde sua
fundação até os dias atuais.
Analisando os objetos e as fotografias antigas, presentes no museu, muitas
das paisagens que os alunos vivenciam também podem ser comparadas. As
características do espaço geográfico, representadas pela imagem, materializam
determinados instantes que refletem estruturas econômicas, culturais e sociais
diversas. Estas representações possibilitam interpretar as transformações do
espaço local inserido nos diferentes contextos do capitalismo.
Fotografias do Museu Histórico de Cornélio Procópio.
Figura 9: Fotografia da Avenida XV de Novembro na década de 1930, presente no Museu
Histórico de Cornélio Procópio. Fonte: TOLENTINO, 2014.
Figura 10 – Máquinas de datilografar das décadas de 1940 e 1960 presentes no Museu Histórico de
Cornélio Procópio. Fonte: TOLENTINO, 2014.
Figura 11 – Representação de uma casa comercial na década de 1930. Fonte: TOLENTINO, 2014.
Figura 12 – Antigos aparelhos das décadas de 1940 e 1970. Fonte: TOLENTINO, 2014.
Figura 13 – Aparelhos telefônicos de diferentes décadas do século XX. Fonte: TOLENTINO, 2014.
Figura 14 – Fotografia de transporte coletivo cidade presente no Museu Histórico de Cornélio Procópio.
Fonte: TOLENTINO, 2014.
Figura 15 – Objetos que eram utilizadas pelos trabalhos exercidos no meio rural nas décadas de 1930
e 1940, presentes no Museu Histórico de Cornélio Procópio. Fonte: TOLENTINO, 2014.
3º passo: para direcionar de forma objetiva o relatório, os alunos deverão
descrever as características referentes às imagens e objetos numa ficha de
observação, além de fazer o registro fotográfico.
Ficha para observação das fotografias no Museu Histórico de Cornélio
Procópio
Fotografias Observadas Descrição da observação
Foto 1(Título)
Ficha para observação dos objetos no Museu Histórico de Cornélio Procópio
Objetos observados Descrição da observação
Objeto 1(Título)
Nestas fichas, os alunos farão o registro das observações das imagens e
objetos para identificar às transformações espaciais ocorridas em Cornélio Procópio
e a influência do capitalismo nas mesmas.
Avaliação: Na aula seguinte, o professor recolherá os relatórios
apresentados para a avaliação. Será discutido com os alunos os conhecimentos que
a observação de interpretação das imagens realizadas durante a visita ao museu
proporcionou para a compreensão dos conteúdos trabalhados com esta
contextualização local. A partir dos relatórios referentes à análise imagética da
transformação espacial, através de fotografias e de determinados objetos, será
possível diagnosticar se os alunos compreendem de que forma os conteúdos
trabalhados em Geografia estão presentes em sua realidade.
Utilizando como ponto de partida para esta comparação as fotografias e o
relatório sobre a visita ao Museu, os alunos serão divididos em grupos para realizar
um trabalho comparativo sobre as transformações ocorridas no município. Um
grupo ficará responsável pelas transformações ocorridas no comércio, outro grupo
trabalhará as modificações nos meios de comunicação, outro grupo abordará os
transportes e o último grupo apresentará sobre as transformações das atividades
agrícolas desenvolvidas no meio rural.
ATIVIDADE 5 – O PERÍODO DA GUERRA FRIA E A BIPOLARIDADE ENTRE OS
SISTEMAS ECONÔMICOS CAPITALISTA E SOCIALISTA.
Conteúdo: O mundo bipolar na Guerra Fria.
Objetivos: Compreender as características do período da disputa pela hegemonia
mundial entre os sistemas econômicos capitalista e socialista a partir das imagens.
Recursos: TV multimídia ou projetor, livro didático, internet, mapa mundi político.
Texto 5
A propaganda com a disseminação ideológica através do uso de imagens foi
um recurso muito utilizado durante a Guerra Fria (1945-1991), período de disputa
pela hegemonia mundial da bipolaridade em bloco socialista liderado pela extinta
União Soviética (URSS) e o capitalismo liderado pelos Estados Unidos (EUA).
O período denominado Guerra Fria, no qual o confronto militar não ocorreu
diretamente, foi marcado pela disputa por áreas de influência, caracterizando o
conflito político e ideológico.
A corrida espacial e armamentista entre as duas superpotências da época
contribuiu para avanços significativos na ciência, na tecnologia e nos meios de
comunicação. Estes difundiam os acontecimentos, as ideologias e as propagandas
meio ao contexto de temor mundial de uma guerra nuclear e da divisão e disputas
entre sistemas econômicos que organizavam modelos de sociedades distintos.
Procedimentos Metodológicos:
1º passo: Apresentar aos alunos as principais características dos sistemas
capitalista e socialista.
2º passo: Através da discussão sobre as características dos dois sistemas
econômicos que foram apresentados, os alunos serão levados a questionar sobre
qual é a representação da sociedade em que vivemos, suas características e
realizar comparações ao sistema econômico vigente.
3º passo: apresentar mapas que evidenciam a divisão leste e oeste e a
divisão entre as áreas de influencia capitalista e socialista.
4º passo: apresentar as características do período que ficou conhecido como
Guerra Fria.
5º passo: apresentar imagens (figuras 16, 17, 18, 19 e 20) para que os alunos
analisem e as ações que marcaram o período da Guerra Fria.
Figura 16 – Presidente americano John F. Kennedy e secretário geral do Partido Comunista da União Soviética Nikita Khrushchev. Fonte: www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria.
As imagens, utilizadas para caracterizar esse período de disputa entre os
dois sistemas de sociedades distintas, constitui um recurso que contribui para a
compreensão desse período que marcou o século XX e na qual suas influências
persistem na geopolítica mundial.
Figura 17 – Satélite soviético Sputnik I em órbita. Fonte: www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria.
Figura 18 – Teste da primeira bomba nuclear soviética. Fonte: www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria.
Figura 19 – Soldados alemães patrulhando o Muro de Berlim. Fonte: www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria.
Figura 20 – Soldados americanos pousando em solo vietnamita.
Fonte http://www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria.
6º passo: explicar aos alunos as seguintes características representadas nas
imagens acima:
Figura16- Os presidentes que representam a disputa geopolítica do período bipolar.
Figura17- A corrida espacial representada pelo satélite soviético.
Figura18- A bomba atômica para representar o temor de uma guerra nuclear.
Figura19 - O muro de Berlim como marco da divisão capitalismo e socialismo.
Figura 20- A guerra do Vietnã para exemplificar a intervenção militar e a influência
em vários conflitos mundiais do período.
7º passo: Apresentar aos alunos imagens para interpretação a Guerra Fria
(figuras 21, 22, 23, 24, 25, 26, 27, 28 e 29):
Figura 21 - A disputa do mundo entre as superpotências. Fonte: www.flickr.com/search?sort=relevance&license =
1%2C2%2C3%2C4%2C5%2C6&text=guerra fria por entorno 3IM8
Representação das alianças militares e conflitos durante a Guerra Fria.
Figura 22 – As alianças militares durante a Guerra Fria. Fonte: www.flickr.com por entorno 3IM8
Atividades:
1- Identifique os dois países representados?
2- Qual sistema econômico cada um deles liderava?
3- Qual a ideia representada pela imagem?
O temor de uma guerra nuclear.
Figura 23 – Ilustração representando a possibilidade de uma Guerra Nuclear. Fonte:
https://www.flickr.com/photos/x-ray_delta_one/3812794203 por James Vaughan
Figura 24 – Realização de teste nuclear. Fonte:
http://farm5.static.flickr.com/4141/4881438166_a8657204d5_o.jpg por x-ray delta one
Imagem 14
5- Identifique as áreas de conflito e os países que compunham as alianças
militares com a ajuda de um atlas.
6- Qual é a relação da Guerra Fria com essas imagens (figuras 23 e 24)?
7- Qual é o temor que essas imagens podem representar?
A corrida espacial entre EUA e a URSS
Figura 25 – Astronauta Soviético Iuri Gagarin, o primeiro homem no espaço.
Fonte: http://www.nasa.gov/topics/history/features/gagarin/gagarin.html
Figura 26 – Chegada do homem a Lua: Astronauta Buzz Aldrin. Fotografado por Neil Armstrong durante a missão Apollo 11, 20 jul de 1969.
Fonte: http://grin.hq.nasa.gov/IMAGES/SMALL/GPN-2001-000013.jpg
8- Qual disputa está evidenciada nestas imagens ( figuras 25 e 26)?
9- Como estas imagens poderiam ser exploradas pelas propagandas ideológicas
nas disputas entre Estados Unidos e União Soviética durante a Guerra Fria?
A construção e a queda do Muro de Berlim: símbolo da Guerra Fria
Figura 27 – A construção e do muro de Berlim.
Fonte: www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria.
Figura 28 – A queda do Muro e Berlim. Fonte: www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria.
10- O que as duas fotografias (figuras 28 e 29) representam sobre a questão da
Guerra Fria?
11- O que motivou as ações da construção e queda do Muro de Berlim?
Os acordos políticos que direcionava para o fim da Guerra Fria.
Figura 29 – Mikhail Gorbachev, Secretário-Geral do Partido Comunista da União Soviética, e Ronald Reagan, Presidente dos Estados Unidos, assinando o Tratado INF, em 8 de dezembro de 1987.
Fonte http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Reagan_and_Gorbachev_signing.jpg
Avaliação: O professor dividirá a sala em grupos para que os alunos façam a
pesquisa sobre imagens e classifiquem como pertencente ao socialismo e ao
capitalismo. A orientação para que junto à classificação de imagens, os alunos
especifiquem as características encontradas nas imagens que os levaram a chegar
a tal conclusão. Para captação das imagens será utilizado o laboratório de
informática. A partir das imagens pesquisadas e selecionadas, cada grupo deverá
elaborar um cartaz e apresentar na próxima aula.
Na próxima aula, os alunos farão a exposição do trabalho em sala que,
posteriormente, será exposto no mural da escola. O professor fará a avaliação dos
grupos através da exposição oral, da elaboração do material apresentado e na
relação pela quais determinadas marcas de sistemas econômicos, representadas
nas imagens por eles selecionados, foram apresentadas.
12- Os encontros dos presidentes, representados pela imagem, estavam
relacionados a qual contexto da Guerra Fria?
13-Qual é a situação do socialismo soviético nesse momento?
ATIVIDADE 06 – O MUNDO GLOBALIZADO E A PRESENÇA DAS EMPRESAS
TRANSNACIONAIS E LOCAIS EM NOSSO COTIDIANO PELA PROPAGANDA VISUAL.
Conteúdo: A ação das empresas transnacionais e locais no espaço geográfico.
Objetivos: Identificar como as ações das empresas transnacionais e locais estão
presentes em nosso cotidiano e como exerce a capacidade de convencimento do
seu produto através de estratégias visuais da propaganda.
Recursos: TV multimídia , internet, fotografias e apresentação de imagens.
Texto 6
Procedimentos Metodológicos:
1º passo: questionar sobre os meios de comunicação que os alunos utilizam e
os produtos que eles mais desejam consumir. Num segundo momento, o
questionamento será sobre a origem da divulgação desses produtos e quais são as
satisfações que eles, supostamente, podem causam.
2º passo: caracterizar o processo de globalização da economia e a questão
da evolução dos meios de transportes e de comunicação na sociedade capitalista.
3º passo: exibição do vídeo que retrata a globalização e a questão do
consumo veiculado pelos diferentes tipos mídias como propaganda. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=ZX2mLEY3Dao
A complexidade do mundo globalizado é uma realidade cotidiana que se
manifesta diferenciadamente sobre os indivíduos. A interação com o consumo
expressa relações diferenciadas que um determinado bem pode proporcionar. O
estímulo ao consumo objetiva criar o desejo para suprir necessidades, muitas vezes
inexistente. Para que essa estratégia obtenha sucesso, a propaganda utiliza-se da
imagem para conquistar os consumidores.
O bombardeio de imagens para estimular a sociedade do consumo está
presente através de diversas maneiras no cotidiano visual. Elas estão expressas em
propagandas presentes nos meios de transportes, nas casas comerciais, em faixas,
pintadas em muros, em outdoors ou em diversos meios de comunicação.
Para a análise da questão do consumismo na sociedade capitalista
globalizada, torna-se essencial abordar os aspectos que envolvem as relações
sociais e os seus respectivos impactos socioambientais existentes.
4º passo: questionar sobre as situações e as imagens estimuladoras ao
consumo que são apresentadas no vídeo e como elas estão presentes em nosso
cotidiano.
5º passo: apresentação de imagens que representam propagandas de
transnacionais do mundo globalizado para discutir as formas que elas são
veiculadas e como influenciam o consumo (figuras 30, 31 e 32).
Figura 30 – As transnacionais no mundo globalizado.
Fonte:www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria.
Figura 31 – A globalização e a propaganda das marcas mundiais.
Fonte: www.geografia.seed.pr.gov.br/modules/galeria.
Figura 32 – A globalização e a as marcas mundiais.
Fonte: www.geografira.seed.pr.gov.br/modules/galeria.
6º passo: analisar fotografias de outdoors e propagandas existentes em
Cornélio Procópio para compreender como o nosso cotidiano é influenciado pelo
consumo dos produtos por ela representados.
Avaliação: dividir a sala em grupos para que os alunos desenvolvam um
outdoor para vender determinado produto. Neste trabalho, os alunos apresentarão
seu outdoor e os impactos que as imagens promovem para aquisição do produto.
A avaliação ocorrerá no envolvimento das atividades, baseados nos critérios
da criatividade e na relação entre a produção do material e o objetivo da atividade.
Além disso, os grupos deverão demonstrar a vinculação da imagem publicitária à
propaganda e o estímulo ao consumo.
ATIVIDADE 07 – A IMAGEM E A SOCIEDADE DO CONSUMO.
Conteúdo: O comércio e as suas implicações socioespaciais.
Objetivos: compreender como a imagem estimula o desejo do consumo e está
presente no espaço geográfico.
Recursos: TV, internet, livro didático e papel com a charge impressa.
Texto 7
Procedimentos metodológicos:
1º passo: debater com os alunos sobre os tipos de produtos que eles mais
consomem. Questionar se em algum momento eles refletiram sobre a real
necessidade de consumir tais produtos. Solicitar que eles identifiquem em quais
momentos do ano ocorre um maior consumo e se o consumo consegue atingir todas
as pessoas da mesma forma. A partir desses questionamentos, levar o aluno a
refletir sobre a importância do consumo para o sistema capitalista.
2º passo: apresentar charges para discutir a sociedade do consumo, como os
seguintes títulos:
1- “Sonho de consumo_1”. Fonte: http://humortadela.bol.uol.com.br/charges/33732.
2- “Sonho de consumo_2”. Fonte: http://humortadela.bol.uol.com.br/charges/32040.
A sociedade do consumo, realidade presente em nossa sociedade
capitalista, utiliza da imagem para estimular desejos de consumo. Ao consumir, os
indivíduos não refletem as relações que existem na sociedade quanto à produção e
ao consumo, bem como o da real necessidade de consumir tais produtos.
Diariamente somos bombardeados para o ato do consumo. As
consequências para o endividamento, a desigualdade do consumo e os problemas
ambientais gerados pela degradação dos recursos naturais são questionamentos
que ficam marginalizados. Esse consumo não consciente pode acarretar impactos
que podem atingir, de forma negativa, os indivíduos social e ambientalmente.
O impacto do consumo deve ser refletido pelos sujeitos, propiciando a
percepção, da forma pela qual o sistema capitalista o trata como mero consumidor.
Além disso, é fundamental desenvolver a conscientização de que as ações de
consumir acarretam consequências para o indivíduo e para a sociedade.
A charge, ao utilizar uma linguagem irônica, pode provocar o humor e atrai a
atenção para a sociedade do consumo de forma crítica. Usando da imagem que
representa o consumismo, os alunos podem assimilar o quanto esse capitalismo do
consumo exacerbado está presente em nossa sociedade.
Dessa forma, o aluno pode ser levado à reflexão das questões relativas ao
consumo, aos princípios divulgados de felicidade e de realização, contrapondo aos
problemas sociais e ambientais dele decorrente.
3- “Venda de televisores”. Fonte: http://humortadela.bol.uol.com.br/charges/31894.
4- “Natal sem fome”. Fonte: http://humortadela.bol.uol.com.br/charges/3370.
3º passo: após apresentar as charges, serão realizado os seguintes
questionamentos para classe:
4º passo: apresentar o vídeo Ilha das Flores de Jorge Furtado, produzido no
ano de 1989, para a análise dos impactos socioambientais do consumo, disponível
em http://www.youtube.com/watch?v=Yy5l4Y5bVDY.
Perguntas sobre o vídeo:
5º passo: após trabalhar a interpretação do vídeo, será comentado com os
alunos a importância deste documentário, premiado internacionalmente, em sua
contribuição como denúncia de problemas socioambientais. No entanto, a sua forma
de produção trouxe implicações com consequências negativas para a comunidade
local, desvalorizando o lugar e gerando preconceitos para os sujeitos ali residentes.
6º passo: para uma análise crítica e mais atualizada deste documentário, será
exibido aos alunos um vídeo que apresenta a situação desta comunidade no ano de
2011. A partir das críticas feitas sobre os impactos negativos referentes à imagem
1- Qual é o humor que cada imagem representa?
2- Qual é a mensagem que cada charge está transmitindo?
3- Identifique os exageros presentes nas charges para atender a finalidade do
humor:
4- Qual são as ideias transmitidas pelas charges sobre a questão de como o
consumo afeta as pessoas?
5- O consumo de determinados produtos proporcionam uma real felicidade as
pessoas? Justifique.
Questões sobre o vídeo:
6-Como o vídeo apresenta o processo capitalista ao longo da história?
7-De que forma o vídeo apresentada a relação entre o consumo na sociedade
capitalista?
8-Quais são os problemas sociais e ambientais apresentados pelo vídeo?
do lugar e das pessoas que participaram deste documentário, o recurso audiovisual
será analisado como “problematizador e estimulador para pesquisas sobre os
assuntos provocados pelo filme, a fim de desvelar preconceitos e leituras rasas,
ideológicas e estereotipadas sobre lugares e povos” (Paraná 2008). Este vídeo “Ilha
das Flores: depois que a sessão acabou 22 anos depois” está disponível através do
link http://www.youtube.com/watch?v=Ch-LIsnG9Wc.
7º passo: apresentar a seguinte charge para a interpretação a ser realizada
individualmente.
Figura 33 - Disponível em http://www.geografia.seed.pr.gov.br/
modules /galeria/detalhe.php?foto=1142&evento=3#menu-galeria
Avaliação: primeiramente, o professor propõe para que os alunos interpretem
a charge e respondam as seguintes questões:
Questionamentos a partir do vídeo:
9-Quais foram os impactos positivos e os impactos negativos da produção do
documentário "Ilha das Flores" sobre a comunidade local?
10- Quais situações representadas no documentário foram criadas de forma
fictícia por Jorge Furtado e não correspondiam á realidade, segundo
depoimentos dos moradores da comunidade?
Num segundo momento, o aluno deverá elaborar a sua própria charge
relacionando as consequências da sociedade do consumo no espaço geográfico. Na
aula seguinte, o professor realizará a discussão dos resultados das produções, a
aprendizagem alcançada através desse recurso.
ATIVIDADE 08 – CORNÉLIO PROCÓPIO VISTA ATRAVÉS DE IMAGENS
Conteúdos: As modificações do espaço geográfico de Cornélio Procópio.
Objetivos: organizar uma sala temática, para expor para comunidade escolar, as
modificações do espaço geográfico de Cornélio Procópio através da utilização de
diferentes recursos de imagens.
Texto 8
Questões
11- Quais seriam os produtos de consumo que possibilitariam identificar o sujeito
que está sendo denominado como bem – sucedido?
12- Quais seriam os argumentos que a sociedade utilizaria para justificar o individuo
que está classificado como fracassado?
13- As emoções retratadas pelo semblante dos indivíduos na charge correspondem
com as classificações a eles intituladas? Justifique.
14- Qual é a ideia que podemos relacionar a charge com a questão do
consumismo?
15- Quais seriam os contrapontos que o indivíduo pode encontrar quando seduzido
pelo consumo e o faz de forma não planejada?
16- Quais tipos de problemas socioambientais urbanos podem ser evidenciados
nesta charge?
Chegou o momento de apresentar a comunidade os trabalhos
desenvolvidos. Os alunos apresentarão os trabalhos que eles elaboraram nas
atividades com recurso da imagem para compreender o espaço geográfico. Nesta
ação haverá a organização de materiais que estão no âmbito da sua comunidade e
fazem parte da história e vivência cotidiana.
Procedimentos metodológicos:
1º passo: orientar os alunos em grupos para que organizem a apresentação
dos trabalhos para a comunidade escolar.
2º passo: elaborar as legendas com informações sobre os materiais a serem
apresentados.
3º passo: organizar os trabalhos que serão utilizados para identificar as
transformações ocorridas no espaço.
4º passo: orientar os grupos para relacionar a funcionalidade e a
representação das imagens em seus contextos históricos e geográficos.
5º passo: apresentar para a comunidade escolar as atividades desenvolvidas
pelos alunos durante a implementação do projeto realizado na escola.
Avaliação: a avaliação será feita observando a organização do material,
durante o desenvolvimento das atividades, na montagem da mostra e na explicação
dos trabalhos a serem apresentados pelos alunos.
Os alunos serão divididos em grupos para elaborarem diferentes formas de
apresentar as modificações no espaço geográfico local através das imagens. Esses
trabalhos serão agrupados numa sala temática expondo a produção dos alunos
sobre a forma pela qual o espaço geográfico de Cornélio Procópio é percebido e
representado nas imagens por eles produzidas.
Os alunos produzirão diversos materiais imagéticos que foram trabalhados
na sala de aula: um grupo organizará um painel com fotografias antigas e atuais da
cidade; outro grupo organizará um outdoor, um outro grupo apresentará produção
de charges e por último um grupo produzirá representações do espaço geográfico
através de imagens com pinturas em telas ou desenhos. Todas essas produções
devem retratar as transformações ocorridas no espaço geográfico de Cornélio
Procópio.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
A Geografia é uma disciplina de grande importância para o desenvolvimento
da criticidade visto que, tem como objeto de estudo o espaço geográfico, buscando
compreender as relações humanas com a natureza e como ocorrem essas relações
que organizam a nossa vida em sociedade.
Neste desafio de melhoria do ensino para a formação de um cidadão crítico, a
ação do professor é imprescindível. Para que ocorra o bom desempenho do trabalho
docente, a pesquisa e a reflexão das práticas pedagógicas constituem elementos
essenciais que devem estar articuladas à introdução de diversos métodos e
instrumentos de ensino. Dessa forma, um trabalho pedagógico que ocorre de forma
planejada, envolvendo a participação dos alunos, torna possível a formulação de um
conhecimento significativo. Esse conhecimento proporciona ao sujeito da
aprendizagem compreender a sua realidade e se tornar um agente transformador
da sociedade em que ele vive.
O Programa de Desenvolvimento Educacional - PDE constitui como um
programa de Educação que proporciona a melhoria da qualidade do ensino a partir
do diagnóstico dos problemas da escola com a intervenção do professor após a
pesquisa e a ação da sua intervenção.
A elaboração do projeto de pesquisa e a produção didático pedagógica,
através da formulação da unidade didática O Uso das Imagens no Ensino de
Geografia para a Compreensão do Espaço Geográfico, que posteriormente será
colocado em discussão com os demais professores da rede de pública estadual de
ensino, durante o GTR, constituem uma oportunidade real para atingir melhorias na
prática de ensino.
As novas tecnologias, presentes na realidade dos nossos alunos, torna
imprescindível que estejamos abertos para as práticas e linguagens que nos
aproxime de nossos educandos na busca pela formação do conhecimento.
Nesta produção didático pedagógica, houve a seleção de determinados
conteúdos trabalhados no 8º ano do ensino fundamental para articular ao uso das
imagens como um recurso metodológico. As metodologias com o uso da imagem
foram articuladas em seu caráter de funcionalidade na sociedade capitalista e no
seu potencial de representação dos conteúdos trabalhados.
Através da elaboração deste material didático, nesta produção específica a
unidade didática, procura-se contribuir na constituição de caminhos a serem
desenvolvidos em nossa prática pedagógica no objetivo de estimular a
aprendizagem dos nossos alunos de maneira significativa e transformadora.
REFERÊNCIAS CAVALCANTI, Lana de Souza. Geografia, Escola e construção de conhecimentos. 11ed .Campinas: Papirus, 2008. CASTELLAR, Sônia e VILHENA Jerusa. Coleção ideias em ação. São Paulo, Cengage Learning, 2010. KATUTA, Ângela Massumi. Geografia, Linguagens e Mídia Impressa. In: ________________________. et al. (orgs.). Geografia e mídia impressa. Londrina: em: Moriá,p.37-57,2009.Disponível em:<http://www.uel.br/laboratorios/latec/Arquivos /Geografia.pdf>. Acesso em: 03 set. 2014. NOVAES, ANDRÉ REYES. Geografia Visual? Contribuições para Uso das Imagens na Difusão do Conhecimento Geográfico. Espaço e Cultura, n. 30, p.6-22, Jul./dez.
Rio de Janeiro, 2011. Disponível em:< http: //www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/ espacoecultura/article/view/4949/3655>. Acesso em: 5. set. 2014. PARANÁ. Secretaria de Estado de Educação do. Diretrizes Curriculares da Educação Básica do Estado do Paraná - Geografia. Departamento de Educação Básica. Curitiba: SEED, 2008.
SANTOS, Milton. Por uma Geografia Nova: Da Crítica da Geografia a uma
Geografia Crítica. 6. ed. São Paulo: Edusp, 2004. ______________. A natureza do espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. 4 ed. São Paulo: Edusp, 2002.