monografia esoalex

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE FACULDADE DE VETERINÁRIA - FAVET COMISÃO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO Av. Paranjana, 1700 - Campus do Itaperi, 60.740-000 Fortaleza/CE Fone/Fax: 85 31019832 [email protected] INSTRUÇÕES PARA REDAÇÃO DA MONOGRAFIA DE CONCLUSÃO DE CURSO Fonte: “Times New Roman” em um só lado do papel. Tamanho da fonte: 12 para texto e 14 para títulos principais (exceto título da capa). Cada título principal é antecedido de cinco espaços em tamanho 10, em relação ao texto. As dimensões fornecidas abaixo são para mancha gráfica de 21,5 cm de altura por 15,7 cm de largura, isto é, idênticas à mancha gráfica padrão estabelecida pelo programa Word 7,0. A mancha gráfica deve ser justificada e os títulos centralizados. Tamanho do papel: Ofício A4 210 X 297 mm, branco. Origem do papel: tracionador. Margens: Superior: 2,5 cm - Inferior: 2,5 cm

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Page 1: MONOGRAFIA ESOalex

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECEFACULDADE DE VETERINÁRIA - FAVET

COMISÃO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIOAv. Paranjana, 1700 - Campus do Itaperi, 60.740-000 Fortaleza/CE

Fone/Fax: 85 31019832 [email protected]

INSTRUÇÕES PARA REDAÇÃO DA MONOGRAFIA DE CONCLUSÃO DE

CURSO

Fonte: “Times New Roman” em um só lado do papel.

Tamanho da fonte: 12 para texto e 14 para títulos principais (exceto título da capa).

Cada título principal é antecedido de cinco espaços em tamanho 10, em relação ao

texto.

As dimensões fornecidas abaixo são para mancha gráfica de 21,5 cm de altura por

15,7 cm de largura, isto é, idênticas à mancha gráfica padrão estabelecida pelo

programa Word 7,0.

A mancha gráfica deve ser justificada e os títulos centralizados.

Tamanho do papel: Ofício A4 210 X 297 mm, branco.

Origem do papel: tracionador.

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Formatar parágrafo: espaçamento entre linhas: 1,5 linha, exceto para o resumo,

notas de rodapé, citações longas, referências bibliográficas, índices, anexos e

apêndices que devem ser espaço simples.

Numeração de página: continuar da seção anterior (x)

ATENÇÃO: A versão definitiva deverá ser entregue (um exemplar) no formato

capa dura, obedecendo-se os prazos fixados pela CESO.

2

Page 3: MONOGRAFIA ESOalex

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

FACULDADE DE VETERINÁRIA

COORDENAÇÃO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO

Monografia do Estágio Supervisionado Obrigatório em Cirurgia e Clínica

Médica de Pequenos Animais

Caso de interesse: Hemotórax em cães.

Alex Alves da Silva

Fortaleza-CE

Dezembro - 2006

3

Page 4: MONOGRAFIA ESOalex

Alex Alves da Silva

Monografia do Estágio Supervisionado Obrigatório em Cirurgia e Clínica

Médica de Pequenos Animais

Caso de interesse: Hemotórax em cães.

Fortaleza- CE

2006.2

4

Monografia apresentada à Faculdade de

Veterinária da Universidade Estadual do

Ceará, como requisito parcial para obtenção do

Grau de Bacharel em Medicina Veterinária.

Área:Cirurgia e Clínica médica de pequenos

animais

Supervisor: Profª. Drª Maria Cristina da Silva

Orientador:Prof. Dr. Edvaldo Lopes de

Almeida e o Mv.Sidney Wendell Goiana da

Silva

Page 5: MONOGRAFIA ESOalex

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ

FACULDADE DE VETERINÁRIA

COORDENAÇÃO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO

REITOR DA UECE

Prof. Jader Onofre de Morais

DIRETOR DA FACULDADE DE VETERINÁRIA

Prof. Dr. José Maria dos Santos Filho

COORDENADORA DO CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA

Profa. Josefa Lineuda da Costa Murta

COMISSÃO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO OBRIGATÓRIO

Profa. Dra. Maria Verônica Moraes Campello

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Page 6: MONOGRAFIA ESOalex

Defesa formal da monografia de Conclusão de Curso aprovada em _____/____/_____,

pela Banca Examinadora constituída por:

Profa. Dra.________________________________

Profa. Dra. Maria Cristina da Silva

____________________________________

M. V. Sidney Wendell Goiana da Silva

_______________________________________

M.V. Robério Fiuza

6

Page 7: MONOGRAFIA ESOalex

AGRADECIMENTOS

À Deus, por ter me dado saúde e força, iluminando sempre o meu caminho,

sustentando-me nos momentos mais difíceis e permitindo-me momentos ainda mais felizes.

Aos meus pais, Pedro e Núbia, por toda dedicação, compreensão, apoio e amor que

me possibilitaram chegar onde estou.

Ao meu irmão Alessandro e familiares pelo carinho e paciência que sempre tiveram

comigo.

À Universidade Estadual do Ceará, aos professores, funcionários e principalmente da

UHV por me fazer sentir que, embora graduado, ainda faço parte dele.

Ao meu eterno professor Jackson(in memorian) que foi um exemplo de profissional

dedicado, seguro e confiante e principalmente pela sua paixão aos animais. Obrigado por

ter me ensinado a levar a vida com simplicidade e simpatia.

Aos meus orientadores e amigos: Profa. Dra. Maria Cristina, Profa. Dra.Marilac,

Mv.Wendell, Mv.Robério, Mv.Carlos Aurélio, Prof. Dr. Edvaldo, Mva Carina, Profa.

Andréia e ao Mv.Tiago pela paciência, amizade e por terem colaborado na minha formação

profissional.

Aos meus amigos: Carlos Hedman, Daniel Holanda, Ricardo, Diana, Cristina, Tercio,

Elizabeth, Adonai, Luciana, Fabricia, Ives, Samuel, Álvaro, Diones, Renata, Leonardo,

Michel, Daniel, Alberto, Daniel Aragão, Artur, Fred, Édipo, Victor, Rafael, Toni, Jobson,

Orestes, Elton e outros amigos pela amizade e por todos os bons momentos vividos juntos e

por terem contribuído muito pelo meu crescimento.

7

Page 8: MONOGRAFIA ESOalex

S U M Á R I O

PÁGINA

LISTA DE ABREVIATURAS.................................................................................iiLISTA DE FIGURAS...............................................................................................ivLISTA DE TABELAS..............................................................................................vRESUMO...................................................................................................................vi

I.DESCRIÇÃO DAS CONDIÇÕES RELACIONADAS AO ESTÁGIO1. Descrição resumida da Entidade onde foi realizado o estágio.........12. Descrição das atividades de estágio....................................................3

II. CASO DE INTERESSE1. INTRODUÇÃO................................................................................... 122. REVISÃO DE LITERATURA...........................................................13

2.1 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CAVIDADE PLEURAL....132.2 ETIOLOGIA.................................................................................142.3 ACHADOS CLINICOS................................................................142.4 DIAGNÓSTICO............................................................................17

2.4.1 ABORDAGEM DIAGNÓSTICA............................172.4.2 RADIOGAFIA TORÁCICA...................................182.4.3 ULTRASSONOGRAFIA.........................................202.4.4 TORACOCENTESE................................................202.4.5 TORACOTOMIA EXPLORATÓRIA /

BIOPSIA PLEURAL.................................242.4.6 TÉCNICA CIRÚRGICA DA TORACOTOMIA

EXPLORATÓRIA.....................................252.5 TRATAMENTO...........................................................................26

3. MATERIAL E MÉTODOS................................................................284. RESULTADOS E DISCUSSÃO ........................................................335. CONCLUSÃO......................................................................................6. CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS..............................................8. ANEXOS...............................................................................................

Page 9: MONOGRAFIA ESOalex

LISTA DE ABREVIATURAS

av.: avenida

BID: Duas vezes ao dia

Bpm: Batimento por minuto

céls.: Células

CHCM: Concentração de hemoglobina corpuscular média

cm: centímetro

dl: decilitro

Dr.: Doutor

Dra.: Doutora

DTUIF: Doença do trato urinärio inferior dos felinos

ECG: Eletrocardiograma

EIC: Espaço intercostal

ESO: Estágio supervisionado obrigatório

FAVET: Faculdade de veterinária

FC: Freqüência cardíaca

FR: Freqüência respiratória

g: grama

Ht: Hematócrito

HV: Hospital veterinário

IV: Intravenoso

Kg: Quilograma

mg: miligrama

ml: mililitro

mmHg: milimetro mercúrio

mpm: movimentos por minuto

Mv.: Médico veterinário

Mva.: Médica veterinäria

OSH: Ovário salpingo histerectomia

ii

Page 10: MONOGRAFIA ESOalex

PE: Pernambuco

Prof.: Professor

Profa.: Professora

s/n: sem numero

SID: uma vez ao dia

TR: Temperatura retal

TVT: Tumor venérieo transmissível

U/L: Unidade por litro

UFRPE: Universidade federal rural de pernambuco

UHV: Unidade hospitalar veterinário

UNIVET: Hospital veterinário Wilson Berlamino

VCM: Volume corpuscular médio

VO: Via oral

μ: micron

μl: microlitro

%: por cento

ºC: graus celcios

iii

Page 11: MONOGRAFIA ESOalex

LISTA DE FIGURAS

FIGURAS PÁGINA

Figura 01- O animal antes de ser realizada a toracotomia..................................................43

Figura 02- Coágulo retirado através da toracocentese no dia 09/10/2006......................... 45

Figura 03- Incisão dos músculos........................................................................................ 45

Figura 04- Acesso ao hemitórax direito............................................................................. 45

Figura 05- Tecido retirado do hemitórax esquerdo............................................................ 46

Figura 06- Osso retirado no espaço pleural do hemitórax esquerdo.................................. 46

Figura 07- Toracorrafia e colocação da sonda torácica......................................................46

iv

Page 12: MONOGRAFIA ESOalex

LISTA DE TABELAS

TABELA PÁGINA

Tabela 1- Número e percentual de animais acompanhados na área da clinica no

HV-UFRPE no período de 07/08/2006 à 29/09/2006.........................................................01

Tabela 2- Peso ovariano de cabras pré-púberes, adultas e em pós-

parto.....................................................................................................................................02

Tabela 3- Casos clínicos acompanhados e atendidos no HV-UFRPE no período de

07/08/2006 à 29/09/2006.....................................................................................................

Tabela 4- Procedimentos cirúrgicos acompanhados no HV-UFRPE no período de

07/08/2006 à 29/09/2006.....................................................................................................

Tabela 5- Número e percentual de animais acompanhados na área da clinica no UHV-

UECE no período de 04/10/2006 à 01/11/2006...................................................................

Tabela 6- Casos clínicos acompanhados na UHV-UECE no período de 04/10/2006 à

01/11/2006...........................................................................................................................

Tabela 7- Casos clínicos acompanhados e atendidos no UHV-UECE no período de

04/10/2006 à 01/11/2006.....................................................................................................

Tabela 8- Procedimentos cirúrgicos acompanhados no UHV-UECE no período de

04/10/2006 à 01/11/2006.....................................................................................................

Tabela 9- Análise comparativa de derrames pleurais coletados de uma toracocentese para

fins de diagnostico...............................................................................................................

Tabela 10- Hemogramas completo realizados no dia 27/09/2006, 09/10/2006, 11/10/2006,

16/10/2006 e 07/11/2006 (Lion).........................................................................................

v

Page 13: MONOGRAFIA ESOalex

RESUMO

A primeira etapa desta monografia será abordada a descrição da entidade onde foi realizado o estágio e descrição das atividades realizadas. Na segunda etapa, será abordado o caso de interesse, hemotórax, mostrando suas possíveis etiologias, meios de diagnósticos e alguns tipos de tratamento. Será abordado também, um caso clínico, referente a esta doença, ocorrido durante o período do Estágio Supervisionado Obrigatório. O hemotórax é caracterizado por uma hemorragia no espaço pleural que pode levar a desconforto respiratório grave devido à hipovolemia súbita e anemia, bem como interferência na expansão pulmonar e pode ser associado com traumatismo, coagulopatia sistêmica, torções do lobo pulmonar ou lesões erosivas dentro do tórax (geralmente neoplasia). Foi atendido na UHV um cão, da raça pinsher, 9 anos, apresentava mucosas hipocoradas, turgor cutâneo normal, caracterizando hidratação normal, temperatura retal de 37ºC, dispnéico, ortopneico, e ficava em posição de sentado todo o tempo. Foram realizados hemograma completo, radiografia torácica, ultrassonografia abdominal, eletrocardiografia, medição da pressão arterial, exame e citologia do liquido pleural, toracotomia exploratória e o histopatológico do tecido retirado da toracotomia. Os sinais clínicos e exames complementares sugeriram o diagnóstico de hemotórax. Foi utilizado como tratamento a retirada do corpo estranho na cavidade pleural do lado esquerdo através de uma toracotomia exploratória; a utilização de medicamentos anti-hipertensivos: furosemida e benazepril; fluidoterapia intravenosa; e tratamento contra uma possível hemoparasitose que causa uma coagulopatia sistêmica através dos medicamentos doxiciclina e diaceturato de 4,4’-diazomino dibenzamidina. O animal melhorou apresentando uma respiração eupneica. No dia 13 de novembro o animal retornou a clínica com sinais clínicos neurológicos sendo eutanasiado no dia 20 de novembro de 2006. No exame post-mortem revelou que na região torácica presença de aderência entre os lobos pulmonares e entre os pulmões e a parede torácica, presença de fibrina na parede torácica, pulmões atelectásicos e hemorragia e edema pulmonar.

vi

Page 14: MONOGRAFIA ESOalex

I - DESCRIÇÃO DAS CONDIÇÕES RELACIONADAS AO

ESTÁGIO

1) DESCRIÇÃO DA ENTIDADE

O estágio supervisionado obrigatório (ESO) foi realizado em dois locais: no Hospital

Veterinário (HV) da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) e Unidade

hospitalar veterinário na Universidade Estadual do Ceará (UHV-UECE).

O hospital veterinário da UFRPE é localizada na avenida Manoel de Medeiros s/n,

bairro dois irmãos, Recife-Pe, no período de 07/08/2006 à 29/09/2006, perfazendo uma

carga horária de 366 horas e funciona de segunda a sexta-feira, das 8:00 às 19:00 horas. O

atendimento clínico a pequenos animais é realizado em cinco consultórios e o semi-

internamento é realizado numa sala de soroterapia com capacidade para quinze animais. O

atendimento cirúrgico é composto por três consultórios, uma sala de tricotomia, uma sala

paramentação, uma sala de esterilização e três salas de cirurgia. Além de propor serviços

nas especialidades de radiologia, eletrocardiografia, ultra-sonografia, patologia clínica,

anatomia patológica, acupuntura, fisioterapia, oftalmologia, ortopedia e traumatologia,

neurologia e cardiologia.

O estágio realizado na UHV-FAVET localizada na avenida Paranjana, n 1700,

durante o período de 03/10/2006 à 01/11/2006, com um total de 126 horas e funciona de

segunda a sexta-feira, das 8:00 às 12:30 e das 13:30 às 18:00 horas, oferecendo serviços de

clínica Médica e Cirúrgica Geral e nas especialidades de Ortopedia e Traumatologia,

Anestesiologia, Dermatologia, Oftalmologia, Ultrassonografia com apoio laboratorial de

patologia Clínica e Anatomia Patológica. O atendimento Clínico é realizado em três

consultórios e o semi-internamento nas duas salas de fluidoterapia, sendo uma sala para

1

Page 15: MONOGRAFIA ESOalex

pacientes com doenças infecto-contagiosas e uma sala para pacientes em pré e pós-

cirúrgico. O centro cirúrgico é composto por uma sala de preparação do paciente, uma sala

de paramentação, uma sala de cirurgia e uma sala de esterilização.

2

Page 16: MONOGRAFIA ESOalex

2) DESCRIÇÃO DAS ATIVIDADES DO ESTÁGIO

No estágio realizado no HV-UFRPE, teve como atividades desenvolvidas a

assistência e participação na área de clínica médica e cirúrgica constituído por anamnese,

exame clínico, determinação do provável diagnóstico e quando necessário requisição de

exames complementares; acompanhamento no pré, trans e o pós-cirúrgico;

acompanhamento das aulas práticas de clínica cirúrgica; orientação aos proprietários dos

cuidados com o animal no pré e pós-operatório; proceder a anestesia geral e dissociativa;

prescrever o tratamento dos animais no pré e pós-operatório e a reavaliação clinica aos

animais submetidos a tratamento.

No estágio realizado na UHV-UECE teve como atividades nas áreas de clínica

médica e cirurgia, desempenhando funções no atendimento clínico de pequenos animais,

auxílio nos procedimentos cirúrgicos e anestésicos e procedimentos no semi-internamento.

Tabela 1- Número e percentual de animais acompanhados na área da clinica no HV-

UFRPE no período de 07/08/2006 à 29/09/2006

Animal Quantidade %

Caninos 126 85,71

Felinos 21 14,28

3

Page 17: MONOGRAFIA ESOalex

Tabela 2- Distribuição numérica e percentual dos casos clínicos acompanhados e

atendidos no HV-UFRPE no período de 07/08/2006 à 29/09/2006

Casos clínicos Caninos Felinos total %

Aborto 2 - 2 1,3

Anemia 1 - 1 0,68

Ascite 1 - 1 0,68

Broncopneumonia 2 2 4 2,72

Cinomose 14 - 14 9,52

Cistite 1 1 1 0,68

Controle - 1 1 0,68

Dermatite não diagnosticada 6 - 6 4,08

Dermatite por contato de pulga 2 - 2 1,3

Dermatite alérgica 5 1 6 4,08

Dermatofitose 3 - 3 2,04

Diabetes 1 - 1 0,68

Displasia coxo-femural 3 - 3 2,04

DTUIF - 4 4 2,72

Edema na articulação úmero-

radio-ulnar- 1 1 0,68

Edema

pulmonar/cardiomegalia1 - 1 0,68

Entrópio 1 - 1 0,68

Enucleação 1 - 1 0,68

Epilepsia 3 1 4 2,72

Erlichiose 11 - 11 7,48

Escoriações 2 1 3 2,04

4

Page 18: MONOGRAFIA ESOalex

Esofagite por corpo estranho 2 - 2 1,3

Fratura de fêmur - 3 3 1,3

Fratura de pelve 1 - 1 0,68

Fratura de úmero 1 - 1 0,68

Fratura radio-ulnar 1 - 1 0,68

Gastroenterite 5 - 5 3,4

Gengivite - 1 1 0,68

Gengivite/esofagite - 1 1 0,68

Gestação 3 - 3 2,04

Hérnia perineal 1 - 1 0,68

Lipoma 1 - 1 0,68

Luxação coxo-femural 1 1 2 1,3

Megaesôfago 1 - 1 0,68

Obesidade 1 - 1 0,68

Osteossarcoma 1 - 1 0,68

Otite 6 - 6 4,08

Hematoma auricular 1 - 1 0,68

Paresia dos membros

posteriores1 - 1 0,68

Parto distócico 2 - 2 1,3

Periondontite/tártaro 5 - 5 3,4

Piodermatite 3 - 3 2,04

Piometrite 9 - 9 6,12

Politraumatismo por

atropelamento2 1 3 2,04

Prolapso retal - 1 1 0,68

Sarna 3 - 3 2,04

Síndrome vestibular 1 - 1 0,68

Traqueíte - 1 1 0,68

Trauma na coluna vertebral 1 - 1 0,68

5

Page 19: MONOGRAFIA ESOalex

Tumor de mama 5 - 5 3,4

Tumor dérmico 2 - 2 1,3

TVT 2 - 2 1,3

Verminose 5 - 5 2,04

Total 126 21 147 100,0

Tabela 3- Casos clínicos acompanhados e atendidos no HV-UFRPE no período de

07/08/2006 à 29/09/2006

Aparelho/Sistemas/outros Canino Felino %

Aparelho auditivo 6 - 4,08

Aparelho locomotor 9 6 10,2

Aparelho ocular 2 - 1,3

Aparelho respiratório 3 3 6

Doenças infecciosas 25 - 17

Neoformações 11 - 7,48

Outros casos 8 3 7,48

Sistema neurológico 5 2 4,76

Sistema reprodutor 16 - 10,88

Sistema tegumentar 21 1 14,96

Sistema urinário 1 4 3,4

Sistemas orogastrointestinal 19 2 14,28

Total 126 21 147\100,0

6

Page 20: MONOGRAFIA ESOalex

Tabela 4- Procedimentos cirúrgicos acompanhados no HV-UFRPE no período de

07/08/2006 à 29/09/2006

Casos cirúrgicos Caninos Felinos Total %

Amputação de m.posterior 2 - 2 1,92

Cistotomia 5 - 5 4,8

Correção de hematoma auricular 2 - 2 1,92

Deiscência de sutura 1 - 1 0,96

Enucleação 1 2 3 2,88

Exerese de pólipo 3 - 3 2,88

Exerese de saco anal 2 - 2 1,92

Exerese de tumor dérmico 4 - 4 3,84

Gastrotomia 1 - 1 0,96

Hérnia inguinal 2 - 2 1,92

Mastectomia 11 2 13 12,5

Orquiectomia (prostatomegalia) 1 - 1 0,96

Orquiectomia (sertolioma) 2 - 2 1,92

Orquiectomia eletiva 1 2 3 2,88

OSH (cesariana) 3 1 4 3,84

OSH (fetos mortos) 4 5 9 8,65

OSH (piometra) 8 - 8 7,69

OSH eletiva - 24 24 23,07

Osteossintese de fratura de

mandíbula

1 - 1 0,96

Osteossintese de fratura de rádio-

ulna

1 - 1 0,96

Osteossintese de fratura de úmero 1 - 1 0,96

Osteotomia de cabeça e colo

femural

2 - 2 1,92

Parto normal 1 - 1 0,96

Retirada de pino 1 - 1 0,96

7

Page 21: MONOGRAFIA ESOalex

Tartarectomia 3 - 3 2,88

Total 63 41 104 100

Tabela 5- Número e percentual de animais acompanhados na área da clinica no

UHV-UECE no período de 04/10/2006 à 01/11/2006

Animal Quantidade %

Canino 79 88,76

Felino 10 11,23

Tabela 6- Casos clínicos acompanhados na UHV-UECE no período de 04/10/2006 à

01/11/2006

Casos clínicos Caninos Felinos Total %

Ceratoconjuntivite seca 1 - 1 1,12

Cinomose 4 - 4 4,48

Conjuntivite 1 - 1 1,12

Dermatite por picada de

piolho

- 1 1 1,12

Diabetes 1 - 1 1,12

Displasia coxo-femural 1 - 1 1,12

DTUIF - 3 3 3,37

Epilepsia 1 - 1 1,12

Erlichiose 10 - 10 11,2

8

Page 22: MONOGRAFIA ESOalex

Escoriações 2 2 4 4,48

Fratura de fêmur 3 - 3 3,36

Fratura de rádio-ulna 1 - 1 1,12

Gastroenterite 3 1 4 4,48

Hemotórax 1 - 1 1,12

Hipocalcemia 1 - 1 1,12

Imunização 7 - 7 7,84

Insuficiência renal crônica 2 - 2 2,24

Leishmaniose 2 - 2 2,24

Linfoma 1 - 1 1,12

Lipoma 1 - 1 1,12

Luxação patelar 1 - 1 1,12

Malassezia 1 - 1 1,12

Megaesôfago 1 - 1 1,12

Metrite 1 - 1 1,12

Otite 3 - 3 3,37

Paresia dos menbros

posteriores

1 1 2 2,24

Parvovirose 1 - 1 1,12

Periondontite 3 - 3 3,37

Piodermatide 8 - 8 8,96

Piometrite 1 - 1 1,12

Retirada de pontos 7 2 9 10,08

Ruptura do ligamento

cruzado

1 - 1 1,12

Tumor de mama 6 - 6 6,72

Úlcera de córnea 1 - 1 1,12

Total 79 10 89 100

9

Page 23: MONOGRAFIA ESOalex

Tabela 7- Casos clínicos acompanhados e atendidos no UHV-UECE no período de

04/10/2006 à 01/11/2006

Aparelho/sistemas/

outrosCaninos Felinos total %

Aparelho auditivo 3 - 3 3,36

Aparelho locomotor 7 - 7 7,84

Aparelho ocular 3 - 3 3,36

Doenças infecciosas 18 - 18 20,16

Imunização 7 - 7 7,84

Neoformações 7 - 7 7,84

Outros casos 4 - 4 4,48

Retirada de pontos 7 2 9 10,08

Sistema neurológico 2 1 3 3,36

Sistema orogatrointestinal 8 1 9 10,08

Sistema reprodutor 2 - 2 2,24

Sistema tegumentar 11 3 14 15,68

Sistema urinário 2 3 5 5,6

Total 79 10 89 100

Tabela 8- Procedimentos cirúrgicos acompanhados no UHV-UECE no período de

04/10/2006 à 01/11/2006

Casos cirúrgicos Canino Felino Total %

Cistotomia 1 - 1 3,33

Correção de hematoma auricular 2 - 2 6,66

Correção deiscência de sutura 1 - 1 3,33

Denervação da cápsula articular 2 - 2 6,66

10

Page 24: MONOGRAFIA ESOalex

femural

Exerese de tumor 2 - 2 6,66

Mastectomia 5 - 5 16,66

Orquiectomia - 1 1 3,33

OSH eletiva - 1 1 3,33

OSH (cesariana) 3 - 3 9,99

OSH (fetos mortos) - 2 2 6,66

OSH (piometra) 2 - 2 6,66

Osteossíntese de fratura de fêmur 2 - 2 6,66

Osteossíntese de fratura de

mandíbula1 - 1 3,33

Profilaxia oral 2 1 3 9,99

Ressecção da cabeça femural 1 - 1 3,33

Toracotomia 1 - 1 3,33

Total 25 5 30 100

11

Page 25: MONOGRAFIA ESOalex

II . CASO DE INTERESSE

1. INTRODUÇÃO

Hemotórax é um acúmulo de sangue na cavidade torácica, mas o termo pode ser

usado para designar exsudatos com componente sanguíneo.(López, A., 1998) As efusões

hemorrágicas são macroscopicamente avermelhadas em função do grande conteúdo de

hemácias e possuem mais de 3g/dl de proteína e mais de 1000 células nucleadas/µl, com

distribuição similar aquela encontrada no sangue periférico.(HAWKINS, 1998)

Sangramento extenso no interior da cavidade torácica pode levar a desconforto

respiratório grave devido à hipovolemia súbita e anemia, bem como interferência na

expansão pulmonar.(RAFFE, 2002)

Com o passar do tempo, o número de neutrófilos e macrófagos aumenta nos

exsudados da efusão, e a eritrofagocitose, da mesma forma que a resposta inflamatória, está

presente distinguindo o hemotórax de uma amostra resultante de trauma. Hipovolemia e

anemia podem contribuir para os sinais clínicos ( HAWKINS, 1998).

O sinal mais comum associado ao derrame pleural é a falta de ar. Dependendo da

causa, alguns pacientes podem apresentar-se tosse, febre, ou com o achado subjetivo da dor

pleural (promovido pela firme palpação dos espaços intercostais). (BAUER, WOODFILD,

2001).

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Page 26: MONOGRAFIA ESOalex

2. REVISÃO DE LITERATURA

2.1 ANATOMIA E FISIOLOGIA DA CAVIDADE PLEURAL

A pleura é uma membrana macroscópica de origem mesotelial. Anatomicamente, a

pleura reveste as superfícies do gradil costal, mediastino, e pulmão (BAUER, 1989). O lado

interno de cada hemitórax é coberto por uma pleura parietal, enquanto a superfície dos

lobos pulmonares é coberta por uma pleura visceral Essas duas superfícies encontram-se

em contato próximo e são contíguas entre si no hilo (RAFFE, 2002).

O espaço potencial entre as pleuras visceral e parietal é conhecido como cavidade

pleural; este espaço contém alguns mililitros de liquido que lubrifica a superfície durante os

movimentos respiratórios (BAUER, WOODFILD, 2001). O teor protéico do líquido pleural

é normalmente baixo (1,5 g/dl), mas as forças de “Starling” resultantes favorecem a

filtração de liquido para o espaço pleural que é removido por vasos linfáticos que se

comunicam diretamente com o espaço pleural através de orifícios (estomas) na superfície

na superfície parietal (ROBINSON, 1999). Ao contrário do que ocorre em seres humanos,

quase todos os animais de companhia apresentam-se com apenas um único espaço pleural

contíguo, existente em decorrência das fenestrações do mediastino; assim, o liquido pleural

se comunica livremente entre o hemitórax direito esquerdo. (BAUER, WOODFILD, 2001).

A irrigação vascular da pleura visceral é distinta da irrigação vascular da pleura parietal. A

irrigação visceral se faz principalmente via artéria pulmonar; entretanto, a circulação

arterial brônquica desempenha papel importante e a irrigação sanguinea da pleura parietal

evolui a partir dos ramos da circulação interna na parede torácica (BAUER, WOODFILD,

2001).

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Page 27: MONOGRAFIA ESOalex

2.2 ETIOLOGIA

As causas incluem a ruptura de um vaso sanguíneo por trauma grave (por exemplo,

atropelamento de carro), torções do lobo pulmonar, erosão da parede vascular por células

malignas ou inflamação ( exemplo, aortite causada por Spirocerca lupi) ou rupturas de

aneurismas. Pode resultar também de defeitos de coagulação e é geralmente agudo e fatal.

(LÓPEZ, 1998; RAFFE, 2002; HAWKINS, 1998). Na ausência de história de traumatismo,

o envenenamento por warfarin talvez seja a causa mais provável de hemorragia intrapleural

grave (CLARK, 2001).

A angústia respiratória pelo hemotórax pode constituir-se no único sinal clínico em

animais com algum distúrbio hemorrágico, incluindo intoxicação por rodenticidas

(HAWKINS, 1998). O tempo de coagulação ativada e a contagem de plaquetas deverão ser

efetuadas precocemente na avaliação desses animais. Testes de coagulação mais específicos

(ou seja, tempo de protrombina e tempo de protromplastina parcial) podem ser indicados,

espacialmente se houver evidência de hemorragia em qualquer parte do corpo (HAWKINS,

1998). O hemangiossarcoma do coração ou dos pulmões é uma causa neoplásica comum de

efusão hemorrágica, mas as células malignas raramente são identificadas citologicamente

(HAWKINS, 1998).

A insuficiência cardíaca do lado direito e biventricular representam importantes

causas de derrame pleural. Neoplasia, derrame parapneumônico (exsutados inflamatórios

assépticos), e embolia ou trombose pulmonar podem, sem exceção, coexistir com

cardiopatia conhecida, particularmente em pacientes mais idosos (KNIGHT, 1989;

JACOBS, 1986). A insuficiência do ventrículo esquerdo seja capaz de produzir derrames,

eles tendem a não ser muito volumoso, no entanto, num modelo canino experimental foi

demonstrado que a hipertensão venosa sistêmica produz maior volume de liquido pleural,

que a hipertensão das veias pulmonares (BAUER, WOODFILD, 2001).

2.3 ACHADOS CLÍNICOS

Há um número relativamente pequeno de sinais clínicos exibidos por animais com

distúrbios torácicos. Estes sinais, que podem ocorrer regulamente ou que se desenvolvem

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Page 28: MONOGRAFIA ESOalex

insidiosamente ao longo de vários dias ou semanas, são freqüentemente alarmantes para o

cliente, e lhe causam graus variáveis de desconforto. Além da revisão completa dos

sistemas, é importante a obtenção, junto ao cliente, da descrição pormenorizada dos sinais

de sua progressão. (BAUER, WOODFILD, 2001)

O acúmulo de líquido no espaço pleural, em decorrência do desequilíbrio entre a

formação e a reabsorção de fluido ou por alteração na drenagem linfática denominado de

efusão pleural, classifica-se em dois tipos: 1 – Transudato: surge quando há aumento da

pressão hidrostática ou diminuição da pressão oncótica na microcirculação. Como

exemplos podemos citar: insuficiência cardíaca congestiva, cirrose, glomerulonefrite,

embolia pulmonar, e hipoalbuminemia. 2 – Exsudato: ocorre por aumento da

permeabilidade na microcirculação ou distúrbio na drenagem linfática do espaço pleural,

exemplos: doenças infecciosas, neoplásicas, colágeno- vasculares, gastrintestinais,

induzidas por drogas, hemotórax, quilotórax ,uremia, obstrução do trato urinário. As

manifestações clínicas mais associadas são dispnéia progressiva, tosse tipicamente não

produtiva e dor pleurítica. A dispnéia é o achado mais comum, geralmente indicando

grandes efusões; em quantidades maiores observam-se macicez, redução do murmúrio

vesicular, do frêmito toracovocal e da expansibilidade torácica. Existem quatro tipos

principais de fluidos no espaço pleural: seroso (hidrotórax),sangue (hemotórax), lipídico

(quilotórax) e purulento (piotórax ou empiema).(SILVA, MACEDO, 2003)

Os sinais de choque hemorrágico tornam-se óbvia quando um cão perde 30 ml de

sangue/Kg e um choque grave ocorre quando um cão perde 40 ml/kg e deve-se acumular

cerca de 30 ml/Kg de fluido no espaço pleural antes do cão exibir qualquer sinal de

dificuldade respiratória em repouso e, pelo menos, 50 a 60 ml/Kg antes de um cão exibi

uma dispnéia grave.(Crowe, 1988). Conseqüentemente, não se pode considerar a ausência

de dispnéia para descartar uma hemorragia torácica e o aumento da freqüência respiratória

que ocorre com um hemotórax se deve em grande parte a um choque hipovolêmico

(CLARK, 2001).

Freqüentemente o grau de dispnéia não se correlaciona diretamente com o volume do

liquido pleural. Uma afecção pulmonar parenquimatosa, anemia, ou insuficiência cardíaca

congestiva concomitante podem desempenhar papel importante no quadro clinico.

15

Page 29: MONOGRAFIA ESOalex

Pacientes mesmo com volumes extremamente grandes de liquido podem tolerá-los com

pouca dispnéia, casos estes volumes tenham acumulado cronicamente (RAFFE, 2002).

A tosse é achado variável, frequentemente cães podem tossir, em decorrência da

compressão dos brônquios por grandes derrames(NOONE, 1985).

A febre é um achado não limitado a pacientes com derrames de etiologia infecciosa.

Distúrbios imunológicos, neoplasia, e traumatismo podem estar associados a febre

episódica. A febre pode estar associada a grandes derrames pleurais em cães, em

decorrência da ventilação e troca de calor pouco eficiente (BAUER, WOODFILD, 2001).

Pacientes com grandes derrames pleurais podem apresentar alterações perceptíveis na

conformação do gradil costal (BAUER, 1989). Na presença de derrames unilaterais, o

hemitórax afetado pode formar um abaulamento palpável, gerando aspecto assimétrico no

tórax. Os músculos intercostais podem estar aplainados ou convexos durante a palpação, e

pode ser percebida a ausência de impulso cardíaco palpável (BAUER, WOODFILD, 2001).

Derrames pleurais de qualquer magnitude significativa podem ser detectados pela

percussão torácica que atende a duas forças principais: a identificação dos limites

anatômicos normais da estruturas torácicas e extratorácicas, e a determinação da presença

ou não de pulmões aerados em locais apropriados. Visto ser subjetiva a interpretação dos

sons percutidos (do mesmo modo que os sons respiratórios), há necessidade da prática

considerável para o clínico obtenha técnica de percussão confiável (BAUER, WOODFILD,

2001).

A percussão sobre o pulmão normal produz vibração de baixa freqüência responsável

pela nota ressonante obtida. Quando certas estruturas subjacentes estão densas, por

exemplo, sobre a região cardíaca, uma parte pulmonar consolidada, liquido pleural, ou

outras massas pulmonares, é observado o amortecimento característico da vibração. O

caráter da nota obtida varia com a área do tórax examinada, com a quantidade de tecido

subcuticular, e profundidade da respiração ou postura do corpo. É suficiente a

caracterização do som “normal”, ou “amortecido”. Foi relatada a ocorrência de hiper-

ressonância em casos de enfisema ou pneumotórax, mas este caso é de difícil identificação.

(BAUER, WOODFILD, 2001).

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Page 30: MONOGRAFIA ESOalex

2.4 DIAGNOSTICO

2.4.1 ABORDAGEM DIAGNÓSTICA

Os clínicos que lidam com distúrbios torácicos têm a sua disposição diversas técnicas

diagnósticas (NOONE, 1985) e podem ser divididas em categorias, com base em sua

invasividade e resultados diagnósticos; evidentemente é preferível a utilização de

procedimentos com mínima invasividade e com resultados diagnósticos consideráveis.

Infelizmente, no campo da medicina torácica, poucos procedimentos são dotados de ambas

características (BAUER, WOODFILD, 2001).

A primeira categoria consiste de procedimentos que necessitam de mínima

invasividade, mas que em geral não geram diagnóstico definitivo. Embora estes

procedimentos possam sugerir processo patológico, a confiança do clínico unicamente

nestes estudos diagnósticos poderá levar a sérios erros. Estes procedimentos são: história,

exame físico, radiografias torácicas, eletrocardiografia, avaliação hematológica, estudos

bioquímicos, e analise dos gases sanguíneos (BAUER, WOODFILD, 2001).

A segunda categoria se constitui de procedimentos que necessitam de mínima

invasividade, e que podem fornecer o diagnóstico definitivo, quando combinados a

procedimentos classificados no primeiro grupo. Entre estes procedimentos, citamos: testes

sorológicos, urocultura, hemocultura, coloração de Gram, aspiração de linfonodo periférico

e a citologia (BAUER, WOODFILD, 2001).

A categoria final consiste de procedimentos invasivos e que podem representar risco

significativo para alguns pacientes; mas estes procedimentos fornecem os resultados

diagnósticos mais proveitosos. Estes procedimentos proporcionam as informações mais

valiosas e, na maioria dos casos, representam riscos menores que a toracotomia. São, em

ordem crescente de invasividade: cintigrafia pulmonar (varredura de ventilação/perfusão),

tela conversora de varredura, varredura de ressonância magnética, tomografia por emissão

de pósitrons, aspiração transtraqueal, toracocentese, laringoscopia, broncoscopia,

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Page 31: MONOGRAFIA ESOalex

broncosgrafia, biópsia pleural percutânea, cateterização cardíaca e angiografia, biópsia por

agulha de corte, mediastinoscopia, toracoscopia, e biópsia a pulmão aberto (BAUER,

WOODFILD, 2001).

A presteza com que o clínico prossegue, a partir dos procedimentos não invasivos, em

sua busca por um diagnostico, depende da situação clinica. No paciente seriamente

enfermo, o diagnóstico definitivo deve ser obtido com maior rapidez possível, podendo

justificar-se o uso imediato de procedimentos invasivos o progresso clinico do paciente

devera ditar as técnicas utilizadas; alterações no estado clínico devem levar a mudanças

apropriadas na abordagem diagnostica (BAUER, WOODFILD, 2001).

2.4.2 RADIOGRAFIA TORÁCICA

A radiografia torácica permanece ainda um instrumento utilíssimo na investigação da

patologia torácica. (SUDER, LORD, 1984) Embora haja um número limitado de modos

pelos quais o pulmão, mediastino e pleura podem reagir à lesão (produzindo padrões

radiográficos), a radiografia torácica é de valor estimável, quando interpretada à luz de

outras informações clinicas. Sempre que possível, devem ser avaliados os estudos

previamente efetuados, pois eles podem documentar a progressão do distúrbio e, em alguns

casos, podem proporcionar um estudo normal, para fins de comparação. A radiografia de

rotina permanece sendo a pedra angular do diagnóstico, mas também é a peça de

informação que, com mais freqüência, é interpretada de maneira equivocada, sendo que

quase todos os erros são de omissão, exemplos: não obtenção de duas incidências

radiográficas, a tentativa de avaliação de exposições tecnicamente inadequadas e a não

colaboração dos diagnósticos radiográficos com as informações diagnósticas clinicas

auxiliares. Uma objetividade imparcial, e a não familiaridade com relação ao paciente e ao

cliente podem resultar em observações úteis, que passaram despercebidas nas avaliações

iniciais (BAUER, WOODFILD, 2001).

18

Page 32: MONOGRAFIA ESOalex

A pleura contorna cada lobo pulmonar e recobre a cavidade torácica, sendo que em

condições normais, ela não é visível radiograficamente, e os lobos pulmonares isolados não

podem ser distinguidos. As anormalidades da pleura e da cavidade pleural incluem

espessamento pleural, efusão pleural e pneumotórax. (HAWKINS, 1998)

Quando está presente um derrame significativo no interior do interior do espaço

pleural, a separação entre a pleura visceral e pulmão cheio de ar, e a superfície pleural

parietal provoca redução na condução do som o que resulta numa característica queda ou

abafamento dos sons respiratórios auscultáveis, e no amortecimento dos sons, por ocasião

da percussão. (BAUER, THOMAS, 1983)

O espessamento pleural assume a aparência de uma linha densa e fina de liquido entre

os lobos pulmonares onde a pleura é perpendicular ao feixe de raios X. Essas se encurvam

da periferia em direção à região hilar e são conhecidas como linhas de fissura pleural. As

linhas podem ocorrer como resultado de doença pleural anterior e fibrose subseqüente,

pleurite moderadamente ativa ou efusão pleural de pequeno volume. (Hawkins E.C., 1998)

O aspecto radiográfico de um derrame pleural é determinado pelo recuo elástico do

pulmão volume do derrame, gravidade, posição do paciente e desobstrução do mediastino

(derrame uni e ou bilateral) (BAUER, WOODFILD, 2001).

A efusão pleural é visível radiograficamente após acúmulo de 50 a 100 ml na

cavidade pleural, dependendo do tamanho do animal. A efusão precoce assume a aparência

de linhas de fissura pleural e podem ser confundidas com espessamento pleural. À medida

que se acumula liquido, os lobos pulmonares retraem-se e as bordas dos pulmões tornam-se

redondas. O arredondamento dos ângulos caudodorsais dos lobos pulmonares caudais é

especialmente observado. O liquido confunde-se com o coração e o diafragma, mascarando

suas bordas. Os pulmões flutuam no topo do liquido, deslocando a traquéia dorsalmente e

causando a ilusão de uma massa mediastinal ou cardiomegalia. Quanto mais liquido se

acumula, mais o parênquima pulmonar aparece anormalmente denso como resultado d

expansão incompleta e por fim os lobos se colapsam (HAWKINS, 1998).

19

Page 33: MONOGRAFIA ESOalex

2.4.3 ULTRA-SONOGRAFIA

A ultra-sonografia está indicada na avaliação do diagnóstico em cães e gatos com

efusão pleural na busca de massas, hérnia diafragmática, torção de lobo pulmonar e doença

cardíaca. As massas mediastinais que envolvem o parênquima pulmonar adjacente à parede

torácica e aquelas que se estendem dentro do tórax a partir da parede torácica podem ser

identificadas e sua ecogenicidade avaliada. A ultra-sonografia também pode ser utilizada

para guiar instrumentos de biopsia para a lesão, apesar de apenas massas sólidas poderem

ser biopsiadas de forma segura, além disso, ainda é útil para direcionar a posição da agulha

durante a toracocentese em animais com acumulo localizado de liquido pleural (BAUER,

WOODFILD, 2001).

2.4.4 TORACOCENTESE

Tecnicamente, a toracocentese deve ser efetuada em todos os pacientes com derrame

pleural não previamente examinados. Visto que todos os liquido pleurais (sangue,

exsudatos, e transudatos) são radiograficamente indiferenciaveis, a toracentese é essencial

para o estabelecimento do diagnóstico definitivo (NOONE, 1985). Além disto, a remoção

do liquido melhora a visualização radiográfica do pulmão e da pleura, e também fornece

alívio à dispnéia associada a esta complicação (BAUER, WOODFILD, 2001).

As pssiveis complicações da toracocentese são pneumotórax causado pela laceração

dos pulmões, hemotórax e piotórax iatrogênico e são extremamente raras se a técnica

utilizada for correta e cuidadosa (HAWKINS, 1998).

O sangue perdido no interior do espaço pleural geralmente não coagula, isso se deve

à desfibrinação rápida e à ativação de mecanismos fibrinolíticos e se uma amostra obtida

por meio de toracocentese coagular, isso sugerirá que a amostra foi obtida por meio de

danos traumáticos em uma outra estrutura.(CLARK, 2001)

Um derrame hemorrágico deve ser diferenciado de sangue sistêmico coletado

inadvertidamente durante a toracocentese por meio dos sequintes critérios (a menos que a

hemorragia seja superaguda): o sangue dentro da cavidade pleural é desfibrinado

rapidamente e não coagulará; o hematócrito (Ht) do derrame fica menor do que o do sangue

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Page 34: MONOGRAFIA ESOalex

venoso; e os macrófagos presentes nos derrames contém hemossiderina (pigmento derivado

da hemoglobina resultado da degradação de hemácias) e hemácias (eritrofagocitose) e os

derrames hemorrágicos contem freqüentemente proporções de leucócitos relativamente

mais altas que o sangue periférico (RAFFE, 2002).

Devemos exercer certo grau de circunspecção clínico, ao avaliar a necessidade

relativa da prática deste procedimento. Pacientes com distúrbios previamente

diagnosticados, que sabidamente resultaram em derrame pleural, podem não necessitar, a

principio, de toracocentese diagnóstica. Uma contra-indicação relativa para a toracocentese

é a presença de distúrbio hemorrágico causado por anticoagulação, trombocipenia grave, ou

por coagulopatia hereditária, como é o caso em todos os procedimentos diagnósticos, os

riscos da prática da toracocentese devem ser avaliados contra os seus benefícios, para cada

paciente (BAUER, WOODFILD, 2001).

Em todos os pacientes (exceto nos menos cooperativos), o procedimento é realizado

sem a necessidade de sedação. Há diversos métodos de toracocentese; todos são aceitáveis,

e dependem da preferência do clínico e de sua experiência em cada técnica (BAUER, 1983;

SANDERS, 1992).

A toracocentese é realizada com o animal em posição de decúbito lateral ou esternal,

escolhendo-se a posição menos estressante (HAWKINS, 1998). Na maioria dos casos, o

paciente é colocado na posição em pé, ou em posição sentada confortável, geralmente o

decúbito lateral é insatisfatório para a obtenção de amostras em pacientes com derrames

pequenos a moderados, a menos que esteja sendo inserido um tubo/dreno torácico.

Ocasionalmente, há dificuldade na obtenção de amostras na posição ereta, num paciente

com pequeno derrame; em tais casos, freqüentemente podemos obter uma amostra,

mediante o uso de abordagem ventral e com o tórax exposto num espaço entre duas mesas;

entretanto, raramente esta técnica será necessária (BAUER, WOODFILD, 2001).

O liquido está normalmente presente bilateralmente em todo o espaço pleural e

podem ser retirados próximo ao sétimo espaço intercostal (EIC) por meio da colocação de

uma agulha aproximadamente dois terços de distância da junção costocondral na direção da

coluna. Se as tentativas iniciais forem infrutíferas, outros locais são tentados ou a posição

do animal é alterada. O liquido pode ser retirado com maior sucesso de locais dependentes

de gravidade e o ar de locais não dependentes. As radiografias torácicas são úteis na seleção

21

Page 35: MONOGRAFIA ESOalex

de locais de amostragem para processos localizados e a ultra-sonografia é valiosa na

condução do posicionamento da agulha para a colheita de líquido pleural (HAWKINS,

1998).

A pele e tecidos subcuticulares sobre o sétimo ou oitavo espaço intercostal, a nível ou

imetiadamante acima da junção costocondral, são infiltrados com lidocaína a 2% até a

profundidade de 0,5 a 1 cm. Pequenas injeções são aplicadas, à medida que a agulha avança

através dos músculos intercostais, na direção do espaço pleural.esta técnica proporciona

anestesia adequada da pleura parietal, que frequentemente é sensível, quando penetrada por

agulhas, mesmo a de pequeno calibre. O instrumento escolhido para o procedimento, com a

seringa acoplada, é inserido cuidadosamente através do espaço intercostal preparado e

anestesiado, para que seja evitada a artéria intercostal localizada numa posição

imediatamente caudal a cada costela. É aplicada ligeira sucção, no momento que a ponta da

agulha penetra na pleura parietal, sendo assim coletadas amostras para a cultura

bacteriológica, avaliação citológica, e analise bioquímica ou sorológica (o que for

indicado). Se não houver aspiração imediata de líquido, a agulha ou o cateter deverá ser

retirado e reposiocionado. Não há vantagem em aumentar a pressão negativa da seringa, o

que tenderá a succionar pulmão ou pleura pela agulha, causando traumatismo desnecessário

e obstrução do fluxo. Ao terminar o procedimento de coleta da amostra ou da drenagem

completa, o instrumento é retirado; aplica-se então pressão sobre o local da punção por

alguns momentos. Geralmente não há necessidade de curativo ou de enfaixamento

compressivo. A analise mínima do liquido deve constar: determinação do pH, densidade

específica, concentração de proteína, volume globular (hematócrito), leucometria global e

diferencial, e avaliação citológica (SAUNDERS,1992).

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Page 36: MONOGRAFIA ESOalex

Tabela 9- Análise comparativa de derrames pleurais coletados de uma toracocentese para fins

de diagnostico

TransudatosTransudatos

Modificados

Exsudatos

não-Sépticos

Exsudatos

Sépticos

Derrames

Quilosos

Derrames

Hemorrágicos

Coloração Amarelo-pálidosRosa-

amareladosAmarelados Amarelados

Rosa-

esbranquiçadosVermelhos

Transparência Claros

Proteínas(g/

dl)<3,5 >2,5 >3 >3 >2,5 >3

Hemácias Ausentes a raras Variáveis Variáveis Variáveis Variáveis

Agudos:

número alto

crônico:

número

moderado

Células

nucleados/ml< 500 <5000 >5000 >5000 400 – 10000 > 1000

Neutrófilos Raros

Número

variável

Não

degenerativo

Moderado

Não

degenerativo

Número

moderado a

alto

Não

degenerativo

a

degenerativo

Agudo: Número

baixo

Crônico: Número

moderado

Não degenerativo

Número

variável

Não

degenerativo

Linfócitos Raros Variáveis Variáveis Variáveis

Agudo: número

alto

Crônico: nümero

baixo

Variáveis

Macrófagos Ocasionais Variáveis Número

elevado

contêm restos

ingeridos

Número

elevado

Presentes Crônicos:

número

moderado

Contêm

hemácias

23

Page 37: MONOGRAFIA ESOalex

ingeridas

Células

mesoteliaisOcasionais Ocasionais Raras Raras Ocasionais

Crônicos:

presentes

Fibrina Ausente Ausente Presente PresenteCrônicos:

presentesVariáveis

Bactérias Ausentes Ausentes Ausentes

Presente intra

e

extracelulares

Ausentes Ausentes

Lipídeos Ausentes Ausentes Ausentes Ausentes

Triglicídeos altos

com relação ao

colesterol baixo,

positivos quanto a

corantes

lipotróficos

Ausentes

Etiologia

Insuficiência

cardíaca direita

Hipoproteinemia

Transudatos

crônicos

Hérnia

diafragmática

Neoplasia

Insuficiência

cardíaca direita

Pericardiopatia

Neoplasia

Peritonite

infecciosa

felina

Hérnia

diafragmática

crônica

Torções

pulmonares

Piotórax

Corpo

estranho

Ferimento

penetrante

Piotórax

idiopático

Idiopáticos

Congênitos

Linfoangioectasia

Traumatismo

Neoplasia

Cardiopatia

Periocardiopatia

Dirofilariose

Traumatismo

Neoplasia

Distúrbios

hemorrágicos

Torções

pulmonares

Fonte: RAFFE, 2002.

2.4.5 TORACOTOMIA EXPLORATÓRIA / BIOPSIA PLEURAL

Em pequeno número de casos não se consegue estabelecer um diagnóstico definitivo,

podendo-se exigir uma toracotomia exploratória, mas isso só se justifica em casos com

alguma perspectiva de remoção da lesão. Já se descreveram técnicas endoscópicas para

24

Page 38: MONOGRAFIA ESOalex

pleura, mas como exigem anestesia e assepsia completa, elas parecem ter pouca vantagem

sobre a toracotomia (CLARK, 2001).

A biópsia da pleura pode ser efetuada como procedimento aberto, por ocasião da

toracotomia, ou menos invasivamente, por meio de técnicas fechadas com agulha de

biopsia. A biopsia pleural é meio particularmente útil de diagnóstico da neoplasia pleural e

de distúrbios granulomatosos resultantes num derrame pleural (BAUER, 1983). Como a

técnica resultará em amostras de tecido, a anatomia histoptológica é preservada,

freqüentemente fornecendo um diagnóstico, quando um exame citopatológico havia

resultado negativo ou equivoco. Assim, a biopsia é efetuada muito freqüentemente em

casos de derrames pleurais de etiologia desconhecida, quando a toracocentese e os estudos

e os estudos citopatológicos resultaram negativos (BAUER, WOODFILD, 2001).

A toracotomia diagnóstica e a biopsia sob visualização direta devem ser utilizadas

como última tentativa, havendo assim riscos da anestesia geral e da cirurgia. Tais

procedimentos sempre devem incluir a biopsia da pleura, mediastino, linfonodo

traqueobrônquico e, na maioria dos casos, pulmão. Mesmo quando outros meios menos

invasivos não sugeriram um diagnóstico, nem sempre a biopsia e a exploração da cavidade

torácica identificarão a causa do derrame pleural (BAUER, 1983).

2.4.6 TÉCNICA CIRÚRGICA DA TORACOTOMIA EXPLORATÓRIA

A incisão cirúrgica da parede do peito não representa nenhum risco maior do que a

abertura do abdômen se forem seguidos os princípios apropriados. A drenagem do espaço

pleural após uma cirurgia torácica ou para o tratamento de doenças é uma outra técnica que

o cirurgião de pequenos animais também deve ter prática em realizar (WEIRICH, 1996).

Os pequenos animais não podem expandir qualquer um dos pulmões caso se inside a

parede do tórax e se tiver entrado ar no espaço pleural. Portanto, necessita-se de

preparações para proporcionar um suporte ventilatório exatamente antes de se administrar

um anestésico, coloca-se uma sonda endotraqueal, devendo utilizar um aparelho anestésico

inalatório para uma devida ventilação controlada manualmente através do balão respiratório

ou de um ventilador automático (WEIRICH, 1996).

25

Page 39: MONOGRAFIA ESOalex

O local da incisão depende do problema observado e deve ser feito no espaço

intercostal, observa-se a artéria costal quanto ao sangramento, mas ela freqüentemente não

requer ligadura. Ao se completar o procedimento cirúrgico, coloca-se um dreno no espaço

pleura, para evacuar o ar e quaisquer fluidos que permaneçam após a cirurgia, a dois

espaços intercostais caudalmente à incisão e a sonda deve cruzar o mediastino caudalmente

ao coração de forma que os orifícios da drenagem removam o ar de cada hemitórax e antes

de colocar a sonda através da pele, puxe a mesma para frente de forma que a sonda saia

pela pele aproximadamente quatro espaços intercostais caudais à incisão, devendo causar a

formação de um túnel subcutâneo, na qual a abertura na parede corporal onde o ar possa

entrar no espaço pleural quando se remover a sonda (WEIRICH, 1996).

Aproximam-se as costelas com suturas absorvíveis, de número 3 para cães grandes até

0 em cães pequenos, colocando-as previamente cinco a dez suturas ao redor das costelas e

amarrá-las após terem sido colocados os fios ajudando aproximar as costelas. Fecham-se os

músculos em um padrão de sutura contínua com fios absorvíveis; primeiramente os

músculos serrados dorsal e ventral e após o músculo vasto dorsal, fecha-se o espaço

subcutâneo e a pele devendo permitir que o dreno esteja aberto. Após o fechamento do

tórax, pode-se retirar o ar e fluidos por meio de uma sucção suave, devendo observar o

animal por um período de tempo para se certificar que todo o ar tenha sido removido e não

se forme mais, podendo remover a sonda (WEIRICH, 1996).

A pleura em cicatrização ou danificada fica propensa à formação de aderências. Tem

sido descrita uma pleurite fibrosante em cães e gatos secundária a derrames exsudativos ou

sanguinolentos prolongado (FOSSUM, 2001).

2.5 TRATAMENTO

Os animais em angústia respiratória tipicamente manifestam aumento acentuado na

freqüência respiratória devido a dificuldade da expansão normal dos pulmões. Em suspeita

de efusão pleural deverá ser efetuada a toracocentese por agulha imediatamente; o oxigênio

pode ser fornecido por meio de máscara enquanto a intervenção cirúrgica é colocada em

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Page 40: MONOGRAFIA ESOalex

prática, no entanto, a drenagem bem sucedida do espaço pleural restabelecerá rapidamente

a condição clínica do animal (HAWKINS, 1998).

A angústia respiratória associada ao hemotórax é muitas vezes decorrente da perda

sanguínea e não da capacidade de expansão dos pulmões (HAWKINS, 1998). O tratamento

emergencial aponta primariamente a perda sanguínea aguda, indicando a fluidoterapia para

reposição de volume, devendo administrar transfusões de sangue para repor as hemácias,

fatores de coagulação e plaquetas; evacuar o sangue da cavidade pleural pela toracocentese

até a extensão necessária para avaliar o desconforto respiratório devido à presença de fluido

(RAFFE, 2002). É removida a menor quantidade necessária para a estabilização da

condição do animal e o restante será reabsorvido, através da autotransfusão (HAWKINS,

1998). Sangramento descontrolado e maciço no interior da cavidade pleural necessita de

toracotomia exploratória (RAFFE, 2002).

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Page 41: MONOGRAFIA ESOalex

3. MATERIAL E MÉTODOS

Identificação do animal

Nome: Lion

Espécie: Canina

Raça: Pinsher

Pelagem: Preta

Sexo: M

Idade: 9 anos

Peso: 5, 350 Kg

Anamnese

No dia 4 de outubro de 2006 foi atendido na UHV/UECE um cão apresentando

dificuldade de deglutir, respiração ofegante, apático, aparentemente sentindo dor, fezes

pastosas escuras com muco purulento, não se alimentava normalmente e apresentava urina

normal, o animal apresentou erlichiose em fevereiro de 2006 sendo tratado e melhorado,

vacinação óctupla atrasada, a anti-rábica estava em dia, e o anti-vermífugo não estava em

dia.

A proprietária administrou dipirona sódica por via oral, por conta própria e tinha ido

ao hospital veterinário UNIVET no dia 27 de setembro de 2006, onde foi realizado um

hemograma completo e foi diagnosticado erlichiose pelo veterinário e que prescreveu

doxiciclina** (10mg/Kg/BID) por 16 dias, diaceturato de 4,4’-diazomino

dibenzamidina*** (3,5mg/Kg/1 x por sem) totalizando três aplicações e complexos

vitamínicos.

Figura 1- O animal antes de ser realizada a toracotomia

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Page 42: MONOGRAFIA ESOalex

Exame físico

O animal apresentava mucosas hipocoradas, turgor cutâneo normal, caracterizando

hidratação normal, temperatura retal de 37ºC, dispnéico, ortopneico, e ficava em posição de

sentado todo o tempo.

Exames complementares:

Hemograma completo incluindo plaquetas, PPT e Creatinina;

Radiografia torácica;

Ultrassonografia abdominal;

Eletrocardiografia;

Medição da pressão arterial;

Exame e citologia do liquido pleural;

Histopatológico do tecido retirado da toracotomia.

Diagnóstico provável

Erlichiose

Diagnóstico definitivo

Hemotórax

Tratamento:

Após o resultado dos exames, foi realizado uma toracocentese e coletado 140 ml no

dia 05 de outubro de 2006 foi prescrito furosemida (2mg/Kg/Bid/VO) e Benazepril (0,5

mg/Kg/VO) por 10 dias e foi mantido a medicação anteriormente prescrita pelo veterinário.

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Page 43: MONOGRAFIA ESOalex

No dia 09 de outubro de 2006, o animal apresentava dispnéico, cianótico, taquipneico,

taquicardíaco e com sialorréia; foi realizado uma toracocentese novamente retirando um

coágulo em torno de 5 ml (figura 02) e em

seguida foi realizado uma toracotomia

intercostal exploratória esquerda e direita ,

tendo como médico veterinário cirurgião

responsável o M.V. Wendell Goiana, auxiliados

por estagiários do curso de veterinária e o

anestesista M.V. Rodrigo Macambira.

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Page 44: MONOGRAFIA ESOalex

Foi realizado uma avaliação pré-

anestésica, que constatou-se que o

animal apresentava cianótico, dispnéico,

apático, TR era de 38,0ºC , com FC de 120 bpm e FR de 60 mpm; o animal foi

tranqüilizado com maleato de acepromazina 0,2 % (0,05 mg/Kg de peso corporal)

associado a tramol 50mg/2ml (2mg/Kg de peso corporal) e tiveram a região torácica lateral

tricomizada. Realizou-se a indução anestésica com o propofol (5 mg/Kg de peso

corporal,IV) e, após a intubação oro-traqueal foram mantidos sob anestesia inalatória com

halotano, em plano anestésico três (GUEDEL, 1951) e ventilados sob pressão positiva com

oxigênio; com a contenção do animal em decúbito lateral esquerdo, realizou-se uma anti-

sepsia com solução de clorexidina alcoólica 0,5%. O animal teve sua freqüência

cardiorespiratória monitorada.

Figura 02 – Coágulo retirado através da toracocentese no dia 09/10/2006

Figura 03- Incisão dos músculos

Figura 04- Acesso ao hemitórax direito

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Na toracotomia intercostal realizou-se uma incisão no sexto espaço intercostal direito,

tendo acesso ao espaço subcutâneo, com exploração do músculo grande dorsal, vasto e

intercostais externo e interno, onde realizou-se incisão dos mesmos(figura 03) tendo acesso

ao hemitórax direito (figura 04), não foi encontrado nenhuma alteração; realizando-se o

mesmo procedimento no lado contra-lateral, foi encontrado um tecido de natureza friável

(figura 05) que envolvia um pedaço de osso (figura 06) de aproximadamente 1,5 cm de

comprimento, sendo que o tecido foi enviado para realização do exame histopatológico.

Colocou-se uma sonda no espaço pleural para evacuar o ar e quaisquer fluidos que

permaneçam após a cirurgia, a dois espaços intercostais caudalmente à incisão.

A toracorrafia foi realizada com pontos simples separado com fio cat gut 0, sendo o

de pele com pontos wolf com fio nylom 2-0.

Após o témino da cirurgia o animal foi

medicado e foi prescrito medicação para o pós-cirúrgico: Ceftriaxona (80 mg/Kg/SID) por

via intravenosa por 7 dias e cetoprofeno (1mg/Kg/SID) por via oral por 5 dias e foi

solicitado ao proprietário a realização aspiração através da sonda no espaço pleural 2 vezes

ao dia até a sua retirada.

No dia 16 de outubro de 2006, o animal retornou a clínica para retirada de pontos de

sutura e da sonda torácica com melhora clínica e respiração eupneica.

Figura 05- Tecido retirado do hemitórax esquerdo

Figura 06- Osso retirado no espaço do hemitórax esquerdo

Figura 07- Toracorrafia e colocação da sonda torácica

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Page 46: MONOGRAFIA ESOalex

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Foram realizados hemogramas completo, nos dias 27/09/2006, 09/10/2006,

11/10/2006, 16/10/2006 e no dia 07/11/2006; para fins de diagnóstico e posteriormente para

avaliação do tratamento.

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Tabela 10- Hemogramas completo realizados no dia 27/09/2006, 09/10/2006,

11/10/2006, 16/10/2006 e 07/11/2006 (Lion)

ERITROGRAMA 27/09/2006 09/10/2006 11/10/2006 16/10/2006 07/11/2006

Hemácias (/μ) 5.100.000 5.200.000 4.000.000 4.200.000 4.700.000

Hemoglobina (g/%) 15 11 8.8 8.2 11

Hematócrito (%) 45 36 28 28 35

VCM (μm³) 88,2 69.2 70.0 66 74.4

CHCM (%) 33,3 30.6 31.4 30.3 31.4

Eritroblastos (%) - 2 - 3 4

Plaquetas (/μ) 180.000 656.000 600.000 - -

LEUCOGRAMA

Leucócitos totais

(/μ)10.100 49.500 46.600 18.200 16.000

Metamielócitos (/μ) - 495 - - -

N.Bastões (/μ) 404 16.830 9.786 4.185 2.400

N.Segmentados (/μ) 6756 25740 31.222 11.830 12.800

Eosinófilos (/μ) 202 495 1864 - -

Linfócitos (/μ) 2727 2970 2796 1.456 640

Monócitos (/μ) - 2970 932 728 160

BIOQUIMICO

PPT (g/dl) - 9,0 7,2 7,8 7,0

Uréia (mg/dl) - - 20.2 -

Creatinina (mg/dl) - 0,6 0.8 - 0,6

ALT/TGP (U/L) - - - - 72

O hemograma no dia 27/09/2006 demonstra que o animal apresenta uma anemia

macrocítica normocrômica discreta, além de uma trombocitopenia devido provavelmente a

uma hemoparasitose ou uma hemorragia aguda provocada pelo hemotórax e apresenta um

leucograma normal. No hemograma do dia 09/10/2006, na qual o animal chegou com as

complicações do hemotórax e foi realizado a torocatomia exploratória, apresentava uma

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Page 48: MONOGRAFIA ESOalex

anemia regenerativa discreta normocítica e hipocrômica com anisocitose, hipocromia e

presença de eritroblastos e trombocitose; e uma leucocitose com neutrofilia e monocitose

provocado por uma possível inflamação na cavidade pleural. Segundo o hemograma do dia

11/10/2006 o animal apresentava uma anemia moderada normocítica e normocrômica com

anisocitose, anisocromia, hipocromia e discreta policromasia e trombocitose devido ao

procedimento cirúrgico; e apresenta uma leucocitose com neutrofilia, mas com um valor

menor que o hemograma anterior indicando uma melhora da inflamação. O eritrograma do

16/10/2006 apresentou resultado semelhante com o anterior, mas no leucograma, os

leucócitos totais apresentavam valores normais com ausência de eosinófilos e basófilos

ausentes resultante de uma possível diminuição da imunidade. O hemograma do dia

07/11/2006 indica uma melhora razoável da anemia; e os valores dos leucócitos totais

normal com uma discreta neutrofilia e uma razoável linfopenia que indica que o animal foi

infectado por um vírus e segundo os sintomas sugere-se cinomose (AIELLO, 2001).

O estudo radiológico do tórax realizado no dia 04 de outubro de 2006, revelou

opacificação de campos pulmonares, de forma difusa, de radiopacidade água, em lobos

craniais e caudais em projeção latero-lateral, e predominantemente no hemitórax direito,

em projeção ventro-dorsal; visualização de pequena área radiotransparente, em porção e

lobos pulmonares craniais, em projeção latero-lateral; obliteração da silhueta cardíaca, em

projeções látero-lateral e ventro-dorsal, pela presença de liquido pleural; e visualização de

incisuras interlobares entre a porção caudal do lobo pulmonar cranial esquerdo e caudal

esquerdo indicando uma efusão pleural (BAUER, WOODFILD, 2001).

No exame ultra-sonográfico realizado no dia 05 de outubro de 2006 foi encontrado

presença de imagem aneicóica assumindo formato triangular localizado junto ao bordo

hepático e diagfragmático sugestivas de liquido/efusão pleural; discreto aumento do baço e

importante aumento do padrão vascular sistêmico (veia cava caudal) visualizando um

intenso fluxo sangüíneo (BAUER, WOODFILD, 2001).

No exame ECG realizado no dia 05 de outubro de 2006 foi observados uma arritmia

sinusial, uma FC de 90-100 bpm, aumento atrial esquerdo, achados indicativos de

distúrbios eletrolíticos (níveis de potássio) e uma hipertrofia ventricular direita (WARE,

2006).

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Page 49: MONOGRAFIA ESOalex

Foi realizada uma avaliação da pressão arterial no dia 06/10/2006, apresentando uma

pressão 220/160mmHg e outra avaliação no dia 16/10/2006, resultando em uma pressão de

180/100 mmHg indicando uma hipertensão arterial sistêmica(WARE, 2006).

No exame e citologia de líquido pleural realizado no dia 06 de outubro, verificou-se

uma predominância de neutrófilos, macrófagos e células mesoteliais, além disso foi

observado aspecto turvo, coloração vermelho escura, densidade de 1032 e uma contagem

global de leucócitos de 149.000 cels/μ característico de um hemotórax.(WARE, 2006).

No exame histopatológico foi observado que o tecido retirado da toracotomia

exploratória, no dia 09 de outubro, apresentava característica de tecido de granulação

resultado de uma reparação (THOMSON, 1983) devido a uma inflamação provocado por

corpo estranho; e células lipidicas.

No dia 13 de novembro de 2006, o animal foi atendido na clínica apresentando

incoordenação motora, alimentando-se normalmente, fezes normais, sem histórico de

vomito ou diarréia, consciente, tendo sintomas progredindo e no dia 20 de novembro o

animal não apresentou melhora clínica e constatou-se que ele apresentava cinomose

(LAPPIN, 2006) sendo eutanasiado neste dia recebendo medicação pré-anestésica

acepromazina por via intramuscular (0,05 mg/Kg) e anestesia endovenosa de tiopental

sódico (12 mg/Kg), em seguida, cloreto de potássio.

No exame post-mortem revelou que na região torácica apresentava aderência entre os

lobos pulmonares e entre os pulmões e a parede torácica, presença de fibrina na parede

torácica, pulmões atelectásicos provocado por uma presença física de líquidos, no caso,

hemotórax (LÓPEZ, 1998) e hemorragia resultado de um trauma (LÓPEZ, 1998); na

cavidade abdominal foi encontrado: fígado abaulado, com leve aumento de tamanho e

discreta isquemia nas bordas do órgão, pâncreas aumentado e congesto, mucosa do esôfago

congesta, hemorragia estomacal, atrofia das pregas na mucosa gástrica, hemorragia no

duodeno, edema renal, inflamação ascendente na pelve renal e a cápsula renal bem aderida

(sugestivo de nefrite) e na cabeça foi encontrado: hemorragia cerebral provocado pela

incoordenação motora que resultou em um traumatismo craniano (STORTS, 1998),

meninges congestas e hemorragia nos seios paranasais.

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Page 50: MONOGRAFIA ESOalex

5. CONCLUSÕES

As conclusões deverão ser fundamentadas nos resultados e na discussão.

Figura 09- Lobos pulmonares hermorrágicos

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Page 51: MONOGRAFIA ESOalex

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Deverão estar relacionadas ao estágio supervisionado.

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Page 52: MONOGRAFIA ESOalex

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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8. ANEXOS

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