nº 13.1 situaÇÃo epidemiolÓgica das arboviroses. …€¦ · no ano de 2016, observam-se até a...

3
No ano de 2016, observam-se até a semana epidemiológica (SE) 34 (31/08/2016), 54.517 casos suspeitos de Zika, 47.619 casos suspeitos de Chikungunya e 62.629 casos prováveis* de Dengue no estado da Bahia, representando uma incidência de 358,57 casos/100 mil hab., 313,20 casos/- 100 mil hab. e 411,9 casos/100 mil hab., respectivamente. *Os casos prováveis de dengue correspondem ao total de casos notificados excluindo os descartados após investigação epidemiológica. Ressalte-se que entre os 10 municípios com maior risco na população para dengue e chikungunya (Quadros 1 e 2), sete e cinco respectivamente, pertencem a região Sul. Contudo, grande parte da população baiana permanece suscetível aos três arbovírus. 31 DE AGOSTO DE 2016 Nº 13.1 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS ARBOVIROSES. BAHIA, 2016 - ERRATA CASO SUSPEITO DE DENGUE Indivíduo que viva ou tenha viajado nos últimos 14 dias para área onde esteja ocor- rendo transmissão de dengue ou tenha presença de Aedes aegypti e apresenta febre, usualmente entre 2 e 7 dias, e apresente duas ou mais das seguintes manifestações: náuseas, vômitos, exantema, mialgias, artralgia, cefaléia, dor retroorbital, petéquias ou prova do laço positiva e leuco- penia. CASO SUSPEITO DE FEBRE CHIKUNGUNYA Indivíduo com febre de início súbito maior que 38,5ºC e dor intensa nas articulações de início agudo, acompanhada ou não de edemas (inchaço), não explicado por outras condições, sendo residente ou tendo visitado áreas onde estejam ocorrendo casos suspeitos em até duas sema- nas antes do início dos sinto- mas ou que tenha vínculo com algum caso confirmado. CASO SUSPEITO DE ZIKA Indivíduo que apresente exan- tema morbiliforme/ maculopapular até o quarto dia dos primeiros sintomas, sem febre ou subfebril (<38,5C) com duração de 24-48h acompanhado de prurido. Associado a um ou mais dos sinais e sintomas que seguem: artralgia, edema articular (sem calor) e/ou hiperemia conjuntival. Fonte: GT Arboviroses/Divep; SINAN/DIS; Boletins FSA e R. Jacuípe *Dados em 31/08/2016, sujeitos a alterações Figura 2: Distribuição dos casos notificados das arboviroses por macrorregião. Bahia, 2016*. Figura 1: Coeficiente de incidência para DenV/ChikV/ZikaV por municípios. Bahia, 2016*. Fonte: GT Arboviroses/DIVEP; SINANNet-SINAN online/DIS; Boletins FSA e R. Jacuípe *Dados sujeitos a alterações **Coef. de incid. por 100.000hab. Os sorotipos predominantes nas epidemias recentes de dengue na Bahia, em 2009 (123.637 ca- sos notificados) e 2013 (83.453 casos notificados) foram o DENV2 e DENV4, respectivamente. Em 2016, os 62.629 casos de dengue notificados no SINAN representam um incremento de 16,3%, quando comparado ao mesmo período de 2015, com 53.842 casos (Figura 3). Em 86 (20,6 %) municípios a incidência acumula- da no ano de 2016 foi maior ou igual a 100 ca- sos /100 mil hab., simultaneamente para DenV/ ChikV/ZikV (Figura 01). No período compreendido entre as SE 31 e 34, os municípios de Santa Bárba- ra e São Gabriel apresentaram incidência maior que 100 casos /100 mil hab., simultaneamente para DenV/ChikV/ZikV, o que configura a ocorrên- cia de uma tríplice epidemia para essas arboviro- ses. Por outro lado, destaca-se que 15 (3,6%) mu- nicípios: Acajutiba, Araçás, Aramari, Biritinga, Canápolis, Cocos, Cotegipe, Elísio Medrado, Licí- nio de Almeida, Morpará, Muquém de São Fran- cisco, Nova Fátima, Ouriçangas, Pedrão e Sauba- ra, que não notificaram casos das três arboviro- ses, de janeiro a agosto de 2016. Página 1 47,39 60,31 70,47 78,84 84,15 86,73 92,83 97,00 97,99 0,00 20,00 40,00 60,00 80,00 100,00 120,00 0 10000 20000 30000 40000 50000 60000 70000 80000 90000 Chik Zika Dengue Frequência Relativa Acumulada

Upload: others

Post on 25-Oct-2020

0 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Nº 13.1 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS ARBOVIROSES. …€¦ · No ano de 2016, observam-se até a semana epidemiológica (SE) 34 (31/08/2016), 54.517 casos suspeitos de Zika, 47.619

No ano de 2016, observam-se até a semana epidemiológica (SE) 34 (31/08/2016), 54.517 casos suspeitos de Zika, 47.619 casos suspeitos de Chikungunya e 62.629 casos prováveis* de Dengue no estado da Bahia, representando uma incidência de 358,57 casos/100 mil hab., 313,20 casos/-100 mil hab. e 411,9 casos/100 mil hab., respectivamente. *Os casos prováveis de dengue correspondem ao total de casos notificados excluindo os descartados após investigação epidemiológica.

Ressalte-se que entre os 10 municípios com maior risco na população para dengue e chikungunya

(Quadros 1 e 2), sete e cinco respectivamente, pertencem a região Sul. Contudo, grande parte da população baiana permanece suscetível aos três arbovírus.

31 DE AGOSTO DE 2016 Nº 13.1

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS ARBOVIROSES. BAHIA, 2016 - ERRATA

CASO SUSPEITO DE DENGUE

Indivíduo que viva ou tenha

viajado nos últimos 14 dias

para área onde esteja ocor-

rendo transmissão de dengue

ou tenha presença de Aedes

aegypti e apresenta febre,

usualmente entre 2 e 7 dias,

e apresente duas ou mais das

seguintes manifestações:

náuseas, vômitos, exantema,

mialgias, artralgia, cefaléia,

dor retroorbital, petéquias ou

prova do laço positiva e leuco-

penia.

CASO SUSPEITO DE FEBRE

CHIKUNGUNYA

Indivíduo com febre de início

súbito maior que 38,5ºC e dor

intensa nas articulações de

início agudo, acompanhada

ou não de edemas (inchaço),

não explicado por outras

condições, sendo residente

ou tendo visitado áreas onde

estejam ocorrendo casos

suspeitos em até duas sema-

nas antes do início dos sinto-

mas ou que tenha vínculo

com algum caso confirmado.

CASO SUSPEITO DE ZIKA

Indivíduo que apresente exan-

t e m a m o r b i l i f o r m e /

maculopapular até o quarto

dia dos primeiros sintomas,

sem febre ou subfebril

(<38,5C) – com duração de

24-48h acompanhado de

prurido. Associado a um ou

mais dos sinais e sintomas

que seguem: artralgia, edema

articular (sem calor) e/ou

hiperemia conjuntival.

Fonte: GT Arboviroses/Divep; SINAN/DIS; Boletins FSA e R. Jacuípe *Dados em 31/08/2016, sujeitos a alterações

Figura 2: Distribuição dos casos notificados das arboviroses por macrorregião. Bahia, 2016*.

Figura 1: Coeficiente de incidência para DenV/ChikV/ZikaV por municípios. Bahia, 2016*.

Fonte: GT Arboviroses/DIVEP; SINANNet-SINAN online/DIS; Boletins FSA e R. Jacuípe

*Dados sujeitos a alterações **Coef. de incid. por 100.000hab.

Os sorotipos predominantes nas epidemias recentes de dengue na Bahia, em 2009 (123.637 ca-sos notificados) e 2013 (83.453 casos notificados) foram o DENV2 e DENV4, respectivamente. Em 2016, os 62.629 casos de dengue notificados no SINAN representam um incremento de 16,3%, quando comparado ao mesmo período de 2015, com 53.842 casos (Figura 3).

Em 86 (20,6 %) municípios a incidência acumula-da no ano de 2016 foi maior ou igual a 100 ca-sos /100 mil hab., simultaneamente para DenV/ChikV/ZikV (Figura 01). No período compreendido entre as SE 31 e 34, os municípios de Santa Bárba-ra e São Gabriel apresentaram incidência maior que 100 casos /100 mil hab., simultaneamente para DenV/ChikV/ZikV, o que configura a ocorrên-cia de uma tríplice epidemia para essas arboviro-ses. Por outro lado, destaca-se que 15 (3,6%) mu-nicípios: Acajutiba, Araçás, Aramari, Biritinga, Canápolis, Cocos, Cotegipe, Elísio Medrado, Licí-nio de Almeida, Morpará, Muquém de São Fran-cisco, Nova Fátima, Ouriçangas, Pedrão e Sauba-ra, que não notificaram casos das três arboviro-ses, de janeiro a agosto de 2016.

Página 1

47,3960,31 70,47

78,8484,15 86,73

92,83 97,00 97,99

0,00

20,00

40,00

60,00

80,00

100,00

120,00

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

70000

80000

90000

Chik

Zika

Dengue

Frequência Relativa Acumulada

Page 2: Nº 13.1 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS ARBOVIROSES. …€¦ · No ano de 2016, observam-se até a semana epidemiológica (SE) 34 (31/08/2016), 54.517 casos suspeitos de Zika, 47.619

Página 2

Figura 3 - Série histórica de casos notificados e incidência de Dengue. Bahia, 1996 a 2016*

Fonte: GT Arboviroses/DIVEP; SINAN/DIS *Dados sujeitos a alterações, atualizados em 31/08/2016.

Do total de municípios da Bahia, 386 (92,6%) notificaram casos suspeitos de dengue, entre os quais se destacam dez municípios, 07 da região sul, por concentrarem 37,8% dos casos prováveis (Quadro 1). As faixas etárias mais atingidas são de 20 a 39 anos (35,7%). Do total de casos notificados, 57,6% são do sexo feminino. Após investigação dos casos notificados, 18.470 foram classificados como dengue, 05 casos de dengue com sinais de alarme e 04 de dengue grave. Foram descartados 10.489 casos e 42.821 permanecem em investigação. Até 31/08/2016, 05 óbitos sus-peitos de dengue permanecem em investigação e três foram confirmados nos muni-cípios de Ilhéus, Buerarema e Itabuna. Pela técnica sorológica de detecção de anti-corpos (ELISA-IgM) foram detectadas 1.962 amostras reagentes e em 15 foram de-tectados antígenos (NS1) para Dengue. Quanto à Febre Chikungunya, em 2016, 317 (76%) municípios notificaram casos sus-peitos, com tendência de aumento a partir da SE 03/2016 e redução progressiva a partir da semana 09/2016 (Figura 4). Destacam-se dez municípios com aproximada-mente 47% do total de casos (Quadro 2). O maior número de casos ocorreu na faixa etária de 30 a 49 anos (34%). Do total de casos, 63,7% são do sexo feminino. Pela técnica sorológica de detecção de anticorpos (ELISA-IgM) para CHIKV, foram identifi-cados 7.739 resultados positivos, já pela técnica RT-PCR, 863, distribuídos em 230 (55,2%) municípios. Foram notificados 04 óbitos, sendo 01 confirmado por sorologia e RT-PCR para ChikV em Itaberaba, 01 por sorologia em Salvador, 02 por sorologia em Ilhéus e 01 permanece em investigação, em Senhor do Bonfim.

Em relação à Zika, foram notificados casos suspeitos em 357 (85,6%) municípios, dentre os quais destacam-se dez municípios com 39,5% dos casos (Quadro 3). A situ-ação epidemiológica apresenta tendência crescente dos casos a partir da SE 03/2016 e pico máximo na semana 08/2016 (Figura 5). O maior número de casos ocorreu em indivíduos entre os 20 a 39 anos (36,7%). O sexo feminino corresponde a 65,2% dos casos. Por meio da Reação em Cadeia de Polimerase em Tempo Real (RT-PCR), o ZIKV foi detectado em 114 amostras distribuídas em 39 municípios da Bahia: Andaraí, Anguera, Barra do Mendes, Barreiras, Brumado, Camamu, Campo Formoso, Canavi-eiras, Cândido Sales, Feira de Santana, Governador Mangabeira, Guanambi, Ipirá, Itaeté, Itambé, Ituaçu, Jacobina, Jequié, Macaúbas, Matina, Nazaré, Nova Viçosa, Novo Horizonte, Presidente Tancredo Neves, Pindaí, Presidente Dutra, Remanso, Riachão do Jacuípe, Santa Bárbara, Santo Antônio de Jesus, São Desidério, Salvador, Serra do Ramalho, Teixeira de Freitas, Teolândia, Uauá, Uibaí, Várzea Nova e Vitória da Conquista.

Fonte: GT Arboviroses/Divep; SINAN/DIS; Boletins FSA e R. Jacuípe * Dados preliminares, sujeitos a alterações.

Figura 4: Coeficiente de incidência de casos notificados de Febre Chikungunya, por semana epidemioló-gica de início de sintomas. Bahia, 2015 - 2016*.

Quadro 2: Municípios com maior frequência de casos suspeitos de Chikungunya. Bahia, 2016*.

Quadro 1: Municípios com maior frequência de casos suspeitos e prováveis de Dengue. Bahia, 2016**.

Fonte: Gt Arboviroses/Divep; SINAN/DIS; *Casos prováveis de dengue = casos notificados menos os descartados após investigação epidemiológica

PROCURAR SERVIÇO DE SAÚDE EM CASO DE APRESENTAR UM DOS SINAIS DE A-

LARME ABAIXO: -dor abdominal intensa e contínua -vômitos persistentes -tontura -hemorragias importantes -palidez ou rubor facial -pulso rápido e fino -agitação ou letargia -desconforto respiratório -diminuição repentina da temperatura -redução do volume de urina -queda da tensão arterial -pele, mãos ou pés frios. -dormências em membros -câimbras -paralisia/paresia

Fonte: Gt Arboviroses/Divep; SINAN/DIS; *Casos prováveis de dengue = casos notificados me-nos os descartados após investigação epidemiológica **Dados sujeitos a alterações Incidência por 100.000 hab.

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS ARBOVIROSES. BAHIA, 2016.

Macro Município

Nº de

casos

suspeitos

de CHIKV

Incidência

de CHIKV

SUL Itaju do Colônia 510 6935,9

CENTRO-LESTE Itaberaba 4125 6220,8

NORTE Jaguarari 1969 5933,2

SUL Floresta Azul 646 5710,2

SUL Itabuna 12071 5494,8

CENTRO-LESTE Cansanção 1588 4506,9

SUL Almadina 197 3205,9

SUL Itapitanga 336 3111,1

NORTE Santa Brígida 429 2841,1

NORTE Filadélfia 495 2815,2

Macro Município

Nº de

casos

prováveis*

de

DENGUE

Incidência

de

DENGUE

SUL Itabuna 17393 7917,4

SUL Ibicaraí 1823 7586,7

SUL São José da Vitória 381 6227,5

SUL Pau Brasil 542 4970,2

SUL Buerarema 923 4786,6

NORTE Santa Brígida 570 3774,8

SUL Mascote 557 3744,0

NORTE Canudos 571 3324,2

SUDOESTE Itororó 699 3300,6

SUL Barro Preto 198 3049,9

R² = 0,4016

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

0

20000

40000

60000

80000

100000

120000

1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016

Casos Coeficiente de Incidência Polinômio (Coeficiente de Incidência )

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53

CI_Chik_2015 CI_Chik_2016

Page 3: Nº 13.1 SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS ARBOVIROSES. …€¦ · No ano de 2016, observam-se até a semana epidemiológica (SE) 34 (31/08/2016), 54.517 casos suspeitos de Zika, 47.619

Figura 5: Coeficiente de incidência dos casos notificados de DEI/Zika, por Semana Epide-

miológica de início de sintomas. Bahia, 2015 - 2016*.

O aumento observado de complicações neurológicas associadas às arboviroses, in-dica que a propagação dessas doenças é maior do que a verificada por meio da noti-ficação passiva dos casos. Em 2016, até a semana epidemiológica 27, foram notifica-dos 34 casos suspeitos de SGB, sendo 38,2% (n=13) confirmados, 35,3% (n=12) des-cartados e 26,5% (n=9) dos casos permanecem em investigação. No estado até a data de emissão do Informe epidemiológico da Síndrome de Guillain-Barré, nº 1 (29/07/2016). A partir de outubro, diante da notificação do aumento de casos de microcefalia, com relato prévio de doença exantemática em mulheres durante a gestação em outros estados do Nordeste, vem sendo implementadas diversas ações com vistas à análise e atenção a esses eventos. Em 12 de março de 2016, o Ministério da Saúde divulgou um novo Protocolo de Vigilância e Resposta a Ocorrência de Microcefalia e/ou Alterações do Sistema Nervoso Central. Baseado nessa orientação, o estado da Bahia notificou no período de 13/03/2016 a 27/08/2016, 134 casos de microcefalia em recém nascidos (RN) com 37 semanas ou mais, 18 casos em fetos e 36 casos em crianças maiores de 28 dias. Esse dado somado aqueles já classificados pelo critério anterior, totalizam 1.246 casos de microcefalia no estado até a data de emissão do Informe Epidemiológico de casos notificados de microcefalia, nº 35 (29/08/2016). Nesse mesmo períodos foram notificados 35 óbitos em crianças com microcefalia. Com intuito de controlar a disseminação das arboviroses no território, a SESAB recomenda:

Garantir equipe mínima de agentes comunitários de saúde e de combate às en-demias para execução das atividades de vigilância e controle do Aedes aegypti, conforme preconizado nas Diretrizes Nacionais para a Prevenção e Controle de Epidemias de Dengue (2009), notas técnicas estaduais e diretrizes nacionais;

Organizar campanhas de limpeza urbana para eliminação de depósitos em áreas específicas onde a coleta de lixo não é regular;

Implementar medidas de controle nos locais de reprodução do vetor, por meio da utilização dos métodos preconizados nas diretrizes nacionais: eliminação e tratamento de depósitos, envolvendo ativamente os moradores e a comunidade por intermédios de ações educativas;

Identificar áreas vulneráveis para transmissão e priorizar locais onde há concen-tração de pessoas (por exemplo: escolas, terminais, hospitais, centros de saúde) para tratamento e eliminação sistemáticos de focos e potenciais criadouros ;

Realizar bloqueio de casos com equipamentos portáteis de Ultra Baixo Volume (UBV) para eliminação dos mosquitos adultos (alados), com o intuito de inter-romper da transmissão e limitar a propagação dessas arboviroses;

Intensificar as ações de apoio técnico e supervisão regional ao trabalho de cam-po, tanto das visitas domiciliares e tratamento de depósitos de água e focos, co-mo das atividades de nebulização espacial para eliminação de vetores.

Ressalta-se que para garantir o êxito do controle vetorial das arboviroses, é funda-mental ampliar e diversificar a participação e a cooperação intersetorial em todos os níveis de governo, especialmente por meio de ações conjuntas dos órgãos de saúde, educação, meio ambiente, desenvolvimento social e turismo, entre outros.

Fonte: Gt Arboviroses/Divep; SINAN/DIS * Dados sujeitos a alterações Inc. por 100 mil hab.

Informações e Contatos

www.saude.ba.gov.br/gtdengue

[email protected]

[email protected]

(71) 3116– 0047/0029 (GT ARBOVIROSES)

(71) 9994-1088 (CIEVS/BA)

OUVIDORIA: 08002840011

Página 3

ATENÇÃO Informar de imediato às Vigilâncias Epide-

miológicas Municipais e Estadual, os casos

que evoluam com manifestações neurológi-

cas, inclusive, Síndrome de Guillain-Barré e

coletar exames para diagnóstico etiológico

(contato estadual – área técnica, CIEVS (71)

9 9 9 4 - 1 0 8 8 ; n o t i f i -

[email protected]).

Medidas Preventivas

Quadro 3: Municípios com maior frequência de casos suspeitos de DEI/ZIKA. Bahia, 2016*.

Definição de Caso Suspeito de Microcefalia

TERMO: recém-nascido, entre 37 e 42 sema-

nas de gestação, com perímetro cefálico aferi-

do ao nascimento igual ou menor que 31,9 cm

para o sexo masculino e 31,5 para o sexo

feminino, na curva da OMS.

OU

PRÉ-TERMO: recém-nascido, menor que 37

semanas de gestação, com perímetro cefálico

aferido ao nascimento, menor ou igual que o

percentil 3 na curva de Fenton.

Fonte: Gt Arboviroses/Divep; SINAN/DIS;

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DAS ARBOVIROSES. BAHIA, 2016.

0,00

10,00

20,00

30,00

40,00

50,00

1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 31 33 35 37 39 41 43 45 47 49 51 53

CI_Zika_2015 CI_Zika_2016

Macro Município

Nº de casos

suspeitos

de DEI/ZIKA

Incidência

de

DEI/ZIKA

SUL Itabuna 16589 7551,4

SUDOESTE Firmino Alves 256 4424,5

SUL Santa Inês 464 4151,4

CENTRO-NORTE Uibaí 575 3970,2

CENTRO-NORTE Mairi 779 3876,2

SUDOESTE Matina 456 3703,1

LESTE Presidente Tancredo Neves 825 2999,5

CENTRO-LESTE Valente 829 2970,7

SUL Pau Brasil 317 2906,9

CENTRO-NORTE Ourolândia 422 2374,1