o efeito do crioalongamento e massoterapia no …
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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
FACULDADE DE CIÊNCIAS MÉDICAS
Karina Luiza Virgílio Margini
O EFEITO DO CRIOALONGAMENTO E MASSOTERAPIA
NO TRISMO PÓS NEOPLASIA BUCAL
The impacts of cryotherapy and massage in post buccal-neoplasm trismus
CAMPINAS
2018
Karina Luiza Virgílio Margini
O EFEITO DO CRIOALONGAMENTO E MASSOTERAPIA
NO TRISMO PÓS NEOPLASIA BUCAL
The impacts of cryotherapy and massage in post buccal-neoplasm trismus
Dissertação apresentada à Faculdade de Ciências Médicas da
Universidade Estadual de Campinas como parte dos requisitos
exigidos para a obtenção do título de Mestra em saúde,
interdisciplinaridade e reabilitação, na área de concentração
interdisciplinaridade e reabilitação.
Dissertation presented to the Universidade Estadual de Campinas
Medical Sciences Faculty as part of the Health Master’s title,
interdisciplinary and rehabilitation, in the concentration area
interdisciplinary and rehabilition.
ORIENTADOR: Mirian Hideko Nagae Espinosa
ESTE EXEMPLAR CORRESPONDE À VERSÃO
FINAL DA DISSERTAÇÃO DEFENDIDA PELA
ALUNA KARINA LUIZA VIRGÍLIO MARGINI, E ORIENTADO PELA
PROFA. DRA. MIRIAN HIDEKO NAGAE ESPINOSA
CAMPINAS
2018
BANCA EXAMINADORA DA DEFESA DE MESTRADO
KARINA LUIZA VIRGÍLIO MARGINI
ORIENTADOR: MIRIAN HIDEKO NAGAE ESPINOSA
MEMBROS:
1. PROFA. DRA. MIRIAN HIDEKO NAGAE ESPINOSA
2. PROFA. DRA. MARIA FERNANDA BAGAROLLO
3. PROFA. DRA. IRENE QUEIROZ MARCHESAN
Programa de Pós-Graduação em Saúde, Interdisciplinaridade e Reabilitação da
Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas.
A ata de defesa com as respectivas assinaturas dos membros da banca examinadora
encontra-se no processo de vida acadêmica do aluno.
Data: DATA DA DEFESA 14/03/2018
Aos meus avós maternos Nair e Benedito Virgílio que dedicaram a
mim o amor mais puro e me fizeram aprender com sua simplicidade
que podemos ser o que sonhamos.
AGRADECIMENTO
À Deus, por colocar em meu coração sonhos que Ele sempre
abençoou.
À minha Mãe da Medalha Milagrosa, Maria Santíssima, pelo seu
colo em todos os momentos.
À professora Mirian, mais que uma profissional de excelência uma
mãe que mais que eu mesma acredita no meu potencial.
À minha mãe Raquel, que dedica a mim e as minhas irmãs todos
seus esforços, sendo o alicerce no qual seguramente podemos nos
apoiar.
Ao meu pai Beto, por toda alegria e mania boa de ver o lado bom
das coisas em tudo.
Às minhas irmãs, Laís e Maria Clara muitas vezes o motivo pelo
qual persisto para que conseguindo, seja exemplo que elas também
podem conseguir.
Ao Anderson, pela ajuda e por permanecer, independente da
distância.
Aos Monges da Trindade Irmãos: Zé Renato, Denise, Uliana e pe.
Vinícius pela intercessão e por serem, do jeito que são, sinais do
amor de Deus por mim.
Aos meus pacientes por colaborarem não só com o estudo, mas
também com meu crescimento pessoal e profissional.
RESUMO
O trismo, é uma restrição na abertura bucal de até 3,5 cm, é um dos efeitos
colaterais mais comuns da radioterapia na região da cabeça e pescoço. Tal condição
afeta funções cotidianas simples como: mastigar, deglutir, falar e até exercer higiene
bucal acarretando danos não só físicos como emocionais ao sujeitos. Evidenciando
assim a necessecidade da busca de tratamentos que revertam ou amenizem tal
quadro. O objetivo do estudo é investigar o comportamento dos músculos masseter
e supra-hióideos durante a deglutição antes e após o crioalongamento associado à
massoterapia em pacientes pós neoplasia bucal com trismo devido a radioterapia. A
amostra final foi constituída por 8 sujeitos, com faixa etária entre 40 e 64 anos,
gênero masculino e feminino com abertura bucal menor ou igual a 3,5cm. Para a
realização da pesquisa foram realizadas duas avaliações eletromiográficas, uma no
início e outra no final do tratamento. Com 15 atendimentos, uma vez por semana,
com manobras de crioalongamento associado à massoterapia nos músculos
masseter e grupo muscular dos supra hióideos. Foi possível concluir após a
intervenção com crioalongamento e massoterapia diferença significativa apenas no
comportamento do grupo muscular do supra-hióideos, fato não constatado no
músculo masseter.
Palavras-chave: trismo; neoplasia bucal; crioalongamento; massoterapia.
ABSTRACT
Trismus is a restriction in the buccal opening up to 3.5cm and is one of the
most frequent side effect of head and neck regions radiotherapy. This condition
affects simple daily activities such as chewing, swallowing speaking and even buccal
hygiene, leading to not only physical but emotional damages to the subjects. This
puts in evidence the need to find treatments to revert or soften this condition. This
study investigates the behavior of masseter and suprahyoid muscles during
swallowing before and after the cryotherapy associated to the massage in patients
post buccal neoplasm with trismus due to radiotherapy. The final sample was
composed of 8 subjects, aged between 40 an 64 years, both female and male with
buccal opening equal to or smaller than 3.5cm. Two electromyographic evaluations
were conducted to perform this research, one in the beginning and one in the end of
the treatment. The study was composed of 15 treatment sessions, once a week,
consisting of cryotherapy maneuvers and massage in masseters and upper-hyoids
muscle groups. The study concluded that after the intervention with cryotherapy and
massage sessions, there was a significant difference in the behavior of the upper-
hyoid muscles group. This fact was not observed in the masseter muscles group.
Key words: trismus; mouth neoplasms; cryotherapy; massage.
LISTA DE TABELAS
Tabela 1. Frequência (porcentagem) das classes e teste de Qui-quadrado para
igualdade de proporções de variáveis do gênero e hábitos orais
Tabela 2. Médias, desvios padrão e limites do intervalo de confiança das médias
(95%) da Abertura da Boca (mm) nos momentos em relação à aplicação da técnica
de massoterapia associada à crioterapia.
Tabela 3. Médias, desvios padrão, mínimos e máximos das medidas numéricas
avaliadas no estudo.
Tabela 4. Análise de variância calculada por meio de um modelo linear
generalizado misto para comparação das médias de RMS dos músculos estudados
(antes e após a administração da técnica).
Tabela 5. Média, desvio padrão, limites de confiança da média (95%) observados
antes e depois do tratamento.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
Ag/AgCl - Prata/Cloridrato de Prata
CEP - Comitê de Ética em Pesquisa
CEPRE - Centro de Estudos e Pesquisas em Reabilitação
EMGs - Eletromiografia de superfície
FCM - Faculdade de Ciências Médicas
M- Metástase
MO - Motricidade Orofacial
N- Linfonodo
RMS - Root Means Square
T- Tumor
TNM – Estadiamento
UNICAMP - Universidade Estadual de Campinas
SUMÁRIO
Introdução....................................................................................... 12
Metodologia..................................................................................... 13
Resultados....................................................................................... 17
Discussão ........................................................................................ 23
Conclusão......................................................................................... 25
Referências.......................................................................................26
Anexos.............................................................................................. 32
12
I. INTRODUÇÃO
O trismo, restrição na abertura bucal, é um dos efeitos colaterais mais
comuns da radioterapia na região da cabeça e pescoço. É uma condição
angustiante, principalmente quando ocorre após doenças devastadoras como o
câncer, uma vez que o paciente não consegue exercer funções cotidianas
simples como: mastigar, deglutir, falar e até exercer higiene bucal26. Tais
dificuldades com isso, em função do estado frágil do paciente, podem acentuar
ainda mais seu estado físico e emocional11.
A etiologia do trismo a princípio é considerada uma ação reflexa
protetora para que o organismo não sofra prejuízos. No caso de injúrias
musculares é comum a presença de espasmos miofaciais que podem gerar dor
ou até travamento bucal durante funções orais como a alimentação44,17.
Quando ocorre após a neoplasia bucal, em geral é decorrente de intervenções
como a radioterapia utilizada para cura da doença. A radiação ao conter o
crescimento anormal celular ocasiona danos agressivos como necrose e
processos inflamatórios dolorosos. Os quais podem resultar em fibrose na área
irradiada, mucosa jugal, glândulas salivares, musculatura acessória da cabeça
e pescoço 3, 44.
Após a radioterapia, o trismo pode ocorrer a qualquer momento durante
os 24 meses subsequentes3. É insidioso, lentamente progressivo e quando não
tratado pode ocasionar sequelas irreversíveis como a atrofia muscular,
modificação da excitação nervosa dos receptores sensoriais localizados no
periodonto, mucosa jugal e na musculatura orofaríngea26. E com isso ocasionar
um novo padrão de informações em nível de tronco encefálico como a restrição
de abertura bucal para o resto da vida do paciente30. Intervenções terapêuticas
13
nesses casos são preconizadas dentre elas o crioalongamento e massoterapia
na região da cabeça e pescoço2,5. Os quais atenuam quadros álgicos e
liberação da musculatura respectivamente.
Devido ao trismo uma das funções comprometidas de forma expressiva
é a deglutição. Uma vez que o abaixamento mandibular é imprescindível para a
realização dessa função28. Nos casos pós-neoplasia, a deglutição tem uma
importante participação no restabelecimento desses pacientes, por melhorar
uma série de aspectos como o restabelecimento do estado nutricional e
produção de saliva.
Na literatura em geral os estudos estão voltados para os músculos
responsáveis pela elevação mandibular, como masseter e temporal1,11. Pouca
atenção, entretanto, tem sido dada a musculatura da região do pescoço. Dentre
elas o grupo muscular dos supra-hioideos que também podem ocasionar por
uma ação reflexa o travamento mandibular uma vez que são responsáveis pelo
abaixamento mandibular27,31 e com isso dificultar a deglutição.
Diante do exposto o objetivo do estudo é investigar o comportamento
dos músculos masseter e supra-hióideos durante a deglutição antes e após o
crioalongamento associado à massoterapia em pacientes pós neoplasia bucal
com trismo devido a radioterapia.
II. METODOLOGIA
O estudo foi realizado no ambulatório de Motricidade Orofacial do
Departamento de Desenvolvimento Humano e Reabilitação da Faculdade de
Ciências Médicas da Universidade Estadual de
14
Campinas/DDHR/FCM/UNICAMP. Com aprovação do Comitê de
Ética em Pesquisa/UNICAMP sob no16916913.4.0000.5404.
Todos os sujeitos foram encaminhados pelo serviço de odontologia
devido a queixa de trismo e somente após seu consentimento formalizado por
meio do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) foi iniciada a sua
participação nas atividades da pesquisa.
AMOSTRA
Constituída inicialmente por 18 sujeitos, sendo que 1 desistiu, 1 faleceu,
2 apresentaram recidiva da neoplasia e 6 foram excluídos por não
contemplarem os critérios de inclusão e exclusão. Restando 8 sujeitos, com
faixa etária entre 40 e 64 anos, gênero masculino e feminino com abertura
bucal menor ou igual a 3,5cm13.
CRITÉRIOS DE INCLUSÃO: pacientes com queixa de trismo (abertura
bucal máxima de 3.5cm), pós tratamento combinado de quimioterapia (3
aplicações) e radioterapia (15 sessões) devido a neoplasia bucal, em
seguimento no ambulatório de oncologia e/ou no Serviço de Odontologia do
Hospital das Clínicas/FCM/UNICAMP, ausência da neoplasia comprovada por
exame histológico e laudo tomográfico.
CRITÉRIOS DE EXCLUSÃO: ausência da neoplasia referida no
prontuário; hipersensibilidade ao frio; mucosite; submetidos a tratamentos
anteriores para liberação do trismo; fazendo uso de miorrelaxante, analgésico
e/ou anti-inflamatório; com recidiva do tumor; comorbidade não controlada;
lesão na pele na região de cabeça, pescoço, face ou intra-oral; dor aguda; com
trismo superior a 2 anos; ulcerações; necrose.
15
PROCEDIMENTO
Para a realização da pesquisa foram realizadas duas avaliações
eletromiográficas, uma no início e outra no final do tratamento. Com 15
atendimentos, uma vez por semana, com manobras de crioalongamento
associado à massoterapia.
ELETROMIOGRAFIA
Foi utilizado o eletromiógrafo Biopak da Bioresearch, com Placa
Analógico/Digital (A/D) com 12 bites de resolução, Índice de Modo de Rejeição
Comum (IRMC) de 60dB, software Biopak, versão 7.2. Eletrodos de superfície
bipolares passivo de Ag/AgCl, formato circular, descartável da Meditrace
Kendall-LTP, modelo Chicopee MA01.
Antes de iniciar o exame o paciente realizou adstringência da pele com
sabonete vegetal sem gordura e álcool etílico 70ºGL4 e quando necessária
tricotomia. Os voluntários foram posicionados sentados em uma cadeira
confortável, com a cabeça posicionada segundo o plano de Frankfurt, com
olhos abertos e fixo no horizonte36.
Os eletrodos foram fixados com distância intereletrodo de 1cm. No
músculo masseter, 2 cm acima do ângulo da mandíbula, no ventre do músculo
masseter, bilateralmente e para captar a atividade do músculo supra-hióideo
(feixe superficial, no ventre do músculo supra hióideo, bilateralmente)9. Os
registros foram realizados durante a deglutição, em que o sujeito foi instruído a
manter 2ml de água na cavidade bucal por cerca de 10 segundos e após
ordem verbal do examinador deglutir. O tempo de duração dos registros foi de
5 segundos. Após a captação os dados foram convertidos para a linguagem txt
16
para posterior cálculo da atividade elétrica média do sinal por meio do Root
Means Square (RMS).
INSPEÇÃO ORAL
Inicialmente toda região facial, de pescoço e intra-oral foi examinada
para descartar qualquer possibilidade de sinais de recidiva ou lesão na área
que impossibilitariam a aplicação das técnicas.
Dentre os pacientes avaliados, 6 eram edêntulos, pois devido ao estado
precário de seus dentes foi necessário extração antes de iniciar a radioterapia.
Com isso, a abertura bucal foi mensurada com um paquímetro digital nos
edêntulos a partir da borda gengival do dente incisivo superior e nos dentados
na borda do dente. As medidas foram realizadas no início e fim de todas as
sessões.
CRIOALONGAMENTO
Combinou 3 técnicas: aplicação do frio, massagem e alongamento
estático. Cubos de gelo com 3cm de largura por 3cm de comprimento envoltos
em gaze foram posicionados pela terapeuta na região do ventre dos músculos
masseter e grupo dos supra-hióideos do paciente. Com aplicações repetidas,
iniciadas sempre do lado direito, com intervalo de 1 a 5 segundo, de forma
gradativa, sem causar desconforto ao paciente. Após a retirada do gelo a área
era seca, levemente massageada com gaze e alongada por meio da abertura
bucal por 20 segundos. As manobras foram repetidas até o paciente relatar
sensação de dormência ou analgesia. Em média foram realizadas 3 baterias de
exercícios em cada músculo2,22.
17
MASSOTERAPIA
Após o crioalongamento a pele do paciente foi totalmente seca com
gaze e para iniciar a massoterapia foi passado óleo facial na pele do paciente a
fim de favorecer a massagem. Movimentos manuais circulares foram realizados
no ventre dos músculos masseter e supra-hióideos até o terapeuta sentir na
superfície dos dedos a liberação muscular14,43 . Em média foram realizadas 3
baterias de exercícios em cada músculo com duração de 5 segundos e
intervalos de 2 minutos.
ANÁLISE ESTATÍSTICA
Para comparação entre as médias de Root Means Square (RMS) foi
aplicada a técnica de análise de variância baseada na estimação de modelos
lineares generalizados mistos com um fator (One-way ANOVA).Todos os
cálculos foram efetuados por meio doprograma SAS (Statistical Analyse
System), release 9.3 do Institute Inc.,Cary:NC, 2010. O nível de significância
adotado para o estudo foi de 5%.
III. RESULTADOS
Para caracterização precisa da amostra foi realizada uma análise do
gênero e perfil epidemiológico dos hábitos deletérios orais dos pacientes
(tabela 1).
18
Tabela 2. Frequência (porcentagem) das classes e teste de Qui-quadrado para igualdade de
proporções de variáveis do gênero e hábitos orais.
Característica Classe Frequência Porcentagem Teste de qui-quadrado
Gênero Feminino 2 25,00 2: 2,00 – GL:1
Valor-p:0,1573 Masculino 6 75,00
Tabagismo
Antes de começar o
tratamento
2 25,00
2: 1,00 – GL:2
Valor-p:0,6065
Antes de começar o
tratamento e que
continuam tabagistas
4 50,00
Não 2 25,00
Etilismo
Antes de começar o
tratamento
4 50,00
2: 1,78 – GL:2
Valor-p:0,4169
Antes de começar o
tratamento e que
continuam etilistas
1 12,50
Não 3 37,50
Drogatício Antes do tratamento 1 12,50 2: 4,50 – GL:1
Valor-p:0,0339 Não 7 87,50
A caracterização da neoplasia de cada sujeito da pesquisa, em relação a
localização do tumor, tipo histológico, grau de estadiamento e tratamento está
especificada no quadro 1 abaixo.
Quadro 1: Caracterização da amostra em relação a doença em cada paciente
Paciente Genero Idade Tipo Histológico
Localização do tumor
Grau de
estadiamento
Tratamento
1 M 40 Carcinoma epidermóide moderadamente diferenciado
Amígdala esquerda com extensão ao trígono do retromolarqueratinizante infiltrando tecidos moles de língua e assoalho oral à esquerda
T3N2bM0 Quimioterápico, radioterápico e cirúrgico.
2 F 54 Linfoma Não Hodgkin B de grandes células
Seio maxilar e cavidade nasal
T2N0M0 Quimioterápico, radioterápico.
19
T: tumor primário – T1: tumor com 2 cm ou menos em sua maior dimensão; T2: tumor com mais
de 2 cm e até 4 cm em sua maior dimensão; T3: tumor com mais de 4 cm em sua maior
dimensão; N: linfonodos regionais – Nx: os linfonodos regionais não podem ser avaliados, N0:
ausência de metástase em linfonodos regionais, N2b: metástase em linfonodos homolaterais
múltiplos, nenhum deles com mais de 6 cm em sua maior dimensão; M: Metástase à distância
– Mx: a presença de metástase à distância não pode ser avaliada, M0: ausência de metástase à
distância.
As médias de abertura de boca dos sujeitos antes e após a intervenção
fonoaudioógica estão demonstradas na tabela 2.
3 M 51 Carcinoma Adenóide Cístico moderadamente diferenciado (grau II) de cavidade oral
Lesão em região de mucosa jugal direita
T2N0M0 Quimioterápico, radioterápico e cirúrgico.
4 F 57 Carcinoma espinocelular
Lábio T2N2bMx Quimioterápico, radioterápico e cirúrgico.
5 M 74 Carcinoma Epidermóide moderadamente diferenciado
Lesão em região de trígonoretromolar à direita
T2NxMx Quimioterápico, radioterápico e cirúrgico.
6 M 59 Carcinoma de células escamosas bem diferenciadas
Lesão em assoalho bucal direito
T1N0M0 Quimioterápico, radioterápico.
7 M 58 Adenocarcinoma Palato duro T3NxMx Quimioterápico, radioterápico e cirúrgico.
8. M 64 Carcinoma Epidermóide de cavidade oral
Lesão em borda esquerda da língua
T3N1M0 Quimioterápico, radioterápico.
20
Tabela 2. Médias, desvios padrão e limites do intervalo de confiança das médias (95%) da
Abertura da Boca (mm) nos momentos em relação à aplicação da técnica de massoterapia associada à crioterapia.
Momento
Média Desvio
padrão Intervalo de confiança (95%)
Superior Inferior
Antes 33,59 65,29 34,67 32,31
Depois 34,81 65,66 36,00 33,63
Houve melhora na abertura bucal dos sujeitos em cada sessão e esse
ganho manteve-se constante ao longo das intervenções, conforme ilustra a
figura 1.
Em relação às variáveis: idade, realização de radioterapia para o
tratamento da neoplasia, média de abertura bucal dos pacientes e RMS dos
músculos supra-hioideos direito e esquerdo, masseter direito e esquerdo
avaliados na eletromiogafia, são apresentadas na tabela 3 os resultados
encontrados.
50
40
30
20
21
Tabela 3. Médias, desvios padrão, mínimos e máximos das medidas numéricas avaliadas no
estudo.
Variáveis Média Desvio padrão
Mínimo Máximo
Idade (anos) 57,50 10,30 39,00 74,00
Radioterapia 26,50 11,87 0,00 37,00
Abertura (mm) 34,15 65,67 18,0 51,0
RMS (Masseter direito) 45,27 37,53 6,59 135,17
RMS (Supra-hioideo direito) 22,75 17,60 2,99 76,45
RMS (Masseter esquerdo) 26,42 24,24 2,73 102,50
RMS (Supra-hioideo
esquerdo) 24,24 16,68 3,58 65,19
A análise dos valores de RMS de cada um dos músculos avaliados na
eletromiografia durante a deglutição antes e após o tratamento fonoaudiológico
pode ser observada na tabela 4.
Tabela 4. Análise de variância calculada por meio de um modelo linear generalizado misto para comparação das médias de RMS dos músculos estudados (antes e após a administração da técnica).
Músculo
Graus de liberdade Teste F
Numerador Denominador Estatística Valor-p
Masseter direito 1 7 0,47 0,5130
Masseter esquerdo 1 7 4,49 0,0717
Supra-hiodeo direito 1 7 26,91 0,0013
Supra-hiodeo
esquerdo 1 7 11,70 0,0111
Considerando-se com rigor o nível de significância estabelecido para
o estudo (p:0,05), não são observados indícios de diferenças entre as médias
de RMS dos músculos masseter, antes e após o tratamento (p>0,05).
Por outro lado, há fortes indícios (p<0,01) da existência de diferença
entre as médias verdadeiras de RMS do supra-hioideo direito e indícios
(p<0,05) da existência de diferença entre as médias de RMS do músculo supra-
hioideo esquerdo.
22
As médias de RMS antes e depois do tratamento fonoaudiológico para a
liberação do trismo estão descritas na tabela 5.
Tabela 5. Média, desvio padrão, limites de confiança da média (95%) observados antes
e depois do tratamento.
Músculo Momento Média
Desvio
padrão
Limite de confiança (95%)
Superior Inferior
MD Início 48,96 41,15 83,36 14,56
Final 41,58 35,98 71,66 11,50
ME Início 17,01 9,28 24,77 9,26
Final 35,82 31,16 61,87 9,77
SHD Início 13,86 9,21 21,56 6,16
Final 31,63 19,97 48,32 14,94
SHE Início 17,06 14,24 28,96 5,16
Final 31,42 16,60 45,30 17,55
Md: Masseter direito; ME: Masseter Esquerdo; SHD:Supra-hioideo direito; SHE:Supra-hioideo
esquerdo.
Os valores das médias de RMS do músculo masseter direito são
bastante parecidas entre si e com uma leve superioridade apontada na
atividade mioelétrica na fase inicial, mas sem evidências de que essa diferença
seja significativa.
Quanto ao masseter esquerdo, já se observa um aumento da média
de RMS, ainda que não significativa este seria um resultado mais coerente com
o esperado em termos de haver um quadro de melhora clínica, mas ainda
assim não significativo com base na análise de variância.
Por fim, os dois supra-hioideos (direito e esquerdo) apresentam valores
de média de RMS significativamente maiores na fase final, ou seja, após a
aplicação do tratamento.
23
IV. DISCUSSÃO
Na comparação dos músculos elevadores e abaixadores da mandíbula
durante a deglutição foi possível comprovar que o grupo muscular dos supra-
hióideos apresentou diferença significativa após as intervenções de
crioalongamento associado à massoterapia. Fato que não foi constatado em
relação ao músculo masseter.
A média de idade (±57,5 anos), hábitos sociais (tabagismo e etilismo) e
baixo número de pacientes encontrados nesse estudo concordam com dados a
literatura7,18,19. (tabela 1).O reduzido número de voluntários provavelmente está
relacionado com o estabelecimento do período de 3 meses utilizado para
realização das manobras. Segundo a literatura20 esse tempo é o mínimo
estabelecido para que mudanças morfológicas na fibra muscular possam ser
consolidadas. Para os casos de neoplasia, entretanto, esse período é muito
longo, uma vez que variáveis importantes podem surgir e inviabilizar a
continuidade do tratamento. Em particular situações como óbito, fragilidade
emocional do paciente que podem levar a desistência do tratamento e
principalmente fatores relacionados à ausência e recidiva da doença descritos
no item de inclusão e exclusão da metodologia. A ausência da doença é o
principal fator para se evitar a possível proliferação das células neoplásicas nas
redes linfática e sanguínea devido às manobras e com alto índice de recidiva
da neoplasia de cavidade bucal o número de sujeitos aptos para a realização
da intervenção terapêutica apresenta-se ainda mais reduzido.
Mesmo com o reduzido número de sujeitos, entretanto, a amostra foi
representativa. Uma vez que o aumento da abertura bucal, mesmo pequena,
foi observado em todos os sujeitos ao longo do tratamento sem recidiva (figura
24
1). Outro fator a ser considerado é que mesmo com grau de estadiamento
heterogêneo todos os sujeitos abriram a boca de forma progressiva (tabela 2).
A presença do tumor na região de assoalho da boca, mucosa jugal em vários
pacientes (quadro 1) também indicam que a radiação na área do pescoço foi
maior nesses casos. Ocasionando com isso maior comprometimento nos
músculos supra-hióideos e desconforto na região do pescoço.
Em muitos casos a intervenção foi logo após o término da doença cuja área
no mínimo apresentava desconforto devido os tratamentos utilizados para a
neoplasia, gerando muitas vezes impacto negativo nas funções que tais áreas
desempenham devido as injúrias sofridas ocasionando alterações como medo
para engolir restringindo a movimentação para evitar desconforto. Com isso, o
crioalongamento atua para diminuição do desconforto na área injuriada,
provocando analgesia deixando o sujeito mais seguro para realizar a
movimentação22
A massoterapia por sua vez além de reduzir a percepção da dor, melhora a
circulação sanguínea local, produz efeitos tônicos e relaxantes e evita a
formação de aderência no tecido conjuntivo5, com manobras de baixo impacto
que respeitam o limiar de desconforto do paciente.
A melhora da condição do grupo muscular dos supra-hióideos com o
crioalongamento e a massoterapia foi observada durante a deglutição (tabelas
3 e 4). A progressão e ausência de recidiva em relação à abertura bucal
provavelmente estão relacionadas ao baixo impacto, mas eficaz das manobras.
Que não ocasionou ação reflexa de travamento devido a excessiva força na
tentativa de abrir a boca. Os resultados obtidos (tabela 5) permitem concluir
que realmente o grupo muscular dos supra-hióideos tem uma ação significativa
25
na liberação da abertura bucal. Contradizendo dados da literatura que
enfatizam a ação do músculo masseter1,11,12.
Tais alterações podem acarretar modificações na fisiologia da
deglutição, apresentando aumento no tempo de trânsito faríngeo do bolo
alimentar, elevação laríngea reduzida e penetrações ou aspirações laríngeas,
impactando negativamente também a qualidade de vida do
sujeito,evidenciando a necessidade de tratamento6,7,42.
V. CONCLUSÃO
Em pacientes pós neoplasia bucal com trismo devido a radioterapia após
o crioalongamento associado à massoterapia foi possível concluir diferença
significativa apenas no comportamento do grupo muscular do supra-hióideos,
fato não constatado no músculo masseter.
26
VI. BIBLIOGRAFIA
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