mobilidade e comunicação - 1
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Primeiro conjunto de diapositivos sobre o tema "A população como se movimente e comunica". Para além de se abordar os diferentes modos de transporte, vantagens e desvantagens, consideram-se novos conceitos geográficos para melhor entender as "distorções" no espaço provocadas pela melhoria ou agravamento das acessibilidades.TRANSCRIPT
Os transportes e as telecomunicações: reflexos na organização espacial
Transporte é a deslocação de pessoas e/ou
bens numa determinada distância
Carateriza-se:
Pelo modo ou meio de transporte usado
Pela natureza do que é transportado
Pela distância a percorrer
Pelos fluxos que origina.
2
Como se classifica quanto à…
Modalidade, pode ser:
Terrestre
Rodoviário – motorizado e não motorizado
Ferroviário – comboio, metro subterrâneo e metro ligeiro de superfície
Tubular – Oleodutos e gasodutos
Aquático
Marítimo
Fluvial
Lacustre
Aéreo
3
Forma, pode ser:
Modal ou unimodal
Envolve apenas uma modalidade
Multimodal
Envolve mais do que uma modalidade
Regido por um único contrato (responsabilidade de um só Operador de
Transporte Multimodal – OTM)
Intermodal
Envolve mais do que uma modalidade
Regido por um contrato por cada modal utilizado
4
Breve evolução histórica
Ora por necessidade de obter o seu sustento, ora por curiosidade de conhecer o espaço e novos lugares, o Homem foi procurando os meios que lhe permitissem:
Ir cada vez mais longe
Fazê-lo cada vez mais rápido
Com maior segurança
De forma cada vez mais cómoda
5
A evolução a partir da Revolução Industrial
1705 – Invenção da máquina a vapor por Thomas Newcomen
1765 – Aperfeiçoamento da máquina a vapor por James Watt
1814 – Apresentação da primeira locomotiva por G. Stephenson
1886 – Ano de nascimento do automóvel moderno por Karl Benz
1897 – Registo da patente do motor-reator por Rudolf Diesel
1908 – Lançamento do Ford Model T por Henry Ford
Com o motor a combustão movido a óleo foram substituídos os dispendiosos
sistemas mecânicos movidos a vapor usados nas locomotivas e nos
transportes marítimos, gerando uma verdadeira revolução no mundo
industrial e incrementando o transporte rodoviário
6
Vantagens e desvantagens
7
Grande flexibilidade de horários e itinerários.
Circulação de mercadorias e pessoas
Entrega porta a porta;
Atendimento de embarques urgentes
Menores custos de embalagem;
Manuseamento de pequenos lotes.
Elevada cobertura geográfica.
Competitivo sobretudo para curtas e médias distâncias;
Beneficiando cada vez mais :
do aumento da velocidade e do conforto
da capacidade de carga ( veículos longos – T.I.R.);
de maior especialização (camiões-frigoríficos, camiões-cisterna, porta-contentores).
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Transporte rodoviário: desvantagens
Elevada sinistralidade;
Dependência de infraestruturas grande ocupação de espaço pelas estradas e seus acessos;
Congestionamento frequente nas horas de ponta.
Mais caro em grandes distâncias.
Gastos elevados de fontes energéticas fósseis.
Fortemente poluente (poluição sonora e atmosférica);
Forte contributo para o aumento da concentração de monóxido de carbono agravamento do “efeito de estufa”
9
Menor custo de transporte para grande distâncias.
Rápido, seguro, sem congestionamento.
Reduzida ocupação de espaço (comparativamente com as estradas).
Terminais de carga próximo das fontes de produção.
Elevada capacidade de carga (mercadorias e passageiros)
Adequado para grandes volumes.
Transporte de vários tipos de produtos, tais como, cereais, rochas, minerais .
Menos dependente das condições atmosféricas;
Menos poluente (linhas eletrificadas);
Eficaz em termos energéticos (consome menos energia).
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Transporte ferroviário - desvantagens
Falta de flexibilidade - rigidez de percursos.
Necessidade de transbordo.
Elevada dependência de outros transportes.
Pouco competitivo para pequenas distâncias.
Horários poucos flexíveis.
Enormes investimentos iniciais em infraestruturas.
Elevados custos de conservação e manuseamento.
11
Redução dos custos de transporte;
Transporte contínuo;
Independente das condições atmosféricas;
Forte componente tecnológica:
Fluxos controlados por computador
Raros acidentes de ruturas nos tubos
Baixa dependência do fator trabalho
Menor risco de poluição;
Menor utilização dos meios de transporte marítimo e rodoviário
Durabilidade das canalizações - vida útil longa
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Transporte tubular - desvantagens
Rede de traçado extremamente rígido;
Investimento inicial muito elevado;
Manutenção frequente;
Pouca diversidade de produtos.
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Maior capacidade de carga.
Menor custo de transporte.
Competitivo para produtos não perecíveis - baixo custo de tonelada por quilómetro transportado.
Capacidade para transportar qualquer tipo de cargas, tais como, cereais, fruta, peixe, carne, animais, minerais, rochas, hidrocarbonetos, gás natural, automóveis …
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Transporte marítimo - desvantagens
Lento - Baixa Velocidade.
Disponibilidade limitada.
Exigência de transbordo nos portos.
Grande distância aos centros de produção.
Menor flexibilidade nos serviços aliados a frequentes congestionamentos nos portos.
Forte contributo para a poluição dos mares e dos rios –limpeza dos porões, derrame de petróleo
15
Rapidez;
Ausência de itinerários totalmente fixos;
Possibilidade de atingir lugares inacessíveis;
Grande comodidade e segurança;
Transporte de muitos passageiros (Airbus 380 - mais de 500 lugares);
Ideal no transporte de mercadorias urgentes, com pouco peso ou volume , de alto valor unitário e perecíveis:
urgentes – medicamentos, correio…
perecíveis – flores, legumes frescos, frutos...
valiosas – peças de arte, joias, diamantes…
leves – componentes informáticos.
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Transporte aéreo - desvantagens
Elevado custo do transporte;
Investimentos elevados;
Horários fixos;
Fraca capacidade de carga (relativamente ao transporte marítimo e ferroviário);
Elevado consumo de combustível;
Muito poluente (poluição atmosférica e sonora);
Elevado tempo de espera nos aeroportos (tanto no embarque como no desembarque).
17
Comparação
entre
o
desempenho
dos
vários
modos
de transporte
Ferroviário
Rodoviário
Marítimo /
Fluvial
Oleoduto
Aéreo
Dis
tânci
a
< 50
0 km
Dis
tânci
a
≥ 5
00 k
m
Cust
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por
tonela
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Conti
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ade d
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serv
iço
Velocidade
total
Critérios
Modo
de
transporte
18
Espaço relativo, distâncias relativas, grafos, conectividade, redes …
19
Ao longo dos tempos as
necessidades humanas
evoluíram à medida que
novas técnicas iam sendo
inventadas.
Reflexo das mudanças
operadas, os TRANSPORTES
demonstram uma conquista
indiscutível:
a distância foi vencida.
E, a velocidade adquirida
permite que, atualmente, se
possa ir cada vez mais longe
e em menos tempo, ligando
lugares e aproximando
gentes. 20
Isócronas
Linhas curvas que unem
todos os pontos – lugares –
à mesma distância-tempo.
Hoje, mais do que referir o
espaço absoluto tem mais
interesse aludir ao tempo
que demora a atingir
determinado destino. A
diversidade de modos de
transporte veio alterar o
modo com perspetivamos o
espaço e as distâncias.http://www.eurocidadechavesverin.eu/turismo/vem/como-chegar 21
Nesta figura constam,
- Dois mapas de Portugal, que representam
dois tipos de espaço:
- O espaço absoluto (tracejado)
- O espaço relativo (cartografado
segundo a distância-tempo em minutos
em relação a Lisboa, por caminho de
ferro).
- Isócronas com uma equidistância de 100
minutos.
É possível concluir que a maior acessibilidade
se verifica no litoral ocidental entre Lisboa e
Porto, onde há uma contração do espaço. A
região de menor acessibilidade é, sem dúvida, o
Nordeste Transmontano, onde se nota uma
expansão do espaço. As diferenças de
acessibilidade distorcem o espaço absoluto. 22
Fonte – Semanário Expresso
Entre 1973 e 2011, o país “contraiu-se” significativamente. A evolução da rede de transportes
permitiu reduzir, e muito, o tempo das deslocações.23
Neste mapa distorcido, já com alguns
anos, percebe-se o encurtamento das
distâncias entre as cidades servidas, ou a
servir, pela rede ferroviária de alta
velocidade.
Caso Portugal tivesse aderido a esta
rede, a cidade de Lisboa seria, das três
mencionadas, a mais beneficiada.
Teria sido uma oportunidade para
contrariar a posição periférica do país.
Tal poderá, em breve, ser uma realidade.
Para o período financeiro entre 2014 e
2020, o projeto europeu designado de
“Mecanismo Interligar a Europa”
contempla uma ligação ferroviária que se
estenderá de Lisboa à parte ocidental da
Alemanha, passando por Madrid e Paris,
o Corredor Atlântico (um corredor
multimodal de Lisboa a Manheim), uma
obra que nos colocará mais próximo dos
nossos parceiros da União Europeia. 24
Qualquer que seja a escala
geográfica, local, regional, nacional,
continental ou global, a distância
física tem vindo a diminuir,
“encolhendo” o Mundo.
Isto reflete as consequências do
grande desenvolvimento dos
transportes e, igualmente, das
telecomunicações.
Mcluhan, criou o termo “aldeia
global” para catalogar esta nova
visão de mundo e das comunidades
conectadas entre si, através de
avançadas tecnologias de
comunicação e transporte. Na
aldeia global o limite de tempo e
espaço desapareceram. 25
A aplicação dos grafos na análise das redes de transporte.
Grafo minimamente conexo
Um GRAFO é um conjunto
de pontos – vértices ou nós
– interligados por
segmentos de reta – eixos
ou arcos. Numa rede de
transportes, para
simplificação da realidade,
os nós representam lugares
e os eixos os itinerários
diretos entre os lugares.
A teoria dos grafos provém
da Matemática, do ramo da
Topologia. 26
A teoria dos grafos trata:
com configurações abstratas de pontos e linhas
não faz referência direta à realidade
tem utilidade em análises empíricas
Daí o interesse em aplicá-la na representação das REDES de
TRANSPORTES, dado que:
as redes de transportes são sistemas espaciais complexos
a sua análise e descrição tem de ser simplificada
os lugares são representados por pontos – VÉRTICES ou NÓS
os percursos são substituídos por segmentos de recta –EIXOS ou
ARCOS.
. 27
Índice β – relaciona o nº de eixos com o nº de vértices da rede
β = e/v
Matriz Binária – diz qual o vértice da rede de maior acessibilidade; será o
que tiver maior número de ligações diretas
A tradução das propriedades fundamentais das redes de transporte e a
interdependência dos seus elementos constituintes é feita através de
MEDIDAS DE CARACTERIZAÇÃO GLOBAL:
- Medidas de conectividade – índice β; índice α; índice γ
- Medidas de centralidade ou acessibilidade – número associado
ou nº de Konig; índice de Shimbel
- Medidas de forma – matriz binária e matriz de Shimbel
28
BA
C
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F
D
G
Índice β= e/v teoricamente, β pode variar entre 0 e 3,
0 para redes não conexas, 1 para redes minimamente
conectas e mais de 1 para redes de maior
complexidade.
Índice β=10/7= 1,42 (10 eixos e 7 vértices)
Índice β = 15/7 = 2,14 (15 eixos e 7 vértices)
A B C D E F G
A 1 1 1 0 1 1
B 1 1 0 0 1 0
C 1 1 1 0 1 0
D 1 0 1 1 1 1
E 0 0 0 1 1 1
F 1 1 1 1 1 1
G 1 0 0 1 1 1
5 3 4 5 3 6 29
Grafo X
Matriz binária correspondente
ao grafo X
Integração de Portugal nas Redes Transeuropeias30
Redes de transporte nacionais
Conjunto de vias que se interligam formando uma malha mais ou menos densa e por onde circulam transportes.
Existem, em Portugal, diversas redes a diferentes escalas. À escala nacional há a:
Rede Nacional Rodoviária – conjunto de auto-estradas, itinerários principais e itinerários complementares
Rede Nacional Ferroviária – conjunto de vias férreas, quer as de via larga quer as de via estreita
Rede Nacional de Portos – conjunto de portos principais e secundários
Rede Aérea Nacional
Rede Nacional de transporte de GN (gás natural)
31
32
Desde a adesão de Portugal à ex-CEE, foram
criados dois Planos Rodoviários Nacionais, em
1985 e em 2000.
O PRN de 1985 foi elaborado com o objetivo de
criar ligações a Espanha e, consequentemente à
Europa. Com a perda do império ultramarino e a
viragem para o continente europeu, impunha-se ao
país obter ganhos de acessibilidade ao território
comunitário.
O PRN de 2000 foi traçado com o objetivo de
solucionar alguns estrangulamentos e deficiências
identificadas no plano rodoviário nacional de 1985.
A rede rodoviária nacional é o principal meio de
comunicação do país. Tem uma cobertura nacional
embora seja reforçada no litoral e à volta das áreas
metropolitanas.
Fonte:
PRN 2000
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IP
IC
A rede rodoviária nacional definida no Plano Rodoviário Nacional (PRN 2000) é constituída pela:
Rede Nacional Fundamental – integra os Itinerários Principais (IP)
Rede Nacional Complementar – formada pelos Itinerários Complementares (IC) e pelas Estradas Nacionais (EN)
• Itinerários Principais (IP) - vias de comunicação estruturantes que asseguram as ligações entre os centros urbanos com influência supradistrital e destes com os principais portos, aeroportos e fronteiras.
• Itinerários Complementares (IC) e Estradas Nacionais (EN) – vias que estabelecem as ligações de maior interesse regional e incluem as principais vias envolventes de acesso às Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto.
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Rede de Auto-Estradas de Portugal
“A organização das sociedades nos
espaços que ocupam é em grande
parte consequência das capacidades
e possibilidades dos sistemas de
transporte de que dispões e do modo
como os utilizam … são por isso
elementos fundamentais na
estruturação da forma como os
indivíduos e as sociedades se
organizam no território” (Abreu,
2005)
34
De 1993 a
2006 (13
anos) a
evolução da
rede de
autoestradas
foi enorme:
- Aumentou
em
extensão
- O seu
traçado ,
mais denso
à volta das
áreas
metropolita
nas,
atravessa o
país.
Fonte – Público,
adaptado 35
36
CARATERIZAÇÃO DA REDE
Km %
Rede ferroviária com exploração 2 794
Via estreita 192 6,9
Via larga 2 602 93,1
Via única 2 184 76,9
Via múltipla 610 21,8
Rede eletrificada 1629 58,3
CIRCULAÇÕES POR TIPO DE COMBOIO
TOTAL Média Diária
Internacionais 2 835 8
Longo-Curso 200615 56
Inter-regionais 14 502 40
Regionais 102 623 281
Suburbanos 370 690 1 016
Mercadorias 54 719 150
Fonte – REFER. Os dados dos quadros respeitam ao dia 31.12.2011
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O desenvolvimento e
modernização da rede
ferroviária nacional tem
acompanhado o
processo de litoralização de
crescimento demográfico e
da fixação de atividades
económicas verificando-se
uma concentração de
infraestruturas na fachada
atlântica e nas áreas
Metropolitanas de Lisboa e
do Porto.
Rede Ferroviária
Nacional
38
A quase totalidade da
rede ferroviária nacional
está apta para o
transporte de
mercadorias, quer
nacional, quer
internacional, serve as
principais fronteiras com
Espanha e os cinco portos
principais.
A rede é complementada
por um conjunto de
terminais localizados ao
longo do país onde
atualmente se
desenvolvem as
atividades de integração
logística com operadores
complementares, seja por
via marítima ou rodoviária.
39
Serviço Internacional
Rede Nacional de Transporte de Gás Natural (RNTGN)
A RNTGN, com 1267 Km em 2010,
compreende dois grandes eixos:
O eixo Sul-Norte, desde o terminal de G
em Sines até Valença do Minho, que
garante o abastecimento de gás natural à
faixa litoral onde se situam as localidades
mais densamente povoadas.
O eixo entre Campo Maior, onde é feita a
ligação com o gasoduto, e o
Armazenamento Subterrâneo, no Carriço.
Deste eixo parte uma derivação (Sul -
Norte) para a Guarda. 40
Rede Ibérica de Gás Natural
Portugal importa da Argélia 85%
do gás natural. O restante gás é
importado liquefeito da Nigéria e
de outros países. O transporte do
gás natural liquefeito é feito, de
barco, para o Porto de Sines. Os
85% transportados por conduta
são-no através do Gasoduto
euro-magrebino, que sai da
Argélia, atravessa Marrocos, o
Estreito de Gibraltar, entra em
Espanha e posteriormente em
Portugal. 41
As principais cidades portuguesas, e quase todos os
centros urbanos do litoral, onde reside a maioria da
população e se localizam a maior parte das empresas,
estão profundamente dependentes do gás natural.
Repartição modal dos Movimentos Pendulares por concelhos com
mais de 20.000 habitantes, NUT II Norte (2001)
Fonte – IMTT, I.P. 42
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“Até há bem pouco tempo os portugueses não tinham uma perceção do mar como um ativo estratégico … Turismo, lazer, portos, transportes marítimos, logística, pesca aquacultura, energia, segurança e ações na plataforma continental são alguns setores que terão seguramente desenvolvimentos apreciáveis nos próximos anos …Para além dos aspetos económicos a questão do mar é também importante pela autoestima e pela centralidade geográfica que esta questão confere a Portugal.
Somos a maior Zona Económica Exclusiva da Europa e a 11ª maior do mundo e, com o alargamento da Plataforma Continental, Portugal pode ficar entre os primeiros países em termos oceânicos …
O mar não tem a ver apenas com a economia. Pode também ser analisado como uma questão de soberania, de ecologia, de segurança, de diplomacia, de ciência ou mesmo de cultura.”
J.A.Silva Peneda, presidente do Conselho Económico e Social
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Rede portuária nacional
Constituída, no Continente, por:
Portos Principais (5): Leixões, Aveiro, Lisboa, Setúbal e Sines
Portos Secundários (4): Viana do Castelo, Figueira da Foz, Faro
e Portimão
Caracteriza-se por:
Ter como principal função a comercial
Distinguir-se pelo volume de carga movimentada pela
capacidade de cada porto
Associar, por vezes, atividades como Pesca e Recreio.
O porto de Sines é o primeiro em movimento de mercadorias,
seguido do porto de Leixões, ambos com grande importância na
carga e descarga de granéis líquidos (essencialmente combustíveis
fósseis) e de contentores
44
45
“O Porto de Leixões registou em 2013 um aumento
de 3,4% nas mercadorias movimentadas …
destaca-se o aumento nos Granéis Líquidos (+11%)
e na carga Ro-Ro … Os principais destinos das
exportações são Angola, Reino Unido, Marrocos,
Argélia e EUA. … os principais produtos exportados
foram Produtos Refinados e Aromáticos, Ferro /
Aço, Papel e Cartão, Paralelepípedos, Bebidas,
Azulejos e Mosaicos, e Máquinas.
Na movimentação de contentores, o Porto de
Leixões totalizou 626 mil TEU (Twenty-foot Equivalent
Unit, a medida standard internacional equivalente a um contentor
de 20 pés).”
Localização e
acessibilidades
Cais de
contentores
Cais de
passageiros
Sul
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O Porto de Aveiro está situado no distrito de
Aveiro, servindo o vasto hinterland económico da
zona centro e norte do país, e o centro de
Espanha. A autoestrada (A1) que liga o Porto a
Lisboa e a A25, autoestrada que liga Aveiro ao
interior-centro do país e centro de Espanha - são
as principais acessibilidades terrestres ao porto.
O Porto de Aveiro oferece a mais recente
infraestrutura ferroviária nacional com ligação ao
corredor ferroviário europeu da Nova Rede
Transeuropeia de Transportes: “Corredor
Atlântico” através da sua ligação ferroviária à …
“Linha do Norte” (Portugal) e à “linha da Beira
Alta” (Espanha).
A fluidez dos acessos rodoviários tornam o Porto
de Aveiro um importante nó de desenvolvimento
do Transporte Marítimo de Curta Distância
(TMCD) e impulsionador da concretização das
Autoestradas Marítimas europeias (AEM).46
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O Porto de Lisboa é um grande porto
europeu de orientação atlântica, cuja
centralidade geo-estratégica lhe confere
um estatuto de relevo nas cadeias
logísticas do comércio internacional e
nos principais circuitos de cruzeiros.
O porto é líder nacional no movimento de
navios e ocupa o 1º lugar no ranking
nacional de movimentação de carga
contentorizada e de granéis sólidos agro-
alimentares.
Destacam-se a movimentação de carga,
o turismo de cruzeiros, o transporte
fluvial, a náutica de recreio e a
dinamização cultural e de entretenimento
de toda a zona ribeirinha sob a sua
jurisdição.47
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O Porto de Setúbal tem vindo a
consolidar uma posição de
destaque a nível nacional, no
que diz respeito ao tráfego roll-
on/roll-off tendo registado uma
quota de mercado superior a
90% do total de movimentos
rolantes verificados
anualmente no conjunto dos
portos portugueses.
Para tal tem contribuído a
excelência da sua localização
geográfica e o facto da VW
Autoeuropa utilizar a via
marítima como principal meio
de transporte na exportação
das viaturas produzidas em
Palmela. 48
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O desembarque de viaturas da KIO contribui para posicionar
Setúbal como o maior porto português de veículos, com potencial
para ser um futuro hub ro-ro da Península Ibérica e da Europa
com ligação ao Mediterrâneo, África, Américas e Ásia
O Porto de Sines dispõe de
excelentes acessibilidades
marítimas, com fundos naturais e
não sujeitos a assoreamento,
estando vocacionado para receber
navios de grande porte dada a não
existência de restrições de fundos
de serviço.
No que respeita às acessibilidades
terrestres, o Porto de Sines e a
Zona Industrial e Logística
associada dispõem de excelentes
ligações rodo-ferroviárias diretas
aos terminais e às indústrias
existentes. 49
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Importância do transporte marítimo vs Transporte fluvial – Estatísticas dos Transportes e Comunicações 2012, INE (texto adaptado)
Transporte Marítimo
Os portos de Leixões, Lisboa e Sines
concentraram 71,4% do movimento
portuário de Portugal Continental
Os navios de passageiros e os navios de
cruzeiro representaram 9,6% e 6,0%, do
movimento nos portos nacionais.
Não obstante este ser um segmento em
crescimento, predominou claramente a
operação de navios de mercadorias,
repartida por navios de carga geral
(32,2%), navios de contentores (27,9%) e
de granéis líquidos (18,0%).
Transporte Fluvial
A travessia do Rio Tejo representou 87,9%
do movimento … salientando-se as
ligações fluviais mais utilizadas: Cais do
Sodré – Cacilhas e Terreiro do Paço -
Barreiro.
Durante o ano de 2012, houve
decréscimos no número de passageiros,
mais acentuados na Ria de Aveiro (S.
Jacinto – Forte da Barra e no Rio Sado
(Setúbal – Troia).
As travessias de Ria Formosa, Rio Sado,
Rio Minho e Rio Guadiana concentram
mais de metade do número de passageiros
entre junho e setembro. 50
14 de março de 1945, data da criação dos TAP
(Transportes Aéreos Portugueses).
31 de dezembro de 1946 é inaugurada a “Linha
Aérea Imperial” (Lisboa-Luanda-Lourenço
Marques) – reforçar as ligações com as suas
colónias foi a razão da decisão do Estado
Português ao fundar os TAP.
A TAP foi distinguida pela revista húngara “Az
Utazó” com o prémio de Melhor Companhia
Aérea Europeia do Ano 2013.
No Continente, Portugal conta com 4 aeroportos
internacionais – Porto, Lisboa, Beja e Faro.
As Regiões Autónomas, regiões ultraperiféricas,
têm, também, os seus aeroportos. 51
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1997, marca o início da operação das
companhias aéreas de baixo custo por toda a
Europa (processo iniciado em meados dos anos 80 no Reino Unido
e na Irlanda) e novas oportunidades para o país.
Mesmo enfrentando um contexto económico em
dificuldades e um clima de insegurança
motivado pelo terrorismo e pelos confrontos
militares regionais, Portugal oferece condições
atrativas para um número crescente de
passageiros que escolhem o nosso país por
diversas razões:
Negócios
Turismo – balnear, rural, residencial, saúde …
Estudo – Erasmo, investigação …
As plataformas multimodais localizadas perto
dos aeroportos de Porto, Lisboa e Faro ampliam
as acessibilidades para os locais de destino dos
turistas que escolhem Portugal. 52
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Importância das ligações aéreas à escala global
Para os voos de longa distância,
normalmente, as companhias aéreas
selecionam um dos aeroportos para
sede. Trata-se de um “hub” , isto é,
um ponto central de onde partem as
restantes ligações.
A TAP elegeu o aeroporto da Portela
como o mais importante “hub” para
voos entre a Europa , África, América
do Norte e América do Sul, dada a
sua localização geográfica e as suas
ligações históricas com os países da
CPLP e os PALOP. 53
Rede das conexões aéreas entre 1.000
aeroportos ao redor do mundo
(Europa Ocidental e América do Norte, parte oriental, são os principais
focos de ligações aéreas. Numa outra perspetiva, pode-se afirmar que
é evidente o contraste entre o Norte e o Sul).
Fonte - Imagem: Research on Complex Systems Group/Northwestern
University
“Portugal é Mar” é uma nova imagem da realidade territorial do país.
De novo virado para o mar, Portugal é uma placa giratória entre o oceano, os restantes continentes e a
Europa. Dai, o reforço da importância que assumem as ligações do país, no interior e com o exterior 54
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2
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Portugal 2020 - Acordo de Parceria (AP)
Trata-se do documento que o país irá submeter à Comissão Europeia com a estrutura das intervenções, dos investimentos e das prioridades de financiamento fundamentais para promover o crescimento inteligente, sustentável e inclusivo no período 2014-2020.
O documento considera um conjunto de Objetivos Temáticos - OT
OT7 aponta para Promover transportes sustentáveis e eliminar os estrangulamentos nas principais redes de infraestruturas
55
Portugal apresenta uma desvantagem competitiva em termos de custos de transporte associada
à sua posição geográfica e ao insuficiente desenvolvimento das RTE-T (em particular nos
domínios ferroviário e marítimo-portuário) e, ainda, uma excessiva de pendência do transporte
rodoviário. Com o OT7 pretende-se reduzir os custos e tempos de transporte.
http://www.qren.pt/np4/np4/?newsId=4209&fileName=Prioridades_FEDER.pdf56
Redes Transeuropeias
Foram criadas pelo Tratado de Roma (1957), a fim de:
Servirem o mercado interno
Reforçarem a coesão económica e social
Apoiarem o crescimento económico
Estimularem a criação de emprego
Devem permitir ligar as regiões europeias e as redes nacionais através de uma infra-estrutura moderna e eficaz
São indispensáveis para o bom funcionamento do mercado único
A interligação e a interoperabilidade das redes nacionais de infra-estruturas são fatores-chave do ordenamento coerente do território comunitário. 57
Incluem:
RTE – Transporte (RTE-T): transporte rodoviário e combinado, vias navegáveis e portos marítimos e rede ferroviária de alta velocidade. Inclui também os sistemas inteligentes de gestão dos transportes e o sistema europeu de radionavegação por satélite-Galileo.
RTE-Energia (RTE-E): eletricidade e gás natural. Visam a criação de um mercado único de energia e a segurança dos aprovisionamentos.
RTE-Telecomunicações: serviços eletrónicos, com destaque para os serviços públicos – iniciativa “eEurope: uma sociedade da informação para todos”
58
O desenvolvimento das RTE (Redes Transeuropeias) contribui para a coesão económica e social
Para os próximos anos será importante:
- investir nos transportes ferroviários e marítimos, assim como nos transportes combinados e os transportes públicos;- reforçar a RTE nas regiões periféricas;- promover serviços de transporte acessíveis e respeitadores do meio-ambiente
http://europa.eu/legislation_summaries/transport/bodies_
objectives/l24207_fr.htm 59
Acessibilidade
potencial
por automóvel
A política de transportes desempenha um papel importante no reforço da coesão económica e social da União Europeia, pois …
Contribui para a redução dos desequilíbrios regionais
Melhora os acessos às regiões insulares e periféricas
Tem um efeito positivo sobre o emprego ao:
Encorajar os investimentos em infraestruturas
Favorecer a mobilidade dos trabalhadores
60
Face à crescente mobilidade das nossas sociedades, a política de transportes europeia
concentra-se em questões específicas que afetam todos os países da UE, tais como o
congestionamento do tráfego (quer rodoviário quer aéreo), a dependência do petróleo e as
emissões de gases com efeito de estufa. A sua estratégia (e financiamentos) tem por objetivo
garantir um nível de desenvolvimento uniforme das infraestruturas de transportes em toda a UE
e encontrar formas de ajudar o setor dos transportes europeu a competir num mercado mundial
em rápido desenvolvimento.http://europa.eu/pol/trans/index_pt.htm
A logística na política dos transportes na Europa, uma forma de …
Melhorar a eficácia dos diferentes modos de transporte
Reforçar a intermodalidade
Tornar o transporte de mercadorias mais:
Amigo do ambiente
Seguro
Eficaz
Equilibrar a exigência da segurança e a fluidez dos transportes
Tirar benefício das TIC – Tecnologias de Informação e Comunicação
Potencializar as infraestruturas
Simplificar as cadeias multimodais. 61
O que é a LOGÍSTICA?
Um conceito que sintetiza um conjunto de funções, tais como:
Entregas e recolhas de mercadorias
Atividades de armazenamento
Gestão de stocks
Recolha de desperdícios e devoluções
Serviços de entrega ao domicílio
Um conjunto de serviços a montante e a jusante do transporte de mercadorias
Um contributo forte para a redução de viagens e para a racionalização da distribuição
Um contributo para o desenvolvimento do e.comércio.
62