O livro de Jonas foi escrito para os moradores de Nínive, como memorial às futuras gerações assírias, sobre o poder superior de Jeová - o Deus dos israelitas, e de Sua graça e compaixão para com seus antepassados ninivitas.

Destinava-se ao povo de Israel, representado por Jonas e seu sentimento discriminatório para com os pagãos. No livro, Deus mostra sua misericórdia e paciência para com a (1) nação pagã, (2) o profeta preconceituoso, e (3) Seu povo individualista.

A mensagem principal do livro - tão útil para nós hoje, é que Deus deseja alcançar todas as pessoas, boas ou ruins, onde elas vivem, porque as ama incondicionalmente, se importa com elas e deseja ardentemente a sua salvação.

As atitudes de Jonas revelam que ele era: teimoso, egoísta, vingativo, contraditório, insensível, turrão, fujão, e carente de empatia. Entretanto, foi sincero ao admitir seu erro, declarou sua fé em Deus, e humilhou-se no ventre do peixe.

A esperança que o livro nos proporciona é que, se vencermos as dificuldades e turbulências da vida com determinação, assim como Jonas, então, à sua semelhança, conseguiremos cem por cento de aproveitamento em nossos esforços evangelísticos.

O livro nos dá esperança de que: (1) A Bíblia é digna de crédito pois não esconde os defeitos dos seus heróis; (2) Nosso testemunho é mais persuasivo do que o de milhares de anjos; (3) Não é preciso perfeição para ser um missionário do Senhor.

O povo de Deus sempre teve dificuldade para sair da sua "zona de conforto" a fim de pregar o evangelho; ou, de compreender que a salvação não é só pra eles; ou, de que Deus não faz acepção de pessoas; que Ele tem Seus fiéis em todas as igrejas.

Confiar em nossa sabedoria, inclinações e metodologias é a forma errada de tentar realizar a missão. Somente pela submissão à direção de Deus podemos começar a entender plenamente Seu plano missionário e nosso papel dentro dele.

Diferentemente dos ninivitas, que se arrependeram após ouvirem um único pregador, hoje, a igreja tem dificuldade para viver e pregar o evangelho, mesmo ouvindo vários pregadores. Queremos cumprir a missão, desde que não sejamos ameaçados.

Jonas recebeu o perdão no ventre do peixe, porém não aceitou o perdão de Deus para os Ninivitas. Assim também, suplicamos o perdão divino para as nossas imperfeições e não acreditamos no perdão e conversão de traficantes, assassinos, pedófilos, etc.

À semelhança da fuga, da ira e das lamentações do profeta, hoje lamentamos as provações (chamadas "obreiras de Deus" - EW, MDC, 10); queremos a pena de morte para quem comete crimes hediondos, e nos esquivamos da missão de pregar o evangelho.

Fugimos de Deus quando deixamos de orar, ler a Bíblia, estudar a Lição da Escola Sabatina; quando deixamos de ir à Igreja, ou quando rejeitamos assumir algum cargo ali. Corremos de Deus quando discriminamos nossos semelhantes.