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2015 ORIENTAÇÕES PARA O ANO LETIVO

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2015

ORIENTAÇÕES PARA O ANO LETIVO

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PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE

ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL

SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

ORIENTAÇÕES PARA

O ANO LETIVO DE 2015

JANEIRO/2015

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SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO

SUMÁRIO

MENSAGEM ............................................................................................ 10

SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DE POLÍTICAS EDUCACIONAIS ... 11

I. COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E COORDENADORIA DO

ENSINO FUNDAMENTAL .............................................................................. 12

1.1 PLANO ANUAL DO TRABALHO PEDAGÓGICO E/OU PLANO DE ENSINO

ANUAL ...................................................................................................... 12

1.1.1 O QUE É O PLANO ANUAL DO TRABALHO PEDAGÓGICO E/OU PLANO DE ENSINO ANUAL? ... 12

1.1.2 QUAIS SÃO AS REFERÊNCIAS PARA ELABORAÇÃO DO PLANO ANUAL E PLANO DE

ENSINO ANUAL? ...................................................................................................................................................... 12

1.1.3 COMO PODEMOS ORGANIZAR O PLANO ANUAL DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA

EDUCAÇÃO INFANTIL? ........................................................................................................................................... 13

1.1.4 PLANO DE ENSINO ANUAL PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ....................... 14

1.1.5 PLANO DE ENSINO ANUAL PARA OS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL ......................... 14

II. COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL ............................................ 15

2.1 ORIENTAÇÕES PARA O TRABALHO PEDAGÓGICO COM O PRÉ I E PRÉ II .. 15

2.1.1 O ACOMPANHAMENTO DO TRABALHO DOCENTE PELA DIREÇÃO, COORDENAÇÃO

PEDAGÓGICA E/OU SUPERVISÃO ESCOLAR .................................................................................................. 15

2.1.2 A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NO PRÉ I E PRÉ II ................................................. 16

2.1.3 ORGANIZAÇÃO DO PLANEJAMENTO E ROTINA NO PRÉ I E PRÉ II .................................................. 17

2.1.4 ADAPTAÇÃO E INTERAÇÕES ENTRE ADULTOS E CRIANÇAS ........................................................... 18

2.1.4.1 SUGESTÃO DE LEITURA ................................................................................................................................... 19

2.1.5 ARRUMAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO......................................................................................... 19

2.1.6 O TRABALHO COM A LINGUAGEM ESCRITA NO PRÉ I E PRÉ II ......................................................... 20

2.1.7 O TRABALHO DE LEITURA NO PRÉ I E PRÉ II .......................................................................................... 21

2.1.8 BRINCADEIRAS NO PARQUE E PÁTIO ...................................................................................................... 22

2.1.9 DESENHO ........................................................................................................................................................ 23

2.1.10 ARTE NO PRÉ I E PRÉ II .............................................................................................................................. 23

2.1.11 EDUCAÇÃO FÍSICA NO PRÉ I E PRÉ II .................................................................................................... 23

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2.1.12 AULA PROGRAMADA NA EDUCAÇÃO INFANTIL .................................................................................. 24

2.1.13 DATAS COMEMORATIVAS ......................................................................................................................... 24

2.1.14 TAREFA DE CASA ......................................................................................................................................... 24

2.1.14.1 OS ENCAMINHAMENTOS DAS TAREFAS ........................................................................................... 25

2.1.15 REUNIÃO DE PAIS ........................................................................................................................................ 25

2.1.16 AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL .................................................................................................... 26

2.1.16.1 INSTRUMENTOS DE ACOMPANHAMENTO E REGISTRO DO PROCESSO AVALIATIVO.......... 26

2.1.16.2 RELATÓRIOS ............................................................................................................................................. 26

2.1.16.3 PLANILHAS DE ACOMPANHAMENTO .................................................................................................. 27

2.1.16.4 OBSERVAÇÃO ........................................................................................................................................... 27

2.1.16.5 PORTFÓLIOS ............................................................................................................................................. 27

2.1.17 PASSAGEM DA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O ENSINO FUNDAMENTAL ...................................... 28

2.1.18 FORMATURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL ................................................................................................. 28

2.3 ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS INSTITUCIONAIS INTERNOS E EXTERNOS 29

2.4 ENCAMINHAMENTOS FUNDAMENTAIS PARA O TRABALHO NAS

INSTITUIÇÕES ............................................................................................ 30

2.4.1 TEXTOS QUE SERVIRÃO DE REFERÊNCIAS PARA ESTUDO E FUNDAMENTAÇÃO DO

TRABALHO ................................................................................................................................................................ 31

III. COORDENADORIA DO ENSINO FUNDAMENTAL - 1º AO 5º ANO .................. 32

3.1 ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DO 1º AO 5º ANO .......................... 32

3.2 FORMAÇÃO CONTINUADA ..................................................................... 33

3.3 SUGESTÕES DE LEITURA ...................................................................... 33

IV. COORDENADORIA DO ENSINO FUNDAMENTAL - 6º AO 9º ANO .................. 34

4.1 FORMAÇÃO CONTINUADA ..................................................................... 34

4.2 ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO ........................................................ 34

4.3 UTILIZAÇÃO DOS LABORATÓRIOS DE MATEMÁTICA E CIÊNCIAS ............. 34

4.4 SUGESTÕES DE LEITURA ...................................................................... 36

4.4.1 CIÊNCIAS ......................................................................................................................................................... 36

4.4.2 MATEMÁTICA .................................................................................................................................................. 36

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4.5 DESENVOLVIMENTO DOS PROJETOS DE LÍNGUA PORTUGUESA ............. 36

4.5.1 PROJETO CLUBE DA LEITURA ARLEQUIM .............................................................................................. 37

4.5.1.1 SUGESTÕES DE LEITURA ........................................................................................................................ 37

4.5.2 PROJETO EM CENA & ENSINA ................................................................................................................... 37

4.5.2.1 SUGESTÕES DE LEITURA ........................................................................................................................ 38

4.6 PARTICIPAÇÃO DAS ESCOLAS NAS OLIMPÍADAS DE MATEMÁTICA ......... 38

4.6.1 MOTIVOS PARA O PROFESSOR E A ESCOLA PARTICIPAREM DA OBMEP...................................... 38

V. DIVISÃO DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE ................................................. 39

5.1 DESAFIOS E PERSPECTIVAS .................................................................. 39

5.2 SUGESTÕES PARA ESTUDOS / FORMAÇÕES .......................................... 40

5.3 SERVIÇOS (A QUEM RECORRER) ........................................................... 41

5.4 INDICAÇÕES DE MÚSICAS SITES E LITERATURAS INFANTO–JUVENIS ...... 41

5.4.1 MÚSICAS .......................................................................................................................................................... 41

5.4.2 SITES ................................................................................................................................................................ 41

VI. DIVISÃO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL ......................................................... 42

6.1 EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA ....... 42

6.2 SUGESTÕES PARA LEITURA .................................................................. 44

6.3 REFERÊNCIAS ...................................................................................... 44

VII. DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL ....................................................... 45

7.1 USO DAS TECNOLOGIAS NA REME ................................................................... 45

7.1.1 CSPTEC ............................................................................................................................................................ 45

7.1.2 ASSISTENTE EM BIBLIOTECA .................................................................................................................... 46

7.2 SUGESTÃO / ORIENTAÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES -

FEV/2015 .................................................................................................... 46

7.2.1 SUGESTÕES ................................................................................................................................................... 46

7.2.2 SUGESTÕES DE TEXTOS ............................................................................................................................ 47

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7.2.3 SUGESTÕES DE VÍDEOS ............................................................................................................................. 47

SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA ............................... 48

I. DIVISÃO DE PLANEJAMENTO ................................................................... 49

1.1 PRINCÍPIOS ESSENCIAIS DA SEMED....................................................... 49

1.1.1 MISSÃO DA SEMED ....................................................................................................................................... 49

1.1.2 VISÃO DE FUTURO ........................................................................................................................................ 49

1.1.3 VALORES ......................................................................................................................................................... 49

1.1.4 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS ...................................................................................................................... 49

1.2 TIPOLOGIA DAS ESCOLAS DA REME ...................................................... 49

1.3 IDER – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA NA REDE

MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE-MS ............................................................ 49

1.4 CENSO ESCOLAR .................................................................................. 50

1.4.1 SITUAÇÃO DO ALUNO .................................................................................................................................. 50

1.4.1.1 RENDIMENTO ................................................................................................................................................... 50

1.4.1.2 MOVIMENTO .................................................................................................................................................... 50

1.4.1.3 ADMITIDOS APÓS A DATA BASE DO CENSO ...................................................................................................... 51

1.4.2 PRIMEIRA ETAPA DO CENSO 2015 ............................................................................................................ 51

1.5 BOLSA FAMÍLIA..................................................................................... 51

SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO, NORMAS E RELAÇÕES

COMUNITÁRIAS ..................................................................................... 52

I. DIVISÃO DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA .................................................... 53

1.1 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO ........................................ 53

1.2 PROVIDÊNCIAS A SEREM TOMADAS JUNTO À DIREÇÃO ......................... 53

1.3 PROVIDÊNCIAS DA EQUIPE PEDAGÓGICA .............................................. 54

1.3.1 SUGESTÕES DE TRABALHO PARA A SEMANA PEDAGÓGICA ........................................................... 55

1.3.2 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................ 56

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1.4 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - PPP ................................................ 57

1.4.1 O QUE É? .......................................................................................................................................................... 57

1.4.2 OBJETIVO ........................................................................................................................................................ 57

1.4.3 ORIENTAÇÕES ............................................................................................................................................... 57

1.4.4 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................ 58

1.5 PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA - PIPE ................................... 59

1.5.1 O QUE É? .......................................................................................................................................................... 59

1.5.2 OBJETIVO ........................................................................................................................................................ 59

1.5.3 QUEM É RESPONSÁVEL .............................................................................................................................. 59

1.5.4 ORIENTAÇÕES ............................................................................................................................................... 60

1.5.5 O QUE FAZER .................................................................................................................................................. 61

1.5.6 COMO FAZER .................................................................................................................................................. 61

1.5.7 REFERÊNCIAS ................................................................................................................................................ 62

1.6 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA – PDE ................................. 62

1.6.1 O QUE É? .......................................................................................................................................................... 62

1.6.2 OBJETIVO ........................................................................................................................................................ 62

1.6.3 TEXTOS DE APOIO ........................................................................................................................................ 63

1.7 ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES – APM .............................................. 64

1.7.1 O QUE É? .......................................................................................................................................................... 64

1.7.2 OBJETIVO ........................................................................................................................................................ 64

1.7.2.1 A DIRETORIA: .................................................................................................................................................. 64

1.7.2.2 O CONSELHO DELIBERATIVO: ......................................................................................................................... 64

1.7.2.3 O CONSELHO FISCAL: ..................................................................................................................................... 64

1.7.3 ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DA APM ................................................................................................... 65

1.7.4 TEXTOS DE APOIO ........................................................................................................................................ 65

1.8 CONSELHO ESCOLAR - CE .................................................................... 65

1.8.1 O QUE É? .......................................................................................................................................................... 65

1.8.2 ATRIBUIÇÕES DOS CONSELHOS ESCOLARES ..................................................................................... 66

1.8.3 TEXTOS DE APOIO ........................................................................................................................................ 66

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MENSAGEM

Queridos gestores!

Mais um ano letivo se inicia... Com ele, novas expectativas, novos projetos, novos

anseios, novos desejos de que tudo ocorrerá dentro do esperado. Trata-se de uma verdade,

cujos propósitos têm tudo para dar certo, mas para isso, se faz necessária uma boa pitada de

dedicação e, acima de tudo, planejamento.

Todos estão à espera do grande público-alvo: os alunos. Eles, por sua vez, levam

consigo uma carga de expectativa bastante significativa. Claro, irão conviver boa parte do

tempo na companhia de seus mestres, colegas e outros funcionários da escola. Dadas essas

razões, os pressupostos aqui firmados têm por objetivo discorrer acerca da importância de toda

essa equipe estar preparada, no sentido de fazer com que os propósitos sejam alcançados.

Tudo começa pela semana pedagógica, na qual a equipe docente, ao lado da

coordenação e do gestor, dedicam-se à tarefa de planejar tudo aquilo que será desenvolvido

durante o ano. O segredo: uma boa recepção, e algumas ações bem elaboradas para a

comunidade escolar ter sucesso!

Dessa forma, sorrisos não poderão faltar tampouco àquela velha e boa saudação:

sejam bem-vindos! Afinal, gentileza nunca é demais e nada custa! Diagnóstico é a palavra de

ordem, sem dúvida. Nada de começar já expondo e “derramando conteúdos”. Seja qual for a

disciplina ministrada, torna-se importante realizar uma sondagem inicial, no sentido de captar

as expectativas de cada um, importante passo, o qual poderá nortear os outros a serem

seguidos durante todo o ano. Feito isso, e se ainda sobrar tempo, é o momento de explanar o

que será trabalhado, os projetos, os conteúdos, inclusive os livros literários que serão adotados

no decorrer do ano. Importante nesse momento é explanar algo realizado anteriormente,

procurando enfatizar os benefícios colhidos, haja vista que essa atitude funcionará como mola

propulsora, despertando interesse e motivando o púbico a demonstrar toda a capacidade e o

interesse pelas aulas. Não é a toa que grandes gênios são encontrados dentro do ambiente

escolar.

Sim, deveres em ação! O primeiro passo é apresentar aquelas regras comuns a todos,

sobretudo às retratadas pelo regimento da própria escola. Em seguida aquelas consideradas

“internas”, estabelecidas pelo grupo, de acordo com seus próprios critérios.

E durante a semana de formação pedagógica, incentive sua equipe a planejar aulas

com criatividade, usando recursos pedagógicos e tecnológicos variados,estudem, sonhem, e

construam um vinculo de amizade e compromisso com a sua comunidade escolar, agindo

assim sua escola terá sucesso durante o ano letivo todo.

Então é hora de começar... Acreditamos muito no trabalho de vocês! Feliz volta às

aulas!

Abraços, da equipe da SEMED.

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SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO DE POLÍTICAS

EDUCACIONAIS

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I. COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL E COORDENADORIA DO ENSINO FUNDAMENTAL

1.1 PLANO ANUAL DO TRABALHO PEDAGÓGICO E/OU PLANO DE

ENSINO ANUAL1

É importante entender que o Plano Anual do Trabalho Pedagógico e/ou Plano de Ensino é uma referência para a organização dos planejamentos quinzenais, semanais e diários de cada professor. No plano anual o trabalho pedagógico deve ser projetado bimestralmente, representado e concebido antes de sua concretização no espaço institucional, respeitando as peculiaridades de cada unidade educativa e as especificidades de cada turma.

1.1.1 O QUE É O PLANO ANUAL DO TRABALHO PEDAGÓGICO E/OU PLANO DE ENSINO ANUAL?

Uma ação sistemática e organizada do trabalho pedagógico que será desenvolvido durante o ano em cada turma da Educação Infantil e do Ensino Fundamental.

É uma decisão antecipada do que se quer realizar para e com os alunos de cada turma, materializado por meio do registro, respeitando as peculiaridades institucionais e as especificidades de cada turma. É importante lembrar que “o plano delimita a prática, mas oferece um marco de possibilidades abertas.” (SACRISTÁN, 1998, p. 279)

ATENÇÃO: Portanto, ele deve ser organizado bimestralmente, porém NÃO deve ser entendido como um programa prescritivo com passos a serem seguidos rigorosamente numa sequência linear.

1.1.2 QUAIS SÃO AS REFERÊNCIAS PARA ELABORAÇÃO DO PLANO ANUAL E PLANO DE ENSINO ANUAL?

Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil/1998

Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil/2010

Referencial Curricular Municipal para a Educação Infantil/2014

Referencial Curricular da Rede Municipal de Ensino

Parâmetros Curriculares Nacionais

A Proposta Pedagógica das Instituições Educativas

Todas as referências científicas teóricas e metodológicas que fundamentam o

trabalho pedagógico da Educação Infantil e do Ensino Fundamental.

IMPORTANTE: Também os livros distribuídos em todas as instituições de ensino pelo Ministério da Educação por meio do Programa Nacional Biblioteca da Escola (PNBE) do professor. Na edição de 2013, obras voltadas para a educação infantil foram incluídas. O PNBE do Professor tem por objetivo que as obras distribuídas sirvam de referência para ajudar os

1Escolhemos a nomenclatura Plano Anual do Trabalho Pedagógico por se tratar mais especificamente da

Educação Infantil (crianças de 0 a 5 anos) e Plano de Ensino Anual para o Ensino Fundamental.

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professores da educação infantil e do ensino fundamental na preparação dos planos de ensino e no desenvolvimento de atividades.

1.1.3 COMO PODEMOS ORGANIZAR O PLANO ANUAL DO TRABALHO PEDAGÓGICO NA EDUCAÇÃO INFANTIL?

Propusemos a organização do trabalho pedagógico a partir dos âmbitos curriculares de experiências e conhecimentos adotados pela Coordenadoria de Educação Infantil/SEMED para as turmas de educação infantil, são eles:

Identidade e Autonomia

Experiências Motoras

Múltiplas Linguagens

Conhecimento do Mundo Físico e Social

Assim, orientamos que cada professor elabore o Plano Anual do Trabalho Pedagógico para sua turma, a partir da seguinte organização.

Âmbitos de Experiências e Conhecimentos

Experiências e conhecimentos

mais significativos Objetivos Avaliação2

Identidade e Autonomia

Experiências Motoras

Múltiplas Linguagens

- Experiência com o próprio corpo - Linguagem corporal - As brincadeiras de faz de conta - Linguagem plástica e gráfica - Linguagem musical - Linguagem oral e escrita - Matemática na educação infantil

Conhecimentos do mundo físico e social - Experiência e conhecimento com o ambiente natural - Experiência e conhecimento com o ambiente social

Esclarecemos que quando apresentamos essa forma de organização do Plano Anual do Trabalho Pedagógico para a Educação Infantil, o fazemos apenas para melhorar visualizar o trabalho que será realizado. Pois, sabemos da impossibilidade de isolar cada um desses âmbitos de experiências e conhecimentos. Pois, as crianças pequenas solicitam aos educadores uma pedagogia sustentada na interlocução com elas e suas famílias, nas interações e práticas educativas intencionalmente voltadas para a construção da sua

2Lembramos que vários são os instrumentos que podem ser pensados, construídos e utilizados para

acompanhamento da aprendizagem e desenvolvimento das crianças na Educação Infantil. Nesse sentido, orientamos que a equipe técnica da escola juntamente com os/as professores/as definam quais instrumentos avaliativos serão utilizados durante o ano.

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identidade e autonomia; suas experiências lúdicas e motoras; suas vivências e expressões de linguagem; suas práticas culturais e sociais e da sua comunidade.

Ao desenvolver o trabalho educativo institucional com as crianças de 0 a 6 anos é importante compreender que o seu desenvolvimento e aprendizagem é marcado por características de ordem biológica, psicológica, social e cultural. Nessa etapa educacional será possível desenvolver um processo de apropriação, compreensão, apreensão e descoberta pelas crianças do mundo que os seres humanos construíram. Assim, a Educação Infantil constitui-se o espaço de aprendizagem, desenvolvimento e formação cultural das crianças de 0 a 6 anos, que possibilita a elas se descobrirem em todas as suas potencialidades.

1.1.4 PLANO DE ENSINO ANUAL PARA OS ANOS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

Propusemos a organização do trabalho pedagógico para o Ensino Fundamental a partir dos Referenciais Curriculares da REME, para as turmas desta referida etapa de ensino. Assim, orientamos que cada professor do Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano, elabore o Plano de Ensino Anual para sua turma, de maneira articulada com as turmas do mesmo segmento por componente curricular, a partir da seguinte organização.

Componente curricular:

Ano/turma:

Bimestre:

Eixo Conteúdo Objetivos

(o que se espera que os alunos aprendam) Avaliação

1.1.5 PLANO DE ENSINO ANUAL PARA OS ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

A organização do trabalho pedagógico do Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano é proposta a partir dos Referenciais Curriculares da REME. Assim, orientamos que cada professor elabore o Plano de Ensino Anual para sua turma, de maneira articulada com as turmas do mesmo segmento por componente curricular, a partir da seguinte organização.

Componente curricular:

Ano/turma:

Bimestre:

Eixo Conteúdo Objetivos

(o que se espera que os alunos aprendam) Avaliação

Importante: a organização do plano anual de trabalho pedagógico ou plano de ensino em bimestre não substitui o plano de aula que dever ser elaborado quinzenalmente ou semanalmente pelo professor. Pois, é ele que embasa a elaboração dos planos de aula bem como os instrumentos de avaliação que serão utilizados no decorrer do mês, bimestre ou ano.

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II. COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO INFANTIL

2.1 ORIENTAÇÕES PARA O TRABALHO PEDAGÓGICO COM O PRÉ I E PRÉ

II3

Para melhor estruturar o trabalho nas Escolas e nos Centros de Educação Infantil em 2015, organizamos algumas orientações para o Pré I e Pré II. Por isso, consideramos importante que a gestão e equipe técnica juntamente com seus professores priorizem os seguintes aspectos do trabalho:

2.1.1 O ACOMPANHAMENTO DO TRABALHO DOCENTE PELA DIREÇÃO, COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA E/OU SUPERVISÃO ESCOLAR

O trabalho da coordenação pedagógica e supervisão escolar é fundamentalmente um trabalho de formação continuada em serviço. Ao subsidiar e organizar a reflexão dos professores em se tratando das razões que justificam suas opções pedagógicas e sobre as dificuldades que encontram para desenvolver seu trabalho, a equipe pedagógica favorece a tomada de consciência dos professores sobre suas práticas e o conhecimento sobre o contexto da educação infantil.

Nesse processo, é necessário construir com os professores e outros profissionais uma relação de respeito e comprometimento mútuo, sem imposições ou exigências desnecessárias. Ressaltar as conquistas e refletir juntos sobre as dificuldades pode ser um começo de grande parceria.

O cotidiano da direção e equipe técnico-pedagógica é marcado por experiências e eventos que levam, com frequência, a uma atuação ansiosa, imediatista e às vezes desorganizada. Nesse contexto, suas intencionalidades são frustradas e as circunstâncias na Escola ou no Ceinf muitas vezes as fazem responder para o imediato, ficando muitas vezes “apagando incêndios”. Neste sentido, destacamos a importância de estabelecer uma ROTINA DE TRABALHO, de modo que seja possível organizar seu horário de atuação na instituição (Escola ou Ceinf) prevendo momentos para:

Acompanhar e orientar o planejamento dos professores.

Realizar estudos com os profissionais.

Garantir o momento de estudo da equipe técnica e organização dos registros escritos.

Acompanhar as atividades pedagógicas desenvolvidas.

Atender aos pais nos assuntos relativos ao trabalho com as crianças.

3Texto elaborado pela técnica Leusa de Melo Secchi. Técnica da Coordenadoria de Educação Infantil da

Secretaria Municipal de Educação do Município de Campo Grande/MS.

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2.1.2 A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO NO PRÉ I E PRÉ II

Esclarecemos que quando falamos da sistematização, intencionalidade educativa e escolarização na educação infantil o fazemos a partir do respeito às características, subjetividades e especificidades da criança pequena. Não propomos uma educação preparatória para o ensino fundamental nem tampouco pautada somente no trabalho com a linguagem escrita.

Ao desenvolver o trabalho educativo institucional com as crianças de 3 a 5 anos é importante compreender que o seu desenvolvimento e aprendizagem é marcado por características de ordem biológica, psicológica, social e cultural. Nessa etapa educacional será possível desenvolver um processo de apropriação, compreensão, apreensão e descoberta pelas crianças do mundo que os seres humanos construíram. Assim, a Educação Infantil constitui-se o espaço de aprendizagem, desenvolvimento e formação cultural das crianças de 0 a 5 anos, que possibilita à elas se descobrirem em todas as suas potencialidades.

Esclarecemos que a composição pela idade cronológica das crianças nas turmas do Pré I e Pré II, foi uma tomada de decisão para a organização do trabalho pedagógico, pois sabemos que a idade cronológica não é o indicador para definir o nível de competência ou capacidade de um ser humano, mas aqui foi necessário utilizá-lo, pois serviu de parâmetro para essa decisão – trata-se apenas de uma escolha. Embora as crianças estejam organizadas em turmas diferentes é preciso entender que todas elas (Pré I e Pré II) são sujeitos que precisam:

Consolidar aprendizagens concretas relativas às diferentes linguagens.

Construir um pensamento simbólico, o que requer um trabalho constante com desenho, brincadeira de faz de conta e leitura.

Estabelecer relações entre suas experiências e os conhecimentos elaborados ao longo da história.

Aprender a conviver.

Dar sentido e compreender gradativamente o mundo em que vivemos.

Ter curiosidade com relação ao conhecimento.

Entretanto, para que as escolas possam compreender melhor a respeito das especificidades do trabalho pedagógico do Pré I e Pré II, organizamos uma síntese das conquistas e desafios mais relevantes para cada turma.

DESAFIOS PRIORITÁRIOS NO TRABALHO COM O PRÉ I E PRÉ II

PRÉ I PRÉ II

Autonomia motora, pessoal e social (rotina da sala e escola). Ampliação da linguagem e repertório verbal. Vivência diária da linguagem do desenho, brincadeira de faz de conta e leitura. Primeiras aproximações com a linguagem escrita (nome próprio). Apropriações iniciais da matemática em que seja possível por em jogo ideias, estratégias e confrontar hipóteses. Aproximações iniciais em torno da formação de conceitos de transformação, matéria e ambiente.

Demandas escolares mais complexas. Organização e sistematização do trabalho de linguagem oral e escrita e matemática por meio do registro escrito. Intensificação dos papeis de leitor e escritor. Vivência diária da linguagem do desenho, brincadeira e leitura. Consolidação e maior precisão da linguagem oral. Leitura e escrita de números com propósitos e funções diversas. Aproximações sucessivas com os acontecimentos históricos e sociais. Desenvolvimento sistemático de atividades de experimentação e pesquisa em Ciências Naturais.

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2.1.3 ORGANIZAÇÃO DO PLANEJAMENTO E ROTINA NO PRÉ I E PRÉ II

Concebemos a educação infantil como um processo de formação integral das crianças de 0 a 5 anos, que contem um todo universal, que permeia todos os grupos. Estabelecer diferenças e singularidades para cada grupo – Berçário, Creche I, Creche II, Pré I e Pré II – significa apenas considerar algumas especificidades que precisam ser respeitadas e compreendidas, por isso, o trabalho nesse nível de ensino necessita estar articulado, organizado para garantir a continuidade formativa. Por isso,

a) estruturar as rotinas para o grupo de crianças é fundamental para organização e sistematização do trabalho pedagógico. É importante reservar tempo para o desenvolvimento de auto-cuidados, como limpar-se depois de ir ao banheiro, alimentar-se sem ajuda, usar o vaso sanitário. Importante: lembrar os educadores e funcionários de que ninguém deve agir com pressa, atropelando a criança e realizando as tarefas por ela.

b) em 2015 priorizar a organização do Plano de Anual para cada turma (Pré I e Pré II) de acordo com as orientações da Coordenadoria de Educação Infantil da SEMED e tendo o Referencial Curricular da Educação Infantil como referência para a execução desse trabalho. Por isso, é necessário estabelecer os conhecimentos e objetivos previstos para cada nível da educação infantil. Desse modo o plano diário será um desdobramento do Plano de Ensino.

c) toda professora deve elaborar um cronograma das atividades semanais, lembrando que ele deve estar articulado com o plano diário e deve contemplar todas as atividades previstas para a turma ao longo da semana considerando todas as linguagens no trabalho com o Pré I e Pré II. Lembrando que diariamente as crianças de todos os níveis devem: brincar, ouvir histórias e desenhar. Por isso, é preciso organizar os tempos e os espaços para que as crianças possam realizar suas ações de movimentos, brincadeiras e ampliar as suas possibilidades de compreenderem e agirem sobre o mundo, alternando atividades dentro e fora da sala.

d) observar se o tempo destinado a cada atividade prevista na rotina das crianças não está sendo extenso demais, às vezes nos alongamos em algumas atividades e transformando-as em rituais ausentes de significado. É preciso auxiliar as professoras a organizar os tempos, espaços e atividades diárias de modo que evitem as esperas prolongadas e desnecessárias das crianças.

e) os professores não devem descuidar das crianças, é preciso acompanhá-las atentamente de modo que nunca fiquem sozinhas sem um adulto por perto. Portanto, devem buscar a proximidade com a criança e escolher palavras que possam facilitar o entendimento do que queremos dizer. Deve-se considerar as especificidades da educação infantil e o direito à proteção que essa etapa exige, os adultos devem garantir que as relações vivenciadas no ambiente da instituição ocorram do melhor modo possível. Para tanto, devem estar constantemente atentos à postura corporal, à modulação de voz e à utilização da linguagem oral adequada.

f) garantir no cotidiano do Pré I e Pré II que as atividades que contemplam as expressões e manifestações artísticas das crianças também tenham regularidade, pois as situações planejadas e os ambientes de trabalho nos quais são oferecidas diversas atividades simultâneas (atividades diversificadas) para as crianças, como desenhar, pintar, modelar e fazer construções e colagens, são exemplos de atividades permanentes.

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g) cuidar da programação musical e televisiva oferecida às crianças. O repertório musical deve ser selecionado criteriosamente a fim de favorecer a ampliação do conhecimento cultural e o acesso a variedade da produção artístico-cultural no campo da música. Assim, deve-se também estar atenta ao uso da TV nas instituições, de modo que sua utilização seja algo planejado e com uma programação que eleve a aprendizagem e repertório cultural das crianças.

h) garantir que as atividades realizadas com as turmas de educação infantil sejam significativas para as crianças e contemplem o desenvolvimento de todas as linguagens, pois muitas vezes há um excesso de atividades de escrita e uma antecipação da escolarização.

2.1.4 ADAPTAÇÃO E INTERAÇÕES ENTRE ADULTOS E CRIANÇAS

Separar-se de alguém a quem se gosta faz brotar sentimentos fortes em cada um de nós. As crianças da educação infantil estão aprendendo a lidar com esses sentimentos. Da mesma forma, comportamentos como: choro, birra etc., é uma indicação da existência desses sentimentos. É normal que as crianças expressem esses sentimentos à medida que gradativamente, se separam dos familiares e estabelecem uma ligação com o professor.

A separação envolve, também, a diferenciação entre o familiar e o estranho. O crescimento dessa habilidade de diferenciar colabora e fortalece a sua aprendizagem. Como a função da educação infantil não é a de substituir a ausência dos familiares, mas ampliar e ultrapassar o papel que estes desempenham nos primeiros anos de vida da criança, é necessário que a Escola e o Ceinf se organizem e se instrumentalizem para não perder a especificidade do trabalho pedagógico institucional. Por isso,

é indispensável, por exemplo, que o professor saiba desempenhar as funções que, exercidas pelos familiares, contribuíram para a segurança da criança até o momento em que entrou na instituição.

é importante que desde o primeiro dia a criança entre em contato com as principais características do novo espaço em que vai estar por algumas horas do dia: um espaço de convívio e trabalho não compartilhado com os pais, mas sim com outras crianças e adultos. Onde um ou dois destes adultos (seus professores) serão responsáveis por ela durante o tempo em que estiver na instituição. Esse espaço, diferenciado do espaço de sua casa, atenderá às suas necessidades dentro dos limites definidos pela estrutura de trabalho na instituição.

devemos ter um cuidado especial, sobretudo com as crianças menores, ao iniciar qualquer processo de trabalho na educação infantil, por isso é preciso preparar as condições para receber as crianças no início do ano letivo. Para as crianças que apresentarem maior dificuldade de adaptar-se ao ambiente escolar, recomendamos que a entrada seja gradual e que possa existir uma certa flexibilidade de horário (aumentando gradativamente).

quando se recebe as crianças na sala, é conveniente oferecer diferentes possibilidades de jogos ou atividades (contos, desenho, histórias, música, brinquedos, jogos, etc.) para que os pequenos possam incorporar à atividade que queiram. Uma organização aberta e flexível favorece a participação da família nesse início de trabalho.

se o espaço estiver organizado de modo que as crianças possam brincar quando chegam, facilita sua adaptação à escola, ao seu funcionamento, sem pressa nem imposições. Progressivamente cada criança irá sentir-se segura e tranquila na escola.

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é preciso explicar para as famílias os objetivos educativos desse momento e dar a elas algumas estratégias de atuação, para a situação ficar mais fácil para todos, o que ajuda a criar segurança para a criança.

Nas relações que se estabelecem entre os adultos e as crianças nas instituições, é preciso garantir que essas sejam pautadas na ética, acolhimento das necessidades das crianças e principalmente numa educação respeitosa, superando todo e qualquer castigo ou punição. Invalidando, portanto as ações disciplinares que exijam controle corporal e da fala das crianças.

2.1.4.1 Sugestão de leitura

ROSSETI-FERREIRA, Maria Clotilde (Org.). Quando a criança começa a frequentar a creche ou pré-escola: O QUE É ADAPTAÇÃO?In. Fazeres na Educação Infantil. São Paulo: Cortez, 1998. Páginas 43-47.

LUZ, Iza Rodrigues da. Relações entre adultos e crianças na Educação Infantil. Anais do I Seminário Nacional: currículo em movimento – Perspectivas Atuais. Belo Horizonte, novembro de 2010.

2.1.5 ARRUMAÇÃO E ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO

A forma como as salas estão organizadas, a disposição dos móveis, a acessibilidade aos brinquedos, aos livros, a exposição ou não das produções infantis, a “decoração” são indícios reveladores sobre como as crianças serão vistas e consideradas. Por isso, aproveitem o tempo para:

organizar e confeccionar jogos envolvendo os nomes das crianças, imagens significativas (memória, dominó...);

elaborar outros jogos;

produzir fichas com os nomes das crianças (pegue a lista com os nomes das crianças na secretaria);

organizar fichas com atividades para o cartaz de rotina;

manter organizado o espaço destinado à roda, perto dos cartazes de chamada e rotina;

organizar a sala das atividades (armários, estantes, jogos, livros, gavetas, jogar fora e/ou devolver os materiais que não serão utilizados);

elaborar dois cartazes de pregas (chamada e rotina);

confeccionar uma caixa-surpresa;

garantir o calendário de uso social.

ATENÇÃO: É preciso sempre rever a decoração das salas, atentando para o excesso de cores, pois informação visual demais atrapalha observar o que é essencial.

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2.1.6 O TRABALHO COM A LINGUAGEM ESCRITA NO PRÉ I E PRÉ II

A) As crianças podem ser alfabetizadas na Educação Infantil?

Podem, desde que elas não sejam submetidas às práticas de treino, repetição e memorização sem nenhum sentido. As crianças podem ser introduzidas na linguagem escrita na educação infantil, portanto não há porque travar ou impedir esse processo. Entretanto, cabe esclarecer que a educação infantil não tem como obrigatoriedade nem propósito ensinar as crianças a ler e escrever. Participar de situações e atividades que despertem a curiosidade pela cultura escrita e envolvam brincadeiras e desafios nunca será algo cansativo para as crianças. Por isso, mais do que ensinar a reproduzir letras e copiar o alfabeto é preciso garantir que as crianças compreendam o que é e para que serve ler e escrever, que confiem nas suas possibilidades de aprender.

B) Como apresentar a linguagem escrita nas turmas de Pré I e Pré II?

A escrita precisa ser apresentada para as crianças como um instrumento que tem função social: a função de expressar ou comunicar informações, ideias, sentimentos. Fazer uso da escrita em sua função social quer dizer usar a escrita junto com as crianças em situações verdadeiras de produção textual para um determinado destino. Por isso, é um equívoco pensar essa aprendizagem com exercícios de treino, cobrir pontilhados, copiar letras etc. Sem garantir a expressão da criança, o treino da escrita fica cada vez mais mecânico e, sem ter o que dizer, a criança não tem necessidade de escrever.

C) Faz sentido oferecer textos às crianças não alfabetizadas?

Faz todo o sentido oferecer textos às crianças. Canções, poesias e parlendas são úteis para se chegar à incrível mágica de fazer a criança ler sem saber ler. Quando ela memoriza uma cantiga, pode acompanhar com o dedo as letras que formam as estrofes. Conhecendo o que está escrito, resta descobrir como isso foi feito.

D) Quando pedir para as crianças da Educação Infantil escreverem?

Elas devem escrever sempre, mesmo quando a escrita parece apenas rabiscos. Ao pegar o lápis e imitar os adultos, elas criam um “comportamento escritor”. E, ao ter contato com textos e conhecer a estrutura deles, podem começar a elaborar os seus.

E) Como materializar o trabalho com a linguagem escrita nas turmas de Pré I e Pré II?

A linguagem escrita se efetiva nas turmas de educação infantil pela vivência de todas as representações simbólicas (desenho, rabiscos, jogos, brincadeiras de faz de conta); pela escrita espontânea das crianças; pela observação da escrita do adulto; pela leitura de bons textos selecionados pelo professor; pela familiarização com as letras do alfabeto, pelo contato visual frequente com a escrita de palavras conhecidas, sempre num ambiente no qual estejam rodeadas de escrita com diferentes funções: calendário, lista de chamada com o nome próprio, rotina do dia, rótulos de caixas de materiais, objetos pessoais marcados nominalmente etc.

F) Por que trabalhar com o nome próprio nas turmas do Pré I?

O uso de nomes para nomear, identificar e organizar o grupo de crianças em sala são atividades que inserem o uso do nome na rotina, destacando a funcionalidade da escrita. Essas atividades colocam em evidência o contexto de uso da escrita: é necessária, real e socialmente aceita como prática recorrente em nossa cultura. O nome, por si só, ao identificar a criança e servir de chamamento em várias situações discursivas cotidianas, tem contexto definido, claro e permanente. Na sala do Pré I, o que se faz é tirar desse contexto situações para fazer avançar a aprendizagem das crianças em relação a linguagem escrita. Ao serem

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trabalhados na sala de aula, os nomes, que pertencem a contextos de uso frequente pela criança, viram objetos de aprendizagem.

G) Qual a importância da linguagem oral no trabalho com as crianças da Educação Infantil?

A linguagem oral tem uma função essencial no desenvolvimento das crianças no Pré I e Pré II, pois ela é o principal meio de comunicação das crianças e também um dos elementos fundamentais do aprendizado cultural. Assim é preciso garantir cotidianamente nas turmas a conversação diária, músicas cantadas, contar, ler e ouvir histórias, brincar, ver e ouvir vídeos, filmes, falar muito etc. Em todos esses momentos, a criança está aprendendo a falar no grupo e interagir com ele de forma adequada: a esperar sua vez de falar, a ouvir o outro, a formar opinião sobre as coisas, a expressar seus pensamentos e sentimentos. A fala também provoca o desenvolvimento do desenho e de outras formas de expressão como a pintura, a modelagem, pois quanto mais memória a criança tiver, mais as lembranças estimulam a sua expressão.

H) O que precisamos garantir para que as crianças do Pré I e Pré II aprendam com significado a linguagem oral e escrita?

Para aprender as crianças da educação infantil precisam ser sujeitos e não elementos passivos do processo. Desse modo, precisamos superar a ideia de que para aprender as crianças precisam ficar sentadas, quietas, atentas à fala do professor. Por isso, é importante lembrar que para aprender, a criança precisa atribuir sentido ao que se aprende. Só a criança que está em atividade é capaz de atribuir um sentido ao que realiza. E o que significa estar em atividade? Significa a criança saber o que está fazendo, para que está fazendo e fazer motivada pelo resultado daquilo que realiza.

2.1.7 O TRABALHO DE LEITURA NO PRÉ I e PRÉ II

A leitura existe para que o leitor possa relembrar um fato registrado anteriormente, saber notícia de algo ou de alguém, buscar uma informação, saber como tomar um remédio, como fazer uma receita, saber o que acontece numa história, divertir-se com a linguagem escrita, emocionar-se com o texto lido etc. Por isso, quando o professor lê para as crianças textos de histórias, poemas, notícias de jornal, revistas etc, ela não só está ampliando seu conhecimento de mundo, como também se familiariza com diferentes funções da linguagem escrita (divertir, instruir, comunicar, informar) e se apropria dessa linguagem que estará sendo objetivada em suas futuras produções escritas.

Por isso, no trabalho de leitura em voz alta feito pelo professor no Pré I e Pré II compartilhar uma história é uma forma de leitura. O fato da criança ainda não saber ler convencionalmente, não significa que não possa presenciar as mais variadas situações de leitura. Por isso, é fundamental que as crianças do Pré I e Pré II, por meio do trabalho das professoras e das rodas de leitura, possam, desde pequenas sentir-se motivadas a ler. Desse modo a leitura deve ser uma atividade permanente, com constância diária nas classes de Pré I e Pré II. A roda de leitura é um momento em que se tem a oportunidade de ouvir, contar e fazer a leitura de diversos gêneros textuais e dos clássicos da literatura. A fantasia e a imaginação vêm à tona através do texto, da ilustração ou da forma como a professora vai lendo. Essa é uma atividade permanente que deve estar contemplada no cronograma de rotina. Assim, é necessário:

Garantir a realização desta atividade diariamente.

Fazer escolhas criteriosas do que vai ler em sala de aula.

Diversificar os portadores de textos e os gêneros textuais.

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Explicar o motivo da escolha do texto ou livro.

Fornecer informações sobre o texto: título, autor, editora, ano de publicação e ilustrador.

Selecionar trechos da introdução e de alguns dados biográficos do autor, para compartilhar com os ouvintes, contextualizando assim a produção do texto.

Oportunizar que a criança vivencie os papéis do leitor, escritor, ouvinte e falante.

Discutir a mensagem contida nos textos.

Ler o texto, previamente, preparando a leitura de modo que seja interpretada com fluência e com vida própria de quem conhece e se identifica com o texto lido.

Inserir seus alunos nos prazeres da leitura.

A) O que o professor deve considerar ao escolher os livros e os textos para ler nas turmas do Pré I e Pré II?

A qualidade literária dos textos e também das imagens que fazem a conexão com a linguagem escrita. Em um bom livro de literatura infantil, além da qualidade literária, as imagens ou ilustrações são mais do que meras representações daquilo que o texto verbal diz e não se restringem a explicar algo do texto escrito. As imagens devem servir para ampliar as experiências estéticas dos pequenos leitores e possibilitar novas construções de sentido. Pensando no pequeno leitor, sobretudo as crianças da educação infantil, o livro deve servir para ler e para ver. O professor ao escolher os livros e textos, deve assegurar, entre outros aspectos, que as crianças tenham acesso a livros que utilizam materiais, técnicas e recursos gráficos variados, tais como desenhos, fotografias, massinhas, gravuras, colagens.

B) Que gêneros textuais escolher para ler no Pré I e Pré II?

Os poemas; trava-línguas; parlendas; quadrinhas; as histórias nos contos de fadas, de reis, bruxas e super-heróis; os textos informativos etc. A leitura com frequência diária Pré I e Pré II é, sem dúvida uma atividade indispensável. Se adequadamente desenvolvida, essa atividade conduz a criança, desde pequena, a conhecimentos e habilidades fundamentais para a sua plena inserção no mundo da escrita.

ATENÇÃO: compartilhar a leitura em voz alta exige preparo do interpretante para dar vida ao texto. Nem toda leitura em voz alta é convidativa e tem o poder de arrebatar o ouvinte. Portanto, o papel do professor é fundamental, devendo ser construído com seriedade. Assim, o comportamento desse leitor competente (professor) servirá de modelo aos ouvintes (crianças).

2.1.8 BRINCADEIRAS NO PARQUE E PÁTIO

É muito recomendável que no início do ano letivo sejam priorizadas com as crianças as atividades de brincadeiras tanto na sala como no pátio ou parque. Convém criar espaços acolhedores e brincadeiras interessantes, para que cada grupo brinque tranquilo, sempre sob a vigilância da professora.

Garantir tempo, espaços e atividades na educação infantil que contemplem a brincadeira é a garantia do desenvolvimento das capacidades infantis, impulsionando o desenvolvimento cultural das crianças. Ao invés de interromper as brincadeiras das crianças, as instituições precisam criar, garantir, ampliar e cultivar a brincadeira como um bem único e

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inalienável das crianças. Por isso, é extremamente importante estruturar os horários de parque e do pátio a fim de ampliar as idas de cada turma.

O pátio, parque ou espaços externos são lugares importantes que podem aumentar o interesse das crianças pela instituição educativa e favorecer o processo de adaptação. Por isso, é fundamental que se proponha para as crianças jogos e experiências diversas que potencializem as aprendizagens. Nos espaços externos pode observar o céu, as nuvens, o sol; fazer jogos e experimentos com areia; observar e cuidar das árvores, plantas, insetos; fazer jogos de motricidade ao ar livre; brincar com água; jogar e brincar com outros grupos de crianças.

2.1.9 DESENHO

O desenho é a linguagem que serve de base para muitas modalidades artísticas, como pintura, escultura ou gravura. Segundo Iavelberg (2013, p. 29) “O desenho da criança é ação e pensamento ao mesmo tempo. São atos particulares, que ninguém pode realizar por ela”. Por isso, recomendamos que as crianças do Pré I e Pré II desenhem diariamente, pois a oportunidade para realizar muitos desenhos favorece progressos, porque a criança observa seus procedimentos e resultados, além de aprender com os próprios trabalhos. Ela encontra soluções a partir das tentativas que faz e pode se surpreender com os próprios resultados.

Desenhar com materiais variados em superfícies variadas favorece a pesquisa da criança em desenho. Desenhar na pedra, na madeira, no papel, na areia, no computador, com lápis de cera, grafite, lápis de cor, pincel e tinta, carvão, no espaço com barbantes e linhas, no chão com pedras, com luz no espaço. Essas experiências só favorecem o aprendizado da criança, além de ampliar o seu horizonte de desenhista.

2.1.10 ARTE NO PRÉ I E PRÉ II

De acordo com as Diretrizes Curriculares Nacionais de Educação Infantil - (Resolução nº 5, de 17 de dezembro de 2009), as propostas pedagógicas da educação infantil devem respeitar princípios estéticos, voltando-se para diferentes manifestações artísticas e culturais e que considerem a diversidade cultural, religiosa, étnica e social do país. Por isso, as práticas pedagógicas que compõem o trabalho de Arte na educação infantil devem promover a imersão das crianças em diferentes linguagens e favorecer o domínio paulatino de várias formas de expressão, bem como vivências com outras crianças e grupos culturais.

A exposição das crianças a diferentes linguagens expressivas possibilita ampliar seus sistemas de representação e compreensão do mundo. O trabalho em Arte nos âmbitos regional, nacional e internacional de todos os tempos poderá dar suporte para a criança ampliar suas formas de representação e expressão, exercitando seu olhar e sua capacidade estética e enriquecendo seu repertório na área.

Portanto, a Arte na educação infantil objetiva ampliar os repertórios vivenciais e culturais das crianças, de tal maneira que ampliem o conhecimento sobre o mundo e sobre a linguagem da Arte. Pois, como afirma Ostetto (2009, p. 6) “para contribuir com os processos expressivos, além de alargar as oportunidades de acesso à riqueza da produção humana, promovendo a aproximação aos diferentes códigos estéticos, é preciso também promover encontros e buscas, encorajando as crianças à experimentação”.

2.1.11 EDUCAÇÃO FÍSICA NO PRÉ I E PRÉ II

Todo o fazer pedagógico na educação infantil deve contemplar o conhecimento e desenvolvimento de diferentes linguagens, entre elas, o movimento corporal. Nas turmas de

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Creche I, Creche II, Pré I e Pré II além dos professores de classe, a Educação Física compõe e integra a proposta pedagógica da educação infantil.

Portanto, o papel dos professores de Educação Física nessa etapa educacional difere, em alguns aspectos, das demais atuações em outros níveis de ensino, o que configura uma profissionalidade específica do trabalho a ser realizado na educação infantil. Essa especificidade docente deriva das próprias características das crianças, das características dos contextos de trabalho e das características do processo e das atividades que devem ser planejadas e encaminhadas pelos professores.

Por isso, no trabalho educativo realizado pelos professores de Educação Física o movimento tem um papel de destaque. Desse modo, utilizando as contribuições de Garanhani (2004), o trabalho pode ser norteado por três eixos, nos quais há aprendizagens que:

1. envolvam movimentações corporais para o desenvolvimento físico e motor, proporcionando assim o conhecimento, o domínio e a consciência do corpo, condições necessárias para a autonomia e identidade corporal infantil;

2. conduzam à compreensão dos movimentos do corpo como uma linguagem utilizada na interação com o meio pela socialização;

3. levem à ampliação do conhecimento de práticas corporais historicamente produzidas na e pela cultura em que a criança se encontra.

2.1.12 AULA PROGRAMADA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

A aula programada é uma proposta de atividades escolares planejadas pelos professores e encaminhadas aos alunos do ensino fundamental para serem realizadas em casa nos dias de formação continuada de professores. Todavia, esclarecemos que essa organização não se aplica ao trabalho pedagógico realizado na educação infantil, pois as crianças de 0 a 5 anos em função das especificidades da faixa etária não atendem a esse tipo de encaminhamento, por isso, não existe aula programada para a educação infantil.

2.1.13 DATAS COMEMORATIVAS

É fundamental acompanhar o calendário das festividades de modo a pensar com os professores sobre o sentido das atividades propostas. Sempre refletir sobre a maneira como as datas comemorativas são conduzidas, pois algumas vezes além de reproduzir antigos preconceitos e estereótipos, não geram nenhuma aprendizagem. É importante manter as tradições culturais e cívicas no calendário, entretanto é necessário e importante a construção do sentido real dessas práticas na escola, para não transformar o que Barbosa (2008, pág. 38-39) chama de “indústria das festas. Elas tornam objetos de práticas pedagógicas sem o menor significado, que se repetem todos os anos na educação infantil, como episódios soltos no ar.”

Indicação de leitura: FERNANDES, Eliane Pinheiro. Datas comemorativas na escola e alienação. Revista Pátio, Ano XV, nº 58. Mai/Jul 2011 (p. 42 – 45).

2.1.14 TAREFA DE CASA

Entendemos que as lições de casa são positivas para aprendizagem e desenvolvimento das crianças desde a educação infantil. Entretanto, a escola deve ter clareza das razões pelas quais encaminha tais atividades e o sentido que elas têm na vida das crianças.

Esclarecemos que as lições de casa são boas quando as crianças conseguem compreendê-las e realizá-las com autonomia, pois se precisarem da ajuda de algum adulto

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para dar conta da elaboração da tarefa e essa ajuda exigir diferentes intervenções, a tarefa não é boa nem adequada.

As tarefas de casa propostas na educação infantil devem apresentar desafios e ser interessantes do ponto de vista da aprendizagem, mas não podem exigir das crianças o que ainda não são capazes de responder. Se a lição de casa tiver somente exercícios de memorização, repetição e treino, também não é adequada, pois não favorece nada para o desenvolvimento das crianças.

Cabe esclarecer que para as crianças que ficam período integral na escola, as lições de casa são desnecessárias, pois o tempo institucional é suficiente para a realização e aprofundamento de todas as atividades escolares previstas para essa faixa etária.

Outro aspecto que consideramos fundamental é a retomada que o professor faz na escola após a realização dessa atividade. O professor precisa pensar em encaminhamentos que possibilitem levar à discussão e reflexão das crianças e também identificar os êxitos e as dificuldades encontradas, para que possa refletir sobre a adequação do que foi proposto. Pois, vale lembrar que os objetivos da lição de casa não é ocupar o tempo das crianças.

Portanto, a positividade ou não da lição de casa vai depender da inserção que a escola faz dessa atividade no seu projeto pedagógico; do tipo de atividade planejada e propostas às crianças; da capacidade de compreensão das crianças; dos encaminhamentos que os professores realizam no momento que apresentam a lição de casa para as crianças; de como essas atividades são trabalhadas em classe pelos/as professores/as. Enfim, do sentido que a escola dá para esse trabalho.

OBSERVAÇÃO: recomendamos que as tarefas na educação infantil iniciem-se a partir do Pré II, no 1º semestre de cada ano, duas vezes por semana. No 2º semestre elas podem ser compromissos diários.

2.1.14.1 OS ENCAMINHAMENTOS DAS TAREFAS

Todas as tarefas devem ser planejadas e organizadas pelos professores. Os enunciados devem ser lidos e explicados para que as crianças compreendam o que está sendo solicitado e possam realizar a atividade com autonomia.

O horário das lições de casa deve ser determinado de acordo com a rotina da família e com as peculiaridades de cada criança. Orientar os familiares a estabelecer horários ajuda a organizar a vida da criança.

É importante que as tarefas sejam enviadas em pastas individuais.

Deve-se encorajar as crianças para que sintam a necessidade de realização da tarefa. Garantir essa realização contribui para a construção da autonomia, responsabilidade e para o processo de desenvolvimento e aprendizagem da criança.

Enfim, aos pais cabem apenas organizar o horário, lembrar os filhos, incentivá-los e encorajá-los na realização de tais atividades. Pois, como diz Rosely Sayão (2005) “os pais já fizeram todas as suas lições escolares de casa na época devida.”

2.1.15 REUNIÃO DE PAIS A educação infantil deve organizar encontros entre os pais e professores durante o ano

letivo. Para uma melhor organização das famílias, recomenda-se que as datas das reuniões

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sejam comunicadas logo no inicio do ano e, próximo as reuniões deve-se enviar bilhetes com antecedência informando as datas e horários dos encontros entre pais e professores.

Para isso, as reuniões podem ser organizadas de duas formas:

Reuniões Coletivas: apresentação da equipe de professores, do trabalho pedagógico a ser desenvolvido e discussão de algum tema específico e/ou outros assuntos relacionados à dinâmica e funcionamento da classe.

Reuniões Individuais: orientamos que, caso haja interesse da família ou da instituição para a realização desse encontro, ele deve ser marcado com o professor ou com a equipe técnica. Os pais devem ser atendidos para conversar a respeito dos avanços da criança em relação ao seu desenvolvimento e aprendizagem.

OBSERVAÇÃO: Seria interessante que a pauta das reuniões pudesse ser enviada antecipadamente para que os pais possam trazer suas dúvidas e sugestões.

2.1.16 AVALIAÇÃO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

No ano de 2013 realizamos pelo menos dois encontros de formação com os/as professores/as, tendo como pauta a “avaliação na Educação Infantil”. Por isso, combinamos que as instituições de educação infantil (Ceinfs e escolas) devem criar procedimentos para acompanhamento do trabalho pedagógico e para avaliação do desenvolvimento das crianças, sem objetivo de seleção, promoção ou classificação, garantindo:

utilização de múltiplos registros realizados por adultos e crianças (relatórios, fotografias, desenhos, portfólios, álbuns etc.);

documentação específica que permita às famílias conhecer o trabalho da instituição junto às crianças e os processos de desenvolvimento e aprendizagem da criança na educação infantil.

2.1.16.1 INSTRUMENTOS DE ACOMPANHAMENTO E REGISTRO DO PROCESSO AVALIATIVO

Vários são os instrumentos que podem ser pensados, construídos e utilizados para

acompanhamento das aprendizagens das crianças. Nesse sentido, orientamos que a equipe

técnica da escola juntamente com os professores definam quais instrumentos avaliativos serão

utilizados. Para ajudá-los nessa definição apresentamos alguns instrumentos que podem e

devem ser utilizados para que o processo avaliativo se efetive.

2.1.16.2 RELATÓRIOS

Os relatórios são escritos de acordo com as intenções de quem escreve e os propósitos de quem lê. Muitas vezes, ao final de um período de trabalho, é solicitada uma sistematização do processo avaliativo em formato de relatório. Assim, os relatórios podem servir para:

Informar a comunidade de pais sobre a aprendizagem e desenvolvimento das crianças.

Informar e relatar sobre o desenvolvimento do trabalho pedagógico.

Organizar a experiência realizada com as crianças.

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Por isso, para cumprir as suas finalidades o relatório deve:

Explicar o modo como foi proposta a atividade e como as crianças participaram.

Fazer uma análise do que as crianças avançaram e o que elas aprenderam.

Descrever cenas ou registro de episódios que chamaram a atenção do professor, por algum motivo.

Ilustrar com as falas das crianças, os relatos, as perguntas e as conclusões que elas elaboraram.

Comentários gerais sobre as questões de grupo, os avanços observados.

Síntese de avaliação de acordo com os objetivos propostos inicialmente e próximos encaminhamentos.

2.1.16.3 PLANILHAS DE ACOMPANHAMENTO

A observação é o recurso principal, na educação infantil, para fazer a avaliação das crianças em diferentes momentos. Para realizá-la e para aprender a observar, é útil dispor de planilhas que ajudem a manter claro o que se quer observar e serve de guia para planejar e prever as situações que serão propostas. A planilha é um gráfico de dupla entrada em que se cruzam os objetivos e os nomes das crianças ou fichas contendo relatos de observação de situações diárias. Cada professor deverá planejar a sua utilização e decidir em quais momentos, no decorrer da atividade cotidiana, pode refletir, observar ou até anotar aprendizagens e atitudes de cada criança para poder fazer um seguimento contínuo e real das suas necessidades, possibilidades e competências.

2.1.16.4 OBSERVAÇÃO

É preciso aprender a olhar e a escutar cuidadosamente as crianças. Aprender a observar é saber que ao olharmos temos hipóteses, objetivos, antes mesmo de fazermos a observação. A observação pode ser sistemática, quando feita a partir de planilhas ou roteiros. É preciso delimitar muitas vezes o campo de observação e construir formas pessoais de registrar o que foi visto no momento em que as crianças estão em ação. Por exemplo, fichas de acompanhamento, reflexões sobre a produção dos alunos, fotografias, vídeos, etc.

2.1.16.5 PORTFÓLIOS

Os portfólios servem para documentar e descrever itens de projetos, sequências de atividades, atividades permanentes etc. Eles são a seleção e a sistematização da experiência educativa, possibilitando acompanhar o processo vivido. Assim, no trabalho docente o portfólio serve para:

Registrar o trabalho realizado com as crianças em um dado tempo (semestre, por exemplo).

Tornar clara ao professor sua trajetória de trabalho e oferecer observáveis para uma boa avaliação, considerando os reais avanços da sua turma.

Eles podem conter ainda: as atividades mais relevantes envolvidas no processo de trabalho; exemplos de produções de crianças em momentos diferentes do trabalho: no início, no meio e no fim; registro fotográfico de crianças envolvidas nas atividades propostas; registros escritos sistematicamente ao longo do trabalho e relatório final de avaliação, de acordo com os indicadores levantados no início do planejamento pelo professor. Enfim, de acordo com Barbosa (2008, p. 111)

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os portfólios são caixas ou pastas que recolhem os trabalhos produzidos pelas crianças durante um período de tempo. Os materiais são periodicamente analisados com as crianças e com os pais para que se discutam os progressos, as áreas em que se deve trabalhar para ampliar as potencialidades, os progressos, as dificuldades das crianças e a proposta de novos desafios.

2.1.17 PASSAGEM DA EDUCAÇÃO INFANTIL PARA O ENSINO FUNDAMENTAL

Na transição da educação infantil para o ensino fundamental a proposta pedagógica deve prever formas para garantir a continuidade no processo de aprendizagem e desenvolvimento das crianças, respeitando as especificidades etárias, sem antecipação de conteúdos que serão trabalhados no ensino fundamental. Por isso a educação infantil, o ensino fundamental e seus profissionais devem manter um diálogo institucional e pedagógico sistemático e articulado com propostas curriculares sólidas e bem definidas para cada segmento.

2.1.18 FORMATURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

As comemorações e os rituais de passagem de uma etapa educacional para outra devem ser significativas e adequadas para cada faixa etária. Nessas situações, é importante ressignificar as diferentes formas de simbolizar e vivenciar tais atividades. Pois muitas vezes “a cerimônia de formatura é reconhecidamente maçante, demora muito e é repetitiva. E os discursos não refletem a vivência escolar das crianças, marcada por experiências tão variadas quanto singulares.” (SISLA, 2009, p. 11). Por isso, sugerimos que ao organizar o encerramento do ano letivo com as turmas do Pré I e Pré II priorizem a convivência e interação entre as crianças com atividades que realmente tenham sentido.

Indicação de leitura: SISLA, Eliana C. Formatura na Educação Infantil. Revista avisa lá. Nº 39. Agosto de 2009.

2.2 REFERÊNCIAS

ALBUQUERQUE, Eliana Correia; LEITE, Tânia Maria Rios. Explorando as letras na Educação Infantil. In: BRANDÃO, Ana Carolina Perrusi; ROSA, Ester Calland de Sousa (orgs.). Ler e escrever na Educação Infantil. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2010. Pág. 93-115.

BARBOSA, Maria Carmem Silveira. Alguns instrumentos úteis para a avaliação. Revista Pátio Educação Infantil – Ano II – Nº 4 – ABRIL/JULHO 2004.

BARBOSA, Maria Carmem Silveira; HORN, Maria da Graça Souza. Projetos Pedagógicos na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2008.

BRASIL. Ministério de Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil. V. II. Brasília: MEC/SEF, 1998.

BRASIL. Ministério da Educação/Conselho Nacional de Educação/Câmara de Educação Básica. Resolução n. 5, de 17 de dezembro de 2009. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil. Brasília: MEC/SEF, 2009.

FERNANDES, Eliane Pinheiro. Datas comemorativas na escola e alienação. Revista Pátio, Ano XV, nº 58. Mai/Jul 2011 (p. 42 – 45).

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GARANHANI, M. C. Concepções e práticas pedagógicas de educadoras da pequena infância: os saberes sobre o movimento corporal da criança. São Paulo, 2004. Tese (Doutorado em Psicologia da Educação) – Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, 2004.

IAVELBERG, Rosa. O Desenho Cultivado da Criança: práticas e formação de educadores. Porto Alegre: Zouk, 2008.

LUZ, Iza Rodrigues da. Relações entre adultos e crianças na Educação Infantil. Anais do I Seminário Nacional: currículo em movimento – Perspectivas Atuais. Belo Horizonte, novembro de 2010.

ROSSETI-FERREIRA, Maria Clotilde (org). Quando a criança começa a frequentar a creche ou pré-escola: O QUE É ADAPTAÇÃO?In. Fazeres na Educação Infantil. São Paulo: Cortez, 1998. Páginas 43-47.

OSTETTO, Luciana Esmeralda. Educação infantil e arte: sentidos e práticas possíveis. In: Educação Infantil: princípios e fundamentos. Caderno de formação: didática dos conteúdos formação de professores. Universidade Estadual Paulista. Pró-Reitoria de Graduação; Universidade Virtual do Estado de São Paulo. São Paulo: Cultura Acadêmica, 2011.

http://www.acervodigital.unesp.br/bitstream/123456789/361/3/D14_Caderno.pdf

SISLA, Eliana C. Formatura na Educação Infantil. Revista avisa lá. Nº 39. Agosto de 2009.

2.3 ORGANIZAÇÃO DOS ESPAÇOS INSTITUCIONAIS INTERNOS E

EXTERNOS

Os espaços das instituições educativas de educação infantil não podem ser espaços imutáveis uma vez que são cenários onde ocorrem diferentes situações de aprendizagem, como enfatizam Barbosa e Horn (2001, p. 73) “os espaços educativos não podem ser todos iguais, o mundo é cheio de contrastes e de tensões, sendo importante para as crianças aprenderem a lidar com isso”. Por isso, o professor precisa pensar no que quer favorecer: diálogo, concentração, memorização, discussão, coletivização, pois são inúmeras as possibilidades de situações de aprendizagem. Sekkel e Gozzi (2003, p. 15) colaboram para dar significado à organização do espaço na educação infantil:

O espaço é uma das variáveis integrantes de um conjunto de determinações que precisa ser considerada na hora do planejamento. Por isso, um dos grandes desafios da escola de Educação Infantil, atualmente, é conceber a gestão do espaço e do tempo de forma integrada ao projeto educativo, considerando os princípios de uma Educação Infantil democrática, que valoriza as competências, os direitos e os deveres de seus protagonistas. Partimos da ideia de que o espaço é um elemento organizador das relações, e sendo nossa intenção promover o exercício da cidadania e o desenvolvimento da individualidade, teremos que atuar na construção do espaço, tendo em vista esse objetivo. O espaço passa, então, a ser conteúdo de planejamento, tendo como suportes uma concepção de sociedade, de educação e de criança.

Portanto, a maneira como as professoras organizam os espaços, a forma como falam e dirigem-se às crianças e o que elas vivenciam na instituição e nas salas são indicadores das suas concepções sobre criança, aprendizagem e sobre o que significa

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educá-las. De acordo com os Indicadores de Qualidade da Educação Infantil (2008, p. 50)

Os ambientes físicos da instituição de educação infantil devem refletir uma concepção de educação e cuidado respeitosa das necessidades de desenvolvimento das crianças, em todos seus aspectos: físico, afetivo, cognitivo, criativo. Espaços internos limpos, bem iluminados e arejados, com visão ampla do exterior, seguros e aconchegantes, revelam a importância conferida às múltiplas necessidades das crianças e dos adultos que com elas trabalham; espaços externos bem cuidados, com jardim e áreas para brincadeiras e jogos, indicam a atenção ao contato com a natureza e à necessidade das crianças de correr, pular, jogar bola, brincar com areia e água, entre outras atividades.

Devemos lembrar que é preciso atentar não só para a existência dos espaços e

materiais na instituição, mas principalmente para o fato de eles estarem acessíveis às crianças

e seu uso previsto nas atividades diárias. Os espaços devem também proporcionar o registro e

a divulgação dos projetos educativos desenvolvidos e das produções infantis. Desenhos, fotos,

objetos, materiais escritos e imagens de manifestações da expressão infantil estimulam as

trocas e novas iniciativas, demonstram resultados do trabalho realizado e constituem um

acervo precioso da instituição.

2.4 ENCAMINHAMENTOS FUNDAMENTAIS PARA O TRABALHO NAS

INSTITUIÇÕES

Como diz Madalena Freire, “o espaço é um retrato da relação pedagógica porque registra, concretamente, através da sua arrumação (dos móveis...) e organização (dos materiais...) a maneira como esta relação é vivida. Ele pode contar as inúmeras experiências vividas dentro da sala de aula, mas somente o fará se suas paredes não estiverem nuas ou decoradas (alienadamente) pelo professor com as figuras da Mônica ou do Pato Donald.” Mas, para implementar os espaços é preciso identificar que espaços físicos a instituição dispõe, planejar seu uso, selecionar e organizar os brinquedos e materiais.

Para isso, algumas ações são fundamentais, tais como:

Ocupar no decorrer do dia diferentes espaços: parque, solário, refeitório, gramados, áreas verdes etc.

Manter material individual de higiene, limpos e guardados em locais adequados (sabonetes, fraldas, escovas de dentes e outros itens).

Realizar a limpeza e higiene dos brinquedos e descartar brinquedos e objetos quebrados sempre que for necessário.

Armazenar materiais de limpeza longe do alcance das crianças.

Organizar espaço para a leitura, com estante, livros, revistas e outros materiais acessíveis às crianças.

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Elaborar diferentes materiais para auxiliar as atividades, tais como: cartazes, caixa surpresa, jogos, murais, ilustrações. Os recursos são importantes, porém não tornarão dispensável a presença do professor e a reflexão da criança.

Cuidar para que os brinquedos, livros, materiais pedagógicos e audiovisuais incentivem o conhecimento e o respeito às diferenças entre brancos, negros, indígenas e pessoas com deficiência.

Deixar as paredes dos espaços internos (salas) e externos (pátios, refeitórios) decoradas com as produções das crianças.

Dar o acabamento final às produções das crianças, isso valoriza a produção delas.

Expor as produções das crianças, por um período de tempo adequado, nas dependências das instituições, tanto nos corredores quanto nas paredes da sala.

Garantir que os materiais fiquem expostos para que as crianças brinquem livremente e explorem diversas ações.

Pensar desafios diferentes para cada faixa de idade. Organizar circuitos, que devem ser planejados antecipadamente com variadas possibilidades de desafios.

Ampliar e integrar práticas ligadas à expressão cultural – a dança, os jogos, a música, as brincadeiras, etc.

2.4.1 TEXTOS QUE SERVIRÃO DE REFERÊNCIAS PARA ESTUDO E FUNDAMENTAÇÃO DO TRABALHO

BARBOSA, M. C. S.; HORN, M. G. S. Organização do espaço e do tempo na escola infantil. In: CRAIDY, C.; KAERCHER, G. E. Educação Infantil. Pra que te quero? Porto Alegre: Artmed, 2001, p. 67-79.

BRASIL. Ministério da Educação: Secretaria de Educação Básica. Organização do espaço físico, dos brinquedos e materiais para bebês e crianças pequenas – Módulo IV. In: Brinquedos e Brincadeiras nas Creches: manual de orientação pedagógica. Ministério da Educação: Secretaria de Educação Básica. Brasília: MEC/SEB, 2012.

CORTEZ, Clélia. Tempo, espaço e a construção de um ambiente de aprendizagem. In: Interações: diálogo comas as inquietações dos educadores da primeira infância. São Paulo: Blucher, 2012. Pág. 45-77.

HORN, Maria da Graça Souza. Sabores, cores, sons, aromas: a organização dos espaços na educação infantil. Porto Alegre: Artmed, 2004.

KLISYS, Adriana. Muitos mundos numa única sala. Revista Avisalá. Nº 29. Janeiro/2007. Pág. 31-38.

KLISYS, Adriana. Cantos de Atividades diversificadas: saudável trânsito das crianças pela sala. In: Ciência, Arte e Jogo. Editora Peirópolis. 2010.

NONO, Maévi Anabel. Organização do tempo e do espaço na educação infantil. UNESP. Departamento de Educação. São José do Rio Preto.

ORTIZ, Cisele; CARVALHO, Maria Teresa Venceslau de. Organização dos ambientes para os bebês – o olhar atento. In: Interações: Ser professor de bebês – cuidar, educar e brincar uma única ação. São Paulo: Blucher (Coleções InterAções), 2012. P.61-78.

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III. COORDENADORIA DO ENSINO FUNDAMENTAL - 1º AO 5º ANO

3.1 ACOMPANHAMENTO E MONITORAMENTO DO 1º AO 5º ANO

A proposta de acompanhamento visa atender aos professores no seu fazer escolar, tendo como preocupação a melhoria da qualidade do ensino oferecido pelas escolas da Rede Municipal de Campo Grande/MS, sendo que esse trabalho é realizado ao longo do ano (bimestralmente) com pautas definidas pela equipe.

A partir da perspectiva da política defendida pela SEMED, tendo o Referencial Curricular como norteador das ações desenvolvidas por este órgão, o trabalho de acompanhamento pedagógico do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, pretende contribuir com professores e equipe gestora da escola, no âmbito das suas práticas pedagógicas, para a construção coletiva do conhecimento, mediante a troca de experiência entre os professores, sobretudo realização de atividades conjuntas e do trabalho colaborativo.

As ações de acompanhamento do trabalho pedagógico do 1º ao 5º ano são de responsabilidade dos técnicos que trabalham na Coordenadoria do Ensino Fundamental do 1º ao 5º ano (COEF 1º ao 5º ano), por meio das seguintes ações:

1. Análise dos resultados apresentados nas Planilhas de Acompanhamento da Aprendizagem dos alunos do 1º ano e discussão junto a equipe gestora da escola para que se planejem as ações interventivas necessárias.

2. Em relação ao 2º ano, estão previstas análises e intervenções acerca dos resultados da Provinha Brasil (Leitura e Matemática), conforme encaminhamentos do Ministério da Educação e Cultura (MEC), além da análise dos resultados bimestrais dos alunos e do acompanhamento da aprendizagem;

3. Em relação ao 3° ano, existe a Avaliação Nacional da Alfabetização – ANA sendo que os resultados enviados pelo MEC serão analisados e discutidos com a escola, além da análise dos resultados bimestrais dos alunos e do acompanhamento da aprendizagem;

4. Em relação ao 4º ano, existe a Avaliação Externa da REME e esses resultados serão discutidos com as escolas além da análise dos resultados bimestrais dos alunos para possíveis ações interventivas conjuntamente propiciando o acompanhamento da aprendizagem;

5. Em relação ao 5º ano, existe a PROVA BRASIL que será realizada esse ano pelos alunos, sendo que os resultados bimestrais também serão discutidos com as escolas para possíveis ações interventivas necessárias, propiciando o acompanhamento da aprendizagem.

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3.2 FORMAÇÃO CONTINUADA

Nos últimos anos o papel desempenhado pelo professor em sala de aula, no trabalho diário com seus alunos, vem merecendo maior atenção dentro dos sistemas de ensino, isto porque a melhoria da formação dos professores tem sido vista como indispensável para o desenvolvimento de um trabalho pedagógico qualitativo que efetivamente promova a aprendizagem dos alunos. O trabalho desenvolvido pelos professores em sala de aula passa a ser considerado como objeto de reflexão e estudo, possibilitando melhor articulação entre teoria e prática.

Com a ampliação da obrigatoriedade do Ensino Fundamental de oito para nove anos, instituída pela Lei nº 11.274/2006, novos desafios e adaptações foram desencadeados na organização do Ensino Fundamental, acarretando mudanças no currículo, no Projeto Político Pedagógico das instituições e, principalmente, no trabalho docente, questões estas que reforçam a necessidade de um acompanhamento mais sistematizado do trabalho pedagógico realizado pelos professores do 1º ao 5º ano e também a necessidade de formação continuada.

Assim a formação continuada deve ser construída no cotidiano escolar de forma constante e contínua, com estudos e discussões de temas pertinentes ao processo de ensino e de aprendizagem do 1º ao 5º ano que serão oferecidas pela SEMED no decorrer do ano letivo e essas formações ocorrerão nos PÓLOS de acordo com as regiões da cidade. A coordenadoria do Ensino Fundamental oportunizará formação para os professores que atuam com as turmas de 1º ao 3º ano, 4º e 5º ano, professores do bloco inicial da escola TRAJE e também para os professores que atuam na disciplina de Ciências do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental.

3.3 SUGESTÕES DE LEITURA

MORAIS, Artur Gomes de. Ortografia: ensinar e aprender. São Paulo: Ática, 2010. SOARES, Eduardo Joaquim. Ensinar matemática: desafios e possibilidades. Belo Horizonte: Dimensão, 2009.

SOLÉ, Isabel. Estratégias de leitura. Porto Alegre: Artmed, 1998.

SMOLE, Kátia Stocco (Org.). Jogos de Matemática de 1º ao 5º ano. Cadernos do Mathema. Porto Alegre: Artmed, 2007. SMOLE, Kátia Stocco (Org.). Ler, escrever e resolver problemas: habilidades básicas para aprender matemática. Porto Alegre: Artmed, 2001.

STAREPRAVO, Ana Ruth. Jogando com a matemática: números e operações. São Paulo: Aymará, 2009.

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IV. COORDENADORIA DO ENSINO FUNDAMENTAL - 6º AO 9º ANO

4.1 FORMAÇÃO CONTINUADA

A formação continuada para os profissionais da educação configura ação necessária frente ao desenvolvimento da escola, do ensino, do currículo e da profissão docente. Nesse sentido, a Coordenadoria do Ensino Fundamental de 6º ao 9º ano tem como função assessorar os professores frente a dicotomia teoria-prática, por meio da oferta de momentos de estudos de teóricos norteadores da práxis pedagógica, sugestões metodológicas, mediação da discussão sobre a ementa dos diferentes anos escolares, dificuldades de gestão de sala de aula, projetos, entre outras propostas pedagógicas que estão presentes no cotidiano da escola, bem como oportunizar momentos de troca de experiências entre os professores.

Sendo assim, é de fundamental importância a participação do professor nas formações continuadas.

As formações continuadas do COEF 6º ao 9º ano serão organizadas em pólos de acordo com as regiões da cidade. A organização em pólos respeitará a proximidade das escolas e disponibilidade de salas para atender todos os professores.

4.2 ACOMPANHAMENTO PEDAGÓGICO

Para 2015, esta coordenadoria irá trabalhar junto às equipes multidisciplinares juntamente com o coordenador pedagógico de cada unidade escolar. Isto significa dizer que cada técnico será responsável por uma escola, devendo conhecer a totalidade da mesma. Quando sinalizado pela escola ou pela coordenação pedagógica a necessidade de atendimento específico para determinado componente curricular, os técnicos da área serão encaminhados a escola, devendo realizar acompanhamento sistemático com o professor. Cabe ressaltar que o foco desta proposta de trabalho é a aprendizagem do aluno, protagonista da ação planejada.

4.3 UTILIZAÇÃO DOS LABORATÓRIOS DE MATEMÁTICA E CIÊNCIAS

Os laboratórios de Matemática e Ciências deve ser espaço que favoreça o intercâmbio de ideias e práticas pedagógicas, com o uso de materiais manipuláveis e de experimentação. Sobretudo, destina-se ao aluno e ao professor para análises, observações, questionamentos, experimentações, resoluções de situações-problema, discussões de estratégias de resolução e ao uso de tecnologias para a construção do conhecimento.

Os laboratórios pertencem à estrutura física da escola e está vinculado ao administrativo, pedagógico e, financeiramente, às unidades escolares em que se localiza. Seu

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uso, nas unidades escolares, deve ser subsidiado pelo Professor de Prática de Laboratório, obedecendo ao calendário escolar.

Para otimizar o funcionamento deste espaço, algumas orientações deverão ser seguidas:

O professor na função de Professor de Prática de Laboratório deverá:

o Cumprir uma carga horária semanal de 20 horas, das quais 4 horas semanais serão destinadas ao planejamento, à organização, manutenção dos materiais do laboratório e atualização dos relatórios solicitados pela COEF 6º ao 9º ano, bem como para aperfeiçoamento profissional na unidade escolar ou local designado pela SEMED, e 3 horas semanais para planejamento em local de livre escolha.

o Cumprir as 4 horas de Planejamento em local de livre escolha, durante a semana de maneira distribuídas, de forma a atender as necessidades da escola, evitando acúmulo no mesmo dia, exceto nos dias de convocação para formação continuada da SEMED.

o Realizar o planejamento embasado no Referencial Curricular da REME, a fim de contribuir para a execução da proposta pedagógica da escola.

o Ser o professor regente nas atividades desenvolvidas no laboratório, auxiliado pelo professor de sala quando não houver divisão da turma.

o Planejar, juntamente com o professor regente, aulas a serem ministradas, bem como instrumentos e critérios de avaliação das atividades.

o Ser responsável por organizar os materiais e equipamentos necessários ao desenvolvimento das atividades planejadas, devendo zelar pela manutenção, controle e funcionamento dos equipamentos, do mobiliário e dos materiais do laboratório.

o Elaborar, juntamente com a equipe técnica pedagógica, o horário de utilização do laboratório, atendendo as salas da escola (da pré-escola ao 9º ano), mantendo uma periodicidade igual para todas, evitando a ociosidade do espaço.

o Cumprir e fazer cumprir as normas de utilização e segurança dos laboratórios.

O professor regente deverá:

o Planejar e preparar, juntamente com o Professor de Prática de Laboratório e da equipe técnica pedagógica, as atividades a serem desenvolvidas no laboratório.

o Auxiliar nas orientações, acompanhamentos e avaliações dos alunos nas atividades desenvolvidas no laboratório.

o Zelar pela disciplina, o bom uso dos materiais utilizados e o cumprimento das normas de funcionamento e segurança do laboratório.

A equipe técnica pedagógica da escola deverá:

o Acompanhar o cumprimento do horário de utilização dos laboratórios, assegurando uma entrada periódica de todas as turmas da escola e evitando a ociosidade do espaço.

o Acompanhar e analisar as atividades desenvolvidas nos laboratórios, propondo refletir a relação teoria e prática.

o Zelar pelo uso dos laboratórios, com vistas a evitar a ociosidade do mesmo.

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o Assegurar o planejamento do professor regente, juntamente com o Professor de Prática de Laboratório, quanto ao uso dos laboratórios.

Caberá à direção escolar:

o Oferecer condições de funcionamento dos laboratórios.

o Acompanhar as atividades desenvolvidas nos laboratórios, junto à equipe técnica pedagógica e o Professor de Prática de Laboratório.

o Garantir o cumprimento do planejamento semanal destinado à organização, manutenção dos materiais dos laboratórios e aperfeiçoamento profissional do Professor de Prática de Laboratório.

o Zelar pela conservação dos equipamentos, mobiliários e materiais dos laboratórios.

IMPORTANTE: Os horários de aulas, os planejamentos e os relatórios bimestrais das atividades deverão ser organizados e mantidos no espaço do laboratório e disponíveis sempre que solicitados pela equipe pedagógica e equipe da SEMED.

4.4 SUGESTÕES DE LEITURA

4.4.1 CIÊNCIAS

Krasilchik, Myriam. Pratica de ensino de biologia. 4. ed. São Paulo: Edusp, 2011.

SCHNETZLER, R. P. e ARAGÃO, R. M. R. de. Ensino de ciências: fundamentos e abordagens. Campinas; R. Vieria Gráfica e editora, 2000.

Carvalho, Ana Maria Pessoa et. al. Ensino de ciências: unindo a pesquisa e a pratica. São Paulo: Cengage Learning, 2012.

ARCE, A., et al. Ensinando ciências na educação infantil. Campinas, SP: Alínea, 2011.

4.4.2 MATEMÁTICA

LORENZATO, S. Para Aprender Matemática. 3. ed. rev. (Coleção Formação de Professores). Campinas, SP: Autores Associados. 2010.

RÊGO, R. G. do, RÊGO, R. M., VIEIRA, K. M. Laboratório de Ensino de Geometria. Campinas, SP: Autores Associados. 2012.

4.5 DESENVOLVIMENTO DOS PROJETOS DE LÍNGUA PORTUGUESA

Coordenadores pedagógicos e Professores de Língua Portuguesa, os projetos propostos pelo Núcleo de Língua Portuguesa visam contribuir com a aprendizagem dos alunos. Esses projetos deverão fazer parte do planejamento e cotidiano da escola, de acordo com orientações repassadas pela equipe nos encontros de formação e acompanhamento pedagógico.

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4.5.1 PROJETO CLUBE DA LEITURA ARLEQUIM

Leitura e escrita na escola permanecem, ainda, com resultados que incomodam àqueles que se preocupam com a aprendizagem da língua e da linguagem. Grande parte dos índices, que impulsionam o surgimento de programas e projetos que visam reverter os números negativos acerca dessas competências, poderiam ser combatidos e amenizados com propostas legítimas que partissem da inserção da leitura literária no cenário escolar. Esse tipo de leitura aciona outras formas de conhecimento e diálogo com o mundo e entrelaça-se aos demais componentes curriculares.

A literatura ainda não conquistou espaços e tempos merecidos na escola. A organização curricular e a supremacia dos livros didáticos impõem barreiras para sua presença nas aulas de leitura. Sendo assim, é proposto o projeto Clube da leitura “Arlequim” cuja organização, apesar de desenvolver-se no espaço escolar, é dotada de uma certa “extraterritorialidade”, haja vista que apresenta ações entre diferentes mediadores e círculos de leitura. Desse modo, ao introduzir a leitura literária na escola, por meio do clube da leitura, haverá um estímulo para desencadear um movimento que atinja as bases que constroem não apenas o leitor, mas um indivíduo mais crítico e humanizado pelo contato e descobertas que o texto literário lhe proporciona.

4.5.1.1 SUGESTÕES DE LEITURA

CANDIDO, Antonio. O direito à literatura. In: Vários escritos. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul; São Paulo: Duas Cidades, 2004, p.169-191.

COLOMER, Teresa. Andar entre livros: a leitura literária na escola. Tradução Laura Sandroni. São Paulo: Global, 2007.

______. Literatura não é luxo. É a base para a construção de si mesmo. In: TAKADA, Paula. Fala, mestre! Revista Nova Escola, São Paulo: Abril, agosto, 2014, p.16-17.

PETIT, Michèle. A arte de ler ou como resistir à adversidade. Tradução Arthur Bueno e Camila Boldrini. São Paulo: Editora 34, 2009.

GIARDINELLI, Mempo. Voltar a ler: propostas para construir uma nação de leitores. Tradução Víctor Barrionuevo. São Paulo: Nacional, 2010. RAMOS, Graciliano. Infância. Rio de Janeiro: Record, 1993.

SOUZA, Ana Aparecida Argulho de. Por que ler os clássicos. In: ABRÃO, Daniel; GOMES, Natanael dos Santos (Org.). Pesquisa em Letras: questões de Língua e Literatura. Curitiba: Appris, 2012, p.169-192.

4.5.2 PROJETO EM CENA & ENSINA

Recentemente foi publicada a lei 13006/2014, que torna obrigatória a exibição de pelo menos duas horas por mês de filmes de produção nacional nas escolas de educação básica. Concomitantemente, questões relativas à leitura na internet e outras linguagens midiáticas precisam ser direcionadas para a sua prática social-comunicativa, fomentando o acesso à informação e à produção do saber.

O ensino de Língua Portuguesa e suas tecnologias pautado nos quatro eixos (oralidade, escrita, leitura e produção textual) preconiza a leitura, interpretação e produção textual dos gêneros discursivos e textuais mais utilizados na sociedade, inclusive, o gênero digital ou midiático. Um dos grandes desafios da escola contemporânea é adequar o seu processo de ensino e aprendizagem ao versátil mundo tecnológico da informação.

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O universo virtual composto por seus suportes, aplicativos, web e telefonia móvel está intrinsecamente agregado aos gêneros midiáticos, e devido ao seu poder de interatividade e conectividade conquistou, principalmente, o público jovem.

4.5.2.1 SUGESTÕES DE LEITURA

DE SALLES, Ricardo de Sá. Como montar um cineclube. Disponível em: <http://cineclubedesertoverde.org/>. Dez. 2014.

REVISTAPONTOCOM. Cine Clube nas escolas do rio. Revista eletrônica permanente. Disponível em: http://www.revistapontocom.org.br/entrevistas/cineclubena-escola. Dez. 2014.

DA SILVA, Ezequiel Theodoro (Coord.). A leitura nos oceanos da internet. São Paulo: Cortez, 2003.

MORAN, José Manuel; MASETTO, Marcos T., BEHRENS, Marilda A. Novas tecnologias e mediação pedagógica. Campinas, SP: Papirus, 2000.

ROJO, Roxane; MOURA, Eduardo. Multiletramentos na escola. São Paulo: Parábola, 2012.

XAVIER, Antonio Carlos. O Hipertexto na sociedade da informação: a constituição do modo de enunciação digital. Campinas: IEL/UNICAMP, 2002. (Tese de doutorado) CRYSTAL, David. A revolução da linguagem. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editor, 2005.

4.6 PARTICIPAÇÃO DAS ESCOLAS NAS OLIMPÍADAS DE MATEMÁTICA

Fiquem atentos aos projetos e programas advindos do Governo Federal e que contribuem para aprendizagem dos alunos.

4.6.1 MOTIVOS PARA O PROFESSOR E A ESCOLA PARTICIPAREM DA OBMEP

A Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas - OBMEP configura-se momento privilegiado para difundir e aperfeiçoar, entre os alunos, a importância de estudar Matemática. Ela permite o desenvolvimento de habilidades que não são trabalhadas nas atividades propostas pelos livros didáticos e cobradas nas avaliações de larga escala. Logo, resulta na melhoria da aprendizagem dos educandos.

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V. DIVISÃO DE EDUCAÇÃO E DIVERSIDADE

5.1 DESAFIOS E PERSPECTIVAS

A Divisão de Educação e Diversidade abriga quatro núcleos: Núcleo de Educação de Jovens e Adultos (NEJA); Núcleo da Educação do Campo (NEC); Programa Campo Alfabetizado (PCGA) e Núcleo de Relações Étnico–Raciais e de Gênero. A este último núcleo compete avançar nas discussões acerca da diversidade e contribuir no enfrentamento do preconceito e da discriminação no ambiente escolar e entorno.

O desafio em promover a Educação das Relações Étnico-Raciais bem como atender anseios dos povos indígenas se fazia por meio dos esforços similares ao da temática Afro, instituído em 2008 a Lei n.11.645, a qual prevê no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “Historia e cultura afro-brasileira e indígena”.

No Brasil, a discussão em torno da Educação das relações étnico-raciais ainda apresenta-se de forma estereotipada ao longo da história e, muitas vezes silenciada nos bancos escolares. Durante muito tempo o negro esteve condicionado ao trabalho escravo, visto como mercadoria, sem capacidade organizativa e apresentados como exóticos. Desconstruir esses e outros estereótipos arraigados desde o período colonial foi umas principais luta travada pelo movimento negro. Entendendo como uma vigência social, em 2003, a lei 10.639 surge, não apenas como valorização e reconhecimento da historia e cultura afro-brasileira e africana, mas também como forma de ressaltar e valorizar as diferenças no cotidiano escolar.

Pensando em uma forma diferenciada do trabalho com as referidas leis, foi instituído no ano de 2008, o Grupo de Educação Afirmativa e Cidadania (GEAC), que desenvolve ações protagonistas, levando em consideração as vivências dos estudantes com propostas de instigar os alunos a discutirem o preconceito e superar a discriminação no ambiente escolar, tornando o dia mais participativo e dinâmico na escola.

Essas discussões ocorrem a partir da participação dos alunos multiplicadores, seus suplentes e com o responsável pelo GEAC na escola (coordenadores, orientadores/supervisores educacionais de cada escola).

O GEAC realiza formações com as seguintes temáticas:

Formação Reflexiva em Direitos Humanos;

Formação reflexiva História da África;

Formação Reflexiva Bullyng Escolar;

Formação Reflexiva Direitos Humanos e Cidadania;

Formação Reflexiva Educação Ambiental e cidadania em parceria com a Polícia Militar Ambiental.

Maiores informações ligar para: 3314-3808/3843.

Sugestões de trabalho com a Educação das Relações Étnico-Raciais em todas as áreas de conhecimento.

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Língua Portuguesa - Respeitar a diversidade cultural por meio das heranças linguísticas, indígenas e africanas, bem como seus discursos histórico-culturais, códigos e símbolos.

Matemática – Reconhecer e valorizar os vários saberes matemáticos que são construídos por diferentes povos e culturas, levando em conta suas visões de mundo.

Geografia – Compreender que o território brasileiro e africano foram e continuam sendo espaços produzidos pelas relações sociais estabelecidos gerando desigualdades e contradições.

História – Compreender a diversidade sócio-cultural brasileira numa perspectiva histórica. O continente africano como berço de humanidade identificando-o comum a das matrizes presente na construção de toda a história universal.

Arte – Compreender a arte como cultura identificando e reconhecendo concepções estéticas africanas e indígenas com referenciais que poderão auxiliar na construção de novas percepções e sobre a real identidade brasileira.

Ciências – Recepcionar o aprendizado de conceitos e a construção de conhecimento com base científica que levem a reflexão sobre preconceitos, estereótipos e discriminações advindas do senso comum sobre os seres humanos na terra e suas relações.

Educação Física – Apreender práticas corporais advindas das variadas manifestações culturais, valorizando- as como patrimônio cultural e respeitando os diferentes grupos étnicos e sociais.

Língua Estrangeira – Estabelecer conexões com símbolos culturais e políticos de outros continentes como instrumento de cidadania, ampliando o acesso às experiências culturais dos diversos povos.

5.2 SUGESTÕES PARA ESTUDOS / FORMAÇÕES

Lei n. 10.639/2003

Lei n. 11.645/2008

Lei n. 4.854/2010

Coleção “Outras Histórias... Culturas Afro-brasileiras e Indígenas”. Com autoria Dra. Lucimar Rosa Dias, Dr. Giovani José da Silva e outros- enviada para todas as escolas da REME no ano de 2014.

Brasil. Constituição da Republica Federativa do Brasil. Brasília DF, 2008.

Plano Nacional de Implementação das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afrobrasileira e africanas. Brasília, 2009.

Revista Latino-Americana de História. Vol.2, n.6 – agosto de 2013 – Educação especial. O uso da Lei 10.639/03 em sala de aula. Eloi Guedes, Pamela Nunes, Tatiane de Andrade.

Sugestões de Filmes:

O Xadrez das Cores

Gênero: ficção

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Diretor: Marco Schiavon / ano 2004

Vista a minha Pele

Gênero: documentário

Diretor: Joel Zito Araújo

5.3 SERVIÇOS (A QUEM RECORRER)

Delegacia Especializada de atendimento à Mulher.

Conselho Municipal dos Direitos e Defesa dos Povos Indígenas.

Conselho Municipal dos Direitos do Negro.

5.4 INDICAÇÕES DE MÚSICAS SITES E LITERATURAS INFANTO–JUVENIS

5.4.1 MÚSICAS

Lavagem cerebral (Gabriel Pensador).

Retrato em claro e escuro (Racionais MC’s).

Sorriso negro (Dona Ivone Lara).

5.4.2 SITES

10 passos para o ensino da história indígena. Disponível – http//educarparacrescer.abril.com.br

Pelo menos 70% dos casos de racismo – http//arquivo.geledes.orq.br/racismo-no-brasil

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VI. DIVISÃO DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

6.1 EDUCAÇÃO ESPECIAL NA PERSPECTIVA DA EDUCAÇÃO INCLUSIVA

Considera-se público-alvo da educação especial alunos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades/superdotação:

I - com deficiência: aqueles com impedimento a longo prazo, de natureza física, intelectual ou sensorial, que em interação com diversas barreiras podem ter restringida sua participação plena e efetiva na instituição de ensino e na sociedade;

II - com transtornos globais do desenvolvimento: aqueles que apresentam alterações qualitativas das interações sociais recíprocas e na comunicação. Possuem um repertório restrito de interesses e atividades, incluindo nesse grupo alunos com autismo, síndromes do espectro do autismo e psicoses infantis;

III - com altas habilidades/superdotação: aqueles que demonstram potencial elevado em qualquer das seguintes áreas: intelectual, acadêmica, liderança, psicomotricidade e artes, isoladas ou combinadas.

A unidade escolar deverá realizar a matrícula, viabilizar recursos educativos, humanos e estrutura física compatíveis com as necessidades específicas dos alunos oferecendo os apoios necessários que favoreçam o acesso, permanência e sucesso na sua escolarização. Ressaltamos que todo trabalho realizado pela unidade escolar está diretamente vinculado à SEMED e aos serviços de apoio por essa instituídos.

Os alunos público-alvo da Educação Especial matriculados na unidade escolar estão sujeitos às mesmas condições de direitos e deveres dos demais alunos, como:

Frequência;

Permanência em sala de aula;

Horários de entrada e saída;

Participação nas atividades intrassala e extrassala ;

No processo de escolarização para atendimento às especificidades dos alunos público-alvo da educação especial e da heterogeneidade inerente às composições das turmas, deverão ser considerados os seguintes aspectos:

Flexibilidade no planejamento;

Estratégias metodológicas diferenciadas

Adequação dos recursos materiais e humanos;

Instrumentos que possibilitem avaliação formativa (processual).

O Atendimento Educacional Especializado - AEE em Sala de Recursos Multifuncionais deverá ocorrer no turno contrário ao que o aluno está matriculado.

O encaminhamento para o AEE está condicionado à frequência no ensino comum e apresentação do relatório com a avaliação do aluno realizado pela equipe da educação especial da REME;

Para organizar o atendimento do aluno na sala de recursos multifuncionais, quanto ao

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número e tipo, individual ou em grupo, considerar-se-á as necessidades específicas dos alunos, a faixa etária e os recursos disponibilizados;

O trabalho na Sala de Recursos Multifuncionais deverá abranger três eixos:

a) de intervenção pedagógica a partir do estudo do caso e plano de atendimento educacional especializado, com vista, ao processo de ensino e aprendizagem do ensino comum;

b) de elaboração dos recursos pedagógicos e o acompanhamento a sua funcionalidade e aplicabilidade na sala de aula do ensino comum;

c) da orientação contínua aos professores da sala de aula do ensino comum quanto aos recursos pedagógicos e estratégias que promovam a efetiva participação dos alunos nas atividades escolares propostas para a sala;

O acompanhamento pedagógico em sala de aula comum, oferecido pelo Auxiliar Pedagógico Especializado, está sujeito à comprovação da necessidade pela equipe da educação especial da REME, em acordo com a Resolução SEMED 154, de 21 de fevereiro de 2014;

O auxiliar pedagógico especializado deverá ser lotado na unidade escolar e sua escolha respeitará o banco de dados dos aprovados no processo seletivo realizado pela Divisão de Educação Especial/DEE.

O acompanhamento técnico-pedagógico às atividades do auxiliar pedagógico especializado será de responsabilidade da equipe técnica da escola, em articulação com a equipe da educação especial.

No horário de trabalho do auxiliar pedagógico especializado, na escola, quando há ausência dos alunos assistidos por ele, esse dará apoio a outros alunos público-alvo da educação especial que necessitem da intervenção pedagógica especializada.

O auxiliar pedagógico especializado deve atuar na sala de aula, de forma colaborativa com o professor regente para viabilizar o acesso dos alunos aos conhecimentos e conteúdos curriculares, por meio da adequação das atividades didático-pedagógicas, assim como a disponibilização de recursos de acessibilidade, quando necessários;

O auxiliar pedagógico especializado terá o direito a (4) quatro horas aula de planejamento, destinadas à produção de materiais e recursos específicos e adequação das estratégias metodológicas, a partir do planejamento elaborado pelo professor regente;

A unidade escolar será responsável pela organização do atendimento educacional aos alunos acompanhados por auxiliar pedagógico especializado, sem prejuízo de carga horária do docente, em caso de planejamento ou convocação desse profissional para formação na SEMED.

O tradutor e intérprete de Libras – Língua Portuguesa atenderá aos alunos surdos nos conhecimentos e conteúdos curriculares em todas as atividades didático-pedagógicas e no apoio à acessibilidade de comunicação. Esse profissional será lotado na unidade escolar, sua escolha respeitará o banco de dados dos aprovados no processo seletivo realizado pela Divisão de Educação Especial/DEE e a comprovada necessidade para disponibilização do recurso pela equipe da educação especial da REME.

O assistente de inclusão atuará na execução de atividades de caráter socioeducacionais, com os alunos que apresentam deficiência e transtornos globais do desenvolvimento, e que necessitam de apoio constante nas atividades de higiene, alimentação e locomoção no cotidiano escolar.

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O estagiário de pedagogia, encaminhado pela educação especial, para atuar em sala de aula com alunos público-alvo da educação especial matriculados, deve atuar no apoio ao professor regente em todas as situações realizadas em sala de aula.

Considerando o processo de formação do estagiário, cabe ao professor regente, assessorado pela equipe da educação especial, organizar as intervenções necessárias para o desenvolvimento e aprendizagem do aluno público alvo da educação especial, não delegando ao estagiário as responsabilidades que são inerentes ao auxiliar pedagógico especializado.

6.2 SUGESTÕES PARA LEITURA

Os desafios na construção de sistemas educacionais inclusivos. Disponível em http://diversa.org.br/uploads/arquivos/artigos/014010_artigo_martinha_2014_07_21.pdf. Acesso: 12/12/2014

6.3 REFERÊNCIAS

BRASIL. Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva. MEC/SEESP, 2008.

BRASIl. Decreto 7611 de 17 de novembro de 2011. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/CCIVIL_03/_Ato2011-2014/2011/Decreto/D7611.htm

BRASIL. Decreto nº 6.949, de 25 de agosto de 2009. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2009/decreto/d6949.htm

BRASIL. Resolução 04 de 02 de outubro de 2009. Ministério da educação. Conselho Nacional de Educação. Câmara de educação básica. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_09.pdf

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VII. DIVISÃO DE TECNOLOGIA EDUCACIONAL

7.1 USO DAS TECNOLOGIAS NA REME

Desde o final do Século XX, com programas de democratização do acesso às tecnologias implantado pelo Governo Federal, mais especificamente pelo Programa de Informática na Educação – Proinfo/SEB/MEC, as Tecnologias da Informação e Comunicação – TICs4 (computadores, Internet, câmeras digitais, vídeos, televisão, projetor multimídia, entre outros) passaram a fazer parte dos recursos pedagógicos das escolas públicas, desafiando os professores inseri-las em suas práticas. Nesse contexto, a SEMED, por meio da Divisão de Tecnologia Educacional/SUGEPE propõe que o uso das Tecnologias da Informação e Comunicação - TICs destina-se a ampliar o êxito na aprendizagem dos alunos da REME, bem como propiciar à comunidade escolar a fluência tecnológica necessária à sociedade contemporânea.

Para o desenvolvimento do trabalho a ser realizado com o uso das TICs pode-se contar com a colaboração do Coordenador de Suporte Pedagógico de Tecnologia (CSPTEC) e Assistentes em Biblioteca (AB) da escola, cujas principais atribuições são:

7.1.1 CSPTEC

Fomentar e orientar o uso dos recursos tecnológicos na aprendizagem escolar, preferencialmente por meio de projetos, com o foco na autoria, autonomia, colaboração e socialização.

Promover a integração dos diferentes ambientes de aprendizagens e recursos tecnológicos no desenvolvimento da prática docente.

Subsidiar os planejamentos das atividades dos professores juntamente com a equipe pedagógica, no que concerne ao uso das mídias e tecnologias no currículo escolar.

Implementar na escola as Políticas Públicas do Programa de Informática na Educação – Proinfo Integrado.

Proporcionar à comunidade escolar o desenvolvimento de ações relevantes no contexto educativo, fortalecendo a aprendizagem e o vínculo com a comunidade.

Gerenciar, disseminar e orientar o uso dos ambientes virtuais de aprendizagens, no que se refere à formação continuada.

Coordenar o uso dos recursos tecnológicos disponíveis na escola, quanto à organização e à manutenção dos equipamentos, juntamente com a gestão e coordenação pedagógica de acordo com o Projeto Político Pedagógico e o Referencial Curricular da REME.

4 As Tecnologias de Informação e Comunicação - TICs correspondem a todas as tecnologias que intervêm e

mediam os processos informacionais e comunicativos das pessoas, sendo um conjunto de recursos integrados entre si, que geram, por meio de suas funções, a automação e comunicação dos processos de ensino e aprendizagem. (Retirado da Resolução 153 de 13/2/14)

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Desenvolver projetos e/ou propostas de trabalho para buscar parcerias com as instituições, preferencialmente da educação superior, para uso das diversas mídias de acordo com as necessidades da escola.

Promover formação aos professores e à equipe pedagógica para o uso das diversas mídias e tecnologias, visando potencializar a prática docente.

7.1.2 ASSISTENTE EM BIBLIOTECA

Realizar serviços auxiliares no processo de aquisição e processamento técnico do acervo.

Controlar empréstimos, devoluções e reserva de materiais bibliográficos.

Atender e orientar os usuários sobre o funcionamento, utilização de materiais, regulamento e recursos da biblioteca, bem como divulgar material bibliográfico recebido.

Orientar os usuários na pesquisas e demais atividades culturais.

Manter a ordem e a disciplina na biblioteca.

Zelar pela limpeza e organização, mantendo em ordem o acervo e o espaço da biblioteca.

Zelar pela guarda e manutenção do acervo bibliográfico e equipamentos alocados na biblioteca.

Desenvolver projetos e atividades de incentivo à leitura de forma integrada ao processo de ensino-aprendizagem em conjunto com a equipe pedagógica da escola.

Aprimorar conhecimentos literários, conhecer o acervo e mediar indicação de leituras e informações.

Desenvolver atividades com as crianças, despertando o gosto pela leitura através de desenho, pintura, mural, jornal escolar, teatro, dramatização, música, pesquisa, hora do conto.

Orientar em articulação com o Professor de Tecnologia, quanto à utilização de recursos tecnológicos: aparelhos de som, TV, vídeo e DVD, dentre outros.

7.2 SUGESTÃO / ORIENTAÇÕES PARA A FORMAÇÃO DE PROFESSORES -

Fev/2015

Temática: Tecnologias na escola contemporânea: Desafios e perspectivas do

trabalho do docente.

7.2.1 SUGESTÕES

Apresentar os recursos tecnológicos presentes na escola (sala de informática, Biblioteca, Projetor Interativo/Lousa Digital, Programas da TV escola, máquina digital, Televisão, vídeos, Aparelhos de Som, Softwares, ...).

Apresentar o acervo da biblioteca escolar

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OBSERVAÇÃO: Caso o CSPTEC tenha condições de planejar, oferecer oficinas com sessões de estudo relacionados ao uso das tecnologias nas práticas pedagógicas.

7.2.2 SUGESTÕES DE TEXTOS

Nativos digitais e imigrantes digitais – Marc Prensky

https://docs.google.com/document/d/1XXFbstvPZIT6Bibw03JSsMmdDknwjNcTYm7j1a0noxY/edit

Pesquisa, comunicação e aprendizagem com o computador - José Armando Valente - http://cmapspublic.ihmc.us/rid=1HXFXQKSB-23XMNVQ-M9/VALENTE_2005.pdf

Resenha da obra “Homo Zappiens: Educando na era digital” de wim veen e ben vrakking - Izabel Patrícia Meister

http://www.pucsp.br/pos/tidd/teccogs/resenhas/pdf/teccogs_n3_2010_07_resenha_MEISTER.pdf

Web 2.0 e redes sociais na educação - João Mattar

https://onedrive.live.com/view.aspx?resid=F211EA82B0C91415!1025&app=WordPdf

7.2.3 SUGESTÕES DE VÍDEOS

Paradigmas da tecnologia na educação - Mário Sérgio Cortella. Disponível em https://www.youtube.com/watch?v=1Lvl_pG72Vk

Mídia-educação e currículo... – Salto para o futuro. Disponível em http://tvescola.mec.gov.br/tve/video?idItem=7316

Tecnologias na educação - Salto para o futuro. Disponível em: http://tvescola.mec.gov.br/tve/video?idItem=6319

Informática e educação - era do conhecimento - Salto para o futuro. Disponível em: http://tvescola.mec.gov.br/tve/video?idItem=752

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SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO ESTRATÉGICA

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I. DIVISÃO DE PLANEJAMENTO

1.1 PRINCÍPIOS ESSENCIAIS DA SEMED

1.1.1 MISSÃO DA SEMED

Assegurar uma educação pública de qualidade, com aprendizagem, valorização do conhecimento científico, garantia de acesso, inclusão, permanência e formação humana.

1.1.2 VISÃO DE FUTURO

Ser reconhecida como Rede de Ensino referência na aprendizagem dos alunos.

1.1.3 VALORES

Ética, Cidadania, Humanismo, Democracia, Solidariedade, Equidade.

1.1.4 OBJETIVOS ESTRATÉGICOS

1- Prover acesso, permanência e inclusão na rede municipal de ensino.

2- Fortalecer a gestão.

3- Garantir a aprendizagem do aluno.

1.2 TIPOLOGIA DAS ESCOLAS DA REME

Indicador que classifica as Escolas da Reme para subsidiar a gratificação paga aos Diretores, Diretores Adjuntos e Secretários Gerais.

Os critérios estão estabelecidos no Decreto n. 10.434, de 3 de abril de 2008.

1.3 IDER – ÍNDICE DE DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO BÁSICA NA

REDE MUNICIPAL DE CAMPO GRANDE-MS

Indicador semelhante ao Índice de Desenvolvimento da Educação Básica - IDEB, que associa o índice de qualidade com o resultado escolar, ou seja, o índice é composto do resultado da Avaliação de Desempenho realizada pela SEMED, com o índice de aprovação da escola.

O IDER foi estabelecido pelo Decreto n. 10.271 de 22 de novembro de 2007.

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1.4 CENSO ESCOLAR

O Censo Escolar é um levantamento de dados estatístico-educacionais de âmbito nacional realizado todos os anos e coordenado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas - INEP. Ele é feito com a colaboração das secretarias estaduais e municipais de Educação e com a participação de todas as escolas públicas e privadas do país.

Trata-se do principal instrumento de coleta de informações da educação básica, que abrange as suas diferentes etapas e modalidades: ensino regular (educação infantil e ensinos fundamental e médio), educação especial e educação de jovens e adultos (EJA). O Censo Escolar coleta dados sobre estabelecimentos, matrículas, funções docentes, movimento e rendimento escolar.

Essas informações são utilizadas para traçar um panorama nacional da educação básica e servem de referência para a formulação de políticas públicas e execução de programas na área da educação, incluindo os de transferência de recursos públicos como merenda e transporte escolar, distribuição de livros e uniformes, implantação de bibliotecas, instalação de energia elétrica, Dinheiro Direto na Escola e Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (FUNDEB).

Além disso, os resultados obtidos no Censo Escolar sobre o rendimento (aprovação e reprovação) e o movimento (abandono) escolar dos alunos do ensino fundamental e médio, juntamente com outras avaliações do INEP (SAEB e Prova Brasil), são utilizados para o cálculo do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), indicador que serve de referência para as metas do Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE), do Ministério da Educação.

1.4.1 SITUAÇÃO DO ALUNO

O módulo Situação do Aluno é a segunda etapa do Censo Escolar da Educação Básica e tem por objetivo coletar as informações de rendimento e movimento, referentes ao

final do ano letivo, dos alunos que foram declarados na matrícula inicial do Censo Escolar.

1.4.1.1 Rendimento

Trata-se do resultado obtido pelo aluno que permaneceu matriculado e frequente na escola até o término do ano letivo. O que implica em duas situações possíveis:

Aprovado: aluno que concluiu com êxito uma etapa de ensino e tem condições para prosseguir dentro do fluxo escolar;

Reprovado: aluno que não concluiu com êxito a etapa de ensino, tendo que realizá-la novamente.

No caso de aluno que tenha sido aprovado e terminado uma etapa do ensino fundamental, ensino médio ou de educação profissional com emissão de certificado, é necessário informá-lo como Concluinte.

1.4.1.2 Movimento

Trata-se de mudança de vínculo escolar do aluno após a data de referência do Censo Escolar (28 de maio/14) e antes do término do ano letivo. Quais sejam:

Transferido: aluno que foi para outra escola após a data de referência do Censo Escolar.

Deixou de frequentar: aluno que deixou de ir à escola antes do término do ano letivo, sem requerer transferência formalmente.

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Falecido: aluno que deixou de ir à escola por falecimento.

1.4.1.3 Admitidos após a data base do censo

Devem ser informados os dados de rendimento e movimento dos alunos de todas as modalidades de ensino (regular, especial - modalidade substitutiva, educação de jovens e adultos), com matrícula ativa no Censo Escolar e que entraram na escola após a data de referência do Censo (28 de maio de 2014).

De acordo com a Portaria nº 105 de 13 de março de 2014, que estabelece o Cronograma do Censo Escolar 2014, o período para coleta das informações sobre o módulo Situação do Aluno é de 02 de fevereiro a 20 de março de 2015.

1.4.2 PRIMEIRA ETAPA DO CENSO 2015

A primeira etapa de coleta dos dados começa no dia 27 de maio (data base), o Dia Nacional do Censo Escolar da Educação Básica.

Nessa etapa, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira - INEP recolhe, por meio do Educacenso, sistema de coleta de dados via internet, informações detalhadas sobre escolas, alunos, professores e turmas de todas as etapas e modalidades da educação básica do país.

1.5 BOLSA FAMÍLIA

O Programa Bolsa Família - PBF é um programa federal de transferência de renda destinado às famílias em situação de pobreza e extrema pobreza, que associa à transferência do benefício financeiro o acesso aos direitos sociais básicos - saúde, alimentação, educação e assistência social.

São beneficiários do Programa Bolsa Família alunos de 6 a 15 anos (precisam ter frequência mínima de 85% da carga horária mensal). Benefício Variável Jovem (BVJ), os alunos de 16 e 17 anos, que participam do programa, precisam frequentar ao menos 75% das aulas.

A Secretaria Municipal de Educação tem como atribuições:

Indicar um responsável técnico para coordenar o sistema de frequência escolar.

Promover a atualização das informações necessárias ao acompanhamento da frequência escolar, principalmente o código de identificação da escola estabelecido pelo INEP.

Promover a apuração mensal da frequência escolar dos alunos nos respectivos estabelecimentos de ensino, público ou privado.

Garantir, por meios diversificados, considerando as realidades do seu município, a coleta de frequência escolar nos cinco períodos (março/abril, maio/junho, julho/agosto, setembro/outubro, novembro/dezembro).

Para que as famílias beneficiárias permaneçam no programa elas precisam cumprir as condicionalidades impostas pelo mesmo. Condicionalidades são os compromissos assumidos pelas famílias e pelo poder público nas áreas de Educação, Saúde e Assistência Social, que precisam ser ofertados pelos governos e cumprida pelas famílias.

Quando a informação vem de forma incorreta é solicitado que o diretor da unidade escolar venha fazer sua retificação.

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SUPERINTENDÊNCIA DE GESTÃO, NORMAS E

RELAÇÕES COMUNITÁRIAS

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I. DIVISÃO DE GESTÃO DA EDUCAÇÃO BÁSICA

1.1 ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO

Pensar a organização do trabalho pedagógico envolve as diferentes formas de planejamento, desde a organização da sala de aula até a implementação do Projeto Político Pedagógico, entendidos de forma articulada e como orientação para todos os profissionais da escola.

Para que o planejamento se torne um instrumento orientador da ação pedagógica é necessário que sua configuração explicite racionalização, organização e coordenação do fazer pedagógico. Neste sentido, o trabalho deve ser coletivo, sendo a equipe pedagógica a responsável pela formação e consolidação do trabalho coletivo da escola.

Portanto, seguem algumas sugestões que deverão nortear o trabalho da equipe pedagógica em 2015.

1.2 PROVIDÊNCIAS A SEREM TOMADAS JUNTO À DIREÇÃO

Estabelecer as metas/ações para 2015, mediante os resultados de 2014, mais do que ter os números, é essencial usá-los para guiar o planejamento e a Formação Continuada na Escola para 2015.

Construir o calendário de atividades anuais.

Analisar os resultados dos alunos, considerando:

- as notas finais de 2014;

- os relatórios e gráficos de desempenho;

- a avaliação das ações realizadas em 2014;

- os resultados do PIPE/PAPE;

- levantamento dos alunos que ficaram retidos ou aprovados com ressalva para acompanhamento desde o início do ano.

Definir a distribuição das turmas entre os membros da equipe pedagógica (SE, OE e CP), considerando o atendimento às necessidades da escola, o perfil dos componentes da equipe pedagógica e o quadro docente.

Organizar a Formação Continuada na Escola - FCE 02 a 06 de fevereiro de 2015.

Usufruir dos 05 dias para atender as especificidades de cada segmento (Educação Infantil, 1º ao 5º ou 6º ao 9º), como também promover estudos referentes ao PPP, PIPE/PAPE, Plano de Ensino, Plano de aula e rotina da escola. Momento privilegiado para fornecer base teórica para nortear a reflexão sobre as práticas.

Acessar, com frequência o site: http://gestaoescolar.abril.com.br/aprendizagem/semana-pedagogica-que-nao-pode-faltar-coordenacao-planejamento-515720.shtml

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1.3 PROVIDÊNCIAS DA EQUIPE PEDAGÓGICA

Elaborar o plano de ação da Equipe Pedagógica que será enviado para o NUGEPE na 1ª quinzena de março. O roteiro encontra-se disponível no ambiente do Moodle. Para isso, considere os elementos a seguir:

- Identidade profissional; - Formação continuada; - Relações interpessoais; - Liderança e condução de grupo; - Planejamento; - Estratégias de avaliação; - Estratégias para recuperação paralela; - Instrumentos metodológicos; - Conhecimentos didáticos; - Tematização da prática; - Rotina de trabalho a ser desenvolvido na escola semanalmente; - Socialização de experiências.

Atividades necessárias á rotina da equipe pedagógica. Considere todas as atividades a seguir e elabore seu cronograma quinzenal de trabalho:

- Acompanhar o planejamento (planejar e tornar mais produtivos esses momentos).

- Horário de estudos (base teórica para nortear a reflexão sobre as práticas tanto da equipe pedagógica quanto a dos professores – poderá ocorrer em momentos de planejamento).

- Observação da Aula (utilizar a pauta de observação da aula ministrada disponibilizada no moodle).

- Devolutiva pessoal para os professores dos acompanhamentos realizados.

- Diagnóstico do grupo/turmas (realizado bimestralmente a fim de subsidiar o processo ensino aprendizagem e detectar a necessidade de intervenção e replanejamento).

- Atendimento aos pais (estabelecer os horários que a equipe estará disponível).

- Contato com responsáveis de alunos faltosos e/ou com dificuldades (em caso de permanência fazer os devidos encaminhamentos acionando os responsáveis e quando necessário o Conselho Tutelar).

- Monitorar a rotina dos professores (conjunto das atividades que devem realizar: planejamento, atividades diferenciadas e diversificadas, entrega de provas, uso da biblioteca e sala de tecnologia, participação nas reuniões, etc.).

- Atendimento individual aos professores (criar estratégias para acompanhamento sistemático priorizando os que apresentam dificuldades tais como: gestão de sala de aula, contextualização das aulas, lidar com conflitos, relacionamento com os alunos, etc.).

- Organizar e planejar reunião pedagógica (fazer um levantamento das reais necessidades e construir uma pauta coletiva)

- Realizar tarefas conforme orientação da SEMED (fazer uso da plataforma moodle dentro do prazo estipulado).

- Disponibilizar/distribuir material pedagógico para os docentes (verificar os recursos disponíveis para auxiliar o professor no seu fazer pedagógico).

- Leitura dos planejamentos semanais para as devidas intervenções

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- Acompanhamento dos alunos com dificuldades de aprendizagem. Portanto, é necessário criar estratégias para acompanhamento sistemático dos alunos priorizando os que apresentam dificuldades tais como: leitura, escrita, interpretação, cálculo, relacionamento, problemas familiares, etc.

- Pesquisa para subsidiar a metodologia do docente (sugestões e estratégias).

- Organização de grupos de estudo (primeiramente o grupo da própria equipe e posteriormente com os professores e, se possível, com a participação dos funcionários).

- Registros do acompanhamento do processo de ensino e aprendizagem - PEA (manter atualizados os registros do monitoramento realizado com professores, alunos e responsáveis).

- Acompanhamento da Sala de Recursos/biblioteca/sala de informática/laboratório de Ciências e Matemática.

- Coleta de dados - resultados das avaliações internas e externas (divulgar junto aos professores e comunidade e fazer um trabalho considerando as habilidades que não foram consolidadas)

- Reunião de pais e ou responsáveis (obter a parceria dos pais no auxílio aos filhos e não esquecer de acrescentar um cunho formativo – ex.: palestras, apresentações culturais, gincanas ou atividades desportivas).

- Implementação e acompanhamento dos projetos da escola e organização de feiras culturais.

1.3.1 SUGESTÕES DE TRABALHO PARA A SEMANA PEDAGÓGICA

Os alunos não são mais os mesmos - Mário Sérgio Cortella, in "Novos Paradigmas da Educação" [vídeo completo em: https://www.youtube.com/watch?v=Lrf5U0rIhKs ]

Formação de professores. A professora Bernardete Gatti, pesquisadora da Fundação Carlos Chagas, relaciona oito desafios a serem conquistados na área de formação de professores para que o país alcance mais qualidade na Educação. http://gestaoescolar.abril.com.br/template-busca.shtml?cx=013641630648223716833%3Aptvgwbjonle&ie=UTF-8&q=VIDEOS+PARA+FORMA%C3%87%C3%83O+DE+PROFESSORES&sa=

Professores alfabetizadores. Você encontrará no endereço a seguir, os links para as apostilas e os vídeos que integram o Programa de Formação de Professores Alfabetizadores (Profa), realizado pelo Ministério da Educação (MEC), em 2001. http://revistaescola.abril.com.br/lingua-portuguesa/alfabetizacao-inicial/programa-formacao-professores-alfabetizadores-profa-544560.shtml

Professores formadores de leitores. A formadora do Instituto Avisa Lá, Beatriz Gouveia, apresenta os conteúdos que a formação continuada deve oferecer ao professor que busca desenvolver suas próprias práticas de leitor e escritor, visando melhorar suas aulas de produção de texto. http://revistaescola.abril.com.br/formacao/formacao-professores-497240.shtml

Formação de professores. Formar os professores é a principal função do coordenador pedagógico. Veja as melhores estratégias para cumprir essa missão. http://gestaoescolar.abril.com.br/formacao/caminhos-formacao-professores-476133.shtml

Trabalho em equipe. Marlene de Lima Ferreira, coordenadora do Programa Escola que Vale, em Paragominas a 323 quilômetros de Belém, PA, elenca razões para buscar parcerias na escola e as vantagens de se trabalhar em equipe. Acesse:

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http://gestaoescolar.abril.com.br/formacao/trabalho-equipe-520430.shtml

Tempo de confraternização. Estar disponível para reconhecer o outro e o melhor presente que podemos dar uns aos outros, na escola e na sociedade. Terezinha Azerêdo Rios. Acesse: http://gestaoescolar.abril.com.br/formacao/tempo-confraternizacao-equipe-colegas-779824.shtml.

Experiências exitosas. Encontre maneiras de valorizar boas práticas de seus funcionários e aprenda a agir em situações de discordância que prejudicam o clima na instituição. Acesse: http://gestaoescolar.abril.com.br/equipe/.

Filmes para assistir na escola. Um filme não precisa ser didático para ensinar valores importantes na formação dos alunos. Conheça obras do cinema aplaudidas por críticos e professores. Todos podem se espelhar em exemplos do cinema para descobrir maneiras de aprender e ensinar melhor. Sem deixar de se divertir nem se emocionar. Disponível em: http://educarparacrescer.abril.com.br/aprendizagem/cinema-educacao-410695.shtml.

1.3.2 REFERÊNCIAS

http://pt.slideshare.net/SANDRARAEL/plano-gesto-2011-2014?next_slideshow=4

http://pt.slideshare.net/njfs/plano-de-ao-para-coordenao-pedaggica

https://www.youtube.com/watch?v=yTOZK701Kj4

http://www.portaleducacao.com.br/pedagogia/cursos/2607/curso-de-supervisao-e-orientacao-educacional

http://abr.ai/1CgMAmN direção voltaàsaulas organização equipe

www.novaescola.org.br/planos

http://gestaoescolar.abril.com.br/aprendizagem/planejamento/ppp/

http://gestaoescolar.abril.com.br/aprendizagem/projeto-politico-pedagogico-ppp-pratica-610995.shtml

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1.4 PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO - PPP

1.4.1 O QUE É?

Em conformidade com as contribuições de Libâneo (2008), o Projeto Político Pedagógico é o plano global da escola, um instrumento teórico-metodológico para intervenção e mudança da realidade, sua construção deverá permitir o encontro, a reflexão e a ação sobre a realidade.

O Projeto Político Pedagógico - PPP corresponde a organização pedagógica das unidades escolares da Rede Municipal de Ensino/REME, nas etapas da Educação Infantil, Ensino Fundamental e Médio e modalidades de ensino. Ele não deve ser visto como um documento pronto e acabado. Ao contrário, está aberto a novas contribuições e adequações, motivando um debate criativo, permanente para aperfeiçoá-lo, de maneira participativa. Para Libâneo (2008), deve-se cuidar que o Projeto Político Pedagógico esteja em permanente avaliação, em todas as suas etapas e durante todo o processo, a fim de garantir caráter dinâmico da vida escolar em todas as suas dimensões.

Para tanto, na construção do Projeto Político Pedagógico, é importante ter como ponto de partida algumas questões como: Que objetivos educacionais devem ser estabelecidos para uma educação pública de qualidade? Que diretrizes e pressupostos fundamentais devem guiar a prática educativa? Que cidadão queremos formar para esta sociedade? Que preparação os alunos precisam ter para a vida produtiva na sociedade contemporânea? Que valores morais precisaram formar para construir uma sociedade mais justa e menos violenta? Essas indagações levam à construção de um documento voltado para o exercício democrático, participativo e consciente da função social da escola.

Por isso, todo projeto pedagógico da escola é, também, um projeto político por estar intimamente articulado ao compromisso sócio político e com os interesses reais e coletivos da população. Ele é fruto da interação entre os objetivos e as prioridades estabelecidas pela coletividade, que propõe, por meio da reflexão conjunta, as ações necessárias à construção de uma nova realidade. Antes de tudo, é um trabalho que exige comprometimento de todos os envolvidos no processo educativo: professores, equipe pedagógica, alunos, pais e a comunidade como um todo.

1.4.2 OBJETIVO

Propiciar uma escola de qualidade com a participação coletiva. Uma escola aberta ao diálogo em que todos possam contribuir com suas ideias, sugestões e ações com vista a melhorar as condições de aprendizagem e de vida escolar de cada aluno.

1.4.3 ORIENTAÇÕES

Como fazer o PPP funcionar? Essa era a dificuldade da EMEB Professora Ana Isabel da Costa Ferreira, em Mogi Mirim, São Paulo. As gestoras pediram a ajuda da Maura Barbosa, consultora pedagógica de GESTÃO ESCOLAR, para saber como fazer o PPP se tornar um documento vivo. Acesse o site: http://gestaoescolar.abril.com.br/aprendizagem/como-fazer-ppp-funcionar-774304.shtml

Que destino dar aos projetos desenvolvidos na escola?

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Responda às perguntas e descubra em que pontos eles merecem ajustes

http://gestaoescolar.abril.com.br/aprendizagem/avaliacao-projeto-politico-pedagogico-manter-descartar-779808.shtml

http://gestaoescolar.abril.com.br/aprendizagem/projeto-politico-pedagogico-ppp-pratica-610995.shtml

Acesse a Biblioteca do moodle: http://moodle.semed.capital.ms.gov.br/

1.4.4 REFERÊNCIAS

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Imprensa Oficial, 1988.

______. Lei N°9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília, DF, 1996.

______. Lei n° 8069/1990 – Dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. Brasília, DF, 1990.

______. MEC. Secretaria de Educação Básica. Resolução CNE/CEB N. 7/2010. Fixa as Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental de 9 anos. Brasília: MEC/SEB, 2010.

______. MEC. Secretaria de Educação Básica. Indicadores da Qualidade na Educação Infantil. Brasília: MEC/SEB, 2009.

CAMPO GRANDE (MS). Lei N° 4. 608/2007 – Dispõe sobre o Plano Municipal de Educação da REME. Campo Grande, MS. 2007.

______. SEMED. Deliberação CME/MS N. 1.203. Diário Oficial n. 3.276/2011. Dispõe sobre a organização, o credenciamento e autorização da educação infantil do Sistema Municipal de Ensino de Campo Grande.

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______.SEMED. Parecer CME/CLN N.58/2010. Orientação sobre a Lei 11.769/2008, que altera o Artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) n° 9.394/96. Campo Grande: SEMED, 2011.

______. Secretaria Municipal de Educação. Política de Educação para a Rede Municipal de Ensino de Campo Grande/MS, 2008.

GADOTTI, Moacir e RAMÃO, José E. (Orgs.). Autonomia da escola: princípios e propostas. 2 ed. São Paulo: Cortez; Instituto Paulo Freire, 1997.

LIBÂNEO, José Carlos, Educação Escolar: Políticas, estrutura e organização. São Paulo: Cortez, 2008.

VEIGA, Ilma. Projeto político-pedagógico da escola: uma construção possível. São Paulo: Papirus, 1995.

1.5 PROJETO DE INTERVENÇÃO PEDAGÓGICA - PIPE

1.5.1 O QUE É?

O PIPE é uma ação educacional que tem como foco a aprendizagem de todos os alunos, corrigindo distorções e falhas no processo de ensino e aprendizagem considerando o ponto de vista do sujeito que aprende e a instituição que ensina.

A construção de um Projeto de Intervenção Pedagógica coerente com as necessidades da escola exige a verificação do significado exato dos “problemas de aprendizagem” existentes em cada turma e com cada aluno. Para cumprir o seu papel, a escola faz intervenções, por meio das quais objetiva possibilitar a aprendizagem e assim favorecer a vida futura de seus educandos.

1.5.2 OBJETIVO

Proporcionar estratégias de ensino diferenciadas à medida que as dificuldades vão se apresentando e reforçar a prática pedagógica a fim de melhorar o índice de aprendizagem e assim estar sempre em busca da Educação de qualidade que tanto se almeja. Para isso é preciso organizar um trabalho educativo vinculado aos princípios da dignidade do ser humano, da participação, da coresponsabilidade, da solidariedade e da equidade.

É necessário identificar os pontos fracos e intervir com propostas inovadoras que possam transformar a realidade da escola, e nessa perspectiva, alçar metas a fim de alcançar tais objetivos.

1.5.3 QUEM É RESPONSÁVEL

A divisão de responsabilidades e de atividades é importante para garantir que cada um faça a sua parte. A participação de todos na busca de responsável para o alcance das metas estabelecidas deve ser evidenciada e exigida. Por isso é essencial definir a responsabilidade de cada um dos atores participantes da comunidade escolar.

Gestores: Valorizem o saber e a experiência de cada um; incentivem e estimulem a reflexão sobre a prática e a adoção de iniciativas e estratégias inovadoras; assegure a participação da comunidade na escola; identifique as necessidades de

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sua equipe e busque soluções. Tenha iniciativa e firmeza de propósito para garantir a realização das ações do PIPE.

Equipe Pedagógica: É fundamental no espaço escolar, pois seu trabalho tem como objetivo a coordenação e a articulação de todas as atividades relacionadas ao processo de ensino e aprendizagem e a integração de todos da comunidade escolar. Trabalhe em conjunto com a direção e o corpo docente: acompanhe suas práticas em sala de aula e reflita com eles sobre os resultados das avaliações para futuras intervenções e replanejamento; ofereça-lhes materiais e sugestões de metodologias diversificadas e enriquecedoras; estimule e proporcione momentos de troca de experiências; acompanhe o desenvolvimento de todas as ações propostas no PIPE, garantindo que nenhuma seja esquecida.

Professor: É o agente da mudança na sala de aula: ele participa da elaboração do PIPE, dos objetivos e das metas a alcançar. Portanto, ensinar bem é saber planejar. Para planejar, o professor precisa pesquisar, estudar, organizar e coordenar as ações em conjunto com a equipe pedagógica e o gestor da escola. Para garantir o sucesso de sua ação, proponha desafios para seus alunos, conheça e entenda os resultados das avaliações externas, lembre-se sempre das metas a serem alcançadas pela sua escola e suas turmas, acompanhe as necessidades individuais de seus alunos, faça e busque auxilio para as intervenções pedagógicas necessárias.

Aluno: É o foco do PIPE, participa das atividades de intervenções pedagógicas propostas tendo assegurado o seu direito de aprender e de sensibilizar-se com a necessidade de mudança, pactuando com a escola o compromisso da melhoria da sua aprendizagem.

Família / Responsável: Informar-se e acompanhar as ações desenvolvidas pelo PIPE, estabelecendo relações de apoio, cooperação e confiança, sobretudo no desenvolvimento da responsabilidade do aluno pelo seu próprio desempenho, com vistas à melhoria da aprendizagem de seu filho.

1.5.4 ORIENTAÇÕES

Elaborar um Projeto de Intervenção Pedagógica e executá-lo é, com certeza, um passo decisivo para garantir o sucesso escolar dos alunos. Toda escola deve estar consciente de que pode, e deve fazer a diferença por meio de um PIPE realista e em sintonia com as suas possibilidades e, sobretudo construído por todos.

Nesse sentido, cabe à equipe pedagógica promover a formação continuada do professor, e isso significa provocar seu universo cognitivo, afetivo e social para que ele se desestabilize e se mobilize a novas atitudes e novas práticas. Nesta perspectiva, diagnosticar a realidade do aluno e formar o professor é de fundamental importância para os avanços desejados e, assim, a prática da equipe e da gestão escolar deve retratar as especificidades frente aos desafios do ensinar e do aprender.

Cabe à gestão e a equipe pedagógica se comprometer com as ações definidas e garantir que as estratégias de intervenção pedagógica sejam concretizadas nos tempos e espaços escolares, conforme a decisão no momento da revisão do PIPE 2014.

Utilize as dicas para o melhor aproveitamento da semana pedagógica.

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1.5.5 O QUE FAZER

Discussão sobre os resultados e reflexão sobre as ações que precisam ser realizadas a partir dos resultados de 2014.

Revisão do Projeto de Intervenção Pedagógica 2014 e construção do PIPE/2015.

1.5.6 COMO FAZER

Analisar os aspectos relacionados ao PIPE /2014. Faça a retrospectiva das ações desenvolvidas, considerando pontos positivos e pontos que precisam melhorar em 2015 em relação à aprendizagem dos alunos.

Questões que precisam ser discutidas:

- Quais são as ações que precisam ser desenvolvidas para alcançar nossas metas em 2015?

- Quais ações da prática pedagógica da escola precisam adequar-se às propostas e aos documentos norteadores da escola PPP, PDE, Regimento Escolar?

- Os materiais didático-pedagógicos disponibilizados pela escola e equipe pedagógica foram utilizados na prática docente?

- Fazemos avaliações diagnósticas regularmente utilizando instrumentos diversos? Replanejamos nossas ações com base em seus resultados com regularidade?

- Estamos garantindo o foco pedagógico em nossa rotina de trabalho, planejamento do professor, nossas reuniões e na formação continuada?

- As orientações da SEMED – COEFs, NUGEPE foram analisadas e estão sendo aplicadas em nossa escola?

- Os conhecimentos e práticas adquiridos na formação continuada realizados pela SEMED foram e estão, efetivamente, incorporados ao dia a dia da sala de aula?

- Os demais profissionais da escola se envolveram, efetivamente, nas ações do Projeto de Intervenção Pedagógica e ajudaram na aprendizagem dos alunos? Como?

O PIPE é um guia que tem a função de orientar a prática, partindo da própria prática; não é um documento rígido e absoluto. Por isto, é necessário registrar, sobre o que se pensa fazer, como fazer, quando fazer, com que fazer e com quem fazer – produto do planejamento.

Dia do PIPE - dia destinado ao monitoramento interno do PIPE. Momento privilegiado para os gestores e a equipe pedagógica avaliarem as ações propostas no PIPE, bem como as adequações necessárias. Importante verificar os planos de aula dos professores, as práticas desenvolvidas, os registros e os instrumentos avaliativos, conforme cronograma previamente estabelecido.

Blog do PIPE- para a divulgação de notícias e propostas do PIPE.

Organizar o trabalho pedagógico. Não esquecer do PPP da escola ao estabelecer as ações do PIPE/ 2015.

Mobilizar o trabalho coletivo é fundamental, pois toda a escola deverá ser convocada no sentido de buscar alternativas de intervenção para mudar o quadro atual e atingir as metas.

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As ações devem ser explícitas, os desdobramentos do trabalho de aprofundamento teórico e prático das ações a serem implementadas na escola especificarão também a sua abrangência, os sujeitos envolvidos, o local e demais informações pertinentes ao PIPE.

Para finalizar, é necessário lembrar que cada escola e turma conta uma realidade com características próprias. Portanto, para escolher as ações, o melhor caminho a seguir é uma escolha dos gestores, da equipe pedagógica e dos professores, que não pode deixar de considerar as características inerentes ao seu grupo de trabalho. Não se pode esquecer da importância do diagnóstico de cada turma e de cada aluno a fim de adequar as ações do PIPE após o início das aulas.

Para isso, use seus conhecimentos, sensibilidade, bom senso e intuição ao orientar e dirigir os trabalhos do PIPE.

1.5.7 REFERÊNCIAS

ALMEIDA, Laurinda Ramalho de; PLACCO, Vera Maria Nigro de Souza (org.) O coordenador pedagógico e o espaço de mudança. São Paulo: Edições Loyola, 2010.

CORTELLA, Mario Sergio. Educação, Escola e docência: novos tempos, novas atitudes. São Paulo: Cortez, 2014.

CUNHA, Eugênio. Afeto e aprendizagem: relação de amorosidade e saber na prática pedagógica. Rio de Janeiro: Wak Ed. 2008.

DONATELLI, Dante. Quem me educa? A família e a escola diante da (in)disciplina. São Paulo: Arx, 2004.

GOKAK, Vinayak Krishna. Histórias para crianças. Rio de Janeiro: Fundação Sai, 2008.

https://www.educacao.mg.gov.br/images/stories/pip/CARTILHA_PIP_GUIA_REVISAO_WEB.pdf acesso em 21de janeiro de 2015.

1.6 PLANO DE DESENVOLVIMENTO DA ESCOLA – PDE

1.6.1 O QUE É?

É um plano que deve ser elaborado em consonância com o Projeto Político Pedagógico (PPP), pois este referenda a política educacional da unidade de educação, com a participação da comunidade escolar, Conselho Escolar e da Associação de Pais e Mestres para que a instituição obtenha dados concretos sobre o resultado das ações e possa intervir com maior segurança e clareza nas dificuldades apontadas.

1.6.2 OBJETIVO

É por meio das ações inseridas no Plano de Desenvolvimento da Escola (PDE) que se pode assegurar a definição das prioridades e estratégias, viabilizar o cumprimento das metas e o desenvolvimento das ações pedagógicas, administrativas e financeiras e possibilitar

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a avaliação de desempenho dos segmentos da unidade escolar, contribuindo de forma significativa para o avanço dos alunos.

Composta por membros da comunidade escolar:

Devem participar todos os segmentos da unidade escolar: direção, professores, coordenador pedagógico, administrativos, e também, a comunidade local, sob a liderança do diretor escolar.

A elaboração do PDE exige da unidade escolar certa sistematização. É neste momento a instituição constitui o grupo de trabalho, indica o coordenador, define as rotinas/ações a serem desenvolvidas e estuda o material a ser utilizado.

Para a elaboração e implementação do PDE, a unidade escolar deve-se organizar da seguinte forma:

Grupo de trabalho – Composto por um representante de cada segmento, e liderado pela direção.

Comitê estratégico – Composto pelos membros do grupo de sistematização, com objetivo de acompanhar e controlar a execução do PDE.

Coordenador do PDE – Membro do grupo de sistematização indicado pelo diretor

da escola em acordo com o grupo que tem a função de coordenar as ações

necessárias à elaboração execução monitoramento e avaliação do PDE, garantindo que os monitoramentos bimestrais sejam entregues no prazo.

Líderes de objetivos estratégicos – Pessoas indicadas pelo grupo de sistematização para coordenar as atividades relacionadas a cada objetivo estratégico definido no PDE.

Gerentes dos planos de ação – Pessoas indicadas pelos líderes de objetivos com

aprovação do grupo de sistematização para gerenciar a execução dos planos de ação.

Equipes dos planos de ação – Equipes associadas a cada meta ou plano de

ação compostas por pessoas indicadas pelos gerentes dos planos de ação em acordo com os líderes de objetivos.

Todos os registros do PDE deverão ser feitos em livro ata específico.

1.6.3 TEXTOS DE APOIO

Documento PDE da escola;

http://pdeescola.mec.gov.br/

Foco na Aprendizagem (Nova Escola)

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1.7 ASSOCIAÇÃO DE PAIS E MESTRES – APM

1.7.1 O QUE É?

É uma associação civil, sem fins lucrativos, caráter político, racial ou religioso, de natureza social e educativa, criada com a finalidade de colaborar no aprimoramento do processo educacional, na assistência ao escolar e na integração família-escola-comunidade.

1.7.2 OBJETIVO

Para a boa aplicação das verbas recebidas pelas APMs, é imprescindível um planejamento correto, realista e bem orientado, dispondo de um documento que oriente suas ações durante o ano (PLANO DE AÇÃO DA APM). Os gestores das APMs deverão fazer um planejamento anual das necessidades, despesas, disponibilidade financeira, obrigações fiscais e prioridades da escola tendo em vista o melhor aproveitamento dos recursos disponibilizados pelo Convênio FDE. Para que haja este planejamento e o desenvolvimento destas ações propostas deverá haver quatro reuniões anuais, sendo uma em cada bimestre, que devem acontecer em conjunto com o Conselho Escolar.

As APMs poderão receber diversos repasses ao longo do ano, com autorizações distintas, considerando as especificidades de cada repasse. A APM receberá também instruções pela Secretaria Municipal de Educação - SEMED com todos os detalhes para o correto desembolso e prestação de contas. Os recursos financeiros operacionalizados pela APM serão depositados em conta a ser mantida, preferencialmente, em estabelecimento bancário oficial.

A APM é composta por membros da comunidade escolar, escolhidos por meio de eleição Bienal, sendo a constituição da APM conforme estatuto: (14 membros)

1.7.2.1 A Diretoria:

Presidente - pai ou responsável;

Vice-Presidente - professor;

Secretário – professor;

Tesoureiro - pai ou responsável.

1.7.2.2 O Conselho Deliberativo:

Presidente - diretor da escola;

Secretário - um professor;

Conselheiros - dois pais ou responsáveis e um funcionário administrativo ou um especialista em educação.

1.7.2.3 O Conselho Fiscal:

Presidente - pai ou responsável;

Secretário - um professor;

Conselheiros - dois pais ou responsáveis e um funcionário administrativo.

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1.7.3 ATRIBUIÇÕES DOS MEMBROS DA APM

Colaborar com a direção do estabelecimento para atingir os objetivos educacionais pretendidos pela escola.

Representar as aspirações da comunidade e dos pais de alunos na escola.

Mobilizar os recursos humanos, materiais e financeiros da comunidade, para auxiliar a escola.

Colaborar na programação do uso do prédio da escola pela comunidade, inclusive nos períodos ociosos, ampliando-se o conceito de escola como o lugar exclusivo de ensino para ser um centro de atividades comunitárias.

Solicitar, quando em Assembleia Geral, esclarecimentos a respeito da utilização dos recursos financeiros da APM.

Participar das reuniões para as quais foram convocados.

Conhecer o Estatuto da APM.

Denunciar quaisquer atos ilegais de que tiver conhecimento, quanto à administração dos recursos da APM.

1.7.4 TEXTOS DE APOIO

Manual de Orientações da APM;

Estatuto da APM;

http://www.educacao.ma.gov.br/ExibirPagina.aspx?id=17

1.8 CONSELHO ESCOLAR - CE

1.8.1 O QUE É?

É um colegiado fundamental e imprescindível para garantir a gestão democrática dentro da escola.

As reuniões do Conselho Escolar devem acontecer em conjunto com a Associação de Pais e Mestres – APM

O Conselho Escolar é composto por membros da comunidade escolar, escolhidos por meio de eleição Bienal, sendo a composição dos Conselhos Escolares:

O diretor escolar como membro nato;

dois representantes da equipe técnico-pedagógica;

dois representantes do corpo docente;

dois representantes do corpo administrativo;

três representantes de pais ou responsáveis legais de alunos;

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três alunos matriculados e frequentes que possuam 10 anos ou mais (conforme Decreto n.11.536, de 10 de junho de 2011)

1.8.2 ATRIBUIÇÕES DOS CONSELHOS ESCOLARES

Elaborar o Regimento Interno do Conselho Escolar.

Coordenar o processo de discussão, elaboração ou alteração do Regimento Escolar.

Convocar assembleias gerais da comunidade escolar ou de seus segmentos.

Garantir a participação das comunidades escolar e local na definição do projeto político-pedagógico da unidade escolar.

Promover relações pedagógicas que favoreçam o respeito ao saber do estudante e valorize a cultura da comunidade local.

Propor e coordenar alterações curriculares na unidade escolar, respeitada a legislação vigente, a partir da análise, entre outros aspectos,do aproveitamento significativo do tempo e dos espaços pedagógicos na escola.

Propor e coordenar discussões junto aos segmentos e votar as alterações metodológicas, didáticas e administrativas na escola, respeitada a legislação vigente.

Participar da elaboração do calendário escolar, no que competir à unidade escolar, observada a legislação vigente.

Acompanhar a evolução dos indicadores educacionais (abandono escolar, aprovação, aprendizagem, entre outros) propondo, quando se fizerem necessárias, intervenções pedagógicas e/ou medidas Os Conselhos Escolares e a construção da proposta educativa da escola socioeducativas visando à melhoria da qualidade social da educação escolar.

Elaborar o plano de formação continuada dos conselheiros escolares, visando ampliar a qualificação de sua atuação.

Aprovar o plano administrativo anual, elaborado pela direção da escola, sobre a programação e a aplicação de recursos financeiros, promovendo alterações, se for o caso.

Fiscalizar a gestão administrativa, pedagógica e financeira da unidade escolar.

Promover relações de cooperação e intercâmbio com outros Conselhos Escolares.

1.8.3 TEXTOS DE APOIO

Manual do Conselho Escolar.

Cadernos do Conselho escolar: portal.mec.gov.br › Secretaria de Educação Básica.

http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/45637/orgaos-colegiados-na-escola-o-papel-do-conselho-escolar-da-associacao-de-pais-e-mestres-apm-e-do-gremio-estudantil#ixzz3PxPc7UTX.