o violão e as linguagens violonísticas do choro · violÕes que choram ... (org.) et al. violões...

172

Upload: phamtuyen

Post on 12-Feb-2019

234 views

Category:

Documents


2 download

TRANSCRIPT

Page 1: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El
Page 2: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO

Page 3: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El
Page 4: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

CARLOS WALTER

O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO

CARLOS H. WALTER

2010

Edição ampliada e atualizada em 30/06/2017

Page 5: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

É vedada a reprodução eletrônica ou xerográfica desse livro

sem a autorização expressa do autor.

Registrado na Biblioteca Nacional | ISBN nº 978-85-911-3880-7 © CARLOS H. WALTER

Capa, revisão, projeto gráfico e formatação CARLOS WALTER

FICHA DE CATALOGAÇÃO

WALTER, Carlos. O violão e as linguagens violonísticas do Choro. Uberaba | Belo Horizonte, MG: Carlos H. Walter, 2017: edição do livro publicado em 2010, revista, ampliada e atualizada em 30/06/2017.

159p.

A imagem da capa é uma pintura em látex de Giselda Walter. O fundo da imagem da orelha corresponde à pintura em látex do Sítio São Miguel (Oratórios, Minas Gerais) feita por Giselda e fotografada por Cloves Walter. A marca d’água retrata os irmãos Carlos e Cloves Walter. A imagem de Álvaro em Mariana (Minas Gerais) foi tirada por Paulo (in memoriam) e editada por Cloves Walter. O retrato de Aníbal, Álvaro e Márcio Walter com uniforme da Sociedade Musical União XV de Novembro foi tirado na década de 50 por autor desconhecido. Os titulares das logomarcas e das referências citadas (livros, artigos, teses, dissertações, ensaios, textos eletrônicos, músicas, vídeos, letras e poemas) foram devidamente identificados.

Dados para a citação conforme a NBR 6023:2002 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT):

WALTER, Carlos. O violão e as linguagens violonísticas do choro. Uberaba | Belo Horizonte, MG: Carlos H. Walter, 2017: edição do livro publicado em 2010, revista, ampliada e atualizada em 30/06/2017. 159p.

Page 6: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

Dedico essas linhas aos meus talentosos pais (o

maestro Álvaro e a artesã Giselda) com homenagens extensivas

aos meus filhos Pedro e Estêvão, à minha esposa Rosana, aos

demais familiares, à obra literomusical de meus ascendentes

(Augusto e Aníbal), ao clube do choro de Belo Horizonte, ao

violão e seus asseclas (aqui representados pelo professor Sérgio

Ramos).

A música e o artesanato da Família Walter [Fotos | Acervo familiar]

Meu primeiro violão.

A logomarca violonística e niemeyeriana do clube do choro de Belo Horizonte

[Design | Ericson Silva]

Page 7: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El
Page 8: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

“O violão é um instrumento fácil de se tocar mal

e difícil de se tocar bem”.

PAGANINI

Page 9: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El
Page 10: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

SUMÁRIO

FICHA DE CATALOGAÇÃO ................................................................................... 04

DEDICATÓRIA .................................................................................................... 05

EPÍGRAFE ........................................................................................................... 07

APRESENTAÇÃO .................................................................................................. 17

1ª PARTE

VIOLÃO: BREVE HISTÓRICO ................................................................................ 19

HISTÓRIA DO CHORO: ALGUMAS REFERÊNCIAS .................................................. 26

LICENÇA POÉTICA I ............................................................................................ 28

PROFISSÃO DE FÉ ................................................................................... 28

VIOLÃO .................................................................................................. 29

LUTERARIA, ESTRUTURA E CUIDADOS ESPECIAIS ............................................... 30

MODELOS ........................................................................................................... 35

EXTENSÃO .......................................................................................................... 35

ENCORDOAMENTOS ............................................................................................ 36

AFINAÇÃO PADRÃO E AFINAÇÕES ALTERNATIVAS.............................................. 37

OUVIDO, MEMÓRIA, POSTURA E RELAXAMENTO ................................................. 37

EXERCÍCIOS ISOMÉTRICOS ............................................................................... 39

ACESSÓRIOS ERGONÔMICOS .............................................................................. 41

UNHAS ............................................................................................................... 41

LIXAMENTO ............................................................................................ 42

ACABAMENTO E POLIMENTO ................................................................... 42

ALIMENTAÇÃO ........................................................................................ 42

MATERIAL SINTÉTICO ............................................................................ 42

METRÔNOMO | AFINADOR .................................................................................. 43

MECANISMOS TÉCNICOS DE TOCABILIDADE ...................................................... 44

Page 11: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

FÓRMULAS DE ARPEJOS PARA A MÃO DIREITA ........................................ 44

ESTUDOS SUGESTIVOS ................................................................. 45

OUTRAS PEÇAS ............................................................................. 46

FÓRMULAS DE DIGITAÇÃO PARA A MÃO ESQUERDA ................................ 47

A MÚSICA ENQUANTO LINGUAGEM .................................................................... 48

SISTEMAS DE NOTAÇÃO ..................................................................................... 48

PARTITURA ............................................................................................. 49

TABLATURA ............................................................................................ 49

CIFRA ..................................................................................................... 49

BRAILLE .................................................................................................. 50

ACIDENTES | CÍRCULO DE QUINTAS .................................................................. 50

CHART READING ................................................................................................. 51

2ª PARTE

O VIOLÃO DE 6 CORDAS NO CHORO .................................................................... 53

ESTRUTURA DO CHORO ....................................................................................... 53

FORMA .................................................................................................... 54

FORMA TÍPICA .............................................................................. 54

FORMAS ATÍPICAS ........................................................................ 55

ALTERNATIVAS TONAIS FREQÜENTES .......................................... 55

TONS COMUNS PARA O TEMA CENTRAL ......................................... 56

RITMO .................................................................................................... 56

CÉLULAS CARACTERÍSTICAS ......................................................... 56

VARIAÇÕES RÍTMICAS E DESDOBRAMENTOS ESTÉTICOS .............. 57

ANACRUSES ............................................................................................ 58

1 NOTA .......................................................................................... 58

2 NOTAS ....................................................................................... 58

Page 12: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

3 NOTAS ....................................................................................... 58

FINALIZAÇÕES ....................................................................................... 59

2 NOTAS ....................................................................................... 60

3 NOTAS ....................................................................................... 60

4 NOTAS ....................................................................................... 60

5 NOTAS ....................................................................................... 60

FADE OUT ..................................................................................... 60

HARMONIA: NOÇÕES CONCEITUAIS ................................................................... 61

TOM E TONALIDADE ............................................................................... 61

INTERVALOS ENTRE A TÔNICA OU A FUNDAMENTAL E OS OUTROS

GRAUS DE UM ACORDE OU UMA ESCALA ................................................... 62

ACORDES ................................................................................................ 63

TRÍADES ....................................................................................... 63

TÉTRADES ..................................................................................... 63

ACORDES COM SEXTA ................................................................... 63

ACORDES SUSPENSOS ................................................................... 64

ACORDES COM NOTAS DE TENSÃO ................................................ 64

INVERSÕES ................................................................................... 64

ACORDES HÍBRIDOS...................................................................... 64

ACORDES QUARTAIS ..................................................................... 65

POLIACORDES ............................................................................... 65

HARMONIA FUNCIONAL .......................................................................... 65

LEIS TONAIS ................................................................................ 66

1ª LEI TONAL ...................................................................... 66

2ª LEI TONAL ...................................................................... 66

3ª LEI TONAL ...................................................................... 66

4ª LEI TONAL ...................................................................... 66

Page 13: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

5ª LEI TONAL ...................................................................... 66

TIPOS DE CADÊNCIA ..................................................................... 67

CADÊNCIA AUTÊNTICA PERFEITA ........................................ 67

CADÊNCIA AUTÊNTICA IMPERFEITA .................................... 68

CADÊNCIA PLAGAL ............................................................... 68

MEIA-CADÊNCIA ................................................................. 68

CADÊNCIA DECEPTIVA DIATÔNICA ...................................... 68

CADÊNCIA DECEPTIVA MODULANTE ..................................... 69

MARCHA HARMÔNICA MODULANTE ............................................... 69

ACORDES DIMINUTOS

(DE APROXIMAÇÃO, DE PASSAGEM, AUXILIARES, NÃO

PREPARATÓRIOS, PREPARAÇÃO DIMINUTA) ......................... 69

TEORIA DAS ÁRVORES HARMÔNICAS ........................................... 70

HARMONIA MODAL ................................................................................. 71

MODOS GREGOS: FÓRMULAS INTERVALARES ................................ 71

IMPROVISAÇÃO .................................................................................................. 72

SISTEMA DIATÔNICO DE ESCALAS ......................................................... 73

ESCALA MAIOR NATURAL .............................................................. 73

CAMPO HARMÔNICO MAIOR NATURAL ........................................... 73

ESCALA MENOR NATURAL .............................................................. 73

CAMPO HARMÔNICO MENOR NATURAL .......................................... 74

ESCALA MENOR HARMÔNICA ......................................................... 74

CAMPO HARMÔNICO MENOR HARMÔNICO ..................................... 74

ESCALA MENOR MELÓDICA ............................................................ 74

CAMPO HARMÔNICO MENOR MELÓDICO ........................................ 74

ESCALA MENOR BACHIANA OU HÍBRIDA ....................................... 74

CAMPO HARMÔNICO MENOR BACHIANO OU HÍBRIDO .................... 75

Page 14: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

SISTEMA SIMÉTRICO DE ESCALAS ......................................................... 75

ESCALA DE TONS INTEIROS ......................................................... 75

ESCALA DIMINUTA ....................................................................... 75

ESCALA DIMINUTA DOMINANTE ................................................... 75

OUTRAS ESCALAS ......................................................................... 75

ESCALA CROMÁTICA ............................................................ 75

ESCALAS ALTERADAS (MAIOR E MENOR) ............................. 76

ESCALAS PENTATÔNICAS (MAIOR E MENOR) ...................... 76

ESCALAS DE BLUES (MAIOR E MENOR) ................................ 76

ARRANJO: BREVE COMENTÁRIO .......................................................................... 77

NOÇÕES E RECURSOS TÉCNICOS ADICIONAIS .................................................... 77

BAIXARIA (VARIAÇÃO DE BORDÕES) ...................................................... 78

ESCALAR, ARPEJADA, MISTA, FLORIDA, ALTERNADA, COM OU

SEM APOIO, UNHA E/OU POLPA, FRONTAL, LATERAL, PULSANTE ... 78

OBRIGATÓRIA ............................................................................... 78

PREPARATÓRIA .............................................................................. 79

BAIXO PEDAL .......................................................................................... 79

PIZZICATO ............................................................................................. 80

ARRASTE (GLISSANDO) .......................................................................... 80

MOVIMENTOS MELÓDICOS ..................................................................... 81

MOVIMENTO PARALELO ................................................................ 81

MOVIMENTO DIRETO .................................................................... 81

MOVIMENTO OBLÍQUO ................................................................. 82

MOVIMENTO CONTRÁRIO ............................................................. 82

CROMATISMO ......................................................................................... 82

PEDAL TONES .......................................................................................... 83

EMPRÉSTIMO MODAL .............................................................................. 84

Page 15: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

CAMPANELA ............................................................................................ 85

HARMÔNICOS NATURAIS E ARTIFICIAIS ............................................... 86

TRINADO ................................................................................................ 87

EFEITO REDEMOINHO ............................................................................. 88

ATIPICIDADES RÍTMICAS ....................................................................... 88

HARMONIZAÇÃO EM BLOCO .................................................................... 89

TRÊMULO ................................................................................................ 90

RASGUEO ................................................................................................ 91

ALZAPÚA ................................................................................................. 91

ESCALA DE TONS INTEIROS ................................................................... 92

ABERTURA .............................................................................................. 92

SALTO .................................................................................................... 93

BEND ...................................................................................................... 93

TAPPING ................................................................................................. 94

LIGADOS ................................................................................................. 94

POLEGAR ESQUERDO ............................................................................... 95

OUTRAS DIGITAÇÕES ALTERNATIVAS (PESTANA, DEDO EM ALÇA E

DOUBLE STOPS) ...................................................................................... 95

SOBREPOSIÇÃO DE OITAVAS .................................................................. 96

DIGITAÇÃO TRANSPONÍVEL (SEM CORDAS SOLTAS) ............................... 96

CONTRAPONTO ....................................................................................... 97

MÚSICA INCIDENTAL ............................................................................. 98

DOMINANTES ESTENDIDOS ................................................................... 99

FORMAS ATÍPICAS ................................................................................ 100

DIÁLOGOS DO CHORO COM OUTRAS LINGUAGENS ............................................ 101

Page 16: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

3ª PARTE

RELEASE | FLYER .............................................................................................. 104

ESCOLHA DO REPERTÓRIO ................................................................................ 104

PERFORMANCE .................................................................................................. 104

SET UP .............................................................................................................. 105

AMPLIFICAÇÃO ................................................................................................. 106

MICROFONAÇÃO | CAPTAÇÃO ........................................................................... 107

SOFTWARES ..................................................................................................... 108

REDES SOCIAIS ................................................................................................ 108

DISCOGRAFIA................................................................................................... 109

ACERVO DIGITAL |SITES | OUTRAS REFERÊNCIAS ........................................... 110

FESTIVAIS | PRÊMIOS...................................................................................... 110

CLUBES DE CHORO ............................................................................................. 111

ASSOCIAÇÕES VIOLONÍSTICAS ....................................................................... 112

INSTITUTOS .................................................................................................... 113

PROGRAMAS DE INTERCÂMBIO E DIFUSÃO ....................................................... 113

EDITORAS E GRAVADORAS ESPECIALIZADAS.................................................... 113

PROJETOS ........................................................................................................ 114

CENTROS DE FORMAÇÃO ................................................................................... 114

PROPRIEDADE INTELECTUAL ............................................................................. 115

TABELAS DE CACHÊS......................................................................................... 116

EXERCÍCIO PROFISSIONAL ............................................................................... 116

RODAS DE CHORO ............................................................................................ 117

OFICINAS DE CHORO: O PROJETO BEM SUCEDIDO DO CLUBE DO CHORO DE

BELO HORIZONTE E A PROPOSTA PEDAGÓGICA DO AUTOR ............................... 118

LICENÇA POÉTICA II........................................................................................ 119

A LA GUITARRA ESPAÑOLA ................................................................... 119

Page 17: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

CORDAS DE AÇO .................................................................................... 120

VIOLÕES QUE CHORAM ......................................................................... 120

SETE CORDAS ....................................................................................... 121

CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................. 122

REFERÊNCIAS ................................................................................................... 124

TEXTOS CIENTÍFICOS: TESES E DISSERTAÇÕES .................................. 125

ARTIGOS | ENSAIOS ............................................................................ 128

PROGRAMAS RADIOFÔNICOS ................................................................ 129

LIVROS ................................................................................................. 130

REVISTAS ESPECIALIZADAS ................................................................. 134

DOCUMENTÁRIOS ................................................................................. 134

POEMAS | LETRAS ................................................................................. 135

ÁUDIOS | POD CASTS | OUTROS ........................................................... 135

SITES ESPECIALIZADOS ....................................................................... 137

OUTROS SITES (INSTITUTOS, ENCICLOPÉDIAS, BIBLIOTECAS,

DIGITAIS, PROGRAMAS DE INTERCÂMBIO, CLUBES DE CHORO,

CENTROS DE FORMAÇÃO, ENTRE OUTROS) ........................................... 138

ANEXOS ........................................................................................................... 142

EMENTA ................................................................................................ 143

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO .................................................................. 148

FLYERS DEMONSTRATIVOS ................................................................... 149

BELOS AIRES, BUENOS HORIZONTES: CHORO BREVE E ATÍPICO (COM 1

PARTE E CAMPANELAS) .......................................................................... 153

ÍNDICE REMISSIVO ......................................................................................... 154

Page 18: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

17

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

APRESENTAÇÃO

O Violão é onipresente! Está em (quase) todos os lugares... Nos

botecos, picadeiros, quermesses, escolas, rodas de choro, folias de

reis, salas de concerto e estar...

Suas estórias contam a história da humanidade. No Brasil –

por exemplo – seu advento está relacionado à catequização jesuíta de

indígenas e/ou à imigração fugidia de ciganos perseguidos pela

inquisição portuguesa.

Dessa polêmica, subsiste um indiscutível diagnóstico: seu papel

na formação dos primeiros agrupamentos de Choro da 2ª metade do

século XIX foi essencial.

Com isso, não seria temerário afirmar que o Violão contribuiu (e

vem contribuindo) decisivamente nos processos de estruturação e

desenvolvimento da música brasileira.

É o que esse livro buscou enfatizar ao expor os conteúdos da

oficina de capacitação violonística do autor para o projeto de

educação musical do Clube do Choro de Belo Horizonte.

Repleto de temas que reclamam didatismo e maior publicidade

como estrutura do choro, ergonomia, luteraria, notação, harmonia

funcional, performance, propriedade intelectual, sonorização e

tocabilidade, lança mão de uma base sólida de referências reunidas

para despertar o(a) leitor(a) às linguagens violonísticas do Choro e

favorecê-lo(a) em seus estudos musicais.

O autor.

Page 19: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El
Page 20: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

18

1ª PARTE

Page 21: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El
Page 22: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

19

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

VIOLÃO: BREVE HISTÓRICO1

Há precedentes cordofônicos (de cordas dedilhadas) na

mitologia greco-romana (Hermes trocou a carapaça de tartaruga

com tripa de boi pelo gado roubado de Apolo), entre os hititas,

egípcios e assírios... De certa forma, a história do violão se

confunde com a história da humanidade.

Destacam-se, entre os sécs. XII e XIV, a guiterna (guittern)

e, entre os sécs. XV e XVI, 3 linhagens de instrumentos com

origem mozárabe: o alaúde (al ud = a madeira = forma de pêra =

instrumento nobre), a guitarra (char tar = quatro cordas duplas =

instrumento popular) e a vihuela (fidícula = latim).

No final do séc. XVI Vicente Espinel acrescentou uma 5ª

corda (espinela = guitarra espinela = guitarra espanhola) e, no fim

do séc. XVIII, ao substituir as cordas duplas pelas simples, Miguel

Garcia (ou Pe. Basílio) adicionou uma 6ª corda ao instrumento.

No séc. XIX o austríaco Johann Stauffer e o espanhol

Antonio de Torres Jurado realizaram modificações estruturais e

revolucionárias no violão.

1 Vide CAMPOS, André et al. História do violão. DEMAC/UFU. Disponível em http://www.demac.ufu.br/numut/historiadoviolao/; ZANON, Fábio. A Arte do Violão. São Paulo: Rádio Cultura FM, 2003 e segs. Disponível em http://aadv.radio.googlepages.com; Idem. Violão Brasileiro. São Paulo: Rádio Cultura FM, 2006 e segs. Disponível em http://vcfz.blogspot.com/2006/12/ndice-o-violo-brasileiro.html; TAUBKIN, Myriam (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El arte de un guitarrero español. Jaén, España: Soproarga, 1993, passim; SOUZA, Rogério. Choro 100: violão – play along choro. Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 2008, p. 11-14.

Page 23: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

20

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Os jesuítas portugueses que se embrenharam nas matas e

sertões brasileiros para catequizar os nativos trouxeram a versão

lusa da vihuela espanhola do séc. XVI. Sua regionalização

transformou-a na viola caipira.

Já os ciganos, expulsos pela inquisição vindos de Portugal, são

considerados os responsáveis pela introdução da guitarra espanhola

no Brasil, conforme relato literário de ALENCAR, José de. O

Guarani. Cotia, SP: Ateliê, 2000, notabilizado por Francisco Araújo.

Segundo Henrique Cazes,

“muito antes do surgimento do Choro e da forma chorada de tocar, o violão já era um instrumento popular que acumulava uma grande participação em todo tipo de música feita fora das elites. Estava sempre presente no acompanhamento das serenatas, dos lundus, das cançonetas, na música dos barbeiros, enfim, tudo que se referia às atividades de música popular anteriores ao Choro. Com o surgimento da chamada música dos chorões, o violão, juntamente com o cavaquinho, formou uma base rítmico-harmônica que recebia os solistas: flauta, clarinete e outros; e os contrapontistas, inicialmente bombardino, trombone e um outro instrumento hoje em desuso, o oficleide.”2

O abrasileiramento da polca européia na 2ª metade do séc.

XIX resultou no maxixe e em variações rítmicas tocadas pelos

xôlos/chôlos (bailes realizados em senzalas ou festas populares),

choromeleiros (tocadores de charamelas) e/ou grupos, sem 2 Cfr. CAZES, Henrique. Choro: do quintal ao municipal. São Paulo: Editora 34, 1998, p. 47.

Page 24: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

21

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

percussão3, formados por 1 flauta, 2 violões e 1 cavaquinho (forma

derivativa do quarteto de cordas: 1 violoncelo, 2 violinos e 1 viola

clássica).

Henrique Cazes salienta que essa formação

“surgiu naturalmente da busca de um melhor equilíbrio acústico entre o volume da flauta e um cavaquinho, instrumentos que atuam do médio para o agudo, com as freqüências médias e graves do violão”

[...] “foi batizada por Batista Siqueira de ‘quarteto ideal’ e esteve presente na base de todo grupo de choro, sempre com dois ou três violões”4 – sendo um deles o violão de 7 cordas, introduzido por Tute, propagado por China, aperfeiçoado e consagrado por Dino 7 Cordas.

Os impactantes recitais do paraguaio Agustín Barrios e da

espanhola Josefina Robledo5 em 19166 e 1917 (respectivamente)

levaram o estigmatizado violão para a sala de concerto. Trocando

em miúdos, o violão saiu da cozinha e foi para a sala. Essa mudança

de paradigma permitiu que o violonista brasileiro Américo

Jacomino (Canhoto) se apresentasse em 1916 no salão nobre do

Conservatório Dramático e Musical de São Paulo.

3 Ibidem, p. 79, “[...] o advento da percussão no gênero foi algo que levou em torno de cinqüenta anos para acontecer. Para se ter uma idéia, o livro do Animal (Alexandre Gonçalves Pinto) cita apenas um pandeirista, enquanto aparecem dezesseis oficleides, dois oboés e duas cítaras. E o pandeirista citado não poderia ser outro senão o grande João da Bahiana.” 4 Cfr. CAZES, Henrique. Choro: do quintal ao municipal. São Paulo: Editora 34, 1998, p. 47. 5 PORTO, Patrícia Pereira. A contribuição de Josefina Robledo para a história do violão de concerto no Brasil. In: Seminário de História da Arte. Pelotas: UFPEL, 2007, p. 01-04. 6 Agustín Barrios retornou ao Brasil em 1919 e 1928.

Page 25: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

22

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Para uma investigação aprofundada sobre o percurso histórico e a

difusão espacial do instrumento, verifique TAUBKIN, Myriam (Org.) et al.

Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004; TABORDA, Márcia. Violão e

identidade nacional. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011 e GALILEA,

Carlos. Violão ibérico. Rio de Janeiro: Trem Mineiro Produções Artísticas,

2012.

Eis uma lista aleatória e interminável de pesquisadores, didatas,

compositores, instrumentistas (diletantes e profissionais) ligados ou não ao

Choro que enaltecem o Violão7:

� Ferdinando Carulli, Fernando Sor, Matteo Carcassi, Mauro Giuliani,

Angelo Zaniol, Diego Salvetti... (Itália).

� Dionísio Aguado, Antonio Cano, Francisco Tárrega, Josefina Robledo,

Andrés Segóvia, Emilio Pujol, Miguel Llobet, Sabicas, Paco de Lucia, Manolo

Sanlúcar, Tomatito, Vicente Amigo, Gerardo Nuñez... (Espanha).

7 O livro TAUBKIN, Myriam (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, p. 169-205, contém uma lista de violonistas brasileiros com os respectivos contatos. Confira ainda SANCHEZ, Nilo Sérgio; CARRILHO, Fábio. História viva do violão: há 66 anos iniciava a construção do seu acervo violonístico de discos e partituras, o maior do mundo na atualidade. In: Violão Pro. São Paulo: M & M, 2007, vol. 08, p. 32-34, os sites “Músicos do Brasil: uma enciclopédia instrumental” e “Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira” disponíveis em http://www.musicosdobrasil.com.br e http://www.diocionariompb.com.br e a obra rara PINTO, Alexandre Gonçalves. O Choro: reminiscências dos chorões antigos. Rio de Janeiro, 1936, passim. No mais, em setembro de 2007, o autor recebeu a seguinte mensagem eletrônica: "Márcia Taborda, com apoio da Fundação Biblioteca Nacional, está realizando o Dicionário do Violão Brasileiro. A realização do Dicionário prevê a reunião, organização e sistematização de dados fundamentais relacionados à prática do violão no Brasil, através da elaboração de verbetes em torno das principais personalidades - violonistas, compositores, artesãos e pesquisadores. Para um nome ser citado, é preciso preencher e enviar um formulário, disponível no endereço [...].”

Page 26: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

23

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

� Napoleón Coste, Roland Dyens, Mathieu Guillemant, Jo Vurcchio, Véronique

Lherm (Verioca), Elodie Bouny (franco-venezuelana), Laurent Pouquet... (França).

� Olivier Lob, Carlos Juan... (Alemanha).

� Agustín Barrios... (Paraguai).

� Sagreras, Cacho Tirao, Juan Falú, Luis Salinas... (Argentina).

� Abel Carlevaro... (Uruguai).

� Léo Brouwer... (Cuba).

� Ralph Towner, David Tanenbaum... (EUA).

� Julian Bream... (Inglaterra).

� John Willians, Doug de Vries... (Austrália).

� Radamés Gnattalli (compôs pioneiramente 6 concertos para o

instrumento), Heitor Villa Lobos [autor dos Choros nº 01, Suíte Popular

Brasileira com 5 movimentos (mazurka-choro, schottish-choro, valsa-choro,

gavotta-choro e chorinho), 12 Estudos e 5 Prelúdios para violão], Quincas

Laranjeira, Antônio Rebello, Satyro Bilhar, Américo Jacomino,

João Pernambuco, Levino da Conceição, Dilermando Reis, Rogério

Guimarães, Mozart Bicalho, Aníbal Augusto Sardinha (Garoto), Zé Menezes,

Laurindo de Almeida, Bola Sete, Waltel Branco, Ronoel Simões, Tute, China,

Donga, Horondino da Silva (Dino), Jayme Florence (Meira), Carlinhos

Leite, César Faria, Sílvio Carlos, Mário Eugênio, Paulinho da Viola,

Isaías Sávio (Uruguai/Brasil), Jodacil Damasceno, Paulinho Nogueira, Baden

Powell, Sebastião Tapajós, Luiz e Jorge Bonfá, Rosinha de Valença, Heraldo

Page 27: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

24

O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO

© CARLOS WALTERwww.carloswalter.com.br

Monte, Guinga, Hélio Delmiro, Egberto Gismonti, Romero Lubambo, Lula

Galvão, Swami Jr., Marco Bertaglia, Celso e Filó Machado, Luizinho, Zé

Barbeiro, Sílvio Santisteban, Macumbinha, Carlos Lafelice, Atílio Bernardini,

Othon Salleiro, Henrique Pinto, Fábio Zanon, Everton e Edelton Gloeden,

Turíbio Santos, Paulo Porto Alegre, Paulo Pedrassoli, Geraldo Ribeiro,

Ubiratan Sousa, Francisco Araújo, Ulisses Rocha, Paulo Bellinati, Marco

Pereira, Raphael e João Rabello, Badi, Sérgio e Odair Assad, Toquinho,

Geraldo Vespar, Nicanor Teixeira, Cláudio Jorge, Luiz Cláudio Ramos, Zezo

Ribeiro, Paulo Martelli, Rogério Caetano, Daniel Sá, Nelson Veras, Douglas

Lora, João Luiz, Maria Haro, Paulo Aragão, Marcos Alves, Carlos Chaves,

Chrystian Dozza, Paola Picherzky, Sidney Molina, Fábio Ramazzina, Fanuel

Maciel, André Campos, Alencar, Hamilton Costa, Carlinhos Bombril, Gereba,

Canhoto da Paraíba, Nonato Luiz, Nenéu Liberalquino, Lalão, Maurício

Carrilho, Alessandro Penezzi, Yamandu Costa, Diego Figueiredo, Sérgio e

Toninho Ramos, Cloves Walter, Bozó, Nuca, Vinícius, Henrique Annes, Jonas

e Joel Cruz, Lúcio Flávio, Jair Campos, André Rocha, Antônio Loureiro, Luís

Carlos Santos, Victor Biglione, Conrado Paulino (Argentina/Brasil), Lula

Gama, André Geraissati, Nelson Faria, Rogério Souza, Luiz Otávio Braga,

Marcus Tardelli, Zé Paulo Becker, Marcello Gonçalves, Márcia Taborda,

José de Assis Martins, Warner Souto, José Lucena, Rosemiro e Leovegildo

Leal, José Nunes (Patesko), Pascoal Guimarães, Sebastião Cláudio Lobão,

José da Cruz Reis, Luiz Otávio Savassi, Zazá de Mariana, Antônio Fofoca,

Crispim, Laerte, Bosquinho, Teodomiro Goulart, Cecília Barreto, Sebastião

Idelfonso, Nelson e Alexandre Piló, Eustáquio Grilo, Agostinho Bob, Pedro

de Caux, Chico Mário, Rivadávia, Celso e Juarez Moreira, Chiquito Braga,

Page 28: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

25

O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO

© CARLOS WALTERwww.carloswalter.com.br

Toninho Horta, Nelson Ângelo, Ricardo Silveira, Ricardo Simões, Geraldo

Vianna, Gilvan de Oliveira, Rogério Leonel, Amauri Angêlo, Fernando Araújo,

Aliéksey Vianna, Flávio Barbeitas, Guilherme Paoliello, Vergílio Lima, Fábio

Adour, Alvimar Liberato, Beto, Wilson e Weber Lopes, Caxi Rajão, Tavinho

Moura, Mozart Secundino, Hélio Pereira, Geraldo Alvarenga, Paulinho Pedra

Azul, Geraldo Magela, Oscar e Luís Nassif, Emanuel Casara (Madeira), Flávio

Fontenelle, J. Torres, Du, Nego, Balsamão, Wagner, Trisquei, Humberto

Junqueira, Tabajara Belo, Thiago Perez (Delegado), Rodrigo Torino, Lucas

Telles, Gustavo Monteiro, Adir Reis, Agostinho Paolucci, Mateus Fernandes,

Daniel Rosa, Júlio César, Einstein, Hugo Azeredo, Toninho do Carmo, Rubens

Miranda, Joãozinho Jamaica, Vaninho Vieira, Marcelo Jiran, Fábio Palhares,

Pedro Gervason, Marcos Frederico, Adolfo Martins, Fernando de La Rua,

Flávio Rodrigues, Olegário Bandeira, Tales Bastos, Wilson Borges, Marcus

Vinícius, Marcelo Taynara, Carlos Valeriano, Helton Silva, Marcelo Issa,

Balbino, Zé Pretinho, Pedro Saramenha, João Relojoeiro, Márcio e Carlos

Fontoura, Bernardo Bernardes, Reinaldo e Álvaro Ferreira, Cadinho,

Faustino, Walmo Vianna, Reginaldo Oliveira, Cid e Paulo Ramos, Ezequiel Piaz,

Arismar Espírito Santo, Moisés Caciel, Chico Pinheiro, Maurício Marques,

Marcelo Loureiro, Gabriel Sater, Fabiano e Fernando Borges, Edy e Waldir

Mendes, Cabral, Baltazar, Renato Sampaio, João Randolfo, João Cunha,

Branco, Quintão, Arialdo, Marlúcio, Washington e Wellington Silva, Romildo,

Cristina Paranhos, Antônio, Bruno e Reinaldo De Vito, Reginaldo Martins,

André Fernandes, Manassés, Ausier Vinícius, Raimundo Reis (Bolão),

Henrique Cazes, Sérgio Belluco, Waldir Silva, Zito, José Carlos Choairy,

Paulo André, Daniel Santiago, Dado Prates, Dudu e Ramom Braga, Marcos

Page 29: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

26

O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO

© CARLOS WALTERwww.carloswalter.com.br

Flávio, Carlos Felipe Horta, Rubim do Bandolim, Warley Henrique, Lamartine

do Vale, Jaime Ernest Dias, Álvaro Henrique, Chico Saraiva, Rudy Arnaut,

Rafael dos Anjos, Cláudio Menandro, Caio Márcio, Fernando Presta, Nilo

Sérgio Sanchez, Gilson Antunes, Daniel Wolff, Fábio Carrilho, Cristiano

Pentagna, Renato Candro, Arthur Nestrovski, Gabriel Neder, Karai Guedes,

Ronaldo Sontag, Edson José Alves, Luís Leite, Leo Eymard, Fabinho

Gonçalves, Osvaldo Colagrande, Ventura Ramirez, João Camarero, Gian

Corrêa, Rafael Schimidt, Gilson Verde, João Ferraz, Ric Cortez, Alessandro

Soares, Lucas Fainblat, Thomas Panza, reticências... (Brasil).

HISTÓRIA DO CHORO: ALGUMAS REFERÊNCIAS

A História do Choro (e do Violão) vem sendo investigada por autores

de contributivas publicações. Apreciemos algumas:

BAROUH, Pierre. Saravah. 1969 (Documentário).

CAZES, Henrique. Os chorões e a roda: ambiência, práticas musicais e repertório nas

rodas de choro. Rio de Janeiro: UFRJ, 2011 (Dissertação de mestrado).

_______.Choro: do quintal ao municipal. São Paulo: Editora 34, 1998.

CLUBE DO CHORO DE BELO HORIZONTE. Choro na Pauta. Belo Horizonte: 2007-

2008 (Informativo).

CLUBE DO CHORO DE BELO HORIZONTE; CARVALHO, Fernanda et al. Choro:

original do Brasil. Belo Horizonte: TV Uni-BH, 2010 (Documentário).

CÔGO, William. Alma carioca: um choro de menino. 2002. Disponível em

http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=2495 (Documentário).

COSTA, Marvile Palis. O Grupo Chorocultura e a I Semana Nacional do Choro em

Uberaba. Uberlândia, MG: UFU, 2007.

Page 30: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

27

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

GALILEA, Carlos. Violão ibérico. Rio de Janeiro: Trem Mineiro Produções Artísticas,

2012.

MEIRA, Daniela; GOMES, Amanda; BIAMONTI, Celso. Simplicidade: Mozart

Secundino (DVD em construção).

FONTOURA, Antonio Carlos da et al. Chorinhos e chorões. 1974. Disponível em

www.portacurtas.com.br/filme_abre_pop.asp?cod=4749&exib=4479#

(Documentário).

FREITAS, Marcos Flávio de Aguiar. O Choro em Belo Horizonte: aspectos históricos,

compositores e obras. Belo Horizonte: UFMG, 2005 (Dissertação de mestrado).

GRUPO CORTA JACA. Na levada do choro: um almanaque musical. Belo Horizonte:

Natura Musical/Lei Estadual de Incentivo a Cultura, 2008 (DVD).

KAURISMAKI, MIKA et al. Brasileirinho, 2005 (DVD).

PAES, Anna. O choro e sua árvore genealógica. Rio de Janeiro: Músicos do

Brasil/Petrobrás, s.d.

Disponível em http://ensaios.musicodobrasil.com.br/annapaes-

ochoroarvoregenealogica.htm

PINTO, Alexandre Gonçalves. O Choro: reminiscências dos chorões antigos. Rio de

Janeiro, 1936.

SAMPAIO, Renato. O violão brasileiro de Mozart Bicalho. Belo Horizonte:

Hematita, 2002.

TABORDA, Márcia. Violão e identidade nacional. Rio de Janeiro: Civilização

Brasileira, 2011.

TAUBKIN, Myriam (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004 (DVD).

VIANNA, Geraldo et al. Violões de Minas. Belo Horizonte: Uirapuru, 2007 (DVD).

Page 31: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

28

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

LICENÇA POÉTICA I

Inspirados poetas também contaram a história do violão em

versos. Conheçamos alguns:

PROFISSÃO DE FÉ8

(Agustín Barrios)

“Tupã, o Espírito Supremo e protetor de minha raça,

encontrou-me um dia no meio de um bosque florescido.

E me disse: Toma esta caixa misteriosa e descobre seus segredos.

E, aprisionando nela todos os pássaros canoros da floresta

e a alma resignada dos vegetais, abandonou-a em minhas mãos.

Tomei-a, obedecendo a ordem de Tupã, colocando-a bem junto ao coração,

abraçado a ela passei muitas luas à borda de uma fonte.

E, uma noite, Jaci, retratada no líquido cristal,

Sentindo a tristeza de minha alma índia,

deu-me seis raios de prata para com eles descobrir

seus arcanos segredos.

E o milagre se operou: do fundo da caixa misteriosa,

brotou a sinfonia maravilhosa

de todas as vozes virgens da natureza da América.”

8 Cfr. BARRIOS, Agustín. Profissão de fé. Apud ZANON, Fábio. A Arte do Violão. São Paulo: Rádio Cultura FM, 2003 e segs. Disponível em http://aadv.radio.googlepages.com

Page 32: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

29

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

VIOLÃO9

(Sueli Costa/Paulo César Pinheiro)

“Um dia eu vi numa estrada

um arvoredo caído,

não era um tronco qualquer.

Era madeira de pinho e um artesão esculpia

o corpo de uma mulher.

Depois eu vi pela noite

o artesão nos caminhos

colhendo raios de lua.

Fazia cordas de prata

que, se esticadas, vibravam

o corpo da mulher nua.

E o artesão, finalmente,

nesta mulher de madeira botou o seu coração

e lhe apertou contra o peito

e deu-lhe um nome bonito

e assim nasceu o violão.”

9 Cfr. COSTA, Sueli; PINHEIRO, Paulo César. Violão. In: GUEDES, Fátima. Pra bom entendedor. Rio de Janeiro: Velas, 1993 (CD).

Page 33: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

30

O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO

© CARLOS WALTERwww.carloswalter.com.br

LUTERARIA, ESTRUTURA E CUIDADOS ESPECIAIS10

LUTHIERS

O nobre trabalho de construção, regulagem e restauração de

violões é desempenhado pelos luthiers. Eis alguns de uma

quilométrica lista de notáveis:

Lúcio Jacob, Vergílio Lima, Munhoz, Sugiyama, Antônio

Tessarin, Saraiva, D’Souza, Mário Machado, Paulo Marcos,

Gianfranco Fiorini, Altino Onório e José Teodoro dos Prazeres,

Arivaldo Souza, João Batista, Antônio de Pádua, Jorge Raphael,

Fernando Cardoso, Lineu Bravo, Roberto Gomes, Sérgio Abreu,

Cláudio Arone, Renato Oliveira, Mayo Pamplona, Samuel Carvalho,

Tércio Ribeiro, Ramirez, Thomas Humphrey, Hermanos Conde,

Walter Vogt, Ignacio Fleta, Paul Fischer, Do Souto, Del Vecchio, Di

Giorgio, Oscar Testa, Ric Cortez, Will Hamm, entre outros...

O livro TAUBKIN, Myriam (Org.) et al. Violões do Brasil. São

Paulo: M. Taybkin, 2004, p. 169-205, contém uma lista de luthiers

brasileiros com os respectivos contatos.

10 Vide GOMES, Rubens et al. Manual de Lutheria: curso básico. Manaus: Unicef, 2004, passim; LIMA, Vergílio. Inovar e sempre. In: Violão Pro. São Paulo: Música & Mercado, 2007, vol. 08, p. 42-45; TESSARIN, Antonio. A arte do fazer. In: ViolãoPro. São Paulo: Música & Mercado, 2006, vol. 04, p. 42-44; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El arte de un guitarrero español. Jaén, España: Soproarga, 1993, passim.

Page 34: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

31

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

PARTES ESTRUTURAIS E MATÉRIAS PRIMAS

Veja abaixo as partes estruturais e algumas das matérias

primas (nomes comerciais de madeiras, artefatos de plástico, osso,

metal...) que compõem o instrumento.

BRAÇO, CABEÇA E TRÓCULO

Composto de cedro, mogno...

PESTANA (CAPO TRASTE) E RASTILHO

Feito de osso, plástico...

TAMPO E LEQUE HARMÔNICO

Feitos de pinho (abeto, spruce...), cedro canadense, macacaúba,

cipreste espanhol...

LATERAIS

Confeccionadas em jacarandá da Bahia, jacarandá indiano, pau

ferro, pau rosa...

FUNDO

Composto de jacarandá da Bahia, jacarandá indiano...

Page 35: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

32

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

CAVALETE

Feito de jacarandá da Bahia...

BOJO

É a caixa de ressonância constituída pelo tampo, fundo, laterais e

peças acessórias.

ESCALA OU ESPELHO

Construída em ébano, jacarandá (da Bahia ou indiano)...

TRASTES

Constituído por níquel, alpaca, latão...

TARRAXAS

As tarraxas de afinação (compostas de plásticos, acrílicos e

metais) substituíram as cravelhas de madeira. Eis algumas marcas

fabris: Gotoh, Schaller, Condor (com parafusos de ajuste)...

BOCA

Abertura (campana) de projeção sonora.

Page 36: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

33

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

MOSAICO

Ornamento com desenho caleidoscópico ao redor da boca.

TENSOR

Barra de metal ou madeira inserida no braço para ajuste de tensão.

CRESCENTE X

O luthier Vergílio Lima aprimorou um inteligente mecanismo de regulagem

crescente e instantânea da altura das cordas no tampo estruturado em X. Tal

sistema de ajuste imediato da ação foi inventado pelo austríaco Johann Stauffer

no Séc. XIX que, antes do espanhol Antonio de Torres Jurado, já construía o bojo

em forma de oito (infinito) e foi responsável por outras inovações como a escala

suspensa tratada a seguir, segundo criterioso levantamento do próprio Vergílio.

ESCALA SUSPENSA

Com base em escritos sobre luteraria violinística (para violino) e em pesquisas

realizadas pelo físico norte-americano Michael Kasha e pelo francês Robert

Bouchet, Francisco e Miguel Munhoz adotaram a escala suspensa com o braço

preso ao corpo e minuciosas modificações internas para vivificação da zona morta

(região da caixa de ressonância próxima ao braço), maior equalização das

freqüências (agudas, médias e graves) e vibração do instrumento como um todo.11

Vale ressaltar que o norte-americano Thomas Humphrey utilizou outros critérios

na elaboração da escala elevada. E também registrar que a sua adoção está em

franca expansão, a exemplo dos modelos desenvolvidos pelos brasileiros Lineu

Bravo e Antonio de Pádua.

11 SILVA, Luís Felipe. O engenheiro musical. In: Jornal Revelação. Uberaba: Universidade de Uberaba, 2005. Disponível em http://www.revelacaoonline.uniube.br/2005/312/musica.html

Page 37: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

34

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

CUIDADOS ESPECIAIS: UMIDADE E TEMPERATURA

A umidade deve oscilar entre 35 e 70%. Para medi-la, utilize

um higrômetro. Na falta deste, recorra ao informativo de

meteorologia dos jornais impressos, televisivos ou eletrônicos.

Quando estiver baixa, utilize um umidificador caseiro

[algodão umedecido dentro de um bobe capilar ou recipiente de

filme fotográfico com a tampa peneirada (cheia de furos)].

As travessas sob o tampo são rebaixadas para o instrumento

absorver a dilatação ocasionada pela umidade.

A temperatura de acondicionamento deve oscilar entre 15º e

30ºC. Logo, não submeta seu instrumento ao calor intenso.

OBS.:

� Ao viajar, abaixe a afinação 2 ou mais tons.

� Depois de tocá-lo, limpe-o com uma flanela seca.

Page 38: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

35

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

MODELOS

Há espécimes fabris e artesanais para todos os gostos:

Violão de 6 cordas [clássico, cutway, dobro (ressonador ou

dinâmico), violão requinto (afinado uma quarta justa acima), violão

folk (dreadnought), jumbo, flat e vazado], violão tenor (ou triolim

com 4 cordas afinadas em lá, ré, sol, dó, de baixo para cima), violão

de 7 (com a última corda afinada em dó e excepcionalmente em si e

lá), 8, 9 (violão Brahms), 10, 12 (craviola) ou mais cordas,

baixolão...

EXTENSÃO

O violão é um instrumento transpositor. Suas notas musicais

são escritas no pentagrama uma oitava acima.

O violão de 6 cordas – afinado em mi (1ª), si (2ª), sol (3ª),

ré (4ª), lá (5ª), mi (6ª) – tem 3 oitavas e 1 quinta justa

distribuídas ao longo da escala (espelho).

O sistema adotado pela escala violonística é cromático

temperado12. Possui, portanto, casas separadas por trastes em

12 Há aproximadamente 40 anos, o mineiro José da Cruz Reis realizou recálculos na escala cromática temperada com “redução de ‘nu’décimos de milionésimos”.

Page 39: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

36

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

intervalos de semitom divididos em comas e calculados com

precisão.

A coma é um micro intervalo correspondente a 1/9 de 1 tom.

Em tal sistema, encontramos uma eqüidistância entre os semitons

de 4 comas e ½.

No sistema natural (não temperado) existem entre o Dó e o

Dó# (Dó sustenido) 5 comas, o Dó# e o Ré 4 comas, o Ré e o Réb

(Ré bemol) 5 comas, o Réb e o Dó 4 comas. Ou seja, uma diferença

de 1 coma entre o Dó# e o Réb. Pode-se então afirmar que a

enarmonia se dá especialmente no sistema temperado.

ENCORDOAMENTOS13

Há encordoamentos de nylon, titanium, fibra de carbono, lona,

aço, níquel, entre outros, com diversas tensões (baixa, média, alta

e extra-pesada).

Troque uma corda de cada vez, trançando-a um pouco no

cavalete e bastante na tarraxa.

Pressione o rastilho cuidadosamente (entre as cordas) para a

captação piezo se reajustar.

13 Vide ROCHA, Ulisses. Cordas leves ou pesadas? In: Acústico. São Paulo: HMP, 2006, vol. 05, p. 44; Idem. Dicas: troca do encordoamento. Disponível em http://www.ulissesrocha.com

Page 40: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

37

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

AFINAÇÃO PADRÃO E AFINAÇÕES ALTERNATIVAS

As 6 cordas do violão são afinadas em mi (1ª), si (2ª), sol

(3ª), ré (4ª), lá (5ª), mi (6ª).

Para ampliação da textura, facilitação interpretativa e/ou

produção de efeitos não alcançados pela afinação tradicional,

outras afinações são adotadas. Identifiquemos algumas:

Mi | si | sol | ré | lá | ré

Sons de carrilhões e Interrogando (João Pernambuco)

Mi | si | sol | ré | sol | ré

Choro da saudade (Agustín Barrios)

Ré | si | sol | ré | sol | ré14

OUVIDO, MEMÓRIA, POSTURA E RELAXAMENTO15

Segundo Henrique Pinto, a observância dos seguintes fatores

é indispensável:

14 Conheça outras a partir de GERAISSATI, André. Estilo de violão. São Paulo: MPO, s.d. (VHS). 15 Vide PINTO, Henrique. Antologia violonística: história, fundamentos de um método, notas biográficas, repertório. São Paulo: Ricordi, 2007, p. 11-19.

Page 41: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

38

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

OUVIDO

Ao discorrer sobre duração, força e qualidade sonoras, o

autor acima dá destaque à “auto-audição”, ao “controle auditivo

da extensão da nota” [mediante vibratos16 (longos e curtos)

produzidos pela mão esquerda17], à expressividade da mão direita,

à dinâmica em pontos frasais culminantes, à personalidade musical,

ao estado das unhas e à situação do instrumento durante o “treino

do ouvido”.

MEMÓRIA

A concentração e o “estudo por reflexão” (assimilação dos

conteúdos da partitura de um choro sem o instrumento ou a partir

da visualização imaginária do braço, dos dedilhados e digitações)

beneficiam o desenvolvimento equilibrado dos 3 tipos de memória

categorizados pelo notável professor: visual, muscular (digital) e

auditiva que abrangem respectivamente a leitura à primeira vista18

e a visualização imaginária do todo violonístico, o conjunto de

movimentos realizados pelas mãos e o estoque de vivências

musicais do instrumentista.

16 WOLFF, Daniel. O uso do vibrato no violão. In: Revista da Associação Gaúcha do Violão. Porto Alegre: Assovio, 1999, v. 1, n.1, passim. Disponível em http://www.danielwolff.com.br/arquivos/File/Vibrato_Port.htm 17 Leia “mão esquerda” se for canhoto não ambidestro. Por conseguinte, leia “mão direita” se for canhoto não ambidestro. 18 Para desenvolver a leitura musical com criteriologia, recomenda-se FARIA, Nelson. Exercícios de leitura para guitarristas e violonistas. São Paulo: Irmãos Vitale, 2014.

Page 42: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

39

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

POSTURA E RELAXAMENTO

Ter “reflexo condicionado” (capacidade de tocar um choro ou

trecho sem interrupções), equilíbrio mental (paz de espírito, bem

estar familiar e vital), respiração, postura corporal (coluna reta,

ombros, mãos, braços e antebraços relaxados...), contração e

relaxamento muscular conscientes, maximização do rendimento com

mínimo esforço muscular (“liberdade muscular”), repertório afim e

sob controle técnico, estudo reflexivo, concentrado e regular em

curtos períodos de tempo, garantirão resultados frutíferos.

EXERCÍCIOS ISOMÉTRICOS19

A isometria está relacionada ao equilíbrio das forças de

contração e relaxamento dos músculos agonista e antagonista e

dos tendões flexor e extensor.

Milton Raskin e Howard Roberts – autores da publicação

indicada na nota de rodapé abaixo – desenvolveram os seguintes

exercícios isométricos para violonistas e guitarristas bem

demonstrados em K, Demma. Exercícios isométricos para

guitarristas. No Cabo TV, 2009. Pesquise-os!

19 Vide RASKIN, Milton; ROBERTS, Howard. Isometric for Guitarists. North Hollywood: Playback pub, 1971, passim.

Page 43: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

40

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

MÃO ESQUERDA20

� Fortalecimento dos movimentos da mão esquerda.

� Fortalecimento e aquecimento dos dedos da mão esquerda.

� Fortalecimento das juntas da mão esquerda.

MÃO DIREITA21

� Desenvolvimento dos movimentos de subida e descida da mão

direita.

� Resistência, tensão e relaxamento do pulso e antebraço da mão

direita.

� Fortalecimento do polegar.

OUTROS

� Desenvolvimento dos músculos rotatórios do antebraço.

� Estimulação dos dedos.

� Fortalecimento das juntas: dedilhado e digitação.

� Fortalecimento dos pulsos e mãos.

20 Leia “mão direita” se for canhoto não ambidestro. 21 Leia “mão esquerda” se for canhoto não ambidestro.

Page 44: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

41

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

OBS.:

� O 1º e o 4º exercícios necessitam de 1 pequena bola de borracha.

� O 7º exercício requer um pequeno bastão cilíndrico.

ACESSÓRIOS ERGONÔMICOS

Para prevenir LER, DORT ou LTC22, luthiers e violonistas

desenvolvem acessórios ergonômicos constantemente.

Experimente-os!

Apoios anatômicos (Begut...), plenosom pads e arm rest (Antonio

Tessarin e Paulo Bellinati), luva (Matepis...), banquinho, powerball

(dynaflex)...

UNHAS

Quando utilizadas, as unhas requerem cuidados especiais.

22 Tais siglas possuem os seguintes significados: lesões por esforços repetitivos, distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho e lesões por traumas cumulativos.

Page 45: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

42

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

LIXAMENTO

O tamanho e a forma variam. Ora maior, menor, quadrada,

arredondada ou com o comprimento da largura da corda seguindo

(ou não) o formato do dedo. Nessa etapa usa-se a lixa comum.

ACABAMENTO E POLIMENTO

Nos processos de acabamento e polimento, utiliza-se a lixa

d’água para pintura automotiva de nº 2500 ou uma lixa de manicure

tripla face.

ALIMENTAÇÃO

Recomenda-se uma alimentação saudável, rica em cálcio e

proteínas. Consulte um médico nutrólogo ou um nutricionista a

respeito.

MATERIAL SINTÉTICO

Existem materiais postiços de substituição e bases para

fortalecimento e restauração das unhas naturais. Consulte um

médico dermatologista a respeito.

Page 46: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

43

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

OBS.:

� Sonoridade dinâmica: timbre + intensidade (maior ou menor

pressão dos dedos e unhas sobre as cordas). Essa combinação

favorecerá o alcance de uma sonoridade limpa, robusta, equilibrada

e dinâmica (capaz de emitir sons fortes e pianos [f (forte), mf

(mezzo forte), p (piano), pp (pianíssimo)...].

� O toque pode ser lateral [A (ponto de contato = polpa) -> B

(ponto de deslizamento = lado esquerdo da unha) -> C (ponto de

desligamento = próximo ao meio da unha)], frontal [A (ponto de

contato = polpa) –> B1 B2 (pontos de deslizamento = extremidades

da unha) –> C (ponto de desligamento = meio da unha)], com apoio (o

dedo apóia na corda posterior via movimento do tendão flexor) ou

sem apoio23 (o dedo não apóia na corda posterior = movimento e

repouso via tendões flexor e extensor). Para tanto, a mão e o pulso

direito ficarão retos ou quase retos em relação ao antebraço.

METRÔNOMO | AFINADOR

Tenha-os sempre por perto (analógicos ou digitais).

O choro para metrônomo de Baden Powell é pertinente.

Estude-o!

23 Vide ROCHA, Ulisses. Tocar com ou sem apoio? In: Acústico. São Paulo: HMP, 2006, vol. 02, p. 46.

Page 47: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

44

O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO

© CARLOS WALTERwww.carloswalter.com.br

MECANISMOS TÉCNICOS DE TOCABILIDADE

Realize esses exercícios com regularidade (diariamente, se possível) e moderação

(sem sobrecarga), imprimindo em suas fórmulas cartesianas (mecanicistas) um sentido

musical. Para tanto, use-as em composições compatíveis com as rítmicas indicadas ao lado.

FÓRMULAS DE ARPEJOS PARA A MÃO DIREITA24

Leia “mão esquerda” se for canhoto não ambidestro. Sendo canhoto e adepto do

“violão pelo avesso” (afinado para destros), espelhe-se nos geniais Américo Jacomino e

Canhoto da Paraíba.

Indo mais além, sugiro a leitura do artigo “O Violão e os Hemisférios” do

violonista e pesquisador Sebastião Cláudio Lobão, publicado em 2000 no volume 43 da

revista Violão Intercâmbio. Segundo o autor, no destro, a mão direita (mais forte) –

comandada pelo hemisfério esquerdo (analítico e racional) – deveria digitar o braço do

instrumento e a mão esquerda (menos forte) - dirigida pelo hemisfério direito (sensível e

criativo) – deveria arpejar as cordas.

P I M

P M I

P I M I

P M I M

P I M A

P A M I

P I M A M I

P A M I M A

3/4

3/4

4/4

4/4

4/4

4/4

6/8

6/8

24 P, I, M e A significam respectivamente polegar, indicador, médio e anular. As frações 3/4, 4/4, 6/8... correspondem aos compassos ternário, quaternário e seis por oito. O numerador da fração indica a quantidade de notas e o denominador a qualidade, isto é, o tipo de valor.

Page 48: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

45

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

P I M I A I M I

P M I M A M I M

P I M A M A M A

P A M I M I M I

P� P� P� P�

2/4 ou 4/4

2/4 ou 4/4

2/4 ou 4/4

2/4 ou 4/4

Alternado

ESTUDOS SUGESTIVOS

Estudos nº 01 a 06 para Violão (Ulisses Rocha)25

P I A M A I

P I M A M I M I

P I M A

A M I P I M

P I M P I M P I M

P I M I ou P I M A

6/8

2/4

4/4

12/8

9/8

4/4 (para velocidade)

Conforme Ulisses Rocha, o aumento gradativo da velocidade

não decorre tão somente de um fator muscular. Provém

especialmente de um reflexo cerebral ocasionado por ataques

rápidos (movimentos) seguidos de breves pausas (repousos)

tocados em frases curtas.26

25 Vide ROCHA, Ulisses. Estudos para violão nº 01. São Paulo: Árvore da Terra, 1998, p. 16-43. 26 Vide Idem. O segredo da velocidade. In: Acústico. São Paulo: HMP, 2006, vol. 01, p. 46; Idem. Estudo 6: estudo trabalha elementos para desenvolver a velocidade. In: Violão pro. São Paulo: M & M, 2008, vol. 18, p. 49-50; Verifique também PENEZZI, Alessandro. Desenvolvendo a velocidade: uma ferramenta importante a serviço da música. In: Violão Pro. São Paulo: M & M, 2007, vol. 08, p. 46-49.

Page 49: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

46

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Estudo nº 01 (Heitor Villa Lobos)27

P I P I P M I A M I M I P I P I 4/4

Prelúdio para Alaúde (Johann Sebastian Bach)28

P I M A M I M I P I P I 3/4

OUTRAS PEÇAS

Para manutenção e fruição desse aporte técnico favorável à

interpretação violonística de choros, recomendam-se também

outras peças:

La catedral (Agustín Barrios): prelúdio,

andante religioso, allegro solemne29

Las abejas (Agustín Barrios)30

Estudo nº 02 (Heitor Villa Lobos)31

Estudos nº 07 a 08 (Ulisses Rocha)32

Étude en mi majeur (Toninho Ramos)33

Astúrias: leyenda (Isaac Albéniz)34

2/4

4/4 e 6/8

4/4

4/4

4/4 e 2/4

3/4

3/4

27 Vide VILLA-LOBOS, Heitor. Villa-Lobos collected works for solo guitar: with an introduction by Frederick Noad. New York/London/Sydney: Amsco, 1990, passim. 28 Peça de domínio público disponível em http://www.free-scores.com/PDF_FR/bach-johann-sebastian-prelude-minor.pdf 29 Vide PINTO, Henrique. Antologia violonística: história, fundamentos de um método, notas biográficas, repertório. São Paulo: Ricordi, 2007, p. 104-116. 30 Ibidem, p. 101-103. 31 Vide VILLA-LOBOS, Heitor, Op. cit., passim. 32 Vide ROCHA, Ulisses. Estudos para violão nº 01. São Paulo: Árvore da Terra, 1998, p. 44-54. 33 Vide RAMOS, Toninho. O Brasil de Norte a Sul: pour guitare. Paris: Henry Lemoine, 1996, p. 23-24. 34 Peça de domínio público disponível em http://www.free-scores.com/PDF_FR/albeniz-isaac-asturias-lehenda-1708.pdf

Page 50: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

47

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Resta então informar que a mão direita recorre a 3 técnicas

[finger style (acima), de palheta e híbrida35] que dispensam – na

pós-modernidade – os arcaicos estigmas de estratificação da

classe violonística em instrumentistas que tocam certo ou errado

por servirem-se ou não dos dedos.

FÓRMULAS DE DIGITAÇÃO PARA A MÃO ESQUERDA36

Pratique os exercícios abaixo, percorrendo todo o braço do

violão.

1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 | 1ª à 6ª corda | Alternando 1ª e 2ª casas

2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 | 6ª à 1ª corda | Alternando 2ª e 3ª casas

3 4 3 4 3 4 3 4 3 4 3 4 | 1ª à 6ª corda | Alternando 3ª e 4ª casas

4 3 4 3 4 3 4 3 4 3 4 3 | 6ª à 1ª corda | Alternando 3ª e 4ª casas

3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 3 2 | 1ª à 6ª corda | Alternando 3ª e 2ª casas

2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 2 1 | 6ª à 1ª corda | Alternando 2ª e 1ª casas

1 2 3 4 3 2 1 | 1ª à 6ª corda e vice-versa

1 3 2 4 | 1ª à 6ª corda e vice-versa

4 2 3 1 | 1ª à 6ª corda e vice-versa

1 4 2 3 | 1ª à 6ª corda e vice-versa

4 1 3 2 | 1ª à 6ª corda e vice-versa

35Vide MAIA, Marcos da Silva. Técnica híbrida aplicada ao violão. Campinas: UNICAMP, 2007 (Dissertação de mestrado), passim. 36 Os números 1, 2, 3 e 4 correspondem aos dedos indicador, médio, anular e mindinho da mão esquerda (“mão direita” caso seja canhoto não ambidestro) e devem estar em sincronia com as fórmulas aleatórias dos dedos p, i, m e a da mão direita (“mão esquerda” caso seja canhoto não ambidestro).

Page 51: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

48

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

OBS.:

� Procure manter o polegar na região central do braço e os demais

dedos da mão esquerda no centro das casas.

� Realize os exercícios com e sem ligados.

A MÚSICA ENQUANTO LINGUAGEM

Quando encaramos a música como linguagem, damos um salto

paradigmático! Convertemos o monólogo recluso de sons num

diálogo comunicativo e musical. Promovemos a socialização

discursiva37 de nossas perspectivas e histórias com criatividade e

cognição.

A roda de choro é rotativa (inclusiva e sociável). Seus

diálogos musicais são reconstrutivos e transitam entre a tradição e

a contemporaneidade.

SISTEMAS DE NOTAÇÃO

Enumeramos a seguir os sistemas usuais de notação:

37 WALTER, Carlos. Discurso jurídico na democracia: processualidade constitucionalizada. Belo Horizonte: Fórum, 2008, p. 20.

Page 52: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

49

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

PARTITURA

Sistema pentagramático de 5 linhas, 4 espaços, linhas e

espaços suplementares (superiores e inferiores) onde se anotam

claves, notas, acidentes (# = sustenido e b = bemol), valores,

pausas, barras de repetição, ligaduras (de prolongamento, frase,

expressão...), portamentos, bordaduras, pizzicatos, staccatos,

vibratos, rubatos, indicadores de dinâmica e andamento, pontos de

aumento e diminuição...

TABLATURA

Sistema com 6 linhas e números arábicos alusivos às cordas e

casas do violão.

CIFRA

Sistema alfanumérico de representação dos acordes, a saber:

A (lá), B (si), C (dó), D (ré), E (mi), F (fá), G (sol), m (menor), M

(maior), 1 (tônica), b2 (segunda menor), 2 (segunda maior), #2

(segunda aumentada), b3 (terça menor), 3 (terça maior), 4J

(quarta justa), #4 (quarta aumentada), b5 (quinta diminuta), 5J

(quinta justa), #5 (quinta aumentada), b6 (sexta menor), 6 (sexta

maior), bb7 (sétima diminuta), 7b (sétima menor), 7 (sétima

maior)...

Page 53: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

50

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

BRAILLE

Musibraille é um processo de educação musical via método

Braille desenvolvido para portadores de deficiência visual e

difundido por Dolores Tomé (flautista e filha do compositor de

choros João Tomé), entre outros.

ACIDENTES | CÍRCULO DE QUINTAS

Conforme Bohumil Med38, # (sustenido), X (dobrado

sustenido), b (bemol), bb (dobrado bemol) e (bequadro) são

acidentes. As notas da armadura com sustenido são fá, dó, sol, ré,

lá, mi, si e as com bemol si, mi, lá, ré, sol, dó, fá.

Para descobrir o tom na armadura da clave com sustenidos,

considere a nota ascendente ou descendente (acima ou abaixo) em

relação ao último sustenido (modo maior ou menor

respectivamente) e, na armadura com bemóis, considere o

penúltimo bemol para o modo maior e conte 3 notas a partir do

último bemol para o modo menor.

O círculo das quintas é um sistema cíclico de descrição das

relações entre as 12 notas de uma escala cromática.

38 Cfr. MED, Bohumil. Teoria da música. 4. ed. rev. e ampl. Brasília: Musimed, 1996, p. 269.

Page 54: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

51

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

CHART READING39

Aprenda a mapear a partitura através dos sinais indicativos

[sessão, intro, chorus, bridge (turn around), voicing, drop, vamp,

símile, %, ghost notes (notas fantasmas simbolizadas com X), palm

muting (staccato), D. C. (Dal Capo = do caput = da cabeça) D. S.

(Dal Segno = do sinal), Coda (Calda), barras (duplas, de repetição

ou ritornellos...), casas (endings), convenções rítmicas...] bem

explicados por BERSANI, Wanderson. Chart reading: mapeando a

partitura através dos sinais de indicação de roteiro. In: TAFFO,

Wander et al. IG & T Book. São Paulo: EM&T Editora, 2007, vol.

01, p. 18-33.

39 Mapeando a partitura (tradução livre). Confira também WOLFF, Daniel. Como digitar uma obra para violão. In: Violão intercâmbio. São Paulo, 2001, nº 46, passim. Disponível em http://www.danielwolff.com.br/arquivos/File/Como_Digitar_Port.htm; FARIA, Nelson. Exercícios de leitura para guitarristas e violonistas. São Paulo: Irmãos Vitale, 2014, passim.

Page 55: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El
Page 56: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

52

2ª PARTE

Page 57: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El
Page 58: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

53

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

O VIOLÃO DE 6 CORDAS NO CHORO40

O papel do violão de 6 cordas no Choro é essencial nas

conduções melódica (como instrumento solista), rítmica (junto ao

cavaquinho, à percussão etc) e harmônica [ao realizar centro,

fraseados, inversões e dialogar com os demais instrumentos (tocar

o baixo contínuo em terças contrastantes com os contrapontos

especialmente emitidos pelo violão de 7 cordas)], prestando

destacada contribuição na ampliação de seu acervo composicional

através dos violonistas-compositores41.

ESTRUTURA DO CHORO42

O estudo sistêmico de fatores musicais característicos

(forma, rítmica, tons, inflexões, anacruses, finalizações típicas e

40 Vide SOUZA, Rogério. Choro 100: violão – play along choro. Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 2008, passim; PAULINO, Conrado. Choro básico. In: Acústico. São Paulo: HMP, 2006, vol. 08, p. 42; MARQUES, Euclides. Os violões no choro. In: Violão Pro. São Paulo: Música & Mercado, 2006, vol. 06, p. 42-47; GAMA, Lula. O papel do seis-cordas. In: Violão Pro. São Paulo: Música & Mercado, 2006, vol. 05, p. 58-59; PETAGNA, Cristiano. Remexendo o violão brasileiro. In: Violão Pro. São Paulo: Música & Mercado, 2006, vol. 04, p. 38-44. 41 Vide HARO, Maria Jesus Fábregas. Nicanor Teixeira: a música de um violonista compositor brasileiro. Rio de Janeiro: UFRJ, 1993 (Dissertação de mestrado), passim; CARDOSO, Thomas Fontes Saboga. Um violonista-compositor brasileiro: Guinga – a presença do idiomatismo em sua obra. Rio de Janeiro: UNIRIO, 2006 (Dissertação de mestrado), passim. 42 Vide ALMADA, Carlos. A estrutura do choro. Rio de Janeiro: Da Fonseca, 2006, passim; SÈVE, Mário. Vocabulário do choro: estudos e composições. Rio de Janeiro: Lumiar, 1999, passim.

Page 59: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

54

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

atípicas) lança as bases de uma teoria geral do choro

encaminhadora de parâmetros (convenções), variantes e diretrizes

a serem observados por intérpretes e compositores em suas

criativas incursões.

Durante a leitura das subscritas noções, procure identificar

os elementos da estrutura do choro em registros escritos e

gravados. Depois, dê vazão à sua verve composicional. Invente um

choro!

FORMA

A forma mais utilizada no Choro corresponde à rondó,

originária do período medieval Ars Nova e composta de uma parte

principal (refrão ou tema central) que se repete após a intervenção

distintiva de outras partes.

FORMA TÍPICA

A forma típica do Choro é constituída por 3 partes de 16

compassos (cada), assim distribuídas:

A A -> B B ->

-> A -> C C -> A

A = 1º motivo (tema = 4 compassos | resposta suspensiva = 4

Page 60: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

55

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

compassos); 2º motivo (tema = 4 compassos | resposta

conclusiva = 4 compassos) e assim sucessivamente em relação às

demais quadraturas e sessões, conforme Maurício Carrilho citado

por Lúcia Campos.43

FORMAS ATÍPICAS44

Determinados choros possuem menos ou mais de 3 partes

(sessões) com menos ou mais de 16 compassos. Verifique os

exemplos das páginas 100 e 153.

ALTERNATIVAS TONAIS FREQÜENTES

Pode-se depreender do extenso acervo de choros compostos

desde a 2ª metade do séc. XIX, parâmetros lógicos de graus tonais

freqüentes nas sessões (partes) da forma típica, conforme

ALMADA, Carlos. A estrutura do choro. Rio de Janeiro: Da

Fonseca, 2006, p. 09-10:

Choros iniciados em modo maior

I (1ª parte) | V (2ª parte) | IV (3ª parte) = C | G | F

I (1ª parte) | VIm (2ª parte) | IV (3ª parte) = C | Am | F

43 Vide CARRILHO, Maurício apud CAMPOS, Lúcia Pompeu de Freitas. Tudo isso de uma vez só: o choro, o forró e as bandas de pífanos na música de Hermeto Pascoal. Belo Horizonte: UFMG, 2006, p. 56-57. 44 Por exemplo, MOREIRA, Juarez. Choro diferente. In: BH no Choro. Belo Horizonte: Belotur/Clube do Choro de Belo Horizonte/Auditório JK, 2008. Cfr. ALMADA, Carlos. A estrutura do choro. Rio de Janeiro: Da Fonseca, 2006, p. 09, “Obviamente, existem exceções (que, como sempre, confirmam a regra): ver, por exemplo, o caso de Lamentos, de Pixinguinha, choro estruturado em duas, em vez das três partes convencionais. Além disso, a primeira parte possui 24 compassos (no lugar de 16), que são subdivididos irregularmente em frases de 8, 4, 6 e 6 compassos”.

Page 61: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

56

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Choros iniciados em modo menor

Im (1ª parte) | III (2ª parte) | I (3ª parte) = Am | C | A

Im (1ª parte) | III (2ª parte) | VI (3ª parte) = Am | C | F

TONS COMUNS PARA O TEMA CENTRAL

A escolha dos tons temáticos segue raciocínio idêntico. Contempla

certos tons com assiduidade, a saber:

Afinal, segundo ALMADA, Carlos. A estrutura do choro. Rio de

Janeiro: Da Fonseca, 2006, p. 10,

“normalmente adota-se uma tonalidade que seja ‘boa’ para os principais instrumentos acompanhantes, violão, cavaquinho e bandolim. Em outras palavras, tonalidades cujas escalas forneçam o maior número de notas que coincidam com as cordas soltas soam mais vibrantes, resultando numa sonoridade geral mais cheia, sendo, além disso, no que se refere à execução, mais ‘naturais’, o que torna a interpretação do conjunto mais solta”.

RITMO

A rítmica do Choro está assentada em células características,

passíveis de desdobramentos e variações.

CÉLULAS CARACTERÍSTICAS

8 semicolcheias = � � � � � � � � | � � � � � � � � |...

4 semicolcheias e 2 colcheias = � � � � � � | � � � � � � |...

1 semicolcheia, 1 colcheia, 1 semicolcheia, 1 semicolcheia, 1 colcheia, 1 semicolcheia =

� � � � � � | � � � � � � |...

Modos maiores = fá, dó, sol e ré

Modos menores = ré, lá, mi e sol

Page 62: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

57

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

VARIAÇÕES RÍTMICAS45 E DESDOBRAMENTOS ESTÉTICOS

O diacronismo e a atemporalidade do choro engendraram

variações rítmicas e desdobramentos estéticos, a saber:

Polca brasileira, lundu, corta-jaca, maxixe, tango brasileiro,

schottisch (xótis), mazurka, choro, choro-canção, chorinho (choro

sapeca), choro sambado (choro-samba), samba-choro, valsa-choro

(valsa brasileira), choro barroco, choro cantado, entre outros46...

O trecho a seguir – extraído da entrevista de Jacob do

Bandolim ao Museu de Imagem e Som do Rio de Janeiro em 1967 –

é esclarecedor:

“O choro, choro mesmo, teve uma grande definição foi com Pixinguinha. Pixinguinha deu rítmica ao choro. O choro até então era considerado uma coleção de músicas para chorar, fazer chorar [...] Eu tenho inclusive cadernos de antes de 1900, coleções de choro, músicas de choro e não choros. Ali dentro tinha Valsas, tinha polcas, tinha quadrilhas, tinha schottisch, tudo era considerado músicas de choro.”47

45 Vide BECKER, Zé Paulo. Levadas brasileiras para violão. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2013, p. 19-22; PEREIRA, Marco. Ritmos brasileiros. Rio de Janeiro: Garbolights, 2007, p. 19-20, 37-42; FARIA, Nelson. The Brazilian guitar book. Petaluma: Sher Music Co, 1995, p. 86-99; BRAGA, Luiz Otávio. O violão de 7 cordas. 2. ed. Rio de Janeiro: Lumiar, 2004, p. 14-18; GUIMARÃES, Maria Inês. Danses et oiseaux du Brésil. Paris: Gérard Billaudot, 2003, vols. 01-02; CAMPOS, Lúcia Pompeu de Freitas. Tudo isso de uma vez só: o choro, o forró e as bandas de pífanos na música de Hermeto Pascoal. Belo Horizonte: UFMG, 2006, p. 58-66. 46 Cfr. FERRAZ, Daniela Silva de Rezende. A voz e o choro: aspectos técnicos vocais e o repertório de choro cantado como ferramenta de estudo no canto popular. Rio de Janeiro: UNIRIO, 2010 (Dissertação de mestrado); JIRAN, Marcelo. Samba chorado. In: ZOCKRATTO, Mauro et al. Pelo espaço de um compasso. Belo Horizonte, 2008; a vida e a obra de Ademilde Fonseca; JACQUES, Lígia; LEONEL, Rogério. Choro barroco. Belo Horizonte, 2001; Idem. Choro cantado. Belo Horizonte, 2010 e o choro francobrasileiro “Reconciliação” de AURÉLIE E VERIOCA. Além des nuages. Paris, 2011. 47 BANDOLIM, Jacob do. Depoimento prestado ao Museu da Imagem e do Som. Rio de Janeiro: MIS, 24 fev. 1967. (Informações verbais). Disponível em

Page 63: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

58

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

ANACRUSES48

As anacruses mais comuns compõem-se de:

1 NOTA (1 COLCHEIA OU 1 SEMICOLCHEIA)

Essa fórmula perfaz 15% dos choros pesquisados por Carlos

Almada sendo seguida por salto [Brejeiro (Ernesto Nazareth),

Pedacinhos do céu (Waldir Azevedo)...] ou movimento em grau

conjunto [Querida por todos (Joaquim Callado), Ele e Eu e Naquele

tempo (Pixinguinha/Benedito Lacerda)...].

2 NOTAS (1 COLCHEIA E 1 SEMICOLCHEIA)

Essa fórmula perfaz 5% dos choros pesquisados por Carlos Almada

[Proezas de Solon (Pixinguinha), Na Glória (Ary dos Santos e Raul

de Barros)...].

3 NOTAS (3 SEMICOLCHEIAS)

Essa fórmula perfaz 80% dos choros pesquisados por Carlos

Almada em movimento escalar ascendente ou descendente

[Descendo a serra (Pixinguinha/Benedito Lacerda), Choro negro

(Paulinho da Viola/Fernando Costa), Apanhei-te cavaquinho

http://www.jacobdobandolim.com.br/jacob/oucajacob.php#trechos; BARRETO, Almir Côrtes. O estilo interpretativo de Jacob do Bandolim. Campinas: UNICAMP, 2006, p. 09. 48 Vide ALMADA, Carlos. A estrutura do choro. Rio de Janeiro: Da Fonseca, 2006, p. 61-62.

Page 64: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

59

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

(Ernesto Nazareth)...], cromático [Flor amorosa (Joaquim Calado),

André de sapato novo (André Victor Corrêa), Benzinho (Jacob do

Bandolim)...], com bordadura ascendente ou descendente [Tico-

tico no fubá (Zequinha de Abreu), Um a zero (Pixinguinha)...],

contorno em arpejo (mescla de salto com graus conjuntos; Bem-

te-vi atrevido (Lina Pesce)...] e como antecipação [Brasileirinho

(Waldir Azevedo), Sonoroso (K-Ximbinho), Dr. Sabe Tudo

(Dilermando Reis)...].

Carlos Almada considera as anacruses de 4 ou 5 semicolcheias

raras.

FINALIZAÇÕES

Segundo Carlos Almada,

“[...] a finalização que também poderíamos chamar de uma brevíssima coda, acontece logo após a chegada da tônica, através da progressão harmônica V –> I e do movimento melódico que resolve no I grau da escala [...] normalmente a tônica segue uma das notas pertencentes ao acorde do V grau – os graus escalares II, V ou VII –, embora seja também bastante típica de choros a conclusão melódica III –> I [...]”49

49 Cfr. ALMADA, Carlos. A estrutura do choro. Rio de Janeiro: Da Fonseca, 2006, p. 65.

Page 65: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

60

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

As finalizações costumeiras possuem:

2 NOTAS

Salto entre tônicas oitavadas em 2 colcheias, 2 semínimas ou 2

colcheias separadas por pausa.

3 NOTAS

Análise combinatória do movimento tônica –> dominante –> tônica.

4 NOTAS

Arpejo da tônica em sentido ascendente = 1 semicolcheia, 1

colcheia, 1 semicolcheia, 1 colcheia.

5 NOTAS

Arpejo com 4 semicolcheias e 1 colcheia.

Verifique ainda os baixos para finalização sugeridos por

BERTAGLIA, Marco. O violão de 7 cordas. 2. ed. Bertaglia: São

Paulo, 2002, p. 42-50.

FADE OUT

A música também pode ser concluída com um fade out (atenuação

gradativa da intensidade sonora).

Page 66: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

61

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

HARMONIA: NOÇÕES CONCEITUAIS50

A música tem momentos instáveis, estáveis e menos instáveis

ocasionados por repousos e movimentos harmônicos. Tenha, por

isso, algumas noções conceituais em mente (disposição intervalar,

leis tonais, fórmulas harmônicas, modalidades de acorde e

cadência...)!

TOM E TONALIDADE

Tonalidade é um complexo de sons (arpejos, escalas, acordes,

melodias) adstritos ao centro tonal (tônica).

Tom é a órbita (altura) onde essa tonalidade trafega (se

desenrola).

50 Vide GUEST, Ian. Harmonia: método prático. Rio de Janeiro: Lumiar, 2006, vols. 01-02, passim; CHEDIAK, Almir. Harmonia e improvisação. 7. ed. Rio de Janeiro: Lumiar, 1986, p. 84; BUCHER, Hannelore. Harmonia funcional prática. Vitória: Gráfica Al, 2001, passim; WALTER, Álvaro. Composição instantânea: apontamentos sobre improvisação. Uberaba, MG | São Paulo: Álvaro A. Walter | Clube de Autores, 2011, passim; FARIA, Nelson. Harmonia aplicada ao violão e à guitarra: técnicas em chord melody. 2. ed. Rio de Janeiro: Nelson Faria Produções Musicais, 2009, passim; Idem. Acordes, arpejos e escalas para violão e guitarra. Rio de Janeiro: Lumiar, 1999, passim. BARASNEVICIUS, Ivan. Jazz: harmonia e improvisação. São Paulo: Irmãos Vitale, 2007, passim.

Page 67: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

62

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

INTERVALOS ENTRE A TÔNICA OU A FUNDAMENTAL E OS OUTROS

GRAUS DE UM ACORDE OU UMA ESCALA51

1 (tônica = escala ou fundamental = acorde)

b2 (segunda menor) ou b9 (nona menor)

2 (segunda maior) ou 9 (nona maior)

#2 (segunda aumentada)

b3 (terça menor) ou #9 (nona aumentada)

3 (terça maior)

4J (quarta justa) ou 11 (décima primeira)

#4 (quarta aumentada)

b5 (quinta diminuta) ou #11 (décima primeira aumentada)

5J (quinta justa)

#5 (quinta aumentada) ou b13 (décima terceira menor)

b6 (sexta menor)

6 (sexta maior) ou 13 (décima terceira maior)

bb7 (sétima diminuta)

7b (sétima menor)

7 (sétima maior)

51 FARIA, Nelson. Acordes, arpejos e escalas para violão e guitarra. Rio de Janeiro: Lumiar, 1999, p. 09; Vide NOGUEIRA, Paulinho. Método Paulinho Nogueira: para violão e outros instrumentos de harmonia. 21 ed. São Paulo: Casa Manon, s.d., p. 16-17, 22-23.

Page 68: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

63

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

ACORDES52

TRÍADES

Maior: 1, 3, 5 = C

Menor: 1, b3, 5 = Cm

Aumentada: 1, 3, #5 = C+ ou C(#5)

Diminuta: 1, b3, b5 = Cº ou Cm(b5)

TÉTRADES

Sétima maior: 1, 3, 5, 7 = C7M

Menor com sétima: 1, b3, 5, b7 = Cm7

Maior com sétima menor ou Dominante: 1, 3, 5, b7 = C7

Diminuta: 1, b3, b5, bb7 = Cº

Meia diminuta: 1, b3, b5, b7 = Cm7(b5)

Menor com sétima maior: 1, b3, 5, 7 = Cm(7M)

Sétima maior e quinta aumentada: 1, 3, #5, 7 = C7M(#5)

ACORDES COM SEXTA

Maior com sexta: 1, 3, 5, 6 = C6

Menor com sexta: 1, b3, 5, 6 = Cm6

52 Cfr. FARIA, Nelson. Acordes, arpejos e escalas para violão e guitarra. Rio de Janeiro: Lumiar, 1999, p. 13-16; Vide também o “quadro geral dos acordes sobre os graus da tonalidade maior e menor” de CHEDIAK, Almir. Harmonia e improvisação. 7 ed. rev. Rio de Janeiro: Lumiar, 1986, p. 351-353, e do mesmo autor o Dicionário de acordes cifrados: harmonia aplicada à música popular. Rio de Janeiro: Lumiar, 1984, passim.

Page 69: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

64

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

ACORDES SUSPENSOS

Acordes em que a terça é substituída pela 4ª justa:

1, 4, 5, b7 = C4 ou C74

ACORDES COM NOTAS DE TENSÃO

Tríades ou tétrades acrescidas de b9 (nona menor), 9 (nona maior),

#9 (nona aumentada), add9 (nona adicionada ou tríade acrescida de

nona maior), 11 (décima primeira justa), #11 (décima primeira

aumentada), b13 (décima terceira menor) ou 13 (décima terceira

maior).

INVERSÕES

Eis os tipos usuais de inversão:

1ª inversão (3ª no baixo ou como fundamental).

2ª inversão (5ª no baixo ou como fundamental).

3ª inversão (7ª menor no baixo ou como fundamental).

ACORDES HÍBRIDOS53

Os acordes híbridos não possuem terça. Por estarem desprovidos

do grau modal, não são maiores, nem menores.

53 FARIA, Nelson. Harmonia aplicada ao violão e à guitarra: técnicas em chord melody. 2. ed. Rio de Janeiro: Nelson Faria Produções Musicais, 2009, p. 55.

Page 70: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

65

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

ACORDES QUARTAIS54

Os acordes quartais são integrados por quartas superpostas.

POLIACORDES55

Os poliacordes são acordes superpostos (tríades ou tétrades

sobrepostas). A forma da notação é fracional: �D

.

HARMONIA FUNCIONAL56

Conforme Ian Guest,

“a música tonal [...] vem dos últimos séculos e adota uma linguagem melódica e harmônica inventada e, por vezes, rebuscada. Sua harmonia é uma narrativa imprevisível; uma sucessão de preparações e resoluções, ou preparações não resolvidas ou, ainda, resolvidas inesperadamente, tal como um conto de aventuras. Trabalha com tétrades e é enriquecida com dissonâncias. Por sua sofisticação, prevê um público passivo e pagante, nos moldes do consumismo ocidental. Quem porventura participar deve conhecer a música ou recorrer à leitura.”57

54 FARIA, Nelson. Harmonia aplicada ao violão e à guitarra: técnicas em chord melody. 2. ed. Rio de Janeiro: Nelson Faria Produções Musicais, 2009, p. 57. 55 Ibidem, p. 55; Na introdução de GUEST, Ian. 16 estudos escritos e gravados para piano. Rio de

Janeiro: Lumiar, 2000, p. 05, o autor redige uma nota explica sobre o poliacorde�F

56 Vide GUEST, Ian. Harmonia: método prático. Rio de Janeiro: Lumiar, 2006, vols. 01-02, passim; CHEDIAK, Almir. Harmonia e improvisação. 7. ed. Rio de Janeiro: Lumiar, 1986, passim; KOELLREUTTER, H. J. Harmonia funcional: introdução à teoria das funções harmônicas. São Paulo: Ricordi, 1986, passim; BUCHER, Hannelore. Harmonia funcional prática. Vitória: Gráfica Al, 2001, passim; WALTER, Álvaro. Composição instantânea: apontamentos sobre improvisação. Uberaba, MG | São Paulo: Álvaro A. Walter | Clube de Autores, 2011, passim; FARIA, Nelson. Harmonia aplicada ao violão e à guitarra: técnicas em chord melody. 2. ed. Rio de Janeiro: Nelson Faria Produções Musicais, 2009, passim; Idem. Acordes, arpejos e escalas para violão e guitarra. Rio de Janeiro: Lumiar, 1999, passim; BARASNEVICIUS, Ivan. Jazz: harmonia e improvisação. São Paulo: Irmãos Vitale, 2007, passim. 57 Cfr. GUEST, Ian. Harmonia: método prático. Rio de Janeiro: Lumiar, 2006, vol. 01, p. 36.

Page 71: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

66

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

LEIS TONAIS58

1ª LEI TONAL

Todos acordes da estrutura harmônica relacionam-se com uma das 3

funções principais [tônica (estável), subdominante (menos instável) e

dominante (instável)].

2ª LEI TONAL

Os acordes vizinhos de terça da tônica (C), subdominante (F) e

dominante (G) podem exercer secundariamente as respectivas funções.

Por exemplo: Am (tônica relativa de C), Em (tônica antirrelativa de C),

Dm (subdominante relativo de F), Am (subdominante antirrelativo de F),

Em (dominante relativo de G) e Bm (dominante antirrelativo de G),

respectivamente.

3ª LEI TONAL

Todos os acordes da estrutura harmônica podem ser valorizados

(antecedidos) por uma dominante ou subdominante própria.

4ª LEI TONAL

Qualquer acorde pode ser seguido de outro. Acordes de tons afastados

(de tons não vizinhos) podem necessitar de preparação. Os tons vizinhos

possuem um acidente a mais ou a menos ou a mesma armadura do tom

principal.

5ª LEI TONAL

A mudança da função do acorde representa a modulação do tom. Há

modulações diatônicas, cromáticas etc.

58 Vide KOELLREUTTER, H. J. Harmonia funcional: introdução à teoria das funções harmônicas. São Paulo: Ricordi, 1986, p. 14-41, com ábaco analítico (círculos concêntricos) das funções harmônicas.

Page 72: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

67

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

OBS.:

� Quando 2 acordes possuem 2 notas em comum, poderão

substituir um ao outro desde que o resultado seja satisfatório ou

reflita a expectativa.

� O trítono é a essência do dominante e corresponde ao intervalo

de 3 tons entre o 3º e o 7º graus.

TIPOS DE CADÊNCIA

De acordo com Almir Chediak, a cadência harmônica é uma

“combinação funcional dos acordes, com sentido conclusivo ou

suspensivo”59.

Ela pode ser classificada em 6 tipos facilmente encontrados

nas composições da música popular brasileira (choros, sambas e

afins):

CADÊNCIA AUTÊNTICA PERFEITA

Dominante (V) -> Tônica (I)

[Dominante resolvida na Tônica]

G7 -> C

59 CHEDIAK, Almir. Harmonia e improvisação. 7. ed. Rio de Janeiro: Lumiar, 1986, p. 109.

Page 73: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

68

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

CADÊNCIA AUTÊNTICA IMPERFEITA

Dominante (V) -> Tônica (I) invertidos

[Dominante invertida resolvida na Tônica invertida]

G/F -> C/E

CADÊNCIA PLAGAL

Subdominante (IV) -> Tônica (I)

[Subdominante resolvida na Tônica]

F -> C ou Dm -> C

MEIA CADÊNCIA

Subdominante (IIm) -> Dominante (V)

[Subdominante resolvida na Dominante]

Dm -> G

CADÊNCIA DECEPTIVA60 DIATÔNICA

Dominante (V) -> Qualquer grau diatônico (VIm ou IIIm...)

[Dominante sucedida por qualquer grau diatônico]

G -> Am ou G -> Em

60 A cadência é deceptiva quando gera decepção, interrupção ou suspensão.

Page 74: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

69

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

CADÊNCIA DECEPTIVA MODULANTE

Dominante (V) -> Tônica de outro tom (I)

[Dominante seguida da Tônica de outro tom]

G -> D

MARCHA HARMÔNICA MODULANTE

A denominação é auto-explicativa. Ocorre, por exemplo,

quando módulos sucessivos de acordes se repetem até a resolução

pretendida. Essa marcha (modulação transicional) acaba então por

se desvincular do centro tonal originário. Esse fenômeno pode ser

encontrado no Chorinho pra Ele de Hermeto Pascoal, conforme

exemplo de PRINCE, Adamo. Linguagem Harmônica do Choro. São

Paulo: Irmãos Vitale, 2010, p. 88.

ACORDES DIMINUTOS

Existem ACORDES DIMINUTOS DE APROXIMAÇÃO (C G#º Am = os

que, através de um salto, alcançam o próximo acorde a ½ tom), DE

PASSAGEM (C Bº Am = conduzidos antes e depois por ½ tom na

mesma direção ou sem salto), AUXILIARES (Cº C = os que

antecedem acorde maior com o mesmo baixo), NÃO PREPARATÓRIOS

(Em Ebº Dm7 = os que alcançam o próximo acorde

cromaticamente)...

A PREPARAÇÃO DIMINUTA ocorre quando a nota fundamental da

diminuta é a 3º maior do acorde dominante (Eº em relação a C7b9).

Page 75: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

70

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

OBS.:

� Se baixarmos qualquer nota de um acorde diminuto em meio

tom o transformaremos em um acorde de sétima menor.

� Qualquer acorde poderá ser tocado em outras regiões do

instrumento. Basta transferir a posição para o grupo superior de

cordas, diminuir meio tom na 3ª corda e subir 5 casas ou

transferir a posição para o grupo inferior de cordas, aumentar

meio tom na 2ª corda e descer 5 casas.

� Na progressão IIm7b5 | V7 | Im, o 2º acorde pode ser

substituído pelo 1º feito uma terça menor acima e o 3º acorde

pode ser substituído pelo 2º feito uma terça maior acima [Dm7b5,

Fm7b5 (ou G7b9#5), Am7b5 (ou Cm6)].

TEORIA DAS ÁRVORES HARMÔNICAS61

Teorização do violonista cearense (radicado em Brasília) José

de Alencar Soares (Alencar 7 Cordas) construída a partir da

análise sistêmica de composições brasileiras e suas probabilidades

harmônicas.

61 Vide FERNEDA, Edmilson et al. Rumo à formalização da teoria das árvores harmônicas. Disponível em www.cefala.org/sbcm2005/papers/13850.pdf

Page 76: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

71

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

HARMONIA MODAL62

Segundo Ian Guest,

“a música modal é milenar, tem a história da humanidade e expressa sua emoção. É base nos rituais de vitória, derrota e prece. É contagiante e estimula à participação. É intermitente, sem momento de partida e de término. É feita de ritmos, sonoridades e climas. A melodia é simples, curta e repetitiva. A harmonia, se é que existe, é feita de um ou poucos acordes, que quase sempre são tríades, por vezes não cifráveis (não decifráveis). Num permanente crescendo, acompanha o entusiasmo tribal, ou lamenta e chora, conforme os caprichos do ânimo. Tudo nela é coletivo, e convida a entrar na roda, a participar. A tribo vem até os nossos dias.”63

MODOS GREGOS: FÓRMULAS INTERVALARES

JÔNIO

DÓRICO

FRÍGIO

LÍDIO

MIXOLÍDIO

T | T | ½T | T | T | T

T | ½T | T | T | T | ½T

½T | T | T | T | ½T | T

T | T | T | ½T | T | T

T | T | ½T | T | T | ½T

62 Vide GUEST, Ian. Harmonia: método prático. Rio de Janeiro: Lumiar, 2006, vols. 01-02, passim; CHEDIAK, Almir. Harmonia e improvisação. 7. ed. Rio de Janeiro: Lumiar, 1986, passim; BUCHER, Hannelore. Harmonia funcional prática. Vitória: Gráfica Al, 2001, passim; WALTER, Álvaro. Composição instantânea: apontamentos sobre improvisação. Uberaba, MG | São Paulo: Álvaro A. Walter | Clube de Autores, 2011, passim; FARIA, Nelson. Harmonia aplicada ao violão e à guitarra: técnicas em chord melody. 2. ed. Rio de Janeiro: Nelson Faria Produções Musicais, 2009, passim; Idem. Acordes, arpejos e escalas para violão e guitarra. Rio de Janeiro: Lumiar, 1999, passim; BARASNEVICIUS, Ivan. Jazz: harmonia e improvisação. São Paulo: Irmãos Vitale, 2007, passim. 63 Cfr. GUEST, Ian. Harmonia: método prático. Rio de Janeiro: Lumiar, 2006, vols. 01, p. 36.

Page 77: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

72

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

EÓLIO

LÓCRIO

T | ½T | T | T | ½T | T

½T | T | T | ½T | T | T

IMPROVISAÇÃO64

Trata-se de uma composição instantânea e/ou paráfrase

musical desenvolvida temática, horizontal e/ou verticalmente com

momentos de tensão, resolução e clímax.

A apreciação musical irrestrita, as práticas de conjunto e

composição, os treinos de ouvido e memória (visual, digital,

auditiva), a confecção de arranjos e um amplo vocabulário de

melodias, rítmicas, acordes, arpejos e escalas articulados com

emoção, imaginação e sensibilidade potencializarão o sotaque

improvisacional. As referências das notas abaixo são pertinentes.

A seguir escalas65 e campos harmônicos, precedidos por

conselho do sábio Paulo Moura:

64 Vide ROCHA, Ulisses. O que é melhor para improvisar: escalas ou arpejos? In: Acústico. São Paulo: HMP, 2006, vol. 06, p. 44; WALTER, Álvaro. Composição instantânea: apontamentos sobre improvisação. Uberaba, MG | São Paulo: Álvaro A. Walter | Clube de Autores, 2011, passim; PADIAL, Douglas. Improvisação: dicas essenciais para começar a improvisar os seus solos. In: Violão Pro. São Paulo: M & M, 2009, vol. 25, p. 16-22; Idem. Improvisação: explorando as possibilidades da escala diminuta. In: Violão Pro. São Paulo: M & M, 2010, vol. 27, p. 46-47; Acordes, arpejos e escalas para violão e guitarra. Rio de Janeiro: Lumiar, 1999, passim; COLLURA, Turi. Improvisação: práticas criativas para a composição melódica na música popular. São Paulo: Irmãos Vitale, 2008, vol. 01, passim; BARASNEVICIUS, Ivan. Jazz: harmonia e improvisação. São Paulo: Irmãos Vitale, 2007, passim.

Page 78: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

73

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

“E muitos dos estudantes que eu encontro em oficinas de música têm a preocupação em saber o que é a improvisação no choro, como fazê-la sem cair no jazz. E sempre recomendo que ouçam os mestres da autenticidade brasileira, como Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Dino 7 Cordas, Raphael Rabello, Zé da Velha. São estes que dominam a rítmica que dialoga com os tambores de nossa tradição africana e com o contracanto da melodia.”66

SISTEMA DIATÔNICO DE ESCALAS

ESCALA MAIOR NATURAL

T | T | ½T | T | T | T | ½T

Dó | ré | mi | fá | sol | lá | si | dó

[ascendente = descendente]

CAMPO HARMÔNICO MAIOR NATURAL

I7M | IIm | IIIm | IV7M | V7 |VIm | VIIm7(b5)

C7M | Dm | Em | F7M | G7 |Am | Bm7(b5)

ESCALA MENOR NATURAL

T | ½T | T | T | ½T | T | T

Lá | si | dó | ré | mi | fá | sol | lá

[ascendente = descendente]

65 Confira a parte 5 de CHEDIAK, Almir. Harmonia e improvisação. 7 ed. rev. Rio de Janeiro: Lumiar, 1986, p. 335-350, contendo “Todas as escalas dos acordes aplicadas ao estudo da improvisação ou no enriquecimento harmônico”. 66 MOURA, Paulo. Prefácio. In: ALMADA, Carlos. A estrutura do choro. Rio de Janeiro: Da Fonseca, 2006; SÈVE, Mário. Vocabulário do choro: estudos e composições. Rio de Janeiro: Lumiar, 1999, passim.

Page 79: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

74

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

CAMPO HARMÔNICO MENOR NATURAL

Im | IIm7(b5) | III7M | IVm | Vm | VI7M | VII7

Am | Bm7(b5) | C7M | Dm | Em | F7M | G7

ESCALA MENOR HARMÔNICA

T | ½T | T | T | ½T | T e ½T | ½T

Lá | si | dó | ré | mi | fá | sol# | lá

[ascendente = descendente]

CAMPO HARMÔNICO MENOR HARMÔNICO

Im7M | IIm7b(5) | III7M(#5) | IVm7 | V7 | VI7M | VIIº

Am7M | Bm7b5 | C7M(#5) | Dm7 | E7 | F7M | G#º

ESCALA MENOR MELÓDICA

T | ½T | T | T | T | T | ½T

Lá | si | dó | ré | mi | fá# | sol# | lá

[ascendente � descendente (menor natural)]

CAMPO HARMÔNICO MENOR MELÓDICO

Im7M ou Im6 | IIm7 | III7M(#5) | IV7 | V7 | VIm7(b5) | VIIm7(b5)

Am7M ou Am6 | Bm7 | C7M(#5) | D7 | E7 | F#m7b5 | G#m7b5

ESCALA MENOR BACHIANA OU HÍBRIDA

T | ½T | T | T | T | T | ½T

Lá | si | dó | ré | mi | fá# | sol# | lá

(ascendente = descendente)

Page 80: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

75

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

CAMPO HARMÔNICO MENOR BACHIANO OU HÍBRIDO

Im7M ou Im6 | IIm7 | III7M(#5) | IV7 | V7 | VIm7(b5) | VIIm7(b5)

Am7M (ou Am6) | Bm7 | C7M(#5) | D7 | E7 | F#m7b5 | G#m7b5

SISTEMA SIMÉTRICO DE ESCALAS

ESCALA DE TONS INTEIROS

T | T | T | T | T | T | T

Dó | ré | mi | fá# | sol# | lá# | dó

ESCALA DIMINUTA

T | ½T | T | ½T | T | ½T | T | ½T

Dó | ré | ré# | fá | fá# | sol# | lá | si | dó

ESCALA DIMINUTA DOMINANTE

½T | T | ½T | T | ½T | T | ½T | T | ½T | T

Dó | dó# | ré# | mi | fá# | sol | lá | lá# | dó

OUTRAS ESCALAS

ESCALA CROMÁTICA

½T | ½T | ½T | ½T | ½T | ½T |...

Dó | dó # | ré | ré # | mi | fá |...

Page 81: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

76

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

ESCALAS ALTERADAS (MAIOR E MENOR)

Construídas mediante a alteração dos graus II, IV, VI, VII ou sem a

alteração do I, III e V graus.

ESCALAS PENTATÔNICAS (MAIOR E MENOR)

T | T | T e ½T | T

Dó | ré | mi | sol | lá

[maior natural sem IV e VII graus]

T e ½T | T | T | T e ½T

Lá | dó | ré | mi | sol

[menor natural sem II e VI graus]

ESCALAS DE BLUES (MAIOR E MENOR)

T | ½T | ½T | T e ½T | T

Dó | ré | ré# | mi | sol | lá

[pentatônica maior com a 2ª ou a 9ª aumentada entre o 2º e 3º graus]

T e ½T | T | ½T | ½T | T e ½T

Lá | dó | ré | ré# | mi | sol

[pentatônica menor com a 4ª aumentada entre o 4º e 5º graus]

Page 82: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

77

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

ARRANJO: BREVE COMENTÁRIO67

A adaptação ou releitura de choros vale-se de um processo

cognitivo de criação (inspirada e/ou transpirada) conhecido como

arranjo.

Para estilizar uma transcrição e incrementar a linha melódica

com inversões, voicings, acordes quartais, notas de tensão etc, o

violonista recorre ao chord melody68, técnica que possibilita a

realização simultânea de solo e acompanhamento.

A leitura das referências indicadas nas notas de rodapé

abaixo e a apreciação de arranjos escritos e/ou gravados para

violão e outros instrumentos enriquecerão seus arranjos.

NOÇÕES E RECURSOS TÉCNICOS ADICIONAIS

Séculos de história violonística produziram um aporte

caleidoscópico de recursos técnicos para a otimização dos efeitos

com a atenuação dos esforços.

67 Vide SANCHEZ, Nilo Sérgio. Como criar arranjos: saiba como organizar suas idéias musicais para criar preciosidades nas seis cordas. In: Violão Pro. São Paulo: M & M, 2008, vol. 20, p. 16-21; LIMA JÚNIOR, Fanuel Maciel de. A elaboração de arranjos para canções populares para violão solo. Campinas: UNICAMP, 2003 (Dissertação de mestrado), passim; GUEST, Ian. Arranjo: método prática. Rio de Janeiro: Lumiar, 1996, vols. 01-03, passim; ROCHA, Marcel Eduardo Leal. Elaboração de arranjo para guitarra solo. Campinas: UNICAMP, 2005 (Dissertação de mestrado), passim. 68 FARIA, Nelson. Harmonia aplicada ao violão e à guitarra: técnicas em chord melody. 2. ed. Rio de Janeiro: Nelson Faria Produções Musicais, 2009, passim.

Page 83: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

78

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Como o objeto desse trabalho não se presta à explanação

minuciosa de temas exaustivamente investigados em publicações

especializadas – muitas das quais citadas nas referências –,

delimitamo-nos apenas a identificá-los com sucintos comentários,

subsídios bibliográficos (geralmente assinalados nas notas de

rodapé) e/ou remissões ao repertório sugestivo do autor.

BAIXARIA (VARIAÇÃO DE BORDÕES)69

A baixaria pode ser classificada em:

ESCALAR (diatônica, cromática, simétrica, alterada), ARPEJADA,

MISTA (escalar e arpejada), FLORIDA (com apojaturas, escapadas,

bordaduras, antecipações70), ALTERNADA (com movimento contínuo

descendente e ascendente), COM OU SEM APOIO, UNHA e/ou POLPA,

FRONTAL, LATERAL, PULSANTE (com balanço rítmico)...

OBRIGATÓRIA

Integra a composição ou uma gravação antológica e dependendo da

situação funciona como contracanto ativo. A consagrada linha de

baixo nos primeiros compassos do Carinhoso de Pixinguinha e João

de Barro é um bom exemplo.

69 Vide PENEZZI, Alessandro. Choro: baixarias no violão de seis cordas. In: Violão Pro. São Paulo: M & M, 2007, vol. 09, p. 46-49; Idem. Que baixaria!: saiba como organizar as idéias em seu violão de sete cordas e enriquecer as suas rodas de choro. In: Violão Pro. São Paulo: M & M, 2010, vol. 28, p. 22-26; BERTAGLIA, Marco. O violão de 7 cordas. 2. ed. Bertaglia: São Paulo, 2002, p. 38; BRAGA, Luiz Otávio. O violão de 7 cordas. 2. ed. Rio de Janeiro: Lumiar, 2004, p. 35-40. CAETANO, Rogério; PEREIRA, Marco (Org.). Sete cordas: técnica e estilo. Rio de Janeiro: Garbolights, 2010, p. 10-12, 14 e segs. 70 Vide UFBA. Notas melódicas. LEM: Bahia. Disponível em www.clem.ufba.br/bordini/cons/n_mel/n_mel.htm

Page 84: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

79

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

PREPARATÓRIA

Inicia e finaliza partes, prepara uma modulação ou se desenvolve

nas pausas da melodia principal.

Sendo assim, o polegar exerce sustentação harmônica,

realiza contrapontos, toca levadas rítmicas e linhas melódicas.

BAIXO PEDAL71

Consiste na repetição ou sustentação de uma nota grave ao

longo da progressão harmônica.

Jorge da Fusa (Garoto): nos primeiros compassos da 2ª parte*

Lamentos do morro (Garoto): baixaria alternada na 1ª parte

Interrogando | Sons de carrilhões (João Pernambuco): mediante

afinação da 6ª corda em Ré.*

Rua Harmonia (Ulisses Rocha): usado constantemente.**

* Vide WALTER, Carlos; COSTA, Sílvio Carlos Silva et al. 13

Cordas: VI Festival de Choro de Paris. Paris: Programa de

71 Cfr. CAZES, Henrique. Choro: do quintal ao municipal. São Paulo: Editora 34, 1998, p. 45, “Em 1915, o Passos no Choro gravou uma polca amaxixada bem moderna parasua época. Seu título: ‘Soluçando’; seu autor: Cândido Pereira da Silva, o Candinho do Trombone. Na gravação, observa-se que, além do grupo usual, há um contraponto de trombone que sem dúvida deve ter sido executado pelo próprio autor. Três anos depois, o mesmo grupo gravou o tanguinho de Marcelo Tupinambá ‘Maricota sai da chuva’, no qual se observa, nos primeiros compassos da segunda parte, o aparecimento do baixo pedal no acompanhamento de violão, um recurso copiado do piano e que até então não havia aparecido em gravações de grupos de Choro.” (...)

Page 85: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

80

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Intercâmbio e Difusão Cultural do MinC/Club du Choro de

Paris/Cebramusik, 2010 (DVD).

** ROCHA, Ulisses. Arranjos e performance para violão. São

Paulo: MPO Vídeo, 1992 (VHS).

PIZZICATO

O pizzicato é obtido a partir do abafamento das cordas com a

palma da mão direita72 (parte inferior), através de leves toques

superficiais dos dedos da mão esquerda73 entre os trastes ou com

o auxílio de um flanela colocada sob as cordas e próxima ao

cavalete.

Magoado (Dilermando Reis): na 2ª parte

ARRASTE (GLISSANDO)

Consegue-se o glissando com o rápido ou moderado arraste

(ascendente ou descendente) da mão esquerda.

Graúna (João Pernambuco): na 3ª parte

Noite de lua (Dilermando Reis): na 1ª parte

72 Leia “mão esquerda” se for canhoto não ambidestro. 73 Leia “mão direita” se for canhoto não ambidestro.

Page 86: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

81

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

MOVIMENTOS MELÓDICOS74

MOVIMENTO PARALELO

Ocorre quando 2 ou mais vozes se movimentam na mesma

direção com idêntica relação intervalar.

Magoado (Dilermando Reis):

Quando o início da 2ª parte é tocado em terças

Doce de côco (Jacob do Bandolim):

Quando a introdução é tocada em terças superpostas

Choro Chorado para Paulinho Nogueira

(Paulinho Nogueira/Toquinho/Vinícius de Moraes):

Quando a introdução é tocada em terças superpostas

MOVIMENTO DIRETO

Ocorre quando 2 ou mais vozes se movimentam na mesma

direção sem coincidência intervalar.

74 Vide FARIA, Nelson. Harmonia aplicada ao violão e à guitarra: técnicas em chord melody. 2. ed. Rio de Janeiro: Nelson Faria Produções Musicais, 2009, p. 84-85; SANCHEZ, Nilo Sérgio. Como criar arranjos: saiba como organizar suas idéias musicais para criar preciosidades nas seis cordas. In: Violão Pro. São Paulo: M & M, 2008, vol. 20, p. 20.

Page 87: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

82

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

MOVIMENTO OBLÍQUO

Acontece quando 1 das vozes se movimenta e a outra se

mantém fixa.

Meditação (Garoto): na 1ª parte

MOVIMENTO CONTRÁRIO

Ocorre quando as vozes se movimentam em direções opostas.

Valsa de um sonho (Sebastião Tapajós):

Baixos no ritornello da 1ª parte

CROMATISMO

Terças superpostas tocadas cromaticamente a partir da 1ª,

3ª e 5ª notas do acorde em direção ascendente e/ou descendente

com movimentação paralela ou contrária soam bem.

Diz-se o mesmo em relação à 1ª e 5ª notas dos acordes

(maiores ou menores) evidenciadas pelos baixos, voicings (vozes

internas) e notas de ponta (mais agudas).

Page 88: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

83

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Já te digo (Pixinguinha/China): nos breques*

Marceneiro Paulo (Hélio Delmiro): nos breques

Pedacinhos do céu (Waldir Azevedo): no final*

Aprendiz de Joãozinho (Álvaro Walter): na introdução

Tânia (Álvaro Walter): na mudança de tom

Zé Lucas e Chico Fidélis no choro – Chorando em Mariana

(Álvaro Walter): no término da 1ª parte

Saudades de Itabira (Sílvio Carlos Silva Costa):

Em alguns trechos melódicos

Canto de rua (Toninho Ramos): no final da 1ª parte

Carinhoso (Pixinguinha/João de Barro): na 2ª parte*

* Vide WALTER, Carlos; COSTA, Sílvio Carlos Silva et al. 13

Cordas: VI Festival de Choro de Paris. Paris: Programa de

Intercâmbio e Difusão Cultural do MinC/Club du Choro de

Paris/Cebramusik, 2010 (DVD).

PEDAL TONES

Consiste em repetir uma nota pedal intercalando-a com

outras.

Prelúdio nº 3 (Heitor Villa Lobos): na 2ª sessão

Tantos anos sem ele (Sílvio Carlos Silva Costa): na introdução*

Page 89: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

84

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Zenaide (Maria Inês Guimarães): na introdução*

* Vide WALTER, Carlos; COSTA, Sílvio Carlos Silva et al. 13

Cordas: VI Festival de Choro de Paris. Paris: Programa de

Intercâmbio e Difusão Cultural do MinC/Club du Choro de

Paris/Cebramusik, 2010 (DVD).

EMPRÉSTIMO MODAL

Ocorre quando utilizamos acordes do modo menor no modo

maior e vice-versa.

Lamentos (Pixinguinha/Vinícius de Moraes): após o ritornello de B,

experimente tocar a parte inicial do A1 em modo menor

Valsa de Vila Valqueire Henrique Cazes): na segunda parte

Tantos anos sem ele (Sílvio Carlos Silva Costa):

No final da 1ª parte*

Choro pra Cláudio (Sílvio Carlos Silva Costa): na última parte

* Vide WALTER, Carlos; COSTA, Sílvio Carlos Silva et al. 13

Cordas: VI Festival de Choro de Paris. Paris: Programa de

Intercâmbio e Difusão Cultural do MinC/Club du Choro de

Paris/Cebramusik, 2010 (DVD).

Page 90: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

85

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

CAMPANELA

Arpejo com cordas soltas e/ou notas digitadas que gera um

sustain mimético de sinos. A expressão é derivativa do termo

campanário.

Brasileirinho (João Pernambuco)

Estudo nº 01 (Heitor Villa Lobos)

Fabuloso Belini (Marcelo Chiaretti)*

Vibrações (Jacob do Bandolim)*

Nhá Chica (Carlos Walter/Marcelo Jiran)*: na introdução

Choro de Juliana (Marco Pereira)

Vôo da mosca (Jacob do Bandolim)

La catedral (Agustín Barrios)

Quadros modernos

(Toninho Horta/Murilo Antunes/Flávio Henrique)

Dichavado (Guinga)

Quase sempre (Carlos Walter/Marcelo Jiran)

Choro em serenata (Marcelo Jiran)

Choro pra Cláudio (Sílvio Carlos Silva Costa)

Belos Aires, Buenos Horizontes (Carlos Walter)**

Quelque chose (Carlos Walter)75

75 Vide WALTER, Carlos. Quelque chose. In: DEL NEGRI, André. Quase poesia. São Paulo: Clube de Autores, 2009, p. 63.

Page 91: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

86

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

* Vide WALTER, Carlos; COSTA, Sílvio Carlos Silva et al. 13

Cordas: VI Festival de Choro de Paris. Paris: Programa de

Intercâmbio e Difusão Cultural do MinC/Club du Choro de

Paris/Cebramusik, 2010 (DVD).

** Vide partitura anexa do autor.

HARMÔNICOS NATURAIS E ARTIFICIAIS

Os harmônicos naturais são principalmente obtidos quando

tocamos levemente o 5º, 7º, 12º e 19º trastes para a obtenção

de notas situadas respectivamente 2 oitavas | 1 oitava e 1

quinta justa | 1 oitava | 1 oitava e 1 quinta justa acima dos

sons emitidos pelas cordas soltas ajustadas na afinação padrão.

Já os harmônicos artificiais são obtidos a partir da leve

sobreposição do dedo indicador da mão direita76 sobre a(s)

corda(s) com toque auxiliar do dedo anular da mesma mão e

digitação simultânea dos dedos 1, 2, 3 e/ou 4 da mão esquerda77 na

escala do instrumento.

Oscilaremos as comas se movimentarmos o bojo e o braço

conjuntamente.

Pedacinhos do céu (Waldir Azevedo): no final*

Estudo nº 01 (Heitor Villa Lobos): no final

Nós e as horas (Ulisses Rocha): na 3ª parte**

76 Leia “mão esquerda” se for canhoto não ambidestro. 77 Leia “mão direita” se for canhoto não ambidestro.

Page 92: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

87

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Um amor de valsa (Paulo Bellinati)

Abismo de rosas (Américo Jacomino): no início e na 3ª parte

* Vide WALTER, Carlos; COSTA, Sílvio Carlos Silva et al. 13

Cordas: VI Festival de Choro de Paris. Paris: Programa de

Intercâmbio e Difusão Cultural do MinC/Club du Choro de

Paris/Cebramusik, 2010 (DVD).

** Vide ROCHA, Ulisses. Arranjos e performance para violão.

São Paulo: MPO, 1992 (VHS).

TRINADO

O trinado ou trilo consiste na emissão rápida de 2 notas.

Bebê (Hermeto Pascoal)*: no início da 1ª parte

Bachianinha nº 01 (Paulinho Nogueira)*:

entre as notas sol # e lá do acorde E7 do final da introdução

* Vide WALTER, Carlos; COSTA, Sílvio Carlos Silva et al. 13

Cordas: VI Festival de Choro de Paris. Paris: Programa de

Intercâmbio e Difusão Cultural do MinC/Club du Choro de

Paris/Cebramusik, 2010 (DVD).

Page 93: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

88

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

EFEITO REDEMOINHO

Ao comentar a valsa “Ao luar” gravada em 1928 por seu

compositor – o violonista Rogério Guimarães –, Fábio Zanon informa

que ele foi “um precursor”. Pois,

“com esse tipo de composição, ele abre um precedente para as composições mais sérias ou artisticamente mais ambiciosas de violonistas da geração posterior como Laurindo de Almeida ou Garoto. Por exemplo, a famosa valsa Desvairada de Garoto é baseada nesse estilo melódico de redemoinho que já é prenunciada nessa valsa de Rogério Guimarães de 1928.”78 (g.n.)

Desvairada (Garoto)

Risonha (Luperce Miranda)

O vôo da mosca (Jacob do Bandolim)

ATIPICIDADES RÍTMICAS

Estamos acostumados a tocar músicas em compassos binário,

ternário e quaternário. Experimentemos compor e tocar choros

com divisões atípicas.

78 ZANON, Fábio. Os pioneiros III: Rogério Guimarães e Mozart Bicalho. In: Idem. Violão Brasileiro. São Paulo: Rádio Cultura FM, 2006 e segs. Disponível em http://vcfz.blogspot.com/2006/12/ndice-o-violo-brasileiro.html

Page 94: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

89

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Em 3 (Rodrigo Torino)

Bachianas brasileiras nº 05 – ária cantilena – 1ª parte

(Heitor Villa Lobos): em 5/4, 3/4, 4/4, 6/4...*

Chora jazz (Juarez Moreira): 2/4 e 3/4 nos compassos 8 e 9

Churrassom (Rubim do Bandolim): em 7/8

Jequibau (Mário Albanese/Ciro Pereira): em 5/4**

Jequibach (Sílvio Satisteban/Macumbinha): em 5/4

* Vide WALTER, Carlos; COSTA, Sílvio Carlos Silva et al. 13

Cordas: VI Festival de Choro de Paris. Paris: Programa de

Intercâmbio e Difusão Cultural do MinC/Club du Choro de

Paris/Cebramusik, 2010 (DVD).

** Assista ao vídeo explicativo do compositor Mário Albanese

sobre o Jequibau em

http://il.youtube.com/watch?v=Bww_pV1YnoU&feature=related

HARMONIZAÇÃO EM BLOCOS79

A harmonização em blocos é adotada quando tocamos as vozes

de um acorde (voicings) com divisão idêntica à da melodia.

A peça abaixo é condizente. A roupagem rítmica do Choro lhe

cairá bem.

79 FARIA, Nelson. Harmonia aplicada ao violão e à guitarra: técnicas em chord melody. 2. ed. Rio de Janeiro: Nelson Faria Produções Musicais, 2009, p. 78-80.

Page 95: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

90

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Prelúdio nº 20 (Frédéric Chopin): arranjo de Paulinho Nogueira*

* Vide NOGUEIRA, Paulinho. Violão em harmonia. São Paulo: MPO,

s.d. (VHS).

TRÊMULO80

Eis as fórmulas usuais para esse majestoso efeito, presente

nas 3 primeiras composições e aplicável às demais.

P M I

P A M I

P I A M I (trêmulo flamenco)

P + M (juntos) I

Recuerdos de Alhambra (Francisco Tárrega)81

Una limosnita por un amor de Dios (Agustín Barrios)

Valsa de um sonho (Sebastião Tapajós)

Soneto em mi menor (Paulinho Nogueira)

Santa morena (Jacob do Bandolim)*

Se ela perguntar (Dilermando Reis): na 2ª parte

Evocação a Jacob (Avena de Castro): na 2ª parte*

80 Vide INDA, Paulo. Técnicas de trêmulo. In: Violão Pro. São Paulo: M & M, 2006, vol. 04, 62-63; RIBEIRO, Zezo. Técnica de flamenco: 10 exercícios de Zezo Ribeiro. In: Violão Pro. São Paulo: M & M, 2006, vol. 04, p. 23. 81 Peça de domínio público disponível em http://www2.free-scores.com/PUBLIC/kb/RiBS0836.pdf

Page 96: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

91

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Valsa de Eurídice (Vinícius de Moraes)

* Vide WALTER, Carlos; COSTA, Sílvio Carlos Silva et al. 13

Cordas: VI Festival de Choro de Paris. Paris: Programa de

Intercâmbio e Difusão Cultural do MinC/Club du Choro de

Paris/Cebramusik, 2010 (DVD).

RASGUEO82

O rasgueo é um recurso muito utilizado pelos violonistas

flamencos. Seu parcimonioso uso incrementará a intenção rítmica

de seus solos e acompanhamentos. Toque a fórmula abaixo repetida

e rapidamente (polegar subindo, médio e polegar descendo)

P� M� P�

ALZAPÚA83

A alzapúa é também uma técnica típica do violão flamenco que

confere ao polegar um vigoroso papel percussivo. Eis a fórmula:

P � (o polegar toca a 6ª corda e apoia na 5ª corda) P � (o polegar desce até a

1ª corda) P � (o polegar sobe até a 6ª corda)

82 Vide RIBEIRO, Zezo. Técnica de flamenco: 10 exercícios de Zezo Ribeiro. In: Violão Pro. São Paulo: M & M, 2006, vol. 04, p. 23. 83 Ibidem, p. 24.

Page 97: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

92

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

ESCALA DE TONS INTEIROS

Conforme salientado, a escala de tons inteiros é simétrica e

formada por intervalos de 1 tom. Confira os exemplos abaixo.

Garoto (Tom Jobim): na 2ª parte

Jorge da Fusa (Garoto)*: no turn around do ritornello de A

Valsa do desencanto (Paulinho Pedra Azul):

no final da introdução e no término do arranjo de Wagner Tiso

* Vide WALTER, Carlos; COSTA, Sílvio Carlos Silva et al. 13

Cordas: VI Festival de Choro de Paris. Paris: Programa de

Intercâmbio e Difusão Cultural do MinC/Club du Choro de

Paris/Cebramusik, 2010 (DVD).

ABERTURA

A prática contínua dos exercícios isométricos e mecanismos

técnicos de tocabilidade conferirá maior independência e

maleabilidade aos dedos.

Somemos a isso as peças abaixo e o providencial artigo

WOLFF, Daniel. Abrindo os dedos: lição especial para aprimorar a

sua técnica de distensão e contração dos dedos da mão esquerda.

In: Violão Pro. São Paulo: M & M, 2007, vol. 11, p. 14-19.

Page 98: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

93

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Étude en mi majeur (Toninho Ramos)

Emotiva nº 01 (Hélio Delmiro)

Estudos nº 05, 07 e 08 (Ulisses Rocha)

Waltel Branco: paranaense “baiano da Baía de Paranaguá”

(Carlos Walter)

SALTO

O arranjo de Dilermando Reis para o Escorregando – tango

brasileiro de Ernesto Nazareth – está recheado de saltos.

Pesquise-o!

BEND

O bend usado pelos intérpretes de blues soa bem no A2 do

Assanhado, choro sambado de Jacob do Bandolim (compassos 13 a

17). Faça-o levantando a corda para cima ou empurrando-a para

baixo com os dedos da mão esquerda84. O resultado gerará uma

nota quase ½ tom acima, ou ainda, uma bemolização ou oscilação de

comas.

84 Leia “mão direita” se for canhoto não ambidestro.

Page 99: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

94

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

TAPPING

Através do tapping martelamos e ligamos as notas com as 2

mãos.

O violonista André Geraissati85 do revolucionário Grupo

D’Alma utiliza o tapping e outras técnicas sui generis (hammer on,

pull off...).

O inesquecível Paulinho Nogueira usou esse artifício em um

inspirado arranjo para a valsa Abismo de rosas de Américo

Jacomino (Canhoto), conforme NOGUEIRA, Paulinho. Violão em

harmonia. São Paulo: MPO, s.d. (VHS).

LIGADOS

Quando tocamos 2 ou mais notas sem interrupção mediante o

ataque de um dos dedos da mão direita86, as executamos ligadas.

Esse recurso vem a calhar em choros sapecas e sambados.

Chorinho pra ele (Hermeto Pascoal)*

Vamos acabar com o baile (Garoto)

Tempo de criança (Dilermando Reis)

Dr. Sabe Tudo (Dilermando Reis)

Marceneiro Silvino (Carlos Walter): na 2ª parte

85 Vide GERAISSATI, André. Estilo de violão. São Paulo: MPO, s.d. (VHS). 86 Leia “mão esquerda” se for canhoto não ambidestro.

Page 100: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

95

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

* Vide WALTER, Carlos; COSTA, Sílvio Carlos Silva et al. 13

Cordas: VI Festival de Choro de Paris. Paris: Programa de

Intercâmbio e Difusão Cultural do MinC/Club du Choro de

Paris/Cebramusik, 2010 (DVD).

POLEGAR ESQUERDO87

Alguns violonistas recorrem a técnicas pouco ortodoxas para

ampliarem o campo de ação da mão esquerda. Marcus Tardelli88, por

exemplo, utiliza fluentemente o polegar esquerdo na digitação.

Observe-o!

OUTRAS DIGITAÇÕES ALTERNATIVAS89

Use a pestana para digitar 2 ou mais cordas de uma casa com

o mesmo dedo disposto em barra (como se fosse um capo traste).

Faça o dedo em alça, digitando 2 notas dispostas em casas

distintas com a falange proximal.

Para fazer double stops, digite 2 cordas adjacentes (numa

determinada casa) com a ponta de um dedo posicionada entre as

mesmas.

87 Leia “polegar direito” se for canhoto não ambidestro. 88 TARDELLI, Marcus. Unha e carne: composições de Guinga para violão. Rio de Janeiro: Biscoito fino, 2006 (CD). 89 Vide FARIA, Nelson. Harmonia aplicada ao violão e à guitarra: técnicas em chord melody. 2. ed. Rio de Janeiro: Nelson Faria Produções Musicais, 2009, p. 45-51.

Page 101: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

96

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

SOBREPOSIÇÃO DE OITAVAS

A sobreposição de oitavas foi imortalizada pelo guitarrista

Wes Montgomery. A seguir algumas sugestões:

Choro de Juliana (Marco Pereira): no final da segunda parte

Tantos anos sem ele (Sílvio Carlos Silva Costa):

Efeito oitavador com trêmulo na última sessão*

Bole, bole (Jacob do Bandolim):

Sobreponha notas oitavadas junto a baixaria obrigatória inicial

constituída pelas notas ré, ré#, mi, ré#, ré

Falta-me você (Jacob do Bandolim):

Efeito oitavador com trêmulo na 2ª parte

* Vide WALTER, Carlos; COSTA, Sílvio Carlos Silva et al. 13

Cordas: VI Festival de Choro de Paris. Paris: Programa de

Intercâmbio e Difusão Cultural do MinC/Club du Choro de

Paris/Cebramusik, 2010 (DVD).

DIGITAÇÃO TRANSPONÍVEL (SEM CORDAS SOLTAS)

Nem sempre as rodas de choro adotam os mesmos tons em

certas músicas. Garanta sua contributiva participação no solo de

choros tocados em diferentes tons, memorizando digitações

Page 102: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

97

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

transponíveis (que eventualmente sacrifiquem o belo som das

cordas soltas).

Migalhas de amor (Jacob do Bandolim):

Ora iniciado em Gm, ora em Am

Vamos acabar com o baile (Garoto):

Ora iniciado em Am, ora em Cm

Chorinho pra ele (Hermeto Pascoal):

Ora tocado em D, ora em G*

* Vide WALTER, Carlos; COSTA, Sílvio Carlos Silva et al. 13

Cordas: VI Festival de Choro de Paris. Paris: Programa de

Intercâmbio e Difusão Cultural do MinC/Club du Choro de

Paris/Cebramusik, 2010 (DVD).

CONTRAPONTO

Faz-se um contraponto quando 2 ou mais vozes melódicas são

tocadas simultaneamente. A música abaixo é exemplar.

Samba em prelúdio (Baden Powell/Vinícius de Moraes):

Depois de serem interpretadas, as melodias da 1ª e 2ª partes são

tocadas ao mesmo tempo.*

Page 103: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

98

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

* Confira arranjos de violão solo que realizam essa façanha em

NOGUEIRA, Paulinho. Violão em harmonia. São Paulo: MPO Vídeo,

s.d., (VHS) e DELMIRO, Hélio. Recital de violão. In: RT SOM. São

Paulo: TV Cultura, s.d. (Transmissão televisiva).

MÚSICA INCIDENTAL

Implica em hospedar o trecho de uma determinada

composição em outra. O resultado soará satisfatório especialmente

se houver compatibilidade harmônica.

Experimente interpretar:

O início de Tua imagem (Canhoto da Paraíba) no começo de

Tristezas de um violão (Garoto) ou vice-versa.

O início de Doce de côco (Jacob do Bandolim) no começo de

Pedacinhos do céu (Waldir Azevedo) ou vice-versa.*

A parte inicial da introdução de Chega de saudade (Tom

Jobim/Vinícius de Moraes) na introdução de Meu cavaquinho

(Garoto) ou vice-versa.

A parte inicial do tema central de Meu amigo Radamés (Tom

Jobim) no início da 1ª parte de Meu cavaquinho (Garoto) ou vice-

versa.

O início de Homenagem a velha guarda (Sivuca) no início da 2ª

parte de Vibrações (Jacob do Bandolim) ou vice-versa.

Page 104: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

99

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

* Vide WALTER, Carlos; COSTA, Sílvio Carlos Silva et al. 13

Cordas: VI Festival de Choro de Paris. Paris: Programa de

Intercâmbio e Difusão Cultural do MinC/Club du Choro de

Paris/Cebramusik, 2010 (DVD).

DOMINANTES ESTENDIDOS90

Os dominantes estendidos ocorrem numa progressão

harmônica de acordes dominantes dispostos em intervalos de 5ª

justa descendente ou 4ª justa ascendente.

Lamentos (Pixinguinha/Vinícius de Moraes):

Entre os compassos 14 e 16, temos

G#7 -> C#7 -> F#7 -> B7 -> E7(9) -> A7...

Assanhado (Jacob do Bandolim)*:

Entre os compassos 29 e 43, temos

A7 -> D7 -> G7 -> C7 -> F7 -> Bb7...

* Vide WALTER, Carlos; COSTA, Sílvio Carlos Silva et al. 13

Cordas: VI Festival de Choro de Paris. Paris: Programa de

Intercâmbio e Difusão Cultural do MinC/Club du Choro de

Paris/Cebramusik, 2010 (DVD).

90 Vide CHEDIAK, Almir. Harmonia e improvisação. 7. ed. rev. Rio de Janeiro: Lumiar, 1986, p. 107.

Page 105: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

100

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

FORMAS ATÍPICAS91

A Estrutura do Choro admite exceções: formas com mais ou

menos de 3 partes contendo ou não 16 compassos. Eis alguns

exemplos:

Estou voltando (Pixinguinha/Donga/João Pernambuco):

Dotado de 4 partes

Vaidoso (Moacir Santos): com 2 partes

Choro negro (Paulinho da Viola/Fernando Costa): com 2 partes*

Chora jazz (Juarez Moreira): Contendo uma atipicidade rítmica

nos compassos 8 e 9 (tocados em 3/4)

Belos Aires, Buenos Horizontes (Carlos Walter):

Choro breve e atípico com 1 parte e campanelas

(Disponível na página 153)

* Vide WALTER, Carlos; COSTA, Sílvio Carlos Silva et al. 13

Cordas: VI Festival de Choro de Paris. Paris: Programa de

Intercâmbio e Difusão Cultural do MinC/Club du Choro de

Paris/Cebramusik, 2010 (DVD).

91 Cfr. MOREIRA, Juarez. Choro diferente. In: BH no Choro. Belo Horizonte: Belotur/Clube do Choro de Belo Horizonte/Auditório JK, 2008.

Page 106: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

101

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

DIÁLOGOS DO CHORO COM OUTRAS LINGUAGENS

Ao estabelecer o entretecimento da tradição com a

contemporaneidade, o Choro ultrapassa os limites históricos e

conceituais do gênero92 para estabelecer diálogos com outras

linguagens. Essa interface possibilita incursões convidativas que,

tocadas ao vivo ou registradas em gravações93, emprestam a

estilística do Choro a standarts de jazz, rock, tango, seresta,

samba, flamenco, música barroca, romântica, modal, serial, mineira,

afro-sambista e marcial.

Não se propõe com isso uma apologia irrefreada de

descaracterização do Choro. Conforme dito, essa brasileiríssima

linguagem detém características próprias (uma estrutura com

forma, células rítmicas, alternâncias tonais típicas...) que permitem

nuances e variações.

As seguintes composições renderão experiências musicais

satisfatórias. Teste-as e, sempre que possível, explore outras!

92 A esse respeito, confira a entrevista de Aline Soulhat a Maurício Carrilho disponível em www.youtube.com/watch?v=VvBDOsxr-Pw 93 CAZES, Henrique et al. Beatles ‘n’ Choro. Rio de Janeiro: Deck Disc, 2006, vol. 01-04 (CD); MACEDO, Armandinho. Pop Choro. Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 2006 (CD); SILVA COSTA, Sílvio Carlos et al. Flor de abacate. Belo Horizonte, 1999 (CD): faixas 02 e 04 com arranjos de Sílvio 7 Cordas para Adios Nonino de A. Piazzolla e Bachianas Brasileiras nº 05 (1ª parte da ária - cantilena) de H. Villa Lobos; BANDOLIM, Rubim do. Formas de chorar. Timóteo, 2002 (CD): faixa 4 com arranjo para Ária na 4ª Corda de J. S. Bach; FREITAS, Marcos Flávio de Aguiar. Choro bone. Betim/Belo Horizonte, 2005 (CD): faixa 06 contendo Czardas de V. Monti.

Page 107: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

102

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Bachianas brasileiras nº 05 (Heitor Villa Lobos)

Ária na 4ª corda (Johann Sebastian Bach)

Prelúdio nº 20 (Frédéric. Chopin)

La catedral (Agustín Barrios)

Estudo nº 01 (Heitor Villa Lobos)

Aprendiz de Joãozinho (Álvaro Walter)

Tânia (Álvaro Walter)

Noite de lua (Dilermando Reis)

Rua Harmonia (Ulisses Rocha)

Bebê (Hermeto Pascoal)

Emotiva nº 01 (Hélio Delmiro)

Chora jazz (Juarez Moreira)

Choro barroco (Rogério Leonel)

Adios Nonino (Astor Piazzolla)

Luiza (Tom Jobim)

Profunda emoção (Toninho Horta)

Samba em prelúdio (Baden Powell/Vinícius de Moraes)

Samba triste (Baden Powell)

Abismo de rosas (Américo Jacomino)

Chega de saudade (Tom Jobim/Vinícius de Moraes)

Valsa de Vila Valqueire (Henrique Cazes)

Churrassom (Rubim do Bandolim)

Quadros modernos

(Toninho Horta/Murilo Antunes/Flávio Henrique)

Salvador (Egberto Gismonti)

Page 108: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

103

3ª PARTE

Page 109: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El
Page 110: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

104

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

RELEASE | FLYER

Não deixe de confeccionar peças gráficas (releases e flyers

impressos e/ou eletrônicos) de natureza divulgacional com

conteúdo verdadeiro, claro, coeso, fotogênico (bem apresentável),

bilíngüe, com ou sem trilha demonstrativa, testimonial

(apresentação ou parecer qualificativo de um expoente) ou link de

áudio-visualização ao dar publicidade às suas atividades musicais.

Verifique os flyers demonstrativos das páginas 149 a 152.

ESCOLHA DO REPERTÓRIO

Monte um repertório diversificado, contrastante,

contemplativo das principais variações rítmicas do choro [polca,

maxixe, tango brasileiro, choro, choro-canção, chorinho (choro

sapeca), choro sambado, valsa-choro, por exemplo...], tecnicamente

suportado, com enredo, amarração temática e final apoteótico.

PERFORMANCE

Confira o mestrado em performance musical do programa de

pós-graduação da Escola de Música da Universidade Federal de

Page 111: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

105

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Minas Gerais (UFMG), matérias publicadas em revistas

especializadas e textos científicos (artigos, teses e dissertações)

sobre o assunto depositados nos acervos físicos e virtuais das

bibliotecas universitárias.

As publicações abaixo são sucintas e pertinentes:

FREITAS, Marcos Flávio de Aguiar. Como lidar com a ansiedade

antes da performance. In: Revista Weril. São Paulo: Weril, 2007.

HENRIQUE, Álvaro. Primeiro recital: o que fazer? In: Violão Pro.

São Paulo: M & M, 2008, vol. 16, p. 42-49.

Idem. Agendando os primeiros recitais: dicas para quem está

fazendo um som de alto nível e quer levá-lo para a público. In:

Violão Pro. São Paulo: M & M, 2008, vol. 18, p. 42-43.

ROCHA, Ulisses. Ficar nervoso na hora de tocar ao vivo. In:

Acústico. São Paulo: HMP, 2006, vol. 07, p. 42.

SETUP94

Existem vários acessórios para favorecer o desempenho

eletro-acústico. Eis alguns:

94 Vide JAPYS, Mr. Monte o seu set up. In: Violão Pro. São Paulo: M & M, 2010, vol. 27, p. 22-28.

Page 112: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

106

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Pedais (de volume, seleção, equalização), pedaleiras (AD8 da Boss,

por exemplo), cabos (p10, XLR e midi), mesas (analógica e digital),

interfaces de áudio, pré-amplificadores (Tube ultragain da

Behringer e Aura Spectrum DI da Fishman, por exemplo),

amplificadores [Acoustic Chorus (AC) da Roland, por exemplo],

bags e cases para traslado, fontes de alimentação, entre outros.

AMPLIFICAÇÃO95

Conheça os significados de expressões imanentes à

amplificação violonística:

Sistema de P.A. (public adress system: o som ouvido pela platéia é

transmitido por esse sistema de projeção externa da fonte

sonora), monitor (o som de palco ouvido pelo músico é transmitido

por esse sistema de retorno), direct box (dispositivo de

balanceamento das impedâncias), mesas digitais e analógicas

(interfaces de controle e ajuste de freqüência, intensidade, ganho,

efeito...), mapa de palco (desenho da disposição espacial dos

instrumentos, microfones, amplificadores, conexões e fontes de

alimentação num determinado palco), rider [lista de equipamentos

de sonorização (P.A., retorno...) e iluminação], input list (lista de

endereçamento das entradas com identificação dos canais)...

95 Vide JAPYS, Mr. Monte o seu set up. In: Violão Pro. São Paulo: M & M, 2010, vol. 27, p. 22-28.

Page 113: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

107

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

MICROFONAÇÃO | CAPTAÇÃO96

Ao gravar, utilize 2 microfones cardióides ou hiper-cardióides situados a

30 cm do instrumento: um na região do cavalete e outro entre a boca e a escala.

Para captar a ambiência, aplique a técnica XY, dispondo-os a 1 metro de

distância (entre si) com angulação intermediária de 90 a 120º, ou a regra 3:1 em

que a distância entre os microfones é tripla se comparada à distância do 1º

microfone em relação ao violão.

Na falta de um estúdio, registre seus choros em ambiente adequado

(silencioso) com um microfone multifuncional [cardióide, condensador, contendo

saída USB e interface de áudio integrada (G-Track da Sansom, por exemplo)].

Quanto à captação, experimente as passivas (diretas ou sem alimentação)

e as ativas (com circuito e alimentação) de rastilho e contato com preços e

resultados diversos [RMC, Carlos Juan, Fishman, Highlander, Shadow, Artec,

AKG C 411 (captador de contato que requer phantom power...)].

Experimente também os microfones de fita (Ribbon Mics), supercadióides

(4099 da DPA), cardióides (par Km 184 da Neumann e o PRA 383 dxlr da

Superlux fixado numa espuma vazada dentro do violão), entre outros, separada

ou conjuntamente com os captadores acima. Vale ainda destacar a elogiável

captação móvel Gold Pro de Ric Cortez com 2 piezos (elétrico e film) e um pré-

amp com saída P10 e controles de volume, grave, médio e agudo, fixados

externamente, que reproduz um som natural e dispensa furar o instrumento.

96 Vide MARUI, Ricardo. Gravando: o que você precisa saber antes de entrar em estúdio pela primeira vez. In: Violão Pro. São Paulo: M & M, 2007, vol. 14, p. 15-19; GIUFFRIDA, Ricardo. Violonista no estúdio. In: Acústico. São Paulo: HMP, 2006, vol. 06, p. 43; JAPYS, Mr. Monte o seu set up. In: Violão Pro. São Paulo: M & M, 2010, vol. 27, p. 22-28; AUDIOLIST. Gravando violão e instrumentos de cordas dedilhadas. Disponível em http://audiolist.org/forum/kb.php?mode=article&k=91

Page 114: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

108

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Evite realimentações indesejadas, cobrindo a boca do

instrumento com anti feed back (tampa anti-ruído), espuma ou, em

último caso, papel contact (sem estragar o mosaico e o tampo).

Para os ruídos decorrentes da falta de aterramento, busque

especialistas em isolamento ou blindagem eletromagnética.

SOFTWARES

Há inúmeros softwares para edição de partituras e

tablaturas (Encore, Finale, Guitar Pro...), gravação (Sonar, Pro

Tools, Cool Edit...), edição de áudio (Sound Forge, Melodyne...),

desenvolvimento musical (Earmaster, Best Practice, Band in a

Box...), simulação de amplificadores e efeitos (Amplitube, Guitar

Rig, GTR...), entre outros. Conheça-os!

REDES SOCIAIS

Os fóruns, blogs e comunidades virtuais constituem

ferramentas eficazes de integração, publicidade e comunicação

global na era da convergência (Fórum de Violão Brasileiro, Samba-

Choro, Blogspot, Blogger, Myspace, Palco Mp3, Last Fm, Youtube,

Page 115: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

109

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Facebook, Twitter, Soundcloud, Orkut, BM&A, entre outros). Saiba

manuseá-los!

DISCOGRAFIA

Consulte o acervo eletrônico de registros fonográficos

organizado por Maria Luísa Kfouri no site “Discos do Brasil – Uma

Discografia Brasileira” (http://www.discosdobrasil.com.br), o

banco de dados do Instituto Moreira Salles

(http://ims.uol.com.br/), o livro SOUZA, Rogério. Choro 100:

violão – play along choro. Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 2008, p. 18-

19, artigos contendo listas de gravações históricas como

MARQUES, Euclides. Os violões no choro. In: Violão Pro. São

Paulo: Música & Mercado, 2006, vol. 06, p. 47, PENEZZI,

Alessandro. Que baixaria!: saiba como organizar as ideias em seu

violão de sete cordas e enriquecer as suas rodas de choro. In:

Violão Pro. São Paulo: M & M, 2010, vol. 28, p. 25, os catálogos das

gravadoras especializadas [Acari, Biscoito Fino (BECKER, Zé Paulo.

Um violão na roda de choro, 2006 etc), as extintas Guarup e

Marcus Pereira, por exemplo], entre outras fontes antológicas e

revolucionárias.

Page 116: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

110

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

ACERVO DIGITAL | SITES | OUTRAS REFERÊNCIAS

Visite o Acervo Digital do Violão Brasileiro idealizado pelo violonista

Alessandro Soares com colaboração dos instrumentistas Alexandre Dias e

Gilson Antunes contendo dicionário de verbetes, discoteca, biblioteca, banco

de partituras, imagens e vídeos, rádio, agenda e linha do tempo sobre o violão

brasileiro, disponível em http://www.violaobrasileiro.com.br/. Confira também

a plataforma educativa sobre a História do violão do Departamento de

Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Uberlândia (UFU),

coordenada por André Campos, em

http://www.demac.ufu.br/numut/historiadoviolao/; a biografia eletrônica de

João Pernambuco desenvolvida pelo italiano Angelo Zaniol em

http://www.joaopernambuco.com; o hot site de Geraldo Vianna sobre os

Violões de Minas em http://www.gvianna.com.br/violoesdeminas.asp, os

projetos Movimento Violão idealizado por Paulo Martelli com concertos

mensais no Estado de São Paulo em http://www.movimentoviolao.com.br e

Violão Intercâmbio realizado em Belo Horizonte pelo violonista Frederico

Herrmann para entretecer a cena violonística local com tarimbados

professores e concertistas através de workshops, master classes e recitais.

Confira a programação em

http://www.fredericoherrmann.com/violao.intercambio.html. Encontre outros

links nas referências deste livro.

FESTIVAIS | PRÊMIOS

A quantidade de festivais, simpósios, mostras e prêmios dirigidos

à música instrumental é crescente. Eis alguns:

Page 117: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

111

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Festival Nacional de Choro, Semana Nacional do Choro de Uberaba,

Festival de Choro e Samba – Semana Nacional do Choro de Belo

Horizonte, Festival Internacional de Violão de Belo Horizonte,

Festival Nacional de Violão de Piauí, Rencontres internationales de la

guitare de Anthony, Festival Internacional de Música de Pulso y púa

Ciudad de Cristal, Festivais de Choro de Paris e Curitiba, Festival de

Música Instrumental de Guarulhos, Prêmio Nabor Pires, Prêmios do

Instituto Cultural Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG

Cultural – Marco Antônio Araújo, Jovem Instrumentista e

Instrumental), Mostra da Nova Música Instrumental

Mineira, Festival Choro Novo, Simpósio Internacional de

Violão, Festival de Jazz da Savassi, Prêmios da FUNARTE

(gravação de música popular, produção crítica em música, etc)...

CLUBES DE CHORO

Existem diversas entidades socioculturais – dotadas de

personalidade jurídica – criadas para preservar e difundir o Choro

dentro e fora do Brasil, a saber:

Clube do Choro de Brasília, Clube do Choro de Belo Horizonte, Clube

do Choro de Juiz de Fora, Clube do Choro da Bahia, Clube do Choro

de Santos, Clube do Choro de Porto Alegre, Clube do Choro de

Goiânia, Clube do Choro de Florianópolis, Clube do Choro de Paris,

Bando do Chorão, Casa de Choro de Toulouse...

Page 118: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

112

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

ASSOCIAÇÕES VIOLONÍSTICAS

Associações brasileiras foram fundadas para o fomento de

práticas institucionais de valorização sistêmica do instrumento.

Citemos algumas:

DESATIVADAS

Sociedade Violonística Prof. José de Assis Martins, fundada por

Rosemiro Pereira Leal e a Associação Brasileira de Violão (ABV).97

MILITANTES

Associação de Violão do Rio (AVRIO).

Associação Brasiliense de Violão (BRAVIO).

97 “Em 1952, foi criada a ABV - Associação Brasileira de Violão, órgão incentivador da atividade violonística, patrocinador da visita de inúmeros concertistas como Isaias Sávio, Maria Luiza Anido, Oscar Cáceres, Narciso Yepes, entre outros. A associação teve também importante atuação junto a intérpretes que estavam ainda em formação, promovendo a realização de cursos de técnica e interpretação. Destacaram-se os jovens Jodacil Damaceno, Turíbio Santos e Antonio Carlos Barbosa Lima, todos artistas que desenvolveriam atividade profissional de grande relevância para o desenvolvimento do violão brasileiro”, conforme TABORDA, Marcia Ermelindo. O violão de concerto no Rio de Janeiro: Villa-Lobos + Turíbio Santos. Revista Polêmica. Rio de Janeiro: UERJ, v. 17, p. 1, 2006. Disponível em http://www.polemica.uerj.br/pol17/cimagem/p17_marcia.htm

Page 119: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

113

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

INSTITUTOS

Confira os acervos (físicos e/ou eletrônicos) dos Institutos

Jacob do Bandolim, Moreira Salles, Villa Lobos, Cravo Albin...

Os links estão indicados nas referências dessa publicação.

PROGRAMAS DE INTERCÂMBIO E DIFUSÃO

Conheça o trabalho desenvolvido pelo Música Minas (parceria

entre a Secretaria de Estado da Cultura e o Fórum da Música de

Minas Gerais) e o Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural do

Ministério da Cultura em:

www.musicaminas.com/

www.cultura.gov.br/site/categoria/apoio-a-projetos/

EDITORAS E GRAVADORAS ESPECIALIZADAS

Resistindo à pirataria e a contrafações autorais de toda

sorte, as editoras e gravadoras especializadas (Acari,

Page 120: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

114

O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO

© CARLOS WALTERwww.carloswalter.com.br

Biscoito Fino, Da Fonseca, Musimed, Vitale, Lumiar, Ricordi...) oferecem

excelentes catálogos. Pesquise-os!

PROJETOS

Inúmeros projetos institucionais de intercâmbio, entretenimento e ensino-

aprendizagem musical são mantidos pelo setor público e/ou privado, tais como:

Violões de Minas, Violões do Brasil, Festival Internacional de Violão de Belo

Horizonte, Violab, Acervo Digital do Violão Brasileiro, Movimento Violão,

Musibraille, Música de Minas, Portal GVianna, Arena da Cultura, Pixinguinha,

Pizindin, BH Choro, Festa da Música de Belo Horizonte, Feira do Choro, BH no

Choro, Mês do Choro, Oficinas de Choro, Hoje é Dia de Choro (programa

televisivo transmitido pela extinta Manchete), Choro Livre, por exemplo...

Importa destacar o Novas, projeto idealizado pela violonista Elodie Bouny

com banca julgadora composta por ela, Sérgio Assad, Fábio Zanon e Marco

Pereira. Esse valioso edital incentiva compositores a enriquecer o repertório para

o violão-solo através do registro de peças inéditas em CD e álbum de partituras.

Vale registrar o contributivo livro de Elodie Bouny intitulado “Violonista de

formação erudita e violonista de formação popular: investigando as diferenças na

formação musical”, publicado em 2014 pela Editora Novas Edições Acadêmicas.

CENTROS DE FORMAÇÃO

Conheça as propostas pedagógicas dos centros musicais de formação

continuada, a saber:

Page 121: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

115

O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO

© CARLOS WALTERwww.carloswalter.com.br

Escola de Música da UFMG – Práticas Interpretativas do Choro,

Brasil com S, CEFAR – Fundação Clóvis Salgado, Fundação de

Educação Artística (situadas em Belo Horizonte), Escola de Choro

Raphael Rabello (situada no Distrito Federal), Escola Portátil de

Música (situada no Rio de Janeiro), IV&T (situada em São Paulo),

bacharelados e licenciaturas em Música Popular (UNICAMP,

UFMG...)

PROPRIEDADE INTELECTUAL98

A propriedade imaterial de uma obra artística (composições,

arranjos, adaptações e transcrições, por exemplo) confere ao

titular direitos morais e patrimoniais regidos pela Lei nº

9610/1998 e tutelados pelo Escritório Central de Arrecadação de

Direitos Autorais (ECAD), Instituto Nacional de Propriedade

Industrial (INPI: registro de marca de grupo, instrumento,

espetáculo musical), Escola de Música da UFRJ (registro de

composição, transcrição, arranjo), Registro BR (registro de

domínios eletrônicos)...

98 Vide FRANCEZ, Andréa et al. Manual do direito do entretenimento: guia de produção cultural. São Paulo: Senac/Sesc, 2009, passim.

Page 122: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

116

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

TABELAS DE CACHÊS

A adoção de parâmetros sindicais na negociação de cachês

evita a banalização (anti-classista) do exercício profissional.

Visite os links http://www.sindmussp.com.br/caches.asp e

http://www.sindmusi.com.br/Caches/tabela_completa.asp

EXERCÍCIO PROFISSIONAL99

A profissão de músico é regulamentada e a formação

acadêmica estruturada segundo as diretrizes curriculares

nacionais.

Sendo assim, os violonistas são titulares de direitos e

obrigações contidos no Código de Ética Profissional, nas Leis nº

3857/1960 (OMB)100 e nº 8213/1991 (Regime Geral de Previdência

99 Vide ROCHA, Ulisses. Pensando na carreira. In: Acústico. São Paulo: HMP, 2006, vol. 08, p. 44; MED, Bohumil. Vida de músico não é fácil: pequeno manual de sobrivênvia na selva musical – dicas do Bohumil. Brasília: Musimed, 2004, passim; HENRIQUE, Álvaro. Primeiro recital: o que fazer? In: Violão Pro. São Paulo: M & M, 2008, vol. 16, p. 42-49; Idem. Agendando os primeiros recitais: dicas para quem está fazendo um som de alto nível e quer levá-lo para a público. In: Violão Pro. São Paulo: M & M, 2008, vol. 18, p. 42-43. 100 Vide acórdão do TRF – 3ª Região para a apelação nº 20066109002404-0 apud FRANCEZ, Andréa et al. Manual do direito do entretenimento: guia de produção cultural. São Paulo: Senac/Sesc, 2009, p. 132: “Assim como no caso dos artistas, a falta de registro dos músicos na Ordem dos Músicos do Brasil (OMB), no seu Conselho Federal ou nos Conselhos Regionais, não tem representado motivo para afastar o exercício da profissão, como têm decidido alguns tribunais do país. São cada vez mais freqüentes decisões judiciais declarando nula a imposição do exercício da profissão de músico apenas aos que preencherem os requisitos do artigo 28 da Lei

Page 123: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

117

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

do INSS), na Portaria nº 3347/1986 (nota contratual e modelos de

contrato) e sua prestação de serviço musical deve ser objeto de

propostas e contratos bem elaborados.

RODAS DE CHORO

As rodas são fenômenos lúdicos e reconstrutivos de

experimentação orgânica das linguagens do Choro. Detêm um

saber pragmático catalisador de práticas musicais integrativas

(compartilhadas entre jovens e experientes chorões) e imune às

interferências imediatistas da cultura de massa.

Em 2011, Henrique Cazes defendeu na Escola de Música da

UFRJ a dissertação de mestrado “Os chorões e a roda:

ambiência, práticas musicais e repertório nas rodas de choro”.

Na capital mineira, as rodas ocorrem diariamente em espaços

de entretenimento elogiáveis. Prestigie-as! Eis algumas:

Bar do Bolão: quinta-feira

Pedacinhos do Céu: quinta-feira a sábado

Bar do Salomão: quinta-feira

Mosteiro: sexta-feira

Entre outras rodas

nº 3857/1960, bem como a obrigação de se inscreverem perante a OMB e terem seus diplomas registrados no Ministério da Educação. Por se tratar de órgão federal, as ações, normalmente pela via do mandado de segurança, são ajuizadas pelos músicos interessados perante a Justiça Federal de cada estado.” É o que em agosto de 2011 se consumou em decisão do pleno do Supremo Tribunal Federal pelo não provimento do Recurso Extraordinário nº 414426 interposto pela OMB/SC.

Page 124: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

118

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

OFICINAS DE CHORO: O PROJETO BEM SUCEDIDO DO CLUBE DO

CHORO DE BELO HORIZONTE E A PROPOSTA PEDAGÓGICA DO

AUTOR

O Clube do Choro de Belo Horizonte – associação cultural e

filantrópica com mais de 80 associados sob a direção de Jonas

Cruz, Sílvio Carlos Silva Costa e Hamilton Gangana – submeteu à

Comissão Municipal de Incentivo à Cultura um projeto de

capacitação em instrumentos típicos das formações

interpretativas do Choro.

Aprovado sem restrições, conferiu ao público-alvo

abrangente (jovens, adultos, estudantes de música, músicos

amadores e profissionais) acesso gratuito a oficinas e workshops

coordenados por Rafael Guimarães com assistência de Lílian

Macedo e ministrados por Leonardo Barreto (saxofone e flauta),

Carlos Walter, Cecília Barreto (violão de 6 cordas), Bozó,

Humberto Junqueira, Sílvio Carlos (violão de 7 cordas), Marcos

Frederico (bandolim), Marcelo Jiran (cavaquinho), Oszenclever

Camargo, Luciana Dietze (pandeiro) e Marcos Flávio (trombone) em

espaços culturais da região metropolitana de Belo Horizonte.

Os matizes da proposta pedagógica perquirida ao longa dessa

publicação foram testabilizados no âmbito do projeto acima com

resultados satisfatórios. Para difundi-los ainda mais, juntamos aos

anexos a ementa e o conteúdo programático elaborados pelo autor.

Page 125: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

119

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

LICENÇA POÉTICA II

Por fim, outros versos dedicados ao festejado instrumento...

A LA GUITARRA ESPAÑOLA101

(Jerónimo Peña Fernandez)

“Sonora Caja, que vibras cuando eres acariciada,

manantial infinito de sonidos mágicos y misteriosos,

Alma profunda, sincera, extensa como tus horizontes.

Cultura milenaria de una raza

que te ha idolatrado por los siglos de los siglos.

Son tus cuerdas trinos de ruiseñor

que al alba musitan poesia ardientes pétalas de azucenas

que al aire perfumas con tu presencia.

Eres siempre fiel con aquél que ha sentido

la vocación de tu llamada para expresar en ti lo que Dios

ha puesto em sua corazón.

Maderas nobles y bellas de la creación,

que obedecen a las sensibles manos

que te dan forma de mujer.

Herencia viva, en un pasado glorioso,

de aquellos peregrinos que tanto te amaron

y dedicaron sus vidas, y murieron, recibiendo a cambio solamente

el aliento dela grandeza de tus ecos divinos.”

101 Cfr. FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El arte de un guitarrero español. Jaén, España: Soproarga, 1993.

Page 126: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

120

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

CORDAS DE AÇO102

(Cartola)

“Ah, essas cordas de aço

este minúsculo braço

do violão que os dedos meus acariciam.

Ah, este bojo perfeito

que trago junto ao meu peito

só você violão

compreende porque perdi toda alegria.

E, no entanto, meu pinho

pode crer, eu adivinho.

Aquela mulher

até hoje está nos esperando.

Solte o teu som da madeira

eu, você e a companheira

na madrugada iremos pra casa cantando...”

VIOLÕES QUE CHORAM103

(Cruz e Sousa)

“Vozes veladas, veludosas vozes,

Volúpias dos violões, vozes veladas,

Vagam nos velhos vórtices velozes

Dos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas.

Tudo nas cordas dos violões ecoa

E vibra e se contorce no ar, convulso...” 102 Cfr. OLIVEIRA, Angenor de. Cordas de aço. In: Idem. Cartola. Rio de Janeiro: Marcus Pereira, 1976 (LP). 103 Cfr. trecho de CRUZ e SOUSA. Violões que choram. In: Faróis. São Paulo: Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro | USP, p. 29.

Page 127: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

121

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

SETE CORDAS104

(Raphael Rabello/Paulo César Pinheiro)

“Nada me fará sofrer, pois trago junto ao coração

o bojo do meu violão cantando.

Nada me dá mais prazer, nem mesmo uma grande paixão,

que o som das sete cordas do meu violão tocando.

E eu me vejo a obedecer.

Eu nem sei bem o porquê.

E sinto uma transformação e os acordes nascem sem querer.

Sem querer desponta uma canção e eu sinto o coração nos dedos

passeando em calma, afugentando os medos

que residem n'alma.

E deixo-me envolver pelo braço do meu violão.

E o peito meu, fibra por fibra,

apaixonado vibra com prima e bordão.

E é aí que eu sinto a mão de Deus na minha mão.

Eu me ponho a dedilhar com emoção e fervor

as velhas melodias, cheias de harmonias novas.

E nesse instante então eu sou um sonhador,

acompanhante das canções de amor.

Chego a cantar sem perceber alguns versos e trovas.

E aí começo a ver que eu nunca fui sozinho.

Meu violão me acompanhou por todo o meu caminho.

E isso eu quero agradecer, fazendo uma canção falando de você,

Amigo Violão que comigo estará até eu morrer.”

104 Cfr. RABELLO, Raphael; PINHEIRO, Paulo César. Sete cordas. In: RABELLO, Raphael; RABELLO, Amélia. Todas as canções. Rio de Janeiro: Acari, 2001 (CD).

Page 128: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

122

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Page 129: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El
Page 130: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

123

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Essa proposta de capacitação violonística não é auto-

suficiente.

Respalda-se numa base consistente de referências e requer

a experimentação contextual de seus significados (conteúdos). O

violão é inerte. Não toca sozinho. Exige cumplicidade do tocador!

Uma publicação só traz resultados significativos se o(a)

leitor(a) desveste-se da condição de paciente (posta restante de

preceitos ou depositário irrefletido de informações).

Isto é, se converte dados isolados (saberes desconexos) em

conhecimentos úteis ao seu cotidiano musical.

Por isso, mãos à obra!

Ou melhor, mãos nas cordas...

O autor.

Page 131: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El
Page 132: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

124

REFERÊNCIAS

Page 133: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El
Page 134: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

125

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

REFERÊNCIAS TEXTOS CIENTÍFICOS: TESES E DISSERTAÇÕES

ALFONSO, Sandra Mara. Jodacil Damasceno: uma referência da trajetória do violão no Brasil. Uberlândia: UFU, 2005 (Dissertação de mestrado).

ANTUNES, Gilson Uehara. Américo Jacomino “Canhoto” e o desenvolvimento da arte solística do violão em São Paulo. São Paulo: ECA – USP, 2002 (Dissertação de mestrado).

ARAGÃO, Paulo. Pixinguinha e a gênese do arranjo musical brasileiro. Rio de Janeiro: UNIRIO, 2001 (Dissertação de mestrado).

BARRETO, Almir Côrtes. O estilo interpretativo de Jacob do Bandolim. Campinas: UNICAMP, 2006 (Dissertação de mestrado).

BECKER, José Paulo. O acompanhamento do violão de seis cordas a partir de sua visão no conjunto Época de Ouro. Rio de Janeiro: UFRJ, 1996 (Dissertação de mestrado).

BORGES, Luís Fabiano Farias. Trajetória Estilística do Choro: o idiomatismo do violão de sete cordas, da consolidação a Raphael Rabello. Brasília: UNB, 2008 (Dissertação de mestrado).

BORGES, Pedro Gervason Marco. O violão de Raphael Rabello. Belo Horizonte: UFMG, 2010 (Monografia do bacharelado).

CAMPOS, Lúcia Pompeu de Freitas. Tudo isso de uma vez só: o choro, o forró e as bandas de pífanos na música de Hermeto Pascoal. Belo Horizonte: UFMG, 2006 (Dissertação de mestrado).

CARDOSO, Thomas Fontes Saboga. Um violonista-compositor brasileiro: Guinga – a presença do idiomatismo em sua obra. Rio de Janeiro: UNIRIO, 2006 (Dissertação de mestrado).

_______. Os violonistas-compositores na música urbana brasileira. Rio de Janeiro: UNIRIO, 2003 (Monografia de licenciatura em educação artística, habilitação em Música).

CAZES, Henrique. Os chorões e a roda: ambiência, práticas musicais e repertório nas rodas de choro. Rio de Janeiro: UFRJ, 2011 (Dissertação de mestrado).

COSTA, Marvile Palis. O Grupo Chorocultura e a I Semana Nacional do Choro em Uberaba. Uberlândia, MG: UFU, 2007.

DELNERI, Celso Tenório. O violão de Garoto: a escrita e o estilo violonístico de Annibal Augusto Sardinha. São Paulo: USP, 2009 (Dissertação de mestrado).

Page 135: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

126

O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO

© CARLOS WALTERwww.carloswalter.com.br

FARIA, Celso Silveira. A Collection Turíbio Santos: o intérprete/editor e o desafio na construção de novo repertório brasileiro para violão. Belo Horizonte: UFMG, 2012 (Dissertação de mestrado).

FERRAZ, Daniela Silva de Rezende. A voz e o choro: aspectos técnicos vocais e o repertório de choro cantado como ferramenta de estudo no canto popular. Rio de Janeiro: UNIRIO, 2010 (Dissertação de mestrado).

FREITAS, Marcos Flávio de Aguiar. O Choro em Belo Horizonte: aspectos históricos, compositores e obras. Belo Horizonte: UFMG, 2005 (Dissertação de mestrado).

HARO, Maria Jesus Fábregas. Nicanor Teixeira: a música de um violonista compositor brasileiro. Rio de Janeiro: UFRJ, 1993 (Dissertação de mestrado).

JUNQUEIRA, Humberto. A obra de Garoto para violão: o resultado de um processo de mediação cultural. Belo Horizonte: UFMG, 2010 (Dissertação de mestrado).

LIMA JÚNIOR, Fanuel Maciel de. A elaboração de arranjos para canções populares para violão solo. Campinas: UNICAMP, 2003 (Dissertação de mestrado).

MAGALHÃES, Alain Pierre Ribeiro de. O perfil de Baden Powell através de sua discografia. Rio de Janeiro: UNIRIO, 2000 (Dissertação de mestrado).

MAIA, Marcos da Silva. Técnica híbrida aplicada ao violão. Campinas: UNICAMP, 2007 (Dissertação de mestrado).

MANGUEIRA, Bruno Rosas. Concepções estilísticas de Hélio Delmiro: violão e guitarra na música instrumental brasileira. Campinas: UNICAMP, 2006 (Dissertação de mestrado).

MOURA, Jorge Antonio Cardoso. Tradição e inovação na prática do bandolim brasileiro. Brasília: UNB, 2011 (Dissertação de mestrado).

NUNES, Alvimar Liberato. Interpretação, arranjo e improvisação de Raphael Rabello em Odeon de Ernesto Nazareth. Belo Horizonte: UFMG, 2007 (Dissertação de mestrado).

OLIVEIRA, Ledice Fernandes. Radamés Gnattali e o violão: relação entre campos de produção na música brasileira. Rio de Janeiro: UFRJ, 1999 (Dissertação de mestrado).

OROSCO, Mário Tadeu dos Santos. O compositor Isaías Sávio e sua obra para violão. São Paulo: ECA – USP, 2001 (Dissertação de mestrado).

PELLEGRINI, Remo Tarazona. A análise dos acompanhamentos de Dino Sete Cordas em Samba e Choro. Campinas: UNICAMP, 2003 (Dissertação de mestrado).

PEREIRA, Fernanda Maria Cerqueira. O violão na sociedade carioca (1900-1930):técnicas, estéticas e ideologias. Rio de Janeiro: UFRJ, 2007 (Dissertação de mestrado).

Page 136: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

127

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

PIRES, Luciano Linhares. Dilermando Reis: o violonista brasileiro e suas composições. Rio de Janeiro: UFRJ, 1995 (Dissertação de mestrado).

PRANDO, Flávia Rejane. Othon Salleiro: um Barrios brasileiro? Análise da linguagem instrumental do compositor-violonista (1910-1999). São Paulo: USP, 2008.

PRESTA, José Fernando. A improvisação guitarrística de Olmir Stocker “Alemão”. Campinas: UNICAMP, 2004 (Dissertação de mestrado).

RAYS, Luís Gustavo Carvalho Alonso. A trajetória do compositor brasileiro Djalma de Andrade: “Bola Sete”. Campinas: UNICAMP, 2006 (Dissertação de mestrado).

ROCHA, Marcel Eduardo Leal. Elaboração de arranjo para guitarra solo. Campinas: UNICAMP, 2005 (Dissertação de mestrado).

SCARDUELLI, Fábio. A obra para violão solo de Almeida Prado. UNICAMP, 2007 (Dissertação de mestrado).

SCHROEDER, Jorge Luiz. Corporalidade musical: as marcas do corpo na música, no músico e no instrumento. Campinas: UNICAMP, 2006 (Tese de doutorado).105

SILVA, Ulisses Rocha Loureiro da. Técnica para violão brasileiro do século XXI. Campinas: UNICAMP, 2008 (Tese de doutorado).

SMARÇARO, Júlio César Caliman. O cantador: a música e o violão de Dori Caymmi. Campinas: UNICAMP, 2006 (Dissertação de mestrado).

SOARES, Terezinha Rodrigues Prada Soares. A obra violonística de Heitor Villa-Lobos (Brasil) e Leo Brouwer (Cuba): a sensibilidade americana e a aventura intelecutal. São Paulo: ECA – USP, 2001 (Dissertação de mestrado).

TABORDA, Márcia Ermelindo. Dino Sete Cordas e o acompanhamento de violão na música popular brasileira. Rio de Janeiro: UFRJ, 1995 (Dissertação de mestrado).

VASCONCELOS, Marcos André Varela. Recursos idiomáticos em scordatura na criação de repertório para violão. Campinas: UNICAMP, 2002 (Dissertação de mestrado).

105 O autor investiga a corporalidade musical de Baden Powell, Egberto Gismonti, Ulisses Rocha, André Geraissati, Michael Hedges e Codeta.

Page 137: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

128

O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO

© CARLOS WALTERwww.carloswalter.com.br

ARTIGOS | ENSAIOS

CARRILHO, Maurício. O violão de sete cordas. Rio de Janeiro: Músicos do Brasil/Petrobrás, s.d. Disponível em http://ensaios.musicodobrasil.com.br/mauriciocarrilho-violao7cordas.htm

FARIA, Celso Silveira. Processos transcritivos utilizados por Heitor Villa-Lobos na sua obra para canto e violão. Belo Horizonte: UEMG, 2011.

FERNEDA, Edmilson et al. Rumo à formalização da teoria das árvores harmônicas. Disponível em www.cefala.org/sbcm2005/papers/13850.pdf

FREITAS, Marcos Flávio de Aguiar. Como lidar com a ansiedade antes da performance. In: Revista Weril. São Paulo: Weril, 2007.

LOBÃO, Sebastião Cláudio. O violão e os hemisférios. In: Violão Intercâmbio. São Paulo, nº 43, ano VII, set./out. 2000, p. 10-12.

MELLO, Jorge. Brasilliance volume 1: uma experiência inovadora. Rio de Janeiro: Músicos do Brasil/Petrobrás, s.d. Disponível em http://ensaios.musicodobrasil.com.br/jorgemello-laurindoalmeidabrazilliance.htm

MOREIRA, Juarez. Toninho Horta. Rio de Janeiro: Músicos do Brasil/Petrobrás, s.d. Disponível em http://ensaios.musicodobrasil.com.br/juarezmoreira-toninhohorta.htm

PAES, Anna. O choro e sua árvore genealógica. Rio de Janeiro: Músicos do Brasil/Petrobrás, s.d. Disponível em http://ensaios.musicodobrasil.com.br/annapaes-ochoroarvoregenealogica.htm

PORTO, Patrícia Pereira. A contribuição de Josefina Robledo para a história do violão de concerto no Brasil. In: Seminário de História da Arte. Pelotas: UFPEL, 2007, p. 01-04.

UFBA. Notas melódicas. LEM: Bahia. Disponível em www.clem.ufba.br/bordini/cons/n_mel/n_mel.htm

TABORDA, Márcia Ermelindo. O violão e os choros de Paulinho da Viola. Rio de Janeiro: Músicos do Brasil/Petrobrás, s.d. Disponível em http://ensaios.musicodobrasil.com.br/marciataborda-oschorosdepaulinhodaviola.htm

Page 138: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

129

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

_______. O violão de concerto no Rio de Janeiro: Villa-Lobos + Turíbio Santos. Revista Polêmica. Rio de Janeiro: UERJ, v. 17, p. 1, 2006. Disponível em http://www.polemica.uerj.br/pol17/cimagem/p17_marcia.htm

TARDELLI, Marcus. Guinga. Rio de Janeiro: Músicos do Brasil/Petrobrás, s.d. Disponível em http://ensaios.musicodobrasil.com.br/marcustardelli-guinga.htm

WALTER, Carlos H. Waltel Branco: paranaense “baiano da baía de Paranaguá”. Disponível em http://v20temp.beta.14bits.com.br/waltel-branco/

WOLFF, Daniel. Como digitar uma obra para violão. In: Violão intercâmbio. São Paulo, 2001, nº 46, passim. Disponível em http://www.danielwolff.com.br/arquivos/File/Como_Digitar_Port.htm

_______. O uso do vibrato no violão. In: Revista da Associação Gaúcha do Violão. Porto Alegre: Assovio, 1999, v. 1, n.1, passim. Disponível em http://www.danielwolff.com.br/arquivos/File/Vibrato_Port.htm

PROGRAMAS RADIOFÔNICOS

CAZES, Henrique. Choro. Rio de Janeiro: Rádio MPB Brasil.

ÉPOCA DE OURO. Época de ouro na Rádio Nacional. Rio de Janeiro: Rádio Nacional – AM 1130 kHz.

MOLINA, Sidney. O violão na era do disco. São Paulo: Rádio Cultura FM, 2009. Disponível em http://sites.google.com/site/ovneddblog

ZANON, Fábio. A Arte do Violão. São Paulo: Rádio Cultura FM, 2003 e segs. Disponível em http://aadv.radio.googlepages.com

_______. Violão Brasileiro. São Paulo: Rádio Cultura FM, 2006 e segs. Disponível em http://vcfz.blogspot.com/2006/12/ndice-o-violo-brasileiro.html

_______. Violão Espanhol. São Paulo: Rádio Cultura FM, 2006. Disponível em http://vcfz.blogspot.com/2006/03/ndice-o-violo-espanhol.html

Page 139: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

130

O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO

© CARLOS WALTERwww.carloswalter.com.br

LIVROS

ALENCAR, José de. O Guarani. Cotia, SP: Ateliê, 2000.

ALMADA, Carlos. A estrutura do choro. Rio de Janeiro: Da Fonseca, 2006.

ANTÔNIO, Irati; PEREIRA, Regina. Garoto: sinal dos tempos. Rio de Janeiro: Funarte, 1982.

BARASNEVICIUS, Ivan. Jazz: harmonia e improvisação. São Paulo: Irmãos Vitale, 2007.

BECKER, Zé Paulo. Levadas brasileiras para violão: samba, choro, bossa-nova... Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2013.

_______. Pra tocar na roda. Rio de Janeiro: Edição do Autor, 2006.

BERSANI, Wanderson. Chart reading: mapeando a partitura através dos sinais de indicação de roteiro. In: TAFFO, Wander et al. IG & T Book. São Paulo: EM&T Editora, 2007, vol. 01, p. 18-33.

BERTAGLIA, Marco. O violão de 7 cordas. 2. ed. Bertaglia: São Paulo, 2002.

BOUNY, Elodie. Violonista de formação erudita e violonista de formação popular: investigando as diferenças na formação musical. Novas Edições Acadêmicas, 2014.

BRAGA, Luiz Otávio. O violão de 7 cordas. 2. ed. Rio de Janeiro: Lumiar, 2004.

BRANCO, Waltel; MENANDRO, Cláudio (Org.). A obra para violão de Waltel Branco. Curitiba: Fundação Cultural de Curitiba, 2008.

BUCHER, Hannelore. Harmonia funcional prática. Vitória: Gráfica Al, 2001.

CAETANO, Rogério; PEREIRA, Marco (Org.). Sete cordas: técnica e estilo. Rio de Janeiro: Garbolights, 2010.

CAMPOS, Maria Tereza R. Arruda. Toninho Horta: harmonia compartilhada. São Paulo: Imprensa Oficial, 2010.

CARLEVARO, Abel. Técnica aplicada. Buenos Aires: Barry, s.d., vols. 01-02.

_______. Série didáctica. Buenos Aires: Barry, s.d., vols. 01-04.

CAZES, Henrique. Choro: do quintal ao municipal. São Paulo: Editora 34, 1998.

CHEDIAK, Almir et al. Songbook Choro. Rio de Janeiro: Lumiar, 2007, vol. 01-03.

_______. Harmonia e improvisação. 7. ed. Rio de Janeiro: Lumiar, 1986.

Page 140: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

131

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

_______. Dicionário de acordes cifrados: harmonia aplicada à música popular. Rio de Janeiro: Lumiar, 1984.

COLLURA, Turi. Improvisação: práticas criativas para a composição melódica na música popular. São Paulo: Irmãos Vitale, 2008, vol. 01.

CRUZ e SOUSA. Violões que choram. In: Faróis. São Paulo: Biblioteca Virtual do Estudante Brasileiro | USP

DREYFUS, Dominique. O violão vadio de Baden Powell. São Paulo: Editora 34, 1999.

FARIA, Nelson. Harmonia aplicada ao violão e à guitarra: técnicas em chord melody. 2. ed. Rio de Janeiro: Nelson Faria Produções Musicais, 2009.

_______. Acordes, arpejos e escalas para violão e guitarra. Rio de Janeiro: Lumiar, 1999.

_______. The Brazilian guitar book. Petaluma: Sher Music Co, 1995.

FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El arte de un guitarrero español. Jaén, España: Soproarga, 1993.

FIGUEIREDO, Diego. Novos padrões. São Paulo: Irmãos Vitale, 2006.

FIÚZA, Juninho. Noções básicas para violão e guitarra: teoria e prática. Juninho Fiúza, 2006.

FRANCEZ, Andréa et al. Manual do direito do entretenimento: guia de produção cultural. São Paulo: Senac/Sesc, 2009.

GALILEA, Carlos. Violão ibérico. Rio de Janeiro: Trem Mineiro Produções Artísticas, 2012.

GOMES, Rubens et al. Manual de Lutheria: curso básico. Manaus: UNICEF, 2004.

GUEST, Ian. Harmonia: método prático. Rio de Janeiro: Lumiar, 2006, vols. 01-02.

_______. 16 estudos escritos e gravados para piano. Rio de Janeiro: Lumiar, 2000.

_______. Arranjo: método prática. Rio de Janeiro: Lumiar, 1996, vols. 01-03.

GUIMARÃES, Maria Inês. Danses et oiseaux du Brésil. Paris: Gérard Billaudot, 2003, vols. 01-02.

GUINGA. Noturno copacabana. Rio de Janeiro: Gryphus, 2006.

KOELLREUTTER, H. J. Harmonia funcional: introdução à teoria das funções harmônicas. São Paulo: Ricordi, 1986.

Page 141: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

132

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

LEAL, Rosemiro Pereira. 5 prelúdios brasileiros para violão. São Paulo: Irmãos Vitale, 1984.

MARQUES, Mário. Guinga: os mais belos acordes do subúrbio. Rio de Janeiro: Gryphus, 2002.

MED, Bohumil. Vida de músico não é fácil: pequeno manual de sobrivênvia na selva musical – dicas do Bohumil. Brasília: Musimed, 2004.

_______. Teoria da música. 4. ed. rev. e ampl. Brasília: Musimed, 1996.

MOREIRA, Jefferson. Dicionário de acordes com cordas soltas. Rio de Janeiro: Lumiar, 2000.

NEVES, José Maria. Villa Lobos, o choro e os choros. São Paulo: Ricordi, 1977.

NOGUEIRA, Paulinho. Método Paulinho Nogueira: para violão e outros instrumentos de harmonia. 21 ed. São Paulo: Casa Manon, s.d.

PEREIRA, Marco. Cadernos de harmonia. Rio de Janeiro: Garbolights, 2011, vol. 01.

_______. Ritmos brasileiros. Rio de Janeiro: Garbolights, 2007.

_______. Heitor Villa-Lobos: sua obra para violão. Brasília: Musimed, 1984.

_______. Valsas brasileiras. Rio de Janeiro: BrasilPrev/MinC, 1999.

PINTO, Alexandre Gonçalves. O Choro: reminiscências dos chorões antigos. Rio de Janeiro, 1936.

PINTO, Henrique. Antologia violonística: história, fundamentos de um método, notas biográficas, repertório. São Paulo: Ricordi, 2007.

_______. Curso progressivo de violão. São Paulo: Ricordi, 1982.

PRINCE, Adamo. Linguagem harmônica do choro. São Paulo: Irmãos Vitale, 2010.

RAMOS, Toninho. O Brasil de Norte a Sul: pour guitare. Paris: Henry Lemoine, 1996.

_______. O violão e a flor: pour guitare. Paris: Henry Lemoine, 1994.

Page 142: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

133

O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO

© CARLOS WALTERwww.carloswalter.com.br

RASKIN, Milton; ROBERTS, Howard. Isometric for guitarist. North Hollywood: Playback pub, 1971.

ROCHA, Ulisses. Estudos para violão nº 01. São Paulo: Árvore da Terra, 1998.

SARDINHA, Aníbal Augusto. Bandeirantes: método prático com lições bem organizadas para violão tenor, bandolim e banjo. São Paulo: Irmãos Vitale, 1996.

SARDINHA, Aníbal Augusto; BELLINATI, Paulo (Coord. e Org.). The guitar works of Garoto. San Francisco, EUA: GSP, 1991, vol. 01-02.

SACKS, Oliver. Alucinações musicais: relatos sobre a música e o cérebro. São Paulo: Cia das Letras, 2007.

SAMPAIO, Renato. O violão brasileiro de Mozart Bicalho. Belo Horizonte: Hematita, 2002.

SANTOS, Turíbio. Mentiras ou não? Uma quase biografia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2002.

_______. Caminhos, encruzilhadas e mistérios... Rio de Janeiro: Artviva Editora, 2014.

SÁVIO, Isaías. Escola moderna de violão. São Paulo: Ricordi, s.d.

SÈVE, Mário. Vocabulário do choro: estudos e composições. Rio de Janeiro: Lumiar, 1999.

SODRÉ. Escola do violão baseada na técnica de Tárrega: estudos de Aguado, Carulli, Carcassi e Cano dedilhados e coordenados por Sodré. São Paulo: Casa Del Vecchio, s.d., vol. 01 e 02.

SOUTO, Warner. Curso de violão: harmonia cifrada para acompanhamento.

SOUZA, Rogério. Choro 100: violão – play along choro. Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 2008.

TABORDA, Márcia. Violão e identidade nacional. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2011.

TAUBKIN, Myriam (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004.

TOWNER, Ralph. Improvisation and performance techniques for classical and acoustic guitar.

Page 143: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

134

O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

VILLA-LOBOS, Heitor. Villa-Lobos collected works for solo guitar: with an introduction by Frederick Noad. New York/London/Sydney: Amsco, 1990.

VINÍCIUS, Ausier. Método básico para cavaquinho. Belo Horizonte: Michael.

ZANON, Fábio. Villa Lobos. São Paulo: Publifolha, 2009.

WALTER, Álvaro. Composição instantânea: apontamentos sobre improvisação. Fundação Municipal de Cultura: Uberaba, MG, 2015.

WALTER, Carlos. Calendário do Afeto: suíte para violão solo com 9 movimentos alusivos aos meses de gestação; áudio, partituras, cifras e tablaturas. Fundação Municipal de Cultura: Belo Horizonte, 2015 (CD/E-Songbook).

_______. Discurso jurídico na democracia: processualidade constitucionalizada. Belo Horizonte: Editora Fórum, 2008.

REVISTAS ESPECIALIZADAS

AUTORES DIVERSOS. Acústico. São Paulo: HMP, 2006-2007, vols. 01, 02, 05, 06, 07, 08, 12.

AUTORES DIVERSOS. Violão Pro. São Paulo: Música & Mercado, 2006-2010, vols. 01, 04-06, 08-09, 11, 14, 16-18, 20-28.

AUTORES DIVERSOS. Violão intercâmbio. São Paulo, s.d.

Vários artigos veiculados nesses periódicos foram citados com dados bibliográficos completos ao longo da presente publicação.

DOCUMENTÁRIOS

BAROUH, Pierre. Saravah. 1969 (Documentário).

CÔGO, William. Alma carioca: um choro de menino. 2002. Disponível em http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=2495 (Documentário).

FONTOURA, Antonio Carlos da et al. Chorinhos e chorões. 1974. Disponível em www.portacurtas.com.br/filme_abre_pop.asp?cod=4749&exib=4479# (Documentário).

Page 144: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

135

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

MEIRA, Daniela, Amanda; BIAMONTI, Celso. Simplicidade: Mozart Secundino (DVD em construção).

GAMO, Alessandro et al. Descobrindo Waltel. 2005. Disponível em http://blogln.ning.com/profiles/blogs/descobrindo-waltel

GRUPO CORTA JACA. Na levada do choro: um almanaque musical. Belo Horizonte: Natura Musical/Lei Estadual de Incentivo a Cultura, 2008 (DVD).

KAURISMAKI, MIKA et al. Brasileirinho, 2005.

TAUBKIN, Myriam (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004 (DVD).

VIANNA, Geraldo et al. Violões de Minas. Belo Horizonte: Uirapuru, 2007 (DVD).

POEMAS | LETRAS

BARRIOS, Agustín. Profissão de fé. Apud ZANON, Fábio. A Arte do Violão. São Paulo: Rádio Cultura FM, 2003 e segs. Disponível em http://aadv.radio.googlepages.com

COSTA, Sueli; PINHEIRO, Paulo César. Violão. In: GUEDES, Fátima. Pra bom entendedor. Rio de Janeiro: Velas, 1993 (CD).

OLIVEIRA, Angenor de. Cordas de aço. In: Idem. Cartola. Rio de Janeiro: Marcus Pereira, 1976 (LP).

RABELLO, Raphael; PINHEIRO, Paulo César. Sete cordas. In: RABELLO, Raphael; RABELLO, Amélia. Todas as canções. Rio de Janeiro: Acari, 2001 (CD).

ÁUDIOS | POD CASTS | OUTROS

ALBANESE, Mário. Jequibau. Disponível em http://il.youtube.com/watch?v=Bww_pV1YnoU&feature=related

Page 145: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

136

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

AUDIOLIST. Gravando violão e instrumentos de cordas dedilhadas. Disponível em http://audiolist.org/forum/kb.php?mode=article&k=91

AURÉLIE E VERIOCA. Além des nuages. Paris, 2011.

BANDOLIM, Jacob do. Depoimento prestado ao Museu da Imagem e do Som. Rio de Janeiro: MIS, 24 fev. 1967. (Informações verbais). Disponível emhttp://www.jacobdobandolim.com.br/jacob/oucajacob.php#trechos

BANDOLIM, Rubim do. Formas de chorar. Timóteo, 2002 (CD).

BECKER, Zé Paulo. Um violão na roda de choro. Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 2006.

CAMPOS, André et al. História do violão. DEMAC/UFU. Disponível em http://www.demac.ufu.br/numut/historiadoviolao/

CAZES, Henrique et al. Beatles ‘n’ Choro. Rio de Janeiro: Deck Disc, 2006, vol. 01-04 (CD).

CLUBE DO CHORO DE BELO HORIZONTE; CARVALHO, Fernanda et al. Choro: original do Brasil. Belo Horizonte: TV Uni-BH, 2010 (Documentário).

CLUBE DO CHORO DE BELO HORIZONTE. Dia Nacional do Choro. Belo Horizonte: Clube do Choro de Belo Horizonte, 2007 (DVD).

DELMIRO, Hélio. Recital de violão. In: RT SOM. São Paulo: TV Cultura, s.d. (Transmissão televisiva). FREITAS, Marcos Flávio de Aguiar. Choro bone. Betim/Belo Horizonte, 2005 (CD). GERAISSATI, André. Estilo de violão. São Paulo: MPO, s.d. (VHS). JACQUES, Lígia; LEONEL, Rogério. Choro cantado. Belo Horizonte, 2010. _______. Choro barroco. Belo Horizonte, 2001. K, Demma. Exercícios isométricos para guitarristas. No Cabo TV, 2009 (Vídeo). MACEDO, Armandinho. Pop Choro. Rio de Janeiro: Biscoito Fino, 2006 (CD).

CORTEZ, Hélio. Método toque fácil mesmo: interpretação de RicardoCortez. São Paulo: Musical Cortez, s.d. (DVD).

Page 146: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

137

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

MOREIRA, Juarez. Choro diferente. In: BH no Choro. Belo Horizonte: Belotur/Clube do Choro de Belo Horizonte/Auditório JK, 2008.

NOGUEIRA, Paulinho. Violão em harmonia. São Paulo: MPO, s.d. (VHS).

ROCHA, Ulisses. Arranjos e performance para violão. São Paulo: MPO, 1992. (VHS).

_______. Dicas: troca do encordoamento. Disponível em http://www.ulissesrocha.com

SILVA, Luís Felipe. O engenheiro musical. In: Jornal Revelação. Uberaba: Universidade de Uberaba, 2005. Disponível em http://www.revelacaoonline.uniube.br/2005/312/musica.html

SILVA COSTA, Sílvio Carlos et al. Flor de abacate. Belo Horizonte, 1999 (CD).

TARDELLI, Marcus. Unha e carne: composições de Guinga para violão. Rio de Janeiro: Biscoito fino, 2006 (CD).

WALTER, Carlos; COSTA, Sílvio Carlos Silva et al. 13 Cordas: VI Festival de Choro de Paris. Paris: Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural do MinC/Club du Choro de Paris/Cebramusik, 2010 (DVD).

_______. Quelque chose. In: DEL NEGRI, André. Quase poesia. São Paulo: Clube de Autores, 2009, p. 63.

ZOCKRATTO, Mauro et al. Pelo espaço de um compasso. Belo Horizonte, 2008.

http://www.musicfrombrazil.com.br/html/portugues.html

http://www.musical-express.com.br/br/podcast/

http://www.osesp.art.br/podcast/?pagina=/2008/02/21/entrevista-com-fabio-zanon/

http://www.youtube.com/watch?v=VvBDOsxr-Pw

SITES ESPECIALIZADOS

Acervo eletrônico de partituras: http://www.free-scores.com/

Page 147: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

138

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

http://www.joaopernambuco.com/

http://www.musicademinas.com.br/

http://www.gvianna.com.br/violoesdeminas.asp

http://www.demac.ufu.br/numut/historiadoviolao/

www.festivaldeviolao.com.br

http://www.bravio.blogspot.com/

http://www.av-rio.org.br/AVRIO/Arquivos.html

http://www.movimentoviolao.com.br/

http://brazilianguitar.net

http://www.violaobrasil.com.br/

OUTROS SITES

INSTITUTOS CRAVO ALBIN (DICIONÁRIO DA MPB), MOREIRA SALLES E JACOB DO BANDOLIM

http://www.dicionariompb.com.br/

http://ims.uol.com.br/

http://www.jacobdobandolim.com.br/apresentacao.php

SAMBA-CHORO

http://www.samba-choro.com.br

MÚSICOS DO BRASIL

http://www.musicosdobrasil.com.br; enciclopédia de música instrumental organizada por “Maria Luiza Kfouri

Page 148: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

139

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

([email protected]), pesquisadora da música brasileira que mantém desde 2005 o site “Discos do Brasil – Uma Discografia Brasileira” (www.discosdobrasil.com.br) – banco de dados com a catalogação de discos (5 mil e 770 títulos), instrumentistas (15 mil e 400), instrumentos (2 mil e 832), arranjadores (2 mil e 426), compositores (10 mil), músicas (42 mil e 800), e datas de gravações e de nascimento e morte dos intérpretes principais.”

SOVACO DE COBRA

O grupo vem publicando textos sobre o itinerário existencial do Garoto com exemplos musicais disponíveis para download nos links:

http://sovacodecobra.uol.com.br/category/series/cancioneiro-de-garoto/

http://sovacodecobra.uol.com.br/category/series/garoto-inedito/

http://sovacodecobra.uol.com.br/category/conteudo/ensaios/

http://sovacodecobra.uol.com.br/category/conteudo/memoria/

http://sovacodecobra.uol.com.br/category/destaques/

BIBLIOTECAS DIGITAIS

http://www.dominiopublico.gov.br

http://libdigi.unicamp.br/

http://www.periodicos.capes.gov.br

PROGRAMAS DE INTERCÂMBIO E DIFUSÃO CULTURAL

http://www.cultura.gov.br/site/categoria/apoio-a-projetos/

http://musicaminas.blogspot.com/

Page 149: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

140

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

GRAVADORAS E EDITORAS ESPECIALIZADAS

http://www.acari.com.br/

http://www.choromusic.com/

http://www.biscoitofino.com.br/

BAR MUSICAL PEDACINHOS DO CÉU

http://www.pedacinhosdoceu.com.br

CLUBES DE CHORO

Clube do Choro de Belo Horizonte

http://www.clubedochorodebh.com.br

http://www.myspace.com/clubedochorodebelohorizonte

Clube do Choro de Brasília

http://www.clubedochoro.com.br/

Clube do Choro de Paris

http://clubduchorodeparis.free.fr/

Bando do Chorão

http://bando.do.chorao.free.fr/

Casa de Choro de Toulouse

http://voixdubresil.com/index.php?option=com_content&view=article&id=45&Itemid=131

Page 150: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

141

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Clube do Choro de Juiz de Fora

http://clubedochorojf.blogspot.com/ e http://www.acessa.com/nossagente/arquivo/artistas/2001/06/26-

Clube_do_Choro/

Clube do Choro de Santos

http://www.clubedochoro.org.br/

Clube do Choro de Porto Alegre

http://odarablog.blogspot.com/2010/03/clube-do-choro-de-porto-alegre-sem.html

Clube do Choro de Goiânia

http://www.clubedochorogo.hpg.com.br/principal.htm

Clube do Choro da Bahia

http://clubedochorodabahia.blogspot.com/2007/08/sobre-os-integrantes-do-clube-do-choro.html

Clube do Choro de Florianópolis

http://www.samba-choro.com.br/noticias/arquivo/12532

ESCOLAS DE CHORO

Brasil com S, Escola Portátil de Música e Escola de Choro Raphael Rabello

http://www.escoladechorobrasilcoms.com.br/

http://www.escolaportatil.com.br/

http://www.clubedochoro.com.br/index.php?option=com_content&task=view&id=249&Itemid=23

Page 151: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El
Page 152: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

142

ANEXOS

Page 153: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El
Page 154: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

143

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

EMENTA

O VIOLÃO DE 6 CORDAS NO CHORO

01. RESUMO DOS CONTEÚDOS QUE SERÃO MINISTRADOS:

O professor abordará os seguintes conteúdos:

� Breve histórico sobre o violão: constituição (luteraria), escolas,

posturas (ergonomia) e técnicas (aquecimento, tocabilidade e

digitação).

� As linguagens do choro: estruturas (formas) e variações

rítmicas.

� O repertório para o instrumento: análise de intérpretes,

compositores e composições.

� Funções no choro: rítmica, solo e harmonização.

� Prática de conjunto e sonorização: roda presencial de choro e

amplificação eletroacústica.

� Perspectivas profissionais, referências de ensino-aprendizagem

e centros de formação.

Page 155: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

144

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

02. RESPONSÁVEL PELA OFICINA:

O professor da oficina se chama Carlos H. Walter.

03. OBJETIVOS GERAIS:

Os objetivos gerais da oficina estão indicados a seguir:

� Fortalecer a identidade cultural da música brasileira.

� Preservar e difundir o choro com práticas educacionais.

� Humanizar cidadãos com estratégias transdisciplinares de

musicalização.

04. OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Os objetivos específicos da oficina estão assinalados abaixo:

� Popularizar (socializar) as linguagens do violão desenvolvidas no

choro.

� Ampliar o vocabulário violonístico do público-alvo.

� Favorecer os processos musicais de percepção, apreciação e

performance violonística no Choro.

Page 156: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

145

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

� Capacitar o público-alvo à difusão cultural do saber

transdisciplinar ministrado.

05. JUSTIFICATIVA:

Projetos de oficinas dirigidas aos instrumentos musicais

típicos das formações interpretativas do Choro são indispensáveis

à vida cultural de uma sociedade.

Socializar práticas de evidenciação do papel do violão na

história do choro com medidas pedagógicas de escopo

sócioeducacional fomentará ainda mais as políticas culturais de

cidadanização.

Ademais, o empreendedor do projeto tem como missão

precípua divulgar as manifestações artísticas que, desde a 2ª

metade do século XIX, compõem o itinerário evolutivo do Choro.

06. CARGA HORÁRIA COMPLETA:

A carga horária integral da oficina corresponde a 8 (oito)

horas igualmente distribuídas em 2 (dois) encontros realizados em

escolas e/ou espaços culturais.

Page 157: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

146

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

07. PÚBLICO-ALVO (CARACTERÍSTICAS E IDADE):

O perfil do público-alvo é abrangente. Contempla jovens,

adultos, estudantes de música, músicos amadores e profissionais.

Já o número de inscrições está limitado a 30 (trinta) vagas.

08. METODOLOGIA QUE SERÁ APLICADA:

A epistemologia do conhecimento que sustenta o marco

metodológico está centrada na relação educando-educador e

compõe-se de estratégias de ensino-aprendizagem desenvolvidas a

partir de investigações transdisciplinares sobre Violão e Choro que

serão operacionalizadas pelos partícipes com a utilização de

instrumentos musicais (violões).

09. MATERIAL DIDÁTICO UTILIZADO:

As oficinas serão ministradas com recursos didáticos

interativos:

� Interpretação ilustrativa de choros com análises verbais dos

executantes (professor e público-alvo) do instrumento musical

investigado (violão).

Page 158: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

147

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

� Projeção áudio-visual e fonográfica (data-show, players de CD e

DVD) de documentários e performances.

� Amplificação sonora condizente com as necessidades do

ministrante: utilização de microfone e amplificador.

| Design | Tibé |

Page 159: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

148

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

CONTEÚDO PROGRAMÁTICO

“O VIOLÃO DE 6 CORDAS NO CHORO” Carlos Walter

NÚCLEO DE FORMAÇÃO E CRIAÇÃO ARTÍSTICA – Belo Horizonte, MG, 18h30 às 22h30 dos dias 14 e 15/09/2010 –

I

1. O Violão no Choro: breve histórico. 2. Luteraria, Anatomia e Modelos. 3. Extensão, Encordoamento e Afinação. 4. Exercícios Isométricos e Acessórios Ergonômicos. 5. Unhas: formas, lixas e artefatos sintéticos. 6. Mecanismos Técnicos de Tocabilidade: exercícios de calibragem, resistência, sonoridade, abertura, independência e velocidade para as mãos. 7. Sistemas de Notação: partitura, tablatura, cifragem e musibraille. 8. Estrutura do Choro: formas, cadências, anacruses e finalizações. 9. Rodas de Choro: fenômeno orgânico de experimentação reconstrutiva das linguagens do Choro.

II 10. O Violão Harmonizador: harmonia funcional (funções, acordes e inversões), baixaria e centro. 11. Variações Rítmicas: maxixe, tango brasileiro, choro, choro-canção, chorinho (choro sapeca), samba-choro e valsa-choro. 12. O Violão Solista: interpretação, arranjo, improviso e composição. 13. Performance espaço-temporal: rodas de choro, auditórios e estúdios de gravação. 14. Amplificação (captação, no feed back, mapa, rider e input list) e Gravação (preparativos, afinação, tipos de microfone, técnica XY e regra 3:1). 15. Ferramentas Tecnológicas: setup, sites e softwares. 16. Festivais, Clubes, Institutos, Programas de Difusão, Redes Sociais, Editoras e Gravadoras Especializadas, Projetos e Centros de Formação. 17. Registro Autoral e Tabelas de Cachês. 18. Referências de Ensino-aprendizagem: material didático complementar.

Page 160: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

149

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

FLYERS DEMONSTRATIVOS

Page 161: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

150

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

O 13 CORDAS é integrado pelos violonistas mineiros Carlos Walter (violão de 6 cordas) e Sílvio Carlos (violão de 7 cordas) e foi criado em 2006 para difundir o Choro e variações rítmicas afins. Entre 26 e 27 de março de 2010 – mediante apoio do Programa de Intercâmbio e Difusão Cultural do Ministério da Cultura – representará o Brasil no concerto de encerramento do “VI Festival du Choro de Paris”, evento anual realizado pelo “Club du Choro de Paris” com apoio do Cebramusik (Centro Eurobrasileiro de Música), entidades sem fins lucrativos que promovem a divulgação da música brasileira na Europa através de ações culturais e pedagógicas. O concerto contará com a participação da pianista, compositora e presidente do Clube do Choro de Paris, a uberabense Maria Inês Guimarães e de outros convidados (a percussionista Lúcia Campos e o flautista Marcelo Chiaretti...).

O duo também ofertará uma oficina sobre as linguagens violonísticas do Choro. Em seguida, entre 13:00 e 15:00 h de 10 de abril de 2010, o 13 CORDAS marcará presença no palco da Feira do Choro do Instituto Cultural Aletria – evento semanal que abriga as tendências e desdobramentos do Choro em espaço gratuito de Belo Horizonte (Praça Tom Jobim) – para demonstrar o repertório tocado na França. Depois se apresentará às 20:00 h de 17 de maio de 2010 no auditório do Conservatório da UFMG pelo Projeto Pizindin. Enfim, apresentações que contarão com o talento percussivo do pandeirista Camargo.

Maiores informações: http://clubduchorodeparis.free.fr/ e http://www.myspace.com/13cordas

[email protected] e [email protected]

P.s.: Carlos Walter e Sílvio Carlos respondem, atual e respectivamente, pela assessoria e diretoria cultural do Clube do Choro de Belo Horizonte.

Page 162: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

151

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

13 CORDAS began in 2006 at the State of Minas Gerais with brazilian guitarists Carlos Walter (classical guitar) and Sílvio Carlos (seven-string classical guitar) inspired by Choro’s language. The group will play – through support of the Culture Ministry of Brazil – in the Paris Choro Festival (20:00h, march 26-27, 2010), an annual event organized by the “Club du Choro de Paris” with the support of Cebramusik (Eurobrazilian Center of Music), unprofitable organizations that publicize of brazilian music in Europe through cultural and educational activities. The group will invite Maria Inês Guimarães (pianist, composer and president of the “Club du Choro de Paris”) and others guests (the percussionist Lúcia Campos and flutist Marcelo Chiaretti...).

The duo will also offer a workshop.

Finally, it will do a recitals at Belo Horizonte city with a repertoire of songs played in France: - Choro’s Fair of Aletria Cultural Institute (Tom Jobim Square, 13:00 h, april 10, 2010) and Pizindin Project (Conservatory of UFMG, 20:00 h, may 17, 2010) with ex’perienced percussionist Camargo.

More information:

http://clubduchorodeparis.free.fr/ e http://www.myspace.com/13cordas [email protected] e [email protected]

P.s.: Carlos Walter and Silvio Carlos are cultural adviser and director of Belo Horizonte Choro Club, respectively.

Page 163: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

152

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

13 CORDAS es un duo brasileño de guitarras compuesto por Carlos Walter (guitarra clásica) y Silvio Carlos (guitarra de siete cuerdas), creado em 2006 para difundir el lenguaje del Choro. Del 26 al 27 de Marzo (20:00 h)– con ayuda institucional del Ministerio brasileño de la Cultura, tocará en VI Festival del Choro de Paris, encuentro anual del “Club du Choro de Paris” apoyado por Cebramusik (Cientro Eurobrasileño de Música), organizaciones sin finalidad lucrativa que divulgan la música brasileña en Europa a traés de actividades educativas y culturales. Habrá participación especial de Maria Inês Guimaraes (pianista, compositora y presidente del Clube francés) y de otros invitados (la percusionista Lucia Campos y el flautista Marcelo Chiaretti...).

Aún se producirá un taller sobre guitarra brasileña.

Después presentará en la ciudad de Belo Horizonte conciertos con repertorio interpretado en Francia: - Feria del Choro de la Aletria en la Plaza Tom Jobim (10 de abril, 13:00 h) y Projecto Pizindin en Teatro del Conservatorio de la UFMG (17 de mayo, 20:00 h) con el calificado percusionista Camargo.

Otros datos:

http://clubduchorodeparis.free.fr/ e http://www.myspace.com/13cordas [email protected] e [email protected]

P.s.: Carlos Walter y Silvio Carlos son, respectivamente, asesor y director de cultura del Clube del Choro de Belo Horizonte.

Page 164: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

153

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Page 165: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El
Page 166: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

154

ÍNDICE REMISSIVO

Page 167: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El
Page 168: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

155

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

ÍNDICE REMISSIVO

A

Abertura ................................................. 92 Acabamento

Unhas ................................................... 42 Acessórios ergonômicos ........................ 41 Acidentes ................................................ 50 Acordes com notas de tensão ............ 64 Acordes com sexta ............................... 63 Acordes diminutos ................................ 69 Acordes híbridos ................................... 64 Acordes quartais ................................... 65 Acordes suspensos ................................ 64 Afinação padrão ..................................... 37 Afinações alternativas ......................... 37 Afinador .................................................. 43 Alaúde ....................................................... 19 Alzapúa ..................................................... 91 Amplificação .......................................... 106 Anacruses ................................................ 58 Anti feed back ...................................... 108 Arranjo .................................................... 77 Arraste .................................................... 80 Artigos e ensaios .................................. 128 Associações violonísticas .................... 112 Atipicidades rítmicas ........................... 88 Auto-audição .......................................... 38

B

Baixaria Tipos .................................................... 78

Baixo pedal .............................................. 79 Bemolização ............................................ 93 Bend .......................................................... 93 Blindagem eletromagnética ................ 108 Blogs ........................................................ 108

C

Cadência autêntica imperfeita ........... 68 Cadência autêntica perfeita ............... 67 Cadência deceptiva diatônica ............. 68 Cadência deceptiva modulante ........... 69 Cadência plagal ....................................... 68 Cadências ................................................ 67 Campanela ............................................... 85 Campo harmônico maior natural ......... 73 Campo harmônico menor bachiano ou

híbrido ................................................. 75 Campo harmônico menor harmônico .. 74 Campo harmônico menor melódico ..... 74 Campo harmônico menor natural ........ 74 Captação ................................................. 107 Captação ativa ....................................... 107 Captação de contato ............................ 107 Captação de rastilho ............................ 107 Captação passiva ................................... 107 Células rítmicas ..................................... 56 Centros de formação ........................... 114 Chart reading .......................................... 51 Chord melody ......................................... 77 Choro ........................................................ 57 Choro barroco ........................................ 57 Choro cantado ........................................ 57 Choro sambado ....................................... 57 Choro sapeca .......................................... 57 Choro-canção .......................................... 57 Cifra ......................................................... 49 Círculo das quintas ................................ 50 Clubes de choro ............................ 111, 140 Coma ......................................................... 36 Comunidades virtuais ........................... 108 Concentração .......................................... 38 Conteúdo programático ....................... 148 Contraponto ............................................ 97 Controle auditivo da extensão ............ 38

Page 169: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

156

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Corta-jaca ............................................... 57 Crescente X ............................................ 33 Cromatismo ............................................. 82 Cuidados especiais ................................ 30

D

Dedo em alça .......................................... 95 Desdobramentos estéticos ................. 57 Digitação transponível .......................... 96 Digitações alternativas ........................ 95 Diminutos auxiliares ............................. 69 Diminutos de aproximação ................... 69 Diminutos de passagem ........................ 69 Diminutos não preparatórios .............. 69 Dinâmica .................................................. 38 Direct box .............................................. 106 Discografia ............................................ 109 Discos do Brasil .................................... 109 Documentários ...................................... 134 Dominantes estendidos ........................ 99 Double stops ........................................... 95

E

Editoras e gravadoras especializadas ............................................................. 113

Efeito redemoinho ................................ 88 Ementa .................................................... 143 Empréstimo modal ................................. 84 Encordoamentos .................................... 36 Equilíbrio mental .................................... 39 Era da convergência ............................. 108 Escala alterada (menor e maior) ........ 76 Escala cromática .................................... 75 Escala de blues maior ........................... 76 Escala de tons inteiros ......................... 75 Escala diminuta ...................................... 75 Escala diminuta dominante .................. 75 Escala maior natural ............................. 73 Escala menor bachiana ou híbrida...... 74 Escala menor harmônica ....................... 74 Escala menor melódica ......................... 74 Escala menor natural ............................ 73

Escala pentatônica ................................ 76 Escala suspensa ..................................... 33 Escolas de choro ................................... 141 Estrutura ................................................ 30 Estrutura do choro ............................... 53 Estudo por reflexão ............................. 38 Exercício profissional ......................... 116 Exercícios isométricos ......................... 39 Extensão .................................................. 35

F

Fade out .................................................. 60 Feira do choro ....................................... 114 Festivais ................................................. 110 Finalizações ............................................ 59 Finger style ............................................ 47 Flyer ........................................................ 104 Forma rondó ........................................... 54 Forma típica............................................ 54 Formas atípicas ...................................... 55 Fórmulas de arpejos ............................. 44 Fórmulas de digitação .......................... 47 Fóruns ..................................................... 108

G

Guitarra .................................................... 19 Guiterna .................................................... 19

H

Harmonia funcional ............................... 65 Harmonia modal ...................................... 71 Harmônicos

Naturais e artificiais ....................... 86 Harmonização em blocos ...................... 89 História do choro .................................. 26 História do violão ................................... 19

I

Improvisação .......................................... 72 Input list ................................................ 106 Instituto Moreira Salles .................... 138

Page 170: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

157

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Institutos ............................................... 113 Instrumento transpositor ................... 35 Intervalos ............................................... 62 Inversões ................................................ 64 Isometria ................................................ 39

L

Leis tonais ............................................... 66 Liberdade muscular ............................... 39 Ligados ..................................................... 94 Linguagem ................................................ 48 Livros ...................................................... 130 Lixamento ................................................ 42 Lundu ........................................................ 57 Luteraria ................................................. 30

M

Mapa de palco ........................................ 106 Marcha harmônica modulante ............. 69 Maxixe ..................................................... 57 Mazurka ................................................... 57 Mecanismos técnicos de tocabilidade

.............................................................. 44 Meia cadência ......................................... 68 Memória ................................................... 38 Mesa de som .......................................... 106 Metodologia ........................................... 146 Metrônomo .............................................. 43 Microfonação ......................................... 107 Microfone multifuncional ................... 107 Modelos ................................................... 35 Monitor ................................................... 106 Movimento contrário ............................ 82 Movimento direto ................................... 81 Movimento oblíquo ................................. 82 Movimento paralelo ................................ 81 Movimento Violão ................................. 110 Música de Minas ................................... 138 Música incidental ................................... 98 Música Minas ......................................... 113 Músicos do Brasil .................................. 138

O

Oficinas de choro ................................. 118 Ouvido ...................................................... 38

P

Partitura .................................................. 49 Pedal tones ............................................. 83 Performance .......................................... 104 Pestana .................................................... 95 Pizzicato .................................................. 80 Pod casts ................................................ 135 Poemas .................................................... 135 Polca brasileira ...................................... 57 Polegar esquerdo ................................... 95 Poliacordes .............................................. 65 Polimento

Unhas ................................................... 42 Postura ..................................................... 39 Prêmios ................................................... 110 Preparação diminuta ............................. 69 Programa de intercâmbio e difusão

cultural ............................................... 113 Programas radiofônicos ...................... 129 Projetos .................................................. 114 Proposta pedagógica ............................ 118 Propriedade intelectual ...................... 115

R

Rasgueo ..................................................... 91 Redes sociais ......................................... 108 Reflexo condicionado ........................... 39 Regra 3:1 ................................................ 107 Relaxamento ........................................... 39 Release ................................................... 104 Repertório .............................................. 104 Revistas especializadas....................... 134 Rider ........................................................ 106 Rodas de choro ..................................... 117

Page 171: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

158

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

S

Salto ......................................................... 93 Samba-Choro ......................................... 138 Schottisch .............................................. 57 Setup ....................................................... 105 Sistema cromático temperado ........... 35 Sistema de P.A. ..................................... 106 Sistema diatônico de escalas ............. 73 Sistema natural (não temperado) ...... 36 Sistema simétrico de escalas ............. 75 Sites ........................................................ 110 Sites especializados ............................ 137 Sobreposição de oitavas ...................... 96 Softwares .............................................. 108 Sonoridade dinâmica ............................. 43 Sovaco de cobra ................................... 139

T

Tabelas de cachês ................................ 116 Tablatura ................................................. 49 Tango brasileiro ..................................... 57 Tapping .................................................... 94 Técnica híbrida ...................................... 47 Técnica XY ............................................. 107 Temperatura........................................... 34 Teoria das árvores harmônicas .......... 70 Teoria geral do choro ........................... 54 Tétrades ................................................. 63 Textos científicos

Teses e dissertações .................. 125 Tom ............................................................ 61 Tonalidade ................................................ 61 Tons vizinhos .......................................... 66

Toque com apoio .................................... 43 Toque frontal ......................................... 43 Toque lateral .......................................... 43 Toque sem apoio .................................... 43 Treino do ouvido .................................... 38 Trêmulo ................................................... 90 Tríades .................................................... 63 Trinado .................................................... 87

U

Umidade ................................................... 34 Umidificador .......................................... 34 Unhas ........................................................ 41

V

Valsa-choro ............................................. 57 Variações rítmicas ................................ 57 Velocidade ............................................... 45 Vibratos ................................................... 38 Vicente Espinel ....................................... 19 Vihuela ...................................................... 19 Viola caipira ............................................ 20 Violão ......................................................... 19 Violões de Minas .................................. 138 Violonistas-compositores .................... 53

X

Xôlos/chôlos ........................................... 20

Z

Zona morta ............................................. 33

Page 172: O violão e as linguagens violonísticas do choro · VIOLÕES QUE CHORAM ... (Org.) et al. Violões do Brasil. São Paulo: M. Taybkin, 2004, passim; FERNÁNDEZ, Jerónimo Pena. El

159

�O VIOLÃO E AS LINGUAGENS VIOLONÍSTICAS DO CHORO�

© CARLOS WALTER www.carloswalter.com.br

Obra composta em fonte Comic Sans MS com capa em papelão 250g/m2, 4x0, laminação fosca, miolo impresso em papel Offset 75g/m2, 1x1, cadernos fresados e colados, A5, preto e branco.