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Rev. Científica Eletrônica UNISEB, Ribeirão Preto, v.7, n.7, p.154-172, jan/jun. 2016.
O USO DO EMOJI NA SIGNIFICAÇÃO E EMOÇÃO
DA CONVERSA DIGITAL
Vinícius Rocha da Silva- Graduando do Curso de Comunicação Social pela Estácio Vitória.
Bruno Ferreira Cesario de Castro- Graduado em Comunicação Social pela UNIVILA e
Especialista em Gestão e Estratégias de Comunicação pela Metodista/ES.
Resumo
A linguagem digitada com elementos que lembram a linguagem falada criam uma comunicação
híbrida, com características únicas. Um desses elementos é o emoji, que faz o ambiente virtual
ficar ainda mais interessante. Esse artigo estuda o uso dos emojis e sua capacidade de expressão
nas trocas de mensagens digitais. Foram analisadas trabalhos acadêmicos e obras sobre a CMC
(Comunicação Mediada por Computador), além de evidências empíricas e recorte de
reportagens, atestando a presença dos emojis no meio social.
Palavras-chave: emoji, conversa digital, expressão, emoções.
Abstract
The digital language with elements that recall a spoken language creates a hybrid
communication, with unique characteristics. One of these elements is the emoji, that makes the
virtual environment more interesting. This article studies the usage of emojis and their capacity
for expression in digital messaging exchanges. They have been analyzed academically in works
about CMC (Computer Media Communications), along with empirical evidence and reports,
attesting to the presence of emojis in social media.
Keywords: emoji, digital conversation, expression, emotions.
Introdução
A apropriação do computador como ferramenta social vem se tornando uma prática cada
vez mais comum em toda parte do mundo e estudar esse fenômeno ajuda a compreender os
vários aspectos envolvidos na socialização entre as pessoas, vide Recuero (2012). A autora
observa ainda que além dos aspectos de estrutura e organização textual na composição do
sentido da mensagem, estão envolvidos fatores socioculturais, podendo-se fazer um
intercâmbio entre a linguagem oral e escrita.
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A literatura trata amplamente desse assunto como um dos itens da Conversação Mediada
por Computador (CMC), definida por Herring (1996) apud Recuero (2012) como a
"comunicação que acontece entre seres humanos através da instrumentalidade dos
computadores". Ela observa também a frequencia com que trocamos os verbos "falei", "disse"
e "ouvi" por "digitei", "escrevi" e "li”, por exemplo. Dessas evidências podemos reiterar as
apropriações naturais que as pessoas fazem dos meios digitais, inclusive dos aspectos mais
subjetivos como humor ou gesticulações, a partir do uso iconográfico e elementos léxicos da
linguagem. “O uso linguístico atesta ao fato que a experiência dos usuários na CMC é
fundamentalmente similar àquela da conversação falada, apesar da CMC ser produzida e
recebida por meios escritos” (HERRING, 1996 apud RECUERO, 2012).
Recuero (2012, p.44) cita ainda que "num diálogo tudo é informação: elementos
prosódicos (como o tom da voz, a entonação e as pausas da fala), elementos gestuais e,
evidentemente, as palavras." Esses atributos orais seriam também transpostos na mensagem
digitada por meio de artifícios, como os emojis, no intuito de transmitir expressões e
sentimentos ao diálogo digital.
E uma das primeiras apropriações dos Interagentes foi o uso dos caracteres simbólicos
de que dispunham para, justamente, criar formas de simular esses elementos não
verbais. Uma dessas primeiras convenções foi o uso de emoticons (RECUERO, 2012,
p. 45).
Analisando essa aproximação entre a escrita e a fala, podemos questionar a interpretação
dos envolvidos em uma conversa, observando se eles efetivamente se entendem na perspectiva
semântica e expressiva, ou seja, compreendem, além dos enunciados propriamente ditos, o
estado de espírito do locutor, assim como verificamos na conversa oralizada. Mas para tal
precisamos considerar as delimitações do meio, conforme Xavier salienta:
Ser letrado digital pressupõe assumir mudanças nos modos de ler e escrever os
códigos e sinais verbais e não-verbais, como imagens e desenhos, se compararmos às
formas de leitura e escrita feitas no livro, até porque o suporte sobre o qual estão os
textos digitais é a tela, também digital (XAVIER, 2005, p.135).
Crystal (2006) apud Recuero (2012) discute como as limitações características dos
meios de conversação online influenciam na capacidade linguística produtiva, mas não as
invalida, afinal a introdução de artifícios gráficos e linguísticos em uma conversa pretendem
simular emoções e facilitar a comunicação dos interagentes.
Percebe-se portanto que a conversação mediada pode não estar tão distante da
comunicação oral no sentido do entendimento e expressividade, mesmo quando em um diálogo
mais informal, onde as peripécias da fala ocorrem. Nessa perspectiva fundamenta-se a
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problemática central deste artigo, seriam os emojis uma representação eficiente das emoções e
significação da mensagem verificadas na oralidade da linguagem?
Assim posto, o artigo objetiva analisar a expressividade do uso dos emojis nas conversas
por intermédio digital, estendendo-se especificadamente a comparar a capacidade expressiva
entre linguagem oral e digitada, estudar a apropriação dos elementos socioculturais nas
conversas digitais, avaliar o entendimento e interpretação entre os interagentes de um diálogo
online e indicar as características das construções semânticas utilizando emoji.
Metodologicamente serão analisados dados, discursos acadêmicos e teóricos,
principalmente nos campos da CMC e linguagem web, mas também foram valorosas
contribuições o levantamento de evidências empíricas e recortes de reportagens, atestando
idiossincrasias a respeito do uso dos emojis. Um dos desafios na formulação do trabalho refere-
se a escassez de embasamento literário, dada especificidade do tema em questão. Além disso,
trata-se de um fenômeno relativamente novo, portanto pouco estudado a fundo por
pesquisadores, conforme Pompeu e Sato (2015, p.4) “trata-se de manifestações culturais,
sociais, relacionais, tecnológicas e comunicacionais das mais recentes, sobre as quais o olhar
da tradicional investigação acadêmica ainda não encontrou chance de repousar”.
O estudo destina-se a profissionais e acadêmicos do campo da comunicação e
linguagens, oferecendo um ponto de partida a reflexões futuras sobre as aplicabilidades dos
emojis. Apesar da simplicidade desses diagramas, perceberemos elementos repletos de
significados e influentes na maneira com que as pessoas se relacionam virtualmente.
1. Registros Rupestres
As representações pictográficas acompanham a história da humanidade a pelo menos
32 mil anos, data de alguns dos registros rupestres mais antigos, encontrados na Caverna de
Chauvet ao sul Frances. Este é um dos milhares sítios arqueológicos com pinturas primitivas
descobertas ao redor do mundo datados de diferentes épocas e sociedades distintas. Apesar da
incerteza sobre o intuito de muitos grafismos, vide Aguiar (2012) “Uma tradução dos grafismos
rupestres é impossível, pois para tanto seria necessário conhecer com precisão os códigos que
regem a composição destes símbolos”, podemos atestar sua presença e dotá-los como um
elemento de significações, mesmo desconhecidas.
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O ícone é a representação imediata do objeto representado no tempo. Não existe ícone
do passado ou do futuro que possa levar esse nome, porque o ícone está sempre
vinculado ao momento da representação. O ícone congela o tempo do significado.
Quando se olha fotografias antigas, o tempo do ícone se mistura com o tempo
presente, geralmente provocando alguma reação em quem está olhando (MARTINO,
2010. p.114).
Assumimos, portanto, a necessidade primitiva do homem em transmitir pensamentos
por meio de elementos gráficos, não obstante da forma contemporânea de expressão através de
emojis, ao passo que hoje as representações desse tipo de comunicação são, mais do que ações,
emoções.
2. Definições e Derivações
É comum confundir os emojis com emoticons, tê-los como sinônimos ou desconhecer o
primeiro. Alguns autores estudados citam o termo emoticon mas podemos considerar os
pensamentos igualmente válidos aos emojis, dado que este engloba todos os emoticons na forma
de ideograma.
Segundo Freire (2015) a palavra "Emoji" deriva das expressões japonesas "E" (imagem)
e "Moji" (personagem), traduzidas ao português como "pictograma". O termo foi oficialmente
incluído no dicionário em inglês Oxford, junto com outros relacionados à linguagem de internet
e tecnologia. Está definido como “ícone de expressão para mensagens”. São dispostos
basicamente como uma das ferramentas multimodais dos aplicativos, sites e programas de
conversação digital, mas também se verifica sua aplicação offline, como na publicidade,
questionários de satisfação, estampas de camisas, almofadas, embalagens de biscoitos e
preservativos, placas de sinalização do tipo “sorria, você está sendo filmado”; e até mesmo, em
um contexto lúdico, substituintes da letra de música e livros.
Inicialmente, foram concebidos na década de 90, por Shigetaka Kurita, na época
funcionário de uma empresa de tecnologia que produzia pagers, um dispositivo eletrônico
usado para contatar pessoas comum nesse período. O objetivo da introdução dos emojis no
sistema dos aparelhos era atrair um público mais jovem, o que não gerou os resultados
esperados por conta do caráter corporativo do objeto. Mas o insucesso dos emojis se resumiu
apenas entre os bips, logo várias outras empresas de tecnologia copiaram a ideia e foi possível
perceber a ampla popularização dos ícones por todo o Japão e em seguida no mundo.
Os emojis são descendentes dos emoticons e contemplam todas as representações faciais
deste, além de uma extensa família de ícones com variações gestuais, corporais, simbólicas,
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comemorativas, animais, objetos, entre muitas outras. O termo "emoticon" deriva do inglês
"emotion" (emoção) e "icon" (ícone). O primeiro emoticon foi um "simile" ("sorriso" em
português), representado pela junção dos caracteres "dois pontos" seguidos de um "hífen" e
"fecha parênteses". O resultado gráfico desta combinação remete a um rosto feliz. Foi criado
em 1982 por Scott Fahalman, na época professor assistente de pesquisa de ciências da
computação da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos.
O smile foi desenvolvido pelo professor para resolver um mal entendido. Ele e outros
colegas da universidade participavam de uma plataforma rudimentar de conversa online e era
hábito proporem enigmas para resolverem entre si, entretanto às vezes as charadas eram levadas
a sério por alguns usuários desinformados. Para sanar a confusão o professor recorreu à junção
dos três caracteres na mensagem indicando que se tratava de uma metáfora e não deviam ser
levados literalmente.
Além dos emoticons existem os denominados "Kaomoji", que significa "Kao" (face) e
"Moji" (personagem). São derivações japonesas do emoticon tradicional (aquele utilizando
letras), entretanto com combinações mais complexas, usando até caracteres de bytes duplo e
próprios do alfabeto nipônico. Essa sofisticação japonesa do estilo americano pode ser
associado a uma apropriação cultural oriunda dos clássicos mangás. Nas histórias em
quadrinhos japonesas a expressividade facial das personagens está principalmente nos olhos, e
essa releitura dos kaomoji propõe expressões mais elaboradas e verticalizadas, ao contrário do
que se verifica nos emoticons, singelas e lidas horizontalmente (KAWANAMI, 2015).
Figura 1 - esquematização das variações etimológicas.
Os símbolos podem ser representados por ícones gráficos ou pela combinação de glifos,
sendo emoticons expressões faciais (tanto ícone quanto glifo), o Smile representações de rosto
sorridente (hoje são várias), kaomoji combinação de caracteres mais complexos e verticais, e
emoji qualquer tipo desses ícones contemplando inclusive expressões faciais (emoticons).
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Algumas plataformas traduzem automaticamente o conjunto de caracteres ou palavras em
emojis. Ao digitar, por exemplo, “feliz”, o sistema sugere um ícone com rosto sorridente.
Além das derivações etimológicas, existem as variações gráficas dos símbolos. O
consórcio responsável pela catalogação e padronização desse tipo de símbolo é o UNICODE
(unicode.org), mas cada desenvolvedor decide pelo estilo que ilustrará seus emojis, o que pode
confundir determinadas interpretações, afinal cada dispositivo gera e lê os ícones de maneira
diferente.
Figura 2 – comparativo das variações gráficas entre algumas plataformas e dispositivos.
Na figura 2, por exemplo, o emoji do iOS 9.1 (Apple) e Windows 10 (Microsoft) que
representa cansaço pode ser usado como tristeza ou pirraça, enquanto o do LG G4 se aproxima
curiosamente da expressão de orgasmo. Ainda da LG, o que simboliza braveza parece fazer
careta, enquanto o da Microsoft aparenta esforço. O olhos de coração do Sansung Galaxy S5
pode lembrar insanidade (fora de si) e, de uma forma geral, são mais caricatos dentre os demais.
Os ícones do Firefox OS 2.5 (Mozilla) parecem peixinhos baiacu, enquanto os do Android 5
(Google) lembram pudins simpáticos.
Quando a aplicação dos emojis acontece na mesma plataforma a interpretação do
símbolo entre os interagentes se assemelha, agora quando a troca de mensagens ocorre entre
dispositivos de fabricantes diferentes existem situações que podem ocasionar interpretações
errôneas. A análise dessas variações gráficas compõe mais um dos elementos influentes na
tradução dos usuários de determinadas emoções. Logo, a cultura regional, maturidade do
relacionamento, noções da linguagem tecnológica e a própria construção gráfica compõem um
contexto dinâmico onde a leitura da mensagem acontece.
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3. Mecânica das Construções
Pela primeira vez um emoji foi eleito como a palavra do ano pelo dicionário americano
Oxford, "Embora tenha sido encontrado em inglês desde 1997, o uso mais que triplicou em
2015 sobre o ano passado", segundo blog da editora (blog.oxforddictionaries.com). A metáfora
de um emoji ser ligado a uma palavra remete bem ao propósito do mesmo, sendo um elemento
visual que se comporta textualmente. No ano anterior o título ficou com o termo “Vape”, que
significa o ato de fumar um cigarro eletrônico, 2013 “Selfie” e 2012 “to GIF”.
Figura 3 – um emoji é eleito a palavra do ano. Fonte: blog.oxforddictionaries.com
Normalmente são palavras ligadas a tecnologia e foram eleitas por sua repentina e ampla
utilização. Se auto fotografar, por exemplo, sempre aconteceu, mas de repente se nomeou e
falou muito nisso. A indústria inclusive passou a comercializar um apetrecho específico, a vara
de selfie. O mesmo vale ao emoji. Até como palavra existe a algum tempo, mas em 2015 foi
especialmente apreciado. O progressivo e incessante desenvolvimento tecnológico tem mudado
expressamente a vida social em vários aspectos.
Novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das
comunicações e da Informática. As relações entre os homens, o trabalho, a própria
inteligência dependem, na verdade, da metamorfose incessante de dispositivos
informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura, visão, audição, criação e
aprendizagem são capturados por uma Informática cada vez mais avançada (LÉVY,
1994 apud VIANA, 2012).
Uma dessas novas formas de pensar e conviver relaciona-se a comunicação entre as
pessoas, sendo a linguagem apropriada e adaptada aos recursos tecnológicos no espaço virtual.
Linguistas e estudiosos, especialmente do campo pedagógico, problematizam as construções
gramaticais do meio digital, o denominado internetês, um neologismo designado a linguagem
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na internet. “É preciso sermos poliglotas dentro da nossa própria língua” (BACHARA, apud
NOGUEIRA, 2015).
Esse descompasso entre a linguagem formal e coloquial postas no ciberespaço não
representam um problema no que tange a utilização do emoji, pelo contrário, a interpretação
dos ícones se mostra bem sugestiva, salvo a má aplicação de determinado símbolo que ocasione
interpretações errôneas. Schnoebelen (apud CARPANEZ, 2015) aponta as quatro construções
mais comuns que as pessoas fazem deles.
Figura 4 - representação das construções mais comuns utilizando emojis.
Como no primeiro quadro, os símbolos costumam vir ao final da frase. Já quando ele
está no meio do enunciado aparece entre orações completas. O autor observa também o uso dos
símbolos mais afirmando a sentença que substituindo termos, como no terceiro exemplo, onde
se manteve a palavra “comeu” mesmo com o ícone representando um prato de comida vindo
em seguida. Seria dispendioso deduzir a pergunta contanto apenas com o emoji acompanhado
da interrogação, apesar desse tipo de construção também ser usada. Por fim, a sequencia de
emojis segue a ordem dos fatos. Esse tipo de combinação de ícones para formar sentenças
caracteriza uma das construções semânticas mais irreverentes dos emojis. São formulações
enigmáticas e propõem aos leitores uma tradução da continuidade de pictogramas em uma frase
coerente.
Conforme observado, a mecânica das conversas com a utilização dos emojis são
simplórias e não representam um desacordo com a grafia tradicional, nem uma nova gramática
ou alfabeto. São marcações não verbais que reforçam o caráter híbrido da linguagem no
ambiente virtual. A dinâmica primordial do emoji está mais associada a significação emocional
do locutor que as organizações textuais propriamente ditas.
Eles conseguem expressar os sentimentos de interlocutores que estão distantes
fisicamente um do outro. Sendo assim, as emoções experimentadas por usuários de
computador não deixam de existir simplesmente porque estão sendo mediadas por
máquinas, apenas assumem outro formato e circulam de outra forma, pois com a
virtualização, houve a necessidade de se criar novas maneiras de expressar o afeto e a
linguagem (BRITO, 2008, p.5).
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Outra característica importante na mecânica das conversas com emoji relaciona-se a
agilidade na construção das frases. A digitação evidentemente não acompanha a velocidade do
raciocínio falado, algumas vezes até hesitamos enviar a mensagem pensando se o enunciado
está claro o suficiente. Essa lentidão na troca de mensagens síncronas, isto é, aquelas
acontecidas em tempo real, faz do diálogo algo contra produtivo e desinteressante, logo
diminuir o tempo de espera entre os turnos da conversação se mostra necessário, sendo o emoji
um aliado útil nesse sentido. Mais do que contar exclusivamente com a destreza dos dedos
redigindo a mensagem, o emoji tem a capacidade de sintetizar todo um pensamento em um
único ícone, bem como exprimir o estado de espírito do locutor, muitas vezes difícil escrever
em palavras.
O usuário também gasta algum tempo localizando determinado emoji, mas a maioria
dos dispositivos e softwares de conversação disponibilizam uma ferramenta que indica os
últimos símbolos usados e isso minimiza os feitos da lentidão. Além disso, cada pessoa possui
suas preferências iconográficas, servindo de acervo a listagem dos emojis mais usados
recentemente. Dependendo da plataforma, eles também costumam ser classificados por
categorias, como animais e natureza, bebidas e comidas, atividades, objetos, por exemplo.
4. Apropriação Cultural
Apesar dos emojis representarem uma linguagem universal através de diagramas
populares e de fácil reconhecimento, vide Brito (2008) “Eles são importantes não somente como
facilitadores da navegação, mas, sobretudo como os símbolos universalizados, já que propiciam
o acesso e a compreensão de muitos usuários”, é curioso perceber como a cultura local implica
nos usos e desusos mais comuns nas diferentes regiões do globo. A empresa SwiftKey,
desenvolvedora do famoso aplicativo de teclado inteligente com mesmo nome, publicou em seu
blog uma pesquisa com a análise de mais de 1 bilhão de emojis trocados nas conversas dos
idiomas mais populares (REVISTA GALILEU, 2015).
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Figura 5 – o gráfico define as categorias de emojis mais usados, enquanto a representação global ilustra
peculiaridades de usos em alguns países. Fonte: <revistagalileu.globo.com>.
Os dados apontam que as categorias de ícones mais usados no mundo são rostos felizes
(44,8%), seguidos de rostos tristes (14,3%), corações (12,5%), gestos manuais (5,3%),
românticos que não sejam corações (2,4%) e macacos (1,7%). Os que representam outras
categorias completam o percentual.
Figura 6 – o primeiro gráfico compara usos e desusos de alguns emojis entre alguns países, enquanto o
segundo ilustra os mais usados. Fonte: <revistagalileu.globo.com>.
O documento também demonstra curiosidades, como o apresso dos brasileiros pelos
ícones representantes da família dos felinos. Talvez pela expressão nacional “gato” ou “gata”
referenciar a uma pessoa bonita. Além disso, não é de se estranhar que em um pais tropical
como o Brasil, usa-se o dobro da média mundial para o símbolo do sol, e metade da média
global para o emoji floco de neve, o oposto do uso que os russos fazem deles, pouco para o sol
e bastante para a neve.
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A Austrália usa pouco os macacos que são bem simpáticos ao resto do mundo, entretanto
utilizam muito a figura do coala, animal endêmico no país. Já os Estados Unidos utilizam
muitos pictogramas tecnológicos e análogos ao homossexualismo, sendo um dos países mais
informatizados e liberais do mundo, ao contrário, aliás, da Rússia, que investiga a inclusão de
emojis gays em algumas plataformas, como no Facebook e IOS (sistema operacional da Apple).
O país possui leis restritivas a propaganda de conteúdo homossexual para menores (LOLATTO,
2015).
Estranhamente a pesquisa da SwiftKey credita aos Países Árabes o amplo uso do ícone
representante de roupas íntimas femininas. O dado intriga porque nesses países as mulheres
vestem burcas e apetrechos que escondem a pele por questões religiosas. Entretanto,
possivelmente nessa mesma perspectiva, usam pouco o emoji de bebida alcoólica.
A França, considerada o país do amor, aplica muitos corações nas mensagens, mais até
que rostos felizes, e desperta um apreço especial pelo ícone da banana, evidentemente em seu
duplo sentido. Sentido este, recorrente na conversação digital, diz Katy McCarthy, da Flirtmoji,
"Observamos um grande número de pessoas no mundo usando os seus smartphones para
comunicação sexual" (MOREIRA, 2015). Tanto que a empresa desenvolve exclusivamente
emojis com esse tipo de temática, inclusive dispondo ícones dos órgãos sexuais masculino e
feminino propriamente ditos.
Das análises indicadas a partir do relatório podemos deduzir aos emojis ora
representantes de uma linguagem global entendível em um macro contexto, ora assumem
diferentes funções e significados dependendo da apropriação que os grupos locais fazem deles.
Os signos não existem fora das relações sociais, não estão nem fora do tempo nem
fora da história. O pensamento e a linguagem estão vinculados ao espaço em que
foram produzidos, não são sistemas autônomos de significação como se tivessem
vindo do nada. A maternidade do signo está nos seus vínculos com a sociedade onde
ele se origina. Os signos acompanham as dinâmicas da sociedade, mas não há nada
automático no processo (MARTINO, 2010, p.123).
Observa-se também, sendo a abrangência dessas incorporações iconográficas por todo
o território de um país ou entre agrupamentos menores como comunidades e mesmo um grupo
amigos, que sintetizam em um emoji uma significação própria compreensível por inteiro apenas
entre seus participantes.
Nessa mesma perspectiva de pertencimento, a princípio a utilização dos emojis era
basicamente restrita à adolescentes, sua própria introdução nos bibs tinha como público alvo os
jovens. Mesmo percurso do internetês, antes de uso recluso aos grupos classificados como nerds
ou geeks, que demonstram maior interesse por tecnologia. Hoje verificamos o uso desses ícones
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por diversas faixas etárias e grupos sociais. Seja pelos avanços geracionais, seja pela
acessibilidade de smartphones, novamente os emojis caracterizam uma linguagem global com
situações locais marcadas pelo micro-contexto em que acontecem.
5. Netiqueta
Um dos aspectos tratados na literatura sobre CMC refere-se aos rituais da conversação,
abrangendo, além da própria aplicação dos emojis como um dos recursos paralinguísticos, uma
série de elementos característicos do diálogo mediado. Um desses ritos em especial se mostra
relevante na mecânica e fluidez da conversação. A noção de polidez é definida por Kerbrat-
Orecchioni (2006, p.77) como “aspectos do discurso que são regidos por regras cuja função é
preservar o caráter harmonioso da relação interpessoal”. Recuero complementa ainda:
A polidez, assim, consiste em um conjunto de estratégias utilizando no contexto da
conversação como forma de cooperação, de modo a permitir que a conversação atinja
os objetivos dos autores envolvidos e mantenha a coerência (RECUERO, 2012, p.90).
Assim posto, a polidez assume uma posição de etiqueta premeditada inconscientemente
pelos atores envolvidos na manutenção da fluidez do discurso e se mostra também importante
por atenuar entendimentos errôneos da mensagem. A ausência física, a sensação de impunidade
e o anonimato do ciberespaço levam a aceleração da hostilidade em um conflito e podem ser
verificados corriqueiramente em debates virtuais acalorados e violentos, seria, portanto, a
negociação da polidez um fator importante na interpretação do que se é dito (RECUERO, 2012).
A autora exemplifica ainda blasfêmias, linguagem erótica e escatológica em chats, ou
seja, que normalmente não seriam usadas no cotidiano, como formas de fuga da polidez
tradicional e que, ainda assim, complementam esse ambiente conversacional. Além disso, a
partir de um meio que se mostra frio (a tela) por suas próprias delimitações a introdução dos
emojis no diálogo se mostra conivente com as aplicações de polidez, exprimindo
imageticamente o sentimento na locução.
Cada forma de comunicação tem sua validade e complexidade, dependendo dos
grupos sociais, do contexto e das necessidades"[...] Ele aponta dois usos muito
diferentes para os Emojis: agilizar uma conversa entre amigos ou servir de ferramenta
para amenizar uma discussão (TRIVINO 2015 apud CARPANEZ 2015).
A partir dos conceitos de polidez podemos assumir aos recursos iconográficos e
construções semânticas próprias da web a função de equilíbrio e harmonia da conversação
digital, posto que seu desuso possa transparecer intransigência, representando até antipatia,
rispidez ou mesmo arrogância em um diálogo de caráter mais informal, principalmente no
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contexto dos interagentes se conhecendo (online ou offline) e fazendo uso corriqueiro desses
artifícios representativos.
6. Publicidade
Em março de 2015 o banco Itaú lançou uma campanha publicitária utilizando como
elemento principal emojis, sob sua trilha sonora tradicional e variados enredos musicais
ilustrando os benefícios de ser digital. O objetivo dos ícones era aproximar a marca da
linguagem eletrônica e os emojis seriam a ponte do uso comum que as pessoas fazem online
com as vantagens do banco no meio. Eduardo Tracanella, superintendente de Marketing do Itaú
Unibanco cita “Optamos por uma linha criativa que é atual por que nasce das pessoas, da cultura
popular. E que por isso atende ao desafio de construirmos uma conversa que saia do lugar
comum e que na origem já seja naturalmente multiplataforma” (PORTAL DA
PROPAGANDA, 2015).
Figura 7 - frames do vídeo “Mudanças” do Itaú feito utilizando emojis. Origem: http://goo.gl/dmHwJY
Nizan Guanaes, da agência responsável pela criação cita: “Agora a ideia é dar mais um
passo para se aproximar e humanizar ainda mais o banco, e os emoticons são perfeitos para
inserir o Itaú nessa nova conversa que hoje é a cara do meio digital”.
Ainda em 2015, a campanha Love Your Curls (ame seus cachos) da Dove inclui uma
ação que disponibiliza um pacote de emojis com cabelos encaracolados. “Quando 73% das
pessoas nos Estados Unidos utilizam emojis todos os dias, é porque eles se tornaram o novo
elemento da comunicação”, diz Rob Candelino, da Unilever (MEIO & MENSAGEM, 2015).
O conceito da ação se parece com o intuito do aplicativo WhatsApp incluír um degrade de tons
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de pele nos emojis, corresponder, de maneira mais justa, o que se verifica na sociedade, além
de manter o caráter universalista dos diagramas.
A necessidade de personalizar os ícones deu margem a recursos para o usuário sentir-
se melhor representados como tom de pele e bitmojis que permitem a possibilidade
de criar um avatar, ou seja, boneco virtual com suas características, com expressões
previamente programadas (SOUZA, 2015, p.10).
Figura 8 – os emojis da esquerda fazem parte da ação da Dove, enquanto os da direita são dispostos pelo
WhatsApp. Ambos remontam as variações fisionômicas verificadas na sociedade.
Em junho de 2015 a fabricante de veículos Chevrolet divulgou um release escrito em
emoji sobre o seu novo carro Cruze. Segundo a empresa, “apenas palavras não poderiam
descrever o Cruze 2016” (CHEVROLET PRESSROOM, 2015).
Figura 9 - trecho do release escrito em emoji divulgado pela Chevrolet. Origem: <http://goo.gl/YHTDjS>
Outro exemplo da utilização dos emojis como elemento participante das ações de
comunicação pode ser verificado com a rede de pizzarias americana Domino’s. Definindo
previamente suas preferências de pizza no site da empresa e com um cadastro no Twitter, basta
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o usuário postar o emoji que representa uma pizza para a efetivação do pedido. A ação da
agência Crispin Porter + Bogusky (CP+B) foi vencedora de Titanium do Cannes Lions 2015, a
premiação da categoria que aporta grandes e inusitadas ideias do maior festival publicitário
(MERIGO, 2015).
Figura 10 – na Pizzaria Domino's os consumidores podem efetivar seus pedidos publicando o emoji de pizza
no Twitter. Fonte: <b9.com.br>
A publicidade sempre tirou proveito do gozo popular e tem um carinho especial pela
novidade, especialmente quando ela está em sincroniza com boa parte do público geral e
coerente com as construções culturais da vez. Dessa forma, a propaganda tem melhor garantia
de que a mensagem seja bem recebida, e o momento para se aliar criatividade e emoji se mostra
oportuno, afinal a assimilação de um anúncio seria tão íntima quanto dialogar com um amigo.
... a publicidade atua como potente método de transferência de significado, fundindo
um bem de consumo a uma representação do mundo culturalmente constituído dentro
dos moldes de um anúncio específico e (...), nesta medida, a propaganda funciona
como um léxico dos significados culturais correntes (MCCRACKEN, 2003 apud
POMPEU; SATO, 2015).
Considerações Finais
A partir dos pressupostos levantados, conclui-se o verdadeiro enraizamento dos emojis
na sociedade, levando em conta seu amplo e natural uso entre as pessoas. Sua relevância pode
ser atestada em várias oportunidades, como quando protagoniza diversas campanhas
publicitárias, dentre as quais, a vencedora do Titanium do Cannes Lions 2015, ou ainda quando
a palavra do ano é um emoji. Podemos confirmar também sua gradativa onipresença,
especialmente quando extrapola sua funcionalidade estrutural, isto é, mais do que agilizar uma
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conversa entre amigos ou ser uma forma simpática de se comunicar, harmonizam o diálogo e
compõe uma manifestação linguística, apropriando-se inclusive de características
socioculturais oriundas de determinadas regiões e grupos.
Essa recorrente vanglória ao emoji pode até ser passageira, como são muitas modas da
sociedade contemporânea, contudo isso não indica que entrarão em desuso e deixarão de existir
com o tempo, o oposto, sua utilização tende ser cada vez mais natural, dispensando tantos
holofotes. De repente fala-se muito nisso por conta da ascensão dos dispositivos móveis na vida
das pessoas. Os emojis existem pelo menos a partir da década de 90, alias, nossos próprios
ancestrais primitivos utilizavam grafismos como ideograma, não se tratando expressamente
uma novidade.
O que podemos prever de novo são modificações gráficas, como a inclusão de mais
emojis representantes de outras necessidades expressivas, como o “dedo do meio”. Quem sabe
a animação desses ícones, repaginando os dispostos no MSN Messenger (antigo mensageiro da
Microsoft substituído pelo Skype), que tinham até movimentos e sons. A próxima versão do
Facebook vigente para dispositivos móveis pretende introduzir ícones animados lado a lado ao
famoso Like (curtir), já não sendo este o suficiente para expressar determinados pensamentos.
Também podemos esperar por emojis personalizáveis, assim como no aplicativo Bitmoji, onde
as personagens são customizadas pelo usuário e usadas como ícone nas mensagens.
Em termos tecnológicos esperam-se muitas novidades, afinal os emoticons eram simples
conjuntos de caracteres e hoje já se fala em emojis animados e personalizáveis. Essas inovações
fazem parte do contexto global de incessante aperfeiçoamento tecnológico ao qual os emojis
também estão inseridos. Um dos compostos desse ritmo frenético da modernidade é a dinâmica
comunicacional, sendo esses ícones recursos ágeis na significação das mensagens trocadas.
Os emojis caracterizam sim uma forma de expressão emocional eficiente, mas seria
prematuro equivale-los à linguagem falada, afinal o próprio computador como meio possui suas
delimitações. Contudo, às vezes nos expressamos mais e melhor com um emoji que
pessoalmente. A coerção de se está frente a frente pode ser um impasse da exposição emocional.
Além disso, aparentemente digitando temos um momento a mais para refletir e isso nos permite
pensar no ícone que simulará melhor nosso semblante.
Seria negligente negar os problemas interpretativos verificados com o uso do emoji, mas
isso também acontecem na linguagem oral. Nem sempre assimilamos o que nos falam ou
expressam, por um ruído ou qualquer outro fator e o mesmo vale aos emojis. Essas questões,
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alias, só reforçam a aproximação do emoji como um recurso expressivo. Por fim, podemos
concluir que os emojis preenchem uma lacuna emocional necessária à compreensão de muitos
contextos, especialmente seu uso no que tange a emoção e significação da mensagem digital.
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