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34 Newsletter Nº 28 Novembro 2012 ISSN 1647-9629 mde.es

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Newsletter

Nº 28 Novembro 2012

ISSN 1647-9629

mde.es

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NESTA EDIÇÃO PODE LER:

Artigo de Opinião: A OTAN depois de Chicago por Rui Câmara Pina

Artigo de opinião que aflora as três vertentes da Cimeira de Chicago, realizada em maio de

2012 e que serviu para implementar as decisões de Lisboa, adotadas dois anos antes: A Defesa

Coletiva, consignada no artigo V do Tratado do Atlântico Norte e tendo por base o Elo

Transatlântico, a Gestão de Crises (onde as Operações têm um papel fundamental num novo

ambiente estratégico) e as Parcerias.

A reunião entre o Ministro da Defesa Nacional José

Pedro Aguiar-Branco e o Ministro da Defesa

espanhol Pedro Morenés no passado dia 20 de

novembro em Madrid, onde acordaram “em

desenvolver uma cooperação bilateral reforçada

que contribua para melhorar a segurança e defesa

regionais, no seio da OTAN e da União Europeia.”

A Cooperação Técnico-Militar com São Tomé e

Príncipe: O Acordo Geral de Cooperação e

Amizade, assinado em 12 de Julho de 1975, e o

Acordo de Cooperação Científica e Técnica,

definiram as bases gerais da cooperação entre

Portugal a República Portuguesa e a República

Democrática de São Tomé e Príncipe. Tendo em

vista o reforço dos laços e cooperação entre os

dois países, o Secretário de Estado Adjunto e da

Defesa Nacional visitou S. Tomé no passado mês de outubro.

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ÍNDICE Editorial

-Novos ventos de Espanha..................................................................................... 6

Artigo de Opinião

- A OTAN depois de Chicago

Por Rui Câmara Pina .......................................................................................... 7

Planeamento Estratégico de Defesa: Consultas bilaterais de Defesa OTAN-NDPP ............... 12

Relações Internacionais

Argélia ......................................................................................................... 14

Chile ............................................................................................................ 15

Coreia / EUA .................................................................................................. 16

Espanha- Reunião de Ministros da Defesa Ibéricos (tema de capa) ................................... 17

Marrocos ........................................................................................................ 18

Tunísia ......................................................................................................... 19

Africa Clearing House / Iniciativa 5+5 Defesa ............................................................ 20

ONU ............................................................................................................. 21

OSCE / OTAN ................................................................................................... 22

União Europeia ................................................................................................ 23

Diversos ......................................................................................................... 24

Cooperação Técnico-Militar

Entrega do prémio Ministro da Defesa Nacional ao Aspirante a Oficial Ernesto Pedro Rungo ..... 26

Visita do Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional a S. Tomé e Príncipe

- Angola

Projeto 6: Estado-Maior do Exército ........................................................................ 29

- Moçambique

Projeto 2: Marinha de Guerra de Moçambique ............................................................ 30

Projeto 10: Instituto Superior de Estudos de Defesa ..................................................... 30

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5

Agenda ......................................................................................................... 35

Dados Estatísticos ........................................................................................... 36

Nota: As fotos de capa e do artigo sobre Espanha são da cortesia do Ministerio de Defensa de España, disponíveis em http://www.defensa.gob.es/gabinete/notasPrensa/2012/11/DGC-121120-Morenes-recibe-ministro-portugues.html

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Editorial

Novos ventos de Espanha

Os Ministros da Defesa de Portugal e de Espanha reuniram em Madrid no dia 20 do mês de Novembro, tendo adotado a Declaração Conjunta para o Reforço da Cooperação no âmbito da Defesa. Não é por demais destacar a importância desta reunião pela afirmação da inequívoca vontade de dar uma nova dimensão às relações entre os dois países na área da defesa. Devemos encarar esta relação bilateral de forma desinibida, madura e sobretudo leal, ultrapassando preconceitos antigos que durante demasiado tempo bloquearam uma inevitável e desejável cooperação entre vizinhos.

Portugal só tem fronteira terrestre com Espanha, integra com este país alianças e organizações na área da (ou com componente de) segurança e defesa (OTAN, UE e Iniciativa 5+5 Defesa), partilha valores e visão do mundo, e opera essencialmente no mesmo espaço estratégico. As geografias física e política constituem indiscutíveis fatores que, simultaneamente, condicionam e potenciam a definição e concretização da política de defesa de um país.

Acresce que, face à diversidade, transversalidade e multipolaridade das ameaças que contemporaneamente se colocam à segurança de um Estado, a cooperação internacional arquitetada a sucessivos níveis geopolíticos é fundamental, e seria incompreensível não incluir de modo mais efetivo aqueles que nos estão mais próximos.

Por outro lado, os programas de Smart Defence (OTAN) e de Pooling and Sharing (UE) favorecem o desenvolvimento de iniciativas de cooperação sub-regional numa perspetiva holística de integração num projeto coletivo mais amplo, e que visa dotar essas organizações de melhores capacidades e de maior interoperabilidade para a garantir a segurança dos seus membros.

Assim, a referida Declaração constituirá a alavanca e o motor que permitirá aprofundar e elevar a um novo patamar a cooperação entre os dois países em âmbitos tão diversos como o planeamento de capacidades, o emprego conjunto de forças em operações no exterior, e as indústrias de armamento e tecnologias de defesa.

Neste quadro, competirá à DGPDN com a sua congénere espanhola impulsionar as atividades de cooperação e coordenar apoios e conjugar esforços sobre assuntos de interesse comum.

Para terminar ficam os votos de um ótimo Natal e um excelente Ano de 2013.

Boas leituras.

Nuno Pinheiro Torres

Diretor-Geral de Política de Defesa Nacional

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Artigo de Opinião

A OTAN depois de Chicago

Rui Câmara Pina

A Cimeira de Chicago, realizada em maio de

2012, serviu para implementar as decisões

de Lisboa, adotadas dois anos antes, e

promover três diretrizes muito claras para a

Aliança: A Defesa Coletiva, consignada no

artigo V do Tratado do Atlântico Norte e

tendo por base o Elo Transatlântico, a

Gestão de Crises (onde as Operações têm um

papel fundamental num novo ambiente

estratégico) e as Parcerias.

São estas três vertentes que aqui se afloram:

O Elo Transatlântico

A ligação que une os aliados europeus aos

americanos permanece como um dos fulcros

vitais da Aliança desde 1949. Essa ligação foi

essencial ao longo destes últimos 63 anos,

fosse com a chegada à Europa das primeiras

armas nucleares táticas no início dos anos 50

(agora chamadas de sub-estratégicas) ou

com a instalação dos Euromísseis nos anos

80.

Este elo foi posto à prova com o

desaparecimento do Pacto de Varsóvia e o

desmantelamento da URSS, mas ele

continuou a ser considerado essencial para o

novo papel da OTAN no mundo. Porém, de

um lado e de outro do Atlântico, a sua

perceção está a atingir novos contornos:

- Os Norte-Americanos, principalmente os

Estados Unidos da América (EUA), têm uma

perceção do mundo diferente dos Europeus,

nomeadamente quanto ao Irão, que é

avaliado de maneira diferente em ambos os

lados do Atlântico.

- Por sua vez, grande parte dos Europeus

estão imbuídos dos princípios da Política

Europeia de Segurança e Defesa, embora

esta não tenha sido posta em prática em

várias situações, como no caso da Líbia,

como de início os franceses pretendiam.

O fato de a Aliança ser constituída por 28

Estados membros também torna a noção do

elo transatlântico mais difusa, e certamente

os polacos ou os lituanos têm uma ideia

diferente dos franceses ou dos alemães

sobre esta ligação. Por isso, de um lado e do

outro do Atlântico, têm-se multiplicado as

queixas mútuas: Os Americanos consideram

que os Europeus não têm capacidades

adequadas, enquanto estes justificam essa

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lacuna devido aos problemas financeiros que

assolam a Europa.

Não é de estranhar, pois, que se esteja a

registar uma aparente ‘mudança’ na política

externa americana para a área do

Pacífico/Ásia. A emergência da China e

ainda alguma desconfiança sobre os intentos

de Pyongyang são razão para tal.

Em conclusão, a situação não é tão grave

como na altura da invasão do Iraque mas

persistem perceções e sensibilidades

distintas que são difíceis de colmatar.

Contudo, ambos continuam a precisar um do

outro: os Estados Unidos não estão no Velho

Continente por um ato de caridade, o seu

interesse é ter uma Europa que os apoie,

lhes dê garantias na retaguarda e lhes possa

legitimar o uso da força. Já os Europeus

necessitam da OTAN (e dos EUA) para

ultrapassar as ameaças fora do perímetro do

Atlântico, pois sabem que não será a União

Europeia a fazê-lo.

De momento manter-se-á o princípio da

Defesa Coletiva assente nesta ligação. Será

que ele irá ser posto à prova proximamente?

A orientação estratégica da Aliança e a

Gestão de Crises

O Conceito Estratégico da OTAN de 1999,

apesar de na altura ter sido considerado um

instrumento adequado para fazer face ao

mundo do século XXI, veio ser posto em

causa logo dois anos depois com os

atentados do 11 de setembro. Isso foi um

catalisador para as enormes mudanças que

começaram a verificar-se e que

desembocaram no Conceito Estratégico de

2010.

É normal, portanto, a pergunta: para onde

vai a OTAN? O que será da Organização em

2015, 2020 ou 2030?

Para além de todas as discussões académicas

e debates analíticos, há várias coisas que se

podem perspetivar:

• O ambiente de segurança é uma

consequência do ambiente económico.

De forma que a OTAN irá ser sempre o

resultado destas duas vertentes;

• Prevê-se que a crise financeira dure

mais tempo que qualquer outra

registada após 1945, afetando os gastos

com a defesa, mesmo entre os Aliados

mais ricos, como os EUA, Reino Unido ou

Alemanha. De momento, apenas quatro

deles atribuem os 2% consignados para a

defesa, mas isso poderá agravar-se

dentro de pouco tempo;

• Uma potencial instabilidade social

provocada por esta crise poderá

também influenciar negativamente “a

retaguarda da Aliança”, criando aquilo

que alguns, numa visão muito

pessimista, apontam como a

‘balcanização’ do sul e ocidente da

Europa (há quem mencione os

problemas sociais da Grécia, Espanha e

Portugal);

• A já referida mudança dos Estados

Unidos para o Continente Asiático. Claro

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que ela, a verificar-se, não seria

imediata nem traria a ‘desertificação’

americana da Europa (no fundo, o

inverso do que foi preconizado por

Presidentes como Nixon). E o Continente

Asiático não é propriamente uma

novidade para os Estados Unidos que já

aí lutaram por duas vezes desde o pós-

guerra (Coreia e Vietnam).

De qualquer forma, ao contrário de

outrora, esta seria agora uma ‘opção

competitiva’ e não ‘belicista’, embora a

região do Mar do Sul da China se esteja

a tornar num ponto potencialmente

inflamável.

• A influência de eventos ocorridos em

diferentes regiões do mundo, desde a

Rússia à Primavera Árabe (ou “Inverno

Islâmico”, dependendo da sua evolução),

passando pelo Irão. Note-se que se, em

consequência duma qualquer crise no

Golfo Pérsico, os iranianos fechassem o

Estreito de Ormuz, a OTAN /EUA não

poderiam ser levados a reagir.

• O Afeganistão tem sido classificado como

a principal missão militar da OTAN,

aquela que é o barómetro do sucesso da

atuação da OTAN. O seu sucesso, porém,

só poderá ser avaliado após 2014, no caso

de as Forças Nacionais Afegãs manterem

o país fora da órbita talibã (ou pelo

menos da sua fação mais radical) e não

torne o país num novo porto de abrigo do

terrorismo islâmico.

Assim, quais são as consequências que estas

premissas poderão trazer para a OTAN?

Uma primeira consequência é que a OTAN

tornar-se-á menos global. É verdade que

nunca esteve na mente dos responsáveis da

Aliança fazer da Organização o ‘polícia do

mundo’, mas a OTAN irá progressivamente

focar-se em iniciativas regionais (quando os

interesses Ocidentais estiverem em jogo) em

detrimento das grandes operações globais,

como o Afeganistão. As ações no Oceano

Índico fazem já parte desta linha de

pensamento.

A segunda consequência é que a austeridade

financeira reduzirá o número de forças de

combate e impedirá a modernização de

muitos dos equipamentos militares atuais,

além de criar algumas discrepâncias

notáveis. Recorde-se que os Estados Unidos

gastaram nas sete semanas de operações na

Líbia o que gastam numa semana no

Afeganistão.

Outra consequência é que a Aliança tenderá

a correr menos riscos e a Síria é já um

exemplo disso. Daí a importância das

Parcerias pois, através de elas, pode-se

empreender o treino de forças locais, como

acontece em relação à União Africana.

Uma quarta consequência é que a OTAN,

mesmo apesar de estas limitações,

permanecerá como o ‘fornecedor de força

militar’ mais importante do mundo.

Outra consequência será a confiança

crescente da Aliança Atlântica nos

instrumentos e capacidades que melhor

pode controlar, e que têm sido a base da

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‘nova OTAN’ para melhor combater as novas

ameaças: a Defesa Antimíssil, a “Alliance

Ground Surveillance/AGS”, o Policiamento

Aéreo dos Bálticos, a Nova Estrutura de

Comandos e a Defesa Cibernética.

Parcerias

A maior parte das Parcerias da OTAN foi

criada ainda nos anos noventa, mas elas

começaram a ganhar maior proeminência já

neste século, principalmente na Cimeira de

Lisboa, quando foram vistas como um dos

novos três pilares da Aliança Atlântica (além

de Defesa Coletiva e da Gestão de Crises).

Quando a OTAN deu início à formação das

Parcerias, muitos questionaram-se sobre a

sua necessidade e importância. Mas foi

graças justamente a essas iniciativas que os

Estados Unidos, a seguir ao 11 de setembro,

tiveram acesso à logística militar desses

países (como o Uzbequistão e outros países

da Ásia Central), o que veio a favorecer as

operações militares dos Estados Unidos e da

ISAF no Afeganistão.

Certamente que as diferentes parcerias não

têm o mesmo valor para todos os 28 Aliados.

O Diálogo do Mediterrâneo, por exemplo,

assume maior relevância junto de países

como Portugal, Espanha, Itália e França, do

que para muitos Aliados do norte e centro da

Europa. Estes são mais sensíveis às Parcerias

com a Federação Russa, Ucrânia e Geórgia.

De início, as relações da OTAN com os

Parceiros fizeram-se com base na partilha de

valores comuns, como os ideais

democráticas e o primado do Direito.

Todavia, na era atual, estas premissas já não

são tomadas tão em conta, importando mais

para a OTAN o papel que os Parceiros podem

desempenhar nas suas Operações Militares

(tenha-se em conta que 10% das tropas da

ISAF pertencem aos Parceiros).

O princípio da diferenciação dos Parceiros,

em que cada um destes tem um papel

distinto e não é obrigatório que representem

o mesmo valor para a Aliança, começou a

ser adotada na Cimeira de Riga em 2006 e

foi confirmado nas Cimeiras posteriores. Daí

que não se possa equiparar a importância

(como Parceiro) do Paquistão, um país em

que o seu Exército e os seus serviços de

Informação (o célebre ISI) são acusados de

estarem infiltrados por simpatizantes dos

Talibans e da Al-Qaeda, com outros

Parceiros como a Austrália ou o Japão.

No seguimento do preconizado no novo

Conceito Estratégico, prevê-se que a Aliança

fortaleça as suas Parcerias e estabeleça

ligações mais profundas com outras zonas do

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globo. Uma delas é com países do hemisfério

sul, tendo Portugal estado na vanguarda

deste movimento quando, em tempos,

preconizou um relacionamento especial da

OTAN com o Brasil (embora os brasileiros

não tenham retribuído esse rol de

intenções), enquanto são conhecidas os

desejos espanhóis em aproximarem a OTAN

de alguns países da América do Sul, como a

Colômbia. Ainda em relação ao hemisfério

sul, alguns Aliados têm defendido uma

aproximação com a grande potência da

África Austral, a África do Sul, constituindo

a recente visita do Presidente Zuma a

Bruxelas um sinal dessa aproximação; tenha-

se em conta que a situação nalgumas zonas

africanas (como no Congo e no Mali) tem

dado sinais de crescente instabilidade, e

Pretória ocupou recentemente a presidência

da União Africana.

Em suma, num mundo crescentemente mais

global, as Parcerias tornaram-se um

instrumento fundamental para a “nova

OTAN”. O Novo Conceito Estratégico basear-

se-á na Defesa Coletiva (onde se nota a

crescente importância do artigo IV, que fala

de consultas entre os Membros), na Gestão

de Crises e na Cooperação através de

Parcerias, trilogia fundamental para o

sucesso das Operações militares da OTAN.

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Planeamento Estratégico de Defesa CONSULTAS BILATERAIS COM A OTAN - NDPP

No âmbito da terceira fase do corrente ciclo

do processo de planeamento de defesa

aliado (NDPP), realizaram-se nos passados

dias 13 e 14 de novembro as consultas

bilaterais com as equipas da OTAN

pertencentes ao Defence Planning Staff

Team (DPST).

A edificação de capacidades na aliança é da

responsabilidade dos estados membros pelo

que o planeamento de defesa aliado é uma

preocupação permanente, não apenas no

sentido dos planos nacionais se conjugarem

com as necessidades coletivas, e assim se

superarem as capacidades deficitárias

identificadas na prossecução do nível de

ambição da OTAN, mas também na garantia

da efetiva disponibilidade desses meios,

numa busca de aperfeiçoar e facilitar a

articulação entre este planeamento e o

planeamento operacional.

Tendo presente a necessidade de uma

distribuição equitativa destas necessidades

entre os aliados (targets), as reuniões em

epígrafe deram continuidade ao trabalho

anteriormente desenvolvido no âmbito do

NDPP entre Portugal e a OTAN, realizado em

diversos workshops, tendo em vista a

aceitação das propostas de targets e force

tables1 nacionais. Nestas

consultas, as atividades

foram, conforme é usual,

divididas em grupos de

trabalho afetos às áreas de operações

navais, terrestres, aéreas, operações

especiais e conjuntas. O EMGFA, através da

Divisão de Planeamento Estratégico Militar

(DIPLAEM), foi a entidade coordenadora do

processo, tendo ainda participado os ramos

e a DGPDN, os quais, através dos seus

representantes, compuseram a Delegação

Nacional.

No dia 13 de novembro, e dando inicio aos

trabalhos, o chefe da delegação nacional,

Contra-almirante Almeida de Carvalho do

EMGFA/DIPLAEM, proferiu uma sucinta

introdução enunciando as contingências que

atualmente afetam a aceitação de alguns

dos targets propostos pela OTAN a Portugal,

não deixando de sublinhar, no entanto, o

forte empenhamento nacional no

planeamento de defesa aliado.

Seguidamente, e após uma breve

intervenção dada pelo chefe da delegação

da OTAN, BGen Richard Laurent, foi

efetuada pelo Cor Van Unnen uma exposição

relativa aos objetivos do NDPP, aos

trabalhos já efetuados, aos princípios Fair

1 Objetivos de edificação ou manutenção de capacidades a curto prazo (6 anos).

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Burden Sharing2 e Reasonable Chalenge3

adotados na distribuição dos targets às

nações.

Os trabalhos decorreram com uma grande

frontalidade e transparência, tendo sido

visitados e analisados todos os targets e

force tables que estavam à data por aceitar.

Através de uma postura de franca

colaboração e da clarificação de algumas

dúvidas existentes, que habilitaram à

revisão das posições nacionais, considera-se

que os objetivos propostos foram

alcançados.

Findo este passo de consultas bilaterais,

seguem-se as reuniões multilaterais ao nível

político com os restantes aliados, numa

lógica em que um target não aceite por um

país terá de ser assumido por outro. As

reuniões multilaterais serão realizadas no

primeiro quadrimestre de 2013, cabendo à

2 Princípio que preconiza o não fornecimento de qualquer capacidade num montante superior a 50% apenas por uma nação. Indicia a justeza na divisão do encargo por todas as nações aliadas. 3 A atribuição dos targets pela Aliança é efetuada considerando o PIB e os números da população de cada nação, assim como a capacidade dessa mesma nação poder atingir os seus objetivos de um modo considerado razoável perante aqueles valores.

DGPDN a coordenação desta fase. O

processo culminará com a aprovação

ministerial dos targets e force tables que se

dará em junho de 2013.

Paralelamente às reuniões bilaterais

realizaram-se encontros com o Diretor de

Política do Staff Internacional da OTAN,

onde foram abordados os planos e as

políticas de defesa nacionais no

enquadramento da atual conjuntura.

Houve um sentimento generalizado de toda

a Delegação Nacional de que as consultas

foram pautadas pelo sucesso, na medida em

que os interesses nacionais foram

devidamente defendidos, para os quais

contribuiu o empenho de todas as entidades

participantes.

Page 14: Newsletter dgpdn   novembro 2012

14

Relações Internacionais

ARGÉLIA

Indo ao encontro do preconizado no Acordo

de Cooperação no domínio da Defesa entre a

República Portuguesa e a República

Democrática e Popular da Argélia assinado

em 2005, teve lugar, entre os dias 25 e 27

de novembro, em Argel, a 7ª Reunião da

Comissão Mista Luso-Argelina. A delegação

portuguesa foi chefiada pelo Diretor-Geral

de Política de Defesa Nacional, o Dr. Nuno

Pinheiro Torres, que para esta reunião se fez

acompanhar da colaboradora responsável

pela cooperação bilateral com a Argélia, a

Dr.ª Elisabete Gomes, e por um membro do

Conselho de Administração da EMPORDEF, o

MGen Moura Marques, bem como pelo adido

de defesa na Argélia, o Coronel Paula

Santos.

Dos assuntos debatidos aquando da reunião

destaca-se o balanço das atividades de

cooperação bilateral de Defesa ocorridas em

2012, sendo de relevar que o plano de

atividades negociado para o corrente ano

apresentou uma taxa de realização que

ultrapassa os 80%. De referir ainda que para

o ano de 2013, em matéria de cooperação,

esta focar-se-á nos mesmos domínios como

os que até agora têm sido objeto de

cooperação: ensino e formação militar,

troca de experiências no âmbito operacional

com os três Ramos das Forças Armadas e

indústrias de Defesa.

Entre os dias 25 e 28 de novembro,

deslocou-se à República Democrática e

Popular da Argélia um Oficial do Exército

Português a fim de participar num exercício

tático com fogos reais de nível Companhia

no seio de uma Unidade de Infantaria. A

unidade escolhida para a realização do

exercício foi a “École des Cadres de

l’Infanterie”, em Sidi Bel Abbès, a cerca de

448 quilómetros de Argel.

Page 15: Newsletter dgpdn   novembro 2012

15

CHILE

Portugal acolheu em 13 e 16 de novembro o

IV encontro político-estratégico de Defesa

entre Portugal e o Chile, chefiado pelo

Diretor-Geral de Política de Defesa Nacional,

Dr. Nuno Pinheiro Torres e pelo Embaixador

Luis Palma Castillo, Chefe da Divisão de

Relações Internacionais da Subsecretaria de

Defesa (SSD) do Ministério da Defesa do

Chile. Tendo como enquadramento o

Memorando de Entendimento (MoU) sobre

cooperação no âmbito da Defesa entre

Portugal e o Chile, de 27 de novembro de

2000, foi nesta ocasião efetuada a revisão

do Plano de Cooperação Bilateral de Defesa

Chile-Portugal 2012-2013 e negociada nova

proposta de Programa de Atividades para

2013-2014. A relevância deste encontro

consubstanciou-se, ainda, na análise

conjuntural dos processos de integração

regional, bem como na apresentação de

temas como o Acordo de Wassenaar e o

Missile Technology Control Regime, a Lei de

Programação Militar e Política Ambiental

portuguesas, Indústrias de Defesa e a Visão

do Chile sobre os problemas de Segurança e

Defesa na Bacia do Pacífico.

Além de programa social, foram ainda

proporcionadas à delegação chilena visitas

relevantes em áreas de mútuo interesse, a

saber, ao Instituto Geográfico do Exército

português e à Esquadrilha de Submarinos da

Marinha portuguesa.

Na mesma ocasião, entre 12 e 16 de

novembro, ao abrigo do Plano de Atividades

de Cooperação Bilateral de Defesa acordado

entre os dois países para 2012 decorreu em

Portugal a visita de delegação do Exército do

Chile para intercâmbio multidisciplinar com

o Exército Português, em Portugal. A

comitiva chilena, chefiada pelo Comandante

das Operações Terrestres, General de

División Ricardo Toro Tassara, incluiu ainda

quatro Oficiais Superiores. Foram múltiplas

as temáticas da presente atividade de

colaboração incidindo o Sistema de Gestão

Estratégica do Exército, Situação do Soldado

Profissional e Sistemas de Formação em

Portugal, bem como a Organização, Treino e

Page 16: Newsletter dgpdn   novembro 2012

16

Emprego da Brigada de Reação Rápida,

tendo para o efeito sido desenvolvidos

contactos, visitas e apresentações no

Estado-Maior do Exército, Comando de

Forças Terrestres, Brigada de Reação Rápida

(Tancos) e Comando da Instrução e Doutrina

(Évora).

COREIA

No dia 28 de novembro realizou-se no Salão

Nobre do Ministério da Economia e do

Emprego a 3.ª reunião da Comissão Mista

Económica entre Portugal e a Coreia do Sul,

presidida por Sexa. o Secretário de Estado

do Empreendedorismo, Competitividade e

Inovação, Dr. Carlos Nuno Oliveira, incluindo

na delegação portuguesa a representante

desta Direção-Geral, Dra. Cláudia Bicho.

Integrado como ponto de agenda, foram

nesta oportunidade veiculadas pelo chefe da

delegação portuguesa as consultas conjuntas

no âmbito da proposta de programa

subordinado a um “International Military

Flight Training Center Consortium”.

EUA

Realizou-se em 29 de novembro, no

Ministério da Defesa Nacional, a Reunião

Preparatória da 42.ª Comissão Técnica

Portugal-EUA, tendo em vista coordenar a

posição portuguesa em três projetos

submetidos pela parte norte-americana, no

âmbito das infraestruturas localizadas na

Base Aérea N.º 4, Lajes. No dia seguinte

teve lugar, no mesmo local, a 42.ª Reunião

da Comissão Técnica com a delegação norte-

americana chefiada pelo capitão-de-fragata

Terrence Dudley. A Direção-Geral de Política

de Defesa Nacional esteve representada nas

duas sessões de trabalho, conduzidas pela

Coordenadora da Comissão Técnica da

Direção-Geral de Armamento e

Infraestruturas de Defesa do MDN.

Page 17: Newsletter dgpdn   novembro 2012

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ESPANHA

O Ministro da Defesa Nacional José Pedro

Aguiar-Branco e o Ministro da Defesa

espanhol Pedro Morenés estiveram reunidos

no passado dia 20 de novembro em Madrid,

“tendo concordado em desenvolver uma

cooperação bilateral reforçada que

contribua para melhorar a segurança e

defesa regionais, no seio da OTAN e da

União Europeia, bem como da Iniciativa 5+5

Defesa, de que Portugal e Espanha fazem

parte”.

Na Declaração de Intenções Conjunta4,

assinada por ambos os ministros, foi ainda

acordado estudar a revisão do atual

Protocolo de Cooperação, assinado entre os

dois ministérios em 1998, e, se necessário

atualizá-lo “por forma a adaptá-lo aos

desafios e objetivos que se pretendem

alcançar com uma cooperação luso-

4 A Declaração de Intenções pode ser consultada em

http://www.portugal.gov.pt/pt/os-ministerios/ministerio-da-defesa-

nacional/mantenha-se-atualizado/20121120-mdn-reuniao-es.aspx

espanhola reforçada, tendo em conta o novo

cenário político-estratégico de segurança e

defesa, desenvolvendo novos projetos de

cooperação”.

Os dois ministros decidiram também

“estabelecer consultas sobre os processos de

planeamento de capacidades de cada país, a

fim de explorar as oportunidades de

desenvolvimento conjunto das capacidades

militares de interesse comum,

nomeadamente no âmbito das iniciativas

Smart Defence e Pooling & Sharing”.

No quadro da participação em operações no

âmbito da OTAN da UE ou das Nações Unidas

foi acordado o estabelecimento de

“consultas sobre o planeamento de emprego

de forças”, e a “elaboração de planos

conjuntos e combinados de emprego de

forças em situações de interesse comum,

designadas como operações NEO, e missões

de auxílio em situações de catástrofes

naturais ou de emergência humanitária”.

mde.es

mde.es

Page 18: Newsletter dgpdn   novembro 2012

18

Portugal e Espanha pretendem “fomentar e

agilizar” os contactos periódicos e regulares

entre os Estados-Maiores Conjuntos, “com o

objetivo de coordenar apoios e posições,

conjugar esforços de forma sinérgica em

áreas de interesse comum, e impulsionar as

atividades de cooperação bilateral” e entre

as Direções-Gerais de Política de Defesa,

para “trocar pontos de vista, coordenar

apoios, conjugar esforços» e «facilitar e

impulsionar as atividades de cooperação no

seio das organizações europeias e

transatlânticas”.

No quadro da Segurança Marítima e

Indústrias de Defesa os dois países vão ainda

“estudar e desenvolver formas de

cooperação que reflitam o compromisso

mútuo com a segurança e proteção das vias

de comunicação marítimas”, bem como

procurar cooperar “no âmbito das indústrias

de armamento e tecnologias de defesa”.

Neste âmbito, as “áreas prioritárias” são a

aeronáutica, naval, comunicações,

tecnologias de informação e

desmilitarização.

MARROCOS

Inserida no Plano de Atividades de

Cooperação Bilateral no âmbito da Defesa,

deslocaram-se à Academia Militar, entre os

dias 6 e 9 de novembro, dois militares das

Forças Armadas do Reino de Marrocos. Esta

visita visou essencialmente a tomada de

conhecimento do sistema de ensino na

Academia Militar, bem como das principais

alterações introduzidas pelo Processo de

Bolonha.

Durante a sua permanência em território

português, esta delegação marroquina teve

oportunidade de visitar as instalações da

mde.es

Page 19: Newsletter dgpdn   novembro 2012

19

Academia Militar e ainda de assistir à Sessão

Solene de Abertura do novo ano letivo,

cerimónia que teve lugar no Grande

Auditório do Aquartelamento da Academia

Militar na Amadora e que foi presidida por

Sua Excelência o Primeiro-Ministro.

No período compreendido entre os dias 26 e

30 de novembro, deslocaram-se a Marrocos

dois militares do Comando Aéreo da Força

Aérea Portuguesa, tendo em vista a

participação, na qualidade de observadores,

no exercício de Busca e Salvamento

“Tamaris 2012”, que ocorreu ao largo de

Casablanca. Na manhã do dia 27 assistiram

ao briefing geral do exercício no Centre

d’Entraînement Naval/MR, tendo o exercício

propriamente dito acontecido na manhã do

dia 28 de novembro. Durante a tarde desse

mesmo dia desenrolou-se uma reunião de

coordenação SAR (Search & Rescue) entre as

autoridades marroquinas e a delegação

portuguesa.

TUNÍSIA

Entre os dias 20 e 24 de novembro deslocou-

se à Tunísia um militar da Esquadra 201 –

Falcões, da Força Aérea Portuguesa para

troca de experiências no âmbito da operação

de aviões de caça. A atividade teve lugar na

Base Aérea de Gabès, a cerca de 406

quilómetros da capital tunisina. Durante a

sua estada no país, este Oficial Superior teve

a ocasião de se inteirar das missões da

15ème Unité Aérienne e da 33ème Unité

Aérienne. Assistiu ainda a um briefing para

uma missão de tiro ar-solo, que viria a

decorrer no dia seguinte.

Note-se que a 15ème Unité Aérienne da Base

Aérea de Gabès opera os sistemas de armas

Northrop F-5E/F Tiger e que os Falcões da

Base Aérea Nº 5, Monte Real, operam o

Lockheed Martin F-16 AM, partilhando

contudo uma missão muito idêntica:

executar operações de defesa aérea e de

ataque convencional.

Page 20: Newsletter dgpdn   novembro 2012

20

Nos dias 13 e 14 de novembro o Diretor-

Geral de Política de Defesa Nacional, Dr.

Nuno Pinheiro Torres, participou no G8++

Africa Clearing House, no Departamento de

Estado dos EUA, subordinado às temáticas da

segurança marítima no Golfo da Guiné e

Operações de Paz em África. Da agenda do

encontro, no primeiro dia, constaram

intervenções da União Africana (UA), da

Economic Community of West African States

(ECOWAS), e da Economic Community of

Central African States (ECCAS). No segundo

dia, o tema em destaque foi a capacidade

africana para o peacebuilding, com a UA a

dar a sua visão e análise do que tem falhado

a este nível. De referir ainda que o Dr.

Pinheiro Torres manteve igualmente, em 13

de novembro, um encontro no Departamento

de Defesa dos EUA, com o Subsecretário

Adjunto da Defesa para os Assuntos da

Europa e OTAN (DASD), James Townsend.

INICIATIVA 5+5 DEFESA

Reunião do Comité Diretor da Iniciativa 5+5

Defesa

Decorreu em Rabat, de 19 a 22 de novembro

de 2012, a 15ª reunião do Comité Diretor da

Iniciativa 5+5 Defesa. Este encontro teve

como objetivo passar em revista os últimos

desenvolvimentos nas diferentes áreas

sectoriais e confirmar o Plano de Ação para

2013. Para além disso, foi importante

acompanhar projetos em curso no seio da

Iniciativa, bem como a sua evolução, sendo

importante manter um papel interventivo e

ativo no desenvolvimento dos mesmos.

Na aludida reunião estiveram representados

todos os países da Iniciativa, sendo que pelo

nosso país estiveram presentes o Coronel Rui

Clero, Diretor de Serviços de Relações

Internacionais e o Major Vitor Sanches, POC

da Iniciativa 5+5 Defesa da DGPDN e do

EMCOC/EMGFA o CMG Silva Ramos.

Esta reunião visou dar continuidade ao

trabalho já desenvolvido no âmbito da

Iniciativa em assunto e preparar a reunião

Ministerial que irá ter lugar em Rabat a 10

de dezembro.

Portugal apresentou a versão final do

logótipo da Iniciativa 5+5 Defesa, sendo

feita uma breve descrição do mesmo. Está a

ser elaborado o Manual de Utilização do

Logótipo 5+5, em inglês, francês e árabe,

que será entregue a todos os Estados-

Membros na próxima

reunião do Comité

Diretor, que decorrerá

em março de 2013 em

Portugal.

O representante de

Malta fez o anúncio

oficial da associação de Portugal ao projeto

de criação do website da Iniciativa 5+5

Page 21: Newsletter dgpdn   novembro 2012

21

Defesa, tendo feito uma breve apresentação

de um esboço inicial do mesmo,

previamente preparado pelos dois países

líderes deste projeto. Malta e Portugal

comprometeram-se a implementar o website

5+5 durante o ano de 2013.

Todas as delegações reconheceram o atual

dinamismo da Iniciativa 5+5 Defesa, patente

nos últimos desenvolvimentos dos diferentes

projetos, cursos, seminários e exercícios.

Marrocos demonstrou uma vez mais grande

empenho e dedicação, revelando uma

excelente capacidade na organização do

evento, mostrando assim o seu potencial

interesse em continuar a dinamizar e dar

relevância às atividades que organiza no seio

da Iniciativa 5+5 Defesa, ano em que

Portugal assume a presidência.

ONU

Reunião Organization for the

Prohibition of Chemical Weapons (OPCW),

Haia, 26-30 de novembro.

A DGPDN é a entidade responsável por

acompanhar, em estreita cooperação com

MNE, as ações desencadeadas pela OPCW,

organização que implementa as disposições

da Chemical Weapons Convention (CWC),

com o objetivo de assegurar um regime

credível e transparente na verificação da

destruição de armas químicas e incentivando

a cooperação internacional na utilização

pacífica da química. As 188 nações

signatárias têm como principal desiderato

obter uma adesão universal à OPCW. A

cooperação entre as Nações Unidas e a

Organização para a Proibição de Armas

Químicas é regulada pelo contrato de

relação entre ambas as Organizações,

adotado pela Assembleia Geral das Nações

Unidas, em setembro de 2001. O progresso

havido, desde 2008, na destruição de armas

químicas, significou uma redução das

atividades em quadro de artigo IV e V e,

consequente, uma adaptação dos recursos

humanos da Organização. No plano da

execução técnica, há que registar progressos

que apontam para um valor total da

categoria 2 de armas químicas destruídas

até à data de 919,931 milhões de toneladas,

ou 52,09%, do montante total declarado.

Acresce, em matéria processual, a

relevância das Declarações anuais, tidas

como essenciais para um regime de

verificação eficaz. Após a decisão do

Conselho, na sua quinquagésima-primeira

sessão (27 de novembro de 2007),

o Secretariado tornou público os

relatórios nacionais, nos termos

do artigo VI da Convenção.

Page 22: Newsletter dgpdn   novembro 2012

22

OSCE

Ottawa acolheu entre 12 e 16 de novembro

o 42º Co-ordination Forum (CF) do Tratado

OPEN SKIES com a presença de Portugal

(presidência), Espanha, Itália, Bélgica,

Holanda, Canadá e França. A Grécia e o

Luxemburgo estiveram ausentes da reunião.

A participação nacional foi assegurada pelo

Dr. Henrique Castanheira da DGPDN/ MDN

(Chairman) e pelo Maj/Nav Paulo Manuel

Correia Rodrigues Alves da UNAVE/EMGFA. A

Presidência do POD-GROUP 2012 foi

acometida a Portugal, por um sistema

rotativo, acordado no MOU, assinado em

2006. O encontro foi marcado pela revisão

dos temas inerentes ao fim do atual

enquadramento e vigência do POD, previsto

para 31 dezembro de 2013. Tal circunstância

adveio da impossibilidade de encontrar, no

quadro das 9 nações do POD-GROUP, um

novo Base Country, após a decisão belga de

sair do POD GROUP, em 31 de dezembro de

2013 e consequentemente deixar de ser

“Base Country” e “Home Base” do

equipamento. O fim da vigência do POD deu

início a um conjunto de ações visando a

resignação dos Estados signatários do POD

GROUP e o encerramento de contas.

NATO Crisis Management Exercise 2012

Decorreu de 12 a 16 de novembro de 2012 o

NATO Crisis Management Exercise 2012

(CMX12). Para o efeito foi constituída uma

Célula de Resposta Nacional (CRN) com

representantes do Ministério da Defesa

Nacional (Direção-Geral de Política de

Defesa Nacional e Direção de Serviços de

Comunicação e Relações Públicas), do

Ministério dos Negócios Estrangeiros, do

Estado-Maior General das Forças Armadas,

do Sistema de Informações da República

Portuguesa, do Gabinete Coordenador de

Segurança, do Gabinete Nacional de

Segurança e da Autoridade Nacional de

Proteção Civil. A DGPDN desempenhou os

papéis de Direção do exercício, Coordenação

da CRN e Decisor Político.

O CMX destina-se a exercitar o nível de

consulta Estratégico Político / Militar da

Aliança e tomada de decisão coletiva quando

confrontados com potenciais ameaças às

suas populações, forças e interesses.

O CMX12 teve como cenário um ambiente de

ameaças assimétricas com a proliferação de

armas de destruição em massa, eventos

químicos, biológicos, radiológicos e

nucleares e uma crise decorrente de ataques

cibernéticos, no qual se aplicaram e

desenvolveram os conceitos e procedimentos

OTAN de gestão de crises.

Page 23: Newsletter dgpdn   novembro 2012

23

Ao longo desta semana o exercício permitiu:

- Consolidar a solidariedade entre os países

membros da OTAN e países parceiros;

- Exercitar a participação nacional nas

potenciais respostas da Aliança, numa

situação de crise;

- Familiarizar os participantes nacionais com

a operação da Célula de Resposta Nacional,

tendo em vista a execução das tarefas que

lhe estão cometidas, designadamente a

interação entre as diversas entidades,

órgãos, sistemas e subsistemas

intervenientes, desenvolvendo e

consolidando os procedimentos necessários

ao seu eficaz funcionamento;

- Testar e aperfeiçoar a constituição e

configuração da Célula de Resposta

Nacional, a articulação entre os diversos

serviços que nela estão representados e o

seu funcionamento.

UE

Conselho dos Negócios Estrangeiros da União

Europeia – Formato Defesa, Bruxelas, 19

novembro 2012

Teve lugar em Bruxelas, em 19 novembro

2012, o Conselho dos Negócios Estrangeiros

da União Europeia – Formato Defesa, com a

presença de S. Exª. o Ministro da Defesa

Nacional, Dr. José Pedro Aguiar-Branco, do

Gen. Manuel Chambel, da DGAIED, e do

Diretor-Geral de Política de Defesa Nacional,

Dr. Nuno Pinheiro Torres.

O Conselho foi precedido com uma reunião

do “Steering Board” da Agência Europeia de

Defesa, presidido pela Alta Representante,

cujos temas principais em discussão foram

“Pooling and Sharing” e as Sinergias com

Políticas mais alargadas da UE.

Durante a sessão formal, que contou com a

presença do SG NATO, foi feito um ponto da

situação das “Operações” e da “Task Force

Defesa”, contribuindo, para esta última,

uma apresentação feita pelo Comissário M.

Barnier.

Durante o almoço conjunto, o debate foi

conduzido no sentido de se obterem

orientações MNE’s e MDN’s sobre a forma

como o Conselho Europeu irá, no decurso de

2013, abordar o tema PCSD, assim como

sobre a futura missão da UE para o Mali.

Da parte da tarde, o Conselho debateu

outros assuntos específicos dos negócios

estrangeiros, sendo de destacar, entre

outros: África – incluindo adoção das

Conclusões Mali e debate República

Democrática de Congo; Vizinhança Sul –

Síria, Egipto e Líbia; Plano de Paz para o

Médio Oriente; Ucrânia.

Page 24: Newsletter dgpdn   novembro 2012

24

A 27 e 28 de novembro de 2012 realizou-se o

11º Congresso sobre Segurança e Defesa

Europeia, em Berlim. O tema da Conferência

deste ano foi sobre a temática "Europa e os

seus vizinhos – Uma responsabilidade comum

para um continente estável”. O Congresso

está organizado em fóruns (4), plenários e

vários painéis em que participam como

interlocutores (de várias nacionalidades) -

personalidades de destaque de várias áreas

como a indústria política e militar (Ministros,

Secretários de Estado, membros de vários

Parlamentos, Embaixadores, Generais,

Almirantes, representantes das Forças

Armadas internacionais, representantes de

organizações internacionais, delegados das

indústrias de defesa e especialistas em

segurança e defesa).

O Congresso é uma iniciativa do Behörden

Spiegel Publishing Group, tendo sido criado

em 2001, tem uma periodicidade anual.

DIVERSOS

Maritime Analysis and Operation Centre – Narcotics (MAOC-N)

O MAOC-N é um organismo internacional

(intergovernamental) de law enforcement

(com apoio militar) criado em Lisboa, a 30

de setembro de 2007, durante a Presidência

Portuguesa da União Europeia.

Sete Estados-membros de vocação oceânica

(Portugal, Reino Unido, Holanda, Espanha,

Irlanda, França e Itália) estabeleceram

então um Acordo, tendo como área principal

de atuação o Oceano Atlântico. O objetivo

principal do MAOC-N é o combate à

importação de cocaína da América do Sul

para a Europa, sobretudo por via marítima,

mas também por via aérea. Este “Centro”

tem a sua localização em Lisboa, onde estão

representados Oficiais de Ligação que

representam os serviços policiais,

aduaneiros, militares e autoridades

marítimas dos países participantes,

contando com apoio financeiro da União

Europeia. Ainda no âmbito do combate ao

tráfico de droga, este centro integra

também observadores internacionais de

organizações como o Observatório Europeu

da Droga e da Toxicodependência, a

Europol, a Joint Interagency Task Force -

South (JIATF - S), entre outros.

Page 25: Newsletter dgpdn   novembro 2012

25

Sessão de Esclarecimento para a Linguagem

Inclusiva na DGPDN

Teve lugar no passado dia 28 de novembro,

no Auditório do Ministério da Defesa

Nacional, uma sessão de

esclarecimento/sensibilização subordinada

ao tema “Linguagem Inclusiva”. Esta sessão

de esclarecimento/sensibilização insere-se

no âmbito das medidas preconizadas no IV

Plano Nacional para a Igualdade de Género,

bem como do Plano Setorial para a

Igualdade do Ministério da Defesa Nacional,

e teve como objetivo fornecer aos/às

colaboradores/as da DGPDN ferramentas

para melhorar a comunicação externa e

interna em matéria de linguagem de género.

Para o efeito, esta Direção-Geral contou

com a presença da Dr.ª Teresa Alvarez, da

Comissão para a Cidadania e Igualdade de

Género, na qualidade de palestrante.

Page 26: Newsletter dgpdn   novembro 2012

26

Cooperação Técnico-Militar Entrega do prémio Ministro da Defesa

Nacional ao Aspirante a Oficial Ernesto

Pedro Rungo.

Na ocasião da cerimónia de encerramento da

VIII Edição das Jornadas do Mar, que

decorreu em simultâneo com a abertura

solene do ano letivo 2012/2013 da Escola

Naval, foi entregue S. Exª o Ministro da

Defesa Nacional, Dr. José Pedro Aguiar-

Branco, o prémio “Ministro da Defesa

Nacional” ao Aspirante Ernesto Pedro Rungo

da República de Moçambique.

Este prémio destina-se aos alunos-bolseiros

da Cooperação Técnico-Militar, originários

dos países lusófonos que frequentam os

Estabelecimentos de Ensino Superior Militar

e visa galardoar aquele que obteve a melhor

cota de mérito.

A classificação final, o aprumo, a

responsabilidade, a lealdade, as fortes

convicções éticas e as qualidades militares

demonstradas pelo referido militar durante

os cinco anos que frequentou o curso na

Escola Naval, foram reconhecidas e,

consequentemente, merecedoras da entrega

pública da citada distinção.

A Cooperação Técnico-Militar com São Tomé

e Príncipe: Visita do Secretário de Estado

Adjunto e da Defesa Nacional

De forma a fazer o acompanhamento do

desenvolvimento do Programa Quadro o

Secretário Adjunto e da Defesa Nacional

(SEADN), Dr. Paulo Braga Lino, visitou a ilha

de São Tomé e Príncipe de 9 a 11 do passado

mês de outubro. Do programa da visita

constou ainda a participação nas cerimónias

de inauguração do edifício prisional e no

encerramento do primeiro curso de

promoção para ingresso para o quadro

permanente de Oficiais e Sargentos,

respetivamente no âmbito dos projetos 2 e

3.

Page 27: Newsletter dgpdn   novembro 2012

27

A cerimónia de inauguração do E.P. das

FASTP no passado dia 10 de outubro foi

presidida pelo Ministro da Defesa Nacional e

da Segurança Pública, Dr. Carlos Stock

contando com a presença do SEADN.

Ainda no mesmo dia, o SEADN participou na

cerimónia de entrega dos diplomas de

conclusão do primeiro Curso de Formação de

Oficiais e Curso de Formação de Sargentos,

respetivamente com 29 e 31 instruendos,

tendo oferecido os novos galões e insígnias a

todos os novos oficiais e sargentos, bem

como uma lembrança aos melhores alunos

de cada curso. Os Diretores Técnicos e

Assessores dos projetos 1, 2, 3 e 4 tiveram

ainda a oportunidade de descrever ao SEADN

qual o progresso de cada uma das respetivas

áreas de cooperação. A visita foi

acompanhada pela Chefe de Missão

Diplomática, Embaixadora Dra. Paula Silva,

bem como o staff da Chancelaria do

Gabinete do Adido de Defesa e incluiu ainda

a deslocação ao cemitério de S. João, em

São Tomé, para aí prestar homenagem aos

ex-Combatentes.

A Cooperação Técnico-Militar com São Tomé

e Príncipe

O Acordo Geral de Cooperação e Amizade,

assinado em 12 de Julho de 1975, e o Acordo

de Cooperação Científica e Técnica,

definiram as bases gerais da cooperação

entre Portugal a República Portuguesa e a

República Democrática de São Tomé e

Príncipe. Em dezembro de 1988 foi assinado

o Acordo de Cooperação Técnica no Domínio

Militar, que define as linhas gerais

orientadoras da Cooperação Técnico-Militar

a desenvolver entre os dois países,

decorrendo atualmente o Programa-Quadro

2011-2013, no qual estão inscritos seis

projetos.

-Projeto 1 – Estrutura Superior da Defesa e

das Forças Armadas - Projeto de muito

interesse pela proximidade à decisão

superior, donde se realça a intervenção na

elaboração do Quadro Legislativo das FASTP.

-Projeto 2 – Centro de Instrução Militar -

Este Projeto apoia a formação de oficiais e

sargentos do Quadro Permanente e praças.

Com o empenhamento de uma assessoria

portuguesa composta por 03 oficiais, foi

ministrado pela primeira vez em S. Tomé e

Príncipe um curso de oficiais e sargentos

Page 28: Newsletter dgpdn   novembro 2012

28

para os Quadros Permanentes das FASTP, os

quais no futuro poderão constituir uma

“bolsa de formadores”. Para além da

formação, este projeto apoia também o

treino de unidades para operações conjuntas

de interesse público, ajuda humanitária,

gestão de crises e apoio à paz.

-Projeto 3 – Pelotão de Engenharia Militar de

Construções - Projeto relevante, em

particular pelo impacto que tem na

formação de militares. De destacar ainda a

sua importância, após a passagem dos

militares à disponibilidade, no

desenvolvimento socioeconómico do país.

Este Projeto visa desenvolver e aplicar em

benefício das infra-estruturas militares as

capacidades de intervenção do Pelotão

Independente de Engenharia do Exército.

O “Edifício Prisional” das FASTP situado nos

terrenos do Centro de Instrução Militar,

construído de raiz entre agosto de 2011 e

agosto de 2012, é o maior expoente da ação

do projeto 3. Trata-se de um edifício

moderno e funcional com 408 m2, permite

albergar até 28 reclusos em 6 celas, tem

uma sala refeições, de lazer, de visitas, uma

zona de recreio e área de apoio para

segurança. Para o efeito, Portugal contribuiu

com aquisição de material, ficando a

aquisição do equipamento do edifício a

cargo das FASTP. Para a sua construção foi

destacado um efetivo de 15 militares do

Pelotão de Engenharia Militar das FASTP que

ali trabalharam na modalidade de “on job

training”.

-Projeto 4 – Guarda Costeira - Projeto

estruturante que visa desenvolver os aspetos

orgânicos, operacionais, logísticos e

administrativos da Guarda Costeira e da

Autoridade Marítima. Para além deste

objetivo, a Assessoria desenvolve atividades

de aconselhamento técnico nos domínios da

organização e operacionalidade da Capitania

dos Portos e do Sistema de Autoridade

Marítima. Também neste Projeto, o apoio

técnico em material e equipamento para a

manutenção da rede de assinalamento

marítimo da RDSTP, apoiando a sustentação

da rede de faróis e farolins já implementada

no país, se constitui como um valoroso

contributo para a segurança da navegação

nos espaços marítimos sob sua soberania ou

jurisdição.

-Projeto 5 – Comunicações Militares - Projeto

inscrito pela primeira vez no atual Programa

Quadro, constitui-se como uma mais-valia

para a organização e operacionalização da

quase inexistente rede de comunicações

militares das FASTP. Este Projeto

complementa-se, a nível de recursos

humanos, com os militares especializados

em Portugal no âmbito do Projeto 6.

-Projeto 6 – Formação em Portugal -

Formação nas Unidades, Estabelecimentos e

Órgãos de Ensino Militar (U/E/O) das Forças

Armadas, Instituto de Estudos Superiores

Militares (IESM) e Instituto da Defesa

Nacional (IDN), conforme Programa Anual de

Formação de Pessoal em Portugal.

Page 29: Newsletter dgpdn   novembro 2012

29

ANGOLA

PROJETO 6 – APOIO AO COMANDO E ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO

Formação em Liderança

• Escola de Formação de Condutores-

Namibe

No período de 17 a 22 de novembro de 2012,

no âmbito do Projeto 6 realizou-se, na

Escola de Formação de Condutores, sedeado

na Província do Namibe, um programa de

formação em liderança para os oficiais e

sargentos que integram o corpo de

instrutores e monitores daquela Escola de

Condução Auto, bem como, a oficiais das

Unidades da Força Aérea Nacional e da

Marinha de Guerra Angolana.

A Escola de Formação de Condutores Auto

tem a missão de formar praças destinadas às

Unidades /Estabelecimentos /Órgãos do

Exército e para a estrutura da Unidade da

Guarda Presidencial (UGP). Esta unidade

encontra-se na dependência hierárquica do

Comando do Exército e na dependência

técnica e funcional da Direção de Instrução,

do Estado-Maior do Exército.

O Comandante da Escola de Condução Auto -

Cor Paulo Vangui António - acompanhou e

participou nos trabalhos, reforçando assim a

importância do curso. A cerimónia de

encerramento foi presidida pelo Vice-

Governador do Namibe, para os Serviços

Técnicos e Infra-estruturas, Dr. António

Correia, que se referiu à “…importância da

formação em liderança pois, cada vez mais

as pessoas não querem ser geridas, querem

é ser lideradas”. A cerimónia contou com a

presença dos Órgãos de Comunicação Social

locais, nomeadamente a televisão e rádio

angolanos que projetaram a atividade a todo

o território nacional.

• Escola Inter-Armas de Sargentos- Lubango

No período de 25 a 30 de novembro de 2012,

no âmbito do Apoio ao Comando e Estado-

Maior do Exército realizou-se, na Escola

Inter-Armas de Sargentos (Ex-RI 22), sedeada

no Lubango, na Província da Huíla, um

seminário de formação em liderança para os

oficiais e sargentos que integram o corpo

Page 30: Newsletter dgpdn   novembro 2012

30

docente daquele estabelecimento de ensino

militar, extensivo a oficiais de polícia da

Unidade de Polícia do Lubango.

A Escola de Sargentos tem a missão a

formação dos sargentos destinadas às U/E/O

do Exército encontrando-se na dependência

hierárquica do Comando do Exército e na

dependência técnica e funcional da Direção

de Instrução, do Estado-Maior do Exército.

A cerimónia de encerramento foi presidida

pelo Chefe do Estado-Maior, da Região

Militar do Sul, Brigadeiro Domingos Filipe

Kicongo, referindo que “…a liderança é

fundamental no exercício da atividade

militar, em especial, na condução de

homens procurando levá-los de forma

voluntária ao cumprimento das tarefas,

metas e finalidades que o Líder tiver

traçado. De destacar ainda a presença, mais

uma vez, da Comunicação Social.

MOÇAMBIQUE

PROJETO 2 – MARINHA DE GUERRA DE MOÇAMBIQUE

Cerimónia comemorativa do 13º aniversário do batalhão de fuzileiros navais

Realizou-se em 29 de novembro de 2012, o

13º aniversário do Batalhão de Fuzileiros

Navais (BFN), unidade de cariz operacional

da Marinha de

Guerra de

Moçambique

(MGM) que,

fruto das

alterações

recentemente

introduzidas

pelo novo

Regulamento

Interno em aprovação integra a matriz

organizacional do Comando de Fuzileiros.

Presididas pelo CEM da MGM, Comodoro FZ

Rivas Mangrasse, em representação do

COMAR, as comemorações tiveram lugar no

Dgidgidgi, município da Katembe, recente

área de acantonamento do BFN.

Page 31: Newsletter dgpdn   novembro 2012

31

As comemorações consistiram numa

imposição de coroa de flores junto do

monumento ao Soldado Desconhecido, ao

que se seguiu uma singela, mas muito digna

cerimónia militar em parada, com o

patenteamento de oficiais e sargentos,

finalistas do 1º Curso de Atualização para

Sargentos Fuzileiros, imposição de boinas

aos finalistas do 2º Tirocínio para Sargentos,

terminando a cerimónia militar com os

tradicionais três desfiles em frente à

tribuna.

Na sua extensa alocução, o CMG FZ Segredo

fez uma alusão ao histórico da unidade

desde a sua criação, elogiando todos os

fuzileiros, em especial aqueles que

edificaram o BFN, não esquecendo a

presença da assessoria, realçando todo o

trabalho de cooperação que, desde 1994,

vem sendo realizado.

Por último, o Comodoro Rivas, na sua

alocução, referiu-se à importância ímpar dos

Fuzileiros, que se constituem hoje como

importantes defensores da pátria

moçambicana, incentivando-os a adaptarem-

se às novas exigências do mundo

globalizado, inferindo-se aqui uma

referência às ameaças de terrorismo

marítimo.

PROJETO 10 – INSTITUTO SUPERIORES DE ESTUDOS DE DEFESA

General Valença Pinto no ISEDEF

A 19 de novembro de 2012, decorreu em

Moçambique e no Instituto Superior de

Estudos de Defesa “Tenente-General

Armando Emílio Guebuza” (ISEDEF), um ciclo

de palestras proferidas pelo Exmo. Senhor

General Luis Vasco Valença Pinto.

A convite do ISEDEF e integradas na “semana

de conferências e palestras” constante nos

planos dos cursos em funcionamento, o

Senhor General Valença Pinto proferiu três

palestras cujos assuntos abordados tiveram

em atenção as características da audiência.

O dia começou com uma palestra dedicada

ao 1º Curso de Capacitação de Comandantes

de Batalhão e 2º Curso de Promoção a

Oficial Superior subordinada ao tema

“Cooperação Europa-África em tempo de

globalização” e foi moderada pelo Exmo

Major-General Daniel Frazão Chale,

Comandante do ISEDEF. Ainda no período da

manhã, teve lugar uma segunda palestra

destinada aos oficiais alunos do 6º Curso de

Adequação de Quadros, na qual o assunto

Page 32: Newsletter dgpdn   novembro 2012

32

abordado foi “As Forças Armadas na

sociedade: Relações Civis-Militares”. Esta

sessão foi moderada pelo Vice-Comandante

do ISEDEF para a área académica, Senhor

Brigadeiro Joaquim Marcus Manjate. Durante

a manhã houve lugar a uma visita à

Biblioteca e ao Edifício do Comando, infra-

estruturas recentemente entregues ao

ISEDEF, a que se seguiu um almoço com o

Comando do Instituto. Para o período da

tarde ficou reservada uma terceira palestra

levada a efeito por solicitação do Exmo

Senhor Chefe de Estado-Maior General da

Forças Armadas de Defesa de Moçambique

(CEMGFADM), General de Exército Paulino

José Macaringue. Esta palestra era

aguardada com elevada espectativa, pois

versava o tema “As Forças Armadas no

Mundo de Hoje: Fatores Internos e

Externos”. A audiência contou com presença

de toda a estrutura superior das FADM e

Corpo Docente do ISEDEF. A testemunhar o

empenho de todos, foi o próprio CEMGFADM

quem moderou a sessão.

Ainda que o dia tivesse passado rápido, os

destinatários de todas as conferências não

perderam tempo em questionar tão ilustre

palestrante. Entusiasmadas pela sempre

cativante forma de expressão e esclarecida

opinião sobre os assuntos versados, as

diversas audiências não pouparam o Senhor

General Valença Pinto ao esclarecimento das

suas dúvidas.

Militar distinto e com um vasto currículo, o

Senhor General Luís Vasco Valença Pinto foi

o primeiro convidado estrangeiro a proferir

uma palestra no ISEDEF.

Page 33: Newsletter dgpdn   novembro 2012

33

Encerramento do Ano Letivo no ISEDEF

A 26 de novembro de 2012, decorreu em

Moçambique no Instituto Superior de

Estudos de Defesa “Tenente-General

Armando Emílio Guebuza” (ISEDEF), o

encerramento do ano letivo 2012.

A cerimónia foi presidida por S. Exª o Vice-

Ministro da Defesa Nacional, Dr. Agostinho

Mondlane, o qual, na sua intervenção,

sublinhou a criação do ISEDEF face à

necessidade de formação dos oficiais

superiores e oficiais generais das Forças

Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).

Nas suas palavras, agradeceu ainda os

contributos prestados pelas Forças Armadas

Portuguesas no âmbito da Cooperação

Técnico-Militar.

A acompanhar S. Exª o Vice-MDN,

participaram na mesa da presidência S. Exª

o Senhor Chefe de Estado-Maior General das

Forças Armadas de Defesa de Moçambique

(CEMGFADM), General de Exército Paulino

José Macaringue, o Comandante do ISEDEF,

Major-General Daniel Frazão Chale, o

Inspetor das FADM, Major-General Graça

Tomás Chongo e o Presidente do Município

da Matola, Sr. Arão Nhancale. De destacar

ainda a presença de toda a estrutura

superior das FADM, adidos militares do

Brasil, Botswana, Portugal, Tanzânia,

Zâmbia e Zimbabué e Diretores Técnicos

dos projetos da Cooperação Técnico-Militar

sedeados em Maputo, para além de

representantes das estruturas locais e

líderes comunitários. Na sua intervenção S.

Exª o Vice-Ministro da Defesa Nacional, o

MGen Frazão Chale, referiu que 2012 foi um

ano de inúmeros desafios e dificuldades e

que para 2013 o ISEDEF iria procurar

satisfazer as necessidades para a realização

do 1º Curso de Estado-Maior Conjunto e o 1º

Curso de Defesa Nacional e agradeceu aos

que acreditam e apoiam o ISEDEF com o seu

saber e dedicação. No seguimento da sua

intervenção agradeceu ainda ao Instituto de

Estudos Superiores Militares de Portugal o

esforço na garantia de uma equipa de

assessoria permanente e no envio das

equipas de assessoria temporária para

ministrar conteúdos, para os quais

reconhecem ainda não ter a experiência

necessária para garantir a qualidade

esperada. Na intervenção de S. Exª o

CEMGFADM, visivelmente satisfeito, o

Senhor GenEx Paulino Macaringue

agradeceu todo o trabalho desenvolvido

para a criação do ISEDEF e assumiu o risco

de ter “empurrado”, a então Comissão

Instaladora do ISEDEF, para a realização de

cursos com o propósito de mostrar a mais

valia que representa para as FADM a

existência de uma escola de formação de

oficiais superiores. Na sua intervenção

confirmou a sua intenção de realizar o 1º

Curso de Estado-Maior Conjunto e o 1º

Curso de Defesa Nacional no ano de 2013.

Terminaram os seus cursos um total 186

oficias sendo 47 do 2º Curso de Promoção a

Oficial Superior (2º CPOS), 29 do 1º Curso

Page 34: Newsletter dgpdn   novembro 2012

34

de Capacitação de Comandantes de

Batalhão (1º CCapCmdtBat), 44 do 6º Curso

de Adequação de Quadros (6º CAQ) e 66 do

1º Curso de Promoção a Capitão (1º CPC).

Durante a cerimónia foi distribuído o

tradicional diploma aos oficiais que

terminaram o seu curso. Os primeiros três

classificados de cada curso viram o esforço

do seu trabalho ser reconhecido com a

entrega de algumas ofertas. Para surpresa

de alguns, os finalistas do 2º CPOS e do 1º

CPC foram promovidos ao posto de Major e

Capitão, respetivamente.

A assessoria portuguesa do Projeto 10

revelou-se fundamental para o sucesso dos

cursos quer pelo contributo prestado pelos

dois Assessores Permanentes no apoio à

preparação e acompanhamento da

realização dos 2º CPOS, 6º CAQ e 1º

CCapCmdtBat, quer pelo contributo dos

quatro Assessores Temporários que Portugal

afetou ao Projeto 10 para condução das

Unidade Curriculares relativas ao Processo

de Decisão Militar e ao Planeamento de

Operações.

O ISEDEF está de parabéns por, neste seu

primeiro ano de vida efetiva, ter procurado

pautar a realização das suas atividades com

critérios de excelência.

Page 35: Newsletter dgpdn   novembro 2012

25

AGENDA

DEZEMBRO Visita a Portugal do Vice-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da China,

General Hou Shusen (5 dez)

Intercâmbio entre o Instituto Hidrográfico e o Serviço Hidrográfico do Chile, Valparaíso (4-7

dez)

Estágio em ambiente desértico numa unidade de infantaria de Marrocos para um Oficial de

Operações Especiais, Marraquexe (4-8 dez)

Reunião de Ministros da Defesa da Iniciativa 5+5 Defesa, Rabat, Marrocos, (10 dez)

Participação em Reunião Extraordinária da Comissão Bilateral Permanente PT-EUA (11 dez)

JANEIRO 2013 Reunião de Diretores de Política de Defesa da UE, Dublin, 24-25 jan13

XVII Reunião da Comissão Mista de Defesa Luso-Tunisina, Tunes (jan s.d.)

35

Page 36: Newsletter dgpdn   novembro 2012

36

H M H M H M H M

48 1 295 23 28 1 371 25

41 0 56 1 21 1 118 2

89 1 351 24 49 2 489 27Total por Sexo

90 375Total por Ramo das FAs 51 516

DADOS ESTATÍSTICOS REFERENTES A 30 DE NOVEMBRO DE 2012

396

DIREÇÃO-GERAL DE POLÍTICA DE DEFESA NACIONALMINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL

41 57 22 120

Forças Nacionais Destacadas

Cooperação Técnico-Militar

49 318 29

Marinha Exército FAP Total

1. Mapa de empenhamento

2. Evolução dos Efetivos

Marinha 17%

Exército 73%

FAP 10%

Empenhamento por Ramo das Forças Armadas Empenhamento por Sexo

95%

5%

H

M

689 688 744

662 589

736 707 704

477

0 100 200 300 400 500 600 700 800

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012

Efet

ivos

EVOLUÇÃO EFETIVOS FORÇAS DESTACADAS - MÉDIA ANUAL

Page 37: Newsletter dgpdn   novembro 2012

37

H M H M H M H M

1 1 0

1 1 0

1 1 2 0

1 0 2 0 1 0 4 0

H M H M H M H M

2 2 0

2 2 0

3 3 0

2 0 5 0 0 0 7 0

0 3 0 3

0 2

Somália ATALANTA 2 0 0 2

Total por Sexo

Total por Ramo das FAs 2 5 0 7

Somália EUTM

Afeganistão UNAMA 1

Kosovo UNMIK 0 1 0 1

Marinha Exército FAP

R.D. Congo EUSEC 0 2

1

4. Militares empenhados no quadro da União Europeia - UE.

2Total por Sexo

Total por Ramo das FAs 1

Marinha Exército FAP Total

2 1 4

Timor-Leste UNMIT 1 0

Total

0 0 1

3. Militares empenhados no quadro da Organização das Nações Unidas - ONU

Marinha 25%

Exército 50%

FAP 25%

100% 0%

H M

Empenhamento por Ramo das Forças Armadas Empenhamento por Sexo

Marinha 29%

Exército 71%

FAP 0%

100%

0%

H M

Empenhamento por Sexo Empenhamento por Ramo das Forças Armadas

Page 38: Newsletter dgpdn   novembro 2012

38

H M H M H M H M

36 56 3 22 1 114 4

8 78 3 5 91 3

44 0 134 6 27 1 205 7

1 1 154 17 155 18

45 1 288 23 27 1 360 25

H M H M H M TotalONU 1 0 2 0 1 0 4

OTAN 45 1 288 23 27 1 385U.E. 2 0 5 0 0 0 7Total 48 1 295 23 28 1 396

0

Afeganistão UnAp/ISAF 8 81 5 94

Exército FAP Total

173

Afeganistão ISAF 36 59

Marinha Exército FAP

Marinha

Total por Ramo das FAs 46 311 28

44 140 28 212Afeganistão

(Total)

5. Militares empenhados no quadro da Organização do Tratado do Atlântico Norte - OTAN

6. Distribuição dos Militares em Missão por Sexo

385

23 118

Kosovo KFOR

Total por Sexo

2 171

Marinha 12%

Exército 81%

FAP 7%

94%

6%

H

M

Empenhamento por Sexo

0

100

200

300

400

ONU OTAN UE

4

360

7 0 25 0

H

M

Empenhamento por Ramo das Forças Armadas

Page 39: Newsletter dgpdn   novembro 2012

39

H M H M H M H M

14 18 12 44 0

2 1 3 0

1 1 0

7 17 9 33 0

1 5 6 0

16 15 1 1 31 2

41 0 56 1 21 1 118 2

22 120Total por Ramo das FAs 41 57

Moçambique7 17 9 33

S. Tomé e Príncipe 1 5 0 6

Timor-Leste16 16 1 33

Total por Sexo

Cabo Verde

7.1. Militares Portugueses em Missão

0

18 12 44

1Guiné-Bissau

0 1

2 1 0 3

FAP Total

14

7. Cooperação Técnico-Militar

Marinha Exército

Angola

Marinha 34%

Exército 48% FAP

18% 37%

2%

1%

27%

5%

28% Angola

Cabo Verde

Guiné-Bissau

Moçambique

São Tomé

Timor-Leste

Assessores por Ramo das Forças Armadas Assessores por País

Page 40: Newsletter dgpdn   novembro 2012

40

O* T

22

19

4

1

13

9

2

0 70

5

12

7.2. Formação em Portugal

*Instituto de Estudos Superiores Militares (IESM) e Instituto da Defesa Nacional (IDN)

5

3

1

4

5

1

27

4

3

Angola

Cabo Verde

Guiné-Bissau

Guiné Equatorial

Moçambique

S. Tomé e Príncipe

Timor-Leste

Total por Ramo

Marinha Exército FAP

10

11

1

4

4

1

31

8

Marinha 44%

Exército 39%

FAP 17%

Outros 12%

0 5 10 15 20 25

Angola

Cabo Verde

Guiné-Bissau

Guiné Equatorial

Moçambique

S. Tomé e Príncipe

Timor-Leste

22

19

4

1

13

9

2

Formação em Portugal

Distribuição dos alunos por Ramo das Forças Armadas

Page 41: Newsletter dgpdn   novembro 2012

41

* Número de atividades desenvolvidas

Chile

22Argélia

Tunísia 1 1

EUA

Marrocos

3

1 1

3

2

11Espanha

11Coreia do Sul

Total 7 5 12

22

TotalAtividades no Estrangeiro*

Atividades em Portugal*

8. Relações Bilaterais de Defesa

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42

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26

Page 44: Newsletter dgpdn   novembro 2012

27

Direção-Geral de Política de Defesa Nacional

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TEL + 351213 038 633 FAX + 351 213 0 19 280 EMAIL [email protected] TAMBÉM DISPONÍVEL EM http://newsletterdgpdn.blogspot.pt/