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INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUEMA – AJES
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR COM ÊNFASE NA DIREÇÃO,
COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO ESCOLAR
APROVADA
NOTA: 8,5
A IMPORTÂNCIA DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NA COMUNIDADE
ESCOLAR
ÂNGELA MARIA LIMA DOS SANTOS
ORIENTADOR: PROF. DR. ILSO FERNANDES DO CARMO
NOVO PROGRESSO/2015
INSTITUTO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO DO VALE DO JURUEMA – AJES
ESPECIALIZAÇÃO EM GESTÃO ESCOLAR COM ÊNFASE NA DIREÇÃO,
COORDENAÇÃO E SUPERVISÃO ESCOLAR
A IMPORTÂNCIA DO COORDENADOR PEDAGÓGICO NA COMUNIDADE
ESCOLAR
ÂNGELA MARIA LIMA DOS SANTOS
ORIENTADOR: PROF. DR. ILSO FERNANDES DO CARMO
“Monografia apresentada como requisito parcial para a obtenção do Título de Especialização em Gestão Escolar com ênfase na Direção, Coordenação e Supervisão Escolar.”
NOVO PROGRESSO/2015
A todos que comigo compartilharam as alegrias e tristezas e que de certa forma tiveram participação para que mais este sonho se tornasse realidade, dedico este trabalho.
Agradecimentos
Em primeiro lugar a Deus, por mais esta conquista. Aos colegas de curso, amigos e professores. Em especial ao Prof. Dr. Ilso Fernandes do Carmo. pela dedicação e compreensão. E a todos que contribuíram para a produção deste trabalho.
A escola atua como um instrumento de transformação, quando exorciza a tirania que nela possa existir, tanto da parte do diretor, dos professores, funcionários e alunos, quanto da própria comunidade local. A escola deve ser um canteiro que permita o germinar de uma pluralidade de idéias e de projetos pedagógicos, onde se consiga uma unidade entre teoria e prática, a verdadeira práxis.
(LUCHESI)
RESUMO
A presente pesquisa consiste em destacar a importância do Coordenador
Pedagógico em sua comunidade escolar, este tema possui relevância pessoal,
social e acadêmica, pois o coordenador é formado na academia e é nela que ele
deve aprender que as atitudes tomadas na comunidade escolar refletem na
sociedade como um todo. Neste sentido, a pesquisa foi elaborada a partir do método
bibliográfico, que consiste na leitura e análise dos autores: Paulo Freire; Luckesi;
Libâneo entre outros, analisando a visão de cada um de acordo com o tema em
questão. A culminância se dá ao concluir que a coordenação pedagógica é a
instância mediadora entre os saberes e práticas desenvolvidas na escola
(informações, conflitos, problemáticas, soluções e propostas), por esse motivo sua
figura é colocada como importante diante do espaço escolar.
Palavras-chave: Comunidade Escolar. Coordenador Pedagógico. Prática
pedagógica.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO...........................................................................................................07
1 - COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA.........................................................................09
1.1 O Processo de evolução da Coordenação Pedagógica.......................................09
1.2 O papel do Coordenador Pedagógico .................................................................10
2 O trabalho do Coordenador Pedagógico ..............................................................12
3 A família na escola..................................................................................................14
3.1 Desafios da gestão e a família na escola.............................................................16
4 Construção do Coletivo para o Desenvolvimento Pedagógico...............................18
5 A prática da Coordenação Pedagógica...................................................................20
6 O Coordenador Pedagógico na atualidade escolar................................................25
7 Gestão no Ambiente de Trabalho............................................................................27
CONSIDERAÇÕES FINAIS.......................................................................................30
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS...........................................................................32
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INTRODUÇÃO
Por meio de uma linguagem simbólica e singular falaremos da beleza da
atividade pedagógica, uma atividade composta por diversos e, em alguns
momentos, conflitante fatores que, em sua complexidade, expressam também a
complexidade do ser humano, enquanto sujeito histórico. Essa complexidade, longe
de ser apenas desafiadora, é também bela. Bela porque é cheia de possibilidades,
assim como é o ser humano. Por tudo isso, o trabalho escolar pode ser comparado
a uma música, tocada ou cantada por várias pessoas.
A escola, enquanto instituição eleita pela sociedade como espaço do saber
por excelência, não se furta a essa complexidade social.
Dentro dela, e para além de seus muros, as relações pedagógicos,
essencialmente humanas, ainda nos desafiam.
Pensar em orientação, supervisão (hoje coordenação pedagógica) é mais
um dos desafios que nos cabem como educadores.
A gestão pedagógica que não tem consciência de seu papel no processo de
mudança repete cegamente as práticas já existentes, sem o questionamento sobre a
realidade social em que a escola se insere.
A coordenação pedagógica na atualidade tem o compromisso com as
mudanças sociais. Para realizá-las, é preciso passar pelo conhecimento e pela
crítica ao poder do capital e às suas estratégias hegemônicas.
O trabalho pedagógico de um coordenador, sem a consciência política que
ele encerra estará a serviço da valorização do capital, como ocorria com a
orientação educacional, que tinha como uma de suas atribuições a sondagem de
aptidão, para encontrar o profissional certo para o lugar certo.
Na organização escolar atual, o coordenador pedagógico passou a ser o
organizador do processo educativo, superando a dicotomização entre atender
criança (orientador educacional) hoje coordenador pedagógico, ou atender
professores (antes supervisor escolar). É ele quem de maneira bem flexível, vai
dando conta desse processo, articulando as relações humanas dentro da escola.
O coordenador pedagógico deve ter uma sólida compreensão do que é a
atuação na sala de aula sistematização e democratizando o conhecimento
juntamente com os professores de alunos. Suas competências devem ser
indissociavelmente teórica e prática. Refletir, antecipar, planificar, avaliar, reorienta,
decidir no momento, na incerteza, na ambigüidade, constituem as ações esperadas,
com a articulação, simultânea de teoria e prática, compromisso político,
conhecimento cientifico e técnico.
Além dessas funções, existem outras inerentes à profissão ligadas aos
aspectos burocráticos e aos aspectos relacionais, seja com seus pares, com os pais
dos alunos ou com os superiores das instituições, acrescida da constante da
necessidade de atualização.
Por essa razão, o presente texto abordará nos seguintes capítulos o
processo de evolução da coordenação pedagógica até seu trabalho na atualidade,
assim como também a importância e o trabalho desse profissional da educação, os
desafios enfrentados pelo mesmo para que a família esteja presente na escola e os
pontos em que o coordenador deve pautar-se a fim de apresentar uma gestão de
qualidade que traga resultados positivos para a sociedade.
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1 - COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
1-1 O PROCESSO DA EVOLUÇÃO DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA
Segundo ALVES (1991), no final na década de 1970 e início da década de
1980, a pedagogia vem se tornando mais crítica com relação à sua função
modificadora. Os anos 1980 e 1990 trouxeram à tona as discussões acerca da
cientificidade da profissão, fazendo com que os conceitos até então aceitos no meio
acadêmico passassem a ser questionados, resolvendo-se, até certo ponto, algumas
das questões pendentes, como a fragmentação da profissão, que separava
orientadores e supervisores, e seu campo de atuação, até então restritos as escolas.
A busca pelo caminho coletivo, que demandaria mais solidariedade do que
competitividade, expressa, segundo GUIMARÃES (1998), as necessidades
prementes de uma sociedade que chegou no século XXI sem resolver questões
básicas para a sobrevivências do homem.
Em 13 de dezembro de 2002, segundo COLARES (2002), foram aprovadas
as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de pedagogia, publicada no Diário
Oficial da União em 15 de maio de 2003, que determinavam que esse curso seria
uma licenciatura.
Situa-se, segundo GUIMARÃES (1998), o histórico do Curso de Pedagogia
por ser os lócus de formação do orientador e do supervisor, que hoje estão sendo
formados muito mais como gestores ou o atual coordenador pedagógico, juntamente
pela proposição de formação coletiva que integrasse os conhecimentos e a
possibilidade de atuação.interessante é perceber como a realidade muitas vezes
supera a lei.
Quando se falou das habilitações do curso de Pedagogia, era sempre uma
referência ao Orientador e ao supervisor. Cabe, porém, lembrar que existia também
a proposta de formação do administrador escolar, função que deixou de existir por
força da democratização do país, que trouxe a eleição de diretores que escolhe seu
coordenador pedagógico para ser seu aliado nas atividades pedagógica.
No Brasil, segundo COLARES (2002), a última metade do século XX abrigou
e fomentou, no campo educacional, em geral, e no plano da educação superior, em
especifico, um incessante debate, que ainda hoje permanece, a respeito do papel
das instituições de ensino e da natureza do processo de formação do seu agente, o
educador, como coordenador pedagógica, seja ele pedagogo chamado a
desempenhar funções cada vez mais significativas e acentuadamente mais
complexa, o Coordenador Pedagógico (pedagogo) contemporâneo requer um
processo formativo que o conceba e o instrumentalize, sólida e adequadamente,
para cumprir tarefas de âmbito organizacional que lhe serão atribuídas pelas
instituições e organismos educativos e culturais.
1.2 – O PAPEL DO COORDENADOR PEDAGÓGICO
Segundo o autor ALVES (1991), o papel desse profissional é fundamental
para o bom desenvolvimento da aprendizagem escolar, dentro de uma comunidade
escolar o coordenador pedagógico é a pessoa que articula, pesquisa, interage,
estuda, busca meios e metodologias para auxiliar docentes e discentes.
O papel do coordenador deve, segundo ALVES (1991), ser definido como
facilitador, na escola considerada espaço de construção de cultura e de relações
humanas, bem como atitudes, conceitos de justiça, compromisso, democracia, e
gestão democrática.
É importante, segundo NOGUEIRA (1989), que um coordenador pedagógico
desenvolva em seu ambiente de trabalho as mais diversas atividades como:
Integração na unida de que atua; Estar apto e ter disponível sugestões sobre o
processo educativo que é desenvolvido na escol; Organização e participar de
reuniões com a equipe que compõe a escola; Apresentar plano de ação e discutir
com a equipe docente; Elaborar cronograma de execução, tendo em vista a versão
final de seu plano acatando sugestões com todos os componentes da sua
comunidade escolar.
O coordenador pedagógico tem como dever em suas funções, segundo
NOGUEIRA (1989), acompanhar o Projeto Político Pedagógico e assim participar
suas ações com os educadores.
Enfim, segundo GARCIA (2008), o papel do Coordenador Pedagógico é
favorecer a construção de um ambiente democrático e participativo, em que exista o
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incentivo e participativo, em que exista o incentivo, a produção do conhecimento por
parte da comunidade escolar, dentro desse processo educativo visando o
conhecimento intelectual de sua clientela o aluno.
Com papéis iguais Coordenador Escolar e Gestão – e Orientador
Educacional, segundo ALVES (1991), está fixado na realidade do aluno dentro da
escola no sentido de aprendizado para o futuro. E de práxis para esse educador
valorizar e respeitar o simbolismo permitir e elevar a criatividade para sonho e futuro,
permitindo para o aluno espaço e insistência em sua busca do intelecto.
Ser o elo entre a escola e a família, manter comunicação constante entre
respeitar valores procurando colaborar com o desenvolvimento e a formação do
educando, fixando sempre o rendimento escolar do aluno.
O Coordenador Escolar de Gestão, segundo GARCIA (2008), estará atento
aos aspectos, morais, cívicos e religiosos do processo educativo da escola. Todo
projeto de ação pedagógico visam a formação intelectual do educando formação
esta precisa ser harmônica, com diferentes aspectos em métodos diferenciados
como: físico, social, emocional, moral, espiritual, cívico e vocacional, enfim, todos
que dizem respeito ao pleno desenvolvimento do ser humano. Também pode ser
atribuído ao Coordenador Escolar em Gestão o papel de orientador vocacional
sendo preponderante e profissional o bastante para desenvolver sua ação especifica
de atividades como: dar incentivo ao aluno à pesquisa, ajudar que os discentes se
definir vocacionalmente, auxiliando a aprendizagem. Mas essas atividades precisam
de apoio e parcerias de diversas fontes, a saber, os grupos de professores, os pais,
e os próprios alunos podem ser bem definidos nesse processo da aprendizagem.
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2- O TRABALHO DO COORDENADOR PEDAGÓGICO
Um Coordenador Pedagógico, segundo ALVES (1991), deve ter um
excelente projeto e executá-lo com intenção e a certeza que a escola e seus
profissionais realizam um trabalho de qualidade, visando a prática pedagógica da
escola para elevar a qualidade de ensino.
Os trabalhos desenvolvidos pelo Coordenador Pedagógico, segundo ALVES
(1991), devem ser planejado e orientado e tudo isso precisa que o mesmo faça de
seu trabalho um compromisso amplo tanto com a comunidade quanto consigo
mesmo, compromisso esse de tal cunho político, competente, profissional, de ação,
qualidade participação, integração de todo o grupo a que pertence.
O trabalho do Coordenador Pedagógico, segundo COLARES (2002),
compõe o coletivo da escola. Nesse aspecto, para coordenar, direcionado ações
para um maior aprendizado, precisa estar consciente que o trabalho não ocorre
isoladamente, mas sim no coletivo, mediante a articulação dos diferentes saberes
fazeres escolares no sentido de construir um fazer pedagógico de acordo a
realidade do grupo.
É fundamentado num trabalho de formação continuada, segundo GARCIA
(2008), organizar as ações junto com os professores justificando suas opções
pedagógicas, amenizando as dificuldades que os mesmos possam encontrar para
desenvolver sua aula, o coordenador pedagógico estará favorecendo a tomada de
consciência das ações e o conhecimento sobre o contexto escolar de sua atuação.
Estimular o processo de decisão tomada pelo grupo oferecendo alternativas
para superar problemas e estar apto a retomar atividades refletir junto com sua
equipe a melhor estratégia para aperfeiçoar as condições de trabalho, programando
ações que norteiam a formação de grupos para qualificação continuada da equipe,
ajudando sua equipe com metodologia adequada dentro e fora de sala, tornando
suas aulas produtivas e atingindo os objetivos desejado pelo grupo.
No que se refere ao êxito no trabalho do coordenador, segundo COLARES
(2007), ter um planejamento bem elaborado para nortear as ações. Em se tratando
do planejamento escolar os autores buscam aprimoramento da conceituação assim.
O ser humano age em função de construir resultados. Para tanto, pode agir aleatoriamente ou de modo planejado. Agir aletoriamente significa ir fazendo as coisas, sem ter clareza de onde quer chegar, agir de modo planejado significa estabelecer fins e construir-los através de uma ação intencional. (FREIRE, 1992, p. 115-125).
Todas as ações realizadas pelo homem diariamente, dede os primórdios são
produtos de planejamento que podem ser obedecidos por regras ou não. O sucesso
dessas ações, segundo GARCIA (2008), está diretamente relacionado à forma como
se efetiva o planejamento escolar. Então a partir daí não e admitido que se realize
qualquer trabalho e muito menos de improvisar.
Para FREIRE, um planejamento escolar para um coordenador é:
[...] O planejamento global da escola, envolvendo o processo de reflexão, de decisões sobre a organização, o funcionamento e a proposta pedagógica da instituição. É um processo de racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a atividade escolar e a problemática do contexto social. (1992, p. 221).
Para que o planejamento escolar alcance a sua finalidade, com sucesso
suas diretrizes e princípios os procedimentos do trabalho a ser realizado. O
Coordenador Pedagógico, segundo GARCIA (2008), deve assegurar que as
atividades da escola articulem-se com o contexto da sua comunidade envolvida
garantindo que haja coerência entre as etapas na busca de objetivos definidos,
estabelecendo vínculo entre as atividades escolares e os problemas que envolvem a
comunidade escolar. A harmonia entre as funções de um Coordenador Pedagógico
garantirá estrutura , instrumentos que possibilitem ações coordenadas, objetividade
e também que seja flexível considerando que todas as atividades possam se fazer e
ser cumprida dentro do prazo previsto determinado e definido.
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3- A FAMÍLIA NA ESCOLA
A família, segundo FREIRE (1992), é uma participação efetiva na vida
escolar dos filhos e o apoio às ações da escola, manifestando com críticas e
sugestões para ampliar o trabalho do coordenador e professor, através dessa
participação com diálogos e reuniões constantes para criar mecanismos eficazes e
eficientes que só traga para a comunidade escolar um foco especial no sucesso do
processo ensino- aprendizagem do educando.
É fundamental, segundo FREIRE (1992), que quando se exerce um cargo de
coordenação Pedagógica dentro de uma escola, tenha definição de políticas
educacionais para orientar sua prática educativa, bem como revitalizar os processos
de participação. Na medida em que reúnem o corpo docente da escola com os pais
e outros representantes da comunidade escolar para discutir e definir e acompanhar
metas com objetivos bem elaborado e proposto pelo Coordenador Pedagógico, é a
partir dele que devem ser tomadas todas as medidas, visando o bem comum dos
alunos.
FREIRE (1992, p. 58), nos diz:
[...] a escola necessita da adesão de seus usuários (não só de alunos, mas também de seus pais ou responsáveis) aos propósitos educativos a que ela deva visar e que essa adesão precisa redundar as ações efetivas que contribuem para o bom e desempenho do estudante.
Em especial essa luta reafirma os anseios e o desafio de fazer com que os
pais participem de todas as ações da escola, principalmente, das ações
pedagógicas, envolvendo-os no processo, de modo a refletir no processo ensino
aprendizagem.
Mas para essa transformação na realidade escolar, deverão ocorrer no
processo educacional mudanças, a começar pela postura dos gestores e
Coordenadores, que de inicio de trabalho deverá ter em mãos e no seu
planejamento projetos ou criar mecanismos ou seja abrir as portas da escola para a
comunidade, mas com objetivos que eles possam contribuir na educação e no
aprendizado das crianças. Segundo GARCIA (2008), diz: “São boas as escolas que
estão em sintonia com a comunidade. ”
Trazer a comunidade escolar para assumir esse papel de ajuda e
compromisso perante todas as ações da escola torna-se algo de fundamental
importância, já que ela ajuda a decidir, junto a equipe, direção, coordenação e
professores, os melhores caminhos a serem trilhados, visando o bem comum. Para
FREIRE (1992 p. 7):
Tudo o que a gente puder fazer no sentido de convocar, e dentro da escola, no sentido de participarem, de tornarem um pouco o destino da escola, na mão, também. Tudo o que a gente puder fazer nesse sentido é pouco ainda, considerando o trabalho imenso que se põe diante de nós que é o de assumir esse país democrático.
Diante de todo esse processo histórico conta que a participação democrática
da família na escola, não se dá espontaneamente precisa ser mudado em muitos
aspectos, portanto coloca-se a necessidade de unir idéias numa construção coletiva,
que não viabilizem mas sim que incentivem práticas participativas dentro das
escolas públicas para que tudo isso venha acontecer o gestor com o Coordenador
Pedagógico com sua equipe de professores estejam bem orientados para
desenvolver sua função sempre visando o aperfeiçoamento e a aprendizagem do
aluno.
O sistema educacional brasileiro precisa, segundo FERREIRA (2007), de
novas estratégias que garantam um nível, um padrão mínimo de qualidade,
assegure a efetividade do desempenho da escola e consequentemente, o alcance
de seu objetivo maior, que é a qualidade da formação dos alunos. Essa estratégia
de mudança precisa ser integradora e certamente, pode ser iniciada com a
aproximação entre as famílias e a escola. Essa mudança só será possível se houver
trabalho integrado dos envolvidos no processo: a direção, coordenação, professores,
pais e responsáveis.
Dessa integração, sem dúvidas, surgirá uma comunidade propriamente dita,
entendendo e assumindo a escola como parte integrante de um passado, presente e
futuro. “Se a escola não participa da comunidade, por que irá a comunidade
participar da escola?” (FERREIRA, 2007, p. 27). A necessidade de a escola se
aproximar problemas e interesses. Portanto, quando se pensou em aplicar os
questionários aos alunos, professores e, principalmente aos pais ou responsáveis
dos alunos foi objetivamente indicar caminhos para traçar essas novas estratégias
de inclusão da família nas decisões e ações desenvolvidas pela escola, é preciso
não só trazer os pais até ela, como ir até as famílias e conhecê-las.
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A educação, dever da família e do Estado, inspirada nos princípios de liberdade e nos idéias de solidariedade humana, tem por finalidade e pleno desenvolvimento do educando, seu preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o trabalho (art. 4º Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional 9394/96).
A equipe gestora busca integração com a comunidade, atribuindo–lhe
responsabilidades, através de sensibilização e mecanismos eficazes e documentos
formais, mas voltadas para mudanças de atitudes tanto por parte dos educadores
quanto dos pais ou responsáveis.
3.1 – DESAFIOS DA GESTÃO E A FAMÍLIA NA ESCOLA
“[...] na gestão democrática pais, mães, alunos, alunas, professores,
coordenadores, diretores e outros funcionários assumem sua parte de
responsabilidade pelo projeto da escola.” (COLARES (2002), p. 35). A importância
de avaliar as ações da gestão é percebida quando ouvimos o pensar e o sentimento
da comunidade escolar, visando melhoria dos pontos detectados tanto positivo
quanto negativo, visando sempre em fortalecer o que vem dando certo.
As experiências já vivenciadas em relação à democratização da gestão escolar apontam pressupostos e alguns parâmetros que, se considerados, tendem a garantir maior sucesso na conquista daquela democratização e, conseqüentemente, da escola de melhor qualidade. (COLARES, 2002, p. 67).
A cultura escolar tem sido marcada na sociedade brasileira por um profundo
autoritarismo nas relações sociais e seria impossível que a escola assim não o
fosse. Para superar essas situações faz se necessário que a escola tenha um
conselho atuante com qualidade e experiência, participação de todos os
funcionários, pois todos estão inseridos no bem comum educar os futuros cidadãos,
para que vivenciem a valorizar a democracia.
A participação de professores, alunos, pais e funcionários na organização da escola, na escolha dos conteúdos a serem trabalhados nas formas de administração da mesma, será tão mais efetivamente democrática, na medida em que o componente domine o significado social da prática de cada um é capaz de desenvolver a autonomia e a criatividade na reorganização da escola para melhor propiciar a sua finalidade: democratização da sociedade pela democratização do saber. (COLARES, 2002, p. 135).
A escola, segundo FREIRE (1992), precisa ser urgente em refazer os
conceitos em “educar” na formação de verdadeiros cidadãos, com seriedade e
compromisso da coletividade, dando oportunidade aos gestores fazer uma auto
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revisão critico de seus compromissos como educador, consciente na busca de
conquistar uma nova escola inserido a comunidade escolar que seja verdadeira
democrática. Somente com estes objetivos definidos a escola pode realmente se
tornar um fator cidadania.
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4 – CONSTRUÇÃO DO COLETIVO PARA O DESENVOLVIMENTO PEDAGÓGICO
Para que a escola esteja voltada à formação de reais cidadãos é
preciso, segundo GARCIA (2008), que ofereça oportunidade aos indivíduos para
caminharem junto ao processo do crescimento da escola. O trabalho escolar torna-
se mais produtivo e agradável quando há interação da equipe escolar e comunidade,
quando todos se propõem a realizar os objetivos em parceria, o importante e
descobrir quais as necessidades e anseios dos alunos, da equipe escolar e dos pais.
É necessário segundo FERREIRA (2007), fazer acontecer a autonomia de
nossas escolas, direito esse já garantido em Lei, além de ser importante o incentivo
a participação de gestores, professores, pais, alunos, funcionários e representantes
da comunidade local da discussão e elaboração de projetos social que envolva
escola e comunidade a qual pertence. A prática pedagógica com maior
responsabilidade deixará o trabalho gratificante, pois quando o corpo docente da
escola tem claras suas propostas em relação ao que e por ensinar e os objetivos a
serem alcançados. Na Lei de Diretrizes e base (LDB), encontra-se a seguinte
afirmação, no art. 12. “Os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas
comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de elaborar e executar
suas propostas pedagógicas”. A escola deve assumir, como uma de suas principais
tarefas, o trabalho de refletir sobre sua intencionalidade educativa. Esta é uma visão
integral da educação, pretende-se que o aluno seja educado não apenas com
saberes científicos, sim fazer frente aos desafios que a vida oferecerá, com objetivo
do aluno veja a conexão entre saberes acadêmicos, os problemas sócio-naturais,
políticos e culturais. Ao construir, implementar e avaliar seu projeto, a escola
propicia uma educação de qualidade e exercer sua autonomia pedagógica, o que
possibilita a ampliação do espaço de decisão e participação da comunidade. Todos
decidindo os procedimentos a serem realizados, onde será revista e terá como
ações da escola na prática da autonomia escolar e na construção de uma gestão
democrática COLARES (2002, p. 35), afirma que:
A escola deve formar a cidadania e, para isso, ela deve dar exemplo. A gestão democrática. A escola não tem um fim em si mesma. Ela está a serviço da comunidade. Nisso, a gestão democrática da escola esta prestando um serviço também à comunidade que a mantém.
Nesse sentido, percebemos que a escola precisa abrir espaço para que
esses cidadãos possam se envolver na prática pedagógica e social contribuindo nas
tomadas de decisões desde situações simples as mais complexas. A interação entre
gestores, coordenadores e equipe escolar e comunidade, todos preocupados com o
bem-estar do ambiente, garantindo ao educando um ensino de qualidade e a prática
democrática dentro da escola.
O acesso e permanência do aluno na escola com: sucesso, democracia,
autonomia, qualidade de educação para todos. Carece de organização e valorização
dos profissionais da educação interligados e complementados entre si, segundo
FERREIRA (2007), a educação deve estar preocupada em preparar cidadãos para
conhecer a sua própria personalidade e com isso ele pode entender a sociedade e
seus acontecimentos naturais e políticos.
As reuniões pedagógicas envolvendo o corpo docente da escola com a
comunidade ajudará coletar informações e fará com que todos reflitam quanto ao
andamento escolar, oportunizando estratégias para contribuir ideias sugestões e
traços de metas para alcançar objetivo desejado, nessa interação todos
contribuindo deixando claro as intenções para que nem um lado se sinta mais ou
menos privilegiado em sua equipe de trabalho, respeitando os níveis de funções
diferenciado da escola e comunidade pais ou responsáveis para que todos tenham
espaço e participação na construção do coletivo para o desenvolver pedagógico, na
escola e comunidade unidos em prol a educação futura da sua clientela alunos.
Cabe à escola tornar-se um dos agentes de mudanças social e constituir-se
um espaço democrático, garantindo ao educando o direito de usufruir da construção
do seu conhecimento, oferecendo aos seus professores educação continuada
sentido de se sentirem comprometidos com a qualidade da educação. COLARES
(2002, p. 38), afirma:
A gestão democrática pode melhorar e é especifico da escola, isto é, o seu ensino. A participação na gestão da escola proporcionará um contato permanente entre professores e alunos, o que leva ao conhecimento mútuo e, em conseqüência aproximará também as necessidades dos alunos dos conteúdos ensinados pelos professores.
A intenção escolar, seu processo de construção e execução, planejamento e
ação presente à transformação da realidade em função da melhoria dos serviços
educacionais que norteiam às práticas educativas.
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5- A PRÁTICA DA COORDENAÇÃO PEDAGÓGICO
A A prática da Coordenação pedagógica partirá forçosamente de sua
conceituação e da consideração de seus objetivos o porquê ou o para que
coordenar.
Mais do que em qualquer outro domínio da atividade humana, a
coordenação pedagógica, segundo FERREIRA (2007), se apresenta como um
instrumento vital de controle da qualidade do produto no que este conceito tem de
mais nobre. Portanto deve ser entendida como o ver critico, construtiva, vitalizador
das ações educativas colocadas a serviço do individuo e dos grupos, tendo se em
vista seu desenvolvimento e transformação para o melhor. A tarefa magma de,
planejando, acompanhando, avaliando e aperfeiçoando oportunamente o curso de
tais ações, garantir a eficiência do processo educacional e a eficácia de seus
resultados.
Convém, também, ter sempre presente que todos os que participam do ato
educativo, quer na qualidade de sujeito vivenciando diretamente as experiências de
aprendizagem, quer na condição de agentes orientadores desse ato, devem estar
integralmente envolvidos, e atento a tudo e a todos referente a escola, sua
contribuição tem de ser por inteiro.
A mudança é, talvez, a única constante, urge que ela se mostre aberta
flexível, receptiva às inovações e às transformações no plano social, cientifico e
tecnológico. A flexibilidade, a abertura, o sentido da atualização e da renovação,
segundo GARCIA (2008), devem estar presentes nos planos e a na prática
educativa. Compete a coordenação zelar, por todos para concluir o que quer na sua
prática pedagógica.
No cotidiano dos trabalhos desenvolvidos em uma escola, ou seja, uma série
de atividades ou ação pedagógica, segundo FERREIRA (2007), serve para
aproximar diretor, coordenador e professor, em situação de observação, analise de
caso e estudos aprofundado nas situações de aprendizagem e o conhecimento,
buscando zelar pela sua clientela o “aluno”.
É no desempenho das tarefas a coordenação e ao acompanhamento, a
qualidade de como se organiza e planeja. Nunca será demais enfatizar a
importância dessa função de bom nível de trabalho e de ensino, a orientação da
aprendizagem vivenciada e acompanhada pelo sujeito do processo o Coordenador
Pedagógico.
A orientação pedagógica para professores no momento previsto, prevenindo
e ajudando a esclarecer metodologias viáveis a ser desenvolvida, são ações
corretas tem valor cumulativo que seu objetivo e crescer. A coordenação e o
acompanhamento da execução são, por excelência, segundo FERREIRA (2007), os
mecanismos implementadores da articulação entre diversos componentes da equipe
técnica docente e administrativo que estão a serviço do processo educacional,
zelando os essenciais do clima educativo.
A função da educação é desenvolver e transformar individuo e tudo esse
processo só acontecerá com o desempenho do coordenador Pedagógico e a sua
equipe em estudo. Para esse desenvolvimento muito contribuem as ações de
coordenação e orientação quando exercida de forma a que sejam atingidas, de fato,
as pessoas, porque participam dessas ações.
A riqueza imensa, em termos de melhoria das ações educativas e do
aperfeiçoamento dos recursos humanos, oferecida pelas atividades de coordenação
e orientação no decorrer do processo, dificilmente se esgotaria.
O Coordenador Pedagógico, segundo NOGUEIRA (1989), precisa
desenvolver uma visão critica e construtiva do trabalho pedagógico, de modo a
vitalizar as ações educativas, transformando reflexivamente, a ação individual e
coletiva.
Dentro desse contexto cabe ao Coordenador Pedagógico, planejar, avaliar e
aperfeiçoar o curso das ações pedagógicas, visando garantir a eficiência do
processo educacional com eficácia.
Este profissional, segundo FREIRE (1992), tem que estar atento nos
objetivos de todo o grupo da ação educativa, para estarem envolvidos no processo
pedagógico planejado em equipe.
Esses objetivos com eficiência só serão possíveis, segundo FREIRE (1992),
se o Coordenador traçar metas de trabalho com aprimoramento e desempenho de
profissionais competentes em sua equipe de trabalho, valorizando o nível de
produção dos docentes, a riquezas de suas contribuições e as atividades
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pedagógicas desenvolvida.
A prática da Coordenação exige avaliação, crítica de seu próprio
desempenho, aperfeiçoamento como técnico, mas especialmente como pessoa
O papel do Coordenador Pedagógico se constitui, em última análise, na somatória de esforços e ações desencadeados com o sentido de promover a melhoria do processo ensino – aprendizagem. Esse esforço voltou-se constantemente ao professor, num processo de assistência aos mesmos e coordenadores de ação. (COLARES (2002), p. 20).
Diariamente o Coordenador precisa desenvolver, habilidade, flexibilidade,
atualização e renovação, integrando o coletivo, analisando estudos de temas através
das reuniões realizada no coletivo.
O trabalho do Coordenador Pedagógico, segundo GARCIA (2008), é
conhecer a natureza, a organização e o funcionamento da área pedagógica da
educação escolar, suas relações do contexto histórico-social e com o
desenvolvimento humano, além de perceber o agir da gestão/administrativa do
sistema escolar em que esta inserido. Também precisa conhecer os fundamentos
teóricos do processo de ensinar e aprender, relacionando teoria e os processos
legais a sua realidade. Objetivando o padrão de qualidade do ensino e
aprendizagem, comunicar-se com clareza com diferentes interlocutores em diversas
situações, socializar informações e conhecimento, conduzir democraticamente suas
práticas pedagógicas, identificar criticamente a interferência das estruturas
institucionais no cotidiano escolar.
Promover, segundo FREIRE (1992), o desenvolvimento da autonomia da
escola e o envolvimento da comunidade escolar, compreender e valorizar o trabalho
coletivo no exercício profissional, ter disponibilidade para desenvolver trabalhos em
grupo, respeitando e valorizando a etnia cultural de cada um e as contribuições
necessárias para um aprendizado com sucesso.
Faz se necessário uma mudança de postura em relação a prática
pedagógica do Coordenador escolar. A ação Coordenação Pedagógico enquanto
auxiliadora do desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem, segundo
FERREIRA (2007), é buscar, planejar ações para auxiliar docentes a medir o
crescimento social, afetivo, cognitivo e intelectual dos discentes, por atividades
coletivas, em reuniões e grupos de estudos.
Fazer feedback de informações com todo o grupo inserido, ter em acervos
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material de apoio pedagógico para ser estudado, planejado e utilizado em aulas.
Com isso, segundo NOGUEIRA (1989), o professor terá aulas tranquilas e diminuirá
o estresse da mesmice.
Sabendo que o docente é um produto do saber precisa de apoio e ser
tratado com dignidade e respeito.
A postura do Coordenador Pedagógico, segundo COLARES (2002), é de
construtivo e ter prática em criar metodologia inovadora e democrática, através da
participação, ser incentivador, integrador e executor das políticas educacionais,
atuando como elemento de articulação e de mediação nas politicas educacionais e
as propostas pedagógicas desenvolvida no ambiente escolar.
Tudo que um coordenador pedagógico for realizar em relação seu trabalho
na comunidade escolar precisa estar pautado para que tenha êxito, segundo
GARCIA (2008), em sua prática docente, planejamento de ação, execução e
reflexão, o que está dando certo é o que precisa mudar, promovendo repetição,
possibilitando mudanças significativa da realidade. Sabendo que não é tarefa fácil e
sim um trabalho desafiador com constante busca, estando apto a dar o melhor de si
e incentivando seu corpo docente por formação continuada, para que todos da
comunidade escolar inseridas venham responder positivamente as mudanças
necessárias produzidas pela interação que ocorrem no universo escolar, criando
soluções adequadas a cada realidade, ou seja desenvolvendo a sua habilidade
mediante os problemas apresentados no dia – dia. Precisa também, reconhecer
limites e deficiências do próprio trabalho pedagógico a fim de mudar práticas
originadas de visões de mundo, valores e interesses que interferem na prática diária
o enfrentamento inevitável e delicado de conflitos entre docentes e discentes, família
(pais) e a hierarquia burocrática do sistema escolar. Ter cuidado com o mudar
práticas pedagógicas sem ter todo um planejamento com o “todo”, por que mudança
significa empreender toda a cultura organizacional.
A sociedade pede mudança através da formação dos que buscam mudança
e isso acontece no espaço escolar, ou seja, quando a instituição escolar percebe
que está ineficaz, desatualizada, todos vão em busca de recuperar-se criar novos
meios de interagir e aprender e desempenhar sua função social na comunidade e
para isso precisa desenvolver técnicas e metodologias eficiente que supra essa
necessidade.
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Segundo COLARES (2002), é preciso educar para uma cidadania global que
ensine a viver na mudança e que não queira controla-la. Compreendendo assim que
é impossível desacelerar o mundo, portanto, precisamos procurar adaptar a nossa
forma de educar às mudanças rápidas e aceleradas presente no mundo.
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6- O COORDENADOR PEDAGÓGICO NA ATUALIDADE ESCOLAR
O trabalho do coordenador pedagógico, destaca-se em pontos positivos que
são, segundo GARCIA (2008), os de: orientar e adotar postura crítica e analítica
diante da realidade do aluno. Observando maneiras como lidar os conflitos ou
problemas enfrentados no cotidiano escolar.
O trabalho pedagógico do coordenador nas escolas municipais os mesmos
se dedicam boa parte do tempo às atividades administrativas e/ ou burocráticos e ao
atendimento a alunos por questões disciplinares.
Nas escolas municipais, o quadro de pessoal é reduzido e as condições de
trabalho desfavoráveis o que se observa é: a coordenadora não atende os alunos
com eficiências pedagógicas, devido a inúmeras interrupções no seu trabalho (...).
Fica mais as queixas de indisciplinas e advertências, seu tempo pedagógico se
perde em administrar em conversas individual com alunos indisciplinados e ás vezes
com os pais para registrar as queixas dos professores na presença dos alunos e
seus respectivos responsáveis e aqueles acompanhamentos minuciosos que os
alunos precisam para melhor compreensão no aprendizado se perdem no decorrer
das quatro horas de sala ou período que fica na escola.
Frequentemente é necessário que o coordenador substitua professores que
faltaram e, quando não está em sala, de aula está monitorando corretores
verificando se está tudo bem nas salas. Também, e tarefa dos coordenadores a
verificação de diários de classe se as notas e frequências estão corretas a cada
aluno, com isso o trabalho pedagógico, o acompanhamento do aluno e até mesmo o
planejamento dos professores fica em segundo plano ou melhor fica no “se der
tempo”. Isso é muito ruim pois danifica os pontos positivos de seu planejar
acarretando toda a responsabilidade da aprendizagem do aluno para os professores.
Com esse desvio de função pedagógico o que realmente seria seu planejamento de
execução semanal se perde junto com seu trabalho pedagógico.
Todas as atividades (a matrícula, os horários, os diários, a organização das
turmas, o planejamento, a relação com as famílias e a comunidade, a limpeza da
escola), facilitam ou dificultam a aprendizagem dos alunos, portanto continua
GARCIA (2008, p.56): “nada é meramente administrativo ou pedagógico. ”
Porém as atividades são de caráter operacional, não devem ser
incorporados a prática pedagógica da escola, pois com certeza, tais atividade
impedem o coordenador pedagógico de pensar estrategicamente o trabalho
pedagógico. Além de desqualificar o cargo ou função do coordenador, não criando
sua identidade no espaço escolar.
Segundo GARCIA (2008, p. 182),
a função primeira do coordenador pedagógico é planejar e acompanhar a execução de todo o processo didático pedagógico da instituição, tarefa de importância primordial e de inegável responsabilidade e que encerra todas as possibilidades como também os limites da atuação desse profissional. Quando mais esse profissional se voltar para as ações que justificam e configuram a sua especificidade, maior também será o seu espaço de atuação. Em contrapartida, o distanciamento dessas atribuições seja por qual motivo for, irá aumentar a discordância e desconhecimento quanto as suas funções e ao seu papel na instituição escolas.
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7 – GESTÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO
Sabendo que uma comunidade escolar envolve grupos de pessoas com
diferentes ideais, ex: religião, social e cultural, é, segundo COLARES (2002), um
lugar de pessoas intelectuais que já estão com seus ideais formados a ponto de
defendê-los. E daí que surgem conflitos, discórdias de entre docentes e
coordenadores podem ser ruins, deixando prejudicar o aprendizado de sua clientela
“aluno”.
Para COLARES (2002, p.104): “A função primordial do coordenador é
procurar formas de ajudar os professores de todas as disciplinas a avançar. ”
Para ser bem exercida, a função do coordenador supõe, segundo GARCIA
(2008), um enorme conhecimento do conjunto da escola:
Quem são os alunos?
Quais turmas apresentam maior dificuldade (e em quais disciplinas?)
Como trabalham os professores?
Quais necessitam de maior auxilio na formação em serviços?
O que os estudantes estão aprendendo – e o que estamos fazendo para
ajudar aqueles que ainda não chegaram ao nível desejado?
ALVES (1991, p.11), afirma:
o foco desse profissional aponta fortemente para a gestão de aprendizagem e para a formação dos professores, incluindo o domínio de algumas coisas que nenhuma faculdade ensina ele: sabe como o currículo foi desenhado, quando e como se articulam as áreas do saber e quais os modelos de avaliação disponíveis. Sabendo não ser tarefa fácil, mas ela é indispensável. É justamente o conhecimento das disciplinas, e seus objetivos, de suas propostas de recuperação, da bibliografia adotada e das metodologias propostas que conferirá a ele a respeitabilidade dos professores e para que ele alcance essa excelência precisa estar em constante estudo e integrado com a realidade e a atualidade.
ALVES (1991, p.9), complementa: “Eu diria que a boa noticia é que ele não
precisa entender de tudo. Sua função primordial é procurar formas de ajudar os
professores de todas as disciplinas a avançar. ”
A coordenação pedagógica pode, segundo GUIMARÃES (1998), orientar a
equipe de professores:
Na produção e montagem de portfólios;
Registros, pauta de observação;
Diários de aula e notas;
Registros fundamentais para qualquer docente;
E como conseguir conhecimento são, segundo, diversos caminhos;
Uma boa visita às livrarias;
Uma exploração atenciosa a acervos pedagógicos.
Programa de formação oferecida pela secretaria e outras instituições;
Participação em seminários e congressos- com o compromisso de
socializar as informações principais para os demais profissionais da escola. Assim, o
coordenador vai construindo sua figura como um parceiro e um orientador do
trabalho docente.
ALVES (1991, p.8), continua afirmando que: “Para isso tudo, o coordenador
tem meios de atuações difusos. ”
A presença nas atividades pedagógicas que alunos e professores promovem;
A conversa individual com os docentes e a direção;
As apresentações de trabalhos;
As ações de estudos do meio;
As festas e as visitas;
O material que ele disponível na sala dos professores;
Os avisos que ele deixa no quadro; e concluindo com o (HTPC) horário de
trabalho pedagógico coletivo. Período de formação em serviço no qual se
consolida. É a hora que ele desenvolve seu máximo trabalho.
Fazer com que os professores tenham êxito (brilho) porque afinal, cabe a eles
preparar as aulas, trabalhar duramente com centenas e centenas de alunos,
corrigir provas e trabalhos, extenuar a voz para ser ouvido e ainda readequar
suas aulas ao seu plano inicial.
No horário de trabalhos pedagógicos coletivos, Almeida afirma: “O coordenador
ilumina o trabalho dos docentes, colocando-os como o centro do processo de
ensino e aprendizagem”.
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O que cada um deles faz de melhor?
O que precisa aprofundar, estudar ais, trocar com os colegas?
É possível, por exemplo, levar para esse horário uma prova pó boa, concebida
pela equipe, que merece ser estudada pelos colegas.
ALVES (1991, p.21), nos diz: “atitudes assim põem em relevo a liderança do
coordenador pedagógico. ”
Não se trata, de liderança como imposição, mas como prestação de serviço,
que junta as partes dispersas, evidencia as coisas boas, participa do dia-dia, avalia
rumos, dá apoio com base nas necessidades, estimula práticas criativas de alunos e
professores e apoia diretor para cumprir sua tarefa de construir caminhos para a
escola junto com a comunidade.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
Vimos que, politicamente, com o fim da ditadura militar em nosso país e o
inicio do regime democrático, a sociedade passou a eleger seus representes e,
paralelamente, as escolas passaram a ter eleições para eleger seus gestores.
Nas escolas, passamos do especialista em supervisão e orientação para
hoje coordenador pedagógico (Pedagogo).
Na dinâmica escolar, o Coordenador Pedagógico (Pedagogo) passou a ser
organizador do processo educativo, superando a dicotomização entre a
especialização para atender a comunidade escolar, o que pressupõe também um
maior envolvimento desse profissional no contexto educativo.
Ao considerarmos a educação em sua dinâmica, entendemos que ela é uma
prática social histórica que se transforma pela ação dos homens em relação com a
natureza, consigo mesmo e com os outros homens dentro da realidade que a
sociedade constitui no cotidiano.
Isso significa que o Coordenador Pedagógico (Pedagogo) precisa efetivar
sua participação na organização do trabalho educacional, assunto sua prática
pedagógica e dando suporte a gestão escolar como sua função primordial, já que é
por meio dela que garantirá a função primordial da escola, que é o acesso ao
conhecimento sistematizado, auxiliando a organização do ensino-aprendizagem
juntamente com sua equipe e garantindo a promoção da avaliação do processo e
dos planos escolares, bem como a implantação do projeto pedagógico da instituição.
Além do mais, a atuação do coordenador pedagógico (pedagogo) implica
também auxiliar o diretor da escola a sistematizar as atividade de apoio técnico-
administrativo, que abrange os serviço de atendimento da secretaria, a organização
dos arquivos escolares, a manutenção dos serviços de apoio e o desenvolvimento
dos recursos didáticos, tecnológicos e informacionais, o levantamento de
necessidade, o recebimento e a integração de novos professores e outros
profissionais.
Tudo isso para vencer desafios postos para a escola, como o acesso de
deferentes segmentos da população, à escolarização –jovens e adultos, menores de
rua portadores de necessidades especiais, crianças de zero a seis anos, etc.
Esses desafios têm exigido do coordenador pedagógico (pedagogo)
competência indissociavelmente teóricas e práticas, que seriam refletir, antecipar,
planificar, avaliar, reorientar, tornar decisões diante de situações ombiguas, ter
compromisso político. É preciso também que esse profissional alie conhecimento
cientifico e técnico à consciência permanente do modo de organização social a que
está vinculado, pois as funções inerente a ele estão ligadas ao aspecto burocrático,
mas também e principalmente aos aspectos relacionais visto que está sempre
trabalhando com pessoas.
Portanto ser coordenador pedagógico (pedagogo), significa compreender
que essa é uma função de natureza complexa que implica uma busca constante
pela ação coletiva, pois somente as ações coletivas são constituidoras das
possibilidades da realização humana plena.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
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