o cinema e o teatro nos anos 20

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Colégio Estadual Benedito BrásProfessor: AdalcinoAlunos: Cleiton Nº 05 Daynne Nº 06 Naiara Nº 30 Gislaine Nº 15Série: 3ª Série do Ensino MédioTurma: “A” Turno: MatutinoDisciplina: Língua Portuguesa

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O Cinema e o Teatro nos anos

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CINEMA NOS ANOS 20A década de 20 pode ser considerada, em vários sentidos, um momento de passagem de uma sociedade tradicional para uma sociedade de massa. Qual a especificidade desta transição no Brasil, em comparação com as sociedades mais adiantadas do pós-guerra? Centrado na questão da brasilidade, o curso procurará refletir sobre esses problemas com ênfase nos seguintes aspectos: modernização, industrialização, movimentos sociais, nacionalismo, cultura popular, cultura erudita, cultura de massa. As discussões, que levarão em conta as premissas da História Cultural, terão como base textos relativos às diferentes correntes de pensamentos tendo em vista o estabelecimento de um quadro amplo dos debates em curso no momento estudado.

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CINEMA MUDOA apresentação pública do cinematógrafo marca oficialmente o início da história do cinema. O som vem três décadas depois, no final dos anos 20.A primeira exibição pública das produções dos irmãos Lumière ocorre em 28 de dezembro de 1895, no Grand Café, em Paris. A saída dos operários das usinas Lumière, A chegada do trem na estação, O almoço do bebê e O mar são alguns dos filmes apresentados. As produções são rudimentares, em geral documentários curtos sobre a vida cotidiana, com cerca de dois minutos de projeção, filmados ao ar livre.Charles Chaplin (1889-1977), diretor, produtor e ator, passa uma infância miserável em orfanatos, na Inglaterra. Emprega-se nos music halls em 1908 e adquire algum sucesso como mímico. Contratado por um empresário norte-americano, vai para os Estados Unidos em 1913 e, um ano depois, realiza seu primeiro filme - Carlitos Repórter (Making a Living - 1914). Seu personagem, Carlitos, o vagabundo com bengala, chapéu-coco e calças largas, torna-se o tipo mais famoso do cinema. Entre seus principais filmes estão O Garoto (Kid, The - 1921), Em Busca do Ouro (The Gold Rush - 1925), Luzes da Cidade (City Lights - 1931), Tempos Modernos (Modern Times - 1936) e O Grande Ditador (The Great Dictator - 1940).

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COMÉDIABaseada na sátira de pequenas cenas do cotidiano, a comédia americana dos anos 20 privilegia lugares, situações e objetos que retratam a vida urbana e a "civilização das máquinas". Recorre com freqüência ao "pastelão" e ganha impulso com o produtor e diretor americano Mack Sennett. Destacam-se os tipos desenvolvidos por Ben Turpin, Buster Keaton, Harold Lloyd e Charles Chaplin.No final da década o homem já começa a perceber que pode fazer um cinema com os seus fantasmas e delírios, e em 1919 surge o filme O Gabinete do Dr. Caligari, de Robert Wiene, que marca um período rapidamente falido do chamado expressionismo alemão.

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As comédias eram muito comuns e muito apreciadas. Charlie Chaplin, Laurel and Hardy, The Three Stooges, tornaram-se conhecidos graças às curtas metragens que fizeram para o cinema, sobretudo na época do cinema mudo, que funcionaram como um trampolim para as mais ambiciosas - e ambicionadas - longas metragens...

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TEATRO NOS ANOS 20Há uma opereta do Artur Azevedo, acho que do final do século 19, chamada "A princesa dos cajueiros", que tem o prólogo cortado porque aparece uma mulher grávida de nove meses. Sexo para o palco é a safadeza, a farra, a prostituta, a menina que trabalha no teatro, a empregada, a mulata com o português, os encontros na esquina, o sexo mais fácil. A preocupação dos autores é somente não usar muitas palavras de baixo calão. Os jogos de palavras não são permitidos, mas há uma licenciosidade, uma coisa picante.A censura tinha certos critérios, mas não era tão severa assim. Ela foi criada como departamento oficial em 1920, ligada à Polícia Civil do Rio de Janeiro, na época Secretaria de Polícia do Distrito Federal. Todas as peças tinham que ser entregues aos censores. A coleção do Arquivo Nacional não está completa, mas reúne um pedaço muito grande do teatro dessa época. Artur Nabantino

Gonçalves de Azevedo

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Em 1922, os autores se engajaram na campanha política, na disputa entre Nilo Peçanha e Artur Bernardes. Em uma das peças há o personagem de um guarda encarregado de prender todo o mundo que cantasse a marchinha que falava mal do Artur Bernardes. A música tinha o seguinte refrão: "Ai, seu Mé, lá no Palácio das Águias, seu Mé, tu não há de pôr o pé". Na peça, o guarda prende até o bode porque ele gritava “mé!”. Os autores estão o tempo todo brincando com a censura, com a política, mas não se podia falar de certas pessoas. Há, porém, muitas peças ligadas à história do Brasil.O recurso básico desses textos, como aparece em “O Rio nu”, é apresentar o Rio a alguém, seja a uma musa, ao diabo ou ao Pedro Álvares Cabral. Em "A canalha das ruas”, peça clássica de 22, da reação republicana, o personagem principal é a canalha das ruas, referência a uma frase de Bernardes, que disse: "Não vou me dobrar à canalha das ruas". Como forma de criticá-lo, o personagem principal encontra-se no Largo da Glória com Cabral, que desce da estátua e fica horrorizado com o que fizeram com o que ele descobriu. Usar o personagem do passado é um recurso estilístico clássico da República Velha.

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Até o início dos anos 20, qualquer um podia entrar no teatro. Se a pessoa não tinha com quem deixar o filho de 2 anos, podia levá-lo para ver uma peça. A partir da década de 20, ficou proibida a entrada de menores de 8 anos. A decisão gerou um certo comentário, mas acabou sendo aceita. No código de 1927, quando o primeiro juiz de menores do Rio, Tomelo Matos, proibiu a entrada de menores, houve um escândalo.A classe teatral se movimentou porque perdeu um público significativo. Os meninos, doidos para ver uma perna de fora, não podiam mais ir ao teatro. O pessoal da área fez campanha nos jornais, protestos e colocou alguns comentários irônicos nas peças. Em um dos textos aparece um menino em depressão porque não podia mais ir ao teatro.

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A mãe, desesperada, conversa com um guarda, que a aconselha a levá-lo à praia. Quando o garoto chega na praia, logo diz: "Nossa! Aqui tem muito mais mulher pelada, praia é muito melhor que teatro".O cinema está tomando conta, está comendo pelas beiradas. Nos anos 10, há uma expansão muito grande da produção cinematográfica brasileira. Algumas peças eram inclusive filmadas, era uma experiência muito peculiar. O teatro vai perdendo público ao longo dos anos 20. O cinema americano entra no país com muita força e o teatro reflete isso.

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São poucas as peças dessa época que são montadas. O único dramaturgo cuja obra ainda tem alguma repercussão é o Gastão Tojeiro, que não era um propriamente um autor de teatro de revista, e sim de burletas e comédias ligeiras. A peça "Onde canta o sabiá" de vez em quando é remontada. Ele tem muitos textos, escritos na década de 20, sobre a cidade, os bairros e a exposição internacional. "A Capital Federal', comédia do teatro de revista, escrita por Artur Azevedo, também é remontada esporadicamente.

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Sim, havia o teatro mais sério, que sofria com a falta de público. Os autores e produtores reclamavam e diziam que era preciso apoio público para sobreviver. Esse tipo de espetáculo não dava dinheiro e o público se esgotava rapidamente. Havia uma tensão sobre o que é era o verdadeiro teatro. As pessoas ligadas à área achavam que o Brasil precisava ter espetáculos de qualidade, mas não se podia falar mal das peças populares porque os atores sobreviviam das comédias.Esse dilema aparece nas palavras do Artur Azevedo. Ele era um grande comediógrafo e toda a elite intelectual dizia: "Esse cara ainda vai fazer a grande peça do teatro brasileiro". E ele escrevia mais uma comédia. Um belo dia o jornal publicou um artigo dizendo que o autor estava desperdiçando o talento dele. O dramaturgo logo respondeu: "Estou desperdiçando meu talento pagando o leiteiro, o maquinista do teatro, o maestro, o iluminador... Cada vez que eu faço uma peça séria, eu quebro um empresário, toda a vez que eu faço uma peça engraçada, todo o mundo me agradece. Então não tem jeito, vou fazer isso mesmo, tenho família para criar".

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Os modernistas sofriam muito com essa produção. O Antônio de Alcântara Machado (1901-1935), talvez o mais articulado dos modernistas quando o assunto era teatro, afirmou certa vez que as montagens pretensamente sérias eram uma porcaria. De acordo com ele, o teatro que não pretendia ser sério era melhor, pois pelo menos era brasileiro. Mas esses espetáculos não eram exatamente o que os modernistas desejavam. Era uma relação ambígua, havia um certo fascínio com esse espírito popular, que era muito forte no modernismo, mas também um certo desconforto, apesar das afirmações bombásticas e elogiosas.

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O elenco completo da revista "Ai se eu pudesse voá", montada no Rio de Janeiro, no final dos anos 20. Na fotografia destacam-se o ator Brandão Sobrinho, que está logo abaixo do estandarte, e o cantor Vicente Celestino, o último da esquerda, na fileira do meio. A estrela com o leque, é Vitória Soares

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TEATRO DE REVISTAA Companhia Tro-lo-ló, nos anos 20, conquistou a platéia com cenários luxuosos, muitas

mulheres e piadas sobre as notícias do dia

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Vídeo Charlie Chaplin

Modern TimesVídeo Laurel and Hardy

Fishing boat

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