o enfermeiro intensivista e o cuidado das complicaÇÕes a paciente vitima de aborto provocado...
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8/2/2019 O ENFERMEIRO INTENSIVISTA E O CUIDADO DAS COMPLICAES A PACIENTE VITIMA DE ABORTO PROVOCADO (CRIM
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UNIVERSIDADE GAMA FILHO
VICE-REITORIA ACADMICACOORDENAO DE PS-GRADUAO
E ATIVIDADES COMPLEMENTARES
CURSO DE ESPECIALIZAO EM ENFERMAGEM INTENSIVA DE ALTA
COMPLEXIDADE
CARLOS SANTANA BITENCOURT
O ENFERMEIRO INTENSIVISTA E O CUIDADO DAS
COMPLICAES A PACIENTE VITIMA DE ABORTO
PROVOCADO (CRIMINOSO): UMA REVISO
BIBLIOGRFICA
Rio de Janeiro
2009
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FICHA CATALOGRAFICA
Bitencourt, Carlos SantanaFXXX O Enfermeiro Intensivista e o Cuidado das Complicaes a Paciente
Vitima de Aborto Provocado (Criminoso): Uma Reviso Bibliogrfica/ CarlosSantana Bitencourt. Salvador, 2009
39f. ; 29 cmTrabalho de Concluso de Curso - Universidade Gama Filho, 2009.
Orientador: Prof Dr Lia Cristina Galvo dos SantosBibliografia
1. Reviso Bibliogrfica UTI Aborto provocado Sepses - I. Ttulo
CDU xxxxxxxxx
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UNIVERSIDADE GAMA FILHO
VICE-REITORIA ACADMICA
COORDENAO DE PS-GRADUAO
E ATIVIDADES COMPLEMENTARES
CURSO DE ESPECIALIZAO EM ENFERMAGEM INTENSIVA DE ALTA
COMPLEXIDADE
Carlos Santana Bitencourt
O ENFERMEIRO INTENSIVISTA E O CUIDADO DAS
COMPLICAES A PACIENTE VITIMA DE ABORTO
PROVOCADO (CRIMINOSO): UMA REVISO
BIBLIOGRFICA
Rio de Janeiro
2009
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Trabalho de Concluso de Curso deEspecializao apresentado Universidade Gama Filho comorequisito parcial para a concluso docurso de ps-graduao Lato Sensucom Especializao em Enfermagem
Intensiva de Alta complexidade
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UNIVERSIDADE GAMA FILHO
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Carlos Santana Bitencourt
O ENFERMEIRO INTENSIVISTA E O CUIDADO DAS COMPLICAES A
PACIENTE VITIMA DE ABORTO PROVOCADO (CRIMINOSO): UMA REVISO
BIBLIOGRFICA
1-CONTEDONota __________________ Conceito_____
Avaliador__________________________________
2- FORMA
Nota __________________ Conceito_____
Avaliador ___________________________________________
NOTA FINAL:___________ Conceito____
Rio de Janeiro ____de_____________de2009.
_____________________________________
Prof Dr Lia Cristina Galvo dos Santos
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VICE-REITORIA ACADMICA
COORDENAO DE PS-GRADUAO
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CURSO DE ESPECIALIZAO EM ENFERMAGEM INTENSIVA DE ALTA
COMPLEXIDADE
O ENFERMEIRO INTENSIVISTA E O CUIDADO DAS COMPLICAES A
PACIENTE VITIMA DE ABORTO PROVOCADO (CRIMINOSO): UMA REVISO
BIBLIOGRFICA
Salvador ____ de____________de 2009.
Carlos Santana Bitencourt
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AGRADECIMENTOS
A DEUS, PELAINCESSANTEFORA
A MINHAMEPELAGARRAEDETERMINAOPROPOSTA
OBRIGADO!!
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RESUMO
Trata-se de um estudo de reviso literria de natureza descritiva baseada em obrassecundarias que abordam o tema em questo, cujo objetivo principal conhecer quais assituaes de risco que levam as gestantes vtimas de aborto provocado s UTIs. Foramanalisados 32 materiais entre artigos, teses e livros afim de atender aos objetivos propostos eem seguida comentados seus resultados. Estes trazem quem as condutas para pacientesvtimas de aborto provocado evoluem to logo instale o quadro de choque hipovolmico e/ousptico trazendo grande risco tanto para a mulher quanto para o concepto. A assistncia paraeste tipo de paciente envolve condutas especificas que vo desde verificaes de sinais vitaisat administrao de antimicrobianos, com o intuito de reverter o quadro. Tendo umaabordagem intensiva visando a melhoria da qualidade da assistncia prestada. Conclui-se quea enfermagem deve estar sempre em constante atualizao para melhor atender os pacientes
que com mais freqncia adentram aos hospitais do mundo todo com a mesmasintomatologia, unificando assim uma conduta rotineira.
PALAVRAS-CHAVE: UTI, ABORTO PROVOCADO, URGNCIA,ENFERMAGEM.
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ABSTRACT
One is about a study of literary revision, based descriptive nature in workmanships youwould second that they approach the subject in question, whose main objective is to knowwhich the risk situations that take the pregnate victims of induced abortion to UTI' s. 32materials between articles, thesis and books had been analyzed similar to take care of to theconsidered objectives and after that commented its results. These bring who the behaviorsfor patient victims of induced abortion evolve so soon install the picture of hemorrhagicand/or septic shock in such a way bringing great risk for the woman how much forconception. The assistance for this type of patient involves behaviors specifies that they gosince verifications of vital signals until antimicrobials administration, with intention to revertthe picture. Having an intensive boarding aiming at the improvement of the quality of thegiven assistance. One concludes that the nursing must be always in constant update better to
take care of the patients who with more frequency to enter all to the hospitals of the worldwith the same symptom, thus unifying a routine behavior.
KEY- WORD- CRITICAL CARE, INDUCED ABORTION, URGENCY, NURSING
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SUMRIO
Capitulo I Introduo ............................................................. 10
Capitulo II Referencial Terico ............................................. 13
Capitulo III Metodologia ........................................................ 27
Capitulo IV Anlise de Dados ................................................ 28
Concluso .....................................................................................34
Referncias .................................................................................. 37
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CAPTULO I INTRODUO
Abortamento a expulso do
ovo antes de sua vitabilidade
(REZENDE, 2006)
Vale lembrar que hoje, o aborto no est somente ligado expulso natural. O
aborto provocado ou induzido hoje, uma das maiores causas de morte materna. A
Organizao Mundial da Sade estima que, no mundo todo, cerca de 500 mil mulheres
morrem a cada ano de causas relacionadas gestao, sendo que 98% dessas ocorrem nos
pases em desenvolvimento. Nesses locais, complicaes de aborto so responsveis por
15% do total das mortes maternas a cada ano em alguns casos, atinge cerca de 50% dessa
mortalidade (Organizao Mundial de Sade OMS, 2006).
O aborto induzido muito freqente no Brasil, sabe-se que a prtica do aborto
provocado como ltimo recurso para a interrupo de uma gravidez no planejada e no
desejada bastante freqente entre as mulheres brasileiras, das diferentes classes sociais
(FONSECA et al., 1996). No incio da dcada de 70, estimava-se uma ocorrncia anual
entre 600 mil a 3 milhes de abortos induzidos. Estudos mais recentes indicam que de 9 a
22 por cento das mulheres relatam terem tido um ou mais abortos provocados.
Enquanto mulheres de classes sociais mais privilegiadas recorrem ao aborto em
clnicas privadas com procedimentos seguros, mulheres pertencentes a classes sociais
menos favorecidas so expostas a procedimentos inseguros (PAXMAN, 1993), na maioria
das vezes, realizados por profissionais no especializados utilizando-se de tcnicas
perigosas que podem acarretar risco de vida ou seqelas irreversveis(ROSS, 1993) .
Segundo Rezende (2006) o abortamento provocado dividido em medicamentoso e
txico, fsicos e psquicos. Nas medicaes o misoprostol (Cytotec) o mais utilizado. Este,
por sua vez facilmente adquirido em farmcias, sem prescrio e superviso medica. Mas
estudos mostram que mulheres de classes sociais menos privilegiadas, lanam mo dos
mais variados objetos para pratica do aborto. Devido a essa divergncia social, varias
mulheres por razes diversas terminam recorrendo pessoal no-treinado, sendo o aborto
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praticado em precrias condies de higiene. Muitas vezes a prpria mulher tenta primeiro
induzir o aborto, usando procedimentos perigosos como a introduo de talos, agulhas de
croch, uso de permanganato, soda custica etc.(MARTINS, 1991).
Numa pesquisa realizada no Rio de Janeiro de 1984 a 1985, em favelas de baixa
renda, observou-se que 50,9 por cento dos abortos atendidos na regio metropolitana foram
induzidos. Sendo os mais acometidos, as mulheres com idade entre 20 a 29 anos. Estas
referem como motivao ao aborto a falta de renda, no querer ter mais filhos e
instabilidade conjugal. Dos abortos induzidos, 22,3 por cento tiveram complicaes,
demandando assistncia mdica, sendo que 14,6 por cento resultaram em internao.
Neste mesmo estudo, realizado em outras partes do pas, observou-se uma grande
divergncia sobre este ultimo dado relativos s complicaes ps-aborto, incluindo os
espontneos. Na regio Sudeste foram relatados 72 por cento de complicaes; j no Piau
foram encontrados apenas 23 por cento (RODRIGUES et al., 1982). Em outro estudo,
realizado em So Paulo, em 1978, foi constatada a ocorrncia de complicao em cerca de
40 por cento dos abortos (NAKAMURA, et al., 1979).
No de admirar que estes abortos, realizados em condies adversas, sejamseguidos por complicaes severas que demandam ateno mdica e, no raro, levam
morte (HENSHAW, 1990).
Hoje, muitas gestantes no Brasil adentram as unidades de emergncia com
complicaes obsttricas como resultado de um aborto provocado, evoluindo gravemente e
necessitando de tratamentos e cuidados intensivos.
sabido que, com as discusses e possveis alteraes acerca da legalizao do
aborto, muitas gestantes se valeram deste mtodo para extinguir esta vida que intra-uterina.
Sabe-se que qualquer tipo de aborto acarreta em complicaes muitas das vezes dificultosas
e tumultuadas.
Este trabalho visa como objetivos:
Conhecer a partir de pesquisa bibliogrfica quais as situaes de risco que levam as
gestantes vtimas de aborto provocado s UTIs.
Descrever como estas ocorrncias de situaes de risco evoluem no decorrer das
internaes.
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Compreender as causas das altas taxas de mortalidades maternas ligadas a aborto.
Discutir os principais pontos ressaltados pela literatura levantada acerca da ao de
enfermagem intensivista dirigidas mulher vtima de choque hipovolmico e sepse
ps-aborto provocado
Atravs deste conhecimento pode-se melhorar a assistncia prestada a estas
gestantes, tendo em vista que sempre h uma justificativa para tal acontecimento, aborto
provocado/criminoso, melhorando assim os indicativos de morti-mortalidade materna
brasileira.
Este estudo de constitui-se de quatro partes: na primeira apresentamos a
caracterizao do objeto de estudo, fazendo uma abordagem terica a respeito do aborto e
suas complicaes, focando nas situaes de risco que mais acometem as gestantes, sendo
estas as mais comuns na internao em UTIs, alem de conhecer seus tipos e evolues.
Na segunda parte, fazemos uma abordagem sobre a pesquisa qualitativa e descritiva,
traando a trajetria metodolgica deste estudo.
Na terceira parte, construmos uma anlise dos dados colhidos para melhor
compreenso do material aplicado.
E por fim, na quarta parte, traamos nossas consideraes acerca do tema proposto.Acreditamos que este estudo tem grande relevncia visto que visa contribuir para o
conhecimento sobre as implicaes de situaes de risco vividas pelas gestantes que
provocam o aborto para uma melhor assistncia direcionada as complicaes que podero
ocorrer esta cliente, respeitando seus medos e suas prerrogativas que a levaram a cometer
este ato.
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CAPTULO II REFERENCIAL TERICO
As patologias e algumas intercorrncias caracterizam complicaes durante a
gestao, que podem significar complicao no parto, colocando em risco a sade da me e
do feto, se no forem tratadas ou controladas quando detectadas (SILVA, 2008)
No meio mdico, o aborto ou interrupo precoce da gravidez chamado de provocado quando resulta da utilizao de qualquerprocesso abortivo externo, qumico ou mecnico. Este ltimo pode termotivao voluntria ou involuntria da gestante e ser considerado
legal ou ilegal. O aborto pode ou no apresentar complicaes, comoinfeces, hemorragias e outras (REDE FEMINISTA DE SADE,2001).
Os casos de abortamento constituem a terceira causa de morte materna no Brasil. No
Sistema nico de Sade so atendidas, anualmente, cerca de 250.000 mulheres com
complicaes de aborto. (MS, 2000)
Na maioria dos casos as gestantes no priorizam, ou, no se atentam as
complicaes que podero surgir. De certo, a falta de informao a maior arma do abortoprovocado. Visto que aquelas que cometem este ato so, na maioria das vezes, mulheres
desfavorecidas e com nfimo conhecimento sobre o assunto.
Ao se analisarem os registros de internao do SUS, preciso ter sempreem conta que eles se referem realidade daqueles indivduos queutilizam a rede do SUS para o seu atendimento de sade e s redes desade com diferentes caractersticas. Esses aspectos variam de acordocom a realidade socioeconmica e o sistema de sade de cada Estado ecada pequena localidade. Enquanto algumas reas chegam a ter menos
de 50% dos seus habitantes dependentes do SUS - por terem inmerosusurios de planos privados de sade, como certos Municpios do Estadode So Paulo, por exemplo -, outras tm 100% de sua populaodependente do SUS, como nico recurso; e algumas, ainda, no tmrecurso algum e a falta de informaes sobre essas populaes deve-se ausncia de servios que as atendam. (MS, 2000).
Ainda no que tange a falta de informao destacamos que:
Mesmo no cenrio de subinformao que cerca os registros sobre aborto,de um modo geral, a mortalidade oficial alta. Uma mulher morreu acada trs dias, vtima desse agravo, no ano de 1998 (o ltimo com dadosdisponveis). Foram 3,58 mortes para cada 100.000 nascidos vivos (nosEstados Unidos so 0,4 morte), ou uma para cada 25.000 crianas
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nascidas vivas. Foram 119 mulheres que tiveram o aborto como causadeclarada de sua morte e apenas 72,3% delas receberam assistnciamdica. Em 23,5% dos casos no havia informao sobre o tipo deassistncia recebida e 4,2% no tiveram assistncia mdica, segundoconsta em seus atestados de bito (BEMFAM, 1998).
Em um estudo realizado na Maternidade Publica de Serra/ES em 2007 apontou que
em relao ao motivo que as gestantes a induzirem o aborto, a maioria das mulheres
referiam falta de condies financeiras, seguido de falta apoio do pai do consepto, indicao
do fato de ter uma relao conjugal instvel, limitao da prole, medo de perder o emprego
e/ou ter que parar de estudar, medo da famlia e por ultimo no querer a criana.
Diante deste panorama, pode-se observar que h diversas realidades regionais acerca
do aborto e que existe uma gama de objetivos relevantes para as mulheres provocarem este
aborto. Alm disso, a falta de acreditao dos servios de sade, e a falta de interesse em
cuidados de diagnstico e ateno primria provocam o aumento deste ndice, deixando o
Brasil como um dos piores pases em eficincia e diagnostico ao aborto.
Como conseqncia a esses atos, temos uma gama de possibilidades, que pode levar
a vida materna a um serio risco de vida. Estudos mostram que a hemorragia e a sepse so os
mais acometidos a estas pacientes e os que mais internam.
Ainda neste estudo em Serra/ES em 2007 apontou que 28.6% dos abortos induzidos
apresentaram hemorragia grave na admisso. Seguido de 19,1% sobre sinais de infeco na
admisso hospitalar.
A hemorragia est intimamente ligada ao aborto, por conta deste poder ser
incompleto. Deixando alguns ditos restos placentrios ainda na cavidade uterina materna.
Para REZENDE (2006), choque uma das causas magnas de morte materna, sobretudo
quando associada ao dessangramento macio... fundamentando-se, pela perfuso reduzida de
sangue aos tecidos e graves distrbios metablicos que so a seqela contingente.
MORTON, et al., 2007 corrobora dizendo que choque hivolmico ou hemorrgico,
o resultado do volume circulante inadequado, causado por perda sangunea sbita... a perda
aguda do volume de liquido no permite que os mecanismos compensatrios apropriados
restaurem um volume circulante apropriado de forma suficientemente rpida, podendo levar
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a varias complicaes secundarias como distrbios eletrolticos, cido-base, bem como
disfuno orgnica decorrente da hipoperfuso.
Nos casos em que esta gestante permanece em casa, ela comea a perder muitosangue por conta da possvel infeco e possveis objetos ainda internos ao tero.
REZENDE (2006, pg.38) afirma que significa muito reconhecer precocemente o
choque. Somente nas primeiras fases possvel a recuperao do equilbrio fisiolgico.
Ultrapassados esses estgios as alteraes se tornam irreversveis, rebeldes a toda
teraputica.
De certo, a gestante que permanece em casa, seja por medo, seja por no aceitao,
seja por inconscincia do que est acontecendo, colabora para que o estado de choque se
agrave ainda mais, contribuindo assim a este ser irreversvel e temente a vida.
Uma das formas simples de diagnstico do estado de choque a presso sistlica
inferior a 80mm Hg e a eliminao urinaria inferior a 25 ml/h. O volume desprezado visvel,
as vezes, no tem grande valia. J que o sangue total pode ser perdido da circulao
externamente, no trato gastrointestinal, em espaos teciduais ou cavidades serosas, ou
permanecer seqestrado em alguma parte do leito vascular... podendo ser to importante a
ponto de diminuir o retorno venoso e resultar em hipotenso fatal se no tratada(AUN, 1989
p.58).
O organismo tenta compensar a hipotenso com uma grande descarga de vasopressina
e de aldosterona na circulao, causando oligria e maior reteno renal de sdio, tentando
preservar o volume corpreo ainda corrente. A isquemia renal decorrente dessa
vasoconstrico, resultando na liberao da renina, angiotensina-I, angiotensina-II,
aumentando assim a presso do vaso.
As urgncias e emergncias maternas ao mesmo tempo em que nospermitem identificar os casos crticos, nos oferecem a oportunidade deinterrupo do processo. Para isso so fundamentais o prontoatendimento e a precisa avaliao do quadro e das alternativas desuporte disponveis no mbito do servio. Entre as atitudes queatrapalham o sucesso deste atendimento figuram freqentemente adesvalorizao da queixa da paciente ou a ansiedade de
encaminhamento para hospitais de referncia.(MS, 2000)
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De certo, pacientes toleram melhor uma perda lenta de volume do que uma perda
abrupta. Estes pacientes no manifestam nenhuma sintomatologia com perda inferior a 15%
do volume total corpreo. Estudos mostram que os pacientes que do entrada na emergncia
j possuem uma perda sangunea considervel. Dessa forma a ateno e direcionamento da
equipe multidisciplinar no esto com relao causa, mas sim com as possveis
conseqncias que o choque, em seu estado grave pode decorrer.
Essa gestante agora uma paciente de alta complexidade que necessita ter seu
volume reposto e o cuidado intenso com relao aos distrbios acido-base, renal e
pressricos.
Segundo MS, no seu Guia para diagnostico e condutas de Emergncias e
Urgncias Maternas, trata do choque hemorrgico e institui regras para reposio volmica
e correo de coagulopatias. Primeiramente deve-se diagnosticar a classe do choque nesta
paciente. (vide tabela abaixo)
DIAGNSTICOClasse I Classe II Classe III Classe IV
% de perda de sangue 15 20 25 30 35 40
Volume aproximado daperda de sangue 850 ml 1.100 1.400 ml 1.700 2.000 ml 2.200 mlFreqncia cardaca Normal 100 120 140Presso sistlica Normal Normal 70 - 80 60Presso arterial mdia 80 - 90 80 - 90 50 - 70 50
(Ms/2000)
A anamnese, quando possvel obt-la, pode orientar sobremaneira odiagnostico clinico rpido, assim como a avaliao da gravidade.Localizao e extenso do evento causador do quadro; ela pode informar
sobre doenas concomitantes, ou prvias, do paciente, de relevncia naseqncia do tratamento. (AUN, 1989)
De certo, colher a anamnese e realizar o exame fsico so as armas da enfermagem
para prover um melhor atendimento e orientar a equipe sobre possveis condutas a adotar em
casos de choque hipovolmico.
O exame fsico , sem duvida, fundamental para o diagnostico do choque. (AUN,
1989)
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A realizao do exame cefalo-caudal, sistmico, o mais completo possvel, passando
pelo estado de conscincia, assim como o seu comportamento, Sinais Vitais, turgor e
elasticidade, sistema cardiovascular e respiratrio, garantem ao enfermeiro uma boa base e
subsdios para direcionamento da conduta adequada.
O quadro clinico do paciente em choque reflete geralmente o estado dehipoperfuso perifrica e o aumento da atividade do sistema nervososimptico. Na admisso, o paciente em choque se mostra ansioso,inquieto, podendo estar aptico, confuso ou at comatoso,caracteristicamente revelam sede provocada pelo aumento dahemoconcentrao.(AUN, 1989)
Brunner & Suddarth(2007) afirma que, realizado diagnostico deve-se proceder com
algumas condutas de emergncia como:
Verificao de sinais vitais com ateno ao Pulso e a Presso Arterial. Neste ultimo
uma cateterizao arterial pode ser til, pois d rpido acesso presso, bem como a coleta
de sangue arterial para exames e verificao da gasometria. Podendo ser atravs de disseco
venosa radial, ou o uso de Jelco. A contra indicao deste mtodo a circulao inadequada
da mo. O teste de Allen d um maior subsidio para conduta mais apropriada.
Cateterismo vesical atravs de sonda de duplo lmen realizada de maneira asspticagarante um maior controle do volume administrado e perdido. (Balano Hdrico)
Uso de cateter venoso central em veia perifrica, destinado a administrao de
solues e a monitorizao atravs do PVC (Presso Venosa Central), muito til no que diz
respeito ao volume administrado. Podendo ser utilizada a veia subclvia por Intracath, mas
mostra-se desaconselhado por uma taxa de complicao de cerca de 4,5%, tornando-o
desaconselhado em casos de choque, podendo torna-se um fator agravante para o paciente.
Opta-se, portanto por veia ceflica ou veia safena do membro inferior.
A temperatura medida com periodicidade reduzida pode detectar distrbios de
regulao trmica, resultantes de sepsis (comentado mais adiante) ou de hipotermia e
hipertermia (to grandemente valiosos).
Alem disso a monitorizao eletrocardiogrfica continua tambm fundamental e de
grande valia, alertando para possveis alteraes sutis e precoces da funo cardaca.
Auxiliando na teraputica mais adequada.
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O objetivo do tratamento restaurar o fluxo sanguneo, mediante adequada reposio
volmica, para assim restabelecer o transporte de O2.
O guia do MS descreve que para restabelecer o volume intravascular deve-se serusada soluo liquida segundo a necessidade da paciente podendo ser:
Cristalide isotnica: Do volume infundido somente 25% permanece no espao
intravascular, podendo provocar edema, se a administrao for excessiva, embora melhore o
transporte de O2, pode provocar edema com piora do quadro de hipxia. Outro efeito PE a
acidose dilucional (fisiolgico).
Cristalide hipertnica: Produz efeitos rpidos com menor volume, sendo til na
emergncia. Tem risco da hiperosmolaridade. Consegue-se melhor resultado associado com
Dextran-70 a 6%.
Colide protica: Melhor resposta hemodinmica do que o cristalide. 100 ml de
albumina a 25% aumentam o volume em 465 ml. Podendo ser associado soluo salina ou
Ringer lactato para melhorar os resultados. Possui efeitos colaterais como hipocalcemia e
diminuio do fibrognio. Com efeito, de 24hrs e custo alto.
Colide de plasma fresco congelado: Deve ser utilizado como repositor de fatores de
coagulao e no para volume, pois tem risco de transmisso de infeces, alem da
aloimunizao contra antgenos do sistema HLA.
Colide no-protica de gelatina: Podem desencadear reaes anafilticas, mas o
risco baixo, ficando no plasma por 4 a 5 h.
Colide no-protica de Dextrans: Desenvolvem presso coloidosmtica com o dobro
da albumina, com custo menor. Infuso de 1 lt de Dextrans-70 aumenta em 800 ml o volume
plasmtico. Possui efeitos colaterais de insuficincia renal, disfuno plaquetria e reaes
anafilticas, podendo tambm ocorrer edema causado pela depleo protica intravascular.
A reposio do volume deve ser cuidadosa e minuciosa. Deve-se observar
constantemente os sinais vitais bem como a monitorizao deste paciente para o risco se
excessivo de volume podendo provocar insuficincia cardaca, SARA, leo paralitico e
dificuldade cicatricial.
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Outra complicao o edema. Tanto pulmonar quanto sistmico. Sendo este relacionado
a 3 fatores principais: Aumento da presso hidrosttica, reduo da PCO e aumento da
permeabilidade microvascular.
Dentro os fatores indesejveis na administrao de colides podemos citar alteraes da
funo pulmonar, coagulao e funo renal, bem como reaes alrgicas.
Segundo estudo de Lucas et al in Dias, et al (2002, pg.412) queavaliaram os efeitos da
suplementao da albumina no choque hipovolmico. Os autores constataram que os
pacientes que receberam albumina apresentaram piora da oxigenao, com aumento do shunt
intrapulmonar e aumento do tempo de ventilao mecnica em relao aos que no
receberam.
Nos casos de hemorragias classe II deve-se administrar soluo isotnica. Segundo a
Americar heart associacion, 2007(Associao Americana do Corao) em seu guia a
aplicao de dois cateteres intravenosos de grosso calibre obrigatria.
A reposio de cristalides costuma ser de 3ml para cara ml de sangue perdido. (MS,
2000)
Ento, se a puerpera apresentar sinais de choque a perda de sangue dever ser superior a
1000 ml o que sugere uma reposio de 3000 ml de soluo. Se houver uma perda maior
caracterizando classe III, dever ser administrado conjuntamente com colide.
Aps administrao de volume de emergncia, essa paciente dever receber uma
reposio de sangue de acordo com os sinais clnicos e nveis de Hb e Vg.
A utilizao de transfuso de hemcias nos quadros de choque tem ainteno de manter a adequada oferta de oxignio aos tecidos em pacienteanmicos. Entretanto a principal transfuso de eritrcitos em UTI temsido o simples fato da identificao de sangramento agudo,independentemente da taxa de hemoglobina. (DIASet al, 2007)
Em verdade, o aumento da taxa de hemoglobina tende a aumentar o transporte de
oxignio aos tecidos, mas por outro lado o aumento do hematcrito pode levar ao aumento da
viscosidade do sangue diminuindo o fluxo no nvel da microcirculao provocando trombose
a nvel capilar.
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Existem conceitos de que a anemia no bem tolerada por pacientes criticamente
enfermos. Vrios protocolos de correo de choque e condutas perioperatrias preconizam de
forma arbitraria que se mantenha uma taxa de Hb igual ou superior a 10g/dl (Dias et al,
2007)
correto afirmar que ainda no h uma taxa segura de hemoglobina ou hematcrito
seguros para pacientes criticamente graves. Vrios estudos esto sendo feitos para determinar
que tipo de conduta ser melhor aplicada a estes pacientes. Mas nada muito palpvel a
considerar no momento.
Ento, seria mais sensato e racional repor o volume perdido atravs de cristalides e
colides, atentando-se para o edema e aps estabilizao do paciente, realizar correo de Hb
e Ht com concentrado de hemcias. O sangue total pode ser utilizado somente para fins de
produo de matria prima para obteno de componentes sanguneos e hemoderivados.
Sendo mais indicado em casos de hemorragias macias. Por conter um elevado contedo de
protenas, leuccitos e plaquetas do que o concentrado, seu uso expe mais os pacientes a
complicaes relacionadas a transfuso.
No guia do MS explicito a utilizao de hemocomponentes somente aps a utilizaodo volume por cristalides e colides. Se no houver resposta no primeiro momento a
reposio de sangue dever ser de acordo com os dados clnicos e pelos nveis de Hb e Vg.
Concentrado de hemcias: Objetiva manter hematcrito entre 25% a 30%. Frente a
uma situao de emergncia, caso o tipo de sangue do paciente seja desconhecido, poder ser
administrado concentrado de hemcias tipo O Rh negativo.
Plasma fresco congelado: Para correo dos fatores de coagulao e fibrognio e no
deve ser utilizado para correo de volume. Deve-se colher sangue para exames laboratoriais
de coagulao. Confirmada coagulopatia inciar PFC.
Transfuso de plaquetas: Deve ser realizada somente se a contagem for menor que
20.000/mm3 ou quando for menor que 50.000 mm3 e a paciente estiver apresentando
sangramento grave ou se for submetida a procedimento cirrgico.
Outra forma grave de complicao ps-aborto o choque sptico ou sepse.
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As complicaes do aborto clandestino incluem perfurao do tero,reteno de restos de placenta, seguida de infeco, peritonite, ttano, esepticemia. As conseqncias ginecolgicas incluem a esterilidade etambm inflamaes das trompas e sinquias uterinas. O risco e agravidade das complicaes crescem com o avano da gestao.(BARROSO & CUNHA,1980; TIETZE & HENSHAW, 1986)
De fato a sepse um agravante, pois, aps a introduo de materiais rgidos no
estreis no canal vaginal com o intuito de exterminar a vida do concepto, h possibilidade
de perfurao uterina ou do fundo do saco, alm de algumas substncias qumicas instiladas
dentro da cavidade uterina podem provocar necrose miometrial, criando um ambiente
favorvel para colonizao e proliferao de bactrias,
Sepse pode ser entendida como evidencia clinica de infeco local, somado a
evidncia de uma resposta sistmica a infeco. Ex.: taquicardia, taquipnia, hipertermia e
hipotermia. (OSSO, 1991)
Sepse o quadro sistmico decorrente de uma infeco clinicamente evidente,
manifestado por duas ou mais das seguintes condies: taquipnia, taquicardia e alterao
na temperatura corporal. hipertermia ou hipotermia. (MS, 2000)
Em gestantes e purperas os principais focos infecciosos que levam aos quadros
spticos so: a infeco do trato geniturinrio como aborto sptico na sua maioria causada
por bactrias aerbias gram-negativas.
Mais de 50% das infeces documentadas em UTI so associadas por bacios gram-
negativos. No nosso meio freqente o encontro de Staphylococcus aureus sensvel a
Vancomicina e bacilos gram-negativos sensveis a polimixina E. (AUN, 2000)
O paciente sptico apresenta alteraes metablicas decorrentes de produtos
liberados por bactrias invasoras ou de substancias sintetizadas pelo organismo para
combater o agente agressor. (DIAS et al, 2007)
O paciente com sepse apresenta hiperglicemia e hiperinsulinemia desde o inicio do
quadro, pois a necessidade do organismo em cicatrizar e eliminar agentes agressores pela
vasodilatao e conseqente inflamao focal, faz com que este indivduo consuma em
excesso a energia, aumentando o metabolismo e a produo de protenas para a sua
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necessidade. Isso devido ao excesso de produo de citocinas, hormnios catabolizantes
como glucagon, alem de um aumento da atividade simptica.
Com isso, temos o aumento da temperatura corporal, aumento do debito cardaco edo consumo de oxignio caracterizando a resposta corporal ao estresse.
A perda nitrogenada diretamente proporcional intensidade da leso. No
contexto clinico, podemos observar um rpido consumo da musculatura esqueltica destes
pacientes (DIAS et al, 2007)
Pode-se observar que um dos componentes-chave da sepse o catabolismo de
protenas, necessrias para manuteno do estado timo corporal.
A observao da freqncia respiratria pode indicar uma acentuada queima de
substratos, pois h dependncia de O2 pelo organismo como combustvel para queima de
carboidratos, protenas e lipdeos necessrios, j que o organismo est em intenso combate
contra agentes infecciosos.
A oferta de glicose a pacientes com sepse constitui-se em um
permanente desafio, vista a tendncia destes pacientes hiperglicemia, aqual resultante de gliconeognese, do aumentado turnover de glicosevia rotas metablicas alternativas e resistncia insulnica. (DIAS et al,2007)
Pode-se afirmar que a durao da hiperglicemia est intimamente associada a
gravidade da sepse. Pois, a necessidade de obteno de energia basicamente atravs da
glicose, induz uma diminuio do catabolismo protico, atravs do reflexo aumento da
sntese de insulina, fazendo com que a utilizao seja obrigatria.
A musculatura esqueltica constitui-se no maior reservatrio de aminocidos para
neoglicogneses e/ou sntese de protenas da fase aguda, sendo muitas vezes facilmente
perceptvel o seu rpido consumo e esgotamento. (DIAS et al, 2007)
Outra importante disfuno o seqestro venoso na circulao perifrica e
esplncnica diminuindo o debito cardaco atravs da reduo do retorno venoso.
Observamos ento trs acometimentos: 1- a Hipxia devido ao alto consumo deoxignio pelo corpo para queimar substratos, no permitindo ao mesmo a manuteno das
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funes celulares; 2- a Acidose por conta da excessiva queima de protenas, para ter energia
ao corpo ajudando na defesa contra invasores e 3- a Oligria devido ao seqestro de sangue
para priorizar a vasodilatao perifrica na inflamao tentando conter/controlar a
inflamao.
Chamamos SIRS (Sndrome de Resposta Inflamatria Sistmica) o conjunto
destes trs acometimentos, que se caracteriza ainda por extremidades frias, baixo debito
cardaco, hipotenso, pequena presso diferencial e intensa vasoconstrico arteriolar.
Aun (2000, p.63) afirma que: Assim que a perfuso tecidual cair, a oxigenao
local diminui e o metabolismo anaerbico se inicia, levando acidose ltica.
No diagnstico de gestantes em casos graves podemos observar:
Hipotenso abaixo de 60 mmHg,
Insuficincia cardaca,
SARA (Sndrome de Angustia Respiratria do Adulto): hipoxmia, infiltrado difuso
bilateral no Rx de trax,
Insuficincia Renal: oligria, elevao de uria e creatinina Coagulao intravascular disseminada: Elevao de TP, TTP, produtos de
degradao da fibrina
Alteraes Neurolgicas: Sonolncia, obnubilao, coma
Alm disso, na UTI deve-se lanar mo de algumas avaliaes complementares:
Hemograma com contagem leucocitria e plaquetria
Gasometria arterial e eletrlitos
Exame de urina
Coagulograma
Lactato srico
Cultura
Monitorizao continua
Avaliao do trax com RX
Outras imagens como USG, TC, para localizar outras fontes de infeco.
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O objetivo primordial neste tipo de paciente a estabilizao do paciente, devendo-
se evitar qualquer tipo de interveno do tipo cirrgica, pois, pode haver colapso
circulatrio, aumento o risco de disseminao bacteriana e bito.
A manuteno da oxigenao deve ser de primordial escolha, visto que a quantidade
necessria para manuteno corporal neste tipo de paciente alta e consequentemente o
corpo no consegue por si s restabelecer o fluxo adequado. Pode-se utilizar mscara de
Venturi ou at mesmo uma ventilao assistida, com controle contnuo da funo pulmonar
alm de monitorizao e gasometria arterial.
A manuteno da volemia deve ser realizada com administrao de cristalides e
soluo coloidal para auxiliar a perfuso tecidual e a oferta de substratos. O uso do Ringer
Lactato de grande valia nestes casos. Auxiliando na estabilizao de eletrlitos. Porem h
um risco de Edema pulmonar e SARA. Por isso, o uso de Cateter de Swan-Ganz,
preferencialmente para realizar o controle da medida da PVC.
Alm disso, deve-se atentar para os Sinais Vitais como aumento temperatura e
presso sistlica que deve estar sempre acima de 90 mmHg. Atentar-se para a diminuio
do pulso, bem como monitorizao do debito urinrio com sonda vesical de Fowley.
A utilizao de frmacos para estes pacientes de grande valia para melhorar o
dbito cardaco, se a hipotenso no seja revertida pela infuso de volume primariamente,
sendo o frmaco de primeira escolha a Dopamina:
DOSES EFEITOEm doses baixas Ativa os receptores dopaminrgicos, causando vasodilatao e
aumentando o fluxo renal, mesentrico, coronariano e cerebral;
Em dosesintermediarias
Ativa receptores beta- adrenrgicos, com aumento da contratilidademiocrdica e melhora funo cardaca;
Em doses altas Ativa receptores alfa-adrenergicos, causando vasoconstrico emtodos os leitos vasculares (inclusive tero e circulaouteroplacentria).
Fonte: MS, 2000
Dentre os cuidados de enfermagem, destaca-se a aferio da freqnciacardaca, pois esta droga possui efeito cronotrpico positivo, e aferiode PA com intervalos reduzidos... mensurar o balano hdrico quando amesma estiver sendo utilizada em dose-dependente para abertura dos
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vasos renais, na tentativa de um efeito diurtico. (FIGUEIREDO,2006)
De fato, o uso da medicao contribui para o estado de oligria e diminuio do
debito encontrado neste tipo de paciente, colaborando com a sua significativa melhora.
Se a dopamina no melhorar a presso arterial, a utilizao de outrasdrogas vai de pender de diferenciar se o quadro devido vasodilataopersistente ou depresso miocrdica. Se o problema dor depressomiocrdica, recomenda-se terapia inotrpica (dobutamina 2-20g/kg/min., ou epinefrina 1-8 g/kg/min.) Se for vasodilataopersistente, usam-se vasocontrictores perifricos (fenilefrina 20-200g/min., ou norepinefrina 2-8 g/min.) (MS, 2000)
No s o aumento de volume deve ser considerado a antibioticoterapia auxilia no
combate aos microorganismos invasores, dando a chance que o organismo necessita para
reagir.
Aps coleta das culturas e o agente bacteriano identificado, deve ser iniciado o
esquema de antibioticoterapia mais ajustado para cada paciente. Devendo ser de acordo
padronizao estabelecida entre o setor de obstetrcia, o setor de terapia intensiva e a CCIH.
Devendo-se sempre iniciar antibioticoterapia com frmaco de amplo espectro,utilizando um anerobicida (metronidazol ou clindamicina) e um aminoglicosdeo
(gentamicina ou amicacina). Se no houver resposta, associar ampicilina ou aumentar o
espectro com outros frmacos.
Esquemas teraputicos:Antibitico
Regime 1a) clindamicina ou metronidazol
associado ab) gentamicina ou amicacina
Regime 2a) + b)
associado aampicilina ou penicilina
Antibitico Dose Via Durao Observao
Gentamicina 1,5 mg/kg/dosecada 8 horas
IV / IM 7-10 dias Evitar desidratao e monitorar funorenal, ototoxicidade
Clindamicina
600 a 900mg,cada6 a 8 horas
IV 7-10 dias Precaues em caso de disfuno renal ouheptica
Amicacina 15 mg/kg/dia,cada8 a 12 horas
IM / IV 7-10 dias Monitorar f uno renal, ototoxicidade
Metronidazol
500 mg a 1g cada6 horas
IV 7-10 dias Reaes colaterais de pouca intensidade
Ampicilina 500 mg a 1g cada6 horas
IV 7-10 dias Reaes alrgicas raras
Fonte: MS, 2000
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Se no houver resposta ou se a infeco for hospitalar: imipenem/cislatatina (500
mg 6/6 horas) ou cefalosporina de 3 gerao + aminoglicosideo.
Suspeita de Pseudomonas: incluir amicacina (5mg/kg 8/8 horas ou 7,5 mg/kg 12/12horas) e cefotaxima (2g 8/8 horas) ou ceftriaxona (2g a cada 12-24 horas)
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CAPTULO III METODOLOGIA
A pesquisa de natureza descritiva realizada atravs de reviso
bibliogrfica analtica e baseada em obras secundrias que abordam o tema
em questo, publicadas entre o perodo de janeiro de 1990 a julho de 2008.
A coleta do material para a pesquisa foi realizada no perodo de
agosto e setembro de 2008, com levantamento realizado em ambiente virtual na Biblioteca
Virtual de Sade (BVS), onde dissertaes e artigos foram includos, nos
resultados de busca com os seguintes descritores: UTI; ABORTO PROVOCADO;
INTERNAO, URGNCIA, CHOQUE SEPTICO e SEPSE, sendo estas
utilizadas de forma conjunta e isoladas.
As obras idnticas repetidas em bases de dados diferentes foram eliminadas,
considerou-se seu primeiro registro. Alm do material encontrado na BVS foi utilizado na
pesquisa livros da rea de sade, os quais funcionaram como alicerce conceitual.
Primeiramente as obras foram armazenadas em computador, para que em
seguida fosse realizada uma pr-seleo de acordo com a leitura dos
resumos. Nesta fase, buscou-se a relao entre o contedo, ttulo,
resumo, e se atendiam ao objeto do presente estudo.
Realizada a triagem das obras foram obtidos 16 artigos, 4 guias, 1 dissertao, 1
manual para embasamento terico.
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CAPTULO IV ANALISE DE DADOS
Nesse captulo, com o objetivo de possibilitar ao leitor uma melhor compreenso dos
trabalhos identificados pela coleta dos dados construmos um quadro analtico com os
mesmos conforme pode ser evidenciado abaixo.
AUTOR TTULO ANO FORMA CONSIDERAES GERAISNia Schor Investigao
sobreocorrncia de
aborto empacientes de
hospital decentro
urbano doEstado deSo Paulo,
Brasil
1990 Artigo Prope-se identificar determinadascaractersticas de natureza biolgica,demogrfica, social e institucional com basenas informaes registradas nas fichas depronturio de 2.588 mulheres atendidas com
complicaes de aborto em um hospital deSanto Andr, zona urbana e industrializada daGrande So Paulo (Brasil), no perodo dejaneiro de 1978 a dezembro de 1982. Houvecorrelao significativa entre idade namenarca, idade na primeira relao sexual eidade na primeira gravidez, no grupo demulheres primigestas.
Ignez RamosMartins; Sarah
HawkerCosta; Sylvia
Regina daSilva Freitas;
CristianeSchuch Pinto
Abortoinduzido emmulheres debaixa renda dimenso
de umproblema
1991 Artigo Este artigo enfoca a prtica de aborto,principalmente aborto induzido entremulheres de baixa renda. A anlise baseadaem dados de pesquisa coletados entre 1984 e1985 em sete favelas localizadas na reametropolitana do Rio de Janeiro, Brasil. Aincidncia de complicaes ps-aborto muito alta, principalmente nos casos em que praticado por curiosas ou pela prpria mulher.
So discutidas, tambm, as conseqncias dasleis restritivas em matria de abono no Brasil,restries que, na prtica, provam serineficazes para prevenir a prtica do abortoinduzido, mas podem ser muito efetivas para
ampliar ainda mais as desigualdades sociais jexistentes.Ellen Hardy;
GracianaAlves
Complicaes ps-abortoprovocado:
fatoresassociados
1992 Artigo O objetivo apresentar dados brasileirossobre a relao entre complicaes do abortoprovocado e as condies de sua prtica. Apesquisa foi desenvolvida em 1990 em umauniversidade brasileira. Os dados foramobtidos atravs de um questionrio distribudoa todas as funcionrias e alunas da graduao.As mulheres que tiveram o aborto realizadopor mdico, em clnica ou hospital, epraticado por mtodos mais modernos
apresentaram menos complicaes. Asmulheres mais jovens no foram
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significativamente diferentes das outras comrelao freqncia das complicaes.Entretanto, esse grupo esteve representadoprincipalmente por alunas com maior nvel de
educao e, geralmente, mais recursoseconmicos.Martin R.Hagland
Septic shock:a case study
1996 Artigo Este artigo descreve a gerncia de umpaciente admitido ao cuidado intensivo comchoque sptico. Alguns dos princpios arespeito de choque sptico, incluindo ocuidado da fisiopatologia, das condutas e decuidados, so explorados. includa tambmalguma das teorias e da pesquisa atuais nasndrome da sepsis.
WalterFonseca,
ChizuruMisago,Luciano L.
Correia, JooA. M. Parente,
FranciscoChagasOliveira
Determinantes do aborto
provocadoentremulheres
admitidas emhospitais emlocalidade da
regioNordeste do
Brasil
1996 Artigo Com o objetivo de identificar osdeterminantes do aborto provocado entre
mulheres admitidas por complicaesdecorrentes dos abortos, nos hospitais-maternidades pblicos em Fortaleza, CE(Brasil) foram entrevistadas 4.359 pacientesentre 1o de outubro de 1992 e 30 de setembrode 1993. Os dados foram coletados atravs dequestionrio estruturado. Os resultadosindicam que, na populao estudada, ainduo do aborto prtica comum entrejovens, solteiras (ou que vivem sem umparceiro estvel), de baixa paridade, comescolaridade incipiente e no-usurias de
mtodos contraceptivos.K. Singh, S.S.
RatnamThe
influence ofabortion
legislation onmaternalmortality
1998 Artigo No mundo uns 20 milhes de abortosinseguros ocorrem todos os anos e esclarecemaproximadamente 13% de todo a mortalidadematerna e complicaes srias associados comele, tal como a sepse, a hemorragia e otrauma. Somente um quarto de todas asmulheres no mundo no tem nenhum acessoao aborto legal, visto que 40% tm umadireita legal se decidir para si. Assim, essencial que os servios mdicos seguros derealizarem o aborto devem estar disponveis atodas as mulheres no mundo nos casos dafalha do contraceptivo.
WalterFonseca,Chizuru
Misago, PauloFreitas,
EvangueliaSantos,Luclia
Fernandes,Luc
iano Correia
Caractersticas scio-
demogrficas,
reprodutivase mdicas de
mulheresadmitidas
por aborto
em hospitalda Regio
1998 Artigo Identificar as caractersticas do abortoincompleto nas mulheres admitidas namaternidade pblica de Florianpolis. Combase em dados coletados por meio dequestionrio estruturado, so apresentadascaractersticas scio-demogrficas,reprodutivas e mdicas dos abortos,classificados como certamente provocados,possivelmente provocados e espontneos. Os
resultados revelam que na populao estudadaa induo do aborto prtica comum entre
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Sul do Brasil mulheres jovens, solteiras ou sem parceiroestvel, de bom nvel de escolaridade e nousurias de mtodos anticonceptivos. Foitambm registrada uma reduo do nmero de
complicaes graves relacionadas ao abortoprovocado admitido ao hospital.Regina Clia
Borges deLucena
Caractersticas de
mulheresinternadas
por abortoemuma
maternidadepblica emRecife - PE:
dimensodo problemae sua relaocom a prticacontraceptiva
2000 Dissertaode
Mestrado
No presente trabalho, o aborto foi investigadoa partir dos internamentos por complicaesps-aborto em uma maternidade pblica deRecife - PE. O objetivo geral foi conhecer eavaliar caractersticas epidemiolgicas dasmulheres internadas por complicaes deaborto na maternidade do Centro Integrado deSade Amaury de Medeiros. O desenhoadotado do tipo epidemiolgicoobservacional de corte transversal, e o estudo
foi conduzido no perodo de 01 de julho de1999 a 31 de janeiro de 2000, quando foramrealizadas entrevistas com questionrioestruturado, contendo questes sobrecaractersticas scio-econmicas e histriareprodutiva das mulheres.
IvanildaLacerdaPedrosa,
Telma RibeiroGarcia
"NO VOUESQUECERNUNCA!":
AEXPERIN
CIA
FEMININACOM O
ABORTAMENTO
INDUZIDO
2000 Artigo Objetiva verificar os significados atribudosao abortamento induzido por mulheres queadotaram essa conduta e analisar seu impactosobre o auto-conceito dessas mulheres. Nosresultados, evidenciamos a contraditoriedadedos discursos das mulheres ao avaliar a
experincia, e as reaes emocionais querelataram, tais como remorso/conscinciapesada, arrependimento, sensao de perda e,principalmente, culpa que, segundo suasnarrativas, carregariam para o resto de suasvidas.
Ministrio daSade
Urgncias eEmergncias
Maternas
2000 Guia Guia para diagnostico e conduta em situaesde risco de morte materna
REDENACIONALFEMINISTADE SAUDE
Sade daMulher eDireitos
Reprodutivos
2001 Manual O aborto inseguro um grave problema desade pblica, reconhecido pela comunidadeinternacional em conferncias promovidaspelas Naes Unidas na dcada de 90.Quando realizado sob condies precrias -por pessoas sem a necessria capacitao e/ouem ambientes que no apresentem os mnimospadres sanitrios -, o aborto geralmentecausa seqelas sade da mulher e, muitasvezes, sua prpria morte. Diante daconstatao de que essas mortes e danos sade das mulheres so evitveis, umaimportante questo que precisa serconsiderada a descriminalizao do aborto
DeborahDawson Sepsisrecognition 2002 Artigo Descreve sobre a ateno de enfermagem noscuidados com a sepse
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a greaterrole fornursing?
Shelley Dolan Severe sepsis
a majorchallenge forcritical care
2003 Artigo Descreve o conhecimento atual da
epidemiologia e sobre o fisiopatologia dasndrome de sepsis e o desafio para suacorreo.
World HealthOrganization
UnsafeAbortion
2003 Guia Descreve intervenes e condutas paraimpedir um aborto inseguro.
World HealthOrganization
ABORTOSIN
RIESGOSGua tcnicay de polticas
paraSistemas de
Salud
2003 Guia Descreve problemas, condutas e intervenespr e ps-aborto.
BrianSweetman,
JulieConsidine
Case review:septic shock
in thepregnantpatient
2004 Artigo Este estudo de caso envolve uma mulher de36 anos de idade em uma gestao de 15semanas que se apresenta com amniocenteseabdominal mais severo e deterioradosubseqentemente em um estado de choquesptico na Emergncia. As circunstncias quecercam a apresentao e o curso clnicosubseqente deste paciente so apresentadas.A avaliao e as condutas de choque spticoso descritas tambm com consideraoespecfica ao estado grvido deste paciente.
N. Choudhary,S.C. Saha, S
Gopalan
Abortionprocedures in
a tertiarycare
institution inIndia
2005 Artigo Objetivo: Determinar a taxa das complicaesps-aborto imediato e os fatores de risco paracomplicaes ps-aborto ps alta hospitalar.Concluso: A terminao da gravidez segurase cuidado adequado for tomado ao executar oprocedimento
Jose M. DeMiguel-
Yanes, JuanA. Andueza-
Lillo,
Vctor J.Gonzalez-Ramallo, LuisPastor, Javier
Muoz
Failure toimplementevidence-
basedclinical
guidelinesfor sepsis atthe ED
2006 Artigo Estudo sobre o impacto das medidas doconsenso do guideline para sepse esto sendoaplicadas na pratica rotineira dos hospitais.Identificando tambm qualquer varivel deste.
Maria TeresaAnselmoOlinto;
Djalma deCarvalho
Moreira-Filho
Fatores derisco e
preditorespara o aborto
induzido:estudo de basepopulacional
2006 Artigo O presente trabalho investigou os principaisfatores de risco e preditores para o abortoinduzido. Foi realizado um estudo transversalde base populacional com uma amostrarepresentativa de 3.002 mulheres de 15 a 49anos residentes no Sul do Brasil. Informaesscio-econmicas, demogrficas e
reprodutivas foram obtidas por meio de umquestionrio pr-codificado. Abortos
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induzidos estiveram fortemente relacionadoscom relatos de perda fetal em todas as idades.Entre as adolescentes, os principais preditoresforam: pertencer a famlias de baixa renda, ter
baixa escolaridade e alta evaso escolar, almde conhecerem um nmero maior de mtodoscontraceptivos. Para as mulheres de 20 a 49anos de idade no houve diferena scio-econmica, sendo que, estado civil ecaractersticas reprodutivas, incluindoconhecimento de mtodos contraceptivos,foram os fatores de risco freqentes para oaborto induzido.
PriscillaRocha ArajoNader; Vanez
da RochaPanettoBlandino;
Ethel LeonorNia Maciel
Caractersticas de
abortamentos
atendidos emumamaternidadepblica do
Municpio daSerra - ES
2007 Artigo O objetivo do estudo foi descrever ascaractersticas do abortamento de mulheresadmitidas em uma maternidade pblica do
Esprito Santo. um estudo transversal. Aamostra constituiu-se de 21 mulheres queinduziram o abortamento e 62 que odeclararam como espontneo, internadas noperodo de agosto de 2005 a janeiro de 2006.Conclui-se que necessrio aumentar aspossibilidades de se planejar a gestao evalorizar o Planejamento Familiar como umcomponente indispensvel para o processoglobal de desenvolvimento social eeconmico do Pas.
Changping
Gan, Yan Zou,
Shangchun
Wu, Youping
Li, Qing Liu
The
influence ofmedicalabortion
comparedwith
surgicalabortion onsubsequentpregnancy
outcome
2008 Artigo Sete estudos em perspectiva do coort (12484
casos) foram includos nesta reviso dosefeitos respectivos na gravidez seguinte doaborto mdico e cirrgico na gravidezadiantada. A incidncia do misoprazol e ps-parto e hemorragia era significativamentemais baixa na gravidez que segue um abortomdico. Nenhuma outra diferenasignificativa foi encontrada. Com respeito aoresultado da gravidez seguinte, os abortosmdicos do primeiro trimestre podem assimser mais seguros do que a opo cirrgica.
World HealthOrganization
Preguntasclnicas
frecuentesacerca del
abortofarmacolgic
o
2008 Guia Descreve problemas, condutas e intervenespr e ps-aborto mdico.
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Aps anlise foram constatados que os textos, em sua maioria artigos foram
produzidos por enfermeiros.
No que tange ao quesito aborto provocado/criminoso, foi observado que o objetivomais freqente era determinar as taxas de morti/mortalidade e traar o perfil epidemiolgico
das pacientes que provocam o aborto. Observamos como resultado que as altas taxas vm de
pessoas com baixo graude instruo, que procuram realizar o aborto em casa e s procuram
o hospital quando acontece alguma complicao oriunda do ato. Sobre o perfil
epidemiolgico as mulheres de classe mais favorecida e com maior poder aquisitivo, tanto
financeiro quanto intelectual, so as que mais praticam aborto.
No quesito complicaes como hemorragia e sepse foi observado que em sua grande
maioria h uma imensa preocupao na adoo correta das condutas mdicas e de
enfermagem para corrigir os graves problemas. No somente em gestantes que evoluem para
tal, mas de todo e qualquer paciente. Podendo contar com os guias que auxiliam a conduzir
de forma correta, traando organogramas para os profissionais de sade.
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CONCLUSO
Podemos perceber que ao longo do tempo, a preocupao dos diversos autores emrealizar pesquisas acerca da temtica proposta vem crescendo, passando a interferir na
conduta dos profissionais que ali se encontram, melhorando significativamente a qualidade
da assistncia prestada.
Os cuidados frente a um aborto provocado vo alem de simples condutas aplicadas
isoladamente. Envolve desde uma verificao de sinais vitais perpassando cuidados mais
intensivos, sendo este direcionado para complicaes que surgem aleatoriamente no corpo da
mulher interagindo com seus sistemas hemodinmicos.
Observamos que o desconhecimento em cometer o ato do aborto com freqncia
adotada por mulheres desfavorecidas, sem conhecimento prvio sobre o corpo, que no
conseguem vislumbrar as conseqncias deste. Estes so cometidos em casa, sem nenhum
preparo estril, e/ou procedimentos com tcnicas asspticas. De outro lado, mulheres cada
vez mais jovens cometem este tipo de ato por conscincia do que esto fazendo, so pessoas
de classe superior que procuram cada vez mais as clnicas clandestinas de aborto (j que esteainda no legalizado no Brasil), devido a motivos de fora maior, porm, estas ltimas
possuem todo o cuidado e orientao devidos.
Choudhary (2005) conclui em seu artigo Abortion procedures in a tertiary care institution
in India, que os abortos cometidos com cuidados imediatos, mediatos e tardios podem ter a
mnima chance de sofrer intercorrncias.
Infelizmente no o que ocorre na maioria dos hospitais do mundo. Mulheres adentram
apresentando sinais de hemorragia grave podendo evoluir rapidamente para choque hipovolmicoe/ou sepse.
O choque foi eleito segundo alguns autores como uma das ocorrncias mais
freqentes em mulheres que praticam este ato criminoso. De certo a utilizao de materiais
perfuro-cortantes no estreis adentrando o canal vaginal para tentar provocar uma ruptura
placentria e concomitantemente uma asfixia intra-uterina nem sempre satisfatria. A
utilizao de medicaes ditas abortivas como mysoprazol, tambm possui um local de
destaque neste aspecto, contribuindo para uma ampla descamao da parede uterina.
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As condutas para choque chamam a ateno por serem simples e de eficcia
comprovada, como um reconhecimento atravs da verificao da presso arterial e
observao do contedo urinrio para diagnstico. A anamnese e o exame fsico do ao
enfermeiro base slida para conduta apropriada, dando a este total segurana em conduzir
sua equipe na Emergncia. Incluir reposio de lquidos, e verificao de sinais vitais
auxiliam na manuteno de uma boa conduta.
A reposio volmica tratada com meticulosidade, j que uma escolha errnea de
lquidos na administrao ao paciente com complicaes hemorrgicas faz diferena.
Observamos que somente um tipo de soluo no resulta numa boa conduta. O enfermeiro
deve se atentar aos sinais vitais do paciente e escolher o mais apropriado naquele momento.A unio e adequao de tipos de soluo existentes no mercado do amplas opes para este
mtodo.
Nos casos de Sepse vrios autores concluem que sua gravidade vai depender do
tempo de contaminao acorrido pelo paciente, j que a bactria necessita se proliferar para
ser um se choque sptico. Por conta dos abortos provocados no conseguirem eliminar
totalmente todos os vestgios celulares do parto, estes aumentam a probabilidade da
infestao se espalhar criando um ambiente timo para multiplicao de bactrias
septicemicas.
Por tanto, um quadro grave se instala neste tipo de paciente e condutas rgidas por
conta da hipxia, oligria e acidose so adotadas para corrigir essas instabilidades, como
manuteno da oxigenao, perfuso, volemia e uso de antibiticos.
Podemos observar que na sepse o paciente sofre muito mais por conta do agente
invasor instalado e a inabilidade corporal de combat-lo. A manuteno da boa oxigenao e
perfuso auxilia para que o doente possa gerar energia celular, auxiliando no
restabelecimento das funes. O enfermeiro necessita estar atento, pois no s uma boa
perfuso e oxigenao so importantes, mas sim, garantir que este oxignio chegue s clulas
e que estas exeram suas funes. Para isso manter um meio timo de hidrossolubilidade
atravs da volemia adequada, garante a este paciente uma reposio mais rpida.
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Aliado aos frmacos de escolha como dopamina que garante uma melhora no debito
cardaco e os antibiticos, sempre iniciando com frmacos de amplo espectro e associando-os
com outros para se ter certeza em controlar a atividade microbiana.
Entendemos que to importante como o conhecimento e a tcnica, so as habilidades
e competncias para compreender e identificar prematuramente nestes pacientes a gravidade
que ali se instala e conduzir sua recuperao o mais rpido possvel, seja numa emergncia
e/ou UTI.
Com este estudo podemos perceber que a grande falta de conhecimento sobre o corpo
da mulher transforma-a em uma arma com risco iminente de vida, tanto para esta, quanto
para o concepto. O conhecimento dos profissionais acerca das dificuldades em lidar com este
tipo de paciente tambm corroboram para que ali se instale uma difcil batalha pela vida.
Acreditamos que neste intuito, profissionais especializem-se cada vez mais para
cuidar deste pacientes que adentram a cada com mais freqncia nossos hospitais do Brasil e
do Mundo, melhorando assim a assistncia prestada que deve ser sempre digna e de
qualidade.
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