O Reino Universal de

Cristo e Como Ele Vem

Sermão nº 1535

Por Charles H. Spurgeon (1834-1892)

Traduzido, Adaptado e

Editado por Silvio Dutra

Set/2018

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S772 Spurgeon, Charles H.- 1834-1892 O reino universal de Cristo e como ele vem /

Charles H. Spurgeon Tradução e adaptação Silvio Dutra Alves – Rio de Janeiro, 2018. 33p.; 14,8 x21cm 1. Teologia. 2. Pregação. 3. Alves, Silvio Dutra. I. Título. CDD 252

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“Pede-me, e eu te darei as nações por herança e

as extremidades da terra por tua possessão. Com

vara de ferro as regerás e as despedaçarás como

um vaso de oleiro.” (Salmos 2: 8, 9)

Observem, queridos amigos, o maravilhoso

contraste entre a violenta excitação dos

inimigos do Senhor e a sublime serenidade do

próprio Deus. Ele não é perturbado, embora os

pagãos se enfurecessem e seus reis e poderosos

se colocassem em ordem de batalha. Ele sorri

para eles - Ele os ridiculariza. Você e eu estamos

muitas vezes abatidos e deprimidos, e nossos

pressentimentos são sombrios e tristes, mas

Deus se assenta em Sua eterna paz e

serenamente sobrepuja todo tumulto e

rebeldia.

O Senhor reina e Seu trono não é abalado, nem

Seu descanso quebrado, seja qual for o ruído e a

agitação lá embaixo. Observe a sublimidade

dessa calma divina. Enquanto os pagãos e seus

príncipes estão conspirando e planejando como

quebrar Seus elos e lançar Suas cordas deles, Ele

já derrotou seus artifícios e Ele lhes diz: “E porei

o meu rei sobre o meu santo monte de Sião”.

“Você não terá Meu Filho para reinar sobre

você, mas mesmo assim Ele reina. Enquanto

você tem estado enfurecido, eu O coroei. Suas

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imaginações são de fato vãs, pois eu O chamei e

estabeleci no seu trono. O ouça como Ele

proclama o Meu decreto e afirma a Sua

soberania filial.”

Deus está sempre se antecipando aos Seus

adversários - eles acham os seus planos

frustrados e os seus ofícios confusos mesmo

antes de começarem a executar os seus planos.

Por decreto de Deus, o sempre abençoado Filho

do Altíssimo é colocado no poder e exaltado ao

Seu trono. Os governantes não podem arrancar

de Sua mão o cetro, nem arrancar de sua cabeça

a coroa - Jesus reina e deve reinar até que todos

os inimigos sejam colocados sob Seus pés. Deus

o colocou firmemente no monte sagrado de Sião

e as nações enfurecidas não podem derrubá-lo.

A própria ideia de fazê-lo excita o escárnio de

Jeová, Ele não perturba a Sua grande alma por

causa de sua fanfarronada.

Como se fosse um banquete em vez de um

conflito, o Senhor Deus, como Ele mesmo é Rei,

fala ao Filho do Rei, ao Seu Ungido à Sua direita

e, tendo reconhecido Sua posição real, confere

as mais altas honras.

Em grandes festas, muitos monarcas eram

conhecidos por dizer ao seu favorito: “Peça o

que eu te darei e nada te será negado neste dia.”

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Mesmo assim o grande Pai diz ao Seu Filho

glorioso, o Príncipe da Paz, “Pede-me e eu te

darei as nações por herança e os confins da terra

por tua possessão”. Ele lhe pede que abra bem a

boca e peça um domínio ilimitado. Ele dará a Ele

nações distantes, sim, e toda a Terra para ser

Seu reino.

Há um ar de festa régia e alegria pacífica sobre

tudo isso, o que estranhamente contrasta com o

alvoroço dos adversários. Irmãos, eu gostaria

que pudéssemos entrar em alguma medida

neste sublime silêncio. Podemos estar

confiantes, pois Deus é assim. Se o capitão tiver

certeza da vitória, é bom que o soldado comum

seja corajosamente esperançoso. A batalha é do

Senhor e uma vez que Ele é o Senhor Deus

onipotente, o medo sobre a questão do conflito

é tolo e perverso. Todos os eventos estão em Sua

mão - Sua mão que pode lançar mundos inteiros

ao pó ou criá-los quando Lhe agrada. O que pode

resistir à vontade todo-poderosa? Quem dirá a

Jeová: “O que você está fazendo?” Nesta eterna

suficiência está nosso descanso e, portanto,

podemos cessar de ansiedade. Fique quieto,

meu irmão cansado, e veja a salvação de Deus.

Não estendam as suas mãos medrosas para

permanecerem na arca trêmula, mas saibam

que Jeová pode protegê-la. Deixe suas

preocupações de Marta de lado - sente-se aos

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pés do seu Salvador e ouça a voz dEle. Ele lhe dirá

que Deus ainda reina e que o Seu Ungido

também reinará.

As coisas não são como parecem - tudo está bem

quando tudo parece mal. Se o céu está nublado,

o sol não é apagado. Se a noite escureceu, até a

meia-noite, a manhã chegará. Até o momento,

isso vai chegar, nem todos os poderes das trevas

podem impedir o amanhecer do dia.

Os decretos fixos de Jeová permanecem

gravados como em metal eterno, nem a arte do

inferno pode apagar uma única linha nem

impedir a execução de um único propósito.

Apesar de toda oposição, o propósito sagrado

florescerá na providência real e a providência

amadurecerá na salvação.

O plano de Deus será executado sem falhas em

qualquer ponto e não há motivo para alarme. Se

fôssemos mais calmos e sossegados, faríamos

melhor nosso trabalho, pois não reuniríamos

sabedoria e coragem quando

permanecêssemos em silêncio e confiança? A

alegria do Senhor é a força de seus santos.

A certeza da fé, se fôssemos presos, nos faria sair

“formosos como a lua, límpidos como o sol e

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terríveis como um exército com estandartes”.

Infelizmente, nossa irritação de visão curta,

nossa desconfiança ansiosa e nossas suspeitas

medrosas nos causam aflição desnecessária,

enfraquecem-nos para o serviço e nos expõem

aos assaltos de nossos adversários.

Sem a preparação do evangelho da paz nossos

pés estão descalços e nós somos impróprios

para a peregrinação celestial. Rastejando aqui

embaixo entre os problemas da hora, a maioria

dos cristãos é um povo tímido e age como a tribo

de Rúbem no dia da batalha de Baraque, a quem

Débora gritou: “Por que você está entre o redil

das ovelhas, para ouvir balbuciando os

rebanhos?” Ó vocês que se deitam entre as

gavelas (Rute 2) e fazem o trabalho servil com

um medo abjeto, levantem-se para um espírito

mais corajoso. Subam as colinas eternas e

respirem um ar mais puro – cinjam-se com o

cinto de confiança em Deus e sereis “fortes no

Senhor e no poder de Sua força”.

Que Deus conceda que o assunto desta manhã

possa nos ajudar nas influências deprimentes

que nos cercam e elevam-nos à comunhão com

a calma em que Jeová está sorrindo e da qual Ele

diz: “Contudo, pus o meu Rei sobre o meu santo

monte de Sião”. Nosso texto sugere-nos esta

manhã Primeiro, que os reinos da terra e a

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própria terra são a herança de Cristo: "Eu te

darei as nações por herança". Deixe de lado

aquelas pequenas palavras que os tradutores

inseriram, pois elas apenas ajudam o sentido.

“Eu darei aos gentios a vossa herança e os

confins da terra, a vossa possessão”. Quando nos

determos nisso, perceberemos que isso se deve

ao pedido: “Pede-me e darei”. Terceiro,

observaremos que o poder pelo qual o domínio

será adquirido é totalmente de Deus, "eu darei".

E, em quarto lugar, devemos observar que, para

completar a conquista do mundo, todas as

confederações existentes e todas as futuras

confederações contra o Senhor e contra o seu

Cristo serão totalmente destruídas, "você deve

quebrá-los com uma vara de ferro; Tu os

despedaçarás como um vaso de oleiro.”

I. Para nosso conforto, notemos o ensino do

texto que O SENHOR DARÁ A CRISTO, O

HOMEM COMO SUA HERANÇA E AS PARTES

UTERINAS DA TERRA COMO SUA POSSE. Isto

eu tomo como se referindo ao nosso Senhor

como homem. Já como Deus, o reino do Filho

divino domina sobre todos. Nunca houve um

limite para o reinado de Jesus como Deus, nem

mesmo quando Ele estava pendurado na cruz -

Ele era o Pai eterno, mesmo quando Ele era “o

filho nascido, o Filho dado”. É em Sua natureza

maravilhosa como Deus. Como mediador essas

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palavras podem ser entendidas, pois assim o

apóstolo Paulo evidentemente as interpretou. A

misteriosa sentença: “Tu és meu filho; neste dia

te gerei”, pode referir-se à profunda e secreta

verdade da eterna filiação de nosso Senhor, seja

o que for, mas Paulo cita no décimo terceiro

capítulo de Atos como se referindo à Sua

ressurreição. Eis as suas palavras: “E

anunciamos a vós boas novas que a promessa

que foi feita aos pais, Deus as cumpriu a eles,

seus filhos, porque ressuscitou a Jesus, como

também está escrito em o segundo salmo, Tu és

Meu Filho, hoje te gerei.”

É no poder da ressurreição que Cristo sai e Deus

lhe dá domínio sobre a terra e sobre tudo o que

está sobre ela. Porque Ele vive e estava morto,

Ele tem as chaves do inferno e da morte. Em

virtude de sua humilhação, ele reina. Pelo

sofrimento da morte, Ele é coroado de glória e

honra. A hoste celestial proclama Sua dignidade

para pegar o livro e abrir seus sete selos,

cantando: “Pois foste morto e nos redimiste

para Deus pelo Teu sangue.” Ele desceu para

que pudesse ascender acima de todas as coisas e

preencher todas as coisas. Deixou de lado Sua

glória para que pudesse ser coroado com esta

nova glória e honra e poderia ter todas as coisas

submetidas a Seus pés como o Filho do homem.

Nós falamos, portanto, de Jesus Cristo

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ressuscitado, que uma vez morreu, mas agora

ressuscitou da tumba e deixou a terra para o

esplendor da Nova Jerusalém. Nossa convicção

é que esse mesmo Jesus deve reinar sobre o

mundo inteiro. Não entrarei na questão de saber

se isso será realizado antes de Seu segundo

advento ou se será o resultado de Sua gloriosa

aparição. Não gostaria de afirmar que essa

consumação será alcançada antes do Seu

advento, pois isso pode parecer militar contra o

nosso dever de vigiar para a Sua vinda, que pode

ocorrer a qualquer momento. Por outro lado, eu

não me atreveria a afirmar que o evangelho não

pode ser universalmente vitorioso antes de Sua

vinda, porque percebo que essa opinião é um

conforto para muitos, e é ruinosa para o espírito

esperançoso do empreendimento missionário.

É suficiente para mim que um vasto domínio

seja dado a nosso Senhor em algum momento

ou outro e que seguramente o Seu reino abranja

todas as nações da humanidade. Toda a terra

ainda será cheia da Sua glória. A semente da

mulher ferirá a cabeça da serpente e limpará o

mundo de seu rastro viscoso. Nos próximos

minutos, vocês serão tão bons a ponto de

manter suas Bíblias abertas, pois o apelo deve

estar na própria Palavra de Deus. Eu entendo

que o reino de Cristo deve ser tão extenso a

ponto de compreender toda a humanidade,

primeiro, por causa da extensão da profecia dela

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que foi feita para Abraão em Gênesis 12: 3. Essa é

uma promessa da antiga aliança que se refere a

Abraão como o pai dos fiéis e à sua grande

semente, a saber, Jesus, o prometido Messias.

Aqui estão as palavras de longo alcance: “Em ti

todas as famílias da terra serão abençoadas”.

Certamente, ainda não são todas abençoadas

nele a ponto de exaurir o significado divino.

Quando Deus em aliança promete uma bênção,

não é uma coisa leve e, portanto, tenho certeza

de que essa bênção da grande aliança das

nações é algo mais que um nome.

Embora eu não duvide que toda a terra seja, até

certo ponto, melhor por causa da vinda de Cristo

e Sua morte pacificadora e a propagação de Sua

fé pura, eu não posso acreditar que multidões

que vivem e morrem na escuridão da ignorância

e da idolatria é realmente abençoada em Cristo,

no sentido de torná-la uma bênção da aliança.

Quanto são Tartária, China e Tibete abençoados

pelo evangelho? Deve haver algo melhor ainda

para todas as famílias da terra do que qualquer

coisa que eles tenham até agora recebido. Todas

as famílias da terra saberão ainda que a semente

prometida viveu e morreu por elas e que alguns

de todos os tipos e línguas encontrarão a

salvação nEle.

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Jacó, também, quando falou a respeito de Siló

em Gênesis 49:10, disse: “A ele se congregará o

povo”. Pelo povo não se entende a semente de

Israel, mas as nações ou os gentios. Então a

Septuaginta e a Síria a entendem e assim

realmente é. Jesus, nosso grande Siló,

estabelece o padrão e Seu comício escolhido em

número cada vez maior até que os dispersos de

Babel encontrem nEle um novo centro e uma

linguagem pura seja dada a eles nEle. As

palavras significam não apenas "reunir", mas

uma obediência voluntária, o fruto da fé e a

expressão da piedade. A isto está paralela a

palavra de Paulo em Romanos 15:12, “E também,

diz Isaías: Haverá a raiz de Jessé e Aquele que se

levantará para reinar sobre os gentios; nele os

gentios confiarão”. É evidente, portanto, que as

nações devem confiar no Messias e assim

encontrarão a vida eterna. Moisés, também, em

Deuteronômio 32:21, para o qual Paulo em

Romanos tão especialmente se refere, fala das

nações pagãs quando diz: “Eu as moverei para a

inveja daqueles que não são um povo; eu os

provocarei à ira com uma nação insensata.”

Realmente isto se cumpre nestes dias em que a

linha do evangelho se espalhou por toda a Terra

e suas palavras até os confins da terra - e desta,

nossa própria nação insensata, desta vez.

pessoas bárbaras que pareciam excluídas de

Deus, adorando ídolos com todos os rituais

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cruéis dos druidas, foram levadas a um pacto

com Deus e feitas para se regozijar nEle. Os

pagãos degradados em todas as terras se

tornaram crentes e assim todas as nações serão

levadas crentes aos pés de Jesus, para que Israel

se endureça e seja provocado à inveja até que

chegue o tempo em que ele olhe para Aquele a

quem trespassou e lamente por Ele e volte-se

para Ele com pleno propósito de coração.

Quando alcançamos os Salmos, chegamos à luz

clara da profecia relativa ao reino de nosso

abençoado Mestre. Nosso texto está em

primeiro lugar e é suficiente em si mesmo - os

pagãos devem ser Sua herança e os limites

máximos do mundo devem ser sua possessão.

Volte-se para o famoso salmo da paixão, o

vigésimo segundo. Seu caminho em relação às

aflições do Crucificado é profundo e tocante.

Você O vê pendurado no madeiro, um

espetáculo para os escarnecedores, com Sua

língua se apegando às Suas mandíbulas, e Seu

coração derretendo como cera no meio de Suas

entranhas - e ainda antes que o salmo se feche,

o queixoso dá lugar ao triunfante e ao

moribundo grito: “Os sofredores hão de comer

e fartar-se; louvarão o SENHOR os que o

buscam. Viva para sempre o vosso coração.

Lembrar-se-ão do SENHOR e a ele se

converterão os confins da terra; perante ele se

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prostrarão todas as famílias das nações. Pois do

SENHOR é o reino, é ele quem governa as

nações. Todos os opulentos da terra hão de

comer e adorar, e todos os que descem ao pó se

prostrarão perante ele, até aquele que não pode

preservar a própria vida.”

Na cruz, essa perspectiva alegrou o coração do

Mestre que estava morrendo, para que os reinos

sejam do Senhor e que todas as famílias das

nações venham e adorem diante dEle. Vamos

nos alegrar também.

Você acha que o Senhor crucificado ficará

desapontado com o fim pelo qual Ele morreu?

Você se arriscaria a afirmar que uma única gota

de Seu sangue foi derramada por nada? Tenha

certeza de que Ele verá o trabalho de Sua alma,

até mesmo Seu grande coração amoroso ficará

contente.

Deus disse: “Eu dividir-lhe-ei uma porção com

os grandes, e ele dividirá o despojo com os

fortes, porque derramou a sua alma até a

morte”. E você pode ter a confiança calma de

que a Palavra do Senhor permanecerá firme.

Folheiem suas Bíblias até chegar ao Salmo 66: 4

e aí você encontrará outra palavra de conforto:

“Prostra-se toda a terra perante ti, canta salmos

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a ti; salmodia o teu nome.” Esta frase não é

meramente a esperança apaixonada de um

adorador entusiasta, mas uma voz inspirada do

Espírito Santo declarando claramente que todos

os povos devem adorar o seu Criador com

louvores e alegres cânticos. Quão brilhante é a

linguagem do Salmo 72. Podemos esperar coisas

grandes demais para o nosso Rei quando

lembramos das palavras graciosas que

começam no oitavo versículo: “Ele terá domínio

também de mar a mar e do rio até os confins da

terra. Os que habitam no deserto se inclinarão

perante ele; e os seus inimigos lamberão o pó. Os

reis de Társis e das ilhas trarão presentes; os reis

de Sabá e Seba oferecerão presentes. Sim, todos

os reis cairão diante dEle: todas as nações O

servirão”. Leia no verso dezessete: “O seu nome

permanecerá para sempre; o seu nome

continuará, enquanto durar o sol; e os homens

serão abençoados nEle; as nações o chamam de

abençoado”. Esses termos incluem as tribos

mais bárbaras que existem e mencionam

especialmente nações que se gabam de nunca

terem sido conquistadas, como os indomáveis

exploradores do deserto que séculos atrás riram

do poder romano. As legiões que subjugaram

todos os outros povos não conseguiram

conquistar os filhos de Ismael. Frota de pés

como um cervo e rápida como uma jovem

gazela, eles fugiram pelas areias do deserto fora

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do alcance do perseguidor. No entanto, estes se

curvarão perante o nosso Senhor e alegremente

lhe prestarão homenagem. Ele irá influenciar o

seu cetro onde o cetro nunca foi possuído antes.

Ele estabelecerá um trono onde todas as outras

autoridades riram de desprezo. Você não ficará

cansado se eu lhe pedir para olhar para o Salmo

86: 9. Lá você encontrará escrito: “Todas as

nações que você fez virão e adorarão diante de ti,

ó Senhor; e glorificará o teu nome”. Não é para

ser uma mera adoração externa que deve ser

paga, pois as nações devem glorificar o Seu

nome, o que é uma forma elevada de louvor.

Todas as nações devem glorificar o Senhor e

isso elas ainda não fizeram. Esperávamos

encontrar e não estamos decepcionados com

nossa expectativa de que Isaías falaria sobre

essas coisas. Eu preferiria que você ouvisse a

Palavra de Deus de longe do que a minha palavra

e, portanto, vamos manter a nossa leitura. Isso

lhe trará encorajamento e alegria para saber o

que os profetas disseram nos tempos antigos,

quando apenas Israel tinha a luz. Eles não

achavam que a luz seria confinada ao povo

eleito, mas esperavam que nas nações que

estavam na escuridão a luz se derramasse e

também buscassem o Senhor. Volte-se para

Isaías e leia. Veja o que ele diz em seu segundo

capítulo. “Nos últimos dias, acontecerá que o

monte da Casa do SENHOR será estabelecido no

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cimo dos montes e se elevará sobre os outeiros,

e para ele afluirão todos os povos. Irão muitas

nações e dirão: Vinde, e subamos ao monte do

SENHOR e à casa do Deus de Jacó, para que nos

ensine os seus caminhos, e andemos pelas suas

veredas; porque de Sião sairá a lei, e a palavra do

SENHOR, de Jerusalém. Ele julgará entre os

povos e corrigirá muitas nações; estas

converterão as suas espadas em relhas de

arados e suas lanças, em podadeiras; uma nação

não levantará a espada contra outra nação, nem

aprenderão mais a guerra.”

As passagens são abundantes em Isaías, nas

quais há a indicação da disseminação geral do

reino do Redentor. Volte-se para Isaías 49: 6-7:

“Sim, diz ele: Pouco é o seres meu servo, para

restaurares as tribos de Jacó e tornares a trazer

os remanescentes de Israel; também te dei

como luz para os gentios, para seres a minha

salvação até à extremidade da terra. Assim diz o

SENHOR, o Redentor e Santo de Israel, ao que é

desprezado, ao aborrecido das nações, ao servo

dos tiranos: Os reis o verão, e os príncipes se

levantarão; e eles te adorarão por amor do

SENHOR, que é fiel, e do Santo de Israel, que te

escolheu."

E agora, versículo 12, " Eis que estes virão de

longe, e eis que aqueles, do Norte e do Ocidente,

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e aqueles outros, da terra de Sinim.” E o

versículo 18, “Levanta os olhos ao redor e olha:

todos estes que se ajuntam vêm a ti. Tão certo

como eu vivo, diz o SENHOR, de todos estes te

vestirás como de um ornamento e deles te

cingirás como noiva.”

Tampouco Isaías está sozinho em tais profecias

como estas. Não posso detê-lo lendo o que

Ezequiel diz a respeito das águas cada vez mais

profundas que levarão vida a todas as terras e

mencionarei apenas uma palavra de Jeremias,

porque é tão peculiar que a homenagem

prestada por nações pagãs ao nosso Senhor será

a de seus corações e que o reinado de Cristo, seja

o que for, certamente será um reino espiritual.

Jeremias 3:17: “Eles chamarão a Jerusalém o

trono do Senhor; e todas as nações se reunirão a

ele, em nome de Jeová, a Jerusalém; nem mais

andarão após a imaginação de seu coração

maligno”. Cristo operará uma mudança de

coração quando vencer as nações à obediência.

e isto levará a uma mudança manifesta de vida,

"nem mais andarão segundo a imaginação de

seu coração maligno". Daniel, o João do Antigo

Testamento, é claro, viu mais claramente do

que qualquer um o reino vindouro do Ungido. O

que ele diz a partir de 7:18: “ Mas os santos do

Altíssimo receberão o reino e o possuirão para

todo o sempre, de eternidade em

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eternidade... até que veio o Ancião de Dias e fez

justiça aos santos do Altíssimo; e veio o tempo

em que os santos possuíram o reino... O reino, e

o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de

todo o céu serão dados ao povo dos santos do

Altíssimo; o seu reino será reino eterno, e todos

os domínios o servirão e lhe obedecerão.”

Pode alguma coisa ser mais positiva? que esta

última palavra?

Veja como os ídolos serão destruídos de acordo

com o profeta Sofonias (2:11): “O SENHOR será

terrível contra eles, porque aniquilará todos os

deuses da terra; todas as ilhas das nações, cada

uma do seu lugar, o adorarão.”

Zacarias diz, para o mesmo efeito, (9.10),

“Destruirei os carros de Efraim e os cavalos de

Jerusalém, e o arco de guerra será destruído. Ele

anunciará paz às nações; o seu domínio se

estenderá de mar a mar e desde o Eufrates até às

extremidades da terra.” (14:9) “O SENHOR será

Rei sobre toda a terra; naquele dia, um só será o

SENHOR, e um só será o seu nome.” Para não

cansar você, deixo de citar mais.

Para mim é evidente, além de toda contradição,

que de acordo com toda a sequência da

Escritura, o reino de Cristo deve estender-se

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sobre todas as partes da terra e sobre todas as

raças e condições dos homens e, portanto, rogo-

lhe que nunca se desespere pela grande causa

antiga.

Há uma noção infiel de que essas diferentes

religiões surgiram em momentos diferentes

como desenvolvimentos do instinto religioso e

que todas elas podem existir proveitosamente

lado a lado com a nossa. Admite-se que a religião

de Cristo é excelente e que merece um grande

número de seguidores, mas outras religiões

ainda têm suas vantagens e não devem ser

menosprezadas, e sim, algo melhor do que o

evangelho de Cristo pode ainda ser descoberto.

Esta é a conversa atual em certos círculos e nós

imediatamente expressamos nosso horror por

isso. Jesus não deve compartilhar um trono

dividido. Lance-o com aversão de suas almas a

todo tipo de pensamento blasfemo. Jesus deve

reinar até que todos os inimigos sejam

colocados sob Seus pés e para Ele todos os rivais

sejam inimigos. Se Jesus é o Rei, Ele é o único

Potentado. Os cristãos são alistados sob uma

bandeira que não permite outro padrão lado a

lado com ela. Eles servem a um príncipe que não

compartilha o domínio com os outros - que não

quer dizer que até uma província será arrancada

de seu governo. Ele reinará para todo o sempre,

Rei dos reis e Senhor dos senhores. Aleluia!

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Como uma explosão de trovão, todos os

corações que O amam dizem: Amém.

II. Parece de nosso texto que ESTE DOMINIO

UNIVERSAL DEVE SER SOLICITADO. Assim diz

o Pai ao Seu Filho glorioso: “Pede-me e eu te

darei”. Amado, Jesus não falha em pedir. Não

duvidamos que Ele responde ao convite do Pai e

que peça a Sua herança. É assim que o salmo

diante de nós toca o caráter sacerdotal de Cristo,

combinado com o seu ofício real. Ele vive para

interceder e parte de sua intercessão diária é

pedir que os pagãos sejam Sua herança. Agora,

amados, esta é uma lição para nós. Nós

pertencemos a Cristo. Somos membros daquele

corpo do qual Ele é o Cabeça místico e é nosso

para agir com Ele em Seu trabalho de vida -

como Ele pede, devemos pedir com Ele. Como

Jesus sofre em Seu povo, então Ele implora por

eles. Vamos clamar dia e noite a Deus pela vinda

do reino de nosso Senhor. Deixe o trono do

Altíssimo ser cercado por nossas orações

perpétuas. Vamos exortar para o Senhor Jesus

para que Sua ação nas cortes acima de que os

pagãos possam ser Sua herança e os confins da

terra Sua possessão. Somos tão

verdadeiramente um com Ele que Suas

simpatias e esperanças são nossas. Sua glória é a

nossa glória. Sua vitória, nossa vitória e,

portanto, nossas súplicas, devem naturalmente

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e espontaneamente surgir para Ele todos os dias

de nossas vidas. Nossa união com Ele nos deu

um reino, o mesmo reino que ele afirma. Ele

mesmo disse: "É um prazer para o seu Pai dar-lhe

o reino". Tão certo como Ele coloca Seu Filho

sobre o seu santo monte de Sião, certamente o

Senhor nos trará todos lá. Nossas orações,

portanto, devem surgir diariamente junto com

o pedido do grande Intercessor, Ele mesmo. Ó

Senhor, o seu é o reino e o poder e a glória. Seja

feita a tua vontade, assim na terra como no céu.

Esta oração é aquela que é comandada pelo

próprio Deus.

Sobre a sua aptidão, portanto, não podemos ter

dúvidas. Seu Salvador ensinou-lhe a dizer:

“Venha o teu reino”. Neste texto, achamos que é

prescrito como uma oração ao Bem-Amado,

“Peça a Mim” - e, portanto, é certamente uma

oração apropriada para nós e podemos usá-lo.

sem dúvida. Estamos muito honrados em

receber permissão para apresentar tal petição -

ser autorizado a orar por mim mesmo é

misericórdia, ser autorizado a orar por meus

semelhantes é favor, mas ser autorizado a orar

por Jesus é uma honra. Está escrito: “Oração

também será feita para ele continuamente”, e

assim há uma honra especial colocada sobre

aqueles que intercederem. A oração do meu

Senhor por mim me salva, mas quando Ele me

23

pede para orar por Ele, Ele me dignifica e eu digo

com Davi: “Sua gentileza me engrandeceu.” Por

mais que nós esqueçamos, nunca deixemos que

em nossas intercessões privadas, venhamos a

omitir a oração para que os pagãos possam vir a

glorificar a Cristo. É uma alegria saber que esta

oração será eficaz ao máximo. Não é um desejo

vão, nem um sonho de um cérebro febril - a

infinita sabedoria de Deus, Ele mesmo, sugere,

pois Ele diz: “Peça e Eu te darei”. Essa união de

preceito e promessa é encontrada anexada a

toda bênção da aliança, mas aqui é

conspicuamente e distintamente declarado em

tantas palavras: “Peça e eu te darei”. Com

respeito a isto, a promessa de Deus é definida.

Podemos, portanto, orar com plena certeza.

Vamos nos valer dessa direção simples a cada

hora de nossas vidas. Ó Igreja de Deus, peça em

nome de Cristo e o Senhor Deus Lhe dará o

reino. Herdeiro do Céu, peça em nome do Irmão

Mais Velho, pois o Irmão mais Velho implora

por você e Deus ouvirá a você e a Ele e Ele

concederá o pedido unificado. Meu coração está

cheio de confiança quando pleiteia sobre este

assunto. Que garantia mais segura queremos do

que “Peça e eu te darei”? Deixe nossa oração ser

ampla e abrangente. Deixe nossos desejos

abraçar o mundo. Ore não só pelo seu próprio

país, embora precise dele e só Deus sabe o

24

quanto - mas ore pelas colônias, pelo continente

e pelas terras distantes. Peça que todos os

pagãos se tornem cristãos. Suplique que toda a

terra possa ser do Senhor - que as partes mais

remotas da terra possam ressoar com canções

em Seu louvor. Nesta terra o seu sangue caiu. As

gotas preciosas não poderiam ser recolhidas

novamente e assim este globo permanece

marcado com sangue - a única estrela sobre a

qual o Filho de Deus derramou Sua vida. Deve

ser do Senhor. O sacrifício do Calvário tornou

sagrado o Filho de Deus. Como o nosso governo

alveja com a flecha larga aqueles depósitos que

pertencem a ele, o mesmo aconteceu com

Cristo no madeiro, quando o sangue caiu de

suas mãos e pés e lados, marcando, por assim

dizer, algo mais cheio de significado que a flecha

larga. - esta terra sobre a qual Ele sangrou - e

deve ser para sempre e sempre Sua por direito

de compra e resgate. Ela ficou sujeita à vaidade

por um pouco de tempo, mas deve ser redimida

dela - e quando for purificada e embelezada no

dia da manifestação dos filhos de Deus, você não

a conhecerá, pois virá como “um novo céu e

uma nova terra, onde habita a justiça”. Suas

estrelas irmãs há muito se perguntam sobre seu

silêncio, ou sua discórdia, mas à vista de sua

restauração aos coros da santidade, eles

cantarão em profundo deleite e cantarão uma

canção nova ao Senhor. Com que admiração

25

eles perceberão, erguendo-se deste orbe

outrora obscurecido, uma chama de insaciável

louvor com colunas de fumaça perfumada, o

incenso de eterna gratidão. Mais doce é a oferta

deste mundo antes caído do que de qualquer

outra esfera, pois foi redimido e nele foram

vistas maravilhas da graça e do amor

moribundo, como nenhum outro mundo já

conheceu.

Oh, que isso possa acontecer logo. Que a oração

seja ouvida e que Deus seja louvado. Mas isso só

pode ser realizado por meio de seu próprio

método designado, a solicitação de Cristo, o

pedido da Igreja. Oh, desperte, Igreja, para pedir.

Desperta da tua letargia profana e clama dia e

noite a Deus. Não cesse, mas com angústia,

como uma mulher em trabalho de parto, grite

em voz alta e não poupe até que Ele dê ao Senhor

ressuscitado, o pagão, por Sua herança e torne o

Seu trono mais alto que os reis da terra.

III. Em terceiro lugar, este domínio deve ser

ganho pelo poder de Deus. Observe o texto, pois

é muito explícito: “Peça a mim e eu te darei”. O

poder e a graça de Deus serão visivelmente

vistos na subjugação deste mundo a Cristo. Todo

coração deve saber que foi trabalhado pelo

poder de Deus em resposta à oração de Cristo e

Sua Igreja. Acredito, irmãos, que o tempo gasto

26

na realização do plano divino tem sido ocupado

com o fato de se livrar dessas muitas formas de

poder humano que se intrometeram no lugar do

Espírito. Se você e eu estivéssemos no dia de

nosso Senhor e pudéssemos ter conseguido

tudo para nossa mão, deveríamos ter convertido

César imediatamente por discussão ou por

oratória. Nós deveríamos então ter convertido

todas as suas legiões por todos os meios ao

nosso alcance, e eu garanto a você, com César e

suas legiões às nossas costas nós teríamos

cristianizado o mundo num instante, não é

mesmo? Sim, mas esse não é o caminho de

Deus, nem o caminho certo e eficaz para

estabelecer um reino espiritual. Subornos e

ameaças são igualmente ilegais. A eloquência e

o raciocínio carnal são fora do tribunal. O poder

do amor divino é a única arma para esta

campanha. Há muito tempo o profeta escreveu:

“Não por força nem por poder, mas pelo Meu

Espírito, diz o Senhor”. O fato é que tais

conversões, como poderiam ser trazidas por

força física, ou por mera energia mental, ou pelo

prestígio de classe e pompa, não são conversões.

O reino de Cristo não é um reino deste mundo,

do contrário seus servos lutariam. Ele repousa

em uma base espiritual e deve ser avançada por

meios espirituais. No entanto, os servos de

Cristo gradualmente escorregaram para a

noção de que Seu reino era deste mundo e

27

poderia ser sustentado pelo poder humano. Um

imperador romano declarou ser convertido,

usando uma política profunda para se

estabelecer no trono. Então o cristianismo

tornou-se a religião patrocinada pelo Estado.

Parecia que o mundo era cristianizado,

enquanto, na verdade, a igreja era pagã. Daí

surgiu o monstro de uma igreja do Estado, uma

conjunção mal classificada e repleta de

incontáveis males. Essa coisa incongruente é

meio humana, meio divina. Como teoria,

fascina, mas como um fato que trai. Promete

avançar a verdade e é em si uma negação dela.

Sob suas influências foi formado um sistema de

religião que, além de todas as falsas religiões e

além do próprio ateísmo, é o maior obstáculo ao

verdadeiro evangelho de Jesus Cristo. Sob sua

influência, a idade das trevas baixou sobre o

mundo. Os homens não tinham permissão para

pensar. Uma Bíblia dificilmente poderia ser

encontrada e um pregador do evangelho, se

encontrado, foi condenado à morte. Esse foi o

resultado do poder humano vindo com a espada

em uma mão e o evangelho na outra e

desenvolvendo seu orgulho de poder

eclesiástico em uma tríplice coroa, uma

Inquisição e um papa infalível. Este parasita,

este cancro da Igreja será removido pela graça

de Deus e por Sua providência no devido tempo.

Os reis da terra que amam este sistema incásico

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se cansarão dele e o destruirão. Leia Apocalipse

17:16 e veja como o fim dela será terrível. A

morte do sistema virá daqueles que deram a

vida - os poderes da terra criaram o sistema e, no

devido tempo, o destroem. Frequentemente

encontramos a ideia de que o mundo deve ser

convertido a Cristo pela disseminação da

civilização. Agora, a civilização sempre segue o

evangelho e é, em grande medida, o produto

dele, mas muitas pessoas colocam o carro

diante do cavalo e fazem da civilização a

primeira causa. Segundo a opinião deles, o

comércio é para regenerar as nações, as artes

devem enobrecê-las e a educação é para

purificá-las. Sociedades de paz são formadas,

contra as quais não tenho uma palavra a dizer,

mas muito a seu favor. Ainda assim, acredito

que a única sociedade pacífica eficiente é a

Igreja de Deus e o melhor ensinamento de paz é

o amor de Deus em Cristo Jesus. A graça de Deus

é o grande instrumento para elevar o mundo das

profundezas de sua ruína e cobri-lo de felicidade

e santidade. A cruz de Cristo é o faro deste

tempestuoso mar, como o farol de Eddystone

lançando seus raios pela meia-noite da

ignorância sobre as águas furiosas do pecado

humano, preservando os homens da rocha e do

naufrágio, pilotando-os no porto da paz. Diga-o

entre os pagãos - o Senhor reina a partir do

madeiro - e, como você diz, acredite que o poder

29

de fazer os povos acreditarem que é com Deus o

Pai e o poder de curvá-los diante de Cristo está

em Deus, o Espírito Santo.

A dispensação de energia não está no saber,

nem no humor, nem na eloquência, nem em

qualquer coisa, exceto no braço direito de Deus

que será exaltado entre os pagãos, pois jurou

que certamente toda a carne verá a salvação de

Deus. O poder do Onipotente operará Seus

propósitos de graça e, quanto a nós, usaremos os

processos simples de oração e fé. “Pede-me e eu

te darei.” Oh, que pudéssemos manter em

permanente movimento a maquinaria da

oração. Ore, ore, ore e Deus dará, dê, dê

abundante e sobrenaturalmente acima de tudo

que pedimos, ou pensamos. Ele deve fazer todas

as coisas na obra de conquista do Senhor Jesus.

Não podemos converter um único filho, nem

trazer a Cristo o mais humilde camponês, nem

levar a paz à juventude mais esperançosa. Tudo

deve ser feito somente pelo Espírito de Deus e se

alguma vez as nações nascerem em um dia e as

multidões devem vir humildemente aos pés de

Jesus, é Seu, Espírito Eterno, Seu para fazê-lo.

Deus deve dar o domínio ou os rebeldes

permanecerão subjugados.

IV. Assim, o poder de Deus trabalha para trazer

o reino de Cristo e isto envolve o rompimento de

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todas as confederações que existem agora ou

nunca existirá para o abismo do Reino dos

Redeanos. Nosso texto emprega uma figura que

é muito cheia de significado. “Ele os quebrará

com uma vara de ferro”. Ele não quebra as

nações sujeitas, nem os pagãos herdados, mas

os reis da terra que se levantaram e deliberaram

juntos contra o Senhor e contra o seu Ungido.

Contra estes Ele elevará Sua barra de ferro de

severa justiça e poder irresistível. Sobre a sua

própria herança Ele irá estender o cetro de prata

do amor. Para Sua possessão Ele reinará com

gentileza e graça, mas quanto aos Seus

adversários, Ele lidará com eles com severidade

e exibirá Seu poder neles. Como se manifestarão

contra ele? Eles têm formado sua confederação

com grande cuidado e habilidade - como

quando os homens preparam o barro e o tornam

maleável para o uso do oleiro, então eles fizeram

tudo pronto - eles fixaram seu projeto na roda e

fizeram com que ela revolvesse em seus

pensamentos e com grande habilidade eles o

fizeram. Eis que está terminado e bonito de se

ver. No entanto, no seu melhor, nada mais é do

que um vaso de oleiro. Pode ser do mais puro

barro e de tal acabamento requintado que ele

encante todo homem de bom gosto, mas ele não

é nada mais do que um vaso de barro e, portanto,

ai, quando a vara de ferro cair sobre ele. Ai de

todas as sociedades e irmandades humanas que

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são moldadas para resistir ao Senhor. Marque o

conflito e seu fim! É breve o suficiente.

Derrame! Onde está a esperança do adversário

do Senhor? Foi-se, foi-se totalmente. Apenas

alguns cacos permanecem.

Ah, por tamanha aniquilação da apostasia de

Roma! Oh, por um toque da barra de ferro sobre

a impostura de Maomé! Oh, por um golpe no

budismo e um golpe de volta na superstição do

bramanismo e em todos os ídolos dos pagãos! Ai

dos deuses da terra de Sinim naquele dia. Um

único golpe deve definir os fragmentos de

cerâmica voando. Por que, então, devemos

temer, embora planejem e planejem? Embora

um conclave solene de cardeais seja realizado,

embora o sultão ordene que todo convertido ao

cristianismo seja morto, embora ainda os

escarnecedores insultem o cristianismo e

digam que ele se espalha não como antes. Uma

resposta rápida pode confundi-los ou, se não for

rápida, o curso deve ser seguro. Nosso rei espera

um pouco. Ele tem lazer. A pressa pertence à

fraqueza. Sua força se move com calma.

Somente deixe que Ele seja despertado e você

verá quão rápidos são os seus passos. Ele

redimiu o mundo em poucas horas sobre o

madeiro e eu garanto a você que quando ele

pegar aquela barra de ferro uma vez para

trabalhar, não precisará de muitos dias para

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afastá-lo de seus adversários e fazer uma

varredura limpa de tudo que se estabelecer

contra ele. Se você quiser ver como isso será

feito, leia, peço-lhe, Daniel 2:31-33: “Tu, ó rei,

estavas vendo, e eis aqui uma grande estátua;

esta, que era imensa e de extraordinário

esplendor, estava em pé diante de ti; e a sua

aparência era terrível. A cabeça era de fino ouro,

o peito e os braços, de prata, o ventre e os

quadris, de bronze; as pernas, de ferro, os pés,

em parte, de ferro, em parte, de barro.”

Era um conglomerado estranho - todos os

impérios metálicos. são apresentadas

combinadas em uma imagem - imagem essa

que é a ideia incorporada do poder monárquico,

que fascinou os homens até hoje. O profeta

prossegue dizendo: “Quando estavas olhando,

uma pedra foi cortada sem auxílio de mãos, feriu

a estátua nos pés de ferro e de barro e os

esmiuçou. Então, foi juntamente esmiuçado o

ferro, o barro, o bronze, a prata e o ouro, os quais

se fizeram como a palha das eiras no estio, e o

vento os levou, e deles não se viram mais

vestígios. Mas a pedra que feriu a estátua se

tornou em grande montanha, que encheu toda

a terra.” E assim deve ser - a visão está sendo

cumprida a cada dia. A pedra do evangelho, que

não deve nada à força ou sabedoria humana,

está quebrando a imagem e dispersando todos

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os poderes opostos. Nenhum sistema,

sociedade, confederação ou gabinete pode

suportar o que é contrário à verdade e à retidão.

Eu, mesmo eu, sou apenas de ontem e não sei

nada, vi um dos mais poderosos impérios dos

tempos modernos derreter, de repente, como a

geada da manhã no calor do sol. Vi monarcas

expulsos de suas tiranias pelos poderes de um só

homem e uma nação livre nascida como em

uma hora. Vi estados que lutaram para manter o

negro em perpétuo cativeiro subjugado por

aqueles a quem desprezavam, enquanto o

escravo foi libertado. Eu tenho visto nações

castigadas pelos governos do mal e reavivadas

quando o jugo foi quebrado e elas retornaram ao

caminho da justiça e da paz. Aquele que vive

mais deve ver a maior parte disso. O mal é de

curta duração. A verdade ainda se elevará acima

de tudo.

O Senhor diz, peça até que venha de quem é o

direito e que Deus Lhe dará. Ai dos que se

levantam contra o Senhor e o seu ungido,

porque não prosperarão. “Agora, pois, ó reis,

sede prudentes; deixai-vos advertir, juízes da

terra. Servi ao SENHOR com temor e alegrai-vos

nele com tremor. Beijai o Filho para que se não

irrite, e não pereçais no caminho; porque dentro

em pouco se lhe inflamará a ira. Bem-

aventurados todos os que nele se refugiam.”