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FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA UFMT CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA GINÁSTICA LABORAL E OS NÍVEIS DE ESTRESSE DE POLICIAIS MILITARES DE UMA BASE COMUNITÁRIA DE SEGURANÇA EM CUIABÁ-MT LUCIMAR BORGES GONÇALVES CUIABÁ, MT 2009

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Page 1: Monografia - Ginástica laboral e os níveis de estresse de policiais militares de uma base comunitária de segurança em Cuiabá-MT

FACULDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA – UFMT

CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

GINÁSTICA LABORAL E OS NÍVEIS DE ESTRESSE DE POLICIAIS

MILITARES DE UMA BASE COMUNITÁRIA DE SEGURANÇA EM

CUIABÁ-MT

LUCIMAR BORGES GONÇALVES

CUIABÁ, MT

2009

Page 2: Monografia - Ginástica laboral e os níveis de estresse de policiais militares de uma base comunitária de segurança em Cuiabá-MT

LUCIMAR BORGES GONÇALVES

GINÁSTICA LABORAL E OS NÍVEIS DE ESTRESSE DE POLICIAIS

MILITARES DE UMA BASE COMUNITÁRIA DE SEGURANÇA EM

CUIABÁ-MT

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à

Faculdade de Educação Física – UFMT, como

requisito parcial para obtenção do grau de

Licenciado em Educação Física.

Orientadora: Profª. Ms. Eliane Souza Oliveira

dos Santos

CUIABÁ, MT

2009

Page 3: Monografia - Ginástica laboral e os níveis de estresse de policiais militares de uma base comunitária de segurança em Cuiabá-MT

LUCIMAR BORGES GONÇALVES

GINÁSTICA LABORAL E OS NÍVEIS DE ESTRESSE DE POLICIAIS

MILITARES DE UMA BASE COMUNITÁRIA DE SEGURANÇA EM

CUIABÁ-MT

Este trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para obtenção do grau de Licenciado

em Educação Física, e aprovado em sua forma final pelo professor da Disciplina de Trabalho de

Conclusão de Curso da Faculdade de Educação Física – UFMT.

__________________________________________________________

Professor Ms. Edmur Carmona

COMISSÃO EXAMINADORA

__________________________________________________________

Orientadora: Profª. Ms. Eliane Souza Oliveira dos Santos – UFMT

__________________________________________________________

Membro: Prof. Ms. Dorival Garcia Coelho – UFMT

__________________________________________________________

Membro: Prof. Esp. Roberto Jaime dos Santos – UFMT

CUIABÁ, 30 de Junho de 2009.

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho aos meus pais Sebastião e

Luzia, meus irmãos Luciana e Leomar, meu

sobrinho/afilhado João Vitor e a minha namorada

Maria Alves.

A todos aqueles que acreditaram em mim e

contribuiram para a realização deste trabalho.

A todos, muito obrigado.

Page 5: Monografia - Ginástica laboral e os níveis de estresse de policiais militares de uma base comunitária de segurança em Cuiabá-MT

Resumo

GONÇALVES, Lucimar Borges. Ginástica Laboral e os Níveis de Estresse de Policiais

Militares de uma Base Comunitária de Segurança em Cuiabá-MT. 2008. 40f. Curso de

Educação Física. Faculdade de Educação Física - UFMT, Cuiabá-MT, 2009.

O presente estudo, qualitativo descritivo, verificou as implicações da Ginástica Laboral (GL) nos

sintomas de estresse, nos aspectos físicos e psicológicos, de policiais militares de uma Base

Comunitária de Segurança em Cuiabá-MT. A amostra foi composta por 20 policiais militares, 18 do

gênero masculino e 02 do gênero feminino, com faixa etária entre 25 e 46 anos, média de idade foi

de 33 anos e devio padrão de (± 5,75), de uma população de 50 policiais lotados na referida base.

Foram desenvolvidas 50 sessões de GL, preparatória e de relaxamento, com duração de 15 minutos

cada, durante um mês. O número máximo de participação foi de até 8 sessões, em função da

indisponibilidade de tempo dos policiais. Para coleta de dados utilizou-se de um questionário

diagnóstico (SANTOS, 2006) e do Inventário de Sintomas de Stress de Lipp - ISSL (2000), pré e

pós-teste. Após a análise dos dados, verificou-se que no pré-teste, 25% dos policiais encontravam-

se na fase “exaustão”, 15% na fase “resistência” e 60% sem sintomas de estresse. No pós-teste

observou-se que nenhum policial estava na fase de exaustão, 5% nas fases de “quase-exaustão”,

“resistência” e “alerta” e 85% sem sintomas de estresse. Com relação ao número de sintomas físicos

e/ou psicológicos, no pré-teste, três policial apresentaram seis, oito e dez sintomas da fase de alerta,

já no pós-teste apenas um policial manifestou oito sintomas da fase de alerta. Na fase de resistência

(somente sintomas físicos), três policiais apresentaram cinco sintomas, dois policiais apresentaram

seis sintomas no pré-teste e um policial apresentou cinco sintomas no pós-teste. Na fase de quase-

exaustão (somente sintomas psicológicos), três policiais apresentaram três sintomas e um policial

apresentou quatro sintomas no pré-teste, já no pós-teste somente um policial manifestou três

sintomas. Na fase de exaustão (sintomas físicos e/ou psicológicos), um policial apresentou 10

sintomas, um policial apresentou nove sintomas e três policiais apresentaram oito sintomas, no pré-

teste, no entanto nenhum policial apresentou mais de seis sintomas no pós-teste. Com base nos

resultados, verificou-se que os policiais apresentaram diferenças consideráveis, entre o início e o

término das sessões de GL, evidenciadas com aumento no número de policiais que não aprentavam

sintomas de estresse e com redução do número de sintomas físicos e psicológicos. Assim, conclui-

se que a GL influenciou na redução dos sintomas de estresse dos policiais militares.

Palavras-chave: Ginástica Laboral. Estresse. Polícias Militares.

Page 6: Monografia - Ginástica laboral e os níveis de estresse de policiais militares de uma base comunitária de segurança em Cuiabá-MT

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 1

2. REVISÃO DE LITERATURA .......................................................................................... 2

2.1. Polícia Militar ................................................................................................................ 2

2.1.1. Origem das Forças Policiais Brasileiras ................................................................... 2

2.1.2. História da Polícia Militar de Mato Grosso ............................................................. 3

2.1.3. Polícias Militares e suas Competências Legais e Constitucionais ........................... 4

2.2. O que é Estresse? ........................................................................................................... 5

2.2.1. Fases e Mecanismos de Resposta ao Estresse .......................................................... 6

2.2.2. Nível Ideal de Estresse ............................................................................................. 8

2.2.3. O Estresse no Ambiente Policial .............................................................................. 8

2.3. Ginástica Laboral ........................................................................................................... 9

2.3.1. Conceitos de Ginástica Laboral ............................................................................. 10

2.3.2. Objetivos da Ginástica Laboral .............................................................................. 10

2.3.3. Tipos de Ginástica Laboral .................................................................................... 11

2.3.4. Benefícios da Ginástica Laboral ............................................................................ 12

3. OBJETIVOS ...................................................................................................................... 15

3.1. Objetivo Geral .............................................................................................................. 15

3.2. Objetivos Específicos ................................................................................................... 15

4. METODOLOGIA ............................................................................................................. 16

4.1. Tipo de Pesquisa .......................................................................................................... 16

4.2. População e Amostra ................................................................................................... 16

4.3. Materiais....................................................................................................................... 16

4.4. Coleta de Dados ........................................................................................................... 16

4.5. Procedimentos .............................................................................................................. 17

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................................... 19

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ........................................................................................... 23

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................ 24

ANEXOS

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1

1. INTRODUÇÃO

Diversas pesquisas demonstram que as profissões mais desgastantes e estressantes são

aquelas que lidam diretamente com pessoas. A profissão de policial militar por lidar a todo o

momento com pessoas, tentando resolver tudo quanto é tipo de problema, acaba por proporcionar a

este profissional um desgaste físico e/ou psicológico, tensão e tantos outros males. Este profissional

apresenta um índice muito elevado de estresse, acarretando problemas familiares, gastos com a

saúde, faltas ao trabalho e até a morte. Tendo como ponto de partida os altos índices de estresse,

problemas psicológicos e desgaste físico por parte do profissional da segurança pública, buscou-se

fazer um trabalho com este grupo de profissionais, para verificar quais os níveis de estresse

apresentados, quantidade de sintomas e se ocorreria alguma alteração nesse quadro após serem

submetidos a sessões de Ginástica Laboral (GL).

Um grupo composto por 20 policiais militares, lotados numa base comunitária de

segurança de Cuiabá-MT, participou desse trabalho no período de um mês, com participação em

sessões de GL, respondendo a um questionário diagnóstico e preenchendo ao Inventário de

Sintomas de Stress de Lipp (ISSL, 2000) ao início e ao final do trabalho.

Está detalhado no trabalho, informações importantes a respeito do estresse, do policial

militar e da GL.

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2

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1. Polícia Militar

A Polícia se faz presente em todos os países, com funções de prevenção e repressão ao

crime e manutenção da ordem pública, através do uso legítimo da força se necessário, fazendo

respeitar e cumprir as leis.

O termo provém do vocábulo grego “politeia”, donde derivou para o latim “politia”, ambos

com o mesmo significado: governo de uma cidade, administração, forma de governo.

Portanto, polícia é a denominação das corporações governamentais incumbidas da

aplicação de determinadas leis destinadas a garantir a segurança de uma coletividade, a

ordem pública e a prevenção e elucidação de crimes (LEITE, 2009, p. 1).

A polícia é a organização destinada a prevenir e reprimir delitos com garantia da ordem

pública, liberdade e segurança individual, caracterizando-se pela manifestação mais perfeita do

poder público inerente ao Estado, cujo fim é assegurar a própria estabilidade e proteger a ordem

social (DE PAULA apud BATISTA, 2009, p. 1).

A polícia, em seu ideal de bem servir, deve ser tranquila na sua atuação, comedida nas

suas ações, presente em todo lugar e sempre protetora, velando pelo progresso da sociedade, dos

bons costumes, do bem estar do povo e pela tranquilidade geral (NETO, 2001, p. 5).

Segundo Honoré de Balzac, romancista francês do Séc. XIX, (apud Batista, 2009, p. 1): "os

governos passam, as sociedades morrem, a polícia é eterna". Não existindo nem sociedade nem Estado

dissociados de polícia, pois, pelas suas próprias origens, ela emana da organização social, sendo essencial

à sua manutenção.

2.1.1. Origem das Forças Policiais Brasileiras

No início do Século XIX (1808), o Rei D. João VI e a Família Real Portuguesa,

juntamente com sua corte, mudam-se para o Brasil, fugindo das conquistas Napoleônicas ao

território europeu, instalando-se no Rio de Janeiro.

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Antes da chegada da Família Real, a segurança pública no Rio de Janeiro era realizada

pelos “quadrilheiros”, grupo formado por “bons homens do Reino”, responsáveis pelo policiamento

das 75 ruas e alamedas da cidade do Rio. Com a chegada da Família Real este efetivo mostrou-se

ineficiente para fazer a proteção da corte, criou-se então em 1809 a Divisão Militar da Guarda Real

da Polícia da Corte, que era formada por 218 guardas com armas e trajes idênticos aos da Guarda

Real Portuguesa (LARANJEIRA, 2009, p. 1).

A Guarda Real de Polícia, como ficou primeiramente conhecida a Polícia Militar do

Estado do Rio de Janeiro, foi a primeira instituição policial criada no Brasil, dando origem as

demais corporações provinciais.

Mas mesmo antes da vinda da família real ao Brasil, havia o que os historiadores

consideram a mais antiga força militar de patrulhamento.

Ela surgiu em Minas Gerais em 1775, originalmente como Regimento Regular de Cavalaria

de Minas, criado na antiga Vila Velha (atual Ouro Preto). “A então “PM” de Minas Gerais,

paga pelos cofres públicos, era responsável pela manutenção da ordem pública, na época,

ameaçada pela descoberta de riquezas no Estado, especialmente o ouro” (SOUZA, 2009, p.

1).

Na primeira metade do século XVIII a região oeste da colônia Portuguesa (Brasil),

passa a ser explorada por expedições oficiais (Entradas) e particulares (Bandeiras) com o intuito de

expandir o território e acumular riquezas para a metrópole portuguesa. Com a descoberta do ouro na

região de Mato Grosso, houve um grande aumento do contingente populacional, criação da

Capitania de Mato Grosso e das Forças de Segurança para a defesa do território e manutenção da

ordem, conforme veremos no próximo item.

2.1.2. História da Polícia Militar de Mato Grosso

Com a recém criada Capitania de Mato Grosso em 1748, desmembrada de São Paulo,

Dom Antônio Rolim de Moura, 1º Governador, fundou Vila Bela da Santíssima Trindade em 1753,

capital da província e organizou a segurança pública com o nome de Companhia de Ordenanças,

contendo 80 (oitenta) homens. Dezesseis anos mais tarde (1769), é transformada em “Força

Pública”, com o efetivo de 620 (seiscentos e vinte) homens, dos quais mais da metade da

Companhia de Ordenanças. A partir daí a segurança pública de então passou por várias situações no

decorrer de 82 (oitenta e dois) anos, dos quais 70 (setenta) anos foram de Brasil - Colônia. Suas

atividades limitavam-se, basicamente, à Vila Bela e Cuiabá (MONTEIRO, 1985, p. 11-2).

O período provincial, após a proclamação da independência, é marcado pela criação da

Polícia Militar de Mato Grosso, por meio do decreto Lei nº 30, de 05 de setembro de 1.835, com a

denominação de Homens do Mato. Nesta fase, a função da polícia era basicamente caçar escravos

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fugidos, daí o nome homens do mato, e atendendo aos interesses políticos do governo da época.

Foram adotadas várias denominações no período provincial, tais como: Corpo Municipal

Permanente, Guarda Provisória de Segurança, Companhia de Pedestres e Secção de Companhia de

Força Policial. Durante a Guerra do Paraguai passou a denominar-se Voluntários da Pátria e Pós-

guerra Companhia de Polícia. Já no período republicano, a Polícia Militar de Mato Grosso também

recebeu as seguintes denominações: Força Pública, Corpo de Polícia, Corpo Militar e Força Policial

(MONTEIRO, 1985, p. 14-32).

A partir da Constituição Federal de 1946, as Corporações dos Estados (as antigas

guardas) passaram a ser denominadas Polícias Militares, com exceção do Estado do Rio Grande do

Sul que preferiu manter, em sua força policial, o nome de Brigada Militar, situação que perdura até

hoje (SOUZA, 2009, p. 1).

A Polícia Militar do Estado de Mato Grosso completará em 05 de setembro de 2009,

174 anos de existência, cujo papel é de extrema importância à sociedade matogrossense, teve

participação decisiva durante a Guerra do Paraguai (1864 a 1870) e contribuiu com a defesa do

território matogrossense, formando o Brasil com o Uruguai e Argentina a chamada Tríplice Aliança

contra os paraguaios.

Na época, como o país não dispunha de um contingente militar suficiente para combater

os cerca de 80 mil soldados paraguaios, o governo imperial se viu forçado, então, a criar os

chamados Corpos de Voluntários da Pátria (PEREIRA, 2002, p. 54).

2.1.3. Polícias Militares e suas competências legais e constitucionais

Conforme a Constituição Federal de 1988, em seu artigo 144, a segurança pública é

dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da ordem

pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio. Cabendo à Polícia Militar o policiamento

ostensivo, preventivo e preservação da ordem pública nos Estados brasileiros e no Distrito Federal.

As Polícias Militares estão subordinadas aos Governadores dos Estados, do Distrito

Federal e dos Territórios (art. 144 § 6º da Constituição Federal de 1988) e são, para fins de

organização, forças auxiliares e reserva do Exercito Brasileiro e integram o Sistema de Segurança

Pública e Defesa Social Brasileiro. Seus integrantes são denominados militares estaduais (artigo 42

do artigo 42 da Constituição da República Federativa do Brasil), assim como os membros dos

Corpos de Bombeiros Militares.

O policial militar é segundo diversas literaturas, um dos profissionais com maiores

níveis de estresse, tendo que cumprir muitas vezes dupla jornada de trabalho para complementar a

renda familiar, enfrentar más condições de trabalho, atuar em situações de risco extremo e com a

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5

necessidade de tomar decisões rápidas. Desse modo, fez-se necessário entender o que vem a ser

estresse.

2.2. O que é Estresse?

Segundo (Reis, 2007, p. 1), a palavra stress é de origem inglesa, adaptada pela

Academia de Ciências de Lisboa, quer dizer “tensão” ou “pressão”. A sua origem esteve nas

expressões latinas "stringere" que significava "esticar" ou "deformar" e "strictus", que significava

"esticado"," tenso", "restrito", "estreito", "apertado".

Segundo Selye (apud Benke e Carvalho, 2008, p.3),

a palavra estresse vem do inglês stress. Este termo foi usado inicialmente na física para

traduzir o grau de deformidade sofrido por um material quando submetido a um esforço ou

tensão e transpôs este termo para a medicina e biologia, significando esforço de adaptação

do organismo para enfrentar situações que considere ameaçadoras a sua vida e a seu

equilíbrio interno, definindo-a como Síndrome Geral de Adaptação (SGA).

Lipp (2004, p. 17) define o estresse como uma reação do organismo, com componentes

físicos e/ou psicológicos, diante de situações que de um modo ou de outro, irritem, amedrontem,

excitem ou confundam, ou mesmo diante de uma situação feliz. Trata-se de uma tentativa de vencer

um desafio, de sobreviver a uma ameaça ou de lidar com uma adaptação necessária do momento,

mesmo que seja algo extremamente desejado e esperado.

Segundo Lipp, (apud Benke e Carvalho, 2008, p.5), o estresse pode ter origem em

fontes externas e internas:

As fontes internas estão relacionadas com a maneira de ser do indivíduo, tipo de

personalidade e seu modo típico de reagir à vida. Muitas vezes, não é o acontecimento em si

que se torna estressante, mas a maneira como é interpretado pela pessoa. Os estressores

externos podem estar relacionados com as exigências do dia-a-dia do indivíduo como os

problemas de trabalho, familiares, sociais, morte ou doenças de um filho, perda de uma

posição na empresa, não concessão de um objetivo de trabalho, perda de dinheiro ou

dificuldades econômicas, notícias ameaçadoras, assaltos e violências das grandes cidades,

entre outros. Muito freqüentemente, o estresse ocorre em função dos diversos tipos de

cargos, de ocupação que a pessoa exerce.

A reação do estresse pode ocorrer em face de estressores inerentemente negativos, como

no caso de dor, fome, frio ou calor excessivo, ou em decorrência da interpretação que se dá do

evento desafiador. Desse modo, o mesmo evento pode desencadear ou não uma reação de estresse

em pessoas diferentes, dependendo da interpretação que cada um dá ao evento (LIPP, 2004, p. 17).

Segundo Reis (2007, p. 1), O estresse é um tipo particular de relação entre pessoa e o

seu meio, marcada pela percepção de exigências que cobrem ou excedem os seus recursos de

“coping” (capacidade de adaptação) e que podem por em perigo o bem-estar do indivíduo. O stress

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6

decorrerá então da discrepância entre o que o indivíduo sente que lhe é exigido e a percepção dos

recursos que o indivíduo tem para lidar com a situação, o que é sinalizado pelo organismo, de forma

global, a vários níveis: fisiológico (imunológico, hormonal, neural), psicológico (emocional,

cognitivo e comportamental) e social (família, trabalho, comunidade).

Segundo Neman (apud Leite, Rogatto e Valim-Rogatto, 2008, p. 5),

quando os indivíduos são levados a situações extremamente estressantes, várias alterações

fisiológicas podem ocorrer, tais como, aumento da freqüência cardíaca e da pressão arterial,

e elevação dos hormônios de estresse e da atividade do sistema nervoso, o que pode ser bom

até certo ponto, devido ao organismo se adaptar e ficar mais resistente aos estímulos

estressores negativos que poderão surgir futuramente. Contudo, caso eles comecem a afetar

sua condição mental e física, estes passam a ser prejudiciais.

O estresse é assim um fenômeno biológico, psicológico e social que afeta

inevitavelmente todas as pessoas. Quando é resolvido de forma adequada, as pessoas superam uma

dificuldade, aumentando as suas capacidades, constituindo assim um fator de desenvolvimento. Se

não for solucionado de forma adequada, a dificuldade permanecerá, o que causa sofrimento ao

indivíduo podendo então provocar doenças (REIS, 2007, 1).

O estresse é, portanto, um mecanismo normal, necessário e benéfico ao organismo, pois

faz com que o ser humano fique mais atento e sensível diante de situações de perigo ou de

dificuldade. Por outro lado, o estresse exagerado pode ter conseqüências mais danosas, como por

exemplo, o cansaço, irritabilidade, falta de concentração, depressão, pessimismo, queda da

resistência imunológica, entre outros (JORGE, 2004, p. 60).

2. 2.1. Fases e mecanismos de resposta ao Estresse

O modelo trifásico de estresse proposto por Selye, contendo as fases de alerta,

resistência e exaustão foi utilizado por muitos anos em diversos trabalhos, no entanto percebeu-se

que a fase de resistência carecia de reflexão, uma vez que a verdadeira resistência implica

justamente a eliminação da maioria dos sintomas; além disso, se considerar que no geral as pessoas

não entram na fase de exaustão subitamente há que se prever que antes da exaustão existia um

período de transição, em que a pessoa não mais esteja sendo capaz de resistir, mas ainda não tenha

atingido a exaustão completa. Seria uma fase em que as defesas estão se quebrando, em que a

resistência não é mais totalmente eficaz, mas ainda está presente. Evidência a favor dessa

postulação veio no decorrer da padronização do ISSL (Inventário de Sintomas de Stress de Lipp,

2000), quando uma quarta fase do estresse foi identificada tanto clínica como estatisticamente. A

essa nova fase foi dado o nome de quase-exaustão pelo fato de ela se encontrar entre a fase de

resistência e a de exaustão.

Segundo Lipp (2004, p. 20-1), o modelo quadrifásico representa uma extensão do

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modelo trifásico, postulando que o estresse se desenvolve do seguinte modo:

a) Fase de alerta: Corresponde a uma necessidade da pessoa em utilizar mais força frente ao perigo,

assim um mecanismo de luta ou fuga é ativado e começa uma produção de noradrenalina pelo

sistema nervoso simpático. A medula das glândulas supra-renais produz mais adrenalina, o córtex

das supra-renais descarrega secreção hormonal no sangue que se torna mais concentrado. Tal

alteração fisiológica culmina com um aumento de motivação, de energia e melhora da

produtividade desde que este processo não seja excessivo.

b) Fase de resistência: Caracterizada por um aumento da capacidade de resistência fora do normal.

Na fase anterior a homeostase do organismo foi quebrada e perdurou sem seu restabelecimento,

aqui o organismo busca se restabelecer, o que gera um consumo de energia e consequentemente

problemas com a memória e sensação de desgaste generalizado, dentre outras consequências.

c) Fase de quase-exaustão: As defesas do organismo começam a ceder e este não mais consegue

resistir às tensões e restabelecer a homeostase. Como sinal de que a resistência não está tão eficaz

algumas doenças começam a surgir.

d) Fase de exaustão: Quebra total da resistência, com o aparecimento de alguns sintomas

semelhantes à fase de alerta, mas com intensidade muito maior. Exaustão psicológica em forma de

depressão e exaustão física e aparecimento de algumas doenças, podendo ocorre até a morte.

Segundo Campos (2004, p. 1), qualquer problema, real ou imaginário, provoca

estímulos no córtex (parte mais externa do cérebro), que envia mensagens ao hipotálamo (principal

gatilho para a resposta ao estresse). O hipotálamo então estimula uma parte do sistema nervoso

chamado de autônomo, que secreta dois neurotransmissores (noradrenalina e acetilcolina), ativando

as glândulas supra-renais, produzindo os hormônios típicos do estresse, ou seja, o cortisol, a

adrenalina e a noradrenalina, provocando uma série de mudanças no organismo, tais como:

Aumento da sudorese, desvio do sangue do sistema digestivo e extremidades para os músculos,

diminui a resposta imunológica do organismo, dilatação das pupilas para potencializar a visão,

aumento da pressão arterial, aceleração da frequência cardíaca, queda de temperatura nas mãos e

pés. Quando o estímulo para o estresse acaba, o córtex pára de emitir impulsos e o organismo volta

ao seu funcionamento normal em cerca de três minutos. Se o estímulo não for interrompido ou se

repetir com frequência, a pessoa pode entrar em um estado de estresse crônico.

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2.2.2. Nível ideal de estresse

O estresse fora do controle pode desestabilizar a vida afetiva, tirar a alegria do convívio

familiar e abalar as amizades. Pode tornar a vida profissional desagradável e até insuportável, e não

sendo controlado, poderá tornar o dia a dia muito difícil, desagradável e penoso, encurtando a vida

da pessoa (LENSON, 2006, p. 8).

Saber lidar com o estresse é uma condição essencial para a sobrevivência humana, pois

se ele for bem compreendido e controlado pode até certo ponto ser positivo, preparando o

organismo para lidar com situações difíceis da vida (Rossi apud Cipriano, 2004, p.162).

Segundo Lipp (2004, p. 23), o nível ideal de estresse corresponde ao ponto anterior ao

máximo de estresse e de produtividade de que o ser humano é capaz. Portanto, é na fase de

resistência que uma pessoa mobiliza suas energias de reserva e por isso, frequentemente, chega ao

pico de sua produtividade, a um estágio de desempenho máximo de que é capaz. O ponto de maior

resistência do organismo coincide com aquele de maior produtividade e também o ponto

imediatamente anterior à quebra do organismo.

Conforme Hueb (2009, p. 1) para se ter uma vida saudável, feliz e produtiva torna-se

necessário: manter um programa regular de alimentação saudável, exercitar-se regularmente,

equilibrar trabalho e lazer, sorrir bastante, falar dos problemas com alguém, administrar o tempo,

encarar as mudanças como desafios, oportunidades ou benefícios, treinar para eventos estressantes,

modificar o seu meio ambiente para diminuir ou controlar a exposição aos fatores estressantes.

2.2.3. O Estresse no Ambiente Policial

A profissão de policial militar é uma atividade de alto risco, uma vez que esses

profissionais lidam, no seu cotidiano, com a violência, a brutalidade e a morte. A literatura aponta

que os policiais estão entre os profissionais que mais sofrem de estresse, pois estão constantemente

expostos ao perigo e à agressão, devendo freqüentemente intervir em situações de problemas

humanos de muito conflito e tensão.

Os acontecimentos de estresse ocorrem com maior freqüência em algumas atividades

profissionais por suas características e exposição aos riscos. Estudos demonstram que policiais,

bombeiros, petroleiros, aeroviários e bancários estão entre algumas das categorias com maior

incidência de eventos (LEAL, 2005, p. 157).

Uma das profissões mais susceptíveis ao estresse é a do Policial. Pesquisas brasileiras

demonstram que mais do que 50% de Policiais Militares, de batalhões operacionais, apresentam

sintomas psicossomáticos de estresse e necessitam de acompanhamento médico e ou psicológico.

O estresse acumulado no serviço policial, além de distúrbios emocionais, pode originar problemas

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significativos de saúde como os cardiovasculares, gastrointestinais, alcoolismo e tabagismo etc

(ARZABE e SOCCI, 2005, p.235).

Uma pesquisa realizada entre os anos de 2004 e 2005, utilizando do Inventário de

Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL), aplicado em 264 policiais militares da cidade de

Natal-RN, mostrou que 47,4% dos policiais apresentavam sintomatologia de estresse, sendo que

3,4% encontravam-se na fase de alerta, 39,8% na fase de resistência, 3,8% na fase de quase-

exaustão e 0,4% na fase de exaustão. Sintomas psicológicos foram registrados em 76,0% dos

policiais com estresse, e sintomas físicos, em 24,0%. Havendo uma incidência maior entre as

mulheres (COSTA et al., 2007, p. 219).

Pesquisa realizada no município de União da Vitória-PR no ano de 2005 comparou o

nível de estresse de 20 policiais militares do sexo masculino, divididos em dois grupos, sendo um

grupo de sedentários e outro de praticantes de atividade física. Concluiu-se que o nível de estresse

apresentado pelos dois grupos é considerado elevado, pois os sedentários apresentaram uma média

de 38,8 pontos, enquanto os ativos apresentaram uma média de 33,5 pontos, sendo que na escala a

pontuação acima de 25 é considerado como nível elevado de estresse (PORTELA E FILHO, 2007,

p. 6).

2.3. Ginástica Laboral

No ano de 1901, na fábrica de tecidos Bangu, sediada no Rio de Janeiro, os funcionários

dessa indústria têxtil se reuniam em torno de um campo de futebol para praticar atividades físicas

(LIMA, 2005, p.3).

Na Polônia, em 1925, com a publicação de um pequeno livro, denominado de Ginástica

de Pausa surge a primeira manifestação de Ginástica Laboral. Era destinada a operários e alguns

anos depois surgiu na Holanda e Rússia. Em 1928, a Ginástica Laboral surge no Japão, sendo uma

atividade diária de descontração e cultivo da saúde, para trabalhadores do correio. Ainda no Japão

na década de 60 ocorreu a consolidação e a obrigatoriedade da Ginástica Laboral Compensatória.

Surgiu também na Bulgária, Alemanha, Suécia e Bélgica programas semelhantes (LIMA, 2005, p.

3-4).

No Brasil, em 1973, a FEEVALE (Federação de Estabelecimentos de Ensino Superior

em Novo Hamburgo-RS), juntamente com a sua Faculdade de Educação Física elaboraram o

projeto “Educação Física Compensatória e Recreação”. Em 1978, ela e o SESI elaboraram e

implantaram o projeto “Ginástica Laboral Compensatória e Recreação” (NASCIMENTO E

MORAES apud SILVA e BRAGA, 2006, p. 41).

Page 16: Monografia - Ginástica laboral e os níveis de estresse de policiais militares de uma base comunitária de segurança em Cuiabá-MT

10

2.3.1. Conceitos de Ginástica Laboral

Ginástica Laboral é o conjunto de práticas de exercícios físicos realizados pelos

funcionários no ambiente de trabalho, com a finalidade de prepará-los para as atividades diárias.

Baseia-se em técnicas de alongamento, distribuídas pelas várias partes do corpo, dos membros,

passando pelo tronco, à cabeça, técnicas de relaxamento, massagem e atividades recreativas.

Ginástica Laboral é descrita como a prática de exercícios físicos realizados coletivamente

durante a jornada de trabalho, prescritos de acordo com a função exercida pelo trabalhador,

visando compensar as estruturas mais utilizadas no trabalho e ativar as que não são

requeridas, relaxando-as e tonificando-as. Essa prática tem como finalidade prevenir

doenças ocupacionais e promover o bem-estar individual por intermédio da consciência

corporal: conhecendo, respeitando, amando e estimulando o próprio corpo (LIMA et al.,

apud LIMA, 2005, p.7).

Para Polito e Bergamaschi (apud Poletto, 2002, p. 51), a Ginástica Laboral constitui-se

de séries de exercícios diários, realizados no local de trabalho, durante a jornada, que visa atuar na

prevenção das lesões ocasionadas pelo trabalho, normalizar as funções corporais e proporcionar aos

funcionários um momento de descontração e sociabilização.

A Ginástica Laboral é um meio de valorizar e incentivar a prática de atividades físicas

como instrumento de promoção da saúde e do desempenho profissional. Assim a partir da

diminuição do sedentarismo, do controle do estresse e da melhoria da qualidade de vida, o aumento

da performance profissional, pessoal e social ocorrerá naturalmente (LIMA, 2005, p.7-8).

Segundo Militão (apud Santos e Farias, 2008, p.6), a GL deve ir além dos exercícios

específicos realizados no local de trabalho deve ser motivante, informante e inovadores.

Certamente, o indicado é que seja proposto pelas empresas palestras educativas, com a proposta de

esclarecer aos funcionários em que constitui o programa, seus benefícios, objetivos e a razão pela

da implantação do programa mencionado.

O corpo humano foi feito para o movimento, não dura muito com o sedentarismo,

precisa de um equilíbrio entre o repouso, uma boa alimentação e movimento para aumentar as

chances de sobrevivência.

2.3.2. Objetivos da Ginástica Laboral

Tem como objetivo minimizar os efeitos negativos oriundos do sedentarismo na vida e

na saúde do trabalhador, prevenindo doenças ocupacionais, promovendo o máximo de bem-estar e

o convívio social dos trabalhadores, servindo como ferramenta para a promoção do melhor

convívio diário (LIMA apud SANTOS e FARIAS, 2008, p.6).

Segundo Sharkey (apud Santos e Farias, 2008, p. 5):

Page 17: Monografia - Ginástica laboral e os níveis de estresse de policiais militares de uma base comunitária de segurança em Cuiabá-MT

11

A Ginástica Laboral consiste na realização de exercícios para a promoção de aquecimento

músculoesquelético (preparando o organismo para o trabalho físico e melhorando o nível

de concentração, elevando a temperatura corporal e o aporte de sanguíneo para os tecidos),

alongamentos (prepara os músculos, tendões, ligamentos e cápsulas articulares, para

maiores amplitudes dos movimentos), resistência muscular localizada (favorecendo a

normalização do tônus muscular decorrente do esforço repetitivo nas tarefas laborais e

atividades diárias, fornecendo a manutenção do equilíbrio muscular e a prevenção das

doenças osteomusculares) e relaxamento (a finalidade é compensar e relaxar todo e

qualquer esforço repetitivo nos músculos, articulações, tendões e ligamentos, transcorridos

no período de trabalho).

Para Polito e Bergamaschi (apud Longen, 2003, p. 62) os benefícios da Ginástica

Laboral são:

Promover a saúde, corrigir os vícios posturais, diminuir o absenteísmo e a procura

ambulatorial, melhorar a condição física geral, aumentar o ânimo e disposição para o

trabalho, promover o auto-condicionamento orgânico, promover a consciência corporal,

melhorar o relacionamento interpessoal, prevenir a fadiga muscular; prevenir LER/DORT.

Seu objetivo é proporcionar ao funcionário uma melhor utilização de sua capacidade

funcional através de exercícios de alongamento, de prevenção de lesões ocupacionais e dinâmicas

de recreação. O programa de atividades deve ser desenvolvido após uma avaliação criteriosa do

ambiente de trabalho e de cada funcionário em particular, respeitando a realidade da empresa e as

condições disponíveis (POLITO e BERGAMASCHI, 2004: p.1-2).

A Ginástica Laboral busca criar um espaço, no qual os trabalhadores, por livre e

espontânea vontade, exercem várias atividades e exercícios físicos, que são muito mais do que um

condicionamento mecanicista, repetitivo e autômato. A GL deve ser muito bem planejada e variada,

já que é uma pausa ativa no trabalho e serve para quebrar o ritmo da tarefa que o trabalhador

desempenha, funcionando como uma ruptura da monotonia (MENDES e LEITE apud DIAS et al.,

2006, p. 328).

2.3.3. Tipos de Ginástica Laboral

Segundo Lima (2005, p. 13-8), a Ginástica Laboral pode ser classificada em ginástica

preparatória, compensatória e relaxamento.

a) Ginástica Laboral Preparatória: realizada antes do início da jornada de trabalho ou nas primeiras

horas, com duração aproximada de 5 a 15 minutos, com o objeto principal de preparar os

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12

funcionários para sua tarefa, aquecendo os grupos musculares que irão ser solicitados em seus

trabalhos laborais, despertando-os para uma maior disposição ao iniciá-las (LIMA, 2005, p. 13-4).

Conforme Couto (apud Martins, 2005, p. 47-8), a Ginástica Laboral Preparatória pode

ser utilizada como prevenção da fadiga por tensão cognitiva, tendo em vista que pode proporcionar

um número maior de estímulos cerebrais, tornando o indivíduo mais desperto e, assim, mais apto a

ter respostas adequadas ou corretas.

Segundo Couto et al. (Lima, 2005, p. 15), a Ginástica de Aquecimento aumenta a

temperatura dos músculos e tendões, facilitando o deslocamento dos filamentos contráteis.

b) Ginástica Laboral Compensatória: realizada durante a jornada de trabalho, com duração

aproximada de 10 minutos. O objetivo dessa ginástica é compensar os músculos que foram

trabalhados em excesso, durante a atividade diária, além de interromper a monotonia operacional

(LIMA, 2005, p. 17).

Grandjean (apud Martins, 2005, p. 13) ressalta que a pausa é fundamental para que haja

a manutenção do ritmo produtivo do trabalhador.

c) Ginástica Laboral de Relaxamento: realizada no final do expediente, com duração aproximada de

10 minutos. Ela é baseada em exercícios de alongamentos relaxantes para oxigenar as musculaturas

envolvidas no trabalho diário (LIMA, 2005, p. 18).

É interessante incluir o relaxamento com atividade para aliviar as tensões, utilizando

muitas vezes, a música como recurso (CAÑETE apud LIMA, 2007).

2.3.4. Benefícios da Ginástica Laboral

Para, os benefícios proporcionados pela Ginástica Laboral são inúmeros. Assim, os

autores destacam a promoção da saúde, correção dos vícios posturais, diminuição do absenteísmo,

melhora da condição física geral, aumento do ânimo e disposição para o trabalho, e promoção do

auto-condicionamento orgânico (POLITO e BERGAMASCHI apud SANTOS et al., 2007, p.2).

Por sua vez, Oliveira (apud Santos et al., 2007, p.2) destaca que a Ginástica Laboral

contribui ainda para a promoção da consciência corporal, preparação biopsicossocial dos

participantes, melhoria do relacionamento interpessoal, redução dos acidentes de trabalho e,

conseqüentemente, aumento da produtividade no trabalho, com qualidade.

Vários são os estudos que apontam os benefícios da ginástica laboral onde temos, alguns

destes benefícios citados, tais como: melhor condicionamento respiratório, promoção da

consciência corporal, prevenção das doenças do trabalho, correção das más posturas da coluna,

promoção da saúde total (física, social, emocional, psíquica, profissional e espiritual), evitar

ausências no trabalho (absenteísmo) e contratação de substitutos, fortalecimento das interações

interpessoais, melhoria da qualidade do serviço ou produto, aumento da produtividade, prevenção

do cansaço físico e mental (DIASCANIO apud SILVA e BRAGA, 2006: p.14).

Segundo Santos e Farias (2008, p.1-2):

Page 19: Monografia - Ginástica laboral e os níveis de estresse de policiais militares de uma base comunitária de segurança em Cuiabá-MT

13

Um dos maiores benefícios que o local de trabalho e a ginástica laboral pode oferecer ao

funcionário é o incentivo para aumentar ou iniciar o nível de atividade física, que resultará

lucro para empresa, bem-estar ao funcionário, com redução do sedentarismo e como

resposta, promoção à saúde do funcionário.

Segundo Polito e Bergamaschi (apud Santana 2007, p.4) e Esqueisaro (apud Lima,

2007, p. 5-6) a Ginástica Laboral pode gerar benefícios fisiológicos, psicológicos, sociais e

empresariais:

Fisiológicos:

Diminuição da fadiga muscular;

Prevenção de lesões musculotendinosas e ligamentos;

Melhora da força e resistência muscular;

Melhora da coordenação motora;

Correção dos Vícios posturais;

Diminuição de patologias e casos de LER/DORT;

Ganho da amplitude articular e da flexibilidade;

Promove a adequação do organismo para o trabalho;

Diminui o risco de acidentes no trabalho;

Não leva os participantes ao cansaço, por ser de curta duração (10 a 15 minutos).

Psicológicos:

Melhora a capacidade de atenção e concentração no trabalho;

Aumento de satisfação do empregado no ambiente de trabalho;

Favorece a mudança da rotina;

Desenvolve a consciência corporal;

Combate tensões emocionais.

Sociais:

Estimulação da criatividade e da liderança;

Promoção da cooperação e comunicação, melhorando as relações humanas;

Aumento da capacidade de encontrar soluções rápidas e efetivas.

Empresariais:

Diminuição do Absenteísmo ao trabalho;

Aumento da produção e lucros às empresas;

Melhoria da imagem da instituição junto aos funcionários e a sociedade.

Page 20: Monografia - Ginástica laboral e os níveis de estresse de policiais militares de uma base comunitária de segurança em Cuiabá-MT

14

Diminui o número de queixas, afastamentos médicos, acidentes e lesões.

Reduz os gastos com afastamentos e substituições de pessoal.

Sendo assim a prática regular de exercício físico contribui no combate e prevenção das

doenças ocupacionais, do sedentarismo, estresse, depressão, ansiedade entre outras. Favorece a

sensação de disposição e bem estar para a jornada de trabalho, reduz a sensação de fadiga ao final

da mesma e contribui para a promoção da saúde e da qualidade de vida ao trabalhador.

Page 21: Monografia - Ginástica laboral e os níveis de estresse de policiais militares de uma base comunitária de segurança em Cuiabá-MT

15

3. OBJETIVOS

3.1. Objetivo Geral

Verificar as implicações de um programa de Ginástica Laboral nos níveis de estresse de

policiais militares.

3.2. Objetivos Específicos

Levantar quais as fases de estresse em que se encontravam os policiais militares no pré

e pós-teste.

Avaliar quais os efeitos que a Ginástica Laboral proporcionaram aos policiais militares

após a prática.

Identificar os efeitos físicos e psicológicos nos níveis de estresse após a prática da

Ginástica Laboral.

Page 22: Monografia - Ginástica laboral e os níveis de estresse de policiais militares de uma base comunitária de segurança em Cuiabá-MT

16

4. METODOLOGIA

4.1. Tipo de Pesquisa

Esta é uma pesquisa qualitativa descritiva. Segundo Gil (2002, p. 42) a pesquisa

descritiva tem como objetivo primordial as descrição das características de determinada população

ou fenômeno e utilização de técnicas padronizadas de coleta de dados, tais como o questionário e a

observação sistemática.

4.2. População e Amostra

Participaram deste trabalho 20 policiais militares, todos praças (soldados, cabos e

sargentos), de um total de 50 policiais militares desse local de trabalho, 02 do gênero feminino e 18

do gênero masculino, com faixa etária entre 25 e 46 anos, média de idade de 33 anos, desvio padrão

de (±5,75). Realizavam os serviços de patrulhamento motorizado, guarda do quartel e

administrativo. Lotados na Base Comunitária de Segurança do Bairro Pedra 90, pertencente ao 9º

Batalhão de Polícia Militar, no município de Cuiabá-MT.

4.3. Materiais

Utilizou-se folhas de papel e caneta; copos descartáveis; barbante; bexigas; um aparelho

celular marca foston, modelo FS-868b na função reprodutor de áudio Mp3 com musicas para

relaxamento e uma sala, da própria base comunitária, contendo cadeiras.

4. 4. Coleta de Dados

Inicialmente foi aplicado um questionário adaptado de SANTOS (2006), para identificar

sintomas de cansaço, dores e estresse. Posterior, como parâmetro de avaliação, antes e após as

sessões de GL foi utilizado o Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL),

padronizado em 2000 e utilizado em diversos trabalhos. Os instrumentos utilizados estão em

ANEXO C e D.

Page 23: Monografia - Ginástica laboral e os níveis de estresse de policiais militares de uma base comunitária de segurança em Cuiabá-MT

17

4.5. Procedimentos

Após o consentimento do comandante da Base Comunitária de Segurança para a

realização do trabalho (ANEXO A), os policiais militares foram informados e 20 deles assinaram o

Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (ANEXO B), preencheram um Questionário de

Avaliação Diagnóstica Inicial (ANEXO C) e responderam o Inventário de Sintomas de Stress para

Adultos de LIPP de Lipp (ISSL) antes e após as sessões de GL preparatória e de relaxamento,

iniciado no dia 08 de setembro e encerrando em 04 de outubro de 2008, com duração de 26 dias.

O ISSL foi validado em 1994 por Lipp e Guevara e padronizado por Lipp em 2000.

Pode ser administrado em cerca de 10 minutos e tem sido utilizado em dezenas de trabalhos clínicos

e de pesquisas na área do estresse. O ISSL permite um diagnostico preciso quanto a se a pessoa tem

estresse, em qual fase se encontra, tipificação da forma como o estresse se manifesta, se por meio de

sintomologia na área física ou psicológica. O inventário é composto por três quadros que se referem

às quatro fases do estresse. O quadro I, utilizado para avaliar a fase I (alerta), composto de 12

sintomas físicos e 3 psicológicos, assinalados com F1 ou P1 os sintomas físicos ou psicológicos que

tenha experimentado nas ultimas 24 horas. O quadro II, utilizado para avaliar as fases II e III

(resistência e Quase-exaustão), composto por 10 sintomas físicos e 5 psicológicos, assinalados com

F2 ou P2 os sintomas experimentados na ultima semana, sendo a fase III (quase-exaustão)

diagnosticada com base em uma freqüência maior de sintomas listados. O quadro III, utilizado para

avaliar a fase IV (exaustão), composto por 12 sintomas físicos e 11 sintomas psicológicos,

assinalados com F3 ou P3 os sintomas experimentados no ultimo mês. Alguns sintomas que

aparecem no quadro I voltam a aparecer no quadro II, mas com intensidade diferente. A razão dessa

gradação é que a fase de exaustão, coberta no quadro III, em geral mostra a volta de alguns

sintomas da fase I, com o maior grau de comprometimento, dada a queda da resistência. No total, o

ISSL inclui 37 itens de natureza somática e de 19 psicológicas.

O ISSL é baseado no modelo quadrifásico e revela os pontos mais vulneráveis onde o estresse

manifesta-se no avaliado;

Divide-se em três quadros:

a) Quadro I: Nele identificam-se os sintomas experimentados nas últimas vinte e quatro

horas. Corresponde a fase de alerta do estresse;

b) Quadro II: Nele identificam-se os sintomas experimentados na última semana.

Porcentagens superior a 50% (nos sintomas físicos), demonstram que a pessoa se

encontra na fase de resistência, assim como, porcentagens superiores a 50 (nos sintomas

psicológicos), demonstram a fase de quase-exaustão;

c) Quadro III: Nele identificam-se os sintomas experimentados no último mês.

Corresponde a fase de exaustão.

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18

A tabela a seguir indica e demonstra como os resultados são analisados:

Tabela 1 – Porcentagem de sintomas de stress que indica a fase que se encontra

Quadro do I.S.S.L Quadro 1 Quadro 2 Quadro 3

% de Sintomas* > 40% ≥50% > 50% > 35%

Fases Alerta Resistência Quase-exaustão Exaustão

(*) % inferiores a estas em cada fase, não caracteriza estresse.

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19

5. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Neste capitulo os dados serão apresentados e discutidos concomitantemente em forma

de gráficos e tabelas.

Conforme dados do questionário diagnóstico (SANTOS, 2006) os participantes, antes

do início do programa de Ginástica Laboral (GL), apresentavam os sintomas relacionados no

Quadro 1.

Porcentagem Sintomas apresentados

80% (n=16) Sentiam-se cansados ou muito cansados após um dia de trabalho;

70% (n=14) Consideram o trabalho estressante;

30% (n=06) Sentiam dores durante o trabalho;

55% (n=11) Sentiam dores nas costas;

40% (n=08) Sentiam dores na cabeça;

55% (n=11) A intensidade das dores era media;

40% (n=08) Após um dia de trabalho, tinham dificuldade p/ dormir quase

todos os dias ou todos os dias;

80% (n=16) Ao acordar sentiam-se cansados quase todos os dias;

60% (n=12) Sentiam-se motivados ao iniciar sua jornada de trabalho;

70% (n=14) Sentiam-se felizes com o trabalho quase todos os dias ou todos os

dias;

90% (n=18) Raramente sentiam-se tristes e/ou deprimidos;

70% (n=14) Raramente sentiam-se irritados.

Quadro 1: Sintomas de cansaço, dores e estresse dos participantes antes da intervenção.

O resultado do questionário diagnóstico serviu como base para identificar sintomas

Page 26: Monografia - Ginástica laboral e os níveis de estresse de policiais militares de uma base comunitária de segurança em Cuiabá-MT

20

como dores, cansaço e estresse apresentados pelos policiais, e que puderam denotar a necessidade

de uma avaliação mais específica e uma intervenção cujo intuito foi minimizar os níveis

encontrados. Assim, aplicou-se o Inventário de Sintomas de Stress de Lipp (ISSL) para aprofundar

os estudos nos sintomas de estresse. Para tanto, elegeu-se a GL que atenderia as condições e

necessidades dos participantes.

Considerando que os policiais militares estudados não possuíam regularidade quanto

aos horários e locais de trabalho, as sessões de GL ocorreram em praticamente todos os dias, a fim

de contemplar ao máximo os participantes. Esses dados são apresentados no gráfico abaixo.

Conforme o gráfico 1, o número de sessões realizadas pelos participantes variou entre 2

e 8 sessões, com média de participação de 5 sessões. Já que a atividade era desenvolvida no horário

e local de trabalho, esses dados evidenciaram a dificuldade dos profissionais da área de segurança

em manterem uma sistemática de participação em atividades físicas, visto que as trocas de serviço

eram realizadas, muitas vezes, fora da base comunitária de segurança. O fato do pesquisador ser

policial militar da mesma unidade e ter que realizar suas atividades diárias como todos os demais

policiais, contribuiu diretamente no número total de sessões desenvolvidas, pois algumas sessões

não foram realizadas decorrentes da ausência do pesquisador.

De acordo com os dados coletados com o inventário de estresse aplicado verificou-se

que, no pré-teste, 25% dos participantes encontravam-se na fase “exaustão”, 15% na fase

“resistência” e 60% sem sintomas de estresse. No pós-teste observou-se que nenhum participante

estava na fase de exaustão, 5% nas fases de “quase-exaustão”, “resistência” e “alerta” e 85% sem

sintomas de estresse. Conforme quadros (ANEXO E) que informam o número e a fonte de sintomas

físicos e psicológicos que caracterizam a fase na qual se encontra o pesquisado, visualiza-se que os

participantes de número 15, 16,18 e 20, que estavam na fase de exaustão passam não apresentar

sintomas de estresse; já o participante 19 passou para a fase de resistência. Os policiais de número

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12 e 13 que encontravam-se na fase de resistência, no pós-teste, também mudaram para a fase “sem

sintoma de estresse”. Essas foram as principais mudanças positivas. Os participantes de número 6 e

14 sofreram mudança negativa, na medida em que mudaram da fase “sem sintoma de estresse” para

a fase de “quase-exaustão” e alerta respectivamente. Infere-se que o fato do participante 6 estar em

fase final de aposentadoria, bem como a distância entre sua residência e o local de trabalho tenham

contribuído para um resultado extremo. Estes dados podem ser melhores visualizados no gráfico a

seguir.

Figura 1: Gráfico das fases de sintomas de estresse pré e pós-teste.

Conforme protocolo do ISSL, que classifica o estresse em 4 fases (alerta ou fase I,

resistência ou fase II, quase-exaustão ou fase III e exaustão ou fase IV), da fase de alerta o sujeito

deve apresentar 6 ou mais sintomas, tanto físicos quanto psicológicos; da resistência 5 ou mais,

somente sintomas físicos; da quase-exaustão 3 ou mais, somente psicológicos e da exaustão 8 ou

mais sintomas físicos e/ou psicológicos. Observa-se que 1 participante manifestou 8 sintomas da

fase de alerta, no pós-teste. Na fase de resistência (somente sintomas físicos), 3 participantes

apresentaram 5 sintomas e 2 participantes com 6 sintomas, no pré-teste e 1 participante com 5

sintomas, no pós-teste. Na fase de quase-exaustão (somente sintomas psicológicos), 3 participantes

apresentaram 3 sintomas e 1 apresentou 4 sintomas no pré-teste. Já no pós-teste somente 1

participante manifestou 3 sintomas. Na fase de exaustão (sintomas físicos e/ou psicológicos), 1

policial apresentou 10 sintomas, 1 apresentou 9 sintomas e outros 3 apresentaram 8 sintomas, no

pré-teste. Estas informações podem ser visualizadas na Figura 2, logo abaixo, assim como em

Anexo E.

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22

Figura 2: Gráfico do número de sintomas nas fases II, III e IV, do pré e pós-teste.

De acordo com os resultados houve melhora observada na mudança de fase e no

número de sintomas apresentados pelos policiais do pré para o pós-teste, já que a saída da fase de

exaustão caracteriza-se pela melhora nos aspectos físicos e psicológicos, maior capacidade de

resistência e melhor recuperação de algumas enfermidades.

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23

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Pode-se perceber que as sessões de Ginástica Laboral (GL), foram de grande valia em

relação à diminuição dos sintomas de estresse apresentados pelos policiais militares lotados na Base

Comunitária de Segurança do Pedra 90, pertencente ao 9ºBPM Cuiabá-MT. Uma sugestão para

novos estudos seria em relação à duração do experimento, um período mais longo poderia trazer

melhores resultados. Observou-se também, que nos sintomas apresentados pelos participantes deste

estudo, havia relação direta com o trabalho desenvolvido, estressante e desgastante. Apesar disto,

através da GL, estes sintomas foram reduzidos consideravelmente. Conclui-se, apartir deste estudo,

que a GL foi eficaz na redução dos sintomas físicos e psicológicos, inclusive nos níveis de estresse

da população alvo, verificando que esta também pode ser utilizada como uma técnica preventiva

contra os agentes estressores.

Page 30: Monografia - Ginástica laboral e os níveis de estresse de policiais militares de uma base comunitária de segurança em Cuiabá-MT

24

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Page 33: Monografia - Ginástica laboral e os níveis de estresse de policiais militares de uma base comunitária de segurança em Cuiabá-MT

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de Justiças Criminais e Segurança Pública) – Núcleo Fluminense de Ensino e Pesquisa,

Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro, 2002.

Page 34: Monografia - Ginástica laboral e os níveis de estresse de policiais militares de uma base comunitária de segurança em Cuiabá-MT

28

ANEXO A

SOLICITAÇÃO PARA COLETA DE DADOS

Cuiabá, 03 de Setembro de 2008.

Ilmo Senhor,

Capitão PM Arlindo Marques de Souza Filho

Gerente da Base Comunitária de Segurança do Pedra 90

Prezado Senhor,

Vimos por meio deste solicitar a V. Sª. Autorização para que o acadêmico LUCIMAR BORGES

GONÇALVES, matrícula nº 200511504031, do Curso de Licenciatura em Educação Física da

Universidade Federal de Mato Grosso, venha realizar, pesquisa de campo referente a sua

Monografia para conclusão da disciplina Trabalho de Conclusão de Curso, no período de Setembro

a Outubro de 2008.

Agradecemos a colaboração e colocamo-nos a disposição para eventuais esclarecimentos.

Atenciosamente,

____________________________________________________

Professora Orientadora

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ANEXO B

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO

Eu,_________________________________________________________,

policial militar lotado na Base Comunitária do Pedra 90, município de Cuiabá-MT,

comprometo-me a participar do Trabalho de Conclusão de Curso – TCC a ser

desenvolvido pelo acadêmico Lucimar Borges Gonçalves, do Curso de Educação

Física da Universidade Federal de Mato Grosso, com o título: “OS EFEITOS DA

GINÁSTICA LABORAL NOS NÍVEIS DE ESTRESSE DE POLICIAIS

MILITARES DE UMA BASE COMUNITÁRIA DE CUIABÁ-MT.” Ciente da

seriedade do trabalho a ser realizado, declaro que participarei como voluntário,

podendo retirar-me do trabalho a qualquer momento, que os dados coletados poderão

ser divulgados e publicados, resguardando minha privacidade.

Cuiabá-MT, ____ de _________________ de 2008.

_____________________________________________

Assinatura do participante

_____________________________________________

Lucimar Borges Gonçalves

Acadêmico do Curso de Educação Física – UFMT

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30

ANEXO C

QUESTIONÁRIO DE AVALIAÇÃO DIAGNÓSTICA

Data: ____/____/______

Nome:_________________________________________________________________

Data de Nascimento:____/____/_______. Sexo: Masculino ( ) Feminino ( )

1) Como você se sente após um dia de trabalho?

( ) Muito cansado

( ) Cansado

( ) Razoavelmente cansado

( ) Pouco cansado

( ) Nada cansado

2) Considera seu trabalho estressante?

( ) Não

( ) Mais ou Menos

( ) Sim

3) Você sente dores durante o trabalho?

A)

( ) Não

( ) As vezes

( ) Sim.

B) Onde:

( ) Cabeça ( ) Braços

( ) Ombros ( ) Costas

( ) Pescoço ( ) Pernas

( ) Punhos ( ) Outras partes do corpo:_______________

( ) Mãos

C) Com qual intensidade?

( ) Pouca

( ) Média

( ) Muita

4) Após um dia de trabalho, tem dificuldades para dormir?

Page 37: Monografia - Ginástica laboral e os níveis de estresse de policiais militares de uma base comunitária de segurança em Cuiabá-MT

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( ) Todos os dias

( ) Quase todos os dias

( ) Raramente

( ) Nunca

5) Ao acordar você se sente cansado?

( ) Todos os dias

( ) Quase todos os dias

( ) Raramente

( ) Nunca

6) Sente-se disposto (motivado) ao iniciar sua jornada de trabalho?

( ) Todos os dias

( ) Quase todos os dias

( ) Raramente

( ) Nunca

7) Sente-se feliz com o seu trabalho?

( ) Todos os dias

( ) Quase todos os dias

( ) Raramente

( ) Nunca

8) Sente-se triste e/ou deprimido?

( ) Todos os dias

( ) Quase todos os dias

( ) Raramente

( ) Nunca

9) Sente-se irritado?

( ) Todos os dias

( ) Quase todos os dias

( ) Raramente

( ) Nunca

Fonte: SANTOS, Marcela Ariete dos. A percepção dos benefícios da ginástica laboral em

operadores de caixa de supermercado. Monografia em Licenciatura Plena em Educação Física pela

UNIVAG, Várzea Grande, 2006.

Page 38: Monografia - Ginástica laboral e os níveis de estresse de policiais militares de uma base comunitária de segurança em Cuiabá-MT

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ANEXO D

INVENTÁRIO DE SINTOMAS DE STRESS DE LIPP (ISSL), 2000.

Data:____/____/________.

Nome:___________________________________________________________

Quadro I - Marque um (X) nos sintomas que tem experimentado nas últimas 24 horas

Sintomas Físicos

( ) tensão muscular

( ) insônia (dificuldade de dormir)

( ) boca seca

( ) mãos ou pés frios

( ) hiperventilação (respirar ofegante, rápido)

( ) mudança de apetite

( ) aumento de sudorese (muito suor, suadeira)

( ) taquicardia (batedeira no peito)

( ) aperto na mandíbula / ranger de dentes

( ) diarréia passageira

( ) nó no estômago

( ) hipertensão arterial súbita e passageira (pressão alta)

Sintomas Psicológicos

( ) aumento súbito de motivação

( ) vontade súbita de iniciar novos projetos

( ) entusiasmo súbito

Quadro II - Marque um (X) nos sintomas que tem experimentado na última semana

Sintomas Físicos

( ) sensação de desgaste físico constante

( ) problemas com a memória

( ) cansaço constante

( ) gastrite, úlcera ou indisposição estomacal muito prolongada

( ) mudança de apetite

( ) formigamento das extremidades

( ) mal-estar generalizado, sem causa específica

( ) aparecimento de problemas dermatológicos

( ) tontura ou sensação de estar flutuando

( ) hipertensão arterial

Sintomas Psicógicos

( ) dúvida quanto a si próprio

( ) irritabilidade excessiva

( ) pensar constantemente em um só assunto

( ) sensibilidade emotiva excessiva (estar muito nervoso)

( ) diminuição da libido (sem vontade de sexo)

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Quadro III - Marque um (X) nos sintomas que tem experimentado no último mês

Sintomas Físicos

( ) excesso de gases

( ) insônia

( ) mudança extrema de apetite

( ) tontura freqüente

( ) úlcera, colite ou outro problema digestivo sério

( ) diarréia freqüente

( ) tiques

( ) hipertensão arterial continuada

( ) problemas dermatológicos prolongados

( ) dificuldades sexuais

( ) náusea

( ) enfarte

Sintomas psicológicos

( ) perda do senso de humor

( ) angústia, ou ansiedade, ou medo diariamente

( ) vontade de fugir de tudo

( ) sensação de incompetência em todas as áreas

( ) hipersensibilidade emotiva

( ) cansaço constante e excessivo

( ) impossibilidade de trabalhar

( ) irritabilidade freqüente sem causa aparente

( ) apatia, ou depressão ou raiva prolongada

( ) pensar e falar constantemente em um só assunto

( ) pesadelos freqüentes

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ANEXO E

Tabulação do Inventário de Sintomas de Stress (ISSL) - (LIPP, 2000). Número de participantes: (20) Vinte Nº de sintomas apresentados no Pré-Teste

Participantes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

№ de sintomas no Quadro I

F 1 0 1 1 1 3 2 2 2 3 3 2 3 4 1 2 6 5 6 8

P 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0 1 2 0 0 2

№ de sintomas no Quadro II F 1 1 1 1 1 2 2 2 2 3 3 4 5 2 5 3 6 4 5 6

P 0 1 0 0 1 0 1 1 0 1 1 2 1 2 3 3 1 2 3 4

№ de sintomas no Quadro III F 0 1 1 0 1 2 1 1 3 2 1 4 2 1 4 1 2 2 3 2

P 0 0 0 1 1 0 2 2 3 2 3 0 2 5 4 7 1 7 7 6

F: Físico e P: Psicológicos Em Roxo: Participantes estressados Nº de sintomas apresentados no Pós-Teste

Participantes 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

№ de sintomas no Quadro I

F 2 0 1 1 0 1 3 2 1 1 1 1 0 6 2 2 3 2 3 3

P 0 0 0 0 1 1 1 0 1 1 1 0 0 2 1 0 1 1 0 1

№ de sintomas no Quadro II F 0 1 1 0 0 1 2 1 2 1 2 2 1 4 2 2 4 1 5 0

P 0 0 0 1 0 3 0 0 1 1 0 1 0 0 0 1 1 1 2 1

№ de sintomas no Quadro III F 0 1 2 1 1 2 1 1 1 2 2 0 0 0 1 1 2 1 3 0

P 0 0 1 1 0 1 0 0 2 2 2 2 1 1 2 1 0 1 3 1

F: Físico e P: Psicológicos Em Roxo: Participantes estressados