método para avaliação de projetos de habitação social
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO PRÓ-REITORIA DE PÓS-GRADUAÇÃO
FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM
ENGENHARIA DE EDIFICAÇÕES E AMBIENTAL
MÉTODO PARA AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE HABITAÇÃO SOCIAL: MOBILIAMENTO, ESPACIOSIDADE
E FUNCIONALIDADE
KÁTIA ALVES BARCELOS
CUIABÁ, MT FEVEREIRO, 2011
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE EDIFICAÇÕES E AMBIENTAL
MÉTODO PARA AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE HABITAÇÃO SOCIAL: MOBILIAMENTO, ESPACIOSIDADE
E FUNCIONALIDADE
KÁTIA ALVES BARCELOS Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Edificações e Ambiental da Universidade Federal de Mato Grosso, como um requisito, à obtenção do título de Mestre em Engenharia de Edificações e Ambiental.
Orientador: Prof. Dr. Douglas Queiroz Brandão
CUIABÁ, MT FEVEREIRO, 2011
Dados Internacionais de Catalogação na Fonte.
Ficha catalográfica elaborada pelo Bibliotecário Carlos Henrique T. de Freitas. CRB-1: 2.234.
Permitida a reprodução parcial ou total desde que citada a fonte.
B242m Barcelos, Kátia Alves.
Método para avaliação de projetos de habitação social : mobiliamento, espaciosidade e funcionalidade / Kátia Alves Barcelos. – 2011.
263 f. : il. (algumas color.) ; 30 cm. Orientador: Douglas Queiroz Brandão. Dissertação (mestrado) – Universidade Federal de Mato Grosso, Faculdade de
Arquitetura, Engenharia e Tecnologia, Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Edificações e Ambiental, 2011.
Bibliografia: f. 187-193. 1. Habitação popular. 2. Qualidade habitacional - Avaliação. 3. Custo
habitacional. 4. Projetos habitacionais. 5. Programa de Arrendamento Familiar. I. Título.
CDU 728.05(817.2)
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO FACULDADE DE ARQUITETURA, ENGENHARIA E TECNOLOGIA
PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA DE EDIFICAÇÕES E AMBIENTAL
CERTIFICADO DE APROVAÇÃO
MÉTODO PARA AVALIAÇÃO DE PROJETOS DE HABITAÇÃO SOCIAL: MOBILIAMENTO, ESPACIOSIDADE E FUNCIONALIDADE
KÁTIA ALVES BARCELOS
DEDICATÓRIA
Dedico este trabalho àqueles que necessitam de uma habitação de interesse social de qualidade, que proporcione as condições dignas de moradia que todo ser humano deve ter, esperando sensibilizar projetistas e construtores em direção a esse ideal.
AGRADECIMENTOS
A Deus, sempre em primeiro lugar.
Ao meu orientador, Prof. Dr. Douglas, pela paciência e por confiar e compartilhar
comigo seus conhecimentos técnicos e de vida.
Ao meu esposo, Leon, que está sempre ao meu lado.
Aos meus filhos que são minha fonte de inspiração e vida.
Aos meus pais, Longuinho e Geralda, e aos irmãos, Kênia, Keydson que estão sempre
presentes nos momentos bons e ruins. Ao meu querido irmão Kleber (in memoriam), que por
sua felicidade por eu ter ingressado neste curso, não me permitiu abandoná-lo, naquele
momento difícil, quando de sua partida.
A Nenê, que me ajuda em todas as tarefas do dia a dia.
Aos colegas da Caixa Econômica Federal, que além do apoio técnico e muitas vezes
executivo, compreenderam a minha ocasional ausência.
A todos os colegas e professores do Mestrado, que em vários momentos e de várias
formas me ajudaram.
À aqueles que me disseram “não”, pois me motivaram a buscar um “sim”.
RESUMO
Este trabalho discute como analisar e selecionar projetos para habitação de interesse social, tecnicamente viáveis, equacionando as especificações dos programas habitacionais, a qualidade do espaço e os recursos disponíveis. Através da adaptação de um método internacional de avaliação da qualidade habitacional, foi analisada a produção de moradias dentro do Programa de Arrendamento Residencial (PAR) em Cuiabá e Várzea Grande, ambas em Mato Grosso. O método está focado na habitação e adotou parâmetros baseados em norma e estudos nacionais e internacionais sobre o tema. O resultado são seis grupos de projetos que tem características de qualidade, custo e área que proporcionam a identificação de projetos com maior qualidade, oferecida por arranjos espaciais adequados a custos viáveis. Nestes grupos em três deles foi encontrada a qualidade recomendável, conforme o método, para habitação. Esta pesquisa mostra que o custo não cresce na mesma proporção da área, sendo viável o aumento desta sem tornar o projeto inviável financeiramente. E ainda, o arranjo inadequado do espaço poderá comprometer a qualidade independentemente da área.
Palavras-chave: Habitação popular. Desempenho. Custo.
ABSTRACT
This paper discusses how to analyze and select projects for public housing, that are technically sound, meeting the specifications of the housing programs, achieving adequate space with the uses of available resources. Through the adaptation of an international method to assess housing quality, the production of houses was analyzed within the Income Residential Program in Cuiaba and Varzea Grande, both located in Mato Grosso. This method focuses on housing, and adopted parameters based on both national and international studies about the subject. The results yielded six group projects with the highest quality, cost and area that allow for the identification of projects with the highest quality, offered by adequate spatial and reasonable costs. Based on these results, there were three that were recommended due to housing quality, according to the method. This research shows that costs do not go up in the same proportion of the area, keeping in mind that, the project will be able to be accomplished from a financial standpoint. Furthermore, the inadequate arrangement of the space might compromise the quality regardless of the area.
Keywords: Public housing/dwelling. Performance. Cost.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 - Cortiço ................................................................................................................................... 26 Figura 2 - Cortiço e a privacidade .......................................................................................................... 26 Figura 3 - Casa Econômica tipo 3. ......................................................................................................... 27 Figura 4 - Vila economizadora ............................................................................................................... 27 Figura 5 - Apartamento área mínima - IAP ............................................................................................ 29 Figura 6 - Fachada do Conjunto Realengo ............................................................................................. 29 Figura 7 - Casa de 2 quartos (Área =43 m², Anil, nov./73 a fev./76, São Luís/MA, COHAB/MA) ...... 30 Figura 8 - Casa de 2 e 3 Q (Parque Ipê Anil, out./67 a jul./70, Joinville/SC, COHAB/SC) .................. 31 Figura 9 - Apartamento, PAR, Canoas/RS. ............................................................................................ 33 Figura 10 - Casa, PAR, João Pessoa/PA ................................................................................................ 33 Figura 11 - Fachada de casa cuiabana .................................................................................................... 42 Figura 12 - Varanda da casa cuiabana .................................................................................................... 43 Figura 13 - Quintal de casa Cuiabana .................................................................................................... 43 Figura 14 - Casa simples Rua Prof. João Félix, Cuiabá/MT .................................................................. 43 Figura 15 - Planta de uma casa cuiabana ............................................................................................... 44 Figura 16 - Casa cuiabana antiga ........................................................................................................... 44 Figura 17 - Conjunto Habitacional Popular, na década de 60. ............................................................... 45 Figura 18 - Croqui da planta original da casa, sem escala ..................................................................... 45 Figura 19 - Fachada da unidade nos dias atuais. .................................................................................... 45 Figura 20 - Planta Baixa, A=25,18 m² (MT.8.I.2.30, CPA 1 e 2/Cuiabá). ............................................. 50 Figura 21 - Planta Baixa, A. útil = 54,57 m² (MT.26.I.2.60 Tijucal/Cuiabá). ....................................... 50 Figura 22 - Plantas Baixas (Grande Terceiro/Cuiabá, CPA/Cuiabá e COHAB Rio
Vermelho/Rondonópolis). ................................................................................................. 51 Figura 23 - Planta de 39,64 m² do Governo do Estado .......................................................................... 58 Figura 24 - Planta de 31,98 m² do Governo do Estado .......................................................................... 58 Figura 25 - Planta de 24,12 m² do Governo do Estado .......................................................................... 58 Figura 26 - Cozinha Mínima .................................................................................................................. 63 Figura 27 - Modelos de espaços de dormir. ........................................................................................... 67 Figura 28 - Potencial de influência no custo final de um empreendimento de edifício e suas fases. ..... 83 Figura 29 - Análise da circulação ........................................................................................................... 86 Figura 30 - Análise das superfícies livres (cinza). ................................................................................. 86 Figura 31 - Análise das semelhanças entre os elementos da planta. ...................................................... 87 Figura 32 - Exemplo de avaliação através de função de transformação ................................................ 91 Figura 33 - Modelo do Método de Martins. ........................................................................................... 94 Figura 34 - Dendograma do método CHAID ......................................................................................... 96 Figura 35 - Os três primeiros níveis da árvore de pontos de vista ....................................................... 104 Figura 36 - O terceiro, quarto e quinto nível da árvore de pontos de vista da habitação ..................... 106 Figura 37 - Planta levantada (planta 1). ............................................................................................... 110 Figura 38 – Plantas 33 e 34 ocorrem com maior frequência nos empreendimentos PAR. .................. 112 Figura 39 - Planta 1 - Padronizada ....................................................................................................... 114 Figura 40- Grafos justificados de maior ocorrência nas plantas analisadas. ........................................ 116 Figura 41 - Recorte na árvore de ponto de vista. .................................................................................. 118 Figura 42 - Grupo 1, Planta 13 ............................................................................................................. 173 Figura 43 - Grupo 2, Planta 8 ............................................................................................................... 174 Figura 44 - Grupo 3, Planta 5 ............................................................................................................... 175 Figura 45 - Grupo 4, planta 29 ............................................................................................................. 176 Figura 46 - Grupo 5, Planta 35 ............................................................................................................. 177 Figura 47 - Grafo II, maior ocorrência no Grupo 5 .............................................................................. 177 Figura 48 - Grupo 6, planta 27 ............................................................................................................. 178 Figura 49 - Grafo IX, maior ocorrência no Grupo 6 ............................................................................ 178 Figura 50 - Topologias das plantas 1 a 6 .............................................................................................. 225 Figura 51 - Topologias das plantas 7 a 11 ............................................................................................ 226
Figura 52 - Topologias das plantas 12 a 17 .......................................................................................... 227 Figura 53 - Topologias das plantas 18 a 23 .......................................................................................... 228 Figura 54 - Topologias das plantas 24 a 29 .......................................................................................... 229 Figura 55 - Topologias das plantas 28 a 36 .......................................................................................... 230 Figura 56 - Esquema das características topológicas das Plantas de cinco cômodos. .......................... 231 Figura 57 - Esquema das características topológicas das Plantas de seis cômodos. ............................ 231 Figura 58 - Esquema das características topológicas das Plantas de sete cômodos. ............................ 232
Gráfico 1 - Déficit habitacional urbano, por faixa de renda ................................................................... 17 Gráfico 2 - Demanda de domicílios em Cuiabá ..................................................................................... 19 Gráfico 3 - Unidades Habitacionais entregues pela COHAB-MT (1966 a 1996). ................................. 47 Gráfico 4 - Unidades Habitacionais entregue, por ano, COHAB/MT, de 1966 a 1996. ........................ 47 Gráfico 5 - Unidades Habitacionais entregues pela COHAB-MT (1966 a 1983). ................................. 48 Gráfico 6 - Evolução Histórica da Habitação em Mato Grosso (1949- out./2010). ............................... 53 Gráfico 7 - Unidades Habitacionais recursos FGTS, FAT, OGU e FAR, 1995-2010. .......................... 54 Gráfico 8 - Participação dos recursos na habitação de MT (1995-2010) ............................................... 55 Gráfico 9 - Média de unidades habitacionais por empreendimento PAR, por ano, em MT. ................. 56 Gráfico 10 - Unidades habitacionais, executadas pelo Governo do Estado ........................................... 57 Gráfico 11 - Demonstrativo dos Programas Habitacionais do MT. ....................................................... 57 Gráfico 12 - Variação das áreas em habitações proletárias. ................................................................... 68 Gráfico 13 - metro quadrado por pessoa. ............................................................................................... 69 Gráfico 14 - Exigências de países europeus e entidades (m²/pessoa). ................................................... 69 Gráfico 15 - Rubricas do Método Qualitel ............................................................................................. 88 Gráfico 16- Número de Cômodos, Profundidade e Frequência. .......................................................... 117 Gráfico 17 - Reta e equação da reta formada pelos critérios de avaliação programa de espaços. ....... 121 Gráfico 18 - Equações de reta dos critérios de avaliação: Cozinha (Questionário 3). ......................... 122 Gráfico 19 - Equações de reta dos critérios de avaliação: Quartos (Questionário 3). .......................... 124 Gráfico 20 - Equações de reta dos critérios de avaliação, área útil: Quartos ....................................... 125 Gráfico 21 - Equações de reta dimensionamento mínimo, quartos ..................................................... 127 Gráfico 22 - Equações de reta dos critérios de avaliação, funcionalidade ........................................... 133 Gráfico 23 - Gráfico qualidade, custos e área dos projetos analisados. ............................................... 167 Gráfico 24 - Classificação dos projetos em grupos (qualidade, custo e área) ...................................... 171 Gráfico 25- Classificação dos projetos em grupos ............................................................................... 172 Gráfico 26 - Qualidade das plantas no período de 2000 a 2008. .......................................................... 179 Gráfico 27 - Respostas por formação profissional. .............................................................................. 238 Mapa 1 - Déficit habitacional total, por estado em 2007. ...................................................................... 18 Mapa 2 - Empreendimentos PAR, Cuiabá e Várzea Grande, 2000 a 2008. ......................................... 200 Quadro 1 - Quadro dos Programas habitacionais ................................................................................... 35 Quadro 2 - Especificações determinadas para o PAR ............................................................................ 37 Quadro 3 - Comparando os estudos de Boueri e Pedro com Silva (1982) e Pereira (2007) .................. 72 Quadro 4 - Diretrizes para elaboração de projetos de habitação mínima ............................................... 74 Quadro 5 - Lista critérios de avaliação do Método SEL ........................................................................ 90 Quadro 6 - Os seis Bs da qualidade habitacional definidos por Martins (1995). ................................... 92 Quadro 7- Atribuição de Notas ............................................................................................................ 102 Quadro 8 - Planta e a sua ocorrência nos empreendimentos do PAR .................................................. 111 Quadro 9 - Padronização dos projetos levantados ................................................................................ 114 Quadro 10- Questões sobre funcionalidade.......................................................................................... 161 Quadro 11 - Grupo segundo a qualidade, o custo e a área ................................................................... 170 Quadro 12 - Especificações e códigos na tabela SINAPI. ................................................................... 204 Quadro 13 - Critério de pontuação do questionário de validação. ....................................................... 234 Quadro 14 - Projetos ............................................................................................................................ 257 Quadro 15 - Dimensões dos cômodos .................................................................................................. 257 Quadro 16 - Características gerais do projeto ...................................................................................... 258
Quadro 17 - Especificação de pintura .................................................................................................. 259 Quadro 18 - Especificações sobre louças e metais ............................................................................... 259 Quadro 19 - Solicitações sobre instalações elétricas e telefônicas ....................................................... 259 Quadro 20 - Solicitações complementares ao projeto (cont.) .............................................................. 260 Quadro 21 - Tecnologias inovadores no sistema construtivo ............................................................... 260 Quadro 22 - Sustentabilidade da unidade habitacional. ....................................................................... 260 Quadro 23 - Solicitações sobre a infraestrutura ................................................................................... 261 Quadro 24 - Solicitações sobre acessibilidade ..................................................................................... 261
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 - Proporção de domicílios estimados e projetados, por categoria de tamanho do domicílio, segundo o período e grande região. Brasil, 2008 a 2023 ................................................... 19
Tabela 2 - Evolução Dimensional do Código Sanitário (SP) ................................................................. 62 Tabela 3 - Área Mínima para habitação (m²) ......................................................................................... 66 Tabela 4 - Área mínima, regular, recomendável .................................................................................... 67 Tabela 5 - Área mínima, recomendável e ótima .................................................................................... 68 Tabela 6 - Paredes e as formas geométricas de plantas de edifícios. ..................................................... 70 Tabela 7 - Pontuação para o atributo potencial de conversão do cômodo. ............................................ 97 Tabela 8 - Intervalos de funcionalidade ................................................................................................. 98 Tabela 9 - Ponderação da Metodologia de Avaliação para o Produto Habitacional ............................ 100 Tabela 10 - Recomendações de área para unidades do PAR. ............................................................... 101 Tabela 11 - Repetições de plantas nos empreendimentos PAR (2000-2008). ..................................... 111 Tabela 12- Questões quanto ao atendimento à NBR 15.575:1, item 16. .............................................. 119 Tabela 13 - Questões relativas ao programa de espaços. ..................................................................... 120 Tabela 14 - Critérios de Avaliação para Programa de espaços (Questionário 2). ................................ 121 Tabela 15 - Valores de referência para a extensão da bancada da cozinha .......................................... 122 Tabela 16 - Programa de equipamentos ............................................................................................... 123 Tabela 17 - Valores de referência para índice de guarda roupas por habitante. ................................... 123 Tabela 18 - Valores de referência para área útil dos quartos ............................................................... 125 Tabela 19 - Equações de reta para área mínima (questionário 5). ........................................................ 126 Tabela 20 - Área útil ............................................................................................................................ 126 Tabela 21- Valores de referência para dimensionamento: quartos. ..................................................... 127 Tabela 22 - Equações de reta para dimensionamento mínimo (questionário 6). .................................. 128 Tabela 23 - Dimensionamento mínimo dos cômodos .......................................................................... 128 Tabela 24 - Critérios para a Funcionalidade ........................................................................................ 131 Tabela 25- Valores de referência para funcionalidade ......................................................................... 133 Tabela 26 - Análise da Funcionalidade (Questionário 6). .................................................................... 134 Tabela 27 - Análise da Qualidade. ....................................................................................................... 136 Tabela 28 - Atendimento da NBR 15.575:1 (plantas de 1 a 12) .......................................................... 139 Tabela 29 - Atendimento da NBR 15.575:1 (plantas de 13 a 24) ........................................................ 140 Tabela 30 - Atendimento da NBR 15.575:1 (plantas de 25 a 36) ........................................................ 141 Tabela 31 - Análise de espaços (plantas de 1 a 12) .............................................................................. 142 Tabela 32 - Análise de espaços (plantas de 13 a 24) ............................................................................ 143 Tabela 33 - Análise de espaços (plantas de 25 a 36) ............................................................................ 144 Tabela 34 – Análise de equipamentos, pia cozinha e armários dos quartos (plantas 1 a 9) ................. 145 Tabela 35 - Análise de equipamentos, pia cozinha e armários dos quartos (plantas 10 a 18) .............. 146 Tabela 36 - Análise de equipamentos, pia cozinha e armários dos quartos (plantas 19 a 27) .............. 147 Tabela 37 - Análise de equipamentos, pia cozinha e armários dos quartos (plantas 28 a 36) .............. 148 Tabela 38 - Área mínima por cômodos (plantas 1 a 9) ........................................................................ 149 Tabela 39 - Área mínima por cômodos (plantas 10 a 18) .................................................................... 150 Tabela 40 - Área mínima por cômodos (plantas 19 a 27) .................................................................... 151 Tabela 41 - Área mínima por cômodos (plantas 28 a 36) .................................................................... 152 Tabela 42 - Resultados obtidos para Dimensão mínima (planta 1 a 9) ................................................ 153 Tabela 43 - Resultados obtidos para Dimensão mínima (planta 10 a 18) ............................................ 155 Tabela 44 - Resultados obtidos para Dimensão mínima (planta 19 a 27) ............................................ 157 Tabela 45 - Resultados obtidos para Dimensão mínima (planta 28 a 36) ............................................ 159 Tabela 46 - Resultados obtidos para funcionalidade (plantas 1 a 18) .................................................. 163 Tabela 47 - Resultados obtidos para funcionalidade (plantas 19 a 36) ................................................ 164 Tabela 48 - Resultado final da análise de qualidade (plantas 1 a 18) ................................................... 165 Tabela 49 - Resultado final da análise de qualidade (plantas 19 a 36) ................................................. 165 Tabela 50 - Resultados do índice de qualidade e dos custos de cada projeto....................................... 166
Tabela 51 - Ocorrência das topologias no gráfico da qualidade .......................................................... 168 Tabela 52- Evolução da qualidade, custo e área .................................................................................. 169 Tabela 53 - Dimensões de mobiliário .................................................................................................. 195 Tabela 54 - Empreendimentos PAR, Cuiabá e Várzea Grande, 2000 a 2008. ..................................... 201 Tabela 55 - Custo unitário e quantitativo dos projetos ( data base junho/2010) (plantas 1 a 12) ........ 209 Tabela 56 - Custo unitário e quantitativo dos projetos (data base: junho/2010) (plantas 13 a 24) ...... 214 Tabela 57 - Custo unitário e quantitativo dos projetos (data base: junho/2010) (plantas 25 a 36) ...... 219 Tabela 58 - Resultado da validação do questionário 1, realizada com 24 profissionais. ..................... 234 Tabela 59 - Resultado da validação do questionário 2, realizada com 24 profissionais ...................... 235 Tabela 60 - Resultado da validação do questionário 3, realizada com 24 profissionais ...................... 235 Tabela 61 - Resultado da validação do questionário 4, realizada com 24 profissionais ...................... 235 Tabela 62 - Resultado da validação do questionário 5, realizada com 24 profissionais ...................... 235 Tabela 63 - Resultado da validação do questionário 6, realizada com 24 profissionais ...................... 235 Tabela 64 - Resultado da validação do questionário 7, realizada com 24 profissionais ...................... 236 Tabela 65 - Resultado da validação do questionário 8, realizada com 24 profissionais ...................... 237 Tabela 66 - Paredes Mobiliáveis (plantas 1 a 12) ................................................................................ 254 Tabela 67 - Paredes Mobiliáveis (plantas 13 a 24) .............................................................................. 254 Tabela 68 - Paredes Mobiliáveis (plantas 25 a 36) .............................................................................. 255
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SUMÁRIO
RESUMO ................................................................................................................................................ 6 LISTA DE ILUSTRAÇÕES .................................................................................................................. 8 LISTA DE TABELAS .......................................................................................................................... 11 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................... 15 1 HABITAÇÃO SOCIAL NO BRASIL ........................................................................................... 24 1.1 HABITAÇÃO SOCIAL A PARTIR DO SÉCULO XX. .......................................................... 25 1.2 HABITAÇÃO SOCIAL NOS DIAS ATUAIS ......................................................................... 33 1.2.1 Programa de Arrendamento Residencial (PAR) ........................................................................ 37 1.2.2 Programa Minha Casa, Minha Vida .......................................................................................... 38 2 HABITAÇÃO POPULAR em CUIABÁ E VÁRZEA GRANDE ....... ........................................ 40 2.1 VÁRZEA GRANDE ................................................................................................................. 40 2.2 CUIABÁ .................................................................................................................................... 41 2.3 HABITAÇÃO EM CUIABÁ E VÁRZEA GRANDE .............................................................. 42 2.3.1 Banco Nacional de Habitação e a COHAB/MT ........................................................................ 46 2.3.2 Pós COHAB/MT ....................................................................................................................... 52 3 DIMENSÕES E FUNÇÕES DA HABITAÇÃO ........................................................................... 60 3.1 DIMENSÕES MÍNIMAS ......................................................................................................... 61 3.2 FUNÇÕES DA HABITAÇÃO E MOBILIAMENTO .............................................................. 71 3.2.1 Redução da área das unidades habitacionais ............................................................................. 80 4 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE HABITACIONAL .... ................................. 82 4.1 MÉTODO KLEIN ..................................................................................................................... 85 4.2 MÉTODO QUALITEL ............................................................................................................. 88 4.3 MÉTODO SEL .......................................................................................................................... 89 4.4 MÉTODO MARTINS ............................................................................................................... 91 4.5 MÉTODO BRANDÃO ............................................................................................................. 95 4.6 MÉTODO LEITE ...................................................................................................................... 98 4.7 MÉTODO PALERMO .............................................................................................................. 99 4.8 MÉTODO BUZZAR E FABRÍCIO ........................................................................................ 100 4.9 MÉTODO PEDRO .................................................................................................................. 102 4.9.1 Critérios de avaliação do Método Pedro ................................................................................. 103 5 MÉTODO PROPOSTO E APLICAÇÃO ................................................................................... 109 5.1 COLETA DE DADOS DAS UNIDADES .............................................................................. 110 5.2 PADRONIZAÇÃO DOS DADOS .......................................................................................... 113 5.3 TIPIFICAÇÃO PRELIMINAR ............................................................................................... 115 5.4 ANÁLISE DO ESPAÇO INTERNO DOS CÔMODOS. ....................................................... 117 5.4.1 Atendimento à NBR 15.575:1 ................................................................................................. 119 5.4.2 Programa de espaços ............................................................................................................... 120 5.4.3 Programa de equipamentos ..................................................................................................... 122 5.4.4 Extensão de parede mobiliável ................................................................................................ 124 5.4.5 Área útil ................................................................................................................................... 125 5.4.6 Dimensionamento mínimo ...................................................................................................... 127 5.4.7 Funcionalidade ........................................................................................................................ 130 5.4.8 Pontuação Final ....................................................................................................................... 136 5.5 CUSTO DA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL ......................................................... 136 5.6 ANÁLISE DOS RESULTADOS ............................................................................................ 138 5.6.1 Qualidade, Custo e Área .......................................................................................................... 169 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ................. 180 6.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................................. 180 6.1.1 Métodos de Avaliação da Qualidade da Habitação ................................................................. 181 6.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS ................................................................... 186 Apêndice A - PESQUISA DIMENSÕES DO MOBILIÁRIO ........................................................ 194
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Apêndice B - MAPA DE LOCALIZAÇÃO DOS EMPREENDIMENTO S PAR ........................ 199 Apêndice C - QUANTIFICAÇÃO E CUSTOS UNITÁRIOS ........................................................ 203 Apêndice D - TOPOLOGIAS ............................................................................................................ 224 Apêndice E - RESULTADO DA VALIDAÇÃO POR PROFISSIONA IS .................................... 233 Apêndice F - PLANTAS PADRONIZADAS ................................................................................... 239 Apêndice G - PAREDES MOBILIÁVEIS ....................................................................................... 253 Anexo A - ESPECIFICAÇÕES MÍNIMAS PMCMV .................................................................... 256 Anexo B – PLANTAS COHAB/MT ................................................................................................. 262
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INTRODUÇÃO
MOTIVAÇÃO PARA A PESQUISA
Com o ingresso da autora, em 2007, no quadro de arquitetos da Caixa Econômica
Federal (CAIXA) em Mato Grosso, esta iniciou suas atribuições profissionais na análise de
projetos de unidades habitacionais de interesse social tanto de empreendimentos com recursos
do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS), quanto de empreendimentos do
Programa de Arrendamento Residencial (PAR), cujos recursos provêm do Fundo de
Arrendamento Residencial (FAR). As maiores ocorrências de análises foram de
empreendimentos PAR.
Durante o trabalho de análise é natural que ocorram as interações sobre os projetos das
unidades habitacionais. Neste momento, o profissional da Caixa deve orientar as construtoras
quanto à necessidade de atender as diretrizes do Programa, quanto às especificações de
materiais, espaços, programa de necessidades e recursos disponíveis. As construtoras,
defendendo suas necessidades operacionais e financeiras, oferecem propostas as quais são
muitas vezes deficientes quanto à qualidade dos espaços disponibilizados aos usuários finais,
os arrendatários.
Neste embate técnico, é frequente que o profissional analista da Caixa não consiga
reverter certos problemas de projeto, já que há um profissional com Anotação de
Responsabilidade Técnica (ART) de projeto e muitas vezes os projetos já estão aprovados nas
prefeituras, dificultando as alterações sugeridas. Para o PAR, havia poucos parâmetros para a
análise como será visto mais a frente nas especificações do programa.
16
CONTEXTO DA PESQUISA
Em fevereiro de 2001, a Lei 10.188 substituiu a Medida Provisória n. 1.823-1, de 27
de maio de 1999, com a qual o Governo Federal criou o Programa de Arrendamento
Residencial (PAR) com o objetivo de construir unidades habitacionais para pessoas com
renda de 3 a 10 salários mínimos na forma de arrendamento. Neste sistema, o arrendatário
paga uma parcela do arrendamento por 15 anos e, após este período, o imóvel, que é
patrimônio do FAR e de propriedade fiduciária da Caixa Econômica Federal (CAIXA),
poderá ser adquirido (BRASIL, 2001).
No início do programa em Mato Grosso, até 2002, foram construídos condomínios
residenciais com média inferior a 200 unidades habitacionais, os quais, devido a este
tamanho, puderam ser inseridos nos vazios da malha urbana. Nestes condomínios foi
executada toda a infraestrutura: rede de água, de esgoto, energia, drenagem e pavimentação.
As casas foram construídas com especificações próprias do programa, consideradas de padrão
baixo, conforme as indicações da NBR 12721 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2006). Até então, as áreas destas habitações situavam-se, normalmente, entre 45
e 50 m².
Através de uma parceria com o Governo do Estado, a partir de 2003, a infraestrutura
passa a ser aportada como contrapartida. Assim a implantação que antes era na forma de
condomínio, de propriedade do FAR, passa a ser loteamento, onde somente as unidades e seus
lotes são de propriedade do fundo.
Infelizmente, esse aporte de recurso fomentou o aumento do tamanho dos conjuntos
habitacionais em 400%, os quais passaram a ter a média superior a 200 unidades
habitacionais, chegando, em 2007, a uma média próxima a 400 unidades. Em uma mesma
região foram construídas mais de 1300 unidades (Residenciais Buritis, Wantuil de Freitas e
Ilza Picolli), de acordo com dados levantados na Regional de Sustentação ao Negócio
Governo (RSNGOV/CB), anteriormente denominada Gerência de Desenvolvimento Urbano
(GIDUR/CB), setor na Caixa responsável pela análise dos processos dos empreendimentos
habitacionais.
Foi criada por meio da Portaria nº 231, de 4 de junho de 2004, mais uma especificação
para as unidades habitacionais do PAR, que foi denominada mínima, com redução de
acabamentos e área menor. Esta nova especificação visa a redução do valor da unidade para
17
que famílias com renda até quatro salários pudessem fazer o arrendamento (CAIXA
ECONÔMICA FEDERAL, 2008). A referida portaria traz em seu texto, no item 7.1
(BRASIL, 2004):
Para os projetos com a especificação técnica mínima e a destinação das unidades para famílias com renda até quatro salários mínimos, a taxa de arrendamento será fixada em 0,5% do valor de aquisição das unidades habitacionais.
Tendo como justificativa esta nova especificação, no decorrer do período entre as
primeiras implantações do PAR em Mato Grosso e o ano de 2008, com a utilização da
especificação mínima, a unidade habitacional perdeu qualitativa e quantitativamente, espaço e
acabamento. O acabamento pode ser resolvido após a construção, porém a espaço torna-se
mais complexo, pois depende de um projeto bem desenvolvido, no início, na fase de
concepção.
PROBLEMA DA PESQUISA
O déficit habitacional no Brasil em 2006 era de mais de 6,5 milhões de moradias e
atinge, principalmente, a população com renda até três salários, representando 90,7% deste
total. Somado à faixa de três a cinco salários mínimos, as duas faixas representam 96,20% do
total do déficit calculado (Gráfico 1). Por estes números, justifica-se os programas
habitacionais do Governo Federal, tais como o PAR e o Programa Minha Casa Minha Vida1,
que são direcionados a estas faixas de renda.
Gráfico 1 - Déficit habitacional urbano, por faixa de renda
1 Programa do Governo Federal para provimento de habitação com subsídios progressivos que atende famílias de 0 a 10 salários mínimos (vide 1.2.2).
91%
5% 3% 1%
Até 3 salários mínimos mais de 3 até 5 salários mínimos
mais de 5 até 10 salários mínimos
mais de 10 salários mínimos
Déficit Habitacional Urbano (1), segundo faixas de renda média familiar mensal - Brasil 2006
18
Fonte: Elaborado a partir de IBGE2 (2006, apud Ministério da Cidades 2008b)
Em Mato Grosso o déficit em 2007 era de 86.679 unidades habitacionais (Mapa 1),
segundo o Ministério das Cidades (BRASIL, 2008b). Entretanto, em 2009, foram liberados,
pelo Programa Minha Casa Minha Vida, para renda de 0 a 10 salários, recursos suficientes
para a produção de 13.390 unidades habitacionais que, segundo o Governo Federal,
representava 10% do déficit do estado. Já foram contratados, até maio de 2010, 135,6% acima
desta meta em todo o estado de Mato Grosso (BRASIL, 2010b).
Mapa 1 - Déficit habitacional total, por estado em 2007.
Fonte: (INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA (2007, BRASIL. MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2008b, p. 26)
A preocupação em suprir a demanda é grande, haja vista a demanda futura de
domicílios, para Cuiabá, que pode ser observada no Gráfico 2 e o tamanho dos domicílios que
serão demandados na Tabela 1.
2 IBGE (RJ), Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio - 2005 microdados. [Rio de Janeiro, 2006]. CD-ROM.
19
Gráfico 2 - Demanda de domicílios em Cuiabá
Fonte: Elaborado baseado em Oliveira, Givisiez e Rios-Neto (2009).
Tabela 1 - Proporção de domicílios estimados e projetados, por categoria de tamanho do domicílio, segundo o período e grande região. Brasil, 2008 a 2023
Fonte: Elaborado a partir de Oliveira, Givisiez e Rios-Neto (2009)
A política para combater o déficit habitacional associada à sistemática de restrição de
custos levou à redução da área da habitação de interesse social, visando a construção de mais
unidades. Esta redução é comentada por Leite (2006, p. 81):
Em especial as habitações de interesse social notadamente são caracterizadas pela tendência pronunciada de sua miniaturização quanto ao espaço habitável justificada pelo viés econômico em detrimento do desempenho técnico, social, humano e funcional.
A questão não se resume apenas à redução da área da unidade habitacional, pois
fatores importantes como a qualidade do espaço projetado, o arranjo espacial e a capacidade
de mobiliar também são comprometidos. Palermo (2009, p. 18-19) explica que:
A rigidez e excessiva padronização dos projetos, apesar de aparentemente buscar a viabilidade econômica, têm resultado em espaços de difícil
140.766147.143
154.792163.333
172.161180.582
187.975194.130
199.012202.884
206.092208.957
211.699214.475
217.265220.005
222.615224.975
226.964228.521229.599
200320042005200620072008200920102011201220132014201520162017201820192020202120222023
An
o
Projeção da demanda de domicílios, Cuiabá-MT, 2003-2023.
Período Valores relativos
Total Grande região Unipessoais Dois moradores
Três/quatro moradores
Cinco moradores ou mais.
2008
Norte 8,8% 16,0% 45,8% 29,4% 100% Nordeste 10,2% 17,7% 44,9% 27,3% 100% Sudeste 11,8% 22,0% 49,2% 16,9% 100%
Sul 11,5% 23,8% 49,8% 14,9% 100% Centro-Oeste 11,7% 20,5% 49,2% 18,7% 100%
2009
Norte 13,1% 20,9% 45,0% 21,0% 100% Nordeste 14,9% 22,8% 43,7% 18,6% 100% Sudeste 17,2% 28,5% 44,0% 10,3% 100%
Sul 16,7% 30,5% 43,8% 8,9% 100% Centro-Oeste 17,1% 26,1% 44,8% 11,9% 100%
20
apropriação. A qualidade precária e muitas vezes inadequada ao contexto dos locais de implantação.
[...] interferindo de imediato em três condições:
Liquidez financeira: [...] o mutuário tende a empreender tão cedo quanto possível mudanças na edificação, ações que oneram o orçamento familiar [...].
Estabilidade construtiva: [...] reformas e ampliações sejam empreendidas por profissionais não qualificados, com grave risco construtivo e estrutural, repercutindo sobre a segurança física da família.
Estrutura de funcionamento da moradia: reformas não previstas em projeto, além do impacto construtivo, atingem também a saúde da família [...] confinamento de banheiros e dormitórios, sobrecargas na rede elétrica e no esgotamento sanitário.
Como o usuário das habitações de interesse social, em especial com renda inferior a 6
salários mínimos, não tem como interferir no processo de projeto e execução de sua
habitação, destaca-se o papel do analista de projetos (Caixa, prefeituras e outros órgãos) que
intervirá por ele, buscando atender a necessidades essenciais estabelecidas nas normas
técnicas brasileiras e por autores de atestada experiência, estudiosos deste tema, visando a
qualidade da moradia.
QUESTÕES E OBJETIVOS DA PESQUISA
A questão principal desta pesquisa é: Como analisar e selecionar projetos para HIS,
tecnicamente viáveis, equacionando as especificações dos programas, a qualidade do espaço e
os recursos disponíveis?
Para responder a questão principal é necessário responder às seguintes questões
secundárias:
Como estabelecer procedimentos que possibilitem ao analista de projetos de habitação
de interesse social (prefeituras, agências de habitação, órgãos financiadores) classificá-los
objetivamente quanto a qualidade do arranjo espacial interno, relacionando com o seu custo
de produção?
Como definir as variáveis mais importantes para a análise de viabilidade técnica
qualitativa do espaço interno?
Que parâmetros podem ser adotados ao realizar as análises por meio das variáveis
identificadas?
21
A qualidade das unidades do PAR está aquém do necessário para o desempenho das
atividades domésticas?
Como a qualidade das moradias do PAR se comportou ao longo do tempo?
Quais fatores caracterizam maior ou menor qualidade de uma unidade habitacional?
Objetivo Geral
Desenvolver um método para avaliação de projetos de habitação quanto ao
mobiliamento, a funcionalidade e o arranjo espacial, com critérios observáveis durante a
análise documental das plantas.
Objetivos específicos
Analisar métodos nacionais e internacionais de avaliação da qualidade habitacional
existentes.
Propor um conjunto de variáveis e parâmetros para a análise de projetos de HIS,
quanto à qualidade de projetos.
Aplicar os critérios definidos e analisar as variáveis propostas neste estudo às plantas
usadas para empreendimentos PAR, nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande, ambas em Mato
Grosso, dentro do período de execução do programa no estado.
Verificar os resultados obtidos e refutar ou confirmar a hipótese de que um projeto de
qualidade tem um custo inviável para habitações de interesse social.
Estabelecer critérios de classificação dos projetos estudados, quanto a qualidade do
espaço interno e os custos para produção das unidades.
DELIMITAÇÕES DE PESQUISA
Para alcançar os objetivos propostos foram estudadas todas as plantas de unidades
habitacionais dos empreendimentos do Programa de Arrendamento Residencial (PAR)
22
construídos nas cidades de Cuiabá e Várzea Grande (região de Cuiabá) no período de 2000 a
2008. As duas cidades são as que, desde o início do programa, receberam empreendimentos
do PAR. O período do estudo refere-se ao tempo em que ocorreram as contratações no
Estado.
Em Mato Grosso não foram edificados empreendimentos verticalizados, apenas um
contrato tem unidades do tipo sobrado. As unidades são do tipo unifamiliares com dois
dormitórios, sala, cozinha, banheiro, em alguns casos área de serviço e varanda. A pesquisa
foi realizada nos arquivos da Regional de Sustentação ao Negócio Governo (RSNGOV/CB),
da CAIXA e na Prefeitura Municipal de Cuiabá e Várzea Grande. Atualmente o PAR está
suspenso, e a provisão de habitação está sendo atendida pelo Programa Minha Casa Minha
Vida (PMCMV).
O estudo se refere às dimensões internas dos cômodos. Não são abordados, neste
estudo, aspectos como diversificação e comparação de sistemas construtivos, análise de
variáveis de conforto lumínico, ou conforto sonoro, ou conforto térmico, nem mesmo valores
estéticos. Outros importantes aspectos como acesso-comunicabilidade, personalização da
habitação e as opiniões dos usuários (pós ocupação) também não serão estudados. Os aspectos
do entorno (equipamentos comunitários, transporte, lazer e ligações com a cidade) e
infraestrutura (redes de água, energia, esgoto, drenagem e pavimentação), apesar de sua
grande importância não foram considerados neste trabalho, pois seria necessário avaliar cada
empreendimento como um todo o que seria inviável neste momento. Pretende-se avaliar
apenas a adequação espaço-funcional da habitação, apresentada em sua forma documental, ou
seja, em projeto.
ESTRUTURA DO TRABALHO
No primeiro capítulo há um breve relato histórico sobre as habitações brasileiras a
partir do século XX, mostrando as ações do Estado (Federal, Estadual e Municipal) com
relação às questões habitacionais no decorrer de décadas. São abordadas as questões de
criação do BNH e da COHAB/MT e de suas extinções e, os programas habitacionais
disponíveis para o atendimento da demanda habitacional no Brasil atualmente.
Os principais aspectos históricos de Cuiabá e Várzea Grande são registrados no
segundo capítulo, bem como um breve relato sobre a habitação nesta duas cidades e a atuação
23
do BNH e da Companhia de Habitação do Estado de Mato Grosso (COHAB/MT) e,
finalmente, as realizações após a extinção da Companhia.
O terceiro capítulo traz os estudos realizados sobre qualidade e sobre as dimensões da
habitação de interesse social e parâmetros dimensionais que podem ser utilizados na análise
de projetos.
Vários métodos de avaliação da habitação e seus pontos convergentes e divergentes
são descritos no quarto capítulo. Destaque para os métodos de Buzzar e Fabrício, de Pedro e
de Palermo.
O método proposto, sua aplicação e os resultados obtidos são tratados no quinto
capítulo.
As considerações finais e sugestões para trabalhos futuros são apresentados no sexto e
último capítulo.
24
1 HABITAÇÃO SOCIAL NO BRASIL
A casa tem vários significados, lugar de defesa, abrigo das intempéries, abrigo,
proteção. Segundo Correia (2004, p. 47), “ao longo da história, outros significados foram
sendo incorporados à casa. Na segunda metade do século XIX e na primeira do XX, o
conceito de casa como alojamento foi alvo de críticas profundas. Suas condições sanitárias
foram questionadas e seu papel na reprodução da família e na produtividade do trabalho foi
discutido.”
A habitação no Brasil inicialmente sofreu grande influência da cultura dos portugueses
e em algumas partes do país também dos espanhóis. A influência moura sobre estes últimos
também refletiu em nossas moradias, com suas treliças e balcões (muxarabiês) (LEITE, 2006;
BRANDÃO H., 2007; VERÍSSIMO E BITTAR, 1999). O português foi para Veríssimo e
Bittar (1999, p. 17-19) um harmonizador da influências sobre a moradia no Brasil:
Com o índio, aprendeu que cozinhar nos trópicos é uma tarefa a ser feita ao lado de fora; numa varanda ou num puxado ao lado da casa. A solução para o escoamento das grandes chuvas ele copia da experiência apreendida no Oriente, trazendo dessas regiões as inflexões dos telhados e dos beirais alongados com desenhos graciosos. De Portugal traz as paredes caiadas e os portais coloridos, tão comuns nas paisagens do Minho, do Alentejo e do Algave.
As casas da população mais pobre eram construídas em taipa (estrutura de madeira e
barro) ou adobe (massa de barro, esterco e grama), normalmente construída nas zonas rurais,
dadas as características agrárias da nossa economia até ao século XX (AQUINO, 2009, p. 54-
57).
Todas estas influências serão transformadas no século XX, através da industrialização
do Brasil, a atuação dos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAP) e a interferência do
Estado na produção habitacional a partir de 1946 até os dias atuais.
25
1.1 HABITAÇÃO SOCIAL A PARTIR DO SÉCULO XX.
No início do século XX, a industrialização, destacadamente em São Paulo, gerou uma
grande demanda por moradias, principalmente por pessoas vindas da zona rural. As fábricas
instaladas longe dos centros forçaram os seus trabalhadores a buscarem formas de residirem
nas proximidades, tendo como alternativa as habitações coletivas e lotadas, os cortiços
(Figura 1 e Figura 2).
Correia (2004), Folz (2003) e Bonduki (2004) relatam os comentários das autoridades
sobre os cortiços, que destacavam as precárias condições de saneamento e alto adensamento
nos cômodos. Cada família se instalava em um conjunto de sala e quarto sem janelas (alcova),
independente do número de pessoas; o banheiro era coletivo e em alguns casos a área da
cozinha também. Motta3 (1894 apud BONDUKI, 2004, p. 24) descreve:
Raramente cada casinha tem mais de 3 m de largura, 5 a 6 m de fundo e altura de 3 m a 3,5 m, com uma capacidade para quatro pessoas quando muito. [...] O cômodo de dormir, aposento que ocupa o centro da construção, não tem luz nem ventilação nem capacidade para a gente que o ocupa à noite.
As péssimas condições em que viviam os trabalhadores a proliferação de doenças que
atingiram também as classes mais abastadas foram alvo de intensas críticas por parte de
médicos e engenheiros, na Europa e no Brasil. Estes profissionais defendiam uma moradia
mais salubre, com técnicas construtivas que eliminassem a umidade e promovessem o
saneamento. Finalmente deveria ter um custo baixo para ser acessível aos trabalhadores
(CORREIA, 2004; BONDUKI, 2004; CORTÉS, 2008). Então a habitação econômica deveria
ser:
[...] suficientemente pequena para que nenhum ‘estranho’ possa morar e, contudo, bastante grande para que os pais possam dispor de um espaço separado dos filhos e que tenham a possibilidade de vigiá-los em suas ocupações sem serem observados na sua intimidade. (Donzelot4, 1986 apud CORREIA, 2004, p. 31).
A nova disposição interna dos cômodos deveria garantir a moral e evitar a
promiscuidade: sala, cozinha e quartos para cada sexo (CORREIA, 2004, p. 29).
3 MOTTA, Cesário. Relatório apresentado ao Sr. Dr. Presidente do Estado pelo Secretário d´Estado dos Negócios do Interior . São Paulo: Tipographia Vanordem & Comp., 1894. 4 DANZELOT, J. A polícia das famílias. 2. ed. Rio de Janeiro: Graal, 1986.
26
Figura 1 - Cortiço
Fonte: (ARAGÃO5 apud TREVISAN 2006)
Figura 2 - Cortiço e a privacidade
Fonte: (Valladares6, 1982 apud FOLZ, 2003, p. 18)
A questão habitacional passou a ser controlada pelo setor industrial que produziu vilas
para moradia dos seus trabalhadores (Figura 3). Segundo Blay7 (1980 apud Bonduki 2004, p.
47) as vilas acabavam por difundir os:
[...] padrões de comportamento adequados, na óptica capitalista do desempenho do trabalho livre. Os padrões de honra exaltados, as regras de moral burguesa e as normas de vida transmitidas pela burguesia ao operariado constituíam parcela da ideologia a ser difundida aos subordinados [...].”
5 ARAGÃO, Solange Moura Lima de. Da persistência do ecletismo nas vilas paulistanas. Dissertação de Mestrado. São Paulo: FAUUSP, 2000. 6 VALLADARES, L. do P. (Org.). Repensando a habitação no Brasil. Rio de Janeiro: Zahar, 1982. 7 BLAY, Eva. Dormitórios e vilas operárias. In: Habitação em questão. Rio de janeiro: Zahar, 1980.
27
Figura 3 - Casa Econômica tipo 3.
Fonte: (Magro8, 1931 apud CORREIA, 2004, p. 40)
Figura 4 - Vila economizadora
Fonte: (BONDUKI, 2004, p. 67)
Os conjuntos de habitações para o operariado eram denominados Vilas
Economizadoras. Leite (2006) citando Carpintéro9 (1997), informa que as Casas Econômicas
(Figura 4) da Vila Economizadora “recebiam o estudo cuidadoso do mobiliário adequado para
este tipo de residência”. O mobiliário era pensado para atender as necessidades dos moradores
de forma racional e econômica.
Depois os sindicatos dos trabalhadores, utilizando recursos de pensões, financiaram a
construção de residências para seus associados. Vários autores (DAMÉ, 2008; BONDUKI,
2004; LEITE, 2006) apresentam que os Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAP) foram
criados na década de 30 e financiaram moradias para seus associados. Leite (2006) informa
que foram entregues, em 1938, 80 casas denominadas higiênicas, mobiliadas e padronizadas.
Segundo Carpintéro10 (1997 apud Leite) os móveis que compunham a unidade eram:
Uma mesa, seis cadeiras e buffet, para sala de jantar; cama, mesinha de cabeceira, duas cadeiras, um camiseiro e um guarda-roupa de duas portas com espelho, para o quarto de casal; duas camas, mesinha de cabeceira,
8 MAGRO, Bruno Simões. Habitação econômica: In: CONGRESSO DE HABITAÇÃO, I., São Paulo. Annaes... São Paulo: Publicação Official, Instituto de Engenharia, Divisão de Architectura, 1931. p.55-80. 9 CARPINTÉRO, Marisa Varanda Teixeira. A construção de um sonho: os engenheiros-arquitetos e a formação da política habitacional no Brasil (São Paulo 1917-1940). Campinas: UNICAMP, 1997. 10 Ibid., p. 137
28
cadeira e guarda-roupa com uma porta e espelho para o quarto de solteiro. Os banheiros serão dotados de um armário embutido. A cozinha terá prateleiras e um filtro. Os móveis foram construídos com peroba rosa e canela, com as esquadrias internas em cedro [...]
Conforme Palermo et al. (2007), essas residências possuíam áreas molhadas inseridas
no corpo da casa e uma varanda na frente, para que os moradores estabelecessem relações de
vizinhança, utilizando este espaço como transição da casa (privado) para rua (público).
Leite (2006) informa que foram construídas 47.789 moradias, “representando números
modestos, porém evidenciam uma nova forma de atuação do Estado: a interferência direta na
produção de habitação”. Esta interferência se concretizou com a imposição do Código de
Posturas.
No governo de Getúlio Vargas (1937-1945) as habitações coletivas foram vistas como
desagregadoras da família. Assim, segundo Bonduki (2004, p. 86): “a habitação operária
torna-se, portanto, área crucial para a manutenção da ordem econômica, política e social”.
Segundo Palermo (2007) e Bonduki (2004), por incentivo do Estado a aquisição da casa
própria significava o progresso material do morador. Palermo (2007) ainda completa que o
Estado tinha como objetivo eliminar a habitação coletiva, propiciando um ambiente salubre e
que, para minimizar os custos, propõe a redução de adornos e adoção de dimensões mínimas.
Correia (2004, p. 85) coloca que entre as décadas de 1930 e 1940, arquitetos e
engenheiros aqui no Brasil difundiram “as concepções de racionalização da habitação que
foram postuladas nos primeiros CIAMs”. O autor destaca, dentro deste contexto, a atuação
dos Institutos de Aposentadorias e Pensões (IPAs), particularmente dos Industriários.
O Instituto de Organização Racional do Trabalho (IDORT), formado por empresários
e engenheiros “de viés positivista” (BONDUKI, 2004, p. 73), difundiu as ideias e práticas
tayloristas na organização da habitação, relacionadas à “construção, ao projeto e arranjo
interno da casa e à reorganização das tarefas domésticas, de modo a aumentar a eficiência no
âmbito dos diferentes aspectos associados à habitação” Correia (2004, p. 87). Plantas com
dimensões racionalizadas, reduzidas para o mínimo necessário são a representação do
funcionalismo (Figura 5 e Figura 6), trazido pelo movimento modernista.
29
Figura 5 - Apartamento área mínima - IAP11
Fonte: (BONDUKI, 2004, p. 181)
Figura 6 - Fachada do Conjunto Realengo
Fonte: (BONDUKI, 2004, p. 181)
No mesmo período, os conceitos de funcionalidade e racionalização estavam sendo
introduzidos por Le Coubusier como forma de reduzir o déficit habitacional na Europa do
pós-guerra.
A crise de habitação, no Brasil, no pós-guerra foi ocasionada por vários fatores como a
especulação imobiliária e o congelamento dos aluguéis. Este último provocou o desinteresse
na produção de novos imóveis para locação e um grande volume de despejos. Este
desinteresse somado ao avanço do Partido Comunista, fez com que o Governo Dutra
priorizasse a habitação social (GITAHY E PEREIRA, 2002, p. 124). Segundo Bonduki
(2004), Gitahy e Pereira (2002) e Damé (2008), em 1946, foi criada a Fundação Casa Popular,
primeiro órgão federal criado para atender as demandas habitacionais, que buscava priorizar a
população que não era servida pelos IAPs. A fundação executou 16741 moradias até ser
substituída pelo BNH (FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS, 1985).
Cunha, Arruda e Medeiros (2007) explicam que o BNH foi criado, em 1964, com o
objetivo de construir casas para a população de baixa renda, entretanto, segundo estes autores,
com uma arquitetura que era “padronizada e desqualificada” (Figura 7 e Figura 8).
11 Conjunto Residencial Realengo, 2344 unidades, Arq. Carlos F. Ferreira, Rio de janeiro, décadas de 30 e 40.
30
Figura 7 - Casa de 2 quartos (Área =43 m², Anil, nov./73 a fev./76, São Luís/MA, COHAB/MA)
Fonte: (BANCO NACIONAL DE HABITAÇÃO, 1979, p. 37)
Segundo o próprio Banco Nacional de Habitação (BNH) (1979, p. 7), sobre sua
criação:
O Congresso, em 21 de agosto de 1964, aprovou a lei proposta pelo Executivo [Presidente Castelo Branco], criando o Sistema Financeiro de Habitação, tendo o Banco Nacional de Habitação como seu órgão central.
Essa lei tinha por objetivo acelerar a atividade da construção civil, dada sua elevada participação na geração de rendas internas, sem pressões na balança comercial, e grande capacidade de ocupação de mão-de-obra. Destinava-se também a gerar condições que propiciassem uma ampliação na oferta de novas moradias, com prioridade de atendimento às famílias de menor renda.
Sobre esta declaração do BNH, pode-se verificar que está alinhado com os objetivos
do atual Programa Minha Casa Minha Vida, também do governo federal.
Cria-se, então, com o BNH, a diferenciação entre o que se obtinha através do governo
e o que as pessoas com recursos podiam ter, ou seja, para estas últimas, casas personalizadas
executadas por profissionais ao gosto do cliente. Sobre este período, comenta Palermo (2007),
houve uma deturpação do conceito de casa mínima, visando somente à redução de custos.
Ainda neste período, foi criado o sistema financeiro para a captação de recursos para
fins habitacionais: o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e o Sistema Brasileiro
de Poupança e Empréstimo (SBPE).
31
Figura 8 - Casa de 2 e 3 Q (Parque Ipê Anil, out./67 a jul./70, Joinville/SC, COHAB/SC)
Fonte: (BANCO NACIONAL DE HABITAÇÃO, 1979, p. 205)
Estão entre as críticas ao BNH: a forte centralização e padronização das soluções
arquitetônicas dos projetos; a mais grave, que é a falta de atendimento às populações de baixa
renda; a falta de articulação entre a execução das casas e a infraestrutura; a construção de
grandes conjuntos habitacionais distantes do centro das cidades, propiciando a especulação
imobiliária e gerando, para os municípios, altos custos para provimento de infraestrutura.
As parcelas fixas dos financiamentos feitos junto ao BNH tornaram-se insignificantes
devido à alta inflação, provocando o colapso financeiro do Banco (CUNHA, ARRUDA e
32
MEDEIROS, 2007). Com a sua extinção, pelo Governo Sarney (1985-1990), em 1986, suas
atribuições passaram a ser exercidas pela Caixa Econômica Federal (CAIXA), mas com a área
de habitação vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente (MDU).
Segundo Reis (2008, p. 51), no Governo Collor (1990-1992) houve mudanças no
Sistema Financeiro de Habitação (SFH), como a facilitação para quitar imóveis e alterações
nas correções das prestações. O Governo Federal implantou o Plano de Ação Imediata para a
Habitação (PAIH), que alcançou somente 85,71% da meta, e ainda com custo médio unitário
bem superior ao previsto, “além de os percentuais de alocação de recursos não terem sido, por
motivos eleitoreiros, seguidos, como determinava o Conselho Curador do FGTS”. Além da
irresponsabilidade na gestão dos recursos do FGTS, não havia vínculo dos programas
habitacionais com o saneamento e a infraestrutura urbana.
Os autores Cunha, Arruda e Medeiros (2007) explicam que as restrições de recursos
do Orçamento Geral da União (OGU) e a suspensão dos recursos do FGTS para habitação
provocaram a iniciativa dos governos locais e proporcionou-lhes mais autonomia na questão
habitacional. Como consequência, houve um processo de descentralização e municipalização
das políticas habitacionais. Sem os recursos federais, as administrações municipais buscaram
recursos em organismos internacionais de fomento para a realização das suas próprias
políticas habitacionais. Para o Ministério das Cidades (2004, p. 11):
Esse processo ressalta a potencialidade da gestão municipal em ampliar a eficácia, a eficiência e a democratização das políticas. A gestão municipal teria, ainda, a virtude de ser o nível de governo que permitiria uma maior integração entre as políticas de provisão de moradias e as políticas fundiária e de controle do uso e ocupação do solo, o que ampliaria mais suas possibilidades de eficácia/eficiência. No entanto, a ideologia munici-palista que passa a dominar importantes setores intelectuais e políticos, de certa forma, ajudou a desviar o foco do processo de desarticulação institucional que caracterizou o setor habitacional nesse período.
De fato, o que ocorreu no setor habitacional foi mais fruto de uma descentralização por ausência, sem uma repartição clara e institucionalizada de competências e responsabilidades, sem que o Governo Federal definisse incentivos e alocasse recursos significativos para que os governos dos estados e municípios pudessem oferecer programas habitacionais de fôlego para enfrentar o problema.
No Governo Itamar Franco (1992-1994), os governos municipais e estaduais
compartilhavam financeiramente a execução das moradias, através de suas contrapartidas nos
empreendimentos (REIS, 2008).
33
Durante o Governo Fernando Henrique Cardoso (1994-2002), foi feito um diagnóstico
sobre a gestão de políticas habitacionais, onde foram detectados os seguintes pontos sobre o
setor habitacional (SANTOS12, 1999 apud REIS, 2008, p. 51):
[...] esgotado, em virtude das crescentes dificuldades com a captação líquida das suas fontes de recursos (notadamente o FGTS); regressivo, por ter beneficiado principalmente as camadas de renda média e alta, com elevados subsídios implícitos pagos com recursos do erário; e insuficiente, porque, durante trinta anos o SFH produziu apenas 5,6 milhões do total de 31,6 milhões de novas moradias produzidas no país.
Após este diagnóstico foram criados dois programas, Pró-Moradia e Habitar-Brasil, e
depois o Habitar-Brasil-BID (HBB). O objetivo destes programas era o atendimento da
população com faixa de renda até três salários mínimos, em assentamentos precários e áreas
degradadas; foi criado também o Programa de Arrendamento Residencial considerado por
Reis (2008): “um plano habitacional com forte viés capitalista, mas com evidente inspiração
francesa na experiência de locação social da moradia [...].”
Figura 9 - Apartamento, PAR, Canoas/RS.
Fonte: (TILLMANN, 2008, p. 75)
Figura 10 - Casa, PAR, João Pessoa/PA
Fonte: (BONATES, 2007, p. 223)
1.2 HABITAÇÃO SOCIAL NOS DIAS ATUAIS
Durante o Governo Lula (2003-2006), inicia-se com o Ministério das Cidades o
processo para a criação da Política Nacional de Habitacional para o Brasil. Essa nova política
está inserida na concepção de Desenvolvimento Urbano defendida pelo Estatuto das Cidades,
com ações integradas para prover os cidadãos de habitação, saneamento, mobilidade e 12 SANTOS, Cláudio Hamilton M. Políticas federais de habitação no Brasil: 1964/1998. TEXTO PARA DISCUSSÃO Nº 654. Ministério da Fazenda. Secretaria de Estado de Planejamento e Avaliação. Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Brasília, jul. 1999.
34
transporte coletivo, infraestrutura, equipamentos de lazer e convívio social (REIS, 2008;
CUNHA, ARRUDA e MEDEIROS, 2007).
A Política Nacional de Habitação (PNH) é executada através dos programas
habitacionais, os quais provêm a habitação de interesse social. Para o Ministério das Cidades
(BRASIL, 2008a):
Habitação de interesse social é aquela voltada para a população de baixa renda (famílias com renda até cinco salários mínimos) que busca viabilizar para este segmento o acesso à terra urbanizada e à habitação digna e sustentável através de programas de investimentos e subsídios. [...] alterações na política de habitação foram possíveis a partir da criação do Fundo Nacional de Habitação de Interesse Social (FNHIS).
O Governo Federal é o responsável pela implementação das estratégias e ações que
são orientadas pela Política Nacional de Habitação, aprovada em 2004 pelo Conselho das
Cidades.
Os programas para habitação de interesse social são vários e estão inseridos nas linhas
de ação que direcionam os recursos do Orçamento Geral da União (OGU), do Fundo Nacional
de Habitação de Interesse Social (FNHIS), do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço
(FGTS), do Fundo de Arrendamento Residencial (FAR) e do Fundo de Desenvolvimento
Social (FDS).
Destes programas os que têm origem de recursos do OGU e do FNHIS são oferecidos
na forma de repasse, ou seja, recursos não onerosos. Assim, são liberados conforme o
andamento das obras, e não são devolvidos aos cofres do Governo Federal, entretanto devem
ser adequadamente administrados. O aporte de contrapartida pelo proponente (estado ou
município) é obrigatório.
O Ministério das Cidades atua nos programas habitacionais como o Gestor das
aplicações dos recursos que atendem a cada programa e tem a responsabilidade de
implementar, monitorar e avaliar os programas. A Caixa Econômica Federal é o agente
Operador e deve acompanhar e controlar os financiamentos (FGTS, SBPE, FAR, FAT) e
repasses (OGU, FNHIS).
No Quadro 1, tem-se um panorama dos programas habitacionais disponíveis
atualmente, localizando-os dentro dos eixos ou linhas de ação da Política Nacional de
Habitação (PNH), as ações e modalidades de cada programa e as fontes de recursos.
35
EIXO DA POLÍTICA
PROGRAMA AÇÃO OU MODALIDADES FONTE DE RECURSOS
1. I
nte
gra
ção
urb
ana
de
asse
nta
men
tos 1.1. Urbanização,
regularização e integração de assentamentos precários
1.1.1 Melhoria das condições de habitabilidade de assentamentos precários.
OGU / FNHIS (PAC)
1.2. Programa de atendimento habitacional através do setor público
(Pró-Moradia)
1.2.1. Urbanização e regularização de assentamentos precários.
FGTS (PAC)
1.3. Projetos Multissetoriais Integrados
1.3.1. Urbanização e regularização de assentamentos precários.
FAT (PAC)
1.4. Programa Prioritário de Investimentos (PPI)
1.4.1. Apoio à melhoria das condições de habitabilidade de assentamentos precários, com
produção e/ou aquisição de unidades habitacionais.
OGU (PAC)
1.5. Habitar Brasil / BID (HBB)
1.51. Diversas13 OGU
1.6. Programa Habitação de Interesse Social
1.6.1. Prestação de serviços de assistência técnica
OGU / FNHIS (PAC)
2. P
rovi
são
hab
itaci
on
al
2.1. Programa Minha Casa, Minha Vida
2.1.1. Produção de unidades habitacionais em municípios com população acima de 100.000
habitantes e/ou integrantes de Região Metropolitana (RM). Renda familiar: 0 a 3
salários mínimos.
FAR
2.1. Programa Minha Casa, Minha Vida
2.1.2. Produção ou aquisição de unidades habitacionais urbanas em municípios com
população acima de 50.000 habitantes Renda familiar: 0 a 10 salário-mínimo
OGU / FNHIS
2.1. Programa Minha Casa, Minha Vida
2.1.3. Produção ou aquisição de unidades habitacionais em municípios abaixo de 50.000
habitantes e não integrante de RM. Renda familiar: 0 a 3 salários mínimos.
OGU (oferta pública de recursos)
2.1. Programa Minha Casa, Minha Vida
2.1.4. Requalificação de imóveis, aquisição de terreno e produção de unidades habitacionais por entidades privadas sem fins lucrativos.
Renda familiar: 0 a 3 salários mínimos
FDS
2.1. Programa Minha Casa, Minha Vida
2.1.5. Produção de unidades habitacionais rurais Renda familiar: 0 a R$ 58.000,00 anuais.
OGU / FNHIS
2. P
rovi
são
hab
itaci
on
al
Pro
visã
o h
abita
cio
nal
(co
nt.)
2.2. Programa Crédito Solidário
2.2.1. Requalificação de imóveis, aquisição de terreno e produção de unidades habitacionais por entidades privadas sem fins lucrativos.
Renda familiar: 0 a 3 salários mínimos.
FDS
2.3. Ação de Apoio à Produção Social da
Moradia
2.3.1. Produção ou aquisição de unidades habitacionais, de lotes urbanizados, e
requalificação de imóveis por entidades privadas sem fins lucrativos. Renda familiar: 0
a 3 salários mínimos.
OGU / FNHIS
2.4. Programa de subsídio à habitação de interesse
social (PSH)
2.4.1. Produção ou aquisição de unidades habitacionais. Renda familiar: 0 a R$ 1.140,00.
OGU (oferta pública de recursos)
Quadro 1 - Quadro dos Programas habitacionais
13 Consultar no sítio do Ministério das Cidades http://www.cidades.gov.br/secretarias-nacionais/secretaria-de-habitacao/programas-e-acoes/hbb/biblioteca
36
EIXO DA POLÍTICA
PROGRAMA AÇÃO OU MODALIDADES FONTE DE RECURSOS
3. P
rogr
ama
de
aten
dim
ento
ha
bita
cio
nal
atr
avés
do
set
or
púb
lico
(P
ró-M
orad
ia)
- fin
anci
amen
to
3.1. Produção de conjuntos habitacionais.
3.1.1. Produção de conjuntos habitacionais. FGTS
3.2. Programa de Habitação de Interesse
Social
3.2.1. Prestação de serviços de assistência técnica.
OGU / FNHIS (PAC)
3.3. Carta de crédito individual
(financiamento)
3.3.1. Aquisição de unidade habitacional nova ou usada.
FGTS / FDS
3.4.1. Aquisição de lote urbanizado.
3.4. Carta de Crédito Associativo
3.4.2. Aquisição de material de construção.
3.4.3. Construção de unidade habitacional.
3.5.1. Reforma ou melhoria de unidade
habitacional.
3.5. Carta de Crédito Associativo
3.5.2. Aquisição ou construção de unidades habitacionais.
3.5.3. Reabilitação urbana.
3.5.4. Produção de lotes urbanizados.
4. Desenvolvi-mento
Institucional
4.1. Programa de Habitação de Interesse
Social
4.1.1. Apoio à elaboração de Planos Locais de Habitação de Interesse Social.
OGU / FNHIS
Quadro 1 - Quadro dos Programas habitacionais (cont.) Fonte: (BRASIL. MINISTÉRIO DAS CIDADES, 2010c, p. 124-125)
A apenas dois programas estabelecem as especificações mínimas de área e
acabamentos, são eles, o Programa de Arrendamento Residencial e o Minha Casa Minha
Vida. Este último somente para unidades construídas com recursos do FAR, que atendem
famílias com renda de zero a três salários mínimos.
O acesso aos recursos, do tipo repasse (OGU/FNHIS), é possível através de emendas
parlamentares à Lei Orçamentária Anual (LOA), sendo que o município aguarda a
comunicação do Ministério das Cidades e da Caixa, quanto à disponibilização. Outro caminho
é o município preparar uma consulta prévia ao Ministério das Cidades14 e aguardar o processo
de seleção pública.
Conforme a legislação nacional, Lei 8.036/90 (BRASIL, 1990a) os programas de
aplicação do FGTS são regidos pelo Conselho Curador, o qual aprova as taxas de juros,
valores de contrapartida, prazos de amortização entre outros parâmetros para um período de
quatro anos.
14 Modelos e prazos no sítio do Ministério das Cidades WWW.cidades.gov.br
37
A Caixa informa que recursos onerosos (FGTS, FAR e SBPE), ou seja,
financiamentos, são obtidos conforme a capacidade de contrair dívidas do estado, município,
pessoa física ou jurídica pleiteante (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2010a).
1.2.1 Programa de Arrendamento Residencial (PAR)
Segundo a Caixa e o Ministério das Cidades, o programa visa atender à demanda por
habitação para população que ganha até R$ 1.800,00, na forma de arrendamento residencial
por 15 anos, com opção de compra, a partir do 5º ano à vista, inclusive com o uso do FGTS,
ou se o arrendatário quiser, poderá renovar o arrendamento ou devolver o imóvel.
Os recursos do FAR são compostos por empréstimos junto ao FGTS, e por recursos do
Fundo de Apoio ao Desenvolvimento Social - FAS, Fundo de Investimento Social -
FINSOCIAL, Fundo de Desenvolvimento Social - FDS e Programa de Difusão de Tecnologia
para a Construção de Habitação de Baixo Custo (PROTECH), não onerosos. Exceto o FGTS,
os demais fundos estão extintos, permanecendo no lugar o FAR.
Através deste programa são adquiridos empreendimentos concluídos, ou em planta,
em construção ou para reforma, que depois de terminados são arrendados para pessoas físicas
cadastradas pelas prefeituras e selecionadas pela Caixa após análise cadastral e capacidade de
pagamento do arrendamento.
Padrão Mínima Tipologia mínima
2 Quartos, sala, cozinha e banheiro, exceto recuperação de empreendimentos que se
submeterão análise
2 Quartos, sala, cozinha e banheiro, exceto recuperação de empreendimentos que se
submeterão análise Área útil mínima
37 m² (não computadas área de serviço e varanda), exceto para recuperação de
empreendimentos.
35 m² (não computadas área de serviço e varanda)
Especificações Piso cerâmico ou ardósia;
Azulejo nas paredes molhadas do box, pia, lavatório e tanque;
Porta completa nos quartos, sala, cozinha e banheiro;
Pintura externa, acrílica ou textura acrílica, Pintura interna PVA.
Cobertura em telha cerâmica, laje de teto nos banheiros e forro nos demais cômodos; Calçada de proteção em todo o perímetro da
edificação.
Piso cimentado queimado liso. Barra lisa (0,60 cm de altura) na pia e tanque. Barra lisa: altura mínima de 1,50 m em todas
as paredes do banheiro; Porta completa, em madeira, com pintura
sintética, em todos os cômodos. Cobertura em telha cerâmica.
Laje no banheiro, sem forro nos demais cômodos.
Revestimento interno: chapisco, reboco e pintura a cal (se aceita látex PVA)
Revestimento externo: chapisco, reboco e pintura acrílica.
Quadro 2 - Especificações determinadas para o PAR
Fonte: Elaborado a partir de Caixa Econômica Federal (2008)
38
Os empreendimentos são ofertados por construtoras dentro de um dos dois padrões
(Quadro 2) e, havendo viabilidade técnica e econômica, são contratados pela Caixa e passam
a ser propriedade exclusiva e integrante do patrimônio do FAR. Empresas administradoras,
contratadas pela Caixa fazem o atendimento, operacionalização da seleção, contratação,
cobrança e substituição dos arrendatários.
1.2.2 Programa Minha Casa, Minha Vida
O Governo Federal, no segundo mandato do Presidente Lula (a partir de 2007),
implantou o mais novo programa de habitação, Programa Minha Casa, Minha Vida
(PMCMV), dentro do eixo de provisão habitacional. Neste novo plano são contempladas
famílias com renda até três salários mínimos, as quais estiveram fora de todos os programas
para habitação anteriores. É previsto, também, o atendimento de famílias que possuem renda
familiar acima de três até dez salários mínimos. Os recursos são provenientes do
OGU/FNHIS, do FAR e do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS).
O programa foi criado em março de 2009, com os objetivos de construir 1 milhão de
casas (para pessoas com renda de 0 a 10 salários mínimos) e gerar emprego e renda com
investimentos na construção civil. Abrange as regiões metropolitanas e municípios com mais
de 100 mil habitantes (recursos do FAR). Dependendo do déficit poderá atender municípios
de 50 a 100 mil habitantes, com recursos do FNHIS e abaixo de 50 mil com recursos do OGU
(CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009b).
Os subsídios dividem-se em três faixas, sendo elas: de 0 a 3 salários mínimos com
subsídio total e com isenção do seguro; de 3 a 6 salários mínimos, subsídio parcial com
redução dos custos do seguro e acesso ao Fundo Garantidor; e de 6 a 10 salários mínimos,
com redução dos custos do seguro e acesso ao Fundo Garantidor (CAIXA ECONÔMICA
FEDERAL, 2009b).
Na modalidade para famílias com renda de 0 a 3 salários mínimos, o PMCMV é muito
semelhante ao PAR. O Governo Federal disponibiliza um valor por casa ou apartamento, no
caso de Mato Grosso são R$ 42.000,00 para apartamento e R$ 39.000,00 para casa, sendo que
está incluso neste valor a infraestrutura necessária a ser executada (até julho de 2010). Os
estados e municípios cadastram a demanda e indicam as famílias para aceso ao programa. As
empresas construtoras apresentam seus projetos à Caixa. Os empreendimentos poderão contar
39
com parcerias dos estados, municípios ou entidades organizadoras. A Caixa faz a análise dos
empreendimentos, contrata a obra, acompanha a execução, libera os recursos conforme o
cronograma e os serviços executados e, ao final, realiza a comercialização (CAIXA
ECONÔMICA FEDERAL, 2009b). No caso do PAR ao invés de comercialização faz-se o
arrendamento.
Para cada estado, foi liberado um número de unidades a serem subsidiadas conforme o
déficit habitacional e a contrapartida do estado. No caso de Mato Grosso, foram previstas
inicialmente 13.390 unidades habitacionais, o que representa 1,3% do total de 1 milhão
(CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009b). Já foram contratados até junho de 2010, o
percentual de 135,6% acima desta meta em todo o estado Mato Grosso (BRASIL, 2010b).
Os empreendimentos devem possuir unidades habitacionais com especificações
(Apêndice C) determinadas pelo Ministério das Cidades, podendo o empreendedor optar entre
duas tipologias. A primeira tipologia, apartamento, deve possuir área útil (interna sem contar
áreas de paredes) de 37 m². A casa, segunda tipologia, deve ter área útil de 32 m² (não
computada área de serviço). Ambas têm a seguinte compartimentação: sala, um quarto para
casal, um quarto para duas pessoas, cozinha, circulação, banheiro e área de serviço, sendo que
esta última poderá ser externa na casa (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009b). Pode-se
verificar que a compartimentação é idêntica do programa PAR.
Nas especificações do Ministério, deve-se ressaltar as novas exigências quanto: ao
mobiliário mínimo, ao atendimento das NBR 15.575 e NBR 9.050 (ASSOCIAÇÃO
BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2004), a execução das redes de infraestrutura, e
ainda são solicitados itens de sustentabilidade, acessibilidade e são aceitas inovações
tecnológicas, desde que homologadas pela Caixa Econômica Federal.
Apenas os Programas de Arrendamento Residencial (suspenso) e seu atual sucessor
Programa Minha Casa Minha Vida apresentam especificações mínimas para as unidades
habitacionais, indicando inclusive suas tipologias. Na maioria dos programas, a especificação
da unidade habitacional está atrelada aos recursos financeiros disponíveis e, outros,
normalmente onerosos (financiamentos) seguem a dinâmica do mercado imobiliário.
40
2 HABITAÇÃO POPULAR EM CUIABÁ E VÁRZEA GRANDE
Cuiabá e Várzea Grande são duas cidades cujas áreas urbanas são divididas apenas
pelo rio que as divide, o Rio Cuiabá. Desde a Lei complementar Estadual nº 83/2001, foi
criado o Aglomerado Urbano, o primeiro de Mato Grosso, do qual fazem parte as duas
cidades (VILARINHO NETO, 2009, p. 107).
2.1 VÁRZEA GRANDE
Com a Guerra do Paraguai, na segunda metade do século XIX, no porto geral o
acampamento militar Couto Magalhães deu origem a um bairro popular. Um novo núcleo
urbano se formou em frente ao Porto na margem direita do Rio Cuiabá, a partir das
instalações militares de uma acampamento e de uma prisão. Este povoado hoje é denominado
Várzea Grande e foi fundado em 15 de maio de 1867, desmembrado de Cuiabá em 23 de
setembro de 1948.
Segundo Vilarinho Neto (2009, p. 107) em 1874 foi inaugurada a primeira balsa para a
travessia do Rio Cuiabá, qual ajudou a consolidar o povoado e, em 1942 foi construída a
primeira ponte de concreto sobre este rio, a pedido do interventor Julio Müller. O autor
continua que em 1970, Várzea Grande deixa de ser uma “cidade dormitório” e torna-se a
“Capital Industrial de Mato Grosso”, com o que ele discorda, dizendo que é mais uma “cidade
comerciária”. Está em Várzea Grande o aeroporto que atende a Cuiabá.
Não se verifica em Várzea Grande o “processo de crescimento vertical, tal como vem
acontecendo em Cuiabá” (VILARINHO NETO, 2009). Ainda conforme o autor, no setor sul
ficam as residências de melhor padrão, já as residências populares estão em quase toda a área
urbana da cidade e mais precárias nos bairros Jardim Eldorado, São Cristóvão e Morada do
Sol. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, (2009) a população estimada
para 2009 é de 240.038 e área de 938 km². Suas coordenadas são 15°38'52.06" (S) e 56°
7'59.47" (W).
41
2.2 CUIABÁ
Vários autores apresentam as características físicas de Cuiabá, tais como Aquino
(2009, p. 109); Romancini (2005, p. 31); Durante, Nogueira e Sanches (2006, p. 25) e Duarte
(1995): uma cidade que se localiza na porção centro-sul do estado de MT, com altitude média
165 m. Encontra-se no centro geodésico da América do Sul, com coordenadas 15º35’56” (S) e
56°06’01” (W). Possui, segundo o IBGE (2009), área de 3.538,17 km2 e população estimada
para 2009 de 550.562 habitantes.
Cuiabá possui quatro distritos: Cuiabá (sede); Coxipó da Ponte, Nossa Senhora da
Guia e Coxipó do Ouro. É separada da cidade de Várzea Grande apenas pelo Rio Cuiabá. A
cidade está na microrregião Cuiabá, formada pelos municípios de Chapada dos Guimarães,
Cuiabá, Nossa Senhora do Livramento, Santo Antônio do Leverger e Várzea Grande
(CUIABÁ, 2010).
Campelo Jr. et al.15 (1991, p. 548, apud DUARTE 1995) informa que a direção
predominante dos ventos é norte (N) e noroeste (NO), na maior parte do ano e sul (S) no
inverno, com velocidade baixa, mas com picos de velocidade de curta duração.
O Instituto de Planejamento e Desenvolvimento Urbano de Cuiabá (IPDU) (2010)
apresenta como média das temperaturas máximas, entre 1970 e 2007 a temperatura de 32,8° C
e a média das temperaturas mínimas 21,5° e, acrescenta que o clima é tropical continental,
com um período chuvoso (oito meses) e outro seco (quatro meses, maio a agosto de cada
ano).
Vários autores (AQUINO, 2009; ROMANCINI, 2005; CASTOR, 2007; CUIABÁ,
2010; INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA, 2009; DUARTE,
1995) relatam que a história de Cuiabá iniciou com as bandeiras que procuravam índios para o
trabalho nas lavouras, e nesta busca encontram ouro e diamantes no interior do país. Pascoal
Moreira Cabral, informado por Antônio Pires de Campos, veio em busca de índios e
encontrou ouro no hoje denominado Rio Coxipó. Em 8 de abril de 1719, foi fundado o arraial
de Forquilha, com Pascoal Moreira Cabral como guarda-mor regente. Miguel Sutil de
Oliveira, João Francisco Barbado e outros, conduzidos pelos índios encontram maiores
quantidades de ouro nas proximidades no morro do Rosário, onde hoje está a Igreja do
15 CAMPELO Jr. et al. Caracterização Macroclimática de Cuiabá. In: 3º Encontro Nacional de Estudos sobre o Meio Ambiente. Londrina 1991. Anais. Londrina, V. 1, Comunicações, p.542-552.
42
Rosário, local onde se consolidou o povoado e em 1727 erigido em Vila de Nosso Senhor
Bom Jesus de Cuiabá.
Em 9 de maio de 1748, foi criada a Capitania de Mato Grosso, com Dom Antônio
Rolim de Mouras Tavares como governador. Cuiabá passa a cidade em 17 de setembro de
1818 e passa a capital em 1836. Em meado do século XIX, os povoados do Porto e de Cuiabá
se ligaram somando 10.000 habitantes.
Várias casas foram erguidas no Largo da Conceição, onde em 1871 foi construído um
chafariz. A localidade do Coxipó se integrou à cidade no final do século XIX, se consolidando
em 1940 com a abertura da estrada para Campo Grande.
2.3 HABITAÇÃO EM CUIABÁ E VÁRZEA GRANDE
A descrição da casa cuiabana antiga (região de Cuiabá e Várzea Grande) é dada por
Freire (1997, p. 81), que destaca o despojamento e a simplicidade mesmo das residências dos
mais abastados:
As dimensões do espaço interior marcavam o status do proprietário. Embora conservando em sua fisionomia traços da casa paulista em que se inspirou, a casa cuiabana traz a novidade de pé-direito alto, diferenciando-se das casas do século XVIII do beco do Candeeiro, das ruas de Baixo e do Meio. Implantada diretamente sobre o alinhamento da via pública, tem a fachada simples, marcada pelos janelões [Figura 11] [...]. A varanda, inicialmente fechada e mais tarde aberta para o quintal, tornou-se um dos traços marcantes da casa cuiabana [Figura 12].
[...] O espaço do lote urbano, na direção da rua para o fundo do quintal [Figura 13], obedecia a um certo padrão. [...] corpo da casa, varanda e cozinha, pequeno pátio interno onde se localizava o poço, forno, plantas ornamentais, plantas medicinais, horta e árvores frutíferas.
Figura 11 - Fachada de casa cuiabana
Fonte: (AGUIAR, 2004)
43
Figura 12 - Varanda da casa cuiabana
Fonte: (RODRIGUES, 2004a)
Figura 13 - Quintal de casa Cuiabana
Fonte: (RODRIGUES, 2004b)
Os mais pobres também seguiam este esquema, porém em proporções reduzidas de
área, com mobiliário de fabricação local, sem vidraças e com pé-direito menor.
Figura 14 - Casa simples Rua Prof. João Félix, Cuiabá/MT
Fonte: Acervo pessoal (13/10/2010)
livro de Ludmila Brandão
desenvolver em ritmo mais lento
interventor Júlio
Avenida Getúlio Vargas,
como o Grande Hotel, o Cine Teatro,
Mato Grosso
comenta
em ritmo
no hoje denominado Bairro Popular.
a nº 11 e a nº 15. A primeira autorizou a doação de t
Um croqui pode ser observado na
livro de Ludmila Brandão
Figura 15
Fonte: Desenho de Ademar Poppi
Cuiabá, devido
desenvolver em ritmo mais lento
interventor Júlio
Avenida Getúlio Vargas,
como o Grande Hotel, o Cine Teatro,
Mato Grosso e o Quartel
comenta que:
Freire complet
em ritmo de crescimento vegetativo”, interrompido pela construç
no hoje denominado Bairro Popular.
11 e a nº 15. A primeira autorizou a doação de t
Um croqui pode ser observado na
livro de Ludmila Brandão.
15 - Planta de uma casa cuiabana
Fonte: Desenho de Ademar Poppi L., 2008
Cuiabá, devido a redução da navegação e a escassez de estradas
desenvolver em ritmo mais lento
interventor Júlio Müller, infraestruturou a cidade com um nova via larga, denominada de
Avenida Getúlio Vargas, onde foram construídos vários edifícios importantes para a capital
como o Grande Hotel, o Cine Teatro,
o Quartel (SÁ, 1980; FREIRE, 1997
Para estimular a ocupaçfacilitou às elites locais acesso aos lotes, com a garantia de moradias de alto padrão. Aos poucos foram sendo construídas residências dentro de novos padrões, com uso de novos materiais sofisticadas.
Freire completa que depois do grande volume de construções públicas, “a cidade entra
de crescimento vegetativo”, interrompido pela construç
no hoje denominado Bairro Popular.
11 e a nº 15. A primeira autorizou a doação de t
Um croqui pode ser observado na
. Na Figura 16
Planta de uma casa cuiabana
Fonte: Desenho de Ademar Poppi (BRANDÃO L., 2008)
a redução da navegação e a escassez de estradas
desenvolver em ritmo mais lento. Em 1940, O
Müller, infraestruturou a cidade com um nova via larga, denominada de
onde foram construídos vários edifícios importantes para a capital
como o Grande Hotel, o Cine Teatro,
SÁ, 1980; FREIRE, 1997
Para estimular a ocupaçfacilitou às elites locais acesso aos lotes, com a garantia de moradias de alto padrão. Aos poucos foram sendo construídas residências dentro de novos padrões, com uso de novos materiais sofisticadas.
a que depois do grande volume de construções públicas, “a cidade entra
de crescimento vegetativo”, interrompido pela construç
no hoje denominado Bairro Popular. Relacionadas a estas casas, e
11 e a nº 15. A primeira autorizou a doação de t
Um croqui pode ser observado na Figura
16 tem-se um outro croqui das casas cuiabanas antigas
Planta de uma casa cuiabana
BRANDÃO
a redução da navegação e a escassez de estradas
Em 1940, O
Müller, infraestruturou a cidade com um nova via larga, denominada de
onde foram construídos vários edifícios importantes para a capital
como o Grande Hotel, o Cine Teatro, o Tribunal,
SÁ, 1980; FREIRE, 1997
Para estimular a ocupação da avenida [Avenida Getúlio Vargas]facilitou às elites locais acesso aos lotes, com a garantia de moradias de alto padrão. Aos poucos foram sendo construídas residências dentro de novos padrões, com uso de novos materiais
a que depois do grande volume de construções públicas, “a cidade entra
de crescimento vegetativo”, interrompido pela construç
Relacionadas a estas casas, e
11 e a nº 15. A primeira autorizou a doação de t
Figura 15, feito pelo Arquiteto Ademar Poppi no
se um outro croqui das casas cuiabanas antigas
Figura
Fonte:
a redução da navegação e a escassez de estradas
Em 1940, O governo
Müller, infraestruturou a cidade com um nova via larga, denominada de
onde foram construídos vários edifícios importantes para a capital
Tribunal, a Secretaria
SÁ, 1980; FREIRE, 1997). Sobre este período
ão da avenida [Avenida Getúlio Vargas]facilitou às elites locais acesso aos lotes, com a garantia de moradias de alto padrão. Aos poucos foram sendo construídas residências dentro de novos padrões, com uso de novos materiais
a que depois do grande volume de construções públicas, “a cidade entra
de crescimento vegetativo”, interrompido pela construç
Relacionadas a estas casas, e
11 e a nº 15. A primeira autorizou a doação de terrenos à Fundação Casa Popular, órgão
feito pelo Arquiteto Ademar Poppi no
se um outro croqui das casas cuiabanas antigas
Figura 16 - Casa cuiabana antiga
onte: (PÓVOAS, 1980, p. 55
a redução da navegação e a escassez de estradas
de Getúlio Vargas, através do
Müller, infraestruturou a cidade com um nova via larga, denominada de
onde foram construídos vários edifícios importantes para a capital
Secretaria-geral, o
Sobre este período
ão da avenida [Avenida Getúlio Vargas]facilitou às elites locais acesso aos lotes, com a garantia de moradias de alto padrão. Aos poucos foram sendo construídas residências dentro de novos padrões, com uso de novos materiais e técnicas construtivas mais
a que depois do grande volume de construções públicas, “a cidade entra
de crescimento vegetativo”, interrompido pela construção das 104 casas populares,
Relacionadas a estas casas, em 1948, surgem duas Leis,
errenos à Fundação Casa Popular, órgão
feito pelo Arquiteto Ademar Poppi no
se um outro croqui das casas cuiabanas antigas
Casa cuiabana antiga
PÓVOAS, 1980, p. 55)
a redução da navegação e a escassez de estradas, passou a se
de Getúlio Vargas, através do
Müller, infraestruturou a cidade com um nova via larga, denominada de
onde foram construídos vários edifícios importantes para a capital
o Colégio Estadual de
Sobre este período Freire (1997, p. 120
ão da avenida [Avenida Getúlio Vargas]facilitou às elites locais acesso aos lotes, com a garantia de moradias de alto padrão. Aos poucos foram sendo construídas residências dentro de
e técnicas construtivas mais
a que depois do grande volume de construções públicas, “a cidade entra
ão das 104 casas populares,
m 1948, surgem duas Leis,
errenos à Fundação Casa Popular, órgão
44
feito pelo Arquiteto Ademar Poppi no
se um outro croqui das casas cuiabanas antigas.
Casa cuiabana antiga
, passou a se
de Getúlio Vargas, através do
Müller, infraestruturou a cidade com um nova via larga, denominada de
onde foram construídos vários edifícios importantes para a capital
Colégio Estadual de
1997, p. 120)
ão da avenida [Avenida Getúlio Vargas], o governo facilitou às elites locais acesso aos lotes, com a garantia de moradias de alto padrão. Aos poucos foram sendo construídas residências dentro de
e técnicas construtivas mais
a que depois do grande volume de construções públicas, “a cidade entra
ão das 104 casas populares,
m 1948, surgem duas Leis,
errenos à Fundação Casa Popular, órgão
44
feito pelo Arquiteto Ademar Poppi no
, passou a se
de Getúlio Vargas, através do
Müller, infraestruturou a cidade com um nova via larga, denominada de
onde foram construídos vários edifícios importantes para a capital
Colégio Estadual de
)
, o governo facilitou às elites locais acesso aos lotes, com a garantia de moradias de alto padrão. Aos poucos foram sendo construídas residências dentro de
e técnicas construtivas mais
a que depois do grande volume de construções públicas, “a cidade entra
ão das 104 casas populares,
m 1948, surgem duas Leis,
errenos à Fundação Casa Popular, órgão
45
federal responsável pela construção e a segunda desapropriou vários terrenos nas
proximidades da Avenida Getúlio Vargas que foram doados à Fundação da Casa Popular.
O bairro popular possuía unidades de dois, três e quatro quartos, segundo o projeto
assinado pelo Engenheiro, da Construtora Comércio Ltda, Sr. José Garcia Netto.
Castor (2007) descreve o primeiro bairro de habitação popular (Figura 17) de Cuiabá
como uma resposta do poder público, no caso do cuiabano, presidente Eurico Gaspar Dutra,
aos problemas de saúde pública:
[...] Trata-se de 128 casas construídas em 1949 por intermédio da “Fundação da Casa Popular”, 56 delas na cidade de Corumbá, 72 em Cuiabá [FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS, 1985, p. 71]. Casas térreas com alvenaria de tijolos cerâmicos, telhas de barro e esquadrias de madeira foram dispostas isoladamente no interior de pequenos lotes, de modo a favorecer a iluminação e a ventilação natural dos cômodos. Malgrado seu aspecto neocolonial, tal solução urbanística rompia com o padrão das antigas moradias cuiabanas, estas sim de origem genuinamente colonial, que não contavam com recuos laterais nem frontais.
Figura 17 - Conjunto Habitacional Popular, na década de 60.
Fonte: A Gazeta (apud BRANDÃO, PORTOCARRERO, et al., 2010).
Figura 18 - Croqui da planta original da
casa, sem escala
Fonte: Acervo GHA. (apud BRANDÃO, PORTOCARRERO, et al., 2010).
Figura 19 - Fachada da unidade nos dias atuais.
Fonte: Acervo pessoal (11/10/2010).
46
Nas Figura 17 e na Figura 18, pode-se observar o estilo das moradias do novo bairro,
em lotes com afastamentos frontal e laterais. Na Figura 19, temos a fachada de uma das
poucas unidades do bairro que se mantém quase inalteradas, as esquadrias não são as
originais, mas a telhas, a varanda, os afastamentos são como construídos inicialmente. Em
contraste com as casas existentes, segundo Freire (1997, p. 46):
A arquitetura das primeiras casas segue o padrão paulista do século XVIII. O padrão de arquitetura bandeirista paulista assume em Cuiabá algumas características particulares, semelhantes às registradas em Vila Boa de Goiás.
As casas são implantadas sobre o alinhamento das ruas e limites laterais do terreno, umas coladas às outras.
A partir de 1960, com a construção de Brasília e o consequente estímulo de
crescimento do Centro-Oeste brasileiro. Começam os primeiros fluxos migratórios frutos da
política do governo federal de ocupação da Amazônia. Com a pressão das imigrações para as
áreas urbanas, o governo estadual se vê compelido a atender a população de baixa renda com
uma política habitacional, que culminará com a criação da COHAB/MT (FREIRE, 1997;
AQUINO, 2009).
2.3.1 Banco Nacional de Habitação e a COHAB/MT
Como já foi dito, em 1964 o Governo Federal cria o BNH, no ano seguinte o
governador Fernando Correa da Costa cria a Companhia de Habitação do Estado de Mato
Grosso (COHAB/MT) que, seguindo as diretrizes daquele banco, conduziu a política
habitacional em Mato Grosso. Sobre a instituição Aquino (2009, p. 117-118) expõe:
A COHAB-MT foi uma sociedade de economia mista por ações, criada pela Lei Estadual n° 2.406, de 28 de junho de 1965 [...].
A Companhia integrava o Sistema Financeiro de Habitação (SFH) [...] podia, na forma prevista, alienar, doar, onerar, arrendar ou permutar bens de sua propriedade, desde que essas ações representassem o exercício de suas atividades operacionais regulares.
[...]
De 1965, ano de sua criação, a 1995, quando foi extinta, a COHAB-MT implantou 140 conjuntos habitacionais e assentou mais de 46 mil famílias em todo o Estado.
47
Observa-se pelo Gráfico 3, que Cuiabá recebeu o maior número de habitações, seguido
de longe por Várzea Grande e Rondonópolis. Outras cidades16 do estado também foram
atendidas com unidades habitacionais através da COHAB/MT.
Gráfico 3 - Unidades Habitacionais entregues pela COHAB-MT (1966 a 1996).
Fonte: Elaborado com base em Aquino (2009, p. 121-2)
O ápice do número de unidades entregues foi em 1979, com outro período de intensa
produção de 1982 a 1988, retomando somente em 1991, já em 1996, foram entregues as
últimas unidades (Gráfico 4).
Gráfico 4 - Unidades Habitacionais entregue, por ano, COHAB/MT, de 1966 a 1996.
Fonte: Elaborado com base em Aquino (2009, p. 121-122).
Há divergência quanto ao número de unidades entregues pela COHAB/MT, de 1966 a
1983, entre os autores Aquino (2009) e FINEP (1985), consultados para a confecção do
16 General Carneiro; Araguainha; Itiquira; Nobres; Araputanga; Porto dos Gaúchos; Tesouro; Canarana; Sinop; Primavera do Leste; Dom Aquino; Santo Antonio do Leveger; Cáceres; Alto Garças; Alto Paraguai; Alto Araguaia; Nova Xavantina; Guiratinga; Nortelândia; Mirassol D´Oeste; Arenápolis; Água Boa; Diamantino; Barra do Bugres; Jaciara; Poxoréu; Pedra Preta; Poconé; Tangará da Serra; Rosário Oeste; Chapada dos Guimarães; Barra do Garças.
Demais Cidades Rondonópolis Várzea Grande Cuiabá
Unidades Habitacionais 6807 4107 4319 22461
0
5000
10000
15000
20000
25000
un
idad
es
Hab
itac
ion
ais
Cohab/MT unidades por cidades 1966-1996
1966 1969 1970 1971 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983 1984 1987 1988 1990 1991 1992 1993 1994 1995 1996
Unidade Habitacionais 365 1553 2016 463 1447 129 7254 1152 861 4828 1880 1864 6171 3851 262 3498 100
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
Un
idad
es
hab
itac
ion
ais
Habitação por Ano Cohab/MT - 1966 a 1996
48
Gráfico 4 e Gráfico 5. O primeiro considera várias outras cidades de Mato Grosso que não
foram levantadas pelo estudo do segundo e este acrescenta em seu levantamento os imóveis
da PLANOESTE (Planejamento e Coordenação de Projetos Habitacionais Ltda), que
totalizam 3311 unidades entregues entre 1977 e 1983.
Gráfico 5 - Unidades Habitacionais entregues pela COHAB-MT (1966 a 1983).
Fonte: Elaborado com base em FINEP (1985).
Castor (2007, p. 255), comentando sobre os conjuntos habitacionais construídos pela
COHAB/MT:
[...] casas térreas e isoladas com 15 a 60 m² de área construída, com plantas convencionais [BNH] com um, dois ou três quartos, sala, cozinha, banheiro e área de serviços, [...] tudo organizado em cômodos mínimos, casas impessoais e conjuntos periféricos monótonos e desprovidos de identidade”.
O autor acrescenta que os primeiros conjuntos da COHAB/MT foram o Cidade Verde
(1966) ou Cohab Velha como os moradores o chamam, e Nova Cuiabá (1969), ambos em
Cuiabá, com respectivamente 365 e 443 unidades, provavelmente, segundo o autor, em
“resposta aos surtos de loteamentos clandestinos da década de sessenta”.
Ele destaca também o conjunto habitacional que foi criado para atender aos servidores
públicos da nova região do Centro Político Administrativo (CPA), com o mesmo nome CPA-I
(CASTOR, 2007, p. 257):
Foram disponibilizados pela COHAB-MT seis modelos de residências térreas e isoladas, variando de 30 a 61 m² embora o projeto original previsse um sistema mais complexo de habitações modulares. O objetivo era dotá-las de maior flexibilidade interna e possibilidades de ampliação racionalizada. A lógica desse sistema conduziu à definição de um lote especialmente proporcionado para favorecê-lo. Ao invés de adotar as medidas habituais de 10 ou 12 m por 25 m, a equipe do CPA preferiu
1966 1968 1969 1970 1972 1973 1974 1971 1977 1978 1979 1980 1981 1982 1983
COHAB/MT (1966-1983) (FINEP, 1983) 365 220 589 104 110 944 2937 944 1934 3872 260 7510
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
Un
idad
es
hab
itac
ion
ais
habitação por ano Cohab/MT - 1966 a 1983
49
trabalhar com 14 m de frente por 20 m de profundidade. Descentralizada em relação ao lote, a casa original exibia telhado de uma única água para permitir o acréscimo lateral de módulos sem desmonte da cobertura. A proposta das casas acabou descartada pelos técnicos da COHAB/MT, mas o plano urbanístico, incluindo as medidas dos lotes, felizmente não.
A trajetória da COHAB/MT seguiu passos tortuosos até que foi extinta pela Lei 6.763,
em 1996. O professor Aquino (2009, p. 139-140) descreve as três fases que caracterizaram a
existência da Companhia:
Historicamente, existiram três fases no processo administrativo da COHAB-MT. A primeira delas se caracterizou pela produção, comercialização e legalização dos Conjuntos Habitacionais edificados pela COHAB-MT, tendo e verificado, até o início da década de 1980, o pleno cumprimento das etapas contratuais, ou seja, a aquisição do terreno, a construção dos imóveis, a infraestrutura do lugar, a regularização da propriedade (registro do loteamento) e as averbações com o respectivo “habite-se”.
[...]
A segunda fase, que ser estendeu da década de 1980 até o período desativação do BNH (1985) e da assunção dos financiamentos habitacionais pela CEF, a COHAB-MT deixou de cumprir o que era previsto nos contratos de produção de moradias.
[...]
A terceira fase culminou com o processo de extinção da COHAB-MT nos termos da Lei Estadual nº 6.763/96, cujos fatores principais [...] foram herdados do passado e levaram o governo a tomar essa decisão.
Dentre eles, destacam-se os seguintes:
Exaurimento dos recursos do FGTS e do SFH para habitação;
Inclusão dos custos de infraestrutura nos financiamentos, elevando o valor das prestações;
Aumento do índice de inadimplência;
Aumento da taxa de juros;
Falta de uma política habitacional no Estado que permitisse a continuidade dos programas. (AQUINO, 2009, p. 139-140)
Com base nas informações dos projetos citados por Freire (1997, p. 247-282), buscou-
se nos arquivos da Prefeitura de Cuiabá alguns projetos das unidades habitacionais (Figura 20
a Figura 22 e Anexo B).
50
Figura 20 - Planta Baixa, A=25,18 m² (MT.8.I.2.30, CPA 1 e 2/Cuiabá).
Fonte: Desenho com base em COHAB/MT (1979).
Figura 21 - Planta Baixa, A. útil = 54,57 m² (MT.26.I.2.60 Tijucal/Cuiabá).
Fonte: Desenho com base em COHAB/MT (1980c)
51
Figura 22 - Plantas Baixas (Grande Terceiro/Cuiabá, CPA/Cuiabá e COHAB Rio Vermelho/Rondonópolis).
Fonte: Desenhos com base em COHAB/MT (1970).
O último residencial entregue pela COHAB foi o Cristalino, na cidade de Água Boa,
com 100 unidades (AQUINO, 2009).
52
2.3.2 Pós COHAB/MT
Com a extinção da COHAB/MT, as habitações passaram a ser supridas pelos
programas disponíveis na Caixa ou com recursos dos próprios interessados.
No Gráfico 6, pode-se observar a linha histórica da habitação popular (0 a 10 salários
de acordo com cada programa) em Mato Grosso. Há interrupções de fornecimento de
habitação de 1992 a 1999, com exceção em 1996, com fornecimento de 100 unidades
entregues pela COHAB/MT.
Em, 2003 surge a Secretaria de Estado de Infraestrutura (SINFRA/MT) como gestora
da questão habitacional, aumentando sensivelmente o número de unidades custeadas pelo
governo de estado.
A partir de 1995 (Gráfico 7) iniciam-se as contratações dentro de vários outros
programas habitacionais federais executadas em Mato Grosso. Em 1995, registrou-se apenas
duas unidades dentro do FGTS e 5 unidades através da Carta de crédito Individual Imóvel do
SBPE. No ano seguinte houve um sensível aumento chegando a 1087 unidades, destas apenas
43 unidades foram com recursos do SBPE, por pessoas físicas ou construtoras, 672 operações
(compra de imóveis novos, usados, construção em terreno próprio, e carta de crédito) com
FGTS e 372 com recursos do OGU, no Programa Habitar Brasil.
O programa Habitar Brasil teve de 1996 a 1999 (época em que foi trabalhado em Mato
Grosso) um total de 2682 contratações, sendo o único programa com recursos do OGU até
então.
Fonte: Elaborado baseado em
1949
FCP 128
COHAB/MT
PAR (MT)
MCMV (MT)
OUTROS GOV. MT
0500
100015002000250030003500400045005000550060006500700075008000850090009500
100001050011000115001200012500130001350014000145001500015500
Un
idad
es
hab
itac
ion
ais
Fonte: Elaborado baseado em AQUINO, 2009
1949 1966 1969 1970 1971 1977
128
365 1553 2016 463 1447
Gráfico 6 - Evolução Histórica da Habitação em Mato Grosso (1949
AQUINO, 2009; FINANCIADORA DE
1977 1978 1979 1980 1981
1447 129 7254 1152 861
Linha histórica habitação popular em MT (1949 a 2010)
Evolução Histórica da Habitação em Mato Grosso (1949
FINANCIADORA DE
1981 1982 1983 1984 1987 1988
861 4828 1880 1864 6171 3851
Linha histórica habitação popular em MT (1949 a 2010)
Evolução Histórica da Habitação em Mato Grosso (1949
FINANCIADORA DE ESTUDOS E PROJETOS, 1985
1988 1990 1991 1992 1993
3851 262 3498
Linha histórica habitação popular em MT (1949 a 2010)
Evolução Histórica da Habitação em Mato Grosso (1949- out
ESTUDOS E PROJETOS, 1985; Levantamento de dados da RSNGOV/CB (Caixa).
1993 1994 1995 1996 1997 1998
100
Linha histórica habitação popular em MT (1949 a 2010)
out./2010).
; Levantamento de dados da RSNGOV/CB (Caixa).
1998 1999 2000 2001 2002
1231 123 558
; Levantamento de dados da RSNGOV/CB (Caixa).
2003 2004 2005 2006 2007
1871 1816 1412 2514 2036
7.22 14.6 631 1.74 4.30
53
; Levantamento de dados da RSNGOV/CB (Caixa).
2007 2008 2009out/2010
2036 3699 488 0
5374 1287
4.30 5.34
54
Gráfico 7 - Unidades Habitacionais recursos FGTS, FAT, OGU e FAR, 1995-2010.
Fonte: Elaborado a partir de levantamento na RSNGOV/CB (out./2010).
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010
Programas FGTS/FAT/OGU 2 1044 3756 3712 1655 4093 5078 3527 6412 3383 3152 3554 4491 6656 5527 4292
PAR - FAR 0 0 0 0 0 1231 123 558 1871 1816 1412 2514 2036 3699 488 0
PMCMV - FAR 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 5374 1287
TODOS, EXCETO SBPE 2 1044 3756 3712 1655 5324 5201 4085 8283 5199 4564 6068 6527 10355 11389 5579
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
Un
idad
es
Hab
itac
ion
ais
Habitação em Mato Grosso de 1995 -2010
55
Ainda analisando o Gráfico 7, observar-se que o PAR, em 2000, representou
inicialmente 23% das unidades habitacionais que passaram pela Caixa, chegando a 36% em
2008. O programa PAR foi substituído pelo PMCMV o qual alcançou 47% das unidades
habitacionais contratadas em 2009 e já está em 23% em outubro de 2010.
No Gráfico 8, verifica-se a expressiva margem dos recursos FAR para a política
habitacional de Mato Grosso. É importante ressaltar que dentro dos recursos FGTS e SBPE
estão variadas modalidades como: compra de imóveis novos e usados, material de construção,
crédito a construtoras e outros, enquanto o PAR é apenas para execução de unidades novas.
Gráfico 8 - Participação dos recursos na habitação de MT (1995-2010)
Fonte: Elaborado a partir de levantamento na RSNGOV/CB (out./2010)
De 2000, início do programa PAR em Mato Grosso, até 2002, foram construídos
condomínios residenciais com média inferior a 200 unidades habitacionais (Gráfico 9), o
tamanho reduzido daqueles empreendimentos propiciou uma maior ocupação de vazios da
malha urbana, principalmente em Cuiabá e Várzea Grande, os primeiros municípios a receber
as unidades. Nestes condomínios foi executada toda a infraestrutura: rede de água, de esgoto,
energia e drenagem e pavimentação. As casas foram construídas com padrão baixo, conforme
a NBR 12721 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2006), com
especificações próprias do programa. Até então, as áreas destas habitações situavam-se,
normalmente, entre 45 e 50 m² com sala, cozinha, banheiro, dois quartos e área de serviço
externa ou interna.
FGTS52,12%
CAIXA/SBPE16,84%FAT
0,34%
OGU8,18%
FAR22,52%
Fonte de recursos para habitação em MT
56
Gráfico 9 - Média de unidades habitacionais por empreendimento PAR, por ano, em MT.
Fonte: Elaborado a partir de dados coletados na RSNGOV/CB.
A partir de 2003, o Governo Estadual, através da SINFRA/MT, entra como parceiro
do PAR e assim a infraestrutura passa a ser aportada como contrapartida. A implantação que
antes era na forma de condomínio, de propriedade do FAR, passa a ser loteamento, e
consequentemente apenas as unidades habitacionais e seus respectivos lotes são de
propriedade do FAR. A parceria gerou um incremento substancial de unidades habitacionais
por empreendimento (Gráfico 9). As plantas das casas usadas nos empreendimentos PAR em
Mato Grosso são variadas, sempre unidades isoladas e serão estudadas mais a frente. Outra
importante fonte de recursos estadual foi o FETHAB17, com o qual o governo estadual
realizou mais de 9.000 moradias.
Observa-se nos gráficos (Gráfico 10 e Gráfico 11), que foram diversos os programas
utilizados para atender a demanda da questão habitacional no estado. Passos decisivos
iniciaram-se no ano de 2003 e o número de unidades mais que dobrou em 2004. Em 2005,
devido à crise agroindustrial do ano anterior, os investimentos foram tímidos, mas a partir de
2006 foram sendo incrementados, chegando em 2008 a mais de 9.000 unidades habitacionais
em todos os programas estaduais.
17 O Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) foi criado pela lei 7882 de 30/12/02, com o objetivo de financiar o planejamento, execução, acompanhamento, bem como a avaliação dos serviços nos setores de transporte e habitação em todo o Estado de Mato Grosso. O imposto é cobrado sobre o valor do óleo diesel, frete, produção agrícola e pecuária mato-grossense. Atualmente, são destinados cerca de 30% para a construção de casas populares e 70% para obras nas rodovias estaduais. A arrecadação é administrada pela Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) e supervisionada pelo Conselho do Fethab, que tem em sua formação secretários de diversas pastas, além de representantes dos sindicatos e entidades da classe. Entre as atribuições do conselho está a formatação de políticas para a aplicação do recurso e a apreciação da prestação de contas MATO GROSSO, 2009b.
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009
Média por conjunto 153,88 123,00 155,00 207,89 206,40 282,40 359,14 407,20 411,00 488,00
Conjuntos Habitacionais 8 1 2 9 10 5 7 5 9 1
-
100,00
200,00
300,00
400,00
500,00
600,00 U
nid
ade
s
Média de unidades por conjunto do PAR em MT (2000 a 2009)
57
Gráfico 10 - Unidades habitacionais, executadas pelo Governo do Estado
Fonte: Elaborado com base em dados do governo estadual (MATO GROSSO, 2009b).
Gráfico 11 - Demonstrativo dos Programas Habitacionais do MT.
Fonte: Elaborado com base em dados do governo estadual (MATO GROSSO, 2009b).
De 1995 a 2003, as ações do governo estadual sobre a habitação não foram muito
expressivas. Através da SINFRA/MT, a partir de 2003, o Governo do Estado desenvolveu
basicamente três tipos de planta para executar sua política habitacional.
Os projetos foram executados nos municípios para os quais o governo do estado
aplicou recursos em conjunto com o FGTS e Caixa, dentro do programa Garantia Caução.
Estes recursos foram distribuídos conforme o tamanho da população do município, sendo que
os maiores puderam executar plantas também maiores. Municípios menores, com menos
recursos executaram as plantas com menor área construída e acabamento mínimo.
Os principais projetos são com área total de 39,64 m², 31,98 m² e 24,12 m². Para o
provimento de habitação de interesse social com recursos do FNHIS foram utilizados os dois
projetos de maior área construída.
2003 2004 2005 2006 2007 2008
Total 7.930 17.657 2.223 3.763 6.793 9.246
0
2.000
4.000
6.000
8.000
10.000
12.000
14.000
16.000
18.000
20.000
Un
ida
de
s h
ab
ita
cio
na
is c
on
stru
ídas
Habitações construídas com a participação do Governo de MT.
LIONS CASA FACIL FNHIS MEU TETOMORAR
MELHOR/ PROSOL
BMCincra/
intermatTô Feliz FETHAB PAR
TOTAL 64 1.632 1.760 1.853 1.866 4.896 5.898 6.243 9.701 13.699
0
2000
4000
6000
8000
10000
12000
14000
16000
Títu
lo d
o E
ixo
Programas do Governo de MT - 2003 a 2008
58
A unidade de 39,64 m² possui sala/cozinha, dois quartos, banheiro, área de serviço
(aberta e coberta) e varanda frontal (Figura 23).
Figura 23 - Planta de 39,64 m² do Governo do Estado
Fonte: (MOYSES, 2010)
Figura 24 - Planta de 31,98 m² do Governo do Estado
Fonte: (AMORIM, 2006b)
Figura 25 - Planta de 24,12 m² do Governo do Estado
Fonte: (AMORIM, 2006a)
A segunda unidade com 31,98 m² (denominada “unidade de 32 m²”) possui
sala/cozinha, dois quartos, um banheiro, e não tem área de serviço, apenas com as instalações
hidrossanitárias para o tanque (Figura 24).
59
A mais usada no programa garantia caução com recursos do FGTS, Caixa, Governo de
Estado e Prefeituras foi a casa que possui apenas 24,12 m², composta por sala/cozinha, um
quarto, banheiro e sem área de serviço, somente com a instalação hidrossanitária para o
tanque (Figura 25).
O tamanho reduzido da planta de um quarto, é justificado pelo estado devido ao
pequeno recurso disponível cerca de 10.000 reais, com os quais a Caixa disponibiliza 2/3 do
valor através do FGTS garantia caução, o Governo do Estado aporta mais 1/3 do valor como
caução, no lugar dos beneficiários e, as prefeituras são responsáveis pelo terreno, a
regularização fundiária e a infraestrutura urbana (água, esgoto, pavimentação primária e
drenagem profunda e superficial se for o caso). Os municípios maiores puderam executar a
unidade de 31,98 m², pois há disponibilidade de mais recursos, cerca de 15.000 reais.
60
3 DIMENSÕES E FUNÇÕES DA HABITAÇÃO
A discussão sobre área mínima de uma edificação se estende há quase um século. Os
estudos partem das definições espaciais, das disposições do mobiliário até as atuais discussões
sobre a psicologia ambiental. Folz (2008, p. 103) acrescenta que, mesmo tendo em vista as
exigências psicossomáticas e as exigências quanto às dimensões para a execução das tarefas
domésticas, “tem se adotado normas ultrapassadas como referência para habitação de
interesse social, [...], com áreas abaixo do mínimo, definido em vários estudos”, tais normas
não consideram as especificidades regionais e não propiciam a adequação às novas
configurações familiares.
Para Panero e Zelnik (2001, p. 38) a antropometria aplicada pode ser usada como uma
ferramenta no processo de projeto, se aproveitada de forma adequada e considerando a ampla
gama de “configurações humanas que influenciam o processo”. Eles ainda destacam os
estudos de Edward Hall e concordam que:
Ao acomodar o corpo ao ambiente, os fatores aí envolvidos não podem se limitar às medidas e distâncias, no sentido absoluto de significado destes termos. Distância, e por extensão, área e espaço livre, geralmente têm outras conotações mais sutis e sofisticadas.
Edward Hall (2005, p. 145-155), estudioso dos sentidos e sua relação com o espaço
declara que as distâncias são dinâmicas e variam de indivíduo para indivíduo, dependem de
aspectos culturais, étnicos, além das personalidades situacionais que cada indivíduo poderá
assumir, são as dimensões ocultas.
Este autor definiu as distâncias comuns para um grupo de amostragem americano: a.1)
distância íntima (fase próxima), “do amor e da luta corpo a corpo, da atitude confortadora e
protetora”; a.2) distância íntima (fase remota: de 15 cm a 45 cm) “a voz é usada mas
normalmente é mantida num nível baixo”; b.1) distância pessoal (fase próxima de 45 cm a 75
cm) possibilidade de toque com as extremidades do corpo; b.2) distância pessoal (fase remota:
de 75 a 120 cm) “manter alguém à distância de um braço estendido é uma forma de expressar
a fase remota da distância pessoal”; c.1) distância social (fase próxima de 1,20 m a 2,10 m)
“transações impessoais ocorrem a essa distância”; c.2) distância social (fase remota: 2,10 m a
61
3,60 m) “tem uma característica mais formal do que se ocorresse na fase próxima”; d.1)
distância pública (fase próxima: 3,60 m a 7,5 m) “uma pessoa alerta pode adotar medidas
evasivas ou defensivas se for ameaçada”; d.2) distância pública (fase remota: a partir de 7,5
m) há perda de detalhes da voz e da expressão facial.
Certamente a cultura brasileira não terá como referências as mesmas distâncias
informadas no estudo de Hall, mas fica evidente que o ser humano precisa de espaço
adequado para se relacionar em diversas situações, inclusive em sua casa.
Hall (2005, p. 214) comentando sobre a erradicação de cortiços e renovação urbana
em Boston (EUA) e suas implicações, destaca que “as dimensões dos espaços habitacionais
conseguiram de algum modo passar, sem que se percebesse, do tamanho que mal chegava a
ser suficiente para o totalmente insuficiente” motivado por vários aspectos entre eles o
econômico.
No conjunto Cidade de Deus no Rio de Janeiro, utilizado para receber as famílias
removidas de favelas, após alguns anos da implantação, ocorreu uma grande rotatividade para
a qual Valladares (1978, p. 87) apresenta quatro motivos: “a) o preço da habitação, nem
sempre acessível [...]; b) as despesas adicionais e obrigatórias [...]; c) o custo de transporte”,
devido a distância entre a casa e o local de trabalho; e “d) ainda o tamanho e qualidade das
habitações oferecidas, que implicavam, quase sempre, ampliações e reformas nem sempre
passíveis de serem assumidas pelos residentes”. Assim, destaca-se como nos Estados Unidos
os problemas com a unidade habitacional, que podem contribuir, aqui, para o abandono da
habitação e lá, para o descontentamento da população.
3.1 DIMENSÕES MÍNIMAS
No Brasil, em 1931, no Primeiro Congresso de Habitação, iniciaram-se as discussões
sobre a disposição dos móveis e como esta disposição determinaria o tamanho necessário para
os cômodos. Os estudiosos deste congresso defendiam que era necessário desenhar os móveis
essenciais, em suas dimensões reais, de custo acessível aos inquilinos, para depois definir
onde seriam distribuídas as aberturas de portas e janelas. Preconizavam também a utilização
62
de móveis embutidos e aproveitamento de espaços ociosos (MAGRO18, 1931 apud FOLZ,
2008).
Para Rubens Porto19 (1938 apud BONDUKI, 2004), os móveis deveriam ser entregues
junto com a habitação, o que teria algumas vantagens. Dentre elas, ele destaca, a compra em
volume, que reduziria os custos e a adequação ao projeto, evitando-se distorções com móveis
inadequados comprados pelos próprios moradores no varejo. Atualmente volta à tona esta
discussão com o projeto do Senado de inclusão dos móveis nos financiamentos habitacionais,
mas as construtoras discordam (PROJETO..., 2010).
As dimensões e o programa ideal da casa popular foram discutidos por vários
estudiosos dos quais Correia (2004) destaca: Andrade Sobrinho20 (1942) com sua casa de sete
peças sendo, três quartos (casal, meninos e meninas), sala, cozinha, banheiro e varanda; e
Vieitas21 (1943) que sugere a abolição da saleta de entrada, a junção da sala de visitas e estar,
a redução do corredor e quartos pequenos para apenas dormir e vestir, defendia também a
cozinha americana, com armários excluindo-se a dispensa.
Na Tabela 2 é mostrada a evolução dimensional, determinada pelo Código Sanitário,
no estado de São Paulo, entre os anos de 1894 a 1978. Observa-se que o pé-direito foi
reduzido quase que pela metade. Quanto à área, a cozinha foi a que mais diminuiu,
provavelmente pelo advento dos equipamentos e utensílios.
Tabela 2 - Evolução Dimensional do Código Sanitário (SP)
PÉ-DIREITO (m) ÁREA MÍNIMA (m²) Ano Cozinha Sala Dormitório Banheiro Cozinha Sala Dormitório Banheiro
1894 4 4 4 4 0 0 3,5 0 1911 3,7 3,7 3,7 3,6 0 0 0 0 1918 2,5 3 3 3 10 0 0 1,2** ou 2* 1951 2,5 2,5 2,7 2,5 6 8 10 1,2** ou 3*** 1970 2,5 2,5 2,7 2,5 4 8 12 3 1975 2,5 2,5 2,7 2,5 4 8 12 3 1978 2,5 2,7 2,7 2,5 4 8 8 2,5
*Latrina externa; ** Latrina interna; *** Banheiro e latrina; Fonte: Adaptado de : Boueri22 (1989 apud FOLZ, 2008 p. 112).
18MAGRO, Bruno Simões. Habitação econômica: In: CONGRESSO DE HABITAÇÃO, I., São Paulo. Annaes... São Paulo: Publicação Official, Instituto de Engenharia, Divisão de Architectura, 1931. p.55-80.. 19 PORTO, Rubens. O problema das casas operárias e os Institutos e Caixas de pensões. Rio de janeiro. s/e, 1938. 20 ANDRADE SOBRINHO, J. M. A casa das sete peças. Revista de organização Científica, ano XI, n. 125, p.13, maio 1942. 21 VIEITAS, R. A planificação da casa econômica. Revista do Arquivo Municipal, São Paulo, ano VII, p. 129-136, mar.-abr. 1943. 22 BOUERI, Jorge. Antropometria: fator de dimensionamento da habitação. 1989. 368p. Tese (Doutorado) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, 1989.
63
O dormitório, inicialmente muito pequeno, torna-se maior, mas, posteriormente tem
sua área reduzida. O banheiro, em princípio, não apresenta área definida, porém, a partir de
1918, são apresentadas as áreas para latrinas internas, culminando na área de 2,5 m² para este
cômodo.
Mudanças de ordem econômica e social, a mulher entrando no mercado de trabalho e a
ausência de empregados domésticos, propiciam o surgimento, na Alemanha, de habitações de
dimensões reduzidas (mínimo necessário para a existência). A cozinha (Figura 26) fica
integrada aos ambientes de estar e refeições, tornando-se o centro do espaço doméstico
(TRAMONTANO, 1993a23, 1993b24 apud BRANDÃO, 2002, p. 54-55).
Figura 26 - Cozinha Mínima25
Fonte: (GYMPEL26, 2000, p. 91 apud BRANDÃO, 2002, p. 55)
As habitações sociais na Alemanha, dos dias de hoje, estão centradas na família, sendo
que habitações para solteiros ou portadores de necessidades especiais são consideradas formas
especiais. Sobre as habitações sociais familiares Silva A. (2007) coloca que:
As normas e leis da política alemã de construção de habitações sociais objetivam a família em sua essência. [...] A técnica excessiva e a busca pela eficiência estabeleceram critérios quantitativos para a definição do espaço habitacional na Alemanha, o que muitas vezes é desfavorável à qualidade dos seus ambientes.
23 TRAMONTANO, Marcelo. Habitação contemporânea, riscos preliminares. Texto técnico. São Carlos: EESC/ USP, jul. 1995a, 70p. 24 TRAMONTANO, Marcelo. Habitação moderna: a construção de um conceito. Texto técnico. São Carlos: EESC/USP, ago. 1993b, 72p. 25 Cozinha de Frankfurt, Alemanha, por volta de 1925; projeto da arquiteta Grete Schütte-Lihotzky com o conceito do mínimo para funcionar, em área de apenas 6,5 m2, com abertura para a sala de estar – o protótipo de todas as cozinhas modernas (Fonte: GYMPEL, 2000, p. 91).
26 GYMPEL, Jan. História da Arquitectura : da Antiguidade aos nossos dias. Colônia, Alemanha: Könemann, 2000, 120p.
64
1.2. A função e o significado dos ambientes [...]
O setor social:
O ideal de moradia alemã se materializa em “três cômodos cozinha-banheiro-aquecimento central”, da qual o melhor decorado e maior ambiente é a sala (das Wohnzimmer), centro da família, oportunamente também sala de visitas. Acima de tudo, a sala é um espaço para o tempo livre.
A sala sinaliza a hierarquia das pessoas e dos usos na moradia moderna. Para a norma DIN 18011, a área mínima para quatro pessoas deve ser de 18,0 a 20,0 m² [...].
Em contraposição à sala estão os demais ambientes: dormitórios, cozinha, quartos das crianças e banheiro, que por suas dimensões, decoração e localização dentro da moradia só podem ser usados de modo monofuncional.
O setor íntimo: [...]
Para efeito da norma, o dormitório do casal deve ter espaço para duas camas, dois criados-mudos, um guarda-roupa e uma peça mobiliária adicional, por exemplo, uma penteadeira ou máquina de costura. Se na residência não existe um quarto para o bebê, é permitida também a colocação de um bercinho [HÄUßERMANN & SIEBEL27, 1996, p.16 apud Silva A.]. A norma DIN 18011 recomenda, para este ambiente, dimensões mínimas de 3,50 m x 3,50 m.
O dormitório dos filhos (das Kinderzimmer) deve ter dimensões suficientes para uma grande variação na disposição dos móveis, assim como para múltiplos usos. Desta maneira, este ambiente poderá acompanhar as diversas fases do crescimento das crianças e jovens. As medidas mínimas recomendadas pela norma DIN 18011 são 3,50 x 3,25 m ou 3,0 m x 4,0 m (entre 11,0 e 12,0 m2) [...].
O banheiro (das Badezimmer) geralmente contém uma banheira, uma pia e um vaso sanitário. Em alguns casos, pode conter ainda um espaço para ducha e máquina de lavar-roupa, numa área mínima recomendada varia entre 4,8 e 5,0 m².
O setor de serviços:
Na moradia alemã em geral, a cozinha (die Küche) é puramente um espaço de trabalho, da qual a planta baixa e a orientação são sempre racionalizadas, de maneira a facilitar o trabalho de casa. [...] Suas dimensões devem variar, segundo a DIN 18022, de acordo com o número de usuários da moradia, com valores mínimos de 2,50 m x 3,50 m.
O armário ou depósito (der Abstellraum) é um pequeno ambiente destinado à colocação de eletrodomésticos e materiais de limpeza. Sua área perfaz normalmente cerca de 1,0 a 1,5 m².
27 HÄUßERMANN, Hartmut & SIEBEL, Walter. Soziologie des Wohnens: eine Enführung in Wandel und Ausdiffrenzierung des Wohnens. München: Juventa Verlag, 1996, p. 16.
65
O texto mostra a relação dos alemães com a habitação e como eles utilizam seus
espaços. Há uma previsão de novos usos para a habitação de forma que elas se adapte as
novas fases da família no decorrer do tempo.
Segundo Folz (2008), há vários estudos sobre a utilização de índices de densidade
habitacional: número de pessoas por domicílio, metro quadrado por pessoa ou pessoas por
cômodo, mas, para este autor, o melhor é analisar estes índices em conjunto evitando
distorções.
O espaço físico para Portas28 (1969 apud FOLZ, 2008) depende das atividades a serem
desenvolvidas. E estas são influenciadas pelas características antropométricas e mecânicas das
ações, não sendo o espaço mínimo apenas a somatória das áreas necessárias para cada função.
E ainda, o espaço depende também do grau de privacidade e da compartimentação para
estabelecer esta privacidade. Além disso, a habitação tem para os moradores um valor que
está ligado ao condicionamento sociocultural e a questões emocionais mais complexas.
Folz apresenta dois autores que estudaram mais especificamente a habitação com área
mínima. O primeiro, Silva29 trabalhou com as seguintes etapas para seu estudo dos fatores
geométricos da habitação de interesse social (FOLZ, 2008, p. 115):
[...] elaboração de uma listagem das atividades normalmente exercidas no âmbito domiciliar; inventário do equipamento doméstico convencional; definição objetiva dos critérios adotados na articulação dos equipamentos com os usuários, com o espaço e entre si; e, formulação de hipóteses de articulação dos equipamentos e espaços segundo os critérios definidos, em busca dos padrões de otimização econômica e funcional.
Os aspectos antropométricos e as relações entre os espaços e as atividades domésticas
são estudos desenvolvidos, por Boueri30 (1989, apud FOLZ 2008), que desenvolveu o Padrão
Antropométrico de Dimensionamento da Habitação a partir da análise conjunta dos cômodos,
atividades, mobiliário, equipamentos da habitação e posições do corpo durante as atividades
domésticas.
Uma síntese de considerações sobre áreas mínimas é exposta na Tabela 3 tomada
como referência uma habitação com dois quartos. Os valores apresentados foram
estabelecidos em vários estudos brasileiros e estrangeiros.
28 PORTAS, Nuno. Funções e exigências de áreas da habitação. Lisboa: Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 1969. 29 SILVA, Elvan. Geometria dos espaços da habitação: contribuição ao estudo da problemática da habitação de interesse social. Porto Alegre: Ed. da Universidade, UFRGS, 1982. (Texto para discussão, 6) 30 BOUERI, Jorge. Antropometria: fator de dimensionamento da habitação. 1989. 368p. Tese (Doutorado) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, 1989.
66
Tabela 3 - Área Mínima para habitação (m²)31
Estudo 1º
Quarto 2º
Quarto Sala Cozinha Banho
Área Serviço
Área Total
Código Sanitário (1978) 8,00 6,00 8,00 4,00 2,00 - 28,00
Silva (1982) 7,75 7,80 10,50 3,57 2,40 2,10 34,12
IPT (1987) 9,00 8,00 12,00 10,00 2,50 1,50 43,00
Boueri (1989) 14,00 12,00 15,00 7,20 4,20 5,40 57,80
Voordt (1990) 13,34 10,56 25,52 6,84 5,71 - 61,97
CDHU- Piratininga (1996) 8,12 6,94 16,73 9,05 2,88 1,96 45,68
CDHU - Brasilândia (1996) 13,18 13,18 13,18 8,44 2,81 1,63 52,42
CDHU Básico (1998) 8,18 8,18 11,78 4,87 3,04 1,82 37,87
Espanha (Instituto Nacional De Consumo) (1998)
12,00 7,00 15,00 6,00 - - 40,00
Projeto Cingapura PMSP(1998) 8,44 7,79 12,16 6,88 3,59 2,50 41,36
Portugal (1998) 10,50 9,00 13,00 6,00 3,50 3,50 45,50
Pedro (2002a) 10,50 9,00 14,00 5,00 2,50 2,00 43,00
Buzzar E Fabrício (2007) 8,00 7,00 10,00 5,50 2,50 2,00 35,00
CDHU (2008) 9,00 8,00 12,50 5,00 2,80 2,80 40,10
Média (M²) 10,00 8,60 13,53 6,31 2,89 1,94 43,27
Mediana da Área Mínima (M²) 9,00 8,00 12,75 6,00 2,81 1,98 40,54
Fonte: elaborado pela autora com base em: São Paulo32(2000 apud FOLZ, 2008); Silva (1982 apud FOLZ, 2008);Boueri (1989 apud FOLZ, 2008); IPT33 (1998, apud FOLZ, 2008); (PEDRO, 2002b, p. 61)34, (BUZZAR e
FABRÍCIO, 2007); (COMPANHIA DE DESENVOLVIMENTO HABITACIONAL E URBANO, 2008, p. 126); (ROMÉRO e ORNSTEIN, 2003, p. 59)
Silva35 (1982, apud FOLZ, 2008), que definiu uma das menores áreas mostradas,
apresentou algumas hipóteses, e através delas propôs o aumento das áreas gradativamente.
Discutiu as novas possibilidades de organização do espaço, enfatizando que apenas o arranjo
geométrico, com o mobiliário e os equipamentos não propicia a funcionalidade para a
habitação de interesse social.
31 Legenda: Dormitório (Dorm.); cozinha (Coz.); Banheiro (Bn); Área de Servico (A.S.) 32 SÃO PAULO (Estado). Código Sanitário do Estado de São Paulo: Lei nº 10.083, de 23 de setembro de 1998 – Decreto nº 12.342, de 27 de setembro de 1978 (Regulamento da promoção, preservação e recuperação da saúde no campo de competência da Secretaria do Estado da Saúde) – Normas técnicas e legislação complementar. 3ª Ed. Bauru: EDIPRO, 2000. (Série Legislação) 33 IPT – Instituto de pesquisas Tecnológicas do Estado de São Paulo S/A. Manual de tipologias de projeto e de racionalização das intervenções por ajuda-mútua. São Paulo: IPT, 1998. 34 Tipologia de referência T2/4 (2 - número de quartos e 4 – número de habitantes), unidade com sala/copa, cozinha, área de serviço, quarto de casal e quarto duplo. Para a função Higiene pessoal, foi desconsiderada a principal e adotada a segunda: para um vaso sanitário, lavatório e chuveiro (2,50 m²), mais usual no Brasil. 35 SILVA, Elvan. Geometria dos espaços da habitação: contribuição ao estudo da problemática da habitação de interesse social. Porto Alegre: Ed. da Universidade, UFRGS, 1982. (Texto para discussão, 6)
67
Os autores Buzzar e Fabrício (2006) estabeleceram suas referências de área para
habitação do tipo PAR, para o relatório do FINEP (Tabela 4);
Tabela 4 - Área mínima, regular, recomendável
Fonte: (BUZZAR e FABRÍCIO, 2006)
No relatório de Informação Técnica Arquitectura (ITA 5), Pedro (2002b), do
Laboratório Nacional de Engenharia Civil, em Portugal, apresenta seus parâmetros para área
mínima, recomendável e ótima (Tabela 5) para várias tipologias. No mesmo trabalho estão
propostos o mobiliário para várias situações e tipologias.
É importante frisar que Pedro (2002b) para determinar a área mínima fez vários
modelos de espaços utilizando o mobiliário mínimo, estabelecido pelo seu estudo, como
gabarito para as dimensões. Diferentemente da nossa norma, este autor considera como
mobiliário mínimo de um quarto de casal, um berço, além de cama de casal, guarda-roupa e
os criados (Figura 27).
Figura 27 - Modelos de espaços de dormir.
Fonte: (PEDRO, 2002a, p. 27)
Unidade de 2 quartos (casal e duplo)
Ambiente Mínima Regular Recomendável
Dormitórios (soma) 15,00 16,00 17,50 Sala e copa conjugada 10,00 11,50 12,50 Cozinha 5,50 6,00 6,50 Banheiro 2,50 3,00 3,50 Area de serviços 2,00 2,90 3,50
Área resultante 35,00 39,40 43,50
área (m²)
68
Tabela 5 - Área mínima, recomendável e ótima
Fonte: Elaborado com base em Pedro (2002b, p. 58-60).
Para o caso brasileiro, Palermo (2009, p. 38) apresenta em seu trabalho, uma tabela
com a relação de área por pessoa no período do século XIX até hoje (Gráfico 12 e Gráfico
13). Sobre os gráficos, deve-se comentar que Palermo considera que no período do BNH
houve uma expressiva redução, destacando-se a cozinha e os quartos. A recuperação da área
dos cômodos que surge após o BNH, ainda conforme o autor, é reflexo da descentralização da
produção de habitação, que ficou a cargo das secretarias municipais.
Gráfico 12 - Variação das áreas em habitações proletárias.
Fonte: elaborado pelo autor com base em GHab36 (2008, apud PALERMO, 2009)
36 Ghab/UFSC. Habitação de Interesse Social: adequação tipológica para o estado de Santa Catarina. Relatório Final de Pesquisa, 2008.
Unidade de 2 quartos (casal e duplo)
Ambiente Mínimo Recomendável Ótimo
Quarto de Casal 10,50 11,50 12,00 Quarto duplo 9,00 10,00 11,00 Quartos (soma) 19,50 21,50 23,00 Sala (sala e copa) 14,00 18,00 21,00 Cozinha, marquise e despensa 5,00 6,00 6,50 Banheiro 2,50 2,50 3,00 área serviço (lavagem e secagem) 2,00 3,00 3,50
Área resultante 43,00 51,00 57,00
área (m²)
do Século XIX aos 1920
dos anos 1930 aos anos 1960
dos anos 1960 aos anos 1980
dos anos 1980 aos dias atuais
Sala 1 14 10,9 10,4 12,5
Cozinha 7,8 5,6 4,8 7,5
Banheiro 3,1 3,6 1,8 2,3
Dormitório 1 12,5 12 7,2 8,5
Dormitório 2 10,8 8,6 6,6 7,2
Área de serviço 0 4 0 2,2
Varanda frontal 10,9 4,2 2,7 3,4
Abrigo porta 1,7 1,3 0 1
Circulação 4,6 1 1,2 1,3
02468
10121416
m²
Área por cômodo
69
Gráfico 13 - metro quadrado por pessoa.
Fonte: elaborado pelo autor com base em GHab (2008, apud PALERMO, 2009)
Rosso (1980, p. 138) trata sobre otimização econômica do produto (edificação), e,
apresenta dois parâmetros considerados pelo autor como “válidos para avaliar a efetividade
funcional e econômica da edificação”. São eles a razão da habitabilidade37 e o índice de
utilização38. O autor cita ainda as definições de área útil por pessoa de Blachère39 que, para
uma qualidade de vida regular, seria 14 m² de área útil por pessoas, e, para uma qualidade de
vida média, seria de 18 m² por pessoas. Rosso apresenta também os estudos de Chombart de
Lauwe: consideram que 8 m² de área útil por pessoa pode causar graves consequências à
saúde. Acrescentou-se aos levantamentos apresentados por Rosso os estudos de Pedro (2002b,
p. 62), que mostra os referenciais de área mínima por habitante para lotação de dois a oito
pessoas por unidade habitacional, em Portugal.
Gráfico 14 - Exigências de países europeus e entidades40 (m²/pessoa).
Fonte: Elaborado baseado em Rosso (1980) e Pedro (2002b, p. 62).
37 Razão da habitabilidade é a relação entre área habitável e área construída ou a total. Sendo que área habitável é a soma das áreas construídas de repouso, alimentação e estar e no caso de uma edificação é a soma das áreas utilizáveis para as funções e atividades essenciais. Área construída é a que inclui as espessuras das paredes até os eixos nas comuns e divisórias e até a face externa, nas perimetrais. Área total é a área global de uma unidade incluindo a sua área construída e a parcela de área comum que lhe cabe (ROSSO, 1980, p. 137-138). 38 Índice de utilização é a razão entre área útil e a construída. Sendo que área útil é a área líquida entre paredes, elementos estruturais e vêdos e que corresponde em geral ao piso (ROSSO, 1980, p. 137-138). 39 BLACHÈRE, Gerard. Savoir Bâtir . Paris. Editora Eyrolles, 1966. 40 BID [não mensionado] e UIOF - Urban Infrastructure Opportunities Fund
1614,3
9,4 9,6
do Século XIX aos 1920
dos anos 1930 aos anos 1960
dos anos 1960 aos anos 1980
dos anos 1980 aos dias atuais
dois pessoas três pessoas quatro pessoas cinco pessoas seis pessoas sete pessoas oito pessoas
França 17 14,6 11 10,6 8,8 9 7,8
Holanda 16 12 10 9,2 8,2 7,7 7,5
Dinamarca 19,5 15,3 12,5 11,2 10 0 0
BID 10,5 10,2 9,7 9,6 0 0
UIOF 16,6 13,7 13,4 12,3 12 11,4
Pedro (2002) 21 16,67 14,5 13,6 14,2 13,27 13,06
0
5
10
15
20
25
m²/
ha
b.
Área mínima por habitante
70
Importante ressaltar o estudo feito por Mascaró (2006, p. 43) que mostra que os planos
verticais representam 44,84% dos custos em edificações habitacionais, e por isso ao reduzir
em 10% a área do plano horizontal isso refletirá em apenas 4,7% de redução no custo total, ou
seja, menos da metade do percentual de redução da área. Este autor elaborou uma tabela onde
ele mostra que, com a mesma área, a forma da edificação influenciará no perímetro e,
consequentemente, nos custos (Tabela 6).
Tabela 6 - Paredes e as formas geométricas de plantas de edifícios.
FORMA DA PLANTA
ÁREA (m²) PERÍMETRO (m)
Relações
Perímetro área
Lado maior Lado menor
Circular 100 35,44 0,35 - Quadrada 10 x 10 100 40,00 0,40 1
Retangular
5 x 20 100 50,00 0,50 4 4 x 25 100 58,00 0,58 6,25 2 x 50 100 104,00 1,04 25 1 x 100 100 202,00 2,02 100
Fonte: Mascaró (2006, p. 49)
Por meio desta tabela é possível observar como a forma, para uma mesma área,
influencia na quantidade linear de paredes para percorrer o seu perímetro. A forma mais
eficiente é a circular, porém de construção mais difícil. A quadrada, que também é eficiente,
torna-se mais adequada para se executar na maioria das situações (ROSSO, 1980;
MASCARÓ, 2006). Mas para Frederick (2009, p. 47) as construções quadradas “podem ser
mais difíceis de organizar”, pois o quadrado “não sugere movimento de forma natural” e
completa que “salas internas em um edifício quadrado podem ficar distantes da luz e da
ventilação natural”, para o autor os formatos não quadrados “acomodam padrões de
movimento, agregação e habitação de forma mais natural”. Assim, a qualidade do projeto, a
escolha adequada de formas e soluções, influencia na redução de custos e no atendimento das
necessidades das pessoas.
Folz (2008, p. 121) considera que, para entender melhor as relações das pessoas com a
moradia, suas necessidades, seus anseios e suas avaliações do ambiente construído, a figura
do cientista social é muito importante e objetiva “traduzir as necessidades específicas das
pessoas e fornecer informações que orientem o arquiteto e o designer na definição de espaços
e objetos que comporão a habitação".
71
A NBR 15.575:1 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2010)
esclarece que “não estabelece dimensões mínimas de cômodos, deixando aos projetistas a
competência de formatar os ambientes segundo o mobiliário previsto”.
3.2 FUNÇÕES DA HABITAÇÃO E MOBILIAMENTO
Segundo Martins (1999) o mobiliamento “está relacionado diretamente à questão do
dimensionamento e utilização dos espaços, e a interface entre o corpo humano e os objetos
físicos do ambiente”. Ele cita Portas (1969)41, Deilman (1973)42, Silva (1982) 43e Heath
(1991), que consideram que o dimensionamento do ambiente deve ser em função do espaço
para a acomodação do mobiliário, equipamentos e circulação. Boueri (2008, p. 6) ressalta a
importância da ergonomia no projeto da habitação, que segundo ele “deve ocorrer desde sua
concepção. Ela fundamenta o processo de decisão do projeto, principalmente quanto às
questões dimensionais, e aprimora a qualidade da habitação”.
Palermo (2009, p. 57-58) definiu as atividades inerentes para atender as necessidades
humanas baseada nos estudos de Silva (1982)44 e Pereira (2007)45. Acrescenta-se os estudos
de Damé (2008), que elaborou uma tabela relacionando estas atividades com os cômodos que
poderiam abrigá-las.
No trabalho de Palermo (2009) as funções são denominadas necessidades humanas e,
sistema de atividades é chamado de atividades inerentes. No Quadro 3 faz-se um paralelo dos
trabalhos de Barbosa e Palermo.
Pode-se observar, que há bastante convergência entre os autores, não ficando dúvidas
quanto as atividades exercidas para atender as necessidades humanas. Em ambos os casos
destaca-se a presença da atividade de trabalho e estudo e ainda, que o ambiente mais
prejudicado quanto ao número de equipamentos e as atividades a ele relacionadas é a área de
serviço.
41 PORTAS, Nuno. Funções e exigências de áreas da habitação. Lisboa: Laboratório Nacional de Engenharia Civil, 1969. 42 DEILMAN, Hárold; KIRSCHENMANN, Jorg. C; PFEIFFER, Herbert. El habitat. Barcelona: Editorial Gustavo Gilli, 1973, 176p. 43 SILVA, Elvan. Geometria dos espaços da habitação: contribuição ao estudo da problemática da habitação de interesse social. Porto Alegre: Ed. da Universidade, UFRGS, 1982. (Texto para discussão, 6) 44 Ibid. 45 PEREIRA, Gabriela Morais. Acessibilidade espacial na habitação popular: um instrumento para avaliação de projetos. Dissertação (Mestrado em Arquitetura) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2007.
72
Necessidades Humanas Silva e Pereira (apud Palermo 2009) Funções e sistemas de atividades J.J.Boueri e
J.B. Pedro46 (apud Barbosa, 2007) Necessidades
Humanas Atividades Inerentes Funções Sistema de Atividade
Repouso
Alojar hospede
Repouso Pessoal
Convalescer
Convalescer ou tratar enfermos Dormir (descanso de casal;
individual e duplo; descanso de crianças
Descansar, ler concentrado Permanência em reservado Dormir
Dormir, repousar
Convívio familiar
Atender ao telefone
Estar e Lazer
Estar passivo Conversar e receber visitas Receber visitas
Fazer refeições coletivamente Recreio de crianças Ver televisão Diversão de jovens e adultos.
Lazer em família Eventos sociais em grupo
Estar em ambiente externo
privado
Receber em ambiente externo
privado
Lazer em ambiente externo
privado
Alimentação
Eliminar resíduos e armazenar recicláveis
Refeições Correntes
Refeições correntes; formais; diversas e estar à mesa.
Guardar alimentos secos e frios Preparação
das refeições
Tratamento de Resíduos Guardar utensílios de cozinha Arrumação de louças e utensílios
Lavar e secar utensílios de cozinha Preparação de alimentos Preparar alimentos e refeições Preparação de alimentos
Higiene Pessoal
Atender às necessidades fisiológicas
Higiene Pessoal
Lavagens Corporais Banhar-se Funções vitais Barbear-se Cuidados pessoais
Escovar os dentes Lavar rosto e mãos
Pentear-se Vestir-se
Desenvolvimento Intelectual
Estudar
Estudo e trabalho
Estudo de jovens Realizar tarefas escolares Estudo de adultos
Realizar trabalhos manuais Trabalho de adultos
Atividade de trabalho e renda
Realizar trabalhos manuais de baixo impacto.
Realizar trabalhos manuais de médio impacto.
Manejo com a roupa
Lavar roupa na máquina
Tratamento de roupas
Lavar as roupas Reunir e triar roupa suja Secar as roupas
Secar roupa abrigado chuva Passar as roupas Secar roupa ao sol Costurar as roupas
Triar e passar a roupa limpa Cuidar de calçados Quadro 3 - Comparando os estudos de Boueri e Pedro com Silva (1982) e Pereira (2007)
46 Notas de aulas.
73
Necessidades Humanas Silva e Pereira (apud Palermo 2009) Funções e sistemas de atividades J.J.Boueri e
J.B. Pedro47 (apud Barbosa, 2007) Necessidades
Humanas Atividades Inerentes Funções Sistema de Atividade
Manutenção Doméstica
Efetuar limpeza doméstica
Manutenção e Arrumação
(gestão doméstica)
Limpeza Efetuar pequenos reparos Arrumação geral
Manutenção geral Controle ambiental Vigilância e segurança
Tratamento de resíduos
domésticos
Cuidado com animais
domésticos
Guarda de pertences diversos
Ferramentas leves
Circulação
Entrada e Saída Guardar objetos pessoais diversos Comunicação e separação
Guardar roupa pessoal Material de manutenção doméstica
Material escolar Estacionamento
Uso do veículo Objetos pessoais diversos Manutenção do veículo. Roupa de mesa e cozinha Roupa de cama e banho
Roupas e calçados Quadro 3 - Comparando os estudos de Boueri e Pedro com Silva (1982) e Pereira (2007) (cont.) Fonte: Elaborado pelo autor a partir de Palermo (2009, p. 57-58) e Barbosa (2007, p. 169-170)
Barbosa (2007), citando Kenchian48 (2005), diz que o conceito de morar determina as
funções e não o espaço físico previsto para suas atividades. Segundo o autor as funções e as
atividades necessárias ao funcionamento da moradia são o que determinarão o espaço, e
continua: “as funções são classificadas a partir das atividades a estas relacionadas, enquanto
que o sistema de atividades é classificado a partir do usuário autor das atividades”. Com a
análise da tarefa indica-se o mobiliário e equipamento para o desempenho das atividades, e ao
organizá-los procede-se o dimensionamento dos ambientes.
Para analisar a funcionalidade de uma HIS é importante definir os equipamentos
mínimos necessários para qualificar os ambientes. A seguir é apresentado o trabalho de
Palermo e Damé em comparação com a NBR 15.575:1, que subsidiaram a elaboração do
Quadro 4.
As habitações devem atender as necessidades das famílias que a habitam, assim os
cômodos devem possuir equipamentos e mobiliário bem como espaço para utilização, acesso
e movimentação das pessoas.
47 Notas de aulas. 48 KENCHIAN, A. Estudo de métodos e técnicas para projeto e dimensionamento dos espaços da habitação. Dissertação de Mestrado. São Paulo, FAU/USP, 2005.
74
Cômodo Mobiliário mínimo e espaços
(NBR 15.575:1) GHAB49 (2008 apud Palermo (2009, p. 62-71) Pedro (2002b)
Atividades Essenciais (Damé (2008) e Palermo (2009).
Sala
Largura mínima sala de estar: 2,40 m. Prever espaço de
0,60 m na frente do assento para: sentar, levantar e circular. Circulação mínima de 0,75 m a
partir da borda da mesa (espaço para afastar a cadeira e
levantar).
Define a zona social [...] deve compor ambiente integrado ou contíguo à cozinha e a entrada principal da residência, definindo circulação
direta entre os diferentes cômodos para racionalizar o uso e reduzir os custos.
Dimensão mínima 2,85 Fazer refeições coletivamente.
Sala
Quantidade mínima de móveis, determinada pelo número de
habitantes da unidade. Os sofás devem prever número de
assentos no mínimo igual ao número de leitos.
Atender integralmente número de indivíduos, igual ao número de leitos (dois leitos/dormitório);
Atender, uso eventual como dormitório de visitantes ou hóspedes. Quantidade mínima: um sofá de dois ou três lugares ou sofá cama; uma poltrona. Uma mesa de canto ou centro; uma estante ou rack para TV.; mesa para 4 lugares
(unidades de 2 quartos); um balcão ou aparador
1 sofá cama (2,0 x 0,9), 1 poltrona (0,8 x 0,8), 1 mesa de centro (1,0 x 0,6), 1 estante (1,2 x
0,5); 1 mesa de refeições (1,2 x 0,8), 1
aparador (1,2 x 0,5)
Realizar tarefas escolares
Sala
Largura mínima da sala de estar/jantar e da sala de jantar (isolada): 2,40 m. Quantidade mínima: 1 mesa de 4 pessoas.
Admite-se leiaute com cabeceira de mesa encostada na parede, desde que haja espaço
suficiente para seu afastamento, quando da
utilização
Quadro 4 - Diretrizes para elaboração de projetos de habitação mínima
49 Ghab/UFSC. Habitação de Interesse Social: adequação tipológica para o estado de Santa Catarina. Relatório Final de Pesquisa, 2008.
75
Cômodo Mobiliário mínimo e espaços
(NBR 15.575:1) GHAB50 (2008 apud Palermo (2009, p. 62-71) Pedro (2002b)
Atividades Essenciais (Damé (2008) e Palermo (2009).
Quarto de Casal
Circulação mínima entre o mobiliário de 0,60 m.
Quantidade mínima: 1 cama, 2 criados e 1 guarda-roupa.
Admite-se apenas 1 criado-mudo, quando o segundo
interferir na abertura de portas do guarda-roupa.
Atender a outras atividades que necessitam privacidade visual ou sonoro, além de repouso; estar localizado de modo a receber sol direto,
preferencialmente pela manhã; deve suprir espaço para guarda de roupa de cana e de banho. Faixa livre para circulação deve atender a toda a volta
da cama admitindo-se 40 cm em situação crítica e no máximo em uma das laterais.
Dimensão mínima 2,7 m.
Cama de casal (1,5 x 2,0 m); mesa de estudo (1,0 x 0,8 m); cadeira (0,5 x 0,5 m); guarda-roupa casal (1,2 x 0,6);
cômoda (1,0 x 0,5)
Guardar roupa pessoal;
Quarto de Casal
Quantidade mínima: uma cama de casal; um criado mudo; um gaveteiro, uma sapateira ou
estante; um roupeiro de quatro portas (se for de seis despensa gaveteiros, sapateiras ou estantes);
temporariamente, deve receber um berço.
Dormir
Quarto de
Solteiro
Circulação mínima entre as camas: 0,80 m, Demais
circulações: 0,60 m. Quantidade mínima: 2 camas,
1 criado e 1 guarda-roupa. Admite-se a substituição do criado-mudo por mesa de
estudo.
Atender a outras atividades que necessitam privacidade visual ou sonoro, além de repouso; estar localizado de modo a receber sol direto,
preferencialmente pela manhã; atendimento das necessidades que lhes são inerentes, relativo a
dois indivíduos, independente de faixa etária ou laços de família; deve atender as necessidades de uso de microcomputador. A faixa de circulação deve atender necessariamente a uma das laterais
de cada cama.
Dimensão mínima 2,1 m.
Guardar roupa pessoal
Quadro 4 - Diretrizes para elaboração de projetos de habitação mínima
50 Ghab/UFSC. Habitação de Interesse Social: adequação tipológica para o estado de Santa Catarina. Relatório Final de Pesquisa, 2008.
76
Cômodo Mobiliário mínimo e espaços
(NBR 15.575:1) GHAB51 (2008 apud Palermo (2009, p. 62-71) Pedro (2002b)
Atividades Essenciais (Damé (2008) e Palermo (2009).
Quarto de
Solteiro
Quantidade mínima: duas camas de solteiro ou um beliche; um gaveteiro, uma sapateira ou
estante; um roupeiro de quatro portas; uma mesa de estudos.
2 camas de solteiro (2,0 x 0,8); 2 criados (0,4 x 0,4), 1 guarda-roupa
(1,2 x 0,6).
Dormir
Cozinha
Largura mínima da cozinha: 1,60 m. Circulação mínima de 0,90 m frontal à pia, fogão e
geladeira.
Em nenhuma situação pode absorver funções inerentes à área de serviço. Deve atender
integralmente às necessidades espaciais inerentes ao uso dos grandes eletrodomésticos, incluindo
possibilidade de instalação de mobiliário complementar. Facilitar o atendimento de
demanda da popularização de eletrodomésticos; Garantir a guarda de alimentos e utensílios
separadamente.
Dimensão mínima 1,7 (bancada em "I")
Guardar gêneros alimentícios
Cozinha Quantidade mínima: pia, fogão e geladeira. Armário sobre a
pia e gabinete.
Quantidade mínima: Balcão com pia; geladeira duplex; fogão de quatro bocas; mesa de apoio
com uma cadeira ou banco, dois armários suspensos com quadro portas; balcão ou aparador
com três portas.
1 pia, 1 fogão (0,6 x 0,6), 1 geladeira (0,6 x
0,6) e 1 máquina de lavar louça (0,6 x 0,6).
Guardar utensílios de cozinha
Cozinha
Manter fogão e geladeira afastados, nunca de frente um para o outro ou lado a lado;
Preparar alimentos Preparar refeições
Cozinha
Botijão de gás fora da cozinha; a posição da cozinha e sua forma devem facilitar a ampliação
das unidades, quando unifamiliares
Lavar utensílios de cozinha Eliminar
resíduos
Banheiro Largura mínima do banheiro: 1,20 m. Quantidade mínima: 1
lavatório, 1 vaso e 1 box.
Deve ser projeto para evitar a necessidade de se construir mais um banheiro.
Dimensão mínima 1,3 m (lavatório, sanitário e
box). Tomar banho
Quadro 4 - Diretrizes para elaboração de projetos de habitação mínima
51 Ghab/UFSC. Habitação de Interesse Social: adequação tipológica para o estado de Santa Catarina. Relatório Final de Pesquisa, 2008.
77
Cômodo Mobiliário mínimo e
espaços (NBR 15.575:1)
GHAB52 (2008 apud Palermo (2009, p. 62-71) Pedro (2002b) Atividades Essenciais
(Damé (2008) e Palermo (2009).
Banheiro
Quantidade mínima: um box (1,00 x 0,80 m); um vaso sanitário com Caixa acoplada; um lavatório de coluna ou
bancada.
Vaso sanitário (0,5 x 0,65); lavatório (0,6 x 0,55), box (0,9 x 0,9)
Atender às necessidades fisiológicas
Banheiro
Circulação livre de no mínimo 60 cm de largura, podendo sobrepor-se á área de uso do equipamento.
Lavar rosto e mãos
Banheiro
Área de aproximação e uso do comando da janela, esta sempre aberta para o exterior; sendo um para unidades de
dois quartos e dois para unidades de 3 ou mais.
Barbear-se Escovar dentes
Área de Serviço.
Circulação mínima de 0,50 m frontal ao
tanque e máquina de lavar. Quantidade
mínima: 1 tanque e 1 máquina, (tanque de no mínimo 20 litros).
Deve ser instalada em espaço contíguo à cozinha; Deve atender integralmente às necessidades inerentes á lida com a roupa e com a manutenção doméstica, incluindo acesso
e circulação; facilitar e dispor espaço para máquina de lavar; Quantidade mínima: um tanque e espaço para
máquina de lavar roupas ao lado do tanque; varal suspenso; espaço para a guarda do botijão de gás;
eventualmente deve poder receber uma tábua de passar roupas.
Dimensão mínima 1,7 m (bancada em "I").
Guardar utensílios de manutenção doméstica
Quadro 4 - Diretrizes para elaboração de projetos de habitação mínima
52 Ghab/UFSC. Habitação de Interesse Social: adequação tipológica para o estado de Santa Catarina. Relatório Final de Pesquisa, 2008.
78
Cômodo Mobiliário mínimo e espaços (NBR 15.575:1)
GHAB 53 (2008 apud Palermo (2009, p. 62-71) Pedro (2002b) Atividades Essenciais (Damé (2008) e Palermo (2009).
Área de Serviço
A janela deve ser aberta para o exterior, garantindo ventilação e insolação permanentes;
1 máquina de lavar roupa (0,6 x 0,6), varal (2,00 x 0,8); 1 armário (0,3 m largura x 0,6 m profundidade)
Reunir e triar roupa suja,
Área de Serviço
1 armário geral (1,2 x 0,6 m); 1 armário despensa (0,6 x 0,6 m); 1 armário para arrumação da casa (0,9 x 0,6 m)
Lavar roupa, Secar roupa abrigado chuva, Triar roupa limpa, Passar roupa a ferro
Quadro 4 - Diretrizes para elaboração de projetos de habitação mínima Fonte: Elaborado em função dos trabalhos: (PALERMO, MORAES, et al., 2007; DAMÉ, 2008; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2010;
PALERMO, 2009; PEDRO, 2002b)
53 Ghab/UFSC. Habitação de Interesse Social: adequação tipológica para o estado de Santa Catarina. Relatório Final de Pesquisa, 2008.
79
Folz (2008) mostra em seu trabalho as dimensões encontradas no mercado para o
mobiliário, sugerido pela Caixa54 como mínimo. Palermo (2009) traz o dimensionamento do
mobiliário estabelecido por seus estudos junto ao GHab/UFSC. A Companhia de
Desenvolvimento Habitacional e Urbano do Estado de São Paulo (CDHU) também informa
em seu manual as dimensões mínimas para o mobiliário das unidades habitacionais. Boueri
(2008) traz no final do trabalho uma tabela com as dimensões de mercado para o mobiliário
em São Paulo, comparando-os com as dimensões dos manuais da Caixa.
Para comparar com as dimensões do mobiliário mínimo estabelecido pela NBR
15.575:1, foi realizada uma nova pesquisa através dos sítios, na Internet, de grandes redes de
varejo de mobiliário e eletrodomésticos.
Inicialmente adotou-se como parâmetro para o preço máximo para o mobiliário a ser
pesquisado, um salário mínimo, que para julho de 2010 era de R$ 510,00 (quinhentos e dez
reais). Em seguida foram selecionados móveis, que dentro do parâmetro acima, são
declarados, pela empresa, os mais vendidos no sítio da loja (Casas Bahia, Ponto Frio, Novo
Mundo). Alguns itens como geladeira, mesa de 6 cadeiras, beliches, são encontrados em
valores acima do estipulado acima, desta forma o teto utilizado para estes foi de R$ 1.020,00
(hum mil e vinte reais). A lista utilizada como referência é a que se apresenta na NBR
15.575:1 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2010, p. 27-28).
Os valores de largura e profundidade, estipulados por cada autor e encontrados na
pesquisa no mercado varejista, podem ser comparados com os valores da NBR 15.575:1.
(Apêndice A).
As informações coletadas no mercado e apresentadas são um referencial de que o
trabalho de Folz (2008) está correto em afirmar que as dimensões do mobiliário à disposição
para a compra diferem do que é estabelecido nos manuais dos agentes financiadores (Caixa,
no caso de Folz) e ainda da NBR 15.575:1 (atualmente vigente).
Há um descompassado entre as dimensões da norma e o mercado, entretanto ela
contribui nos aspectos relacionados à orientação para o projeto adequado da habitação. A sua
adoção pelas construtores está sendo muito questionada, pois estas acreditam que é um
54 CAIXA ECONÔMICA FEDERAL. Caderno de Orientações de Empreendimento: Manual técnico de engenharia. CAIXA ECONÔMICA FEDERAL , 2002. Disponivel em: <http://www1.caixa.gov.br/download/asp/ent_hist.asp?id=17812&caminho=./_arquivos/desenvolvimento_urbano/man_tec_reg_engenh_habitacao/&nome=MANUAL__TECNICO_ENGENHARIA_SAO_PAULO.zip&categoria=90>. Acesso em: 23 maio 2009.
80
exagero da norma as dimensões do mobiliário apresentadas, o que não se confirma. É
importante frisar que o Código de Defesa do Consumidor (BRASIL, 1990b) em seu art. 39,
inciso VIII declara:
Art. 39. É vedado ao fornecedor de produtos ou serviços, dentre outras práticas abusivas: (Redação dada pela Lei nº 8.884, de 11.6.1994)
[...] VIII - colocar, no mercado de consumo, qualquer produto ou serviço em desacordo com as normas expedidas pelos órgãos oficiais competentes ou, se normas específicas não existirem, pela Associação Brasileira de Normas Técnicas ou outra entidade credenciada pelo Conselho Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Conmetro);
Pelo exposto, e apesar das reclamações do empresário construtor, o consumidor
poderá requer a plena satisfação dos seus direitos, a ele disponibilizados pelas normas da
ABNT, inclusive em relação ao espaço interno das habitações populares.
3.2.1 Redução da área das unidades habitacionais
A redução das unidades habitacionais tem sido justificada por permitir o aumento do
número de unidades habitacionais, entretanto esta atitude ocasiona problemas principalmente
para os usuários. Sobre estas reduções adotadas na execução das unidades habitacionais,
Palermo (2009, p. 21) destaca as principais estratégias públicas que tem sido utilizadas na
atualidade para reduzir custos e aumentar a oferta:
Padronização excessiva das unidades, com projetos que ignoram as características das regiões de implantação, desconsideram o perfil sociocultural das famílias moradoras e não incorporam etapas subsequentes de construção, dificultando a adequação do edifício às necessidades familiares colocadas no tempo.
Redução da qualidade do material empregado, com o uso de materiais de baixo desempenho ou de desempenho desconhecido, sem qualquer informação acerca de sua vida útil e/ou os custos de manutenção ou reposição envolvidos.
Redução das dimensões nominais das edificações, com projetos desconsiderando o tipo, as dimensões reais e o espaço necessário à aproximação e operação dos equipamentos e peças do mobiliário doméstico disponíveis no mercado, isto sem considerar que as alternativas, ditas universais também não incorporam os atributos mínimos ao atendimento do público portador de limitação física.
A padronização é um fato que muitas vezes tem como objetivo reduzir custos de mão
de obra e material, entretanto isto não tem sido revertido em benefícios para a própria
unidade, pois os recursos economizados transformam-se em mais lucros para as construtoras.
81
Quanto a qualidade do material, este não poderia diferir do empregado em qualquer
outra obra, pois a planilha de custos para aquisição do Governo Federal é baseado nos custos
unitários dispostos na tabela SINAPI55, onde as técnicas e materiais especificados estão dentro
das normas, desta forma, é necessária a fiscalização dos técnicos responsáveis, para que sejam
empregados os materiais originalmente orçados.
As dimensões constituem o ponto onde mais a habitação de interesse social perdeu
qualidade, comprometendo a principalmente a funcionalidade.
55 Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil.
82
4 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA QUALIDADE HABITACIONAL
A qualidade sob o ponto de vista empresarial, inicialmente era um diferencial, mais
tarde o próprio mercado tornou este atributo indispensável e não necessariamente os custos
deveriam ser altos para alcançá-lo. Brandão citando SLACK56 comenta:
[...] qualidade passa a ser um critério consolidado, necessário à competição e não mais um critério diferenciador entre os concorrentes. SLACK descreve que de 1975 a 1985 as empresas de manufatura descobriram que qualidade e eficiência de custos não eram objetivos conflitantes [...] (BRANDÃO, 2002, p. 75).
Em habitação de interesse social é sempre usada a justificativa de que a falta de
qualidade, principalmente do espaço, é motivada pela escassez de recursos. Brandão traz as
considerações de outros autores sobre a qualidade dos espaços para habitação de interesse
social:
No âmbito da moradia de interesse social, SOUZA, SANTOS e BURSZTYN57 (2000) questionam a qualidade dos espaços domésticos, ao enfocar a questão dos direitos universais de acessibilidade, educação e lazer. Segundo estes autores, as atividades de brincar (para as crianças) e, ler e estudar, três das mais elementares e fundamentais atividades humanas, não encontram os seus ambientes adequados no interior da moradia, ressaltando que a habitação social é projetada para os adultos em detrimento das crianças e adolescentes. BRANDÃO, 2002, p. 158:
Conforme o Caderno de Orientações de Empreendimento (COE), da Caixa Econômica
Federal (2002, p. 11) “a elaboração do projeto é a forma mais eficaz e barata de identificar
problemas, antecipar e aperfeiçoar as soluções a serem adotadas”.
56 SLACK, Nigel. Vantagem competitiva: atingindo competitividade nas operações industriais. São Paulo, Atlas, 1993. 198p. 57 SOUZA, Ubiratan S. R. de; SANTOS, Mauro; BURSZTYN, Ivani. A legislação e a qualidade do ambiente construído: parâmetros de acessibilidade ao meio físico como direito universal. In: ENTAC 2000 – VIII Encontro da Associação Nacional de Tecnologia do Ambiente Construído, Salvador, 25 a 28 de Abril, 2000. Anais... Salvador: UEFS, UFBA, UNEB, UPE, UNIFOR, ANTAC, 2000. 8p. CD-ROM.
83
Figura 28 - Potencial de influência no custo final de um empreendimento de edifício e suas fases.
Fonte: Constrution Industry Institute 58 (1987) apud Melhado (2005, p. 14).
A antecipação de problemas no projeto proporcionará uma execução de obra mais
rápida e eficiente, reduzindo os custos. E ainda, para o usuário, evitará que este tenha que
fazer reformas e ampliações logo que adentra o seu imóvel, principalmente em se tratando de
habitação de interesse social, em que o morador não tem recursos disponíveis para este fim.
Sobre a qualidade do projeto Melhado (2005, p. 14) explica:
[...] percebe-se que o processo de projeto vem se destacando como elo fundamental da cadeia produtiva. [...] influi diretamente nos resultados econômicos dos empreendimentos e interfere na eficiência de seus processos, como informação de apoio a produção.
[...]
Na defesa deste ponto de vista, podem-se citar as considerações feitas pelo grupo do Constrution Industry Institute - CII acerca da importância das fases iniciais do empreendimento: nestas primeiras fases, as decisões tomadas são as que têm maior capacidade de influenciar o custo final [Figura 28].
[...]
Na prática, porém, muitas vezes o projeto de um edifício é entendido como um ônus que o empreendedor deve ter antes do início da obra e, portanto, encarado como uma despesa a ser minimizada o máximo possível, já que, antes de aprovar o projeto junto aos órgão competentes, os recursos financeiros necessários e suficientes para executar o empreendimento não estão disponíveis.
58 CONSTRUTION INDUSTRY INSTITUTE. Constructability : a primer. 2 ed. Austin: 1987. (CII publication, n. 3-1)
84
Qualidade está relacionada a muitos aspectos subjetivos. Porém há vários estudos que
estabelecem os critérios que proporcionam qualidade para um bem, serviço ou produto. A
qualidade residencial é definida por Pedro (2000, p. 9). como:
[...] a adequação da habitação e da sua envolvente às necessidades imediatas e previsíveis dos moradores, compatibilizando as necessidades individuais com as da sociedade, e incentivando a introdução ponderada de inovações que conduzam ao desenvolvimento.
Assim pode-se dizer que a qualidade está ligada ao atendimento satisfatório das
necessidades e atividades dos seus usuários, atendendo as condições de segurança e de
conforto (PALERMO, 2009) e a higiene, esta última adicionada por (ROSSO, 1980), que
completa que, “segurança e higiene são requisitos objetivos e conforto é subjetivo”.
O conceito de qualidade depende dos agentes e seus interesses. Estes interesses podem
variar com o tempo e em muitos casos com o uso da habitação. Sobre isso comentam
Fabrício, Ornstein e Melhado (2010, p. 6-7):
Com o tempo e a vivência na edificação, outros aspectos ganham relevância e estão mais atrelados ao desempenho das construções. Aspectos relacionados à manutenibilidade e à habitabilidade, flexibilidade funcional ou mesmo à adaptabilidade espacial e/ou tecnológica a novos modos de uso e função do edifício, com base no ciclo de vida familiar, podem não ser considerados adequadamente no momento da compra do imóvel, por negligência, falta de parâmetros ou de capacidade técnica de julgamento por parte dos clientes, mas ao longo do tempo de uso de vivência no ambiente construído, assumem papel relevante na avaliação que os usuários farão do edifício.
O usuário de habitação de interesse social se enquadra na descrição acima, porque em
geral não pode escolher sua habitação e/ou suas características. Esta situação do usuário
aumenta a responsabilidade do analista sobre a qualidade dos projetos.
As dimensões ou requisitos de qualidade são extensos, não estão ligados apenas a
moradia, mas também ao seu entorno, sua vizinhança, a proximidade com familiares,
equipamentos urbanos (escola, creche, hospital, lazer) e ao transporte individual ou coletivo.
Alguns requisitos são em sua maioria subjetivos como a estética, o conforto térmico, acústico,
lumínico e as impressões pessoais sobre o espaço.
São vários os métodos que se propõem a verificar a qualidade de projetos, alguns
verificam um leque grande de requistos que podem indicar qualidade.
85
4.1 MÉTODO KLEIN
No ano de 1929, na Alemanha, ocorreu o 2º Congresso Internacional de Arquitetura
Moderna (CIAM), cuja discussão principal era o estabelecimento das áreas mínimas
habitacionais aceitáveis para viver, correlacionando o espaço físico, o mobiliário, o modo de
vida, a racionalização da produção e as atividades que seriam desenvolvidas neste espaço.
Conforme Folz (2008), “dentro da temática de metodologias ‘racionais’ de projeto [...]
encontram-se os estudos de Alexander Klein”, de um método (publicado em 1928) que
objetivava avaliar os problemas funcionais e econômicos das habitações, e era composto por
três ações. A primeira ação consistia na aplicação de um questionário, cujas informações
dimensionais sobre a habitação resultaria em uma pontuação. Os projetos com maiores
pontuações passariam para a próxima ação onde seriam confrontadas as diversas soluções em
planta com o mesmo número de itens de mobiliário e seriam examinados quanto às suas
condições de higiene, economia e configuração espacial. A terceira ação consistia-se de um
método gráfico que permitia verificar: “a relação das circulações e a disposição das zonas de
passagem, a concentração das superfícies livres de mobiliário, as analogias geométricas e as
relações entre os elementos que compõem a planta” Klein59 apud Folz (2008, p. 106).
Pedro (2000, p. 59) avalia as considerações de Klein sobre habitação mínima:
No seu estudo, o autor considera que a definição da habitação mínima não deveria significar um empobrecimento nas condições de habitabilidade, mas sim uma procura da redução da habitação à superfície mínima que permitisse manter ou mesmo aumentar o grau de satisfação das necessidades dos moradores.
Para Klein (1980, p. 125) as propriedades mais importantes da planta, de moradias
pequenas, são: 1. a circulação e as zonas de passagem devem ser simples, visando menos
desgastes físicos (Figura 29); 2. a concentração de superfície livre depois de colocado o
mobiliário, propriedade que se relaciona com a comodidade, a amplitude e a possibilidade de
acrescentar móveis (Figura 30); 3. a semelhança geométrica e interdependências dos
elementos que compõem a planta, afetando a impressão percebidas pelos usuários, consciente
e inconscientemente (Figura 31).
Sobre estas propriedades, Klein (1980, p. 128) ainda esclarece:
59 KLEIN, Alexander. Vivenda Mínima: 1906-1957. Trad. R. Bernet, J. Conil e M. Usandizaga. Barcelona: Gustavo Gilli, 1980. p.88-100. (O autor desta dissertação não teve acesso a obra completa, somente o capítulo 7).
86
Con estas tres representaciones puede ‘medirse’ la capacidad de utilización práctica de uma planta aun antes de su ejecución.
Así, las circulaciones con muchos giros exigen un gasto suplementario de energia física, necesitando aumentar y disminuir constantemente la velocidad del paso y mover el cuerpo hacia un lado u otro.
La falta de superfícies libres amplias, bien iluminadas y no utilizadas como zonas de paso, de medidas suficientes para el uso a que se destinen, reduce las áreas de estar para a família y sobre todo para lós niños. Todo ello conduce a una mala distribuición de los muebles, a una vida más difícil y, finalmente, a un innecesario gasto de energías.
Con ordenaciones caprichosas de los elementos de planta hay que temer la aparición de cansancio psíquico [...]. El cansancio crece con la superposición de los elementos.
Los valores limite en la utilización e las tres mediciones propuestas se obtienen empíricamente con la comparación de numerosas plantas del mismo tipo y tamaño.
Figura 29 - Análise da circulação
Fonte: (KLEIN, 1980, p. 129)
Figura 30 - Análise das superfícies livres (cinza).
Fonte: (KLEIN, 1980, p. 129)
87
Figura 31 - Análise das semelhanças entre os elementos da planta.
Fonte: (KLEIN, 1980, p. 129)
Os conceitos apresentados por Klein podem ainda hoje ser utilizados nas análises de
projetos de habitações pequenas. Outros oito princípios de Klein são comentados por Folz
(2008, p. 107-108):
Princípio 1: Obter uma máxima amplitude dos espaços estabelecendo uma relação visual entre eles, com o objetivo de diminuir na medida do possível a sensação de opressão dos ambientes.
Principio 2: Estabelecer uma estreita relação entre a habitação e o entorno, utilizando para isto amplas portas de correr e distribuindo as janelas de modo que permitam aproximar o exterior e possibilitem a visão do mesmo.
Princípio 3: Organizar os espaços de circulação de tal modo que depois da colocação do mobiliário necessário as superfícies livres restantes sejam amplas concentradas e contínuas.
Princípio 4: Facilitar para os pais o controle visual dos filhos, além de elevar o sentimento de vida em comum entre os membros da família.
Princípio 5: Aproveitar ao máximo a insolação e tentar conseguir uma iluminação natural em toda a habitação.
Princípio 6: Aumentar o volume de ar dos dormitórios, importante especialmente à noite, mediante a utilização de portas de correr que permitem incorporar aos dormitórios o volume de ar da sala de estar.
Princípio 7: Evitar os inconvenientes de uma cozinha fechada (dificuldade de vigiar os filhos da cozinha, impossibilidade de acompanhar o processo de cocção dos alimentos a partir da mesa de refeições, e trajeto desnecessário entre cozinha mesa). Para isto sugere-se uma porta de vidro, uma correta distribuição da cozinha e uma adequada disposição da mesa de refeições.
Princípio 8: Conceber especial atenção ao sistema de calefação que seja particularmente simples e econômico. 1) para dias não muito frios - o fogão da cozinha. 2) para dias frios - estufa na sala de estar que aquece também os dormitórios. 3) para dias muito frios - calefação adicional que pode ser utilizada eventualmente.
As observações de Klein são bastante específicas para as regiões do hemisfério norte,
mas sua contribuição está na racionalização e no “cientificismo” da arquitetura para habitação
(FOLZ, 2008).
88
4.2 MÉTODO QUALITEL
O Método Qualitel desenvolvido pela Association Qualitel, segundo Costa (1995, p.
56) foi introduzido na França, em 1974, como sistema de informação sobre as qualidades
construtivas de uma habitação, que serve para: o consumidor, facilitando a tomada de decisão
para a compra; para os projetistas na avaliação das soluções de projeto; e para a promoção
comercial do produto habitação.
O foco deste método é a avaliação tecnológico construtiva, com o que Costa (1995, p.
57) chama de “Rubricas relativas a qualidade funcional e incidência de custos de exploração e
manutenção”. Este foco é reafirmado por (COSTA, SOUSA, et al., 2007) que destaca as
preocupações do método:
Abordando os domínios tecnológico-construtivos, as principais preocupações do Método Qualitel centram-se no conforto acústico, no conforto térmico e desempenho energético, na qualidade dos equipamentos, na ventilação, na acessibilidade e na perenidade e controlo de custos. Ou seja, a principal preocupação da Qualitel é o conforto do utilizador e o desenvolvimento sustentado, não sendo avaliadas, por exemplo, questões ligadas a aspectos de segurança estrutural ou de eficiência na utilização de espaços.
Gráfico 15 - Rubricas do Método Qualitel
Fonte: (COSTA, 1995, p. 58)
89
Como se observa no texto acima as questões relacionadas a eficiência na utilização de
espaço não são avaliadas, sendo este método inadequado para este fim (Gráfico 15).
A escala de avaliação parte do 1 - insuficiente, 2 - média, 3 - boa, 4 - muito boa, e 5 -
excelente. Cada uma destas notas é determinada pela satisfação ou não de determinadas
condições descritas juntamente com a pontuação.
Pedro comenta o Método Qualitel (2000, p. 65):
Este método tem uma vocação essencialmente informativa, pelo que os resultados são apresentados sob a forma de um relatório simples e claro, que contém um perfil de qualidade e um texto descritivo, o que permite realizar uma valorização relativa dos vários pontos de vista de acordo com as preferências e objectivos de cada utente [usuário].
A nota global da rubrica será a menor nota obtida em qualquer sub-rubrica. O
resultado final será a apresentação das notas de cada rubrica, permitindo que sejam fornecidas
as informações para que o consumidor tome as suas decisões.
4.3 MÉTODO SEL
O método suíço Systém d´Évaluation de Logements - SEL (Sistema de Avaliação de
Habitações) apresentado em 1975, baseados em estudos realizados desde 1960 classifica “os
produtos face à capacidade de satisfação das funções de uso (utilidade)” Sousa (1994, p. 6).
A aplicação é realizada ainda quando não há ocupação, com parâmetros de utilização
que privilegiam longos períodos de utilização. Este método, ainda segundo este autor, é
flexível e adaptável.
Segundo Costa (1995), o Método SEL seguiu a sistemática de “hierarquia de
objetivos”, onde parte-se de uma noção básica abrangente, que ele define como “elevada
habitabilidade” e a subdivide em noções cada vez mais específicas até alcançar “noções
elementares possíveis de quantificar a partir do projecto”. Chegou-se a 270 critérios de
avaliação, destes foram selecionados 66 critérios (Quadro 5), chamados por Pedro (2000) de
pontos de vista:
Os critérios de ponderação dos pontos de vista foram definidos por uma comissão composta por três especialistas em diferentes temas relacionados com a qualidade da habitação, e por quatro utentes com diferentes idades e
90
proveniências. Os critérios de ponderação definidos pela comissão permitem calcular o valor de desempenho global de uma determinada habitação, e foram utilizados também para seleccionar, dos 270 pontos de vista elementares iniciais, os 75 pontos de vista que integraram a primeira versão do Método SEL, tendo sido excluídos os que tinham ponderações pouco significativas, bem como aqueles cujo procedimento de avaliação se revelou difícil de estabelecer.
Quadro 5 - Lista critérios de avaliação do Método SEL
Fonte: (COSTA, 1995, p. 64)
91
No Método SEL a avaliação consiste de um valor inteiro de 0 a 4 conforme o grau de
satisfação sendo o mínimo 0, não satisfação das exigência mínimas regulamentares) e o
máximo 4, satisfação completa do objetivo (COSTA, 1995; PEDRO, 2000; SOUSA, 1994).
Figura 32 - Exemplo de avaliação através de função de transformação
Fonte: (COSTA, 1995, p. 66)
As notas são atribuídas por dois processos (SOUSA, 1994; COSTA, 1995): com
auxílio de funções de transformação e com a utilização de listas escalonadas de exigências
(Figura 32).
4.4 MÉTODO MARTINS
Martins (1999) busca em seu método encontrar o índice de qualidade geométrica e
nominal e custo/qualidade. A amostra de seu trabalho são apartamentos de dois, três e quatro
quartos. Citando seu trabalho de 199560 o autor esclarece o que denomina cubo da qualidade,
uma analogia com o processo fotográfico, e os seis Bs da qualidade (Quadro 6) (MARTINS,
1999, p. 1):
A imagem (condensada pelos desejos e necessidades que o ser humano requer para sua habitação) é captada pela lente da câmera (projetista), que
60 MARTINS, Daniel Neves. A qualidade de projetos e os 6 Bs. Jornal Via de Acesso. Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Maringá – AEAM, Maringa, p.6. fev. 1995.
92
a projeta e grava no negativo (projeto arquitetônico), o qual é convertido pelo seu processamento em uma fotografia (construção da habitação).
ATRIBUTO IMAGEM (Desejos e
necessidades)
PROCESSAMENTO (técnico, financeiro,
temporal e sensorial)
(BOM)
TÉCNICO
Que tenha todas as qualidades
adequadas á sua natureza ou
função;
Que funcione bem;
Digno de crédito, seguro
garantido;
Adequado, apropriado;
Bem distribuído;
Com espaço suficiente;
Segurança estrutural, ao fogo, à utilização;
Durabilidade;
Estanqueidade;
Conforto térmico e acústico;
Facilidade de manutenção;
Garantia do produto;
Otimização dos espaços;
Distribuição espacial eficiente;
Resposta às exigências funcionais.
(BONITO)
ESTÉTICO
Que seja agradável aos
sentidos;
Forma;
Estilo;
Cores;
Textura.
(BARATO)
ECONÔMICO
Que custe um preço baixo,
módico;
Facilidade na aquisição
Relação custo-benefício;
Custo de aquisição;
Custo de manutenção;
Condições de pagamento;
Lucratividade.
(BREVE)
TEMPORAL Em pouco tempo
Rapidez na execução;
Equacionamento da variável tempo.
(BACANA)
EXCELÊNCIA
Superioridade;
Que representa o status social e
econômico
Localização;
Originalidade;
Privilégios: equipamentos, infraestrutura de lazer,
esporte e serviços, proteção e segurança pessoal.
Flexibilidade;
Requintes: grife, luxo.
(BRILHANTE)
ENCANTAMENTO
Envolvente, cativante,
fascinante, magnífico
Conforto visual, solar, háptico [tato]
Vista maravilhosa;
Harmonização;
Energização.
Quadro 6 - Os seis Bs da qualidade habitacional definidos por Martins (1995).
Fonte: (MARTINS, 1999, p. 2)
Com esta analogia pretende destacar a importância do projeto para a materialização
dos desejos dos usuários da habitação. O método desenvolvido por este autor é um modelo
matemático de análise, avaliação e otimização do arranjo físico de apartamentos.
93
Através de variáveis qualificadoras do arranjo físico (área, paredes e conexões) busca-
se o índice de qualidade geométrica que é a relação entre o índice de qualidade do projeto
avaliado e o índice de qualidade do projeto alvo. O custo também é avaliado neste método.
Resumidamente, é realizado o cálculo de oito parâmetros geométricos (MARTINS, 1999, p.
54-98) (parede externa - PE, parede interna incidente - PV, área útil - AU, perímetro externo -
CE , perímetro mobiliável - CM, perímetro ampliável - CA, conexão portas e vãos - CP,
conexão janelas - CJ). Os resultados comparados com a área útil - AA de um projeto alvo. A
partir desta interação são obtidos índices de exteriorização - IEX, de mobiliamento - IMB, de
amplidão - IGR, de acesso-comunicabilidade - IPA, de comunicabilidade - IJA e de
espaciosidade - IE. Os índices de mobiliamento, amplidão, acesso-comunicabilidade,
comunicabilidade darão origem ao índice de qualificação da configuração interna - IKI. Este
último índice, juntamente com o índice de exteriorização darão origem ao índice de
qualificação da configuração - IKC. O IKC com o índice de espaciosidade - IE em uma
equação, originará o índice de qualificação da configuração espacial - IKA. As variáveis do
projeto alvo - VA com o IKA em uma equação resultarão no índice de qualidade geométrica -
IQG. Este último índice relacionado com a área do projeto alvo resultará na Área nominal -
AN. Completando a análise geométrica, a relação entre Área Nominal - AN e a área útil do
projeto avaliado - AU, resulta no índice de qualidade nominal - IQN.
A constante de custo - KC, a Parede externa - PE e a parede interna incidente - PV, do
projeto avaliado, em uma equação formarão o índice de custo geométrico - ICG. Finalmente a
relação entre o ICG e o IQN, resultarão no índice de custo/qualidade - ICQ. O modelo pode
ser observado no esquema da Figura 33.
O método de Martins tem como público-alvo preferencialmente os projetistas de
arquitetura, é um método árduo quanto a sua aplicabilidade, visto que são necessários vários
levantamentos de variáveis qualificadoras (área, perímetros, vãos, conexões) e o cálculo de
equações para se chegar ao índice de custo/qualidade.
94
Figura 33 - Modelo do Método de Martins.
Fonte: (MARTINS, 1999, p. 41)
95
4.5 MÉTODO BRANDÃO
O Método de Brandão busca determinar o potencial de flexibilização espacial de um
projeto. A amostra utilizada foi de apartamentos de um a quatro quartos, totalizando 2037
casos (BRANDÃO, 2002).
Para o estudo foram selecionadas variáveis: 1. Relacionadas à quantidade de cômodos
(número de quartos, de leitos, de peças do setor social e outras); 2. que indicam a existência
de cômodos específicos (existências de lavabos, sacada, closet e outros); 3. relacionadas ao
tamanho do apartamento (área total, área do setor íntimo e outras); 4. De relação entre área e
perímetro (índice de compacidade); 5. Relativas a exteriorização (perímetro confinado,
confinamento, índice de exteriorização); 6. Relativas às áreas dos setores (área do setor de
serviços, área do setor íntimo em relação à área total; 7. Relativas ao conforto espacial
(relação entre área e numero de peças, relação entre área íntima e número de leitos e outras);
8. relativas à estrutura topológica (acesso ao apartamento, ligação entre setores social e
íntimo, ligação entre setores social e de serviço e ligação entre setores íntimo e de serviço); 9.
Relativas à forma geométrica (forma geométrica do setor íntimo, forma da cozinha, espaço
para mesa de refeições na cozinha; 10. Relativas aos banheiros do setor íntimo.
Com os dados das variáveis o autor tipificou as plantas através da identificação
primeiramente do número banheiros, que segundo o autor “é o atributo que melhor explica o
tamanho ou porte do apartamento” (BRANDÃO, 2002, p. 224), em seguida número de
quartos, indicação do número de suítes, existência ou não de dependência de empregada.
Através de um trabalho estatístico foram estabelecidas as relações entre a área do
apartamento e as variáveis levantadas (Figura 34).
96
Figura 34 - Dendograma do método CHAID
Fonte: (BRANDÃO, 2002, p. 244)
97
Conforme seu objetivo o autor determinou uma equação (fi=(C+J+W)/A*10) para a
funcionalidade inicial (fi) de cada apartamento, conforme a soma da pontuação do atributo
potencial de conversão do cômodo (C) (Tabela 7), a soma das divisórias que permitem junção
e das projeções de desmembramento (J), do número de acessos adicionais dos banheiros (W)
e da área total do apartamento (A).
Tabela 7 - Pontuação para o atributo potencial de conversão do cômodo.
Fonte: (BRANDÃO, 2002, p. 257)
A flexibilidade inicial foi estabelecida em três categorias: potencial alto para valores
obtidos de fi até 0,7, potencial médio para fi maior que 0,7 a 1,1 e alto para fi maior que 1,1.
Os resultados obtidos para a flexibilidade inicial foram cruzados com todas as variáveis
inicialmente levantadas, visando estabelecer relações entre esta e aquelas.
Nesta interação quando foi confrontada a flexibilidade inicial com o formato do
apartamento o autor encontrou 100% do potencial de flexibilidade inicial alto na forma
geométrica onde “há três interfaces: os três setores [íntimo, social e serviço] possuem
interfaces entre si” (BRANDÃO, 2002, p. 207). Esta configuração “segue tradicionalmente a
tripartição setorial da habitação burguesa do século dezenove” (BRANDÃO, 2002, p. 207).
Este método não trata da funcionalidade, nem da acessibilidade e não parametriza
valores e ou escalona (pontua) as categorias dos atributos, apenas os expõe, para compará-los
com o potencial de flexibilidade inicial.
98
4.6 MÉTODO LEITE
Leite coloca que seu método atende as premissas de Babbie61 (1992, apud LEITE,
2006, p. 109) e Zikmund62 (1994, apud LEITE, 2006, p. 109) os quais defendem que “os
termos utilizados para ordenar a escala não podem ser ambíguos para caracterizar
perfeitamente a relação entre conceito e escala numérica”. As escalas e conceitos adotados
pelo autor estão descritos na Tabela 8.
Tabela 8 - Intervalos de funcionalidade
Escala Conceitual
FUNCIONALIDADE Extremamente
Inadequado Muito
Precariamente Adequado
Precariamente Adequado
Parcialmente Adequado
Plenamente Adequado Ou
Atende
Atende Mais Que Plena-
mente EXTRE-
MANENTE PRECÁRIO
MUITO PRECÁRIO
PRECÁRIO PARCIAL ATENDE SUPERA
Escala Numérica
20 40 60 80 100 120
Fonte: (LEITE, 2006, p. 110)
Observa-se que são apresentados seis níveis que caracterizam os resultados da análise
da habitação, mas na obra do autor, não fica clara a forma de aplicação do método. Entretanto
Szücs e Costa (2006) comentam, através de outro trabalho de Leite63 (2003 apud SZÜCS e
COSTA, 2006):
No método de referência (LEITE, 2003), a habitação é decomposta em compartimentos, cada qual passando por uma primeira análise individual. A partir do levantamento de quesitos de funcionalidade de cada ambiente se obtém uma listagem de indicadores quantitativos e qualitativos. Os primeiros estão relacionados com o número de equipamentos mínimos ou adicionais necessários para a qualificação do uso do ambiente, os últimos tratam das variáveis do arranjo desses equipamentos. Após a avaliação e somatório desses quesitos, se obtém um índice de funcionalidade do ambiente. Então, todos os índices são somados novamente e se obtém o índice de funcionalidade da habitação. Percebe-se, portanto, que os quesitos quantitativos se sobressaem aos quantitativos [qualitativos, correção nossa].
Este método pode ser usado tanto na fase de projeto, possibilitando a sua correção
antes da execução, como também poderá ser adotada na Avaliação Pós Ocupação (APO).
61 BABBIE, Earl. The Practice of social research. 6th edition, California: Wadsworth, 1992. 62 ZIKMUND, W. G. Business research methods. Fort Worth: DrydenPress, 1994. 63 LEITE, L. C. R. Habitação de interesse social: metodologia para análise da funcionalidade: Estudo de caso do Projeto Chico Mendes - Florianópolis/SC, Florianópolis, 2003, Dissertação (Mestrado) - Universidade Federal de Santa Catarina.
99
4.7 MÉTODO PALERMO
Em seu trabalho Palermo (PALERMO, 2009, p. 77-78) apresenta seu método de
avaliação de projetos para habitação de interesse social, baseadas nos seguintes princípios:
Os ajustes tiveram como referência as dificuldades identificadas e explicitadas nos projetos originais.
Moradia sem área de serviço configurada e protegida não atende às necessidades de manutenção, manejo com a roupa da casa e expurgo do lixo, inviabilizando a habitação.
Com foco na funcionalidade, apenas as questões específicas foram tratadas.
Para facilitar a instalação, o uso e a manutenção da moradia, as avaliações consideraram um afastamento aproximado de 2 cm entre as peças do mobiliário nos ambientes secos e 5 cm na cozinha, resguardando a necessidade de deslocamento de peças para a limpeza e manutenção.
Os ajustes introduzidos buscaram respeitar o quanto possível a estrutura organizacional do projeto original, incluindo eventuais estratégias de ampliação.
Os ajustes procuraram o mínimo impacto sobre a área construída original; porém, quando necessário, acréscimos ou reduções
Sempre que oportuno e naqueles projetos em não estão claras as alternativas de flexibilidade, os ajustes procuraram introduzir tais alternativas, explicitando como pode ser atendido este quesito.
Levando em conta que, em edificação de área reduzida, o núcleo cozinha/banheiro/área de serviço tem custo mais oneroso por m², alcançando mais da metade do custo global do edifício, três estratégias foram ainda consideradas:
Sempre que possível as três peças passam a ser servidas por uma única descida de água;
Sempre que possível o banheiro passa a ser compartimentado, reduzindo a necessidade de construção de mais um banheiro; e,
As soluções de banheiro passaram a incluir necessariamente vaso sanitário com caixa acoplada, beneficiando a redução do consumo de água.
Como se pode observar os oito princípios abordados podem melhorar
substancialmente a qualidade da habitação. O uso de bacia sanitária com caixa acoplada é
também uma recomendação de sustentabilidade de John e Tadeu64 (2010), entretanto deve-se
verificar seus impactos nos custos da produção da moradia, a fim de obtermos respaldo junto
aos órgãos responsáveis pela política habitacional brasileira. Estes autores recomendam para a
sustentabilidade das construções de habitações a coordenação modular, considerada uma
forma de redução de custos.
64http://downloads.caixa.gov.br/_arquivos/desenvolvimento_urbano/gestao_ambiental/Guia_Selo_Casa_Azul_CAIXA.pdf
100
4.8 MÉTODO BUZZAR E FABRÍCIO
Metodologia foi desenvolvida dentro de uma das Redes Coorperativas de Pesquisa do
Programa de Tecnologia da Habitação (Habitare) da Agência de Fomento Financiadora de
Estudos e Projetos (FINEP) entre 2006 e 2007. Baseada em conhecimentos e experiências de
pesquisadores, não envolvidos com as instituições que financiam (Caixa) ou produzem os
empreendimentos habitacionais (construtoras). Em seu relatório Buzzar e Fabrício (2006)
esclarecem que a:
[...] Metodologia define-se com um perfil “quantitativo”, que reproduz os mesmos indicadores de avaliação para o conjunto dos empreendimentos, de forma a garantir uma análise equilibrada e homogênea do programa. [...] implica em tratar as questões qualitativas que envolvem o programa e os empreendimentos com parâmetros claros e estruturados para um conjunto abstrato de empreendimentos e beneficiários.
Tabela 9 - Ponderação da Metodologia de Avaliação para o Produto Habitacional
* Sem nota / ** Fator de multiplicação
Fonte: (BUZZAR e FABRÍCIO, 2006)
INDICADORES PESOS INDICADORES SIMPLES PESOSAcessibilidade e oferta de infraestrutura e serviços urbanos 80Acessibilidade ao comércio e aos serviços 20Acessibilidade arquitetônica *Padrão do empreendimentos *Patologias e problemas projetuais/construtivos 1**implantação urbana 1**Subtotal 100Conforto ergométrico 35Acessibilidade 5Conforto ambienta da unidade habitacional 40Salubridade 20Subtotal 100Patologias 80Racionalização do produto *Padrão da construção 20Subtotal 100Diversidade tipológica 50Otimização das áreas 50Subtotal 100do conforto da UH 20do tamanho da UH 20da construção 20Quanto a localização da moradia 20dos serviços urbanos/equipamentos sociais 20Subtotal 100
Total 100
4. ESPACIALIDADE 5
5. AVALIAÇÃO DA MORADIA PELO USUÁRIO
25
1. HABILIDADE URBANA (HU)
3. CONSTRUTIBILIDADE
2. HABITABILIDADE DA UNIDADE HABITACIONAL
20
25
25
101
A nota final da avaliação do produto habitacional é resultado de notas ponderadas de
cinco indicadores: Habitabilidade Urbana; Habitabilidade da Unidade Habitacional;
Construtibilidade; Espacialidade e Avaliação da Moradia pelo Usuário. As notas destes
resulta de ponderações (Tabela 9) e cálculos matemáticos de indicadores simples, variáveis
compostas e/ou variáveis que são parametrizados.
Segundo os pesquisadores Buzzar e Fabrício (2007, p. 230), os critérios de
parametrização podem ser:
Critérios estabelecidos pelos próprios programas;
Critérios definidos “tecnicamente”, como as normas técnicas estabelecidas por associações técnicas (como a ABNT); os padrões internacionais criados por entidades como a Organização Mundial da Saúde; normas criadas pela legislação;
Critérios comparativos, como por exemplo os estabelecidos na relação com outros países e os definidos na relação custo/beneficio vis-à-vis com outras possibilidades de investimento correlato;
Critérios empíricos ou estatísticos, como os endógenos ou os estabelecidos por padrões estatísticos, correlações etc.
Critérios subjetivos definidos pela opinião dos moradores, técnicos ou mesmo pelo bom senso.
A equipe de pesquisadores consolidou através deste trabalho, a parametrização
necessária para a operacionalização da metodologia, deixando-a aberta para aperfeiçoamento
proporcionado por novos estudos.
Dos parâmetros estabelecidos pela metodologia Buzzar e Fabrício, destacam-se, para
este trabalho, os relacionados à habitabilidade da unidade habitacional, mais especificamente
ao conforto ergométrico, quanto às recomendações de área (Tabela 10 e Tabela 4, no item
3.1).
Tabela 10 - Recomendações de área para unidades do PAR.
Fonte: Fonte: (BUZZAR e FABRÍCIO, 2006)
Ambiente Área
mínima (m2)
Área regular
(m2)
Área recomendável
(m2) Dormitório (unid. c/ 1 dormitório) 8 9,5 12,0
Dormitório (unid.c/ 2 dormitórios) (Soma das áreas) 15 16 17,5 Dormitório (unid. c/ 3 dormitórios) (Soma das áreas) 22,0 24,0 26,0
Sala 6,0 7 8,5 Copa 6,0 6,5 8,0
Sala e copa conjugada 10,0 11,5 12,5 Banheiro 2,5 3,0 3,5 Cozinha 5,5 6,0 6,5
Área de serviço 2,0 2,9 3,5
102
A metodologia para o FINEP é extensa, pois pretende avaliar o programa habitacional
de forma completa, similar aos métodos SEL, Qualitel e de Pedro, o qual será abordado a
seguir. São levantadas diversas variáveis (dimensões dos comodos, pé-direito, acabamentos,
variáveis relacionadas ao conforto ambiental, relacionadas a infraestrtutrura, entre outras)
para as quais são atribuidas notas, conforme os critérios e parâmetros de avaliação. Esta
atribuição pode ser observada no exemplo do Quadro 7 para a área do ambiente dormitório,
no caso para unidades com dois quartos.
Ambiente Faixas de área do ambiente (m²) notas atribuídas
Dormitório (unidade c/ 2 dormitórios)
(soma das áreas)
VTAAQ265< 15,0 15,0 ≤ VTAAQ2<16,0 16,0 ≤ VTAAQ2<17,5
VTAAQ2 ≥ 17,5
nota VANAQ266 =0 nota VANAQ2 =50 nota VANAQ2 =70 nota VANAQ2 =100
Quadro 7- Atribuição de Notas
Fonte: (BUZZAR e FABRÍCIO, 2006)
Os autores atribuem notas dentro de faixas que iniciam em 0 quando o critério não
atende ao mínimo, até 50 quanto for maior ou igual que ao mínimo e menor que o regular.
Recebe nota 70 quando o critério em avaliação for maior ou igual ao regular e menor que o
recomendável e finalmente recebe nota 100 se é maior ou igual ao recomendável.
4.9 MÉTODO PEDRO
O programa de qualidade arquitetônica habitacional, chamado por Pedro (2000),
apenas de Programa Habitacional (PH), divide-se, segundo o autor, em três partes: dados de
programa, exigências de qualidade e modelos exemplificados.
No primeiro deles, dados de programa, estão: a identificação dos usuários (utentes), a
classificação de espaços do habitat residencial (segundo hierarquia de espaços, escalas ou
níveis físicos), a classificação de funções de uso do habitat residencial e a definição de
tipologias e tipos. A satisfação dos usuários é assegurada pelas exigências de qualidade. Os
modelos são exemplos de aplicação das exigências de qualidade.
Este autor informa que os métodos de análise e avaliação servem como apoio a tomada
de decisão, por parte dos atores do processo. E ainda, que os métodos de avaliação 65 VTAAQ2 = FUAAQ1 + FUAAQ2 (FUAAQ1 - área útil do quarto 1; FUAAQ2 - área útil do quarto 2) 66 VANAQ2 - nota para Σ das áreas do QUARTO2 com QUARTO1 versus área mínima; área regular e área recomendável.
103
multicritério são os que podem atender melhor às avaliações mais complexas, nas quais deve-
se definir objetivo geral e em seguida objetivos parciais, os quais devem ser ponderados e ao
término chega-se a um resultado de síntese.
Pedro (2000, p. 49) apresenta os seguintes elementos para um método de avaliação
multicritério:
a) Árvore de pontos de vista;
b) Pontos de vista elementares;
c) Descritores;
d) Critérios de avaliação;
e) Critérios de ponderação;
f) Método de síntese de resultados;
g) Forma de apresentação de resultados;
h) Gráfico de análise de resultados.
4.9.1 Critérios de avaliação do Método Pedro
O método de avaliação desenvolvido por Pedro (2000, p. 104) apresenta uma escala de
valores, que ele denomina descritores, sendo eles:
Nulo (valor 0) A solução não satisfaz as necessidades elementares da vida quotidiana dos utentes [usuários], o que pode concorrer para os prejudicar pessoalmente e para restringir o seu modo de vida.
Mínimo (valor 1) A solução tem um desempenho que satisfaz as necessidades elementares de vida quotidiana dos utentes; este nível é definido pelos regulamentos e normas nacionais aplicáveis, e pela boa prática da construção e do projecto nos aspectos em que esta documentação é omissa.
Recomendável (valor 2) A solução tem um desempenho que confere um maior grau de qualidade que o nível mínimo, o que permite suportar melhor diferentes modos de uso, a evolução previsível das necessidades dos utentes durante o período de vida útil dos edifícios, e o uso eventual por utentes condicionados de mobilidade.
Óptimo (valor 3) A solução tem um desempenho que responde integralmente às necessidades dos utentes, e permite o uso permanente por utentes condicionantes de mobilidade após pequenas adaptações.
Em seu trabalho Pedro (2000, p. 101-102) utiliza dois critérios de avaliação. O
primeiro é a escala de pontos, fazendo uma correlação entre a pontuação obtida nos
104
indicadores de avaliação (dicotômicos: sim ou não; verdadeiro ou falso) e a escala de valores
(descritores) citada acima. E a média ponderada para indicadores do tipo nominal ou ordinal.
Figura 35 - Os três primeiros níveis da árvore de pontos de vista
Fonte: (PEDRO, 2000).
Os critérios acima se aplicam a árvore de pontos de vista (Figura 35 e Figura 36) que
possui cinco níveis ou hierarquia:
• Níveis físicos - traduzem as entidades físicas. Exemplo: Habitação e edifício.
• Grupos de qualidade - representam os grandes vetores de qualidade
arquitetônica. Exemplo: conforto ambiental, segurança, personalização e
outros.
105
• Qualidades - são organizadas em função das exigências do usuário. Exemplo:
Conforto visual, funcionalidade, privacidade.
• Indicadores de qualidade - permitem a medição do desempenho da solução
com significativo grau de autonomia. Exemplo: dentro do grupo de qualidade
conforto ambiental, tem-se a qualidade conforto visual e para ela tem-se o
indicador iluminação natural.
• Elemento de avaliação é o que se pode quantificar por medição ou observação.
Exemplo: dentro de iluminação natural, tem-se o índice de dimensão de vãos
de janela da cozinha.
Para este estudo serão observadas as qualidades: capacidade, espaciosidade e
funcionalidade, definidas por Pedro (2002b):
Capacidade - espaços funcionais.
As habitações devem ser concebidas de modo a disporem de programas de espaços funcionais capazes de comportarem o equipamento, o mobiliário, e as faixas de circulação necessários à sua adequada utilização pelo número de utentes [usuários] determinado pela sua lotação. (PEDRO, 2002b, p. 53).
[...]
Espaciosidade - Área
As habitações devem ser concebidas de modo a disporem de espaços com áreas capazes de comportarem os equipamentos, o mobiliário, e as faixas de circulação necessários à sua adequada utilização pelo número de utentes determinado pela sua lotação. (PEDRO, 2002b, p. 55).
[...]
Espaciosidade - Dimensão
As habitações devem ser concebidas de modo a disporem de espaços com dimensões capazes de comportarem os equipamentos, o mobiliário, e as faixas de circulação necessários à sua adequada utilização pelo número de utentes determinado pela sua lotação. . (PEDRO, 2002b, p. 65).
[...]
Funcionalidade
As habitações devem ser concebidas de modo a propiciarem aos utentes adequadas condições no desenvolvimento das funções de uso da habitação. (PEDRO, 2002b, p. 68).
Na Figura 36, dentro da qualidade Capacidade são avaliados: o programa de espaços,
programa de equipamentos e a extensão de paredes mobiliáveis.
106
Figura 36 - O terceiro, quarto e quinto nível da árvore de pontos de vista da habitação
Fonte: (PEDRO, 2000, p. 104).
O programa de espaços deve comportar a adequada utilização pelos usuários previstos
para a habitação. O programa de equipamentos são os equipamentos fixos que possibilitam a
utilização adequada da habitação. Paredes mobiliáveis são, para o autor deste método, paredes
planas com altura de no mínimo 2,00 metros, que podem ser mobiliadas pelo menos 60 cm de
107
profundidade e 60 cm de extensão. As paredes com janelas, com peitoril de pelo menos 90
cm, são consideradas a metade da sua extensão.
Para a qualidade Espaciosidade são analisadas as áreas, as dimensões e o pé-direito.
As áreas devem comportar o mobiliário, os equipamentos e a circulação para a utilização da
habitação. Quando a sala tiver circulação obrigatória esta deve ser excluída da área útil do
cômodo e inserida na área de circulação, utilizando a largura de 80 cm em toda a extensão do
percurso. A dimensão útil é igual ao diâmetro do maior círculo que pode ser inscrito no
cômodo. O pé-direito é definido como a distância do piso ao teto ou média aritmética das
várias distâncias, se for o caso.
A qualidade Funcionalidade é avaliada segundo vários aspectos como: conflitos de
circulação, possibilidades de vários leiautes, existência ou não de espaço para a realização das
atividades, entre outras (PEDRO, 2000, p. 145-146).
O autor enfatiza que seu trabalho está fundamentado nos estudos de vários professores
do Laboratório Nacional de Engenharia Civil (LNEC, Lisboa/Portugal).
Os estudos de Pedro também foram utilizados por Barbosa (2007). Este autor
apresenta o trabalho conjunto de Boueri e Pedro67 que estabeleceram as funções da habitação
e seus respectivos sistemas de atividades, que podem ser observados no item 3.2 que trata das
funções da habitação.
Os métodos apresentados tem em comum a busca por requisitos que indiquem a
qualidade em suas várias dimensões.
Klein (1980) foca seus estudos nos percursos dentro da planta, na disponibilidade de
áreas livres para propiciar a sensação de amplitude e plantas com cômodos mais semelhantes
em tamanho e forma.
As questões relacionadas a utilização de espaços não são avaliadas no método
Qualitel, sendo este de cunho tecnológico construtivo. Ao contrário do anterior o método
SEL classifica as plantas quanto ao atendimento das funções da habitação, tratando as
questões do mobiliar, comunicações, possibilidades de transformações, das funções da
habitação, das possibilidades de escolha, da circulação externa, dos equipamentos do edifício,
67 Segundo Barbosa (2007, p. 168): “[...] é o resultado do trabalho realizado neste levantamento, e, que contou também com a colaboração do aprendizado das aulas [...] ministradas pelo profº Dr. J. Boueri e J. Pedro, como professor visitante.”
108
da possibilidades de laser e dos equipamentos público. Este método dá origem a vários outros,
que se seguiram.
Martins (1999) busca a qualidade geométrica correlacionada ao custo, através de
variáveis quantitativas que compõem novas equações e destas outras até obter o índice de
custo e qualidade. Brandão (2002) também trata de variáveis quantitativas, mas para verificar
a flexibilidade.
Tratando da funcionalidade, Leite (2006) não deixa claro os procedimentos do seu
método. Palermo (2009), não explicita os procedimentos, porém indica parâmetros de
qualidade, principalmente quanto ao mobiliário e as questões sobre a funcionalidade da
habitação.
Buzzar e Fabrício (2007) com seu método também estão preocupados com as várias
dimensões da qualidade, da urbana à opinião do morador. Como estes autores, Pedro (2000),
avalia desde os aspectos da implantação da habitação, ou seja, seu entorno até as questões
relacionadas a estética e personalização da moradia. Seu método é bem detalhado, flexível e
adaptável as variações regionais.
109
5 MÉTODO PROPOSTO E APLICAÇÃO
Como já foi descrito, este trabalho trata de unidades habitacionais de dois quartos,
construídos dentro do Programa de Arrendamento Residencial (PAR), com recursos do FAR.
O programa PAR é operacionalizado pela Caixa Econômica Federal e as empresas
construtoras apresentam suas propostas de empreendimentos ao banco para execução dos
conjuntos habitacionais e este as analisa e escolhe as que possuem melhor viabilidade técnica
e financeira.
Junto à CAIXA e as Prefeituras Municipais, elaborou-se uma lista com todos os
conjuntos habitacionais PAR executados e em execução nas cidades de Cuiabá e Várzea
Grande, de 2000 a 2008. As informações constantes desta lista são: nome do
empreendimento, cidade de localização, número total de unidades habitacionais e ano de
assinatura do contrato (Apêndice B).
Os dados coletados foram submetidos a uma padronização, que consiste em
estabelecer especificações iguais para todos os projetos e o redesenho padronizado. Após as
fases de coleta e padronização os projetos foram submetidos a uma tipificação preliminar
através de mapas convexos e grafos justificados.
Para o método proposto para análise dos cômodos foi criado o primeiro questionário,
com o qual se verifica se o projeto em análise atende à NBR 15.575:1. Na sequência cada
projeto foi submetido a outros sete questionários originados do Método de Pedro (2000),
porém adaptados para realidade brasileira. Os questionários estão concentrados na habitação
e sua adequação espaço-funcional, onde são verificados: a capacidade, espaciosidade e
funcionalidade.
Os parâmetros dimensionais e as questões relacionadas a funcionalidade foram obtidas
de estudos e normas brasileiras e quando possível usados os de Pedro (2000). O peso de cada
questão é estabelecido por Pedro, mas foram pesquisadas as opiniões de técnicos brasileiros e
estas foram adotadas neste método proposto. Cada projeto foi submetido aos questionários e
obteve-se uma pontuação final.
110
O custo de cada projeto foi levantado com as especificações da padronização.
Finalmente, foram lançadas no gráfico a pontuação final (indicadores de adequação espaço-
funcional), o custo e a área útil (espaço interno de cada cômodo sem as paredes) dos projetos
em análise. A descrição detalhada vem a seguir.
5.1 COLETA DE DADOS DAS UNIDADES
A partir da lista de empreendimentos, foram coletadas as coordenadas geográficas e
registrados os pontos de localização no mapa das duas cidades do estudo. Foi, então iniciada a
coleta das plantas baixas das unidades habitacionais de cada empreendimento. Os dados
foram inicialmente coletados na RSNGOV/CB e também na Prefeitura Municipal de Cuiabá e
Várzea Grande (vide exemplo à Figura 37).
Figura 37 - Planta levantada (planta 1).
Fonte: (CAIXA RSNGOV/CB, 2000, apud BARCELOS, 2010)
O procedimento de fotocópia das plantas foi substituído pela utilização de uma
máquina fotográfica com 12.2 mega pixels, para facilitar a obtenção. Todas as fotos foram
111
tiradas com padrão da máquina: 12 M: 4000 x 3000 pixels, qualidade superfina. Em alguns
casos a planta se repetia em mais de um empreendimento (Tabela 11).
Tabela 11 - Repetições de plantas nos empreendimentos PAR (2000-2008).
Plantas Número de repetições nos empreendimentos PAR
Planta 04; Planta 08; Planta 09; Planta 11; Planta 14; Planta 15; Planta 17; Planta 24; Planta 27; Planta 29; Planta 30; Planta 31;
Planta 36;
1
Planta 01; Planta 02; Planta 06; Planta 07; Planta 12; Planta 13; Planta 18; Planta 19; Planta 20; Planta 21; Planta 23; Planta 25;
Planta 28; Planta 35;
2
Planta 05; Planta 10; Planta 32; 3 Planta 03; Planta 16; Planta 22; Planta 26; 4
Planta 33; Planta 34; 5
No Quadro 8 temos o número da planta (exemplo, planta 1=P1) e em quais
empreendimentos ela foi executada.
Nº Empreendimento P1 Residencial Jardim Vitória "A" Residencial Karla Renata P2 Residencial Jardim Vitória "B" Residencial Lucimar Campos P3 Residencial
Coxiponês Residencial Morada
do Faval Residencial Santo
Antônio Residencial Jardim
Antarctica P4 Residencial Morro de Santo Antônio P5 Condomínio Residencial
Paschoal M. Cabral Condomínio Flor do Cerrado Condomínio Eng. Miguel
Leão Lanna P6 Condomínio Recanto Condomínio Jardim Botânico P7 Condomínio Recanto Condomínio Jardim Botânico P8 Condomínio Ipê Amarelo P9 Condomínio Flor do Cerrado P10 Residencial Marechal Rondon Residencial Altos do São Gonçalo Residencial Maria de Lurdes P11 Residencial Acácia do Coxipó P12 Condomínio Domingos Sávio B. Lima Jr. Residencial Paulo Leite da Silva P13 Residencial Ilza Therezinha Picolli Pagot Residencial Buritis - 1ª Etapa P14 Residencial Buritis - 1ª Etapa P15 Residencial Claudio Marchetti P16 Residencial Wantuil
de Freitas Residencial Salvador
Costa Marques Residencial Belita
Costa Marques Residencial Claudio
Marchetti P17 Residencial Claudio Marchetti P18 Condomínio Elias Domingos Condomínio Athaíde Monteiro da Silva
P19 Residencial Maria de Lurdes Residencial Recanto do Salvador P20 Residencial Maria de Lurdes Residencial Recanto do Salvador P21 Residencial Maria de Lurdes Residencial Recanto do Salvador P22 Residencial Ataíde
Ferreira da Silva Residencial Alice
Gonçalves de Campos Residencial Renato
José dos Santos Residencial Esperança
P23 Residencial Mirante de Cuiabá Residencial Despraiado Quadro 8 - Planta e a sua ocorrência nos empreendimentos do PAR
Fonte: Elaborado a partir de dados das Prefeituras e da RSNGOV/CB
112
Nº Empreendimento P24 Residencial Topázio P25 Residencial Aurília Salies Curvo - 1ª Etapa Residencial Aurília Salies Curvo - 2ª Etapa P26 Residencial Aurília
Salies Curvo - 1ª Etapa
Residencial Aurília Salies Curvo - 2ª
Etapa
Residencial Noise Curvo de Arruda - 1ª
Etapa
Residencial Noise Curvo de Arruda - 2ª Etapa
P27 Residencial Aurília Salies Curvo - 1ª Etapa P28 Residencial Aurília Salies Curvo - 2ª Etapa Residencial Pádova P29 Condomínio Jardim das Acácias P30 Residencial Ilza Therezinha Picolli Pagot P31 Residencial Wantuil de Freitas P32 Residencial Salvador Costa
Marques Residencial Deputado. Milton
Figueiredo Residencial Belita Costa
Marques P33 Residencial Salvador
Costa Marques Residencial
Avelino Lima Barros
Residencial Secretário Clóves Vetoratto
Residencial Deputado.
Milton Figueiredo
Residencial Belita Costa
Marques
P34 Residencial Salvador Costa Marques
Residencial Avelino Lima
Barros
Residencial Secretário Clóves Vetoratto
Residencial Deputado
Milton Figueiredo
Residencial Belita Costa
Marques
P35 Residencial Júlio Domingos de Campos - 1ª Etapa
Residencial Júlio Domingos de Campos - 2ª Etapa
P36 Residencial Júlio Domingos de Campos - 1ª Etapa
Residencial Júlio Domingos de Campos - 2ª Etapa
Quadro 8 - Planta e a sua ocorrência nos empreendimentos do PAR (cont.)
Fonte: Elaborado a partir de dados das Prefeituras e da RSNGOV/CB
.
Figura 38 – Plantas 33 e 34 ocorrem com maior frequência nos empreendimentos PAR.
Fonte: Elaborado a partir de dados das Prefeituras e da RSNGOV/CB.
113
Observa-se que as plantas se repetem pois são aproveitadas pelas empresas que as
produziram em outros empreendimentos (Figura 38). Este procedimento está vinculado a
fatores como: suposta rapidez para aprovar os projetos nas instituições financeiras e no poder
público, visto que a planta já foi analisada e aprovada anteriormente, facilidade para
quantificar e orçar e redução de custo com novos projetos.
Os motivos elencados são prejudiciais para a qualidade do projeto, pois,
comprometem a evolução de uma planta, que poderia ocorrer através de novos estudos do
projetista. E ainda, não se justifica financeiramente, pois há recursos para projetos disponíveis
nos contratos com as instituições financeiras.
Planta, neste trabalho, refere-se à planta arquitetônica de cada unidade habitacional,
que possui medidas diferentes para os cômodos de mesma função predeterminada no projeto
coletado, mesmo que estes cômodos possuam disposições iguais em outras plantas, pois o
interesse está no espaço interno disponibilizado em cada tipo de casa.
5.2 PADRONIZAÇÃO DOS DADOS
As plantas coletadas fazem parte de um relatório de levantamento, estas foram
numeradas e a elas foi anexada uma planilha com as informações sobre os empreendimentos,
incluindo nome do empreendimento, ano de contratação, construtora, coordenadas
geográficas, cidade, tipo de implantação (condomínio ou loteamento), investimento e área do
terreno. Em seguida, os projetos foram redesenhados em sistema CAD de forma padronizada
(Quadro 9) quanto à espessura de parede, modelos e materiais de janelas e portas, sistema
construtivo, cobertura, louças, pias e tanques. Isto para que, ao aferir o custo da unidade
habitacional, este reflita tão-somente as dimensões dos cômodos sem a interferência nos
custos por diferentes acabamentos, peças e sistemas construtivos.
Alvenaria (com função
Janelas com áreas escolhidas conforme a área do cômodo (1/6 da área útil do cômodo, para sala, quartos, cozinha)Janelas (1/8 da área útil do cômodo para sanitários)
Portas externas (cozinha e
Louças e metais iguais para
Calçadas
Fonte:
quantificação
Item Alvenaria (com função
estrutural)Pé-direito
Laje do banheiroForro
Cobertura
Janelas com áreas escolhidas conforme a área do cômodo (1/6 da área útil do cômodo, para sala, quartos, cozinha)Janelas (1/8 da área útil do cômodo para sanitários)
Portas externas (cozinha e sala)
Portas internas
Fundações (radier
Louças e metais iguais para todos os projetos
Beiral Calçadas (próprio
Fonte: Elaborado com as especificações mais comuns dos empreendimentos e com as especificações
Os projetos foram
quantificação, co
Alvenaria (com função
estrutural) direito
Laje do banheiro
Cobertura
Janelas com áreas escolhidas conforme a área do cômodo (1/6 da área útil do cômodo, para sala, quartos, cozinha) Janelas (1/8 da área útil do cômodo para sanitários)
Portas externas (cozinha e
Portas internas
radier)
Louças e metais iguais para todos os projetos
(próprio radier)
Quadro
com as especificações mais comuns dos empreendimentos e com as especificações
Os projetos foram
como mostra o exemplo da
Fonte: Desenho elaborado pelo autor a partir do levantamento.
0,12 m (largura
1,5 m; 1,2 m e 1,0 m de largura com 1,altura, cada uma. Veneziana e vidro para quartos e
somente com vidro para cozinha e sala
0,70 x 2,10 m (quartos); 0,60 x 2,10 m (banheiro) e para as unidades PNE (0,80 x 2,10 m
De acordo com o projeto espessura 0,08 m.
Pia da cozinhalitros, lavatório sem coluna;
Quadro 9 - Padronização dos projetos
com as especificações mais comuns dos empreendimentos e com as especificações Programa Minha Casa Minha Vida
Os projetos foram redesenhados,
mo mostra o exemplo da
Figura
Fonte: Desenho elaborado pelo autor a partir do levantamento.
Dimensões
0,12 m (largura, acabada incluído reboco
2,70 m0,08 m
Inclinação 35%
1,5 m; 1,2 m e 1,0 m de largura com 1,altura, cada uma. Veneziana e vidro para quartos e
somente com vidro para cozinha e sala
0,60 X 0,40 m
0,80 x 2,10 mVeneziana
0,70 x 2,10 m (quartos); 0,60 x 2,10 m (banheiro) e para as unidades PNE (0,80 x 2,10 m
Veneziana
De acordo com o projeto espessura 0,08 m.
ia da cozinha com 1,20 litros, lavatório sem coluna;
Caixa acoplada0,50 m de largura0,50 m de largura
Padronização dos projetos
com as especificações mais comuns dos empreendimentos e com as especificações Programa Minha Casa Minha Vida
redesenhados, cotados e impressos
mo mostra o exemplo da Figura
Figura 39 - Planta 1
Fonte: Desenho elaborado pelo autor a partir do levantamento.
Dimensões
, acabada incluído reboco
2,70 m 0,08 m
Inclinação 35%
1,5 m; 1,2 m e 1,0 m de largura com 1,altura, cada uma. Veneziana e vidro para quartos e
somente com vidro para cozinha e sala
0,60 X 0,40 m
0,80 x 2,10 m Veneziana
0,70 x 2,10 m (quartos); 0,60 x 2,10 m (banheiro) e para as unidades PNE (0,80 x 2,10 m
Veneziana
De acordo com o projeto espessura 0,08 m.
0 x 0,55 m, tanque de 2litros, lavatório sem coluna; vaso sanitário com
acoplada m de largura
0,50 m de largura Padronização dos projetos levantados
com as especificações mais comuns dos empreendimentos e com as especificações Programa Minha Casa Minha Vida (Anexo
ados e impressos
Figura 39.
1 - Padronizada
Fonte: Desenho elaborado pelo autor a partir do levantamento.
, acabada incluído reboco)
1,5 m; 1,2 m e 1,0 m de largura com 1,1 m de altura, cada uma. Veneziana e vidro para quartos e
somente com vidro para cozinha e sala
0,70 x 2,10 m (quartos); 0,60 x 2,10 m (banheiro) e para as unidades PNE (0,80 x 2,10 m, todas).
De acordo com o projeto espessura 0,08 m.
, tanque de 20 vaso sanitário com
levantados
com as especificações mais comuns dos empreendimentos e com as especificações Anexo A).
ados e impressos na escal
Padronizada
Fonte: Desenho elaborado pelo autor a partir do levantamento.
MateriaiTijolo furado 8 furos
(10 x 20
Concreto armadoPVC
Telha cerâmicaestrutura em
Ferro
Concreto armado com tela
Louça branca
com as especificações mais comuns dos empreendimentos e com as especificações
na escala 1/50, para posterior
Fonte: Desenho elaborado pelo autor a partir do levantamento.
114
Materiais Tijolo furado 8 furos
x 20 cm)
Concreto armado PVC
Telha cerâmica plan; estrutura em madeira
Ferro
Concreto armado com tela
Louça branca
com as especificações mais comuns dos empreendimentos e com as especificações em vigor do
, para posterior
114
em vigor do
, para posterior
115
Definidas as especificações dos serviços, procedeu-se a quantificação através de
lançamento dos dados físicos da planta em planilha eletrônica (Apêndice C). Com as
especificações dos serviços e materiais, foram escolhidos os códigos correspondentes a eles
na Tabela SINAPI (vide item 5.5).
Os dados de mercado para mobiliário, coletados para este estudo, não serão objetos de
análise, pois requerem uma pesquisa aprofundada antes de sua aplicação. Não serão
considerados os acabamentos, revestimentos, sistemas construtivos entre outros que são
inerentes aos materiais empregados, somente tratar-se-á dos espaços para acomodação dos
móveis, equipamentos e circulação.
5.3 TIPIFICAÇÃO PRELIMINAR
Os projetos foram analisados também pelo método do mapa convexo e grafo
justificado (topologia), explicado por Holanda (2003):
A decomposição revela o sistema espacial, em planta, formado por unidades de duas dimensões, circunscritas por polígonos convexos, isto é, que não podem ser cruzados por segmentos de retas em mais de dois pontos. O perímetro de um quarto retangular coincide com um espaço convexo, mas uma sala em “L” conterá pelo menos dois. [...] os espaços convexos são representados por um círculo, e as relações diretas de permeabilidade entre eles são representadas por uma linha. O próximo passo é a confecção do grafo justificado dos espaços da casa a partir do exterior: da parte inferior para a parte superior do grafo encontram-se os espaços e suas respectivas profundidades sintáticas a partir do exterior (espaço aberto ao público).
Este método também é adotado por Griz; Amorim e Loureiro (2008) na análise da casa
brasileira desde a Colônia aos dias atuais e por França (2003) no estudo das relações sociais
no espaço doméstico. A partir deste método obteve-se a profundidade (ou permeabilidade) e o
número de cômodos de cada projeto.
Os grafos justificados mostram como se dá a ligação entre os cômodos. Plantas com
formato similar podem não apresentar a mesma forma de comunicação entre as peças. Por
outro lado, plantas diferentes podem apresentar o mesmo formato de interligações. Trata-se de
uma maneira de classificar ou agrupar as plantas, outra forma de definir tipologias.
Os grafos justificados II, XI e IX (Figura 40) foram os de maior ocorrência dentro das
trinta e seis plantas estudadas. Analisando os grafos justificados resultantes, tem-se que no
grafo
da circulação,
sete, incluindo varanda e área de serviço. A sala
quartos, banheiro e área de serviço) através de uma circulação, proporcionando privacidade a
estes cômodos.
Topologia II (grafo II)
ligação direta e
grafo
caso do grafo
em ordem crescente de frequência
plantas
inter-
grafo II, há ligação direta
da circulação, entre os
O grafo XI possui a maior profundidade, seis, nele tem
sete, incluindo varanda e área de serviço. A sala
quartos, banheiro e área de serviço) através de uma circulação, proporcionando privacidade a
estes cômodos.
Topologia II (grafo II)
O último grafo,
ligação direta e
grafo XI há mais dois cômodos, a varanda e a área de serviço
caso do grafo II , alcançando o índice cinco.
No Gráfico
em ordem crescente de frequência
plantas estudadas
-relações entre as plantas levantadas.
ligação direta da sala
entre os quartos e
O grafo XI possui a maior profundidade, seis, nele tem
sete, incluindo varanda e área de serviço. A sala
quartos, banheiro e área de serviço) através de uma circulação, proporcionando privacidade a
Topologia II (grafo II)
Figura 40- Grafos justificados de maior ocorrência
O último grafo, IX, assemelha
ligação direta e, os quartos e banheiros
mais dois cômodos, a varanda e a área de serviço
, alcançando o índice cinco.
Gráfico 16, estão indicados o número de cômodos e a profundidade de cada planta,
em ordem crescente de frequência
estudadas. O Apêndice
entre as plantas levantadas.
da sala com a
quartos e o banheiro. A profundidade é
O grafo XI possui a maior profundidade, seis, nele tem
sete, incluindo varanda e área de serviço. A sala
quartos, banheiro e área de serviço) através de uma circulação, proporcionando privacidade a
Topologia XI (grafo XI)
Grafos justificados de maior ocorrência
, assemelha
os quartos e banheiros
mais dois cômodos, a varanda e a área de serviço
, alcançando o índice cinco.
, estão indicados o número de cômodos e a profundidade de cada planta,
em ordem crescente de frequência de cada
Apêndice D apresenta todos os grafos justificados e três esquemas de
entre as plantas levantadas.
com a cozinha,
banheiro. A profundidade é
O grafo XI possui a maior profundidade, seis, nele tem
sete, incluindo varanda e área de serviço. A sala
quartos, banheiro e área de serviço) através de uma circulação, proporcionando privacidade a
Topologia XI (grafo XI)
Legenda:
Grafos justificados de maior ocorrência
, assemelha-se ao grafo
os quartos e banheiros são preservados por uma circulação. Ent
mais dois cômodos, a varanda e a área de serviço
, alcançando o índice cinco.
, estão indicados o número de cômodos e a profundidade de cada planta,
de cada grafo
apresenta todos os grafos justificados e três esquemas de
entre as plantas levantadas.
, há uma preservação
banheiro. A profundidade é
O grafo XI possui a maior profundidade, seis, nele tem
sete, incluindo varanda e área de serviço. A sala separa-se dos demais ambientes (cozinha,
quartos, banheiro e área de serviço) através de uma circulação, proporcionando privacidade a
Topologia XI (grafo XI)
Legenda:
Grafos justificados de maior ocorrência nas plantas
grafo II, pois em ambos
são preservados por uma circulação. Ent
mais dois cômodos, a varanda e a área de serviço
, estão indicados o número de cômodos e a profundidade de cada planta,
grafo justificado
apresenta todos os grafos justificados e três esquemas de
a preservação da privacidade, através
banheiro. A profundidade é três, com cindo cômodos
O grafo XI possui a maior profundidade, seis, nele tem-se também mais cômodos,
se dos demais ambientes (cozinha,
quartos, banheiro e área de serviço) através de uma circulação, proporcionando privacidade a
Topologia IX (grafo IX)
nas plantas analisad
pois em ambos a cozinha e a sala tem
são preservados por uma circulação. Ent
mais dois cômodos, a varanda e a área de serviço. A profundidade é maior que no
, estão indicados o número de cômodos e a profundidade de cada planta,
justificado executado para cada uma das
apresenta todos os grafos justificados e três esquemas de
da privacidade, através
três, com cindo cômodos
se também mais cômodos,
se dos demais ambientes (cozinha,
quartos, banheiro e área de serviço) através de uma circulação, proporcionando privacidade a
Topologia IX (grafo IX)
analisadas.
a cozinha e a sala tem
são preservados por uma circulação. Ent
profundidade é maior que no
, estão indicados o número de cômodos e a profundidade de cada planta,
executado para cada uma das
apresenta todos os grafos justificados e três esquemas de
116
da privacidade, através
três, com cindo cômodos.
se também mais cômodos,
se dos demais ambientes (cozinha,
quartos, banheiro e área de serviço) através de uma circulação, proporcionando privacidade a
Topologia IX (grafo IX)
a cozinha e a sala tem
são preservados por uma circulação. Entretanto no
profundidade é maior que no
, estão indicados o número de cômodos e a profundidade de cada planta,
executado para cada uma das
apresenta todos os grafos justificados e três esquemas de
116
da privacidade, através
se também mais cômodos,
se dos demais ambientes (cozinha,
quartos, banheiro e área de serviço) através de uma circulação, proporcionando privacidade a
a cozinha e a sala tem
o
profundidade é maior que no
, estão indicados o número de cômodos e a profundidade de cada planta,
executado para cada uma das
apresenta todos os grafos justificados e três esquemas de
117
Gráfico 16- Número de Cômodos, Profundidade e Frequência.
O grafo II apresenta nas plantas estudadas frequência de 13,89%. O grafo XI, 16,67%
e, o grafo justificado IX tem frequência de 25%.
Faz-se necessário a análise do espaço da habitação para que este propicie a plena
execução das funções da moradia. Estas são as considerações de vários autores (KLEIN,
1980; PALERMO, 2009; ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS, 2010;
FOLZ, 2008; DAMÉ, 2008), e a partir das considerações destes e outros autores estudados,
foram analisados os espaços das trinta e seis plantas do Programa PAR, objeto deste estudo.
5.4 ANÁLISE DO ESPAÇO INTERNO DOS CÔMODOS.
A análise interna dos cômodos foi realizada tomando-se como referência o trabalho de
Pedro (2000), quanto ao método de avaliação. Entretanto os parâmetros usados por ele são
para a realidade de seu país, Portugal. Assim, para esta avaliação são adotados os parâmetros
estabelecidos na NBR 15.575:1 item 16 (ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS
TÉCNICAS, 2010) e, complementarmente, Palermo (2009) e Buzzar e Fabrício (2006). Todas
as plantas analisadas estão disponíveis no Apêndice F.
Inicialmente, foi realizado um recorte na árvore de ponto de vista de Pedro
apresentado no item 4.9.1, para que fosse trabalhado apenas a adequação espaço-funcional das
unidades estudadas (Figura 41), visto que o método daquele autor é abrange outros aspectos
como o entorno, a edifício e a habitação, passando por requisitos de conforto, espaço, e
personalização.
I VI IV V VII XI.a XI.c IX.a XI.b X III VIII II XI IX
NÚMERO DE CÔMODOS 5 5 5 6 6 7 7 7 7 7 5 6 5 7 7
PROFUNDIDADE 3 5 4 5 4 6 7 6 6 6 4 5 3 6 5
FREQUÊNCIA 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 3 3 5 6 9
0
2
4
6
8
10
Topologia das plantas analisadas
118
Figura 41 - Recorte na árvore de ponto de vista.
Fonte: (PEDRO, 2000, p. 104).
Assim, este estudo concentra-se:
a) No nível físico: habitação;
b) No grupo de qualidades: adequação espaço-funcional;
c) No nível de qualidades:
c.1) Capacidade: programa de espaços, programa de equipamentos e extensão
de paredes mobiliáveis.
c.2) Espaciosidade: área útil, dimensão útil e pé-direito e,
c.3) Funcionalidade: funcionalidade.
Os elementos de avaliação foram definidos em forma de questionário, como foi
elaborado no trabalho de Pedro (2000). Cada questão possui ponderações às questões,
apresentadas pelo autor quais sejam: 1 (um) quando de pouca importância, 2 (dois) para
importante e 3 (três) para muito importante.
Estas ponderações às questões, neste método proposto, foram submetidas a um grupo
de 24 profissionais para validação, sendo quinze engenheiros e arquitetos da Caixa e os
demais engenheiros e arquitetos do mercado, da prefeitura e docentes da graduação. O
procedimento de consulta foi realizado através de um formulário, e após uma explanação
sobre as questões cada profissional registrou o grau de importância de cada uma delas.
Adotou-se como resposta final a moda dos resultados, ou seja, os valores de ponderação mais
votados. O Apêndice E apresenta o formulário e os resultados obtidos. As ponderações
podem ser novamente reavaliadas conforme os objetivos de cada avaliador (Prefeitura,
usuários e ou instituições financeiras).
119
Depois da consulta aos profissionais algumas questões foram ajustadas à realidade das
unidades habitacionais em estudo.
5.4.1 Atendimento à NBR 15.575:1
O primeiro questionário verifica se o projeto atende a NBR 15.575:1, em seu item 16.
Este questionário não se apresenta no trabalho de Pedro, já que o autor somente submete ao
seu método projetos que já estão em conformidade com norma de seu país.
Há uma questão com requisitos para cada cômodo, cada uma delas recebeu um valor
para ponderação, determinada pela consulta aos profissionais. Quando os requisitos são
atendidos para o cômodo, a resposta é 1 (um). No caso de todas as respostas verdadeiras, ao
serem multiplicadas à ponderação totalizam 20 pontos (Tabela 12).
Tabela 12- Questões quanto ao atendimento à NBR 15.575:1, item 16.
Questão Requisitos Ponderação Pontos P1 P2
Sala de estar
Apresenta o mobiliário mínimo (assento para o número de pessoas previsto para a habitação, estante para TV
(0,8 x 0,5 m)), espaço 0,50 m na frente do assento, para levantar e circular, largura mínima da sala deve ser de
2,40.
3 1 1 1
Sala de estar/jantar
Mesa para o número de pessoas previsto, circulação de 0,75 a partir da borda da mesa.
3 1 1 1
Cozinha
Apresenta o mobiliário mínimo (fogão (0,55 x 0,6 m), geladeira (0,7 x 0,7 m), pia (1,2 x 0,5 m), armário), circulação mínima de 0,85 m frontal à pia, fogão e
geladeira, largura mínima de 1,5 m.
3 1 0 1
Dormitório casal Apresenta o mobiliário mínimo (1 cama de casal (1,4 x 1,9 m), 2 criados (0,5 x 0,5 m) e 1 roupeiro (1,6 x 0,5
m)), circulação mínima de 0,50 m. 3 1 1 1
Dormitório duplo
(para duas pessoas)
Apresenta o mobiliário mínimo (2 camas de solteiro (0,8 x 1,9 m), 1 criados (0,5 x 0,5 m)e 1 roupeiro(1,5 x 0,5 m)), circulação mínima entre as camas de 0,60 m e
as demais circulações de 0,50 m.
2 1 1 1
Banheiro
Apresentar 1 lavatório (0,39 x 0,29 m), 1 vaso (0,6 x 0,7 m) e 1 box (0,8 x 0,8 m ou 0,7 x 0,9 m), circulação mínima de 0,4 m frontal ao lavatório e vaso; largura
mínima de 1,1 m exceto no box.
3 1 1 1
Área de serviço Apresentar 1 tanque (0,52 x 0,53 m) com capacidade
de no mínimo 20 l e 1 máquina de lavar (0,6 x 0,65 m) 3 1 1 1
Total de pontos 17 20 Resultado N(0) O(3) 0 = falso/1= verdadeiro
Os projetos que alcançaram 20 pontos recebem nota final igual a 3 (ótimo), os que não
obtiveram os 20 pontos não pontuam, pois o atendimento à norma é pré-requisito para
120
aceitação do projeto, como faz também Pedro (2000). Os reprovados devem ser readequados
pelo projetista, mas, para este estudo, mesmo estes, foram submetidos aos questionários
seguintes.
5.4.2 Programa de espaços
O segundo questionário serve para verificar o programa de espaços (Tabela 13). Em
Pedro eram sete questões sobre salas, banheiros, lavanderias, salas de refeição, dispensas,
espaços exteriores privados e estacionamentos. Para este método proposto foram escolhidas as
questões relacionadas ao tratamento de roupas (com questões adaptadas para área de
serviços), espaços exteriores privados (adaptado para varandas) e, estacionamento (sem
adaptações), as demais questões se referiam a habitações de maior porte.
Novamente as ponderações as questões foram as estabelecidas pelo grupo de
profissionais. Cada alternativa, possui requisitos que representam uma pontuação (pontos) que
inicia em mínima (1) passando por recomendável (2) até ótima (3).
Tabela 13 - Questões relativas ao programa de espaços. Questão Alternativa Ponderação Pontos P1 P2
Espaço de tratamento de
roupa
Contém uma área de serviço coberta e fechada (pelo menos 3 lados fechados)
2 3 0 0
Contém uma área de serviço coberta e aberta (pelo menos 2 lados abertos)
2 2 0 0
Nenhuma das condições anteriores é satisfeita 2 1 1 1
Espaços exteriores privados (varanda
frontal)
Contém uma varanda frontal que permite estar e reunir (mesa para duas pessoas)
2 3 0 0
Contém uma varanda frontal que apenas protege a porta (espaço para uma cadeira)
2 2 0 0
Nenhuma das condições anteriores é satisfeita ou não há varanda.
2 1 1 1
Estacionamento Possui dois espaços de estacionamento 3 3 0 0 Possui um espaço de estacionamento 3 2 1 1
Nenhuma das condições anteriores é satisfeita 3 1 0 0
Total de pontos obtidos (a)
10 10
Pontuação resultante (b)
1,43 1,43
Conceito (c)
R (2) R (2)
Algumas adaptações foram necessárias neste item. O espaço para tratamento de roupa
foi classificado em coberto e fechado (quando a área de serviço tem até 3 faces com paredes),
aberta (quando tem pelo menos 2 lados abertos) e a situação desfavorável quando não se
refere a nenhuma das duas opções. O espaço da varanda frontal foi inserido no item espaço
exterior privado, sendo avaliada a sua capacidade de comportar mobiliário. Definido como
121
ótimo quando é possível dispor uma mesa para duas pessoas, recomendável quando somente
cabe uma cadeira e a mínima quando não há varanda ou não atende as duas questões
anteriores. Não houve adaptação para os espaços de estacionamento.
Ao avaliar o projeto (P1) utiliza-se o valor 1 para marcar a alternativa encontrada no
projeto. O total de pontos obtidos (a) é a soma do produto das respostas verdadeiras (igual a
1) com os pontos e a ponderação. A Tabela 14 mostra quantos pontos deve-se obter, com as
respostas as questões, para se atingir cada nível de qualidade.
Tabela 14 - Critérios de Avaliação para Programa de espaços (Questionário 2).
Ponderação Nulo Mínimo Recomendável Ótimo Espaço de tratamento de roupa 2 0 1 2 3
Espaços exteriores privados (varanda frontal)
2 0 1 2 3
Estacionamento 3 0 1 2 3 Total pontuação 0 7 14 21
A partir desta tabela é gerado o Gráfico 17 e encontrada a equação da reta, que neste
exemplo é y=0,1429x, esta equação gera a pontuação resultante (b).
Gráfico 17 - Reta e equação da reta formada pelos critérios de avaliação programa de espaços.
No exemplo da Tabela 13 temos o total de pontos obtidos, 10 (dez), e ao lançá-lo
como y na equação se obtém 1,43 que é a pontuação resultante, assim o Conceito (c), acima
de 1 (um), é classificado como recomendável (R=2).
y = 0,1429x
y = 0,1429x
y = 0,1429x
0
1
2
3
4
0 5 10 15 20 25
Esca
la d
e p
on
tos
Valores de referência
Critério de Avaliação - Programa de Espaços
122
5.4.3 Programa de equipamentos
O próximo questionário se refere programa de equipamentos (Tabela 16). No método
de Pedro para o programa de equipamentos, são quatro questões, no método proposto foram
utilizados apenas dois: bancada da cozinha (pia, fogão e geladeira) e guarda roupas
(roupeiros). Diferentemente do questionário anterior, neste é verificado se cada projeto atende
aos intervalos de valores de referência estabelecidos como mínimo, recomendável e ótimo.
Novamente a ponderação foi indicada pelo grupo de profissionais às duas questões.
A sistemática adotada é a mesma de Pedro, ou seja, são verificados: a extensão da pia
e relação de metros de guarda roupas por habitante da unidade. Entretanto os valores de
referência da norma brasileira são o ponto de partida, assim foi definido como extensão
mínima para a bancada da pia o mobiliário mínimo: pia com 1,20 m de largura, fogão de 0,55
m de largura e geladeira de 0,70 m de largura, totalizando 2,449 m. Para o mínimo, além da
norma, acrescenta-se 0,05 m como margem. Para os demais níveis, altera-se apenas a
extensão da pia, sendo que o recomendável é 1,50 m de largura e ótimo 1,80 m de largura.
Tabela 15 - Valores de referência para a extensão da bancada da cozinha
Valores de referência Escala de Pontos 3,1 3 2,80 2 2,5 1
2,449 0
Com a Tabela 15 gera-se o Gráfico 18 onde para cada nível na escala de pontos tem-se
uma equação de reta. Quando o valor de referência atinge na 3 (três) na escala este torna-se
uma constante (y=3).
Gráfico 18 - Equações de reta dos critérios de avaliação: Cozinha (Questionário 3).
y = 3,3333x - 7,3333
y = 19,608x - 48,02
y = 3,3333x - 7,3333
0
1
2
3
4
2 2,2 2,4 2,6 2,8 3 3,2
Esca
la d
e p
on
tos
Valores de referência
Equações Cozinha
123
O resultado apresentado na Tabela 16, para o projeto em avaliação (P2), é a dimensão
da bancada no projeto, ou seja, 3 metros, logo abaixo se tem a pontuação, que é resultante da
equação da reta no trecho onde está o valor da medida da bancada, assim a equação a ser
usada é y=3,3333x-7,333, como x=3, se obtém 2,667 de pontuação (Gráfico 18).
Tabela 16 - Programa de equipamentos
Questão Parâmetros Ponderação Valores de referência
Pontos P1 P2
Extensão da bancada de
cozinha - potencial (área de trabalho,
pia geladeira e fogão) metros
Ótimo (maior que 3,05 m, pia de 1,80 m +0,05 m)
3
3,1 3 Resultados 2,3 3
Recomendável (maior que 2,80 m, pia 1,5 m +0,05
m) 2,80 2 Pontuação 0 2,667
Mínimo (maior que 2,45 m, pia 1,20 + 0,05 m)
2,5 1 Norma 15575 2,449 0
Índice de dimensão de guarda-roupa –
potencial (metros/habitante)
Ótimo (maior que) (2 guarda-roupas de 4 portas (1,60 m cada) + 2 portas
para enxoval da casa)
2
1 3 Resultados 1,038 0,913
Recomendável (maior que) (3,10 m + 0,50 m para enxoval da casa)
0,9 2 Pontuação 3 2,125
Mínimo (maior que) (2 guarda-roupa de 1,60 m, 4
portas) 0,8 1
Norma 15575 0,774 0
Pontuação resultante 1,2 2,45
Conceito
R (2) O (3)
Para os guarda-roupas foi arbitrado que o ponto de partida é a extensão mínima
estabelecida na norma brasileira, ou seja, 1,60 m para o quarto de principal e 1,50 m, para o
segundo quarto, resultando em 0,774 m por habitante (quatro pessoas por moradia de dois
quartos). A partir de então foram adotados valores: 0,80 m/hab (2 guarda-roupas de 1,60 para
ambos os quartos); 0,90 m/hab, sendo a extensão mínima (3,10 m) mais 0,5 m para a guarda
de roupa de cama, mesa e banho; e, 1,0 m/hab, considerando 3,20 m para a roupa individual e
0,8 m para o enxoval da casa.
Tabela 17 - Valores de referência para índice de guarda roupas por habitante.
Valores de referência Escala de Pontos 1 3
0,9 2 0,8 1
0,774 0
Da mesma forma que para a cozinha os valores de referência expostos na Tabela 17
geram o Gráfico 19 e para cada nível na escala de pontos tem-se uma equação de reta. A
atingir na escala valor 3 a equação torna-se uma constante (y=3).
124
Gráfico 19 - Equações de reta dos critérios de avaliação: Quartos (Questionário 3).
Para exemplificar, para a Planta 2 (P2) o valor em projeto é 0,913 metros (vide
“resultados” Tabela 16), a equação a ser usada é y=10x-7, como x=0,913 resulta em 2,125, ou
seja, maior que 2, conceito ótimo (Gráfico 19).
Após obter as duas pontuações para cozinha e quarto de cada projeto foi feita a média
ponderada, ou seja, o produto de pontuação obtida com a ponderação sugerida pelos
profissionais, dividido pela soma desta ponderação. No exemplo do P2, o resultado é 2,45,
como é maior que 2, temos conceito dentro da categoria ótimo.
5.4.4 Extensão de parede mobiliável
Parede mobiliável é um valor em metros obtido conforme as recomendações de Pedro
(2000, p. 135):
Parede plana com pelo menos 2,00 metros de altura que pode ser mobiliada em pelo menos 0,60m de profundidade numa extensão não inferior a 0,60m. As paredes condicionadas por vãos com altura de peito não inferior a 0,90m são também contabilizadas em metade da sua extensão.
Não foram encontrados parâmetros brasileiros que pudessem estabelecer valores de
referência para as situações de nulo, mínimo, recomendável e ótimo, assim, extensão de
parede mobiliável (ou perímetro mobiliável - PM), não fez parte dos questionários de
avaliação da qualidade. Entretanto, os resultados extraídos das plantas que estão disponíveis
no Apêndice G serão comparados em um gráfico com o resultado final da adequação espaço-
funcional (qualidade) obtido pelos outros questionários deste método.
y = 10x - 7
y = 38,462x - 29,769
y = 10x - 7
0
1
2
3
4
0,6 0,7 0,8 0,9 1 1,1
Esca
la d
e p
on
tos
Valores de referência
Equações Quartos
125
5.4.5 Área útil
Área útil é a área líquida onde está disponível o espaço da habitação, ou seja, é a área
excluindo a área das paredes, onde pode-se acomodar o mobiliário, equipamentos e circular.
Para este item foram adotados os valores de referência do texto Indicadores nº 2
Habitabilidade da Unidade Habitacional, do relatório para a FINEP, sobre avaliação das
unidades do PAR (BUZZAR e FABRÍCIO, 2006) que estão dispostos na Tabela 4 no
capítulo 3 .
Não foram utilizados os valores de Pedro, pois seus estudos consideram mais móveis,
como mínimo, que a norma brasileira. As áreas mínimas de partida foram obtidas através do
Método de Pedro, ou seja, posicionando o mobiliário mínimo, definido na norma, com a
circulação, como demonstrado pelo autor na Figura 27.
Tabela 18 - Valores de referência para área útil dos quartos
Valores de referência Escala de Pontos
17,5 3 16 2 15 1
13,7 0
A Tabela 18 mostra os valores de referência que são a soma das áreas úteis dos quartos
e a escala de pontos correspondente. Através desta tabela é construído o Gráfico 20, onde são
definidas as equações de reta para cada trecho de valores de referência.
Gráfico 20 - Equações de reta dos critérios de avaliação, área útil: Quartos
De maneira análoga são obtidas as equações de reta para os valores de referência dos
demais cômodos tais como sala e cozinha (Tabela 19).
y = 0,6667x - 8,6667
y = 0,7692x - 10,538
y = x - 14
0
1
2
3
4
12 13 14 15 16 17 18
Esca
la d
e p
on
tos
Valores de referência
Equações Área Útil Quartos
126
Tabela 19 - Equações de reta para área mínima (questionário 5).
Cômodo Intervalo Equação
Quartos recomendável ao ótimo y=0,6667x-8,6667
mínimo ao recomendável y=1x-14 nulo ao mínimo y=0,7692x-10,538
Cozinha recomendável ao ótimo y=1x-6
mínimo ao recomendável y=1x-6 nulo ao mínimo y=0,6667x-3,6667
Sala recomendável ao ótimo y=1x-9,5
mínimo ao recomendável y=0,6667x-5,6667 nulo ao mínimo y=0,7143x-6,1429
Área útil no trabalho de Pedro possui cinco questões para: quartos, cozinha e serviços,
sala, sanitários e circulação e depósitos. Para este método não foram analisados a circulação e
sanitários, pois as áreas destes cômodos são muito próximas nas várias plantas, nem
depósitos, pois estes inexistem. As ponderações são as sugeridos pelos profissionais.
Como exemplo, na Tabela 20, temos o P2, cujo o resultado (a) de área mínima para a
sala é 9,00 m², está entre nulo e mínimo, assim a equação de reta a ser usada é y=0,7143x-
6,1429. Neste caso, x= 9, então a pontuação (b) será 0,29. A pontuação resultante (c) será a
soma do produto da pontuação (b) com a ponderação, cujo valor é 1,14, como é maior que 1,
o conceito é recomendável (R=2).
Tabela 20 - Área útil
Questão Parâmetros Ponderação Valores de referência
Pontos P1 P2
Área útil de quartos
(FINEP, 2007)
Ótimo (maior que)
3
17,5 3 Resultados (a) 18,45 18,75 Recomendável (maior que) 16 2 Pontuação(b) 3,00 3,00
Mínimo (maior que) 15 1 A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)
13,7 0
Área útil de cozinha e serviços
(FINEP, 2007)
Ótimo (maior que)
3
9 3 Resultados (a) 5,67 5,70 Recomendável (maior que) 8 2 Pontuação(b) 0,11 0,13
Mínimo (maior que) 7 1
A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)
5,5 0
Área útil de salas (FINEP,
2007) sala/copa
Ótimo (maior que)
3
12,5 3 Resultados (a) 9,45 9,00 Recomendável (maior que) 11,5 2 Pontuação(b) 0,61 0,29
Mínimo (maior que) 10 1
A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)
8,6 0
Pontuação resultante (c) 1,24 1,14
Conceito (d) R (2) R (2)
127
5.4.6 Dimensionamento mínimo
Dimensão mínima é definido por Pedro como o diâmetro do maior círculo que seja
possível inscrever dentro do cômodo. Como para área útil o autor tem cinco questões para
dimensionamento mínimo e pelo mesmos motivos informados anteriormente, adotou-se
apenas três: dimensionamento mínimo dos quartos, cozinha e serviços e sala.
A norma brasileira traz dimensionamento mínimo apenas para a cozinha e a sala, os
demais cômodos não são tratados. Assim, para a utilização neste estudo partiu-se da norma,
como o mínimo, quando é o caso. Para as omissões da norma optou-se por correlacionar a
dimensão mínima ao mobiliário mínimo e/ou mobiliário adicional em suas menores
dimensões. As disposições dos móveis estão explicitadas na Tabela 23 como também as
dimensões resultantes. Estas disposições estabeleceram valores de referência para cada
intervalo na escala de pontos, em cada cômodo. Na Tabela 21, tem-se os valores de referência
para o quarto principal ou quarto 1 e no Gráfico 21 as equações de reta em cada trecho.
Tabela 21- Valores de referência para dimensionamento: quartos.
Valores de referência Escala de Pontos 3,18 3 2,68 2 2,45 1 2,4 0
Gráfico 21 - Equações de reta dimensionamento mínimo, quartos
De forma similar foram obtidas as demais equações de reta para os outros cômodos, as
quais podem ser visualizadas na Tabela 22.
y = 2x - 3,36
y = 20x - 48
y = 4,3478x - 9,6522
0
1
2
3
4
2 2,2 2,4 2,6 2,8 3 3,2 3,4
Esca
la d
e p
on
tos
Valores de referência
Equações de reta Dimensão mínima, quartos
128
Tabela 22 - Equações de reta para dimensionamento mínimo (questionário 6).
Cômodo Intervalo Equação
Quarto 1 recomendável ao ótimo y=2x-3,36
mínimo ao recomendável y=4,3478x-9,6522 nulo ao mínimo y=20x-48
Quarto 2 recomendável ao ótimo y=2,5x-4,5
mínimo ao recomendável y=2,8571x-5,4286 nulo ao mínimo y=10x-21,5
Cozinha recomendável ao ótimo y=2,2222x-2,3333
mínimo ao recomendável y=2,5x-2,875 nulo ao mínimo y=18,182x-27,182
Sala recomendável ao ótimo y=5x-12,5
mínimo ao recomendável y=3,3333x-7,6667 nulo ao mínimo y=4,878x-11,683
Área Serviço recomendável ao ótimo y=4x-4,2
mínimo ao recomendável y=3,3333x-3,1667 nulo ao mínimo y=10x-11,5
Com a dimensão mínima obtida no primeiro quarto (resultados (a)), verifica-se a qual
intervalo ela pertence. No exemplo do P2, temos 3,00 metros que a coloca no intervalo de
recomendável a ótimo, assim a equação de reta será y=2x-3,36, como x =3, a pontuação (b) é
2,64. O mesmo procedimento é realizado para o outro quarto. Segundo o método de Pedro
deve-se tirar a média simples das pontuações dos quartos para utilizá-la com os demais
cômodos. A pontuação de cada um dos cômodos deve ser obtida. Em seguida soma-se o
produto das pontuações com as ponderações sugeridas pelos profissionais, para encontrar-se a
pontuação resultante (c), que neste exemplo é 2,26, sendo maior que 2 o conceito (d) é ótimo
(Tabela 23).
Tabela 23 - Dimensionamento mínimo dos cômodos
Questão Parâmetros Ponderação Valores de referência
Pontos P1 P2
Dimensão útil de
quarto 1
Ótimo (maior que) (1 cabeceira casal +0,68 (berço)+ 0,6 cm circulação.)
3
3,18 3 Resultados (a) 3,00 3,00
Recomendável (maior que) (1 cabeceira casal +0,68 (berço)+ 0,6 cm
circulação.) 2,68 2 Pontuação
(b) 2,64 2,64
Mínimo (maior que) (1 cabeceira casal+1 criados+1 mesa estudo)
2,45 1
Adotado (1 cabeceira+2 criados) 2,4 0
Dimensão útil de
quarto 2
Ótimo (maior que) (2 cabeceira solteiro +0,60 cm circulação., + mesa
estudo)
3
3 3 Resultados 3,00 2,95
Recomendável (maior que) (2 cabeceira solteiro+2 criados)
2,6 2 Pontuação 3,00 2,88
Mínimo (maior que) (2 cabeceira solteiro+0,60 circulação)
2,25 1
(Pedro 2000) 2,15 0
Quartos
Média 2,82 2,76
129
Tabela 23 - Dimensionamento mínimo dos cômodos (cont.)
Questão Parâmetros Ponderação Valores de referência
Pontos P1 P2
Dimensão útil de
cozinha
Ótimo (maior que) (duplo "i", geladeira 0,7 m+ circulação. 0,85+
mesa apoio 0,6 m)
3
2,4 3 Resultados 1,80 1,90
Recomendável (maior que) (bancada em duplo "i", pia 0,6 m+circulação.
0,85 m+mesa apoio 0,6 m) 1,95 2 Pontuação 1,63 1,88
Mínimo (maior que) (bancada em "i", geladeira+0,85 m circulação)
1,55 1
NBR 15.575 1,495 0
Dimensão útil de salas
Ótimo (maior que) (1 sofá 3 lugares 1,7 m +0,7 m+0,7 m)
2
3,1 3 Resultados 3,00 3,00
Recomendável (maior que) (1 sofá 3 lugares 1,7 m+1 criado 0,5 m+
profundidade Sofá 0,70) 2,9 2 Pontuação 2,50 2,50
Mínimo (maior que) (1 sofá 2 lugares 1,2 m +0,70+0,70)
2,6 1
NBR 15.575 2,395 0
Dimensão útil da área de serviço
Ótimo (maior que)
1
1,8 3 Resultados 0,00 0,00 Recomendável (maior que) 1,55 2 Pontuação 0,00 0,00
Mínimo (lavadora + circulação frontal NBR 15.575) (maior que)
1,25 1
Tanque e lavadora (NBR 15.575) 1,15 0
Pontuação resultante (c) 2,23 2,26
Conceito (d)
O (3)
O (3)
130
5.4.7 Funcionalidade
Este questionário sofre influência dos pontos falhos levantados nos questionários
anteriores, o que poderá afetar negativamente a pontuação do projeto neste quesito.
Foram adotadas dez das onze questões de Pedro (2000), a única excluída foi a
relacionada a orientação solar, que neste método não é tratada , pois dependerá da
implantação da unidade no terreno. Para complementar foram inseridos requisitos de Palermo
(2009) para funcionalidade e também requisitos adicionais da norma brasileira (NBR 15.575).
O objetivo é verificar se a planta propicia a efetivação das funções da habitação, expostas nos
capítulos anteriores. São questões relacionadas a acréscimos de mobiliário, além do mínimo e
novas possibilidades de leiautes, e ainda, verificar se as condições de circulação e de acessos à
edificação (Tabela 24).
Como no primeiro questionário (sobre o atendimento da Norma), neste são feitas as
questões para o cômodo e caso o requisito esteja completamente atendido a planta recebe o
valor 1 (um, verdadeiro), ao contrário recebe 0 (zero, falso).
Os profissionais avaliaram o grau de importância destas questões e atribuíram a elas as
ponderações. O avaliador, a seu critério, estabelecerá quais serão os requisitos mínimos,
recomendáveis e ótimos que deverão ser atendidos para a análise da funcionalidade. As
ponderações e os critérios do avaliador podem ser alteradas conforme os objetivos da
avaliação. Para este método proposto foram adotados as ponderações e os critérios expostos
na Tabela 24.
131
Tabela 24 - Critérios para a Funcionalidade
Cômodo Questão Ponderação Nulo Mínimo Rec. Ótimo
1 Dormitórios Em todos os quartos é possível colocar as camas afastadas de obstáculos laterais, com as
cabeceiras encostadas à parede, e com uma distância entre os pés da cama e a parede oposta não inferior a 0,50 m. (Pedro, 2000)
3 0 1 1 1
2 Cozinha A pia, a bancada de preparação de alimentos e o fogão encontram-se em sequência, não existindo circulações interpostas ou obstáculos nos percursos entre eles (Pedro, 2000).
3 0 1 1 1
3 Cozinha Existem planos de trabalho de ambos os lados da pia com uma dimensão mínima de 0,40 m.
(Pedro, 2000) 3 0 1 1 1
4 Cozinha Existe um plano de trabalho com uma altura rebaixada que permite certas atividades de
preparação de refeições sejam realizadas na posição sentada, ou mesa de apoio. (Pedro 2000; Palermo 2009; NBR 15.575:1).
1 0 0 1 1
5 Cozinha Existem planos de trabalho de cada lado do fogão com uma largura mínima de 0,20 m.
(Pedro 2000) 1 0 0 0 1
6 Cozinha A zona de abertura da porta do refrigerador não está em conflito com as áreas de uso de
outros equipamentos (fogão, pia) ou com portas de acesso (Pedro, 2000). 3 0 1 1 1
7 Sala Existe um espaço de refeições correntes que não se sobrepõe a outros espaços funcionais
(Pedro, 2000). 3 0 1 1 1
8 Área de serviço Existe um espaço de tratamento de roupa (lavagem, secagem e passar a ferro) que não se
sobrepõe a outros espaços funcionais (Pedro, 2000). 2 0 1 1 1
9 Área de serviço Existe um espaço de secagem de roupa protegido da vista e do vento excessivo (Pedro,
2000). 2 0 0 0 1
10 Área de serviço Existe um espaço de secagem de roupa coberto .(Pedro, 2000; Palermo, 2009). 2 0 1 1 1 11 Área de serviço Existe um espaço de secagem de roupa ao sol. 2 0 1 1 1 12 Geral Não existem conflitos entre portas de acesso a cômodos ou a casa e armários fixos. 3 0 1 1 1
13 Banheiro São satisfeitas as distâncias entre equipamentos sanitários (vaso e bidê 0,075 m de cada lado
e 0,625 m de frente; lavatório 0,155 m laterais e 0,625 de frente) (Palermo, 2009). 3 0 0 1 1
14 Sala de estar Acrescenta-se ao mobiliário mínimo mesa centro, circulação no entorno de 0,625 m. Faixa
mínima de circulação e passagem de 0,60 m (NBR 15.575:1; Palermo 2009). 1 0 0 1 1
15 Sala de estar/jantar Acrescenta-se ao mobiliário mínimo um aparador ou balcão, espaço frontal de 0,90 m. Faixa
mínima de circulação e passagem de 0,60 m(Palermo, 2009) 1 0 0 1 1
16 Cozinha Acrescenta-se ao mobiliário mínimo um aparador ou balcão, espaço frontal de 0,90 m. Faixa
mínima de circulação e passagem de 0,90 m(Palermo, 2009) 1 0 0 1 1
132
Tabela 24 - Critérios para a Funcionalidade (cont.)
Questão Ponderação Nulo Mínimo Rec. Ótimo
17 Dormitório casal Acrescenta-se ao mobiliário mínimo espaço para um berço (1,335 x 0,675)ou cômoda com espaço frontal 0,625 m. Faixa mínima de circulação e passagem de 0,60 m (Palermo, 2009).
3 0 1 1 1
18 Dormitório duplo
(para duas pessoas) Acrescenta-se ao mobiliário mínimo espaço para uma mesa de estudo (0,80 x 0,60 m) espaço
frontal de 0,855 m. Faixa mínima de circulação e passagem de 0,60 m (Palermo, 2009). 2 0 1 1 1
19 Banheiro Acrescenta-se ao mobiliário mínimo espaço para box de 0,8 x 1,0 m (Palermo, 2009). 3 0 0 1 1
20 Área de serviço Acrescenta-se ao mobiliário mínimo local para guarda protegida do botijão de gás.(Palermo
2009) 2 0 1 1 1
21 Dormitórios Possibilita uma segunda alternativa de leiaute (com o mobiliário mínimo)(Palermo, 2009) 2 0 1 1 1 22 Sala de estar Possibilita uma segunda alternativa de leiaute (com o mobiliário mínimo)(Palermo, 2009) 2 0 0 1 1 23 Cozinha Possibilita uma segunda alternativa de leiaute (com o mobiliário mínimo)(Palermo, 2009) 1 0 0 0 1 24 Geral Todas as portas possuem vão livre de 0,80 m 3 0 1 1 1
Valores de referência
0 36 48 52
133
Os valores de referência para cada escala de pontos é obtido pela soma do produto da
ponderação pela resposta verdadeira à questão (Tabela 25). Como nos questionários anteriores
a tabela gera as equações de reta apresentadas no Gráfico 22.
Tabela 25- Valores de referência para funcionalidade
Conceito Valores de referência
Escala de Pontos
ótimo 52 3 recomendável 48 2
mínimo 36 1 nulo 0 0
Gráfico 22 - Equações de reta dos critérios de avaliação, funcionalidade
Como exemplo o P2 (Tabela 26), cujo total (a) alcançado foi 25, assim a equação de
reta a ser utilizada é para o mínimo, ou seja, y=0,0278x, como x=25 temos como pontuação
final (b) 0,70, sendo menor que 1 o conceito (c) é Mínimo (M=1).
y = 0,25x - 10
y = 0,0278x
y = 0,0833x - 2
0
1
2
3
4
0 10 20 30 40 50 60
Esca
la d
e p
on
tos
Valores de referência
Equações Funcionalidade
134
Tabela 26 - Análise da Funcionalidade (Questionário 6).
Cômodo Questão Ponderação P1 P2
1 Dormitórios Em todos os quartos é possível colocar as camas afastadas de obstáculos laterais, com as cabeceiras
encostadas à parede, e com uma distância entre os pés da cama e a parede oposta não inferior a 0,50 m. (Pedro, 2000)
3 1 1
2 Cozinha A pia, a bancada de preparação de alimentos e o fogão encontram-se em sequência, não existindo circulações
interpostas ou obstáculos nos percursos entre eles (Pedro, 2000). 3 0 1
3 Cozinha Existem planos de trabalho de ambos os lados da pia com uma dimensão mínima de 0,40 m. (Pedro, 2000) 3 1 1
4 Cozinha Existe um plano de trabalho com uma altura rebaixada que permite certas atividades de preparação de refeições sejam realizadas na posição sentada, ou mesa de apoio. (Pedro 2000; Palermo 2009; NBR
15.575:1). 1 0 0
5 Cozinha Existem planos de trabalho de cada lado do fogão com uma largura mínima de 0,20 m. (Pedro 2000) 1 0 1
6 Cozinha A zona de abertura da porta do refrigerador não está em conflito com as áreas de uso de outros equipamentos
(fogão, pia) ou com portas de acesso (Pedro, 2000). 3 0 0
7 Sala Existe um espaço de refeições correntes que não se sobrepõe a outros espaços funcionais (Pedro, 2000). 3 1 0
8 Área de serviço
Existe um espaço de tratamento de roupa (lavagem, secagem e passar a ferro) que não se sobrepõe a outros espaços funcionais (Pedro, 2000).
2 0 0
9 Área de serviço
Existe um espaço de secagem de roupa protegido da vista e do vento excessivo (Pedro, 2000). 2 0 0
10 Área de serviço
Existe um espaço de secagem de roupa coberto .(Pedro, 2000; Palermo, 2009). 2 0 0
11 Área de serviço
Existe um espaço de secagem de roupa ao sol. 2 1 1
12 Geral Não existem conflitos entre portas de acesso a cômodos ou a casa e armários fixos. 3 1 1
13 Banheiro São satisfeitas as distâncias entre equipamentos sanitários (vaso e bidê 0,075 m de cada lado e 0,625 m de
frente; lavatório 0,155 m laterais e 0,625 de frente) (Palermo, 2009). 3 0 0
14 Sala de estar Acrescenta-se ao mobiliário mínimo mesa centro, circulação no entorno de 0,625 m. Faixa mínima de
circulação e passagem de 0,60 m (NBR 15.575:1; Palermo 2009). 1 0 0
15 Sala de
estar/jantar Acrescenta-se ao mobiliário mínimo um aparador ou balcão, espaço frontal de 0,90 m. Faixa mínima de
circulação e passagem de 0,60 m(Palermo, 2009) 1 0 0
16 Cozinha Acrescenta-se ao mobiliário mínimo um aparador ou balcão, espaço frontal de 0,90 m. Faixa mínima de
circulação e passagem de 0,90 m(Palermo, 2009) 1 0 0
17 Dormitório
casal Acrescenta-se ao mobiliário mínimo espaço para um berço (1,335 x 0,675)ou cômoda com espaço frontal
0,625 m. Faixa mínima de circulação e passagem de 0,60 m (Palermo, 2009). 3 0 0
135
Tabela 26 - Análise da Funcionalidade (Questionário 6) (cont.) Cômodo Questão Ponderação P1 P2
18
Dormitório duplo
(para duas pessoas)
Acrescenta-se ao mobiliário mínimo espaço para uma mesa de estudo (0,80 x 0,60 m) espaço frontal de 0,855 m. Faixa mínima de circulação e passagem de 0,60 m (Palermo, 2009).
2 1 1
19 Banheiro Acrescenta-se ao mobiliário mínimo espaço para box de 0,8 x 1,0 m (Palermo, 2009). 3 0 0
20 Área de serviço
Acrescenta-se ao mobiliário mínimo local para guarda protegida do botijão de gás.(Palermo 2009) 2 0 1
21 Dormitórios Possibilita uma segunda alternativa de leiaute (com o mobiliário mínimo)(Palermo, 2009) 2 1 1 22 Sala de estar Possibilita uma segunda alternativa de leiaute (com o mobiliário mínimo)(Palermo, 2009) 2 0 0 23 Cozinha Possibilita uma segunda alternativa de leiaute (com o mobiliário mínimo)(Palermo, 2009) 1 0 1 24 Geral Todas as portas possuem vão livre de 0,80 m 3 1 1
Total (a)
21,00 25,00
Pontuação resultante (b)
0,58 0,70
Conceito (c)
M (1) M (1)
136
5.4.8 Pontuação Final
Este questionário é a consolidação dos questionários anteriores, ele não faz parte do
método de Pedro. Entretanto, neste método proposto, serve para classificar as várias plantas e
possibilita a correlação desta pontuação final com outras variáveis (área, custo,
funcionalidade, paredes mobiliáveis) que se queira analisar.
Na pesquisa com os profissionais estes também estabeleceram relações de importância
para cada um dos questionários determinando as ponderações.
Para obter a pontuação final, foi feita a média ponderada, ou seja, a soma do produto
entre as pontuações resultantes de cada um dos questionários anteriores e a ponderação para
cada questionário, divida pela soma das ponderações. No exemplo, apresentado na Tabela 27,
a planta 2 (P2) obteve pontuação 1,79, como o valor é maior que 1, ficou com o conceito final
de recomendável (R = 2).
Tabela 27 - Análise da Qualidade.
Questionário Ponderação P1 P2 Atendimento a NBR 15.575 3 - 3,00
Programa de espaços 3 1,43 1,43 Programa de equipamentos 2 1,20 2,45
Área útil 3 1,24 1,14 Dimensão útil 3 2,23 2,26 Funcionalidade 3 0,58 0,70
Pontuação final (qualidade)
1,11 1,79 Conceito final
R (2) R (2)
5.5 CUSTO DA HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL
Os programas que se utilizam de repasses requerem que a obra seja licitada em
conformidade com a Lei 8.666/93 e com os orçamentos baseados na Lei de diretrizes
Orçamentárias (LDO) de cada ano. A LDO para o ano de 2011 determina que os custos são
baseados na tabela Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil
(SINAPI) (BRASIL, 2010a):
Art. 127. O custo global de obras e serviços de engenharia contratados e executados com recursos dos orçamentos da União será obtido a partir de composições de custos unitários, previstas no projeto, menores ou iguais à mediana de seus correspondentes no Sistema Nacional de Pesquisa de
137
Custos e Índices da Construção Civil - SINAPI, mantido e divulgado, na internet, pela Caixa Econômica Federal, e, no caso de obras e serviços rodoviários, à tabela do Sistema de Custos de Obras Rodoviárias - SICRO, excetuados os itens caracterizados como montagem industrial ou que não possam ser considerados como de construção civil.
A tabela SINAPI foi criada pelo BNH no intuito de oferecer um sistema de
informações mensais sobre custos de abrangência nacional (CAIXA ECONÔMICA
FEDERAL, 2010b):
O SINAPI foi implantado em 1969, pelo extinto BNH, com o objetivo de oferecer ao Governo Federal e ao próprio Setor da Construção Civil um conjunto de informações mensais sobre custos e índices da construção civil de forma sistemática e de abrangência nacional.
Em 1994 o Conselho Curador do FGTS determinou ao Agente Operador - CAIXA, a implantação de um sistema de acompanhamento de custos para fundamentar as análises dos projetos financiados com recursos daquele fundo.
Mais recentemente, a partir da edição da Lei 10.524 /2002, de 25 de Julho de 2002 (LDO 2003), o SINAPI passou a ser o indicador oficial para aferição da razoabilidade dos custos das obras públicas executadas, em especial daquelas com recursos do Orçamento Geral da União - OGU.
Os programas habitacionais como o PAR e, mais recentemente o PMCMV, também
são analisados tomando-se como referência os custos da Tabela SINAPI. Sobre os custos
apurados ainda deverá ser incluído o BDI formando o preço, que segundo (GIAMMUSSO,
1988, p. 83) “é constituído pelos custos diretos acrescidos do total das despesas indiretas e do
benefício ou lucro. [...] BDI, ou seja, Benefício e Despesa Indireta”. O BDI não foi
considerado, pois dependerá de cada empresa.
As especificações escolhidas como referência para a avaliação dos custos são as que
estão listadas no Apêndice C, as quais são as mais comumente apresentadas no estado de
Mato Grosso.
Os códigos do SINAPI estão disponíveis junto a cada especificação, sendo possível
que se possa futuramente atualizar os custos, por data e/ou inclusive por estado da federação,
bastando que se obtenha a lista SINAPI com os custos no sítio da Caixa68.
Após serem levantados os dados de todos os trinta e seis projetos que estão expressos
da Tabela 28 à Tabela 49, o resultado final da avaliação da qualidade e dos custos foram
ordenados primeiramente em ordem crescente de qualidade e, em caso de empate, ordem
crescente de custo (Tabela 50).
68 https://webp.caixa.gov.br/casa/SINAPI/pesquisa.asp
138
Para obter um valor para lançar no Gráfico 23 com a mesma ordem de grandeza, cada
um dos resultados para qualidade foi dividido pelo menor resultado de qualidade obtido, no
caso, a planta 32. Com este raciocínio, cada um dos resultados dos custos foi dividido pelo
custo do projeto da planta 32.
5.6 ANÁLISE DOS RESULTADOS
Na Tabela 28, Tabela 29 e Tabela 30, temos os resultados obtidos sobre o atendimento
da NBR 15.575, em seu item 16. Em 41,67% as plantas atendem à norma, mas em 47,22%,
em pelo menos um item do questionário, as plantas não atendem. E ainda, 11,11% das
plantas, não atendem em dois itens do questionário baseado na norma.
O item mesa de refeição não foi atendido em 16 plantas o que representa 44,44% do
total. O quarto 2 ficou em segundo lugar devido a falta de espaço para guarda-roupas, com o
percentual de 16,67%.
É possível observar a falta de prioridade para a mesa de refeições, onde são realizadas
diversas atividades extras como, estudar, trabalhar, costurar, fazer diversos trabalhos manuais
e reunir-se com outras pessoas. Simultaneamente, em uma única planta, as situações citadas
ocorreram apenas duas vezes no conjunto de plantas.
Da Tabela 31 a Tabela 33, temos os resultados sobre as varandas, áreas de serviços e
estacionamento. Este último está presente em todas as unidades, não coberto, na forma de
recuo frontal. Em 50% das plantas há uma pequena varanda onde cabe até uma cadeira em
44,44% das plantas não há qualquer espaço coberto na frente da unidade habitacional (uh) e,
em 5% das plantas há uma varanda onde é possível colocar uma mesa. A área de serviço está
presente em 63,88% das unidades (23 uh), sendo que destas 27,77% são cobertas e fechadas.
Em uma única planta em 52,78% dos casos há varanda e área de serviço simultaneamente.
Nenhuma das plantas analisadas apresenta interferências entre portas e mobiliário.
Todas apresentam espaço para secar roupa ao sol e plano de trabalho dos dois lados da pia
com pelo menos 40 cm.
Aproximadamente 50% não possibilita um segundo leiaute para os quartos e ainda não
há um espaço para tratamento de roupa que não se sobreponha a outros espaços.
139
Tabela 28 - Atendimento da NBR 15.575:1 (plantas de 1 a 12)
Questão Ponderação Pontos P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12
Sala de estar
Apresenta o mobiliário mínimo (assento para o número de pessoas previsto para a habitação, estante para
TV(0,8 x 0,5 m)), espaço 0,50 m na frente do assento, para levantar e circular, largura mínima da sala deve
ser de 2,40.
3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Sala de estar/jantar Mesa para o número de pessoas previsto, circulação de
0,75 a partir da borda da mesa. 3 1 1 1 1 1 0 0 1 1 1 0 0 1
Cozinha
Apresenta o mobiliário mínimo (fogão (0,55 x 0,6 m), geladeira (0,7 x 0,7 m), pia (1,2 x 0,5 m), armário), circulação mínima de 0,85 m frontal à pia, fogão e
geladeira, largura mínima de 1,5 m.
3 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Dormitório casal Apresenta o mobiliário mínimo (1 cama de casal (1,4 x 1,9 m), 2 criados (0,5 x 0,5 m) e 1 roupeiro (1,6 x 0,5
m)), circulação mínima de 0,50 m. 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0
Dormitório duplo (para duas pessoas)
Apresenta o mobiliário mínimo (2 camas de solteiro (0,8 x 1,9 m), 1 criados (0,5 x 0,5 m)e 1 roupeiro(1,5 x 0,5 m)), circulação mínima entre as camas de 0,60 m e
as demais circulações de 0,50 m.
2 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0
Banheiro
Apresentar 1 lavatório (0,39 x 0,29 m), 1 vaso (0,6 x 0,7 m) e 1 box (0,8 x 0,8 m ou 0,7 x 0,9 m), circulação mínima de 0,4 m frontal ao lavatório e vaso; largura
mínima de 1,1 m exceto no box.
3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Área de serviço Apresentar 1 tanque (0,52 x 0,53 m) com capacidade
de no mínimo 20 l e 1 máquina de lavar (0,6 x 0,65 m) 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Total de pontos
17 20 20 20 17 17 20 18 20 17 17 15
Resultado
0 3 3 3 0 0 3 0 3 0 0 0
140
Tabela 29 - Atendimento da NBR 15.575:1 (plantas de 13 a 24)
Questão Ponderação Pontos P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23 P24
Sala de estar
Apresenta o mobiliário mínimo (assento para o número de pessoas previsto para a habitação,
estante para TV(0,8 x 0,5 m)), espaço 0,50 m na frente do assento, para levantar e circular, largura
mínima da sala deve ser de 2,40.
3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Sala de estar/jantar
Mesa para o número de pessoas previsto, circulação de 0,75 a partir da borda da mesa.
3 1 0 0 0 0 1 1 0 1 1 0 0 0
Cozinha
Apresenta o mobiliário mínimo (fogão (0,55 x 0,6 m), geladeira (0,7 x 0,7 m), pia (1,2 x 0,5 m),
armário), circulação mínima de 0,85 m frontal à pia, fogão e geladeira, largura mínima de 1,5 m.
3 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Dormitório casal Apresenta o mobiliário mínimo (1 cama de casal (1,4 x 1,9 m), 2 criados (0,5 x 0,5 m) e 1 roupeiro
(1,6 x 0,5 m)), circulação mínima de 0,50 m. 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Dormitório duplo (para duas pessoas)
Apresenta o mobiliário mínimo (2 camas de solteiro (0,8 x 1,9 m), 1 criados (0,5 x 0,5 m)e 1
roupeiro(1,5 x 0,5 m)), circulação mínima entre as camas de 0,60 m e as demais circulações de 0,50 m.
2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1
Banheiro
Apresentar 1 lavatório (0,39 x 0,29 m), 1 vaso (0,6 x 0,7 m) e 1 box (0,8 x 0,8 m ou 0,7 x 0,9 m),
circulação mínima de 0,4 m frontal ao lavatório e vaso; largura mínima de 1,1 m exceto no box.
3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Área de serviço Apresentar 1 tanque (0,52 x 0,53 m) com
capacidade de no mínimo 20 l e 1 máquina de lavar (0,6 x 0,65 m)
3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Total de pontos
14 17 17 17 20 20 17 20 20 15 17 17
Resultado
0 0 0 0 3 3 0 3 3 0 0 0
141
Tabela 30 - Atendimento da NBR 15.575:1 (plantas de 25 a 36)
Questão Ponderação Pontos P25 P26 P27 P28 P29 P30 P31 P32 P33 P34 P35 P36
Sala de estar
Apresenta o mobiliário mínimo (assento para o número de pessoas previsto para a habitação,
estante para TV(0,8 x 0,5 m)), espaço 0,50 m na frente do assento, para levantar e circular, largura
mínima da sala deve ser de 2,40.
3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Sala de estar/jantar
Mesa para o número de pessoas previsto, circulação de 0,75 a partir da borda da mesa.
3 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 1 1 1
Cozinha
Apresenta o mobiliário mínimo (fogão (0,55 x 0,6 m), geladeira (0,7 x 0,7 m), pia (1,2 x 0,5 m),
armário), circulação mínima de 0,85 m frontal à pia, fogão e geladeira, largura mínima de 1,5 m.
3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Dormitório casal Apresenta o mobiliário mínimo (1 cama de casal (1,4 x 1,9 m), 2 criados (0,5 x 0,5 m) e 1 roupeiro
(1,6 x 0,5 m)), circulação mínima de 0,50 m. 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Dormitório duplo (para duas pessoas)
Apresenta o mobiliário mínimo (2 camas de solteiro (0,8 x 1,9 m), 1 criados (0,5 x 0,5 m)e 1
roupeiro(1,5 x 0,5 m)), circulação mínima entre as camas de 0,60 m e as demais circulações de 0,50
m.
2 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1
Banheiro
Apresentar 1 lavatório (0,39 x 0,29 m), 1 vaso (0,6 x 0,7 m) e 1 box (0,8 x 0,8 m ou 0,7 x 0,9 m),
circulação mínima de 0,4 m frontal ao lavatório e vaso; largura mínima de 1,1 m exceto no box.
3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Área de serviço Apresentar 1 tanque (0,52 x 0,53 m) com
capacidade de no mínimo 20 l e 1 máquina de lavar (0,6 x 0,65 m)
3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Total de pontos
20 20 20 18 20 17 17 15 17 18 20 20
Resultado
3 3 3 0 3 0 0 0 0 0 3 3
142
Tabela 31 - Análise de espaços (plantas de 1 a 12)
Questão Alternativa Ponderação Pontos P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12
Espaço de tratamento de
roupa
Contém uma área de serviço coberta e fechada (pelo menos
3 lados fechados) 2 3
1 1
1
Contém uma área de serviço coberta e aberta (pelo menos 2
lados abertos) 2 2
1
1 1
1 1
Nenhuma das condições anteriores é satisfeita
2 1 1 1 1 1
Espaços exteriores
privados (varanda frontal)
Contém uma varanda frontal que permite estar e reunir (mesa para duas pessoas)
2 3
1
Contém uma varanda frontal que apenas protege a porta (espaço para uma cadeira)
2 2
1 1 1 1 1
1 1
Nenhuma das condições anteriores é satisfeita ou não há
varanda. 2 1 1 1 1 1
Estacionamento
Possui dois espaços de estacionamento
3 3
Possui um espaço de estacionamento
3 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nenhuma das condições anteriores é satisfeita
3 1
Total de pontos obtidos
10 10 10 10 14 16 16 14 14 18 14 14
Pontuação resultante
1,43 1,43 1,43 1,43 2,00 2,29 2,29 2,00 2,00 2,57 2,00 2,00
143
Tabela 32 - Análise de espaços (plantas de 13 a 24)
Questão Alternativa Ponderação Pontos P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23 P24
Espaço de tratamento de
roupa
Contém uma área de serviço coberta e fechada (pelo menos
3 lados fechados) 2 3
1
1 1 1
Contém uma área de serviço coberta e aberta (pelo menos 2
lados abertos) 2 2
1
1
1 1
Nenhuma das condições anteriores é satisfeita
2 1 1
1 1 1
Espaços exteriores
privados (varanda frontal)
Contém uma varanda frontal que permite estar e reunir (mesa para duas pessoas)
2 3
1
Contém uma varanda frontal que apenas protege a porta (espaço para uma cadeira)
2 2
1
1 1 1 1 1
Nenhuma das condições anteriores é satisfeita ou não há
varanda. 2 1 1 1 1 1 1
Estacionamento
Possui dois espaços de estacionamento
3 3
Possui um espaço de estacionamento
3 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nenhuma das condições anteriores é satisfeita
3 1
Total de pontos obtidos
10 12 10 10 10 14 18 14 14 16 16 16
Pontuação resultante
1,43 1,71 1,43 1,43 1,43 2,00 2,57 2,00 2,00 2,29 2,29 2,29
144
Tabela 33 - Análise de espaços (plantas de 25 a 36)
Questão Alternativa Ponderação Pontos P25 P26 P27 P28 P29 P30 P31 P32 P33 P34 P35 P36
Espaço de tratamento de
roupa
Contém uma área de serviço coberta e fechada (pelo menos
3 lados fechados) 2 3 1 1 1
Contém uma área de serviço coberta e aberta (pelo menos 2
lados abertos) 2 2
1 1
1
1
Nenhuma das condições anteriores é satisfeita
2 1
1 1 1 1
1
Espaços exteriores
privados (varanda frontal)
Contém uma varanda frontal que permite estar e reunir (mesa para duas pessoas)
2 3
Contém uma varanda frontal que apenas protege a porta (espaço para uma cadeira)
2 2
1 1 1 1
1
Nenhuma das condições anteriores é satisfeita ou não há
varanda. 2 1 1
1
1 1 1 1 1
Estacionamento
Possui dois espaços de estacionamento
3 3
Possui um espaço de estacionamento
3 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Nenhuma das condições anteriores é satisfeita
3 1
Total de pontos obtidos
14 16 16 14 14 10 12 10 10 12 10 12
Pontuação resultante
2,00 2,29 2,29 2,00 2,00 1,43 1,71 1,43 1,43 1,71 1,43 1,71
145
Tabela 34 – Análise de equipamentos, pia cozinha e armários dos quartos (plantas 1 a 9)
Questão Parâmetros Ponderação Valores de referência
Pontos P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9
Extensão da bancada de cozinha
- potencial (área de trabalho,
pia geladeira e fogão) metros
Ótimo (maior que 3,05 m, pia de 1,80 m +0,05
m) 3 3,10 3 Resultados 2,30 3,00 2,60 2,73 1,85 3,05 3,31 2,50 1,70
Recomendável (maior que 2,80 m, pia 1,5 m
+0,05 m) 3 2,80 2 Pontuação - 2,67 1,33 1,77 - 2,83 3,00 1,00 -
Mínimo (maior que 2,45 m, pia 1,20 + 0,05
m) 3 2,50 1
Norma 15575 3 2,45 0
Índice de dimensão de guarda-roupa -
potencial (metros/habitante)
Ótimo (maior que) (2 guarda-roupas de 4
portas (1,60 m cada) + 2 portas para enxoval
da casa)
2 1,00 3 Resultados 1,04 0,91 0,84 0,88 0,80 0,89 0,78 0,40 0,88
Recomendável (maior que) (3,10 m + 0,50 m para enxoval da casa)
2 0,90 2 Pontuação 3,00 2,13 1,38 1,75 1,00 1,88 0,04 - 1,75
Mínimo (maior que) (2 guarda-roupa de 1,60
m, 4 portas) 2 0,80 1
Norma 15575 2 0,77 0
Pontuação resultante 1,20 2,45 1,35 1,76 0,40 2,45 1,82 0,60 0,70
Conceito
R (2) O (3) R (2) R (2) M (1) O (3) R (2) M (1) M (1)
146
Tabela 35 - Análise de equipamentos, pia cozinha e armários dos quartos (plantas 10 a 18)
Questão Parâmetros Ponderação Valores de referência
Pontos P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18
Extensão da bancada de cozinha
- potencial (área de trabalho,
pia geladeira e fogão) metros
Ótimo (maior que 3,05 m, pia de 1,80 m +0,05
m) 3 3,10 3 Resultados 2,55 3,00 1,65 1,87 2,50 2,40 2,52 2,50 1,75
Recomendável (maior que 2,80 m, pia 1,5 m
+0,05 m) 3 2,80 2 Pontuação 1,17 2,67 - - 1,00 - 1,07 1,00 -
Mínimo (maior que 2,45 m, pia 1,20 + 0,05
m) 3 2,50 1
Norma 15575 3 2,45 0
Índice de dimensão de guarda-roupa -
potencial (metros/habitante)
Ótimo (maior que) (2 guarda-roupas de 4
portas (1,60 m cada) + 2 portas para enxoval
da casa)
2 1,00 3 Resultados 0,83 0,85 - 0,90 0,78 0,78 0,96 0,85 0,90
Recomendável (maior que) (3,10 m + 0,50 m para enxoval da casa)
2 0,90 2 Pontuação 1,25 1,50 - 2,00 0,04 0,04 2,63 1,50 2,00
Mínimo (maior que) (2 guarda-roupa de 1,60
m, 4 portas) 2 0,80 1
Norma 15575 2 0,77 0
Pontuação resultante
1,20 2,20 - 0,80 0,62 0,02 1,69 1,20 0,80
Conceito
R (2) O (3) Zero M (1) M (1) M (1) R (2) R (2) M (1)
147
Tabela 36 - Análise de equipamentos, pia cozinha e armários dos quartos (plantas 19 a 27)
Questão Parâmetros Ponderação Valores de referência
Pontos P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 P26 P27
Extensão da bancada de cozinha
- potencial (área de trabalho,
pia geladeira e fogão) metros
Ótimo (maior que 3,05 m, pia de 1,80 m +0,05
m) 3 3,10 3 Resultados 2,55 1,95 1,68 1,80 1,75 3,16 1,91 1,64 2,05
Recomendável (maior que 2,80 m, pia 1,5 m
+0,05 m) 3 2,80 2 Pontuação 1,17 - - - - 3,00 - - -
Mínimo (maior que 2,45 m, pia 1,20 + 0,05
m) 3 2,50 1
Norma 15575 3 2,45 0
Índice de dimensão de guarda-roupa -
potencial (metros/habitante)
Ótimo (maior que) (2 guarda-roupas de 4
portas (1,60 m cada) + 2 portas para enxoval
da casa)
2 1,00 3 Resultados 0,84 0,94 0,93 0,48 0,95 0,78 1,05 0,83 1,00
Recomendável (maior que) (3,10 m + 0,50 m para enxoval da casa)
2 0,90 2 Pontuação 1,38 2,38 2,25 - 2,50 0,04 3,00 1,25 3,00
Mínimo (maior que) (2 guarda-roupa de 1,60
m, 4 portas) 2 0,80 1
Norma 15575 2 0,77 0
Pontuação resultante
1,25 0,95 0,90 - 1,00 1,82 1,20 0,50 1,20
Conceito
R (2) M (1) M (1) Zero M (1) R (2) R (2) M (1) R (2)
148
Tabela 37 - Análise de equipamentos, pia cozinha e armários dos quartos (plantas 28 a 36)
Questão Parâmetros Ponderação Valores de referência
Pontos P28 P29 P30 P31 P32 P33 P34 P35 P36
Extensão da bancada de cozinha
- potencial (área de trabalho,
pia geladeira e fogão) metros
Ótimo (maior que 3,05 m, pia de 1,80 m +0,05
m) 3 3,10 3 Resultados 1,75 1,75 1,76 1,45 2,35 2,12 2,14 1,65 1,76
Recomendável (maior que 2,80 m, pia 1,5 m
+0,05 m) 3 2,80 2 Pontuação - - - - - - - - -
Mínimo (maior que 2,45 m, pia 1,20 + 0,05
m) 3 2,50 1
Norma 15575 3 2,45 0
Índice de dimensão de guarda-roupa -
potencial (metros/habitante)
Ótimo (maior que) (2 guarda-roupas de 4
portas (1,60 m cada) + 2 portas para enxoval
da casa)
2 1,00 3 Resultados 0,48 0,95 0,90 0,90 0,40 1,00 0,50 1,05 0,99
Recomendável (maior que) (3,10 m + 0,50 m para enxoval da casa)
2 0,90 2 Pontuação - 2,50 2,00 2,00 - 3,00 - 3,00 2,88
Mínimo (maior que) (2 guarda-roupa de 1,60
m, 4 portas) 2 0,80 1
Norma 15575 2 0,77 0
Pontuação resultante
- 1,00 0,80 0,80 - 1,20 - 1,20 1,15
Conceito
Zero M (1) M (1) M (1) Zero R (2) Zero R (2) R (2)
149
Tabela 38 - Área mínima por cômodos (plantas 1 a 9)
Questão Parâmetros Validação Valores de referência
Pontos
P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9
Área útil de quartos
(BUZZAR; FABRÍCIO,
2007)
Ótimo (maior que)
3
17,50 3,00 Resultados 18,45 18,75 16,12 16,00 15,99 17,06 15,96 15,56 15,83 Recomendável (maior
que) 16,00 2,00 Pontuação 3,00 3,00 2,08 2,00 1,99 2,71 1,96 1,56 1,83
Mínimo (maior que) 15,00 1,00
A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)
13,70 -
Área útil de cozinha e serviços
(BUZZAR; FABRÍCIO,
2007)
Ótimo (maior que)
3
9,00 3,00 Resultados 5,67 5,70 5,07 7,23 8,53 7,62 6,09 6,72 7,31 Recomendável (maior
que) 8,00 2,00 Pontuação 0,11 0,13 - 1,23 2,53 1,62 0,39 0,81 1,31
Mínimo (maior que) 7,00 1,00
A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)
5,50 -
Área útil de salas
(BUZZAR; FABRÍCIO,
2007) sala/copa
Ótimo (maior que)
3
12,50 3,00 Resultados 9,45 9,00 12,01 10,73 8,90 9,60 12,02 11,78 10,97 Recomendável (maior
que) 11,50 2,00 Pontuação 0,61 0,29 2,51 1,49 0,21 0,71 2,52 2,28 1,65
Mínimo (maior que) 10,00 1,00
A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)
8,60 -
Pontuação resultante
1,24 1,14 1,53 1,57 1,58 1,68 1,62 1,55 1,60
Conceito
R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2)
150
Tabela 39 - Área mínima por cômodos (plantas 10 a 18)
Questão Parâmetros Validação Valores de referência
Pontos
P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18
Área útil de quartos
(BUZZAR; FABRÍCIO,
2007)
Ótimo (maior que)
3
17,50 3,00 Resultados 17,26 16,00 15,37 16,76 18,85 17,53 17,34 16,32 15,94 Recomendável (maior
que) 16,00 2,00 Pontuação 2,84 2,00 1,37 2,51 3,00 3,00 2,89 2,21 1,94
Mínimo (maior que) 15,00 1,00
A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)
13,70 -
Área útil de cozinha e serviços
(BUZZAR; FABRÍCIO,
2007)
Ótimo (maior que)
3
9,00 3,00 Resultados 5,61 6,75 6,76 5,60 6,80 5,54 5,59 6,00 6,99 Recomendável (maior
que) 8,00 2,00 Pontuação 0,07 0,83 0,84 0,07 0,87 0,03 0,06 0,33 0,99
Mínimo (maior que) 7,00 1,00
A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)
5,50 -
Área útil de salas
(BUZZAR; FABRÍCIO,
2007) sala/copa
Ótimo (maior que)
3
12,50 3,00 Resultados 8,19 9,00 10,92 9,38 12,17 12,45 9,16 9,60 11,19 Recomendável (maior
que) 11,50 2,00 Pontuação - 0,29 1,61 0,56 2,67 2,95 0,40 0,71 1,79
Mínimo (maior que) 10,00 1,00
A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)
8,60 -
Pontuação resultante
0,97 1,04 1,27 1,04 2,18 1,99 1,12 1,09 1,58
Conceito
M (1)
R (2) R (2) R (2) O (3) R (2) R (2) R (2) R (2)
151
Tabela 40 - Área mínima por cômodos (plantas 19 a 27)
Questão Parâmetros Validação Valores de referência
Pontos
P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 P26 P27
Área útil de quartos
(BUZZAR; FABRÍCIO,
2007)
Ótimo (maior que)
3
17,50 3,00 Resultados 17,52 19,04 17,23 17,33 17,42 16,42 17,99 17,28 18,10 Recomendável (maior
que) 16,00 2,00 Pontuação 3,00 3,00 2,82 2,89 2,95 2,28 3,00 2,85 3,00
Mínimo (maior que) 15,00 1,00
A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)
13,70 -
Área útil de cozinha e serviços
(BUZZAR; FABRÍCIO,
2007)
Ótimo (maior que)
3
9,00 3,00 Resultados 5,61 5,65 6,18 6,33 6,12 8,06 6,23 6,60 7,50 Recomendável (maior
que) 8,00 2,00 Pontuação 0,07 0,10 0,45 0,55 0,41 2,06 0,49 0,73 1,50
Mínimo (maior que) 7,00 1,00
A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)
5,50 -
Área útil de salas
(BUZZAR; FABRÍCIO,
2007) sala/copa
Ótimo (maior que)
3
12,50 3,00 Resultados 8,45 9,42 10,58 9,21 9,28 10,02 12,82 10,93 9,81 Recomendável (maior
que) 11,50 2,00 Pontuação - 0,59 1,39 0,44 0,49 1,01 3,00 1,62 0,86
Mínimo (maior que) 10,00 1,00
A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)
8,60 -
Pontuação resultante
1,02 1,23 1,55 1,29 1,28 1,78 2,16 1,74 1,79
Conceito
R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) O (3) R (2) R (2)
152
Tabela 41 - Área mínima por cômodos (plantas 28 a 36)
Questão Parâmetros Validação Valores de referência
Pontos
P28 P29 P30 P31 P32 P33 P34 P35 P36
Área útil de quartos
(BUZZAR; FABRÍCIO,
2007)
Ótimo (maior que)
3
17,50 3,00 Resultados 16,52 17,42 16,76 16,48 15,05 16,83 16,83 19,50 20,28 Recomendável (maior
que) 16,00 2,00 Pontuação 2,35 2,95 2,51 2,32 1,05 2,55 2,55 3,00 3,00
Mínimo (maior que) 15,00 1,00
A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)
13,70 -
Área útil de cozinha e serviços
(BUZZAR; FABRÍCIO,
2007)
Ótimo (maior que)
3
9,00 3,00 Resultados 7,28 8,94 5,85 5,76 6,76 7,25 6,55 8,61 6,77 Recomendável (maior
que) 8,00 2,00 Pontuação 1,28 2,94 0,23 0,17 0,84 1,25 0,70 2,61 0,85
Mínimo (maior que) 7,00 1,00
A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)
5,50 -
Área útil de salas
(BUZZAR; FABRÍCIO,
2007) sala/copa
Ótimo (maior que)
3
12,50 3,00 Resultados 11,49 9,28 9,55 7,85 9,58 7,25 9,67 9,87 9,55 Recomendável (maior
que) 11,50 2,00 Pontuação 1,99 0,49 0,68 - 0,70 - 0,76 0,91 0,68
Mínimo (maior que) 10,00 1,00
A partir do mobiliário mínimo (NBR 15.575)
8,60 -
Pontuação resultante
1,87 2,12 1,14 0,83 0,86 1,27 1,34 2,17 1,51
Conceito
R (2) O (3) R (2)
M (1)
M (1)
R (2) R (2) O (3) R (2)
153
Tabela 42 - Resultados obtidos para Dimensão mínima (planta 1 a 9)
Questão Parâmetros Pondera-ção
Valores de referência
Pontos P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9
Dimensão útil de quarto 1
Ótimo (maior que)(1 cabeceira casal +0,68 (berço)+ 0,6 cm
circulação.) 3 3,18 3
Resultados
3,00 3,00 2,60 2,73 2,65 2,75 2,35 2,80 2,76
Recomendável (maior que) (1 cabeceira casal +0,68 (berço)+
0,6 cm circulação.) 3 2,68 2 Pontuação 2,64 2,64 1,65 2,10 1,87 2,14 - 2,24 2,16
Mínimo (maior que) (1 cabeceira casal+1 criados+1
mesa estudo) 3 2,45 1
Adotado (1 cabeceira+2 criados)
3 2,4 0
Dimensão útil de quarto 2
Ótimo (maior que) (2 cabeceira solteiro. +0,60 m circulação., +
mesa estudo) 3 3 3
Resultados
3,00 2,95 2,60 2,73 2,65 2,48 2,35 2,50 2,70
Recomendável (maior que) (2 cabeceira solteiro+2 criados)
3 2,6 2 Pontuação 3,00 2,88 2,00 2,33 2,13 1,66 1,29 1,71 2,25
Mínimo (maior que) (2 cabeceira solteiro+0,60
circulação) 3 2,25 1
(Pedro 2000) 3 2,15 0 Média 2,82 2,76 1,83 2,21 2,00 1,90 0,64 1,98 2,21
154
Tabela 42 - Resultados obtidos para Dimensão mínima (planta 1 a 9) (cont.)
Questão Parâmetros Pondera-ção
Valores de referência
Pontos P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9
Dimensão útil de cozinha
Ótimo (maior que) (duplo "i", geladeira 0,7 m+ circulação.
0,85+ mesa apoio 0,6 m) 3 2,4 3 Resultados 1,80 1,90 1,95 2,65 2,90 2,13 1,84 2,12 2,65
Recomendável (maior que) (bancada em duplo "i", pia 0,6 m+circulação. 0,85 m+mesa
apoio 0,6 m)
3 1,95 2 Pontuação 1,63 1,88 2,00 3,00 3,00 2,40 1,73 2,38 3,00
Mínimo (maior que) (bancada em "i", geladeira+0,85 m
circulação) 3 1,55 1
NBR 15.575 3 1,495 0
Dimensão útil de salas
Ótimo (maior que) (1 Sofá de 3 lugares 1,7 m +0,7 m+0,7 m)
2 3,1 3 Resultados 3,00 3,00 2,60 2,65 2,90 2,75 3,31 2,86 2,65
Recomendável (maior que) (1 sofá 3 lugares 1,7 m+1 criado
0,5 m+ profundidade Sofá 0,70) 2 2,9 2 Pontuação 2,50 2,50 1,00 1,17 2,00 1,50 3,00 1,87 1,17
Mínimo (maior que) (1 sofá 2 lugares 1,2 m +0,70+0,70)
2 2,6 1
NBR 15.575 2 2,395 0
Dimensão útil da área de
serviço
Ótimo (maior que) 1 1,8 3 Resultados - - - - 1,10 1,25 1,58 1,23 1,05 Recomendável (maior que) 1 1,55 2 Pontuação - - - - - 1,00 2,12 0,80 -
Mínimo (lavadora + circulação frontal NBR 15.575) (maior
que) 1 1,25 1
Tanque e lavadora (NBR 15.575)
1 1,15 0
Pontuação resultante 2,23 2,26 1,58 2,05 2,08 1,88 1,43 1,96 2,05
Conceito O (3)
O (3)
R (2)
O (3)
O (3)
R (2)
R (2)
R (2)
O (3)
155
Tabela 43 - Resultados obtidos para Dimensão mínima (planta 10 a 18)
Questão Parâmetros Pondera-ção
Valores de referência
Pontos P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18
Dimensão útil de quarto 1
Ótimo (maior que)(1 cabeceira casal +0,68 (berço)+ 0,6 cm
circulação.) 3 3,18 3 Resultados 2,60 2,50 2,81 2,50 2,90 2,70 2,70 2,70 2,84
Recomendável (maior que) (1 cabeceira casal +0,68 (berço)+
0,6 cm circulação.) 3 2,68 2 Pontuação 1,65 1,22 2,26 1,22 2,44 2,04 2,04 2,04 2,32
Mínimo (maior que) (1 cabeceira casal+1 criados+1
mesa estudo) 3 2,45 1
Adotado (1 cabeceira+2 criados)
3 2,4 0
Dimensão útil de quarto 2
Ótimo (maior que) (2 cabeceira solteiro. +0,60 m circulação., +
mesa estudo) 3 3 3 Resultados 2,55 2,50 2,60 2,50 2,60 2,50 2,55 2,40 2,60
Recomendável (maior que) (2 cabeceira solteiro+2 criados)
3 2,6 2 Pontuação 1,86 1,71 2,00 1,71 2,00 1,71 1,86 1,43 2,00
Mínimo (maior que) (2 cabeceira solteiro+0,60
circulação) 3 2,25 1
(Pedro 2000) 3 2,15 0 Média 1,75 1,47 2,13 1,47 2,22 1,88 1,95 1,73 2,16
156
Tabela 43 - Resultados obtidos para Dimensão mínima (planta 10 a 18) (cont.)
Questão Parâmetros Pondera-ção
Valores de referência
Pontos P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18
Dimensão útil de cozinha
Ótimo (maior que) (duplo "i", geladeira 0,7 m+ circulação.
0,85+ mesa apoio 0,6 m) 3 2,4 3 Resultados 2,20 2,25 2,60 2,00 2,10 2,31 2,35 2,40 2,60
Recomendável (maior que) (bancada em duplo "i", pia 0,6 m+circulação. 0,85 m+mesa
apoio 0,6 m)
3 1,95 2 Pontuação 2,56 2,67 3,00 2,11 2,33 2,74 2,86 3,00 3,00
Mínimo (maior que) (bancada em "i", geladeira+0,85 m
circulação) 3 1,55 1
NBR 15.575 3 1,495 0
Dimensão útil de salas
Ótimo (maior que) (1 Sofá de 3 lugares 1,7 m +0,7 m+0,7 m)
2 3,1 3 Resultados 2,60 3,00 2,60 2,80 3,12 3,23 2,65 2,40 2,69
Recomendável (maior que) (1 sofá 3 lugares 1,7 m+1 criado
0,5 m+ prof. Sofá 0,70) 2 2,9 2 Pontuação 1,00 2,50 1,00 1,67 3,00 3,00 2,25 1,00 2,45
Mínimo (maior que) (1 sofá 2 lugares 1,2 m +0,70+0,70)
2 2,6 1
NBR 15.575 2 2,395 0
Dimensão útil da área de
serviço
Ótimo (maior que) 1 1,8 3 Resultados 0,80 1,00 - 0,80 0,80 - - - 1,20 Recomendável (maior que) 1 1,55 2 Pontuação - - - - - - - - 0,50
Mínimo (lavadora + circulação frontal NBR 15.575) (maior
que) 1 1,25 1
Tanque e lavadora (NBR 15.575)
1 1,15 0
Pontuação resultante 1,68 1,82 1,98 1,54 2,19 2,12 2,06 1,78 2,28
Conceito R (2) R (2) R (2)
R (2) O (3)
O (3)
O (3)
R (2)
O (3)
157
Tabela 44 - Resultados obtidos para Dimensão mínima (planta 19 a 27)
Questão Parâmetros Pondera-ção
Valores de referência
Pontos P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 P26 P27
Dimensão útil de quarto 1
Ótimo (maior que)(1 cabeceira casal +0,68 (berço)+ 0,6 cm
circulação.) 3 3,18 3 Resultados 2,60 3,00 2,60 2,75 2,60 2,48 2,95 2,50 2,90
Recomendável (maior que) (1 cabeceira casal +0,68 (berço)+
0,6 cm circulação.) 3 2,68 2 Pontuação 1,65 2,64 1,65 2,14 1,65 1,13 2,54 1,22 2,44
Mínimo (maior que) (1 cabeceira casal+1 criados+1
mesa estudo) 3 2,45 1
Adotado (1 cabeceira+2 criados)
3 2,4 0
Dimensão útil de quarto 2
Ótimo (maior que) (2 cabeceira solteiro. +0,60 m circulação., +
mesa estudo) 3 3 3 Resultados 2,55 2,95 2,50 2,75 2,60 2,48 2,83 2,50 2,50
Recomendável (maior que) (2 cabeceira solteiro+2 criados)
3 2,6 2 Pontuação 1,86 2,88 1,71 2,38 2,00 1,66 2,58 1,71 1,71
Mínimo (maior que) (2 cabeceira solteiro+0,60
circulação) 3 2,25 1
(Pedro 2000) 3 2,15 0 Média 1,75 2,76 1,68 2,26 1,83 1,39 2,56 1,47 2,08
158
Tabela 44 - Resultados obtidos para Dimensão mínima (planta 19 a 27) (cont.)
Questão Parâmetros Pondera-ção
Valores de referência
Pontos P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 P26 P27
Dimensão útil de cozinha
Ótimo (maior que) (duplo "i", geladeira 0,7 m+ circulação.
0,85+ mesa apoio 0,6 m) 3 2,4 3 Resultados 2,20 1,95 2,35 2,30 2,05 2,55 2,18 2,55 2,50
Recomendável (maior que) (bancada em duplo "i", pia 0,6 m+circulação. 0,85 m+mesa
apoio 0,6 m)
3 1,95 2 Pontuação 2,43 1,71 2,86 2,71 2,00 3,00 2,37 3,00 3,00
Mínimo (maior que) (bancada em "i", geladeira+0,85 m
circulação) 3 1,55 1
NBR 15.575 3 1,495 0
Dimensão útil de salas
Ótimo (maior que) (1 Sofá de 3 lugares 1,7 m +0,7 m+0,7 m)
2 3,1 3 Resultados 2,60 2,90 2,90 2,75 2,90 3,16 3,03 2,76 3,00
Recomendável (maior que) (1 sofá 3 lugares 1,7 m+1 criado
0,5 m+ profundidade Sofá 0,70) 2 2,9 2 Pontuação 2,00 2,60 2,60 2,75 2,60 3,00 2,86 2,80 2,80
Mínimo (maior que) (1 sofá 2 lugares 1,2 m +0,70+0,70)
2 2,6 1
NBR 15.575 2 2,395 0
Dimensão útil da área de
serviço
Ótimo (maior que) 1 1,8 3 Resultados 1,05 1,00 0,85 1,20 1,00 1,02 1,15 0,80 0,80 Recomendável (maior que) 1 1,55 2 Pontuação - - - 0,50 - - - - -
Mínimo (lavadora + circulação frontal NBR 15.575) (maior
que) 1 1,25 1
Tanque e lavadora (NBR 15.575)
1 1,15 0
Pontuação resultante 1,82 2,24 1,99 2,31 1,85 1,95 2,35 1,95 2,26
Conceito R (2) O (3)
R (2)
O (3)
R (2) R (2)
O (3)
R (2)
O (3)
159
Tabela 45 - Resultados obtidos para Dimensão mínima (planta 28 a 36)
Questão Parâmetros Pondera-ção
Valores de referência
Pontos P28 P29 P30 P31 P32 P33 P34 P35 P36
Dimensão útil de quarto 1
Ótimo (maior que)(1 cabeceira casal +0,68 (berço)+ 0,6 cm
circulação.) 3 3,18 3 Resultados 2,80 2,60 2,50 2,75 2,50 2,75 2,75 3,29 3,28
Recomendável (maior que) (1 cabeceira casal +0,68 (berço)+
0,6 cm circulação.) 3 2,68 2 Pontuação 2,24 1,65 1,22 2,14 1,22 2,14 2,14 3,00 3,00
Mínimo (maior que) (1 cabeceira casal+1 criados+1
mesa estudo) 3 2,45 1
Adotado (1 cabeceira+2 criados)
3 2,4 0
Dimensão útil de quarto 2
Ótimo (maior que) (2 cabeceira solteiro. +0,60cm circulação., +
mesa estudo) 3 3 3 Resultados 2,80 2,60 2,50 2,40 2,50 2,75 2,60 2,39 2,38
Recomendável (maior que) (2 cabeceira solteiro+2 criados)
3 2,6 2 Pontuação 2,50 2,00 1,71 1,43 1,71 2,38 2,00 1,40 1,37
Mínimo (maior que) (2 cabeceira solteiro+0,60
circulação) 3 2,25 1
(Pedro 2000) 3 2,15 0 Média 2,37 1,83 1,47 1,78 1,47 2,26 2,07 2,20 2,19
160
Tabela 45 - Resultados obtidos para Dimensão mínima (planta 28 a 36)
Questão Parâmetros Ponderação
Valores de referência
Pontos P28 P29 P30 P31 P32 P33 P34 P35 P36
Dimensão útil de cozinha
Ótimo (maior que) (duplo "i", geladeira 0,7 m+ circulação.
0,85+ mesa apoio 0,6 m) 3 2,4 3 Resultados 2,60 2,80 2,09 2,40 2,10 2,40 2,10 2,60 2,25
Recomendável (maior que) (bancada em duplo "i", pia 0,6 m+circulação. 0,85 m+mesa
apoio 0,6cm)
3 1,95 2 Pontuação 3,00 3,00 2,11 3,00 2,14 3,00 2,14 3,00 2,57
Mínimo (maior que) (bancada em "i", geladeira+0,85cm
circulação) 3 1,55 1
NBR 15.575 3 1,495 0
Dimensão útil de salas
Ótimo (maior que) (1 Sofá de 3 lugares 1,7 m +0,7 m+0,7 m)
2 3,1 3 Resultados 2,60 2,90 2,80 2,40 2,80 2,40 2,60 3,00 2,81
Recomendável (maior que) (1 sofá 3 lugares 1,7 m+1 criado
0,5 m+ prof. Sofá 0,70) 2 2,9 2 Pontuação 2,00 2,60 3,00 1,00 3,00 1,00 2,00 2,80 3,05
Mínimo (maior que) (1 sofá 2 lugares 1,2 m +0,70+0,70)
2 2,6 1
NBR 15.575 2 2,395 0
Dimensão útil da área de
serviço
Ótimo (maior que) 1 1,8 3 Resultados 1,00 1,50 - 0,42 - - 0,80 - 0,59 Recomendável (maior que) 1 1,55 2 Pontuação - 1,83 - - - - - - -
Mínimo (lavadora + circulação frontal NBR 15.575) (maior
que) 1 1,25 1
Tanque e lavadora (NBR 15.575)
1 1,15 0
Pontuação resultante 2,27 2,25 1,76 1,81 1,77 2,05 1,90 2,32 2,24
Conceito O (3)
O (3)
R (2)
R (2) R (2) O (3)
R (2)
O (3)
O (3)
161
Questão Cômodo Questão sobre funcionalidade Autor
1 Dormitórios Em todos os quartos é possível colocar as camas afastadas de obstáculos laterais, com as cabeceiras encostadas
à parede, e com uma distância entre os pés da cama e a parede oposta não inferior a 0,50 m. Pedro (2000)
2 Cozinha A pia, a bancada de preparação de alimentos e o fogão encontram-se em sequência, não existindo circulações
interpostas ou obstáculos nos percursos entre eles. Pedro (2000)
3 Cozinha Existem planos de trabalho de ambos os lados da pia com uma dimensão mínima de 0,40 m Pedro (2000)
4 Cozinha
Existe um plano de trabalho com uma altura rebaixada que permite certas atividades de preparação de refeições sejam realizadas na posição sentada, ou mesa de apoio.
Pedro (2000); Palermo (2009); NBR 15.575:1
5 Cozinha Existem planos de trabalho de cada lado do fogão com uma largura mínima de 0,20 m. Pedro (2000)
6 Cozinha A zona de abertura da porta do refrigerador não está em conflito com as áreas de uso de outros equipamentos
(fogão, pia) ou com portas de acesso. Pedro (2000)
7 Sala Existe um espaço de refeições correntes que não se sobrepõe a outros espaços funcionais. Pedro (2000)
8 Área de serviço Existe um espaço de tratamento de roupa (lavagem, secagem e passar a ferro) que não se sobrepõe a outros
espaços funcionais. Pedro (2000)
9 Área de serviço Existe um espaço de secagem de roupa protegido da vista e do vento excessivo. Pedro (2000)
10 Área de serviço Existe um espaço de secagem de roupa coberto.
Pedro (2000); Palermo (2009)
11 Área de serviço Existe um espaço de secagem de roupa ao sol. Palermo (2009) 12 Geral Não existem conflitos entre portas de acesso a cômodos ou a casa e armários fixos. Palermo (2009)
13 Banheiro São satisfeitas as distâncias entre equipamentos sanitários (vaso e bidê 0,075 m de cada lado e 0,625 m de
frente; lavatório 0,155 m laterais e 0,625 de frente) Palermo (2009)
14 Sala de estar Acrescenta-se ao mobiliário mínimo uma mesa centro, circulação no entorno de 0,625 m. Faixa mínima de
circulação e passagem de 0,60 m Palermo (2009); NBR 15.575:1
15 Sala de
estar/jantar Acrescenta-se ao mobiliário mínimo um aparador ou balcão, espaço frontal de 0,90 m. Faixa mínima de
circulação e passagem de 0,60 m. Palermo (2009)
16 Cozinha Acrescenta-se ao mobiliário mínimo uma parador ou balcão, espaço frontal de 0,90 m. Faixa mínima de
circulação e passagem de 0,90 m. Palermo (2009)
17 Dormitório casal Acrescenta-se ao mobiliário mínimo espaço para um berço (1,335 x 0,675 m)ou cômoda com espaço frontal
0,625 m. Faixa mínima de circulação e passagem de 0,60 m. Palermo (2009)
18 Dormitório (para
duas pessoas) Acrescenta-se ao mobiliário mínimo espaço para uma mesa de estudo (0,80 x 0,60 m) espaço frontal de
0,855 m. Faixa mínima de circulação e passagem de 0,60 m. Palermo (2009)
19 Banheiro Acrescenta-se ao mobiliário mínimo da norma, espaço para box de 0,8 x 1,0 m Palermo (2009) 20 Área de serviço Acrescenta-se ao mobiliário mínimo, a possibilidade de um local para guarda protegida do botijão de gás. Palermo (2009)
Quadro 10- Questões sobre funcionalidade
Questão Cômodo Questão sobre funcionalidade Autor 21 Dormitórios Possibilita uma segunda alternativa de leiaute (com o mobiliário mínimo) Palermo (2009)
162
Questão Cômodo Questão sobre funcionalidade Autor 22 Sala de estar Possibilita uma segunda alternativa de leiaute (com o mobiliário mínimo) Palermo (2009) 23 Cozinha Possibilita uma segunda alternativa de leiaute (com o mobiliário mínimo) Palermo (2009) 24 Geral Possibilidade de todas as portas possuírem vão livre de 0,80 m Palermo (2009)
Quadro 10- Questões sobre funcionalidade (cont.)
163
Tabela 46 - Resultados obtidos para funcionalidade (plantas 1 a 18)
Questão Validação Ponderação P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 1 3 3 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 2 3 3 0 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 0 0 1 0 1 1 0 3 3 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 4 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 5 1 1 0 1 0 1 0 0 0 0 1 0 1 0 0 0 0 0 0 1 6 3 3 0 0 1 1 1 1 0 1 0 1 1 0 0 1 1 1 1 1 7 3 3 1 0 1 1 0 1 1 1 1 0 0 1 0 0 0 0 1 1 8 2 2 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 0 0 1 9 2 2 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 10 2 2 0 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 0 1 11 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12 3 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 13 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 14 1 1 0 0 1 0 0 0 1 1 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 15 1 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 16 1 1 0 0 1 0 1 1 1 1 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 17 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 18 2 2 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 19 3 3 0 0 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 1 1 0 1 1 20 2 2 0 1 1 1 1 1 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 21 2 2 1 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 1 1 0 1 0 22 2 2 0 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 23 1 1 0 1 0 1 1 1 1 1 1 0 1 0 0 1 0 0 0 0 24 3 3 1 1 1 0 0 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1 0 0 0
Total 21,00 25,00 32,00 29,00 25,00 36,00 33,00 28,00 30,00 33,00 29,00 25,00 19,00 40,00 30,00 22,00 30,00 30,00 Pontuação resultante 0,58 0,70 0,89 0,81 0,70 1,00 0,92 0,78 0,83 0,92 0,81 0,70 0,53 1,33 0,83 0,61 0,83 0,83
Conceito M (1)
M (1)
M (1)
M (1)
M (1)
M (1)
M (1)
M (1)
M (1)
M (1)
M (1)
M (1)
M (1) R(2)
M (1)
M (1)
M (1)
M (1)
164
Tabela 47 - Resultados obtidos para funcionalidade (plantas 19 a 36)
Questão Validação Ponderação P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 P26 P27 P28 P29 P30 P31 P32 P33 P34 P35 P36 1 3 3 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 1 0 1 0 1 1 2 3 3 1 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 3 3 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 4 1 1 1 0 0 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 0 0 5 1 1 0 0 1 0 0 0 0 1 1 1 0 0 1 0 1 0 0 0 6 3 3 1 1 0 0 0 1 0 1 1 0 0 0 0 1 0 0 0 1 7 3 3 0 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 0 0 0 0 1 1 1 8 2 2 1 1 0 1 1 1 1 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 9 2 2 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 10 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 11 2 2 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 12 3 3 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 13 3 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 14 1 1 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 1 1 15 1 1 0 0 0 0 0 0 1 1 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 16 1 1 0 0 0 0 0 1 1 0 1 1 0 0 0 1 0 1 0 0 17 3 3 0 1 0 0 0 0 0 0 1 0 0 0 0 0 0 0 1 1 18 2 2 1 1 1 0 1 0 0 1 1 0 1 1 1 0 1 0 0 0 19 3 3 1 1 1 1 0 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 0 1 1 20 2 2 1 0 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 1 0 1 21 2 2 1 1 1 0 1 1 0 1 1 0 1 1 0 0 1 0 0 0 22 2 2 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 1 0 0 0 0 1 0 0 23 1 1 0 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 0 0 1 1 1 0 0 24 3 3 0 0 1 1 1 1 1 1 1 0 1 1 0 1 1 1 1 1
Total 31,00 31,00 32,00 22,00 26,00 34,00 29,00 35,00 38,00 21,00 29,00 20,00 20,00 22,00 25,00 24,00 24,00 29,00 Pontuação resultante 0,86 0,86 0,89 0,61 0,72 0,95 0,81 0,97 1,17 0,58 0,81 0,56 0,56 0,61 0,70 0,67 0,67 0,81
Conceito M (1)
M (1)
M (1)
M (1)
M (1)
M (1)
M (1)
M (1) R(2)
M (1)
M (1)
M (1)
M (1)
M (1)
M (1)
M (1)
M (1)
M (1)
165
Tabela 48 - Resultado final da análise de qualidade (plantas 1 a 18)
Plantas Valida-
ção P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12 P13 P14 P15 P16 P17 P18 Atendimento a NBR 15.575 3 - 3,00 3,00 3,00 - - 3,00 - 3,00 - - - - - - - 3,00 3,00 Programa de
espaços 3 1,43 1,43 1,43 1,43 2,00 2,29 2,29 2,00 2,00 2,57 2,00 2,00 1,43 1,71 1,43 1,43 1,43 2,00 Programa de equipamentos 2 1,20 2,45 1,35 1,76 0,40 2,45 1,82 0,60 0,70 1,20 2,20 - 0,80 0,62 0,02 1,69 1,20 0,80
Área útil 3 1,24 1,14 1,53 1,57 1,58 1,68 1,62 1,55 1,60 0,97 1,04 1,27 1,04 2,18 1,99 1,12 1,09 1,58 Dimensão útil 3 2,23 2,26 1,58 2,05 2,08 1,88 1,43 1,96 2,05 1,68 1,82 1,98 1,54 2,19 2,12 2,06 1,78 2,28 Funcionalidade 3 0,58 0,70 0,89 0,81 0,70 1,00 0,92 0,78 0,83 0,92 0,81 0,70 0,53 1,33 0,83 0,61 0,83 0,83 Pontuação final 1,11 1,79 1,65 1,77 1,17 1,50 1,85 1,18 1,75 1,23 1,26 1,05 0,90 1,38 1,13 1,12 1,58 1,80 Conceito final R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) M(1) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2)
Tabela 49 - Resultado final da análise de qualidade (plantas 19 a 36)
Plantas Valida-
ção P19 P20 P21 P22 P23 P24 P25 P26 P27 P28 P29 P30 P31 P32 P33 P34 P35 P36 Atendimento a NBR 15.575 3 - 3,00 3,00 - - - 3,00 3,00 3,00 - 3,00 - - - - - 3,00 3,00 Programa de
espaços 3 2,57 2,00 2,00 2,29 2,29 2,29 2,00 2,29 2,29 2,00 2,00 1,43 1,71 1,43 1,43 1,71 1,43 1,71 Programa de equipamentos 2 1,25 0,95 0,90 - 1,00 1,82 1,20 0,50 1,20 - 1,00 0,80 0,80 - 1,20 - 1,20 1,15
Área útil 3 1,02 1,23 1,55 1,29 1,28 1,78 2,16 1,74 1,79 1,87 2,12 1,14 0,83 0,86 1,27 1,34 2,17 1,51 Dimensão útil 3 1,82 2,24 1,99 2,31 1,85 1,95 2,35 1,95 2,26 2,27 2,25 1,76 1,81 1,77 2,05 1,90 2,32 2,24 Funcionalidade 3 0,86 0,86 0,89 0,61 0,72 0,95 0,81 0,97 1,17 0,58 0,81 0,56 0,56 0,61 0,70 0,67 0,67 0,81 Pontuação final 1,25 1,76 1,77 1,15 1,20 1,44 1,96 1,81 1,99 1,19 1,91 0,96 0,96 0,82 1,10 0,99 1,83 1,77 Conceito final R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) R (2) M(1) M(1) M(1) R (2) M(1) R (2) R (2)
166
Tabela 50 - Resultados do índice de qualidade e dos custos de cada projeto.
Projeto
Qualidade/Projeto
Referência (P32)
Custo/Projeto Referencia
(P32)
Atendimento à NBR 15.575
Custo da unidade
Pontuação Final
Qualidade Topologia
P32 1,00 1,00 Não 26.303,68 0,82 III P13 1,09 0,97 Não 25.599,26 0,90 III P30 1,16 0,98 Não 25.792,22 0,96 VI P31 1,17 1,02 Não 26.711,38 0,96 IX P34 1,20 1,06 Não 27.933,79 0,99 VIII P12 1,27 1,06 Não 27.769,55 1,05 IX P33 1,33 1,00 Não 26.235,34 1,10 IV P1 1,35 0,99 Não 26.071,16 1,11 III P16 1,36 0,97 Não 25.422,54 1,12 II P15 1,37 1,02 Não 26.782,40 1,13 II P22 1,39 1,12 Não 29.402,61 1,15 IX P5 1,42 1,09 Não 28.709,89 1,17 XI.a P8 1,43 1,28 Não 33.541,92 1,18 IX.a P28 1,44 1,10 Não 28.813,20 1,19 IX P23 1,46 1,11 Não 29.244,77 1,20 XI P10 1,49 1,08 Não 28.351,61 1,23 XI P19 1,52 1,09 Não 28.794,32 1,25 XI P11 1,53 1,06 Não 27.786,68 1,26 XI.b P14 1,68 1,08 Não 28.519,74 1,38 VIII P24 1,75 1,11 Não 29.264,78 1,44 XI P6 1,82 1,11 Não 29.130,99 1,50 XI.c P17 1,91 0,98 Sim 25.751,16 1,58 II P3 2,00 1,02 Sim 26.753,09 1,65 II P9 2,13 1,09 Sim 28.669,31 1,75 IX P20 2,13 1,11 Sim 29.117,32 1,76 IX P4 2,15 1,02 Sim 26.750,61 1,77 II P21 2,15 1,09 Sim 28.590,73 1,77 IX P36 2,15 1,08 Sim 28.471,99 1,77 VII P2 2,17 0,99 Sim 26.154,01 1,79 I P18 2,19 1,11 Sim 29.151,36 1,80 IX P26 2,20 1,11 Sim 29.266,86 1,81 X P35 2,22 1,07 Sim 28.121,31 1,83 V P7 2,24 1,11 Sim 29.133,49 1,85 XI P29 2,32 1,16 Sim 30.536,52 1,91 XI P25 2,38 1,11 Sim 29.251,56 1,96 VIII P27 2,42 1,10 Sim 28.822,15 1,99 IX
Gráfico 2323 - Gráfico qualidadequalidade, custos e área dos projetos analisados.dos projetos analisados.dos projetos analisados.
167
168
O Gráfico 23 é claro ao representar que os custos não acompanham a evolução da
qualidade. Mas esta afirmação necessita de uma análise detalhada de cada planta, visando
identificar os pontos positivos e negativos que influenciaram neste resultado.
Nenhuma planta alcançou pontuação final acima de 2, assim estas estão classificadas
entre os conceitos: nulo (quando não atendem a NBR 15.575), apesar de estar com pontuação
entre 0 e 1; e, recomendável, quando atende a norma e tem pontuação maior que 1 e menor ou
igual a 2.
Das 36 plantas estudadas 21 delas (58,33%) estão com o conceito de nulo, sendo que
16 unidades estão com pontuação acima de 1, chegando a 1,50, porém não atendem a NBR
15.575.
Somente 15 unidades (41,67%) do total das plantas analisadas e com pontuação final
da qualidade acima de 1,50 até 1,99 estão com conceito de recomendável (Tabela 51).
Tabela 51 - Ocorrência das topologias no gráfico da qualidade
Topologia Trecho
(0,82 a <=1,00) Trecho
(>1,00 a <=1,50) Trecho
(>1,50 a <=1,99) Total Nulo Nulo Recomendável
VI 1 0 0 1 IV 0 1 0 1
IX.a 0 1 0 1 XI.a 0 1 0 1 III 2 1 0 3
XI.b 0 1 0 1 XI.c 0 1 0 1
I 0 0 1 1 V 0 0 1 1
VII 0 0 1 1 X 0 0 1 1
VIII 1 1 1 3 II 0 2 3 5 XI 0 4 2 6 IX 1 3 5 9
Total 5 16 15 36
Oito topologias estão presentes no trecho de maior qualidade (I, V, VII, X, VIII, II, XI,
IX), demonstrando que esta variedade também é benéfica para a qualidade. Destaca-se a
topologia IX, configurada na planta que alcançou o melhor resultado final (planta 27) e ainda
representa a topologia presente em um terço das plantas com conceito recomendável.
169
5.6.1 Qualidade, Custo e Área
As evoluções da qualidade, do custo e da área estão dispostos Tabela 52, classificados
pela qualidade. Verificar-se que, enquanto a qualidade entre os projetos evoluí a percentuais
altos (passando de 100%), a área evolui em percentuais menores, salvo as exceções da planta
8 e 29, não ultrapassando a 26%. E ainda melhor, o custo não evoluiu no mesmo percentual
da área ficando mais baixo não ultrapassando 12%.
Tabela 52- Evolução da qualidade, custo e área
Projeto % Evolução da qualidade % Evolução área % Evolução custo P32 0,0% 0,0% 0,0% P13 8,6% -0,3% -2,7% P30 16,0% -0,3% -1,9% P31 16,5% 1,6% 1,5% P34 20,4% 14,4% 6,2% P12 27,4% 17,4% 5,6% P33 33,5% -0,9% -0,3% P01 34,5% 5,8% -0,9% P16 35,9% -0,1% -3,3% P15 36,8% 9,6% 1,8% P22 39,0% 23,0% 11,8% P05 41,7% 24,7% 9,1% P08 43,2% 39,7% 27,5% P28 44,0% 23,1% 9,5% P23 45,6% 22,6% 11,2% P10 48,6% 19,2% 7,8% P19 52,2% 21,1% 9,5% P11 52,6% 12,1% 5,6% P14 67,6% 23,5% 8,4% P24 74,9% 24,3% 11,3% P06 81,5% 24,7% 10,7% P17 91,2% 0,8% -2,1% P03 99,7% 4,8% 1,7% P09 112,8% 24,0% 9,0% P20 113,3% 23,5% 10,7% P04 114,7% 5,8% 1,7% P21 114,7% 22,5% 8,7% P36 114,9% 20,5% 8,2% P02 117,5% 5,7% -0,6% P18 118,8% 22,3% 10,8% P26 120,0% 23,7% 11,3% P35 122,3% 19,1% 6,9% P07 124,0% 25,5% 10,8% P29 132,1% 34,3% 16,1% P25 137,9% 24,4% 11,2% P27 141,7% 25,9% 9,6%
Obteve-se seis grupos de plantas conforme o comportamento dos dados relativos a
qualidade, custo e área (Quadro 11). Para qualidade foi definido que a planta que não obteve
índice de qualidade (qualidade/projeto de referência (P32)) maior ou igual a 1,91 é
170
considerada de menor qualidade, pois abaixo deste valor significa que ela não atendeu a NBR
15.575.
Grupo Característica Plantas 1 Menor qualidade, menor custo e menor área P01; P10; P11; P12; P13; P15; P16; P30;
P31; P32; P33; P34 2 Menor qualidade, maior custo e maior área P08 3 Menor qualidade, menor custo e maior área P05; P06; P14; P19; P22; P23; P24; P28 4 Maior qualidade, maior custo e maior área P29 5 Maior qualidade, menor custo e menor área P02; P03; P04; P17; P35 6 Maior qualidade, menor custo e maior área P07; P09; P18; P20; P21; P25; P26; P27;
P36 Quadro 11 - Grupo segundo a qualidade, o custo e a área
Quanto ao custo, se o seu índice (custo/custo do projeto de referência (P32)) for
superior a 1,155 é considerado custo maior, pois 0,155 representa a metade da diferença entre
o menor e o maior índice de custo.
Finalmente, para a área foi usado o mesmo procedimento do custo, mas o valor a
considerar para o índice (área/ área do projeto de referência (P32)) foi 1,205, pois a diferença
entre o menor e o maior índice de área é 0,41.
É possível observar no Gráfico 24 o perfil da qualidade em cada grupo comparado
com o custo e a área. O Gráfico 25 apresenta a qualidade dos grupos comparada com o
perímetro mobiliável, para verificar se há relação entre este e aquela. O perímetro mobiliável
acompanha a evolução da área. Associados a arranjos espaciais adequados a qualidade
aumenta.
O grupo 1, com pequeno perímetro mobiliável, pequena área e consequentemente
baixo custo, obteve os mais baixos índices de qualidade das 36 plantas analisadas. A
característica do único projeto do grupo 2 é ter área maior, porém um perímetro mobiliável
muito baixo, custo maior. Estranhamente a qualidade permaneceu baixa o que é inadmissível,
já que os recursos foram altos. A área aumenta um pouco no grupo 3 e quando o perímetro
mobiliável aumenta, isto reflete em elevação da qualidade do grupo, mas ela ainda é baixa,
pois até este grupo não foi atendida a NBR 15.575. A única planta do grupo 4 tem maior área,
maior perímetro mobiliável, maior custo, o que se espera, maior qualidade.
Gráfico 24 -- Classificação dos projetos em grupClassificação dos projetos em grupos (os (qualidade, custo e área)e área)
171
Gráfico 25- ClassiClassificação dos projetos em gruposficação dos projetos em grupos
172
173
No grupo 5 a área é pequena e o custo é baixo. O perímetro mobiliável, pequeno,
sobre incremento juntamente com a área e a qualidade os acompanha. A área do grupo 6 é
maior do que do grupo 5 e pouco abaixo dos valores de área do grupo 3, o perímetro aumenta
com a área exceto na planta 36, o custo não é excessivamente alto, mas a qualidade, de forma
geral, tem maiores índices.
Para uma análise mais detalhada, de cada um dos seis grupos foi selecionada uma
planta que o representa, em alguns casos ela é única no grupo.
A planta 13, do grupo 1, representada na Figura 42, tem conflitos na circulação da
cozinha, não tem mesa para refeições, não tem varanda e nem área de serviço coberta, no item
extensão da bancada da cozinha, ela não pontuou. Diferentemente, a área dos quartos ficou
próximo do conceito ótimo, porém a área da sala no mínimo próximo do nulo e a cozinha não
alcançou o mínimo. A dimensão mínima dos cômodos ficou próximo do ótimo, exceto a área
de serviços que ficou com conceito nulo.
Figura 42 - Grupo 1, Planta 13
Todos estes apontamentos deixaram a funcionalidade deste projeto menor do que da
planta de menor qualidade do estudo (planta 32), que também está no grupo 1.
A planta 8 representa todo o grupo 2 (Figura 43). Houve um maior dispêndio de
recursos que refletiu em uma área maior, porém sem a qualidade esperada. Ocorre que trata-se
174
de um sobrado, o único realizado dentro do programa PAR em MT. Nesta planta não
couberam todos os guarda-roupas necessários, consequentemente, ela não atendeu à norma.
Figura 43 - Grupo 2, Planta 8
Apesar de ter uma área maior, a forma dos cômodos não facilitou o mobiliamento e
nos dormitórios não é possível variar os leiautes. Um pequeno ajuste no quarto para caber o
175
guarda-roupa elevará substancialmente a qualidade deste projeto, entretanto ele tem custo
elevado, muito acima dos demais.
O grupo 3 é composto por oito plantas, como nos grupos 1 e 2 elas não atendem a
NBR 15.575, sendo classificadas como de menor qualidade, porém este grupo difere
daqueles, pois tem menor custo e maior área. A planta a ser analisada é a número 5. O
problema observado neste projeto é a falta de espaço para a mesa de refeições na sala (Figura
44). Os nichos para os guarda-roupas restringem o leiaute dos dormitórios e a ampliação de
espaços para estes móveis.
Figura 44 - Grupo 3, Planta 5
Os pontos positivos da planta 5 são a presença de varanda e área de serviço cobertas.
A circulação, apesar de grande possibilita privacidade aos moradores.
O Grupo 4 possui apenas uma planta, a número 29 (Figura 45), cujas características
são maior qualidade, já que atende a norma, maior custo e maior área. Está é outra forma de
projetar que não inova, pois é mais evidente que se aumentando os recursos poder-se mais
facilmente abusar da área e conseguir mais qualidade.
176
O projeto não pontuou no item bancada da cozinha, pois não possibilita o trabalho
com os três equipamentos em linha (geladeira, pia e fogão). Possui uma varanda onde se pode
colocar cadeiras para uma conversa de final de tarde e ainda área de serviço coberta, porém
aberta. As áreas e dimensões mínimas dos cômodos alcançaram, cada uma, conceito ótimo.
Figura 45 - Grupo 4, planta 29
Nos quesitos de funcionalidade, a planta 29 ficou em mínimo, principalmente pela
impossibilidade de acrescentar mobiliário opcional e pelo banheiro ser reduzido.
As características do grupo 5 são as que se procura, ou seja, qualidade, com custos
controlados e área bem aproveitada, entretanto em apenas uma das plantas tem área de
serviços e em nenhuma há varanda. Três das cinco plantas são de topologia II, que se difere
da IX apenas pela ausência dos dois cômodos citados anteriormente.
Para representar este grupo foi escolhida a planta 35, que possui apenas uma pequena
área de serviços, o que prejudicou a avaliação dos espaços. Não pontuou quanto a extensão da
bancada da cozinha, mas há uma ótima possibilidade de extensão de guarda
e dimensõ
impossibilitando novos leiautes e inserção de mobiliário opcional. Mas, neste projeto pode
acrescentar no dormitório de casal um berço. A área de serviços descobert
reduzido o índice de funcionalidade.
se torna muito interessante pois tem
atende a NBR 15.575
Uma varanda protege a porta
pontuação não conseguida na bancada da cozinha foi compensada pela extensão de guarda
roupas que podem ser acomodados
quartos chegou na pontuação máxima, as áreas da sala e cozinha em recom
de serviço no mínimo.
deste projeto.
bancada da cozinha, mas há uma ótima possibilidade de extensão de guarda
e dimensões mínimas dos cômodos alcançaram conceito ótimo.
Figura
A funcionalidade não foi favorecida, pois o mobiliário ficou justo na sala e na cozinha,
impossibilitando novos leiautes e inserção de mobiliário opcional. Mas, neste projeto pode
acrescentar no dormitório de casal um berço. A área de serviços descobert
reduzido o índice de funcionalidade.
O grupo
se torna muito interessante pois tem
Neste grupo está a planta melhor pontuada, a de número 27,
atende a NBR 15.575
Uma varanda protege a porta
pontuação não conseguida na bancada da cozinha foi compensada pela extensão de guarda
roupas que podem ser acomodados
quartos chegou na pontuação máxima, as áreas da sala e cozinha em recom
de serviço no mínimo.
deste projeto.
bancada da cozinha, mas há uma ótima possibilidade de extensão de guarda
es mínimas dos cômodos alcançaram conceito ótimo.
Figura 46 - Grupo 5, Planta 35
A funcionalidade não foi favorecida, pois o mobiliário ficou justo na sala e na cozinha,
impossibilitando novos leiautes e inserção de mobiliário opcional. Mas, neste projeto pode
acrescentar no dormitório de casal um berço. A área de serviços descobert
reduzido o índice de funcionalidade.
O grupo 6 tem como característica
se torna muito interessante pois tem
Neste grupo está a planta melhor pontuada, a de número 27,
atende a NBR 15.575 e possui uma área de serviço pequena, porém fechada por três lados.
Uma varanda protege a porta
pontuação não conseguida na bancada da cozinha foi compensada pela extensão de guarda
roupas que podem ser acomodados
quartos chegou na pontuação máxima, as áreas da sala e cozinha em recom
de serviço no mínimo. A funcionalidade proporcionada pelo dormitório elevou a pontuação
bancada da cozinha, mas há uma ótima possibilidade de extensão de guarda
es mínimas dos cômodos alcançaram conceito ótimo.
Grupo 5, Planta 35
A funcionalidade não foi favorecida, pois o mobiliário ficou justo na sala e na cozinha,
impossibilitando novos leiautes e inserção de mobiliário opcional. Mas, neste projeto pode
acrescentar no dormitório de casal um berço. A área de serviços descobert
reduzido o índice de funcionalidade.
tem como característica
se torna muito interessante pois tem-se economia e conforto.
Neste grupo está a planta melhor pontuada, a de número 27,
possui uma área de serviço pequena, porém fechada por três lados.
Uma varanda protege a porta de entrada
pontuação não conseguida na bancada da cozinha foi compensada pela extensão de guarda
roupas que podem ser acomodados, alcançando neste item o conceito ótimo
quartos chegou na pontuação máxima, as áreas da sala e cozinha em recom
A funcionalidade proporcionada pelo dormitório elevou a pontuação
bancada da cozinha, mas há uma ótima possibilidade de extensão de guarda
es mínimas dos cômodos alcançaram conceito ótimo.
Grupo 5, Planta 35
A funcionalidade não foi favorecida, pois o mobiliário ficou justo na sala e na cozinha,
impossibilitando novos leiautes e inserção de mobiliário opcional. Mas, neste projeto pode
acrescentar no dormitório de casal um berço. A área de serviços descobert
tem como características, maior qualidade, menor custo e maior área, o que
se economia e conforto.
Neste grupo está a planta melhor pontuada, a de número 27,
possui uma área de serviço pequena, porém fechada por três lados.
de entrada das intempéries, sendo possível acomodar ca
pontuação não conseguida na bancada da cozinha foi compensada pela extensão de guarda
, alcançando neste item o conceito ótimo
quartos chegou na pontuação máxima, as áreas da sala e cozinha em recom
A funcionalidade proporcionada pelo dormitório elevou a pontuação
bancada da cozinha, mas há uma ótima possibilidade de extensão de guarda
es mínimas dos cômodos alcançaram conceito ótimo.
Figura
A funcionalidade não foi favorecida, pois o mobiliário ficou justo na sala e na cozinha,
impossibilitando novos leiautes e inserção de mobiliário opcional. Mas, neste projeto pode
acrescentar no dormitório de casal um berço. A área de serviços descobert
maior qualidade, menor custo e maior área, o que
se economia e conforto.
Neste grupo está a planta melhor pontuada, a de número 27,
possui uma área de serviço pequena, porém fechada por três lados.
das intempéries, sendo possível acomodar ca
pontuação não conseguida na bancada da cozinha foi compensada pela extensão de guarda
, alcançando neste item o conceito ótimo
quartos chegou na pontuação máxima, as áreas da sala e cozinha em recom
A funcionalidade proporcionada pelo dormitório elevou a pontuação
bancada da cozinha, mas há uma ótima possibilidade de extensão de guarda
es mínimas dos cômodos alcançaram conceito ótimo.
Figura 47 - Grafo II, maior ocorrência no Grupo 5
A funcionalidade não foi favorecida, pois o mobiliário ficou justo na sala e na cozinha,
impossibilitando novos leiautes e inserção de mobiliário opcional. Mas, neste projeto pode
acrescentar no dormitório de casal um berço. A área de serviços descobert
maior qualidade, menor custo e maior área, o que
Neste grupo está a planta melhor pontuada, a de número 27, a qual será analisada.
possui uma área de serviço pequena, porém fechada por três lados.
das intempéries, sendo possível acomodar ca
pontuação não conseguida na bancada da cozinha foi compensada pela extensão de guarda
, alcançando neste item o conceito ótimo
quartos chegou na pontuação máxima, as áreas da sala e cozinha em recom
A funcionalidade proporcionada pelo dormitório elevou a pontuação
bancada da cozinha, mas há uma ótima possibilidade de extensão de guarda-roupas. As áreas
Grafo II, maior ocorrência no Grupo 5
A funcionalidade não foi favorecida, pois o mobiliário ficou justo na sala e na cozinha,
impossibilitando novos leiautes e inserção de mobiliário opcional. Mas, neste projeto pode
acrescentar no dormitório de casal um berço. A área de serviços descoberta também tornou
maior qualidade, menor custo e maior área, o que
a qual será analisada.
possui uma área de serviço pequena, porém fechada por três lados.
das intempéries, sendo possível acomodar ca
pontuação não conseguida na bancada da cozinha foi compensada pela extensão de guarda
, alcançando neste item o conceito ótimo. A área útil dos
quartos chegou na pontuação máxima, as áreas da sala e cozinha em recomendável e da área
A funcionalidade proporcionada pelo dormitório elevou a pontuação
177
roupas. As áreas
A funcionalidade não foi favorecida, pois o mobiliário ficou justo na sala e na cozinha,
impossibilitando novos leiautes e inserção de mobiliário opcional. Mas, neste projeto pode-se
a também tornou
maior qualidade, menor custo e maior área, o que
a qual será analisada. Ela
possui uma área de serviço pequena, porém fechada por três lados.
das intempéries, sendo possível acomodar cadeiras. A
pontuação não conseguida na bancada da cozinha foi compensada pela extensão de guarda-
. A área útil dos
endável e da área
A funcionalidade proporcionada pelo dormitório elevou a pontuação
177
roupas. As áreas
A funcionalidade não foi favorecida, pois o mobiliário ficou justo na sala e na cozinha,
se
a também tornou
maior qualidade, menor custo e maior área, o que
a
possui uma área de serviço pequena, porém fechada por três lados.
A
-
. A área útil dos
endável e da área
A funcionalidade proporcionada pelo dormitório elevou a pontuação
21 com sua
sala, e o projeto 26, com amplos dormitórios e sala.
qualidade, o que se justifica pela maior área de cada projeto.
varanda e área de serviços (cinco são
somente
menos área. Para escolher o grupo 5
serviços, enquanto no grupo
Figura
Outros projetos
com suas varanda
sala, e o projeto 26, com amplos dormitórios e sala.
qualidade, o que se justifica pela maior área de cada projeto.
varanda e área de serviços (cinco são
somente uma pequena área de serviços.
Os grupos 5 e 6 são os que deram melhor resposta para a qualidade. O primeiro com
menos área. Para escolher o grupo 5
serviços, enquanto no grupo
Figura 48 - Grupo 6
Outros projetos deste grupo se destacam
varandas e área
sala, e o projeto 26, com amplos dormitórios e sala.
qualidade, o que se justifica pela maior área de cada projeto.
varanda e área de serviços (cinco são
uma pequena área de serviços.
Os grupos 5 e 6 são os que deram melhor resposta para a qualidade. O primeiro com
menos área. Para escolher o grupo 5
serviços, enquanto no grupo
Grupo 6, planta 27
deste grupo se destacam
e áreas de serviço
sala, e o projeto 26, com amplos dormitórios e sala.
qualidade, o que se justifica pela maior área de cada projeto.
varanda e área de serviços (cinco são
uma pequena área de serviços.
Os grupos 5 e 6 são os que deram melhor resposta para a qualidade. O primeiro com
menos área. Para escolher o grupo 5
serviços, enquanto no grupo 6 estes dois cômodos estão presentes.
deste grupo se destacam quais sejam
de serviços embutidas na unidade
sala, e o projeto 26, com amplos dormitórios e sala.
qualidade, o que se justifica pela maior área de cada projeto.
varanda e área de serviços (cinco são de topologia IX
uma pequena área de serviços.
Os grupos 5 e 6 são os que deram melhor resposta para a qualidade. O primeiro com
menos área. Para escolher o grupo 5, o analista deverá abrir não de varandas e á
estes dois cômodos estão presentes.
Figura 49 -
quais sejam
embutidas na unidade
sala, e o projeto 26, com amplos dormitórios e sala. Neste grupo temos os melhores índices de
qualidade, o que se justifica pela maior área de cada projeto.
topologia IX (Figura
Os grupos 5 e 6 são os que deram melhor resposta para a qualidade. O primeiro com
, o analista deverá abrir não de varandas e á
estes dois cômodos estão presentes.
- Grafo IX, maior ocorrência no Grupo 6
quais sejam: o projeto 7
embutidas na unidade, o projeto 18 com sua ampla
Neste grupo temos os melhores índices de
qualidade, o que se justifica pela maior área de cada projeto. Dos nove projetos
Figura 49)) e
Os grupos 5 e 6 são os que deram melhor resposta para a qualidade. O primeiro com
, o analista deverá abrir não de varandas e á
estes dois cômodos estão presentes.
Grafo IX, maior ocorrência 6
o projeto 7, projeto 20 e projeto
o projeto 18 com sua ampla
Neste grupo temos os melhores índices de
Dos nove projetos
e apenas dois deles tem
Os grupos 5 e 6 são os que deram melhor resposta para a qualidade. O primeiro com
, o analista deverá abrir não de varandas e á
178
Grafo IX, maior ocorrência
, projeto 20 e projeto
o projeto 18 com sua ampla
Neste grupo temos os melhores índices de
Dos nove projetos sete tem
apenas dois deles tem
Os grupos 5 e 6 são os que deram melhor resposta para a qualidade. O primeiro com
, o analista deverá abrir não de varandas e área de
178
, projeto 20 e projeto
o projeto 18 com sua ampla
Neste grupo temos os melhores índices de
tem
apenas dois deles tem
Os grupos 5 e 6 são os que deram melhor resposta para a qualidade. O primeiro com
rea de
5.6.1.1
à RSNGOV/CB
do período do estudo.
2007 e alta entre
implantados em maior número as unidades de PAR mínimo
-
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
1,27
5.6.1.1 Qualidade no decorrer do período
Considerando a primeira data de apresentação de uma determinada planta
à RSNGOV/CB
do período do estudo.
Pode-se
2007 e alta entre
implantados em maior número as unidades de PAR mínimo
0,50
1,00
1,50
2,00
2,50
3,00
mar
-00
mar
-00
jul-
00
ago
-00
P03P02P01P04
1,27
Qualidade no decorrer do período
Considerando a primeira data de apresentação de uma determinada planta
à RSNGOV/CB, foi confeccionado o
do período do estudo.
Gráfico
observar que
2007 e alta entre outubro de
implantados em maior número as unidades de PAR mínimo
ago
-00
abr-
02
jun
-02
fev-
03
mai
-03
jul-
03
P04P05P08P29P09P18
Qualidade no decorrer do período
Considerando a primeira data de apresentação de uma determinada planta
, foi confeccionado o
Gráfico 26 - Qualidade das plantas no período de 2000 a 2008.
que a qualidade f
outubro de 2004 e dezembro de
implantados em maior número as unidades de PAR mínimo
jul-
03
de
z-0
3
de
z-0
3
mar
-04
mar
-04
ago
-04
P18P10P12P22P23P11
Qualidade no decorrer do período de 2000 a 2008
Qualidade no decorrer do período de 2000 a 2008
Considerando a primeira data de apresentação de uma determinada planta
, foi confeccionado o Gráfico 26
Qualidade das plantas no período de 2000 a 2008.
a qualidade foi sazonal, mas caracteristicamente baixa no ano de
dezembro de
implantados em maior número as unidades de PAR mínimo
ago
-04
ou
t-0
4
ou
t-0
4
ou
t-0
4
ou
t-0
4
P11P19P20P21P06
Ano e planta
Qualidade no decorrer do período de 2000 a 2008
de 2000 a 2008
Considerando a primeira data de apresentação de uma determinada planta
26, que mostra o percurso da qualidade dentro
Qualidade das plantas no período de 2000 a 2008.
oi sazonal, mas caracteristicamente baixa no ano de
dezembro de 2005. No período a partir de 2007, foram
implantados em maior número as unidades de PAR mínimo,
ou
t-0
4
de
z-0
5
de
z-0
5
de
z-0
5
de
z-0
5
P06P07P26P25P27P24
Ano e planta
Qualidade no decorrer do período de 2000 a 2008
Considerando a primeira data de apresentação de uma determinada planta
, que mostra o percurso da qualidade dentro
Qualidade das plantas no período de 2000 a 2008.
oi sazonal, mas caracteristicamente baixa no ano de
No período a partir de 2007, foram
fazendo a qualidade decrescer
de
z-0
5
mar
-06
jun
-07
jun
-07
jun
-07
jun
-07
P24P28P13P30P31P16
Qualidade no decorrer do período de 2000 a 2008
PAR Mínimo
Considerando a primeira data de apresentação de uma determinada planta, obtida junto
, que mostra o percurso da qualidade dentro
Qualidade das plantas no período de 2000 a 2008.
oi sazonal, mas caracteristicamente baixa no ano de
No período a partir de 2007, foram
fazendo a qualidade decrescer
jun
-07
jul-
07
jul-
07
jul-
07
jun
-08
jun
-08
P16P32P34P33P36P35
Mínimo
179
, obtida junto
, que mostra o percurso da qualidade dentro
oi sazonal, mas caracteristicamente baixa no ano de
No período a partir de 2007, foram
fazendo a qualidade decrescer. ju
n-0
8
ago
-08
ago
-08
de
z-0
8
P35P15P17P14
179
, obtida junto
, que mostra o percurso da qualidade dentro
oi sazonal, mas caracteristicamente baixa no ano de
No período a partir de 2007, foram
180
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS E SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
A análise conclusiva do trabalho é o resgate das dificuldades e desafios encontrados
para a contextualização do tema; a análise dos resultados obtidos e as respostas as questões
inicialmente formuladas. No caminho trilhado ficam outras perguntas a serem respondidas,
outras intrigantes situações a serem estudadas pelos que virão.
6.1 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A história da Habitação no Brasil é estudada por vários autores com foco nos
momentos históricos culturais, políticos, sociais e econômicos, entretanto, principalmente nos
estudos anteriores ao BNH, sente-se uma escassez de plantas com informações dimensionais
ou em escala, que poderiam subsidiar uma análise da casa brasileira anterior a este período.
Muitos autores criticam as unidades habitacionais, mas somente um levantamento da
forma e das dimensões da moradia brasileira poderia mostrar o que de melhor ela tem e o que
deve ser evitado.
No período pós BNH, o próprio banco se encarregou de documentar suas ações
favorecem os estudos sobre as dimensões das unidades por ele produzidas.
Maior dificuldade é encontrar informações sobre as unidades habitacionais em Mato
Grosso. O primeiro conjunto habitacional só tem a sua implantação no Arquivo Público. As
unidades do BNH também não estão documentadas de forma acessível, em muitos trabalhos
elas são apenas descritas.
É fácil o acesso às informações sobre os programas habitacionais, pois estão todas
disponíveis nos sítios do governo federal à disposição dos projetistas, prefeituras e
empresários da construção civil. Igualmente, estão disponíveis as tabelas de custos para a
composição dos orçamentos das unidades.
181
Os dados estatísticos sobre a produção de unidades em Mato Grosso foram mais
difíceis de obter. As unidades realizadas pela Fundação Casa Popular foram conseguidas
através das documentações realizadas pelo FINEP, confrontadas com as informações de
estudos sobre habitação em Mato Grosso, realizados por autores locais. As informações sobre
a produção da COHAB/MT foram também baseadas, em primeira instância, em estudos
locais, os quais divergiam um pouco dos estudos nacionais para o estado, estes últimos
considerados em caso de omissão dos estudos locais. Foi importante a coleta de números de
unidades junto a RSNGOV/CB, pois ela tem informações de diversas fontes de recursos e
programas habitacionais. A maior dificuldade é identificar nos dados o público para a
habitação de interesse social.
6.1.1 Métodos de Avaliação da Qualidade da Habitação
Quanto a qualidade da habitação são muitos os métodos para avaliá-la. Foram
encontrados métodos de autores estrangeiros e de autores nacionais. É possível observar que
os estrangeiros possuem normas técnicas em seus países que regulamentam o projeto
oferecendo parâmetros para seus métodos, como na Alemanha, França e Portugal. Enquanto
no Brasil, ainda se está iniciando, através da criação de normas, as quais devem auxiliar na
análise da qualidade, como exemplos, a NBR 15.575 e a NBR 9050.
Métodos como os de Klein, SEL e Qualitel são citados por vários autores e todos
reconhecem as contribuições destes estudos e partem deles para desenvolver seus próprios
métodos, como no caso do Método de Pedro.
Foram registrados os métodos brasileiros de Martins, Brandão, Leite, Palermo e
Buzzar e Fabrício. Os métodos de Martins e Brandão são voltados para apartamentos. Estes
dois métodos contribuíram na apresentação de variáveis numéricas que podem explicar a
qualidade.
Leite e Palermo são métodos com escalas de qualidade mais subjetivas. Ambos
defendem que o incremento de área proporciona maior qualidade, apresentando sugestões de
alterações de área e de leiaute para alcançar a qualidade esperada para a habitação. O trabalho
de Palermo traz contribuições para este estudo com parâmetros de mobiliamento, de
funcionalidade e com dimensões de mobiliário. O Método de Buzzar e Fabrício acrescentou
parâmetros de área mínima.
182
6.1.1.1 Como definir as variáveis mais importantes para a análise de viabilidade técnica qualitativa do espaço interno?
Este trabalho baseia-se no Método de Pedro, um método contemporâneo que está
detalhado em seus documentos o que facilita a compreensão e aplicação. Este método faz
muitas interações com variáveis numéricas de fácil acesso em projetos apresentados em planta
(extensão de bancada e de guarda-roupas, área mínima dos cômodos, paredes mobiliáveis,
dimensão mínima dos cômodos), variáveis de código alocado (espaços para varandas,
depósitos e estacionamentos) e variáveis dicotômicas (sim/não) (funcionalidade), sendo muito
prática sua aplicação, considerando que o analista possui pouco prazo para concluir suas
análises. Ao método acrescentou-se as questões sobre a NBR 15.575:1, item 16, com
respostas do tipo dicotômicas (sim/não). O Método de Pedro é completo e trata também do
entorno da habitação, o qual não foi abordado.
6.1.1.2 Que parâmetros podem ser adotados ao realizar as análises por meio das variáveis identificadas?
Foram apresentados diversos estudos sobre habitação mínima e dimensões mínimas da
habitação e o que se observa é que há muitos estudos estrangeiros, já os brasileiros estão mais
ocupados com as dimensões do mobiliário menos com os cômodos. Talvez seja difícil, para
um país tão extenso e diverso em culturas e climas, estudos que estabeleçam parâmetros
únicos.
A própria norma que estabelece as dimensões do mobiliário não está atualizada com as
dimensões encontradas no mercado, necessitando ser revista. Ela ainda não se compromete
com as dimensões dos cômodos deixando a cargo dos projetistas. Isto seria coerente não fosse
o fato da habitação de interesse social não ser acolhida de forma adequada pelos responsáveis
pela sua execução as empresas construtoras e seus respectivos projetistas.
Em outros países há abundância de dados sobre a espaciosidade, a área mínima,
dimensões mínimas, mobiliário, e outros aspectos do projeto. Os dados brasileiros estão
esparsos e não estão escalonados. Procurou-se agrupar estas informações. Para este estudo
foram usados os parâmetros dos autores mencionados (Palermo, Buzzar e Fabrício e Pedro),
183
associados exigências da NBR 15.575 e também foram estabelecidos alguns critérios para os
casos onde não se encontrou referências consistentes.
O trabalho de Pedro, feito para as particularidades de Portugal, apresenta-se como uma
ferramenta objetiva na análise de projetos, respaldando o analista na obtenção de um resultado
pautado em critérios objetivos e claros. Foram necessárias adaptações devido às diferenças
entre aquele país e o Brasil.
Foi feito um recorte no Método de Pedro, para que fosse possível elaborar um método
apenas para a habitação. Algumas questões foram adaptadas à realidade brasileira, e os
parâmetros, sempre que possível foram os coletados na bibliografia nacional.
As ponderações às questões de Pedro não foram importadas para o método deste
trabalho, elas foram discutidas com profissionais do mercado e de instituições financiadoras
da habitação de interesse social. Estes entrevistados estabeleceram as ponderações conforme
suas convicções profissionais e possivelmente pessoais.
A esta etapa denominou-se Validação e ela poderá ser feita a critério do avaliador
(empresa, instituição ou profissional) conforme os seus objetivos e ou características
regionais, sociais ou culturais. Desta forma, pode-se adotar o método para análise de projetos
de outras épocas, outras regiões, outros tipos de habitação e com outras finalidades (corrigir,
mensurar, classificar, refutar, avaliar entre outras). Entretanto o resultado da aplicação do
método não exime o analista de fazer as considerações que forem suficientes para auxiliar na
melhoria do projeto, pois não basta dizer que o projeto está inadequado, deve-se propor
soluções para o alcance do objetivo comum, a qualidade da habitação.
6.1.1.3 Quais os fatores que propiciam a qualidade?
Ao serem classificadas em grupos, conforme a qualidade, o custo e a área, ficou claro
alguns aspectos dos projetos que proporcionam ou prejudicam a qualidade.
No grupo 1, temos pouca área o que resultou em custo baixo, porém o arranjo espacial
não promoveu qualidade ao projeto, principalmente não atendendo à norma, o que é esperado
quando temos área muito reduzida e recursos escassos.
Para o grupo 2, a decisão de uma tipologia tipo sobrado elevou o custo da habitação.
Mesmo com área maior, mas com arranjo inadequado, a qualidade do projeto ficou aquém do
184
que se espera quando há recursos. A justificativa de escolher o sobrado como tipo de planta,
que tem maior área de circulação (escada), só poderia ser aceita para aumentar o número de
unidades em terrenos mais caros, porém bem localizados e com infraestrutura bem próxima.
Projetos mais precários estão no grupo 3, pois mesmo com área maior, não alcançaram
a qualidade requerida. Apesar destes projetos resultarem em custos menores, o projetista
deveria ter elaborado melhor os espaços da habitação.
Nos três primeiros grupos, destaca se dois principais problemas encontrados nos
projetos: pelo menos um quarto não cabe o mobiliário mínimo e não há espaço para mesa de
refeições, ambos relacionados a NBR 15.575. Uma perda, pois é à mesa que são realizadas
diversas atividades, além das refeições, como: estudar, trabalhar, costurar, executar diversos
trabalhos manuais e reunir-se com outras pessoas.
Não há inovação no grupo 4, pois com área maior, custo maior e obteve-se
consequentemente qualidade maior, ainda assim ela ficou em terceiro lugar na classificação
geral.
As características de projeto do grupo 5 são: quartos amplos, mas salas e cozinhas
mais reduzidas, sem varandas e área de serviço. Quando os quartos são maiores e a sala e
cozinha acomodam adequadamente o mobiliário mínimo se obtém um projeto que atendem
melhor as funções da habitação gerando maior qualidade. A topologia II representa 3/5 das
plantas deste grupo.
O grupo 6 como o 5 também possui quartos amplos e sala e cozinha com todo o
mobiliário mínimo. Acrescenta-se ao grupo a área de serviço coberta e a varanda. A área é
maior que do grupo anterior, o custo também, mas tudo se reverte em maior qualidade.
Neste grupo 55,55% das plantas são da topologia IX, que se assemelha à topologia do
grupo anterior, porém nesta há mais dois cômodos (área de serviço e varanda). É possível
inferir que esta topologia (IX) e sua variação (II) são estão relacionadas com o aumento da
qualidade.
O questionário que fez a verificação de atendimento à norma foi o mais significativo,
pois para este estudo ele era muito importante para a configuração da qualidade e não havia
nuances de pontuação, ou a planta atende (3 pontos) ou não atende (0). A funcionalidade
também é foi bastante significativa pois está condicionada também ao atendimento da norma.
185
A variável perímetro mobiliável em projetos com bom arranjo espacial proporciona
maior qualidade. Observa-se que nos momentos que este valor aumentou a qualidade também
cresceu, com duas exceções (P15 e P36).
Área é uma variável que influencia, mas deve estar associada a um bom arranjo
espacial evitando-se desperdício de espaço, pois a forma inadequada pode comprometer
negativamente o atendimento à norma e decresce a funcionalidade.
6.1.1.4 A qualidade das unidades do PAR está aquém do necessário para o desempenho das atividades domésticas?
Nos projetos analisados há aqueles que têm qualidade suficiente para atender as
funções mais básicas da habitação, os do grupo 6. Mas, se for necessário abrir mão de alguns
cômodos ainda há o grupo 5, com qualidade menor que do grupo 6, porém com custo menor.
6.1.1.5 Como a qualidade das moradias do PAR se comportou ao longo do tempo?
A sazonalidade está caracterizada quando se trata da qualidade no decorrer do período
estudado. Entre outubro de 2004 e dezembro de 2005, a qualidade esteve em alta. Entretanto,
com os empreendimentos do tipo PAR mínimo, no ano de 2007 a qualidade diminui. Melhora
novamente em seu último ano com os últimos empreendimentos do tipo PAR normal.
O método adaptado e aqui adotado deve ser aprimorado principalmente nos
parâmetros de suas variáveis. Como exemplo, a análise da extensão de paredes mobiliáveis
teve que ser suspensa, pois não havia até o momento da aplicação referências seguras sobre os
parâmetros desta variável.
As questões sobre funcionalidade talvez necessitem ser triadas e/ou reformuladas de
forma a responder melhor sobre esta variável.
Há qualidade na habitação de interesse social em MT, porém ela tem que ser
priorizada. É possível projetar melhor e obter menores custos. Os projetistas precisam de uma
qualificação específica para a habitação de interesse social. Conhecer objetivos deste tipo de
habitação, suas especificações e normas, para alcançar qualidade requerida.
186
As normas estão a disposição dos agentes executores da habitação de interesse social,
e preciso segui-las para garantir a qualidade mínima. É certo que elas precisam ser revistas e
atualizadas, mas de forma alguma ignoradas como estão sendo nos dias atuais.
O PAR tem a vantagem de ser um arredamento, que na prática é encarado pelos
arrendatários como um financiamento. As últimas unidades executadas no programa (PAR
mínimo) estão longe da qualidade das especificações do Programa Minha Casa Minha Vida.
Este último tem melhorias em relação ao primeiro, pois já consta, explicitamente, em suas
especificações atendimento às NBRs. Os empresários ainda relutam e se queixam dos custos,
deturpando o que é mínimo utilizando como máximo. Mas é possível fazer melhor com
menores custos, basta um projeto bem estudado e com as soluções adequadas que lhe
proporcionarão qualidade, os programas destinam recursos para este fim.
6.2 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS
Durante a execução deste trabalho, foi difícil encontrar dados históricos das dimensões
da habitação, principalmente do estado de Mato Grosso. Provavelmente as plantas estão
disponíveis nas prefeituras e poderiam ser catalogadas.
O conjunto habitacional denominado Bairro Popular é rico em tipologias (dois, três e
quatro quartos) e estas não estão registradas em plantas ou trabalhos, apesar de haver muitas
unidades em sua forma original.
Na revisão bibliográfica foram encontradas informações sobre o estilo californiano e
foi possível verificar que em Cuiabá há vários exemplares deste estilo (Av. Presidente
Marques) típico das habitações populares da década de 50.
Trabalhos futuros poderão incluir variáveis de conforto lumínico, sonoro e térmico,
bem como aspectos estéticos que possam influenciar na percepção de qualidade dos
moradores.
A ampliação deste trabalho, incluindo considerações quanto ao entorno e a
infraestrutura, podem ser realizadas com a aplicação integral do Método de Pedro adequando-
o às condições regionais.
Outros estudos poderão determinar os níveis mínimo, recomendável e ótimo para o
perímetro mobiliável.
187
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TREVISAN, R. M. Condomínios tipo vila em São Paulo. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2006.
VALLADARES, L. D. P. Passa-se uma casa: análise do Programa de Remoção de Favelas do Rio de Janeiro. Rio de Janeiro: Zahar Editores, 1978.
VERÍSSIMO, F. S; BITTAR, W. S. M. 500 anos da casa no Brasil: As transformações da arquitetura e da utilização do espaço de moradia. 2 ed. Rio de Janeiro: Ediouro, 1999.
VILARINHO NETO, C. S. A Metropolização Regional: formação e consolidação da rede urbana do estado de Mato Grosso. Cuiabá: EdUFMT, 2009.
194
APÊNDICE A - PESQUISA DIMENSÕES DO MOBILIÁRIO
195
Tabela 53 - Dimensões de mobiliário
Comércio varejista
(2010) Folz (2008) CDHU (SP) Palermo (2009) NBR 15.575 Pedro (2000)
Item Largura
Profun-didade
Largura Profun-didade
Largura Profun-didade
Largura Profun-didade
Largura Profun-didade
Largura Profun-didade
1.1 Sofá 3 lugares com
braço
1,73 0,80 1,78 0,79 2,10 0,80 1,64 0,70 1,70 0,70
1,73 0,90 1,95 0,76
1,75 0,80 2,20 1,07
2,05 0,85
1.2 Sofá 2 lugares com
braço
1,30 0,80 1,35 0,90 1,40 0,80 1,24 0,70 1,20 0,70
1,35 0,90 1,45 0,76
1,35 0,80 1,65 1,07
1,55 0,85
1.3 Poltrona com braço
0,67 0,81
0,80 0,80 0,62 0,73 0,80 0,70
0,88 0,90
0,64 0,83
0,90 0,85
1.4 Sofá 3 lugares sem
braço 1,50 0,70 2,00 0,90
1.5 Sofá 2 lugares sem
braço 1,00 0,70
1.6 Poltrona sem braço
0,50 0,70
2.1 Armário/estante TV 1,10 0,44 0,90 0,40 1,20 0,40 0,80 0,40 0,80 0,50
1,20 0,38 1,52 0,55
0,76 0,36
2.2 Mesa de canto 0,50 0,50
0,50 0,50 0,45 0,44
0,40 0,40
0,55 0,55
0,45 0,45
196
Tabela 53 - Dimensões de mobiliário (cont.)
Comércio varejista
(2010) Folz (2008) CDHU (SP) Palermo (2009) NBR 15.575 Pedro (2000)
Item Largura
Profun-didade
Largura Profun-didade
Largura Profun-didade
Largura Profun-didade
Largura Profun-didade
Largura Profun-didade
3.1 Mesinha de centro
0,75 0,75
0,70 0,70 0,74 0,36
0,77 0,77
0,95 0,95
0,90 0,60
4.1 Conjunto de mesa
redonda com 4 lugares
0,70 0,70 1,00 1,00 1,10 1,10
0,95 0,95
0,90 0,90
4.2 Conjunto de mesa
redonda com 6 lugares
1,00 1,00 1,50 1,50
1,20 1,20
4.3 Conjunto de mesa quadrada com 4
lugares
0,75 1,20
0,80 0,80 1,00 1,00
0,88 0,87
4.4 Conjunto de mesa quadrada com 6
lugares
0,78 1,55 1,40 0,90 0,75 1,60 1,38 0,90 1,20 1,20
0,80 1,60 1,60 0,90
4.5 Conjunto de mesa retangular com 4
lugares
0,73 1,12 1,20 0,75 0,75 1,30
1,20 0,80
0,80 0,70 1,30 0,80
0,70 0,80
0,80 1,20
5.1 Fogão 4 bocas
0,51 0,57 0,48 0,57 0,50 0,60 0,55 0,58 0,55 0,60
0,51 0,57 0,59 0,65
0,49 0,61
0,50 0,62
0,53 0,59
0,49 0,59
0,50 0,62
197
Tabela 53 - Dimensões de mobiliário (cont.)
Comércio varejista
(2010) Folz (2008) CDHU (SP) Palermo (2009) NBR 15.575 Pedro (2000)
Item Largura
Profun-didade
Largura Profun-didade
Largura Profun-didade
Largura Profun-didade
Largura Profun-didade
Largura Profun-didade
6.1 Geladeira simples
0,55 0,67 0,48 0,65 0,62 0,67 0,70 0,65 0,70 0,70
0,55 0,67 0,55 0,63
0,60 0,67 0,63 0,72
0,55 0,69
0,60 0,65
0,56 0,66
0,60 0,68
0,55 0,67
0,48 0,65
0,48 0,65
0,55 0,62
0,55 0,65
7.1 Cama de casal
1,40 1,97 1,40 1,90 1,50 1,95 1,98 1,45 1,40 1,90 1,50 2,00 1,52 1,99 1,59 1,98
1,46 2,04 1,40 2,30
1,54 2,13
7.2 Cama de solteiro
0,84 1,98 0,78 1,88 0,85 1,95 1,98 0,88 0,80 1,90 0,80 2,00 0,95 2,03 1,05 1,95
1,12 1,93 1,02 2,10
0,83 2,03
0,88 1,88
0,88 1,94
7.3 Beliche
0,84 1,98
0,85 1,98
8.1 Criado 0,50 0,50
0,50 0,50 0,40 0,40
8.2 Guarda-roupa
1,10 0,47 1,20 0,40 1,65 0,48 1,60 0,50
2,88 0,55
1,10 0,48
2,73 0,65
198
Tabela 53 - Dimensões de mobiliário (cont.)
Comércio varejista
(2010) Folz (2008) CDHU (SP) Palermo (2009) NBR 15.575 Pedro (2000)
Item Largura
Profun-didade
Largura Profun-didade
Largura Profun-didade
Largura Profun-didade
Largura Profun-didade
Largura Profun-didade
8.3 Mesa de estudo
0,78 0,40
1,20 0,60 0,93 0,45 0,80 0,60
0,60 0,45
0,91 0,45
0,78 0,40
0,70 0,57
8.4 Armário sob a pia 1,20 0,51
1,20 0,49 1,20 0,55
1,20 0,51
1,20 0,51
8.5 Armário suspenso 1,80 0,26
1,20 0,30
2,08 0,29
2,45 0,28
8.6 Máquina de lavar
tipo tanquinho
0,70 0,54 0,53 0,57
0,51 0,51 0,60 0,65
0,51 0,52 0,58 0,55
0,51 0,55 0,66 0,70
Fonte: Elaborado com dados do mercado e dos autores Folz (2008, p. 268), CDHU (2008), Palermo (2009, p. 63-70) e ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS (2010, p. 27-28), Pedro (PEDRO, 2000, p. 328).
199
APÊNDICE B - MAPA DE LOCALIZAÇÃO DOS EMPREENDIMENTO S PAR
200
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201
Tabela 54 - Empreendimentos PAR, Cuiabá e Várzea Grande, 2000 a 2008.
Ano Empreendimento Total de unidades
Latitude (sul) Longitude (oeste)
1 2000 Residencial Jardim Vitória "A" 129 15°32'17.15" 56°4'8.04" 2 2000 Residencial Jardim Vitória "B" 160 15°32'22.06" 56°4'1.38" 3 2000 Residencial Coxiponés 160 15°38'41.42" 56°1'4.40" 4 2000 Residencial Morada do Faval 117 15°38'32.59" 56°1'2" 5 2000 Residencial Santo Antônio 160 15°38'51.45" 56°3'8.10" 6 2000 Residencial Jardim Antarctica 180 15°34'17.59" 56°7'31" 7 2000 Residencial Morro de Santo Antônio 160 15°38'59.82" 56°3'18.12" 8 2000 Residencial Lucimar Campos 165 15°38'38.62" 56°10'2.3" 9 2001 Residencial Karla Renata 123 15°38'38.25" 56°10'5.38" 10 2002 Condomínio Ipê Amarelo 140 15°38'33.36" 56°1'59.45" 11 2002 Condomínio Paschoal Moreira Cabral 170 15°38'59.7" 55°59'39.42" 12 2003 Condomínio Flor do Cerrado 284 15°37'25.70" 56°0'33.84" 13 2003 Condomínio Jardim das Acácias 105 15°38'18.51" 56°8'4.07" 14 2003 Condomínio Elias Domingos 169 15°40'40.23" 56°7'47.00" 15 2003 Condomínio Eng. Miguel Leão Lanna 143 15°40'40.06" 56°9'1.86" 16 2003 Residencial Athaíde Monteiro da Silva 204 15°40'48.58" 56°7'50.56" 17 2003 Residencial Marechal Rondon 305 15°38'59.7" 55°59'39.42" 18 2003 Residencial Altos do São Gonçalo 344 15°39'34.96" 56°3'37.91"
19 2003 Condomínio Domingos Sávio Brandão
Lima Jr. 209 15°39'10.66" 56°3'9.83"
20 2004 Condomínio Recanto 140 15°36'30" 56°2'6.30" 21 2004 Condomínio Jardim Botânico 108 15°38'9.88" 56°3'30.81" 22 2004 Residencial Acácia do Coxipó 122 15°37' 3.71" 56°1'46.20" 23 2004 Residencial Ataíde Ferreira da Silva 121 15°39'10.69" 56°10'43.10" 24 2004 Residencial Mirante de Cuiabá 165 15°34'54.77" 56°3'34.5" 25 2004 Residencial Paulo Leite da Silva 116 15°40'45.99" 56°7'51.83" 26 2004 Residencial Maria de Lurdes 487 15°36'18.18" 56°1'54.10"
27 2004 Residencial Alice Gonçalves de
Campos 275 15°39'15.35" 56°10'43.85"
28 2004 Residencial Recanto do Salvador 362 15°36'8.06" 56°2'1.78" 29 2005 Residencial Despraiado 430 15º34'01.9" 56º05'41.2"
30 2005 Residencial Aurília Salies Curvo - 1ª
Etapa 236 15°38'27.98" 56°5'3.37"
31 2005 Residencial Renato José dos Santos 153 15°39'6.73" 56°10'36.49" 32 2005 Residencial Topázio 120 15º37'04" 56º1'39.90"
33 2006 Residencial Aurília Salies Curvo - 2ª
Etapa 252 15°38'35.45" 56°5'2.83"
34 2006 Residencial Pádova 238 15°32'39.98" 56°2'56.01" 35 2006 Residencial Esperança 157 15°38'53.64" 56°3'31.84"
36 2007 Residencial Noise Curvo de Arruda - 1ª
Etapa 470 15°38'29.99" 56°5'4.31"
37 2007 Residencial Noise Curvo de Arruda - 2ª
Etapa 200 15°38'36.28" 56°5'11.72"
38 2007 Residencial Ilza Therezinha Picolli
Pagot 482 15º 32' 8.65" 56º 2' 6.27"
39 2007 Residencial Wantuil de Freitas 428 15º 32' 33.90" 56º 1' 56.82"
202
Tabela 54 - Empreendimentos PAR, Cuiabá e Várzea Grande, 2000 a 2008. (cont.)
Ano Empreendimento Total de unidades
Latitude (sul) Longitude (oeste)
40 2007 Residencial Salvador Costa Marques 456 15º37`45.68" 55º59'20.49" 41 2008 Residencial Avelino Lima Barros 500 15º38`0.08" 55º59`13.25"
42 2008 Residencial Secretário Clóves
Vetoratto 264 15º36`48.64" 56º10`16.14"
43 2008 Residencial Dep. Milton Figueiredo 308 15º42`07.53" 56°07'46.48" 44 2008 Residencial Belita Costa Marques 488 15º37`39.72" 55º59`35.71" 45 2008 Residencial Claudio Marchetti 473 15º36'58.07" 56º01'16.14" 46 2008 Residencial Buritis - 1ª Etapa 486 15º 31' 56.584" 56º 2' 5.157"
47 2008 Residencial Júlio Domingos de
Campos - 1ª Etapa 500 15º 37' 4.03" 56º 10' 37.33"
48 2008 Residencial Júlio Domingos de
Campos - 2ª Etapa 180 15º 37' 4.03" 56º 10' 37.33"
Fonte: Elaborado a partir de dados das Prefeituras e da RSNGOV/CB.
203
APÊNDICE C - QUANTIFICAÇÃO E CUSTOS UNITÁRIOS
204
JUNHO /2010
Código SINAPI Serviço
1 Serviços preliminares e gerais
2 Infraestrutura 2.1 Trabalhos em terra
2.1.1 74077/002 Locação convencional de obra, através de gabarito de tabuas corridas pontaletadas, com reaproveitamento de 10 vezes. 2.1.2 73617 Escavação manual material de 1ª. categoria a céu aberto profundidade ate 0,50 m c/remoção ate 1 dam.
2.2 Fundações e outros serviços 2.2.1 11770/1 Fundações em radier casas ate 2 pavimentos
2.2.2 74019/1 Escavação manual de cavas e valas em material de 1ª categoria
2.2.3 74022/030 Controle tecnológico concreto
3 Supraestrutura 3.1 74112/001 Laje maciça espessura 6 cm - fck 25 mpa incluindo forma/escoramento 3.2 68049 Cinta e contra verga em tijolo cerâmico maciço 5 x 10 x 20cm 1/2 vez 3.6 73942/001 Armação aço CA50 5.0 mm - cintas e amarrações de paredes
Custo total do item
4 Paredes e painéis 4.1 Alvenaria
4.1.1 73982/001 Alvenaria em tijolo cerâmico furado 10 x 20 x 20 cm, 1/2 vez, assentado em argamassa traço 1:2:8 (cimento, cal e areia), juntas 12 mm 4.1.2 73499 Vergas de concreto armado para alvenaria com aproveitamento da madeira por 10 vezes 4.1.3 72131 Alvenaria em tijolo cerâmico maciço 5 x 10 x 20 cm 1/2 vez (espessura 10 cm), assentado com argamassa traço 1:2:8 (cimento, cal e areia)
Subtotal 4.2 Esquadrias
4.2.1 Esquadrias de ferro 4.2.1.3 73933/003 Porta de ferro, de abrir, veneziana sem bandeira sem ferragens 4.2.1.2 73984/001 Janela de correr em chapa de aço, com 04 folhas para vidro, com divisão horizontal 4.2.1.5 73984/002 Janela de correr em ferro tipo veneziana, 02 folhas, linha popular
Quadro 12 - Especificações e códigos na tabela SINAPI.
205
JUNHO/ 2010
Código SINAPI Serviço
4.2.1.5 6104 Janela basculante em chapa de aço 4.2.1.6 6104 Basculantes (0,60 x 1,00)
Subtotal 4.2.2 Esquadrias de madeira
4.2.2.1 73910/5 Porta de madeira compensada lisa para pintura, 0,80 x 2,10 m, incluso aduela 2ª., alizar 2ª. e dobradiça 73910/1 Porta de madeira compensada lisa para pintura, 0,70 x 2,10 m, incluso aduela 2ª., alizar 2ª. e dobradiça
4.2.2.2 73910/1 Porta de madeira compensada lisa para pintura, 0,60 x 2,10 m, incluso aduela 2ª., alizar 2ª. e dobradiça Subtotal
4.3 Ferragens 4.2.1.3 74068/002 Fechadura de embutir completa, para portas externas, padrão de acabamento popular
74070/3 Fechadura de embutir completa, para portas internas, padrão de acabamento popular Subtotal
4.4 Vidros 4.4.1 72116 Vidro fantasia 3 mm colocado em esquadria de ferro / madeira
Subtotal
5 Coberturas e proteções 5.1 Telhados
5.1.1 73931/003 Estrutura para telha cerâmica, em madeira aparelhada, apoiada em parede 5.1.2 73938/002 Telhas plan / romana 5.1.3 6058 Cumeeira c/emboço pigmentado
Subtotal 5.2 Impermeabilização
5.2.1 74106/001 Impermeabilização com tinta betuminosa em fundações, baldrames e muros de arrimo Subtotal
6 Revestimentos, elementos decorativos e pinturas 6.1 Revestimento interno
Quadro 12 - Especificações e códigos na tabela SINAPI.(cont.)
206
JUNHO/ 2010
Código SINAPI Serviço
6.1.1 74161/001 Chapisco de aderência com argamassa de cimento e areia no traço 1:3 6.1.2 74201/001 Reboco paulista com argamassa mista de cimento, cal e areia no traço 1:2:8
Subtotal
6.2 Revestimento externo 6.2.1 74161/001 Chapisco de aderência com argamassa de cimento e areia no traço 1:3 6.2.2 74201/001 Reboco paulista com argamassa mista de cimento, cal e areia no traço 1:2:8
Subtotal
6.3 Azulejos 6.3.1 73912/001 Piso cerâmico linha popular com rejunte e argamassa assentamento
Subtotal
6.4 Forros 6.4.1 41602 Forro de pvc 200 mm -, espessura 8 mm colocado
Subtotal 6.5 Pintura
6.5.1 74233/001 Aplicação de selador externo 6.5.2 73746/001 Textura acrílica 6.5.3 73954/002 Tinta acrílica sem massa corrida interna 2 demãos - em parede molhadas(banho, circulação e a parede da pia da cozinha) 6.5.5 73750/001 Latéx/pva sem massa corrida (interno) 2 demãos + selador -parede 6.5.6 73750/001 Latéx/pva sem massa corrida (interno) 2 demãos + selador -teto (banho) 6.5.7 73739/001 Pintura esmalte acetinado em madeira, duas demãos 6.5.8 73924/001 Pintura esmalte brilhante, duas demãos, para ferro
Subtotal
7 Pavimentação 7.2 73946/001 Piso em cerâmica esmaltada linha popular PEI-4, assentada com argamassa colante, com rejuntamento em cimento branco 7.5 73985/001 Rodapé cerâmico
Quadro 12 - Especificações e códigos na tabela SINAPI. (cont.)
207
JUNHO/ 2010
Código SINAPI Serviço
8 Instalações e aparelhos 8.1 Instalações elétricas
8.1.1 74054/001 Ponto de luz 8.1.2 74054/002 Ponto de tomada 8.1.3 73915/002 Ponto telefônico 8.1.4 73915/002 Ponto de TV-seco 8.1.7 74172/001 Fio # 10,0 mm² 8.1.8 72249 Cabo de cobre nú - aterramento Fio 6 mm² 8.1.9 13597 Instalação e fornecimento de padrão de entrada de energia polifásico (bifásico), poste metálico completo
8.1.10 74131/002 Quadro de distribuição ate 6 disjuntores 8.1.11 74130/001 Disjuntor Monopolar 15A 8.1.13 74130/003 Disjuntor Bipolar 30A 8.1.23 68069 Haste de terra 5/8 x 3 m
Subtotal 8.2 Instalações hidrossanitárias
8.2.1 Instalações de água fria
8.2.1.1 73959/001 Ponto de água fria PVC 3/4" - media 5,00 m de tubo de PVC roscável água fria 3/4" e 2 joelhos de PVC roscavel 90graus agua fria 3/4" - fornecimento e instalação
8.2.1.2 73735/002 reservatório 500 litros fibra de vidro fornecimento e assentamento 8.2.1.3 1857 Abertura/enchimento rasgo alvenaria p/dutos d=1/2" a 1 1/2" argamassa cimento/cal hidratada /areia 1:2:9 8.2.1.4 74176/001 Registro de gaveta ø 3/4 cromado 8.2.1.5 74184/001 Registro de gaveta ø 1" mm bruto 8.2.1.6 74058/002 Torneira de bóia ¾ com balão plástico 8.2.1.7 73975/001 Registro de pressão 3/4" cromado 8.2.1.8 73965/015 Escavação manual de valas h <= 1,50 m 8.2.1.9 72920 Reaterro compactado de valas, com o próprio material escavado
Subtotal 8.3 Instalações de esgoto sanitário
8.3.1 74165/001 Tubo PB PVC esgoto ø 40 mm incluindo conexões 8.3.2 74165/002 Tubo PVC PB esgoto ø 50 mm incluindo conexões
Quadro 12 - Especificações e códigos na tabela SINAPI. (cont.)
208
JUNHO/ 2010
Código SINAPI Serviço
8.3.3 74165/003 Tubo PVC PB esgoto ø 75 mm 8.3.4 74165/004 Tubo PVC PB esgoto ø 100 mm inclusive Conexões 8.3.5 74186/001 Joelho 90 PVC esgoto ø 40 mm 8.3.6 72292 Caixa sifonada com grelha redonda ø 100 mm 8.3.7 74166/001 Caixa Inspeção circular em anel de concreto ø 60 cm externo inclusive tampa calafetada 8.3.8 74225/001 Caixa de gordura circular em em PVC
8.3.10 74019/001 Escavação manual de cavas e valas material de 1ª. categoria 8.3.11 72920 Reaterro compactado de valas, com o próprio material escavado 8.3.12 1857 Rasgo/enchimento em alvenaria p/ tubulações -esgoto
Subtotal 8.4 Aparelhos
8.4.1 Louças e metais sanitários 8.4.1.1 74193/001 Vaso sanitário com caixa de descarga acoplada - louca branca 8.4.1.2 6009 Lavatório em louca branca, sem coluna padrão popular, com torneira cromada popular , sifão, válvula e engate plástico
8.4.1.3 6052 Tanque de mármore sintético 22 litros com válvula em plástico branco 1.1/4"x 1.1/2", sifão plástico tipo copo 1.1/4" e torneira de metal amarelo curta 1/2" ou 3/4" para tanque - fornecimento e instalação
8.4.1.4 6031 Banca (tampo) de mármore sintético 120 x 60 cm com cuba, válvula em plástico branco 1", sifão plástico tipo copo 1" e torneira cromada longa 1/2" ou 3/4" para pia padrão popular - fornecimento e instalação
8.4.1.5 68061 Chuveiro PVC 8.4.1.7 Suporte metálico p/ pia
Subtotal
9 Complementação da obra 9.1 9537 Limpeza piso cimentado/cerâmico 9.2 Marco de concreto ou madeira p/ divisa de lote 9.3 73859/002 Capina manual terreno (10 x 20 m excluir edificação) 9.5 73916/003 Outros (numeração das unidades)
Quadro 12 - Especificações e códigos na tabela SINAPI.(cont.)
209
Tabela 55 - Custo unitário e quantitativo dos projetos ( data base junho/2010) (plantas 1 a 12)
Código SINAPI unidade Custo Unitário P 1 P2 P 3 P 4 P 5 P 6 P 7 P 8 P 9 P 10 P 11 P 12 1 sem código vb variável 2
2.1 2.1.1 74077/002 m² 1,85 56,40 56,38 55,99 56,49 61,61 60,67 60,96 45,63 63,86 62,69 59,66 59,24 2.1.2 73617 14,17 5,08 5,08 5,07 5,07 5,66 5,67 5,64 7,68 5,12 5,22 5,12 4,88 2.2 -
2.2.1 11770/1 m² 57,42 56,40 56,38 55,99 56,49 61,61 60,67 60,96 45,63 63,86 62,69 59,66 59,24 2.2.2 74019/1 m3 19,19 7,33 7,33 7,28 7,34 8,01 7,89 7,92 5,93 8,30 8,15 7,76 7,70 2.2.3 74022/030 un. 44,78 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00
3 -
3.1 74112/001 m3 1.270,81 0,15 0,14 0,15 0,14 0,14 0,15 0,17 4,05 0,15 0,16 0,15 0,13 3.2 68049 m2 59,57 8,47 8,46 8,45 8,46 9,43 9,44 9,39 12,81 8,53 8,71 8,53 8,13 3.6 73942/001 kg 6,36 4
4.1 4.1.1 73982/001 m2 19,82 124,19 123,72 122,77 122,61 144,71 142,02 142,12 180,98 127,09 131,36 123,39 121,41 4.1.2 73499 m3 921,64 0,17 0,17 0,19 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18 0,18 0,17 0,17 0,18 4.1.3 72131 m2 37,24 8,47 8,46 8,45 8,46 9,43 9,44 9,39 12,81 8,53 8,71 8,53 8,13
4.2
4.2.1 4.2.1.3 73933/003 m2 147,96 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 4.2.1.2 73984/001 m2 177,15 1,32 1,65 2,97 2,97 1,32 2,97 2,97 3,30 2,64 2,64 3,30 2,97 4.2.1.5 73984/002 m2 286,94 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 4.2.1.5 6104 m2 153,87 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 4.2.1.6 6104 m2 119,37
4.2.2 -
210
Tabela 55 - Custo unitário e quantitativo dos projetos ( data base junho/2010) (plantas 1 a 12) (cont.) Código SINAPI unidade Custo Unitário P 1 P2 P 3 P 4 P 5 P 6 P 7 P 8 P 9 P 10 P 11 P 12
4.2.2.1 73910/5 un. 172,55 - - - - - - - - - - - - 73910/1 207,38 2,00 2,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 2,00 3,00 2,00 2,00 3,00
4.2.2.2 73910/1 un. 204,90 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
4.3 4.2.1.3 74068/002 un. 45,20 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00
74070/3 36,66 3,00 3,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 3,00 4,00 3,00 3,00 4,00
4.4 - 4.4.1 72116 m² 65,97 3,27 3,60 4,92 4,92 3,27 4,92 4,92 5,25 4,59 4,59 5,25 4,92
5 -
5.1 5.1.1 73931/003 kg 37,60 56,40 56,38 55,99 56,49 61,61 60,67 60,96 45,63 63,86 62,69 59,66 59,24 5.1.2 73938/002 m² 32,18 56,40 56,38 55,99 56,49 61,61 60,67 60,96 45,63 63,86 62,69 59,66 59,24 5.1.3 6058 ml 10,95 7,51 7,66 7,93 8,14 6,41 6,66 6,52 6,72 6,91 7,06 8,88 6,77
5.2
5.2.1 74106/001 m² 4,58 38,11 38,08 38,02 38,06 42,43 42,50 42,27 57,64 38,39 39,19 38,39 36,59 6 -
6.1 6.1.1 74161/001 m² 2,56 130,73 131,44 129,71 129,76 157,19 169,13 162,54 193,35 140,02 152,50 150,36 138,19 6.1.2 74201/001 m² 11,20 130,73 131,44 129,71 129,76 157,19 169,13 162,54 193,35 140,02 152,50 150,36 138,19
6.2
6.2.1 74161/001 m² 2,56 70,31 70,31 70,15 70,63 80,41 77,06 77,60 62,10 84,94 75,28 74,20 80,62 6.2.2 74201/001 m² 11,20 70,31 70,31 70,15 70,63 80,41 77,06 77,60 62,10 84,94 75,28 74,20 80,62
6.3
6.3.1 73912/001 m² 25,13 10,23 9,78 10,29 9,78 9,87 10,29 11,34 9,96 10,05 10,74 10,59 9,42
211
Tabela 55 - Custo unitário e quantitativo dos projetos ( data base junho/2010) (plantas 1 a 12) (cont.) Código SINAPI unidade Custo Unitário P 1 P2 P 3 P 4 P 5 P 6 P 7 P 8 P 9 P 10 P 11 P 12
6.4 6.4.1 41602 m² 20,00 34,96 34,95 34,58 35,22 35,98 36,33 36,31 41,08 35,50 33,09 33,85 34,32
6.5
6.5.1 74233/001 m2 2,36 80,18 79,79 78,87 79,06 97,84 91,58 92,90 70,17 96,88 89,08 82,43 92,27 6.5.2 73746/001 m2 9,30 80,18 79,79 78,87 79,06 97,84 91,58 92,90 70,17 96,88 89,08 82,43 92,27 6.5.3 73954/002 m2 8,31 7,75 7,39 7,80 7,39 7,46 7,80 8,64 7,54 7,61 8,16 8,04 7,10 6.5.5 73750/001 m2 5,18 112,75 114,26 111,62 112,59 139,86 151,04 142,56 175,85 122,36 133,60 131,73 121,66 6.5.6 73750/001 m2 5,18 2,46 2,33 2,50 2,26 2,33 2,50 2,88 2,33 2,44 2,64 2,58 2,13 6.5.7 73739/001 m3 7,79 4,20 4,20 5,67 5,67 5,67 5,67 5,67 4,20 5,67 4,20 4,20 5,67 6.5.8 73924/001 m2 12,07 9,38 9,71 11,03 9,93 9,38 9,93 9,93 11,36 9,60 9,60 10,26 9,93
7 -
7.2 73946/001 m2 23,50 37,42 37,28 37,08 37,48 44,41 44,23 44,65 48,93 45,02 42,63 39,83 42,19 7.5 73985/001 m 6,47 48,42 48,68 48,04 48,06 58,22 62,64 60,20 71,61 51,86 56,48 55,69 51,18 8 -
8.1 - 8.1.1 74054/001 pt 74,45 8,00 8,00 9,00 8,00 8,00 8,00 8,00 9,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8.1.2 74054/002 pt 62,24 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 8.1.3 73915/002 pt 20,41 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.4 73915/002 pt 20,41 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.7 74172/001 m 4,82 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 8.1.8 72249 m 3,24 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 8.1.9 13597 cj 728,62 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.10 74131/002 un. 51,45 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.11 74130/001 un. 7,96 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 8.1.13 74130/003 un. 43,46 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.23 68069 un. 29,85 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
212
Tabela 55 - Custo unitário e quantitativo dos projetos ( data base junho/2010) (plantas 1 a 12) (cont.) Código SINAPI unidade Custo Unitário P 1 P2 P 3 P 4 P 5 P 6 P 7 P 8 P 9 P 10 P 11 P 12
8.2 - 8.2.1 -
8.2.1.1 73959/001 pt 49,48 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 8.2.1.2 73735/002 un. 303,27 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.3 1857 m 2,36 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 8.2.1.4 74176/001 un. 36,73 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.5 74184/001 un. 24,79 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.6 74058/002 un. 57,27 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.7 73975/001 un. 46,13 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.8 73965/015 m3 17,71 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 8.2.1.9 72920 m3 9,45 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63
8.3 -
8.3.1 74165/001 m 12,78 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8.3.2 74165/002 m 17,60 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00 10,00 11,00 12,00 13,00 14,00 15,00 8.3.3 74165/003 m 23,93 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8.3.4 74165/004 m 25,74 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 8.3.5 74186/001 un. 8.3.6 72292 un. 22,24 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.3.7 74166/001 un. 86,06 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 8.3.8 74225/001 un. 48,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.3.10 74019/001 m3 17,71 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 8.3.11 72920 m3 9,45 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 8.3.12 1857 ml 2,36 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80
8.4
8.4.1 - 8.4.1.1 74193/001 cj 212,02 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.4.1.2 6009 un. 108,05 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.4.1.3 6052 un. 131,40 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
213
Tabela 55 - Custo unitário e quantitativo dos projetos ( data base junho/2010) (plantas 1 a 12) (cont.) Código SINAPI unidade Custo Unitário P 1 P2 P 3 P 4 P 5 P 6 P 7 P 8 P 9 P 10 P 11 P 12
8.4.1.4 6031 un. 150,73 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.4.1.5 68061 un. 8,38 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.4.1.7 cj 15,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00
9
9.1 9537 m² 0,97 37,42 37,28 37,08 37,48 44,41 44,23 44,65 48,93 45,02 42,63 39,83 42,19 9.2 un 6,00 2,00 3,00 4,00 5,00 6,00 7,00 8,00 9,00 10,00 11,00 12,00 13,00 9.3 73859/002 m2 0,47 143,60 143,62 144,01 143,51 138,39 139,33 139,04 154,37 136,14 137,31 140,34 140,76 9.5 73916/003 un 16,90 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
214
Tabela 56 - Custo unitário e quantitativo dos projetos (data base: junho/2010) (plantas 13 a 24)
Código SINAPI un. Custo Unitário P 13 P 14 P 15 P 16 P 17 P 18 P 19 P 20 P 21 P 22 P 23 P 24 1 sem código vb variável 2
2.1 2.1.1 74077/002 m² 1,85 53,68 64,71 58,17 53,67 54,15 63,12 63,58 64,60 64,12 64,55 64,35 65,10 2.1.2 73617 14,17 4,84 5,06 4,66 4,60 4,80 5,22 5,28 5,26 5,22 5,40 5,48 5,00 2.2 -
2.2.1 11770/1 m² 57,42 53,68 64,71 58,17 53,67 54,15 63,12 63,58 64,60 64,12 64,55 64,35 65,10 2.2.2 74019/1 m3 19,19 6,98 8,41 7,56 6,98 7,04 8,21 8,27 8,40 8,34 8,39 8,37 8,46 2.2.3 74022/030 un. 44,78 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00
3 -
3.1 74112/001 m3 1.270,81 0,13 0,27 0,22 0,14 0,16 0,14 0,16 0,16 0,15 0,16 0,15 0,15 3.2 68049 m2 59,57 8,06 8,44 7,76 7,67 8,01 8,69 8,79 8,77 8,69 9,01 9,13 8,33 3.6 73942/001 kg 6,36 4
4.1 4.1.1 73982/001 m2 19,82 120,18 125,03 115,99 113,65 118,70 136,01 132,49 131,52 129,16 137,08 138,60 127,56 4.1.2 73499 m3 921,64 0,17 0,17 0,17 0,17 0,17 0,18 0,17 0,17 0,17 0,18 0,18 0,17 4.1.3 72131 m2 37,24 8,06 8,44 7,76 7,67 8,01 8,69 8,79 8,77 8,69 9,01 9,13 8,33
4.2
4.2.1 4.2.1.3 73933/003 m2 147,96 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 4.2.1.2 73984/001 m2 177,15 1,32 2,64 2,97 1,32 1,32 2,97 2,64 1,32 1,65 2,64 1,65 3,30 4.2.1.5 73984/002 m2 286,94 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 4,95 3,30 3,30 3,30 3,30 4.2.1.5 6104 m2 153,87 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 4.2.1.6 6104 m2 119,37
4.2.2 -
215
Tabela 56 - Custo unitário e quantitativo dos projetos (data base: junho/2010) (plantas 13 a 24) (cont.) Código SINAPI un. Custo Unitário P 13 P 14 P 15 P 16 P 17 P 18 P 19 P 20 P 21 P 22 P 23 P 24
4.2.2.1 73910/5 un. 172,55 - 3,00 3,00 - - - - - - - - - 73910/1 207,38 2,00 - - 2,00 2,00 3,00 2,00 2,00 2,00 3,00 3,00 2,00
4.2.2.2 73910/1 un. 204,90 1,00 - - 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
4.3 4.2.1.3 74068/002 un. 45,20 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00
74070/3 36,66 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 4,00 3,00 3,00 3,00 4,00 4,00 3,00
4.4 - 4.4.1 72116 m² 65,97 3,27 4,59 4,92 3,27 3,27 4,92 4,59 4,10 3,60 4,59 3,60 5,25
5 -
5.1 5.1.1 73931/003 kg 37,60 53,68 64,71 58,17 53,67 54,15 63,12 63,58 64,60 64,12 64,55 64,35 65,10 5.1.2 73938/002 m² 32,18 53,68 64,71 58,17 53,67 54,15 63,12 63,58 64,60 64,12 64,55 64,35 65,10 5.1.3 6058 ml 10,95 6,66 8,26 7,28 7,08 6,96 6,98 7,16 7,46 7,81 6,86 6,86 7,00
5.2
5.2.1 74106/001 m² 4,58 36,27 37,96 34,94 34,53 36,04 39,12 39,56 39,47 39,12 40,53 41,07 37,48 6 -
6.1 6.1.1 74161/001 m² 2,56 125,93 136,59 123,55 121,88 124,07 145,42 154,22 149,85 153,55 152,28 155,41 155,36 6.1.2 74201/001 m² 11,20 125,93 136,59 123,55 121,88 124,07 145,42 154,22 149,85 153,55 152,28 155,41 155,36
6.2
6.2.1 74161/001 m² 2,56 68,69 76,90 71,66 68,36 68,80 82,62 75,82 76,25 75,71 77,06 76,90 77,22 6.2.2 74201/001 m² 11,20 68,69 76,90 71,66 68,36 68,80 82,62 75,82 76,25 75,71 77,06 76,90 77,22
6.3
6.3.1 73912/001 m² 25,13 9,48 14,58 12,24 10,14 10,68 9,84 10,74 10,77 10,44 10,32 9,99 10,44
216
Tabela 56 - Custo unitário e quantitativo dos projetos (data base: junho/2010) (plantas 13 a 24) (cont.) Código SINAPI un. Custo Unitário P 13 P 14 P 15 P 16 P 17 P 18 P 19 P 20 P 21 P 22 P 23 P 24
6.4 6.4.1 41602 m² 20,00 33,11 37,82 35,52 33,01 33,00 35,36 33,74 35,36 35,28 34,50 34,88 36,42
6.5
6.5.1 74233/001 m2 2,36 80,06 88,04 82,83 78,42 79,39 101,26 89,62 89,37 87,50 92,55 92,29 92,36 6.5.2 73746/001 m2 9,30 80,06 88,04 82,83 78,42 79,39 101,26 89,62 89,37 87,50 92,55 92,29 92,36 6.5.3 73954/002 m2 8,31 7,15 11,23 9,36 7,68 8,11 7,44 8,16 8,18 7,92 7,82 7,56 7,92 6.5.5 73750/001 m2 5,18 109,30 110,78 101,95 104,06 105,27 128,14 135,32 130,90 135,19 134,14 137,86 137,00 6.5.6 73750/001 m2 5,18 2,15 4,53 3,60 2,40 2,62 2,28 2,64 2,68 2,52 2,66 2,45 2,52 6.5.7 73739/001 m3 7,79 4,20 5,04 5,04 4,20 4,20 5,67 4,20 4,20 4,20 5,67 5,67 4,20 6.5.8 73924/001 m2 12,07 9,38 9,60 9,93 9,38 9,38 9,93 9,60 9,93 9,71 9,60 9,71 10,26
7 -
7.2 73946/001 m2 23,50 35,25 44,36 39,13 35,41 35,72 43,82 43,28 44,40 43,90 43,89 43,65 44,51 7.5 73985/001 m 6,47 46,64 50,59 45,76 45,14 45,95 53,86 57,12 55,50 56,87 56,40 57,56 57,54 8 -
8.1 - 8.1.1 74054/001 pt 74,45 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8.1.2 74054/002 pt 62,24 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 8.1.3 73915/002 pt 20,41 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.4 73915/002 pt 20,41 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.7 74172/001 m 4,82 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 8.1.8 72249 m 3,24 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 8.1.9 13597 cj 728,62 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.10 74131/002 un. 51,45 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.11 74130/001 un. 7,96 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 8.1.13 74130/003 un. 43,46 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.23 68069 un. 29,85 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
217
Tabela 56 - Custo unitário e quantitativo dos projetos (data base: junho/2010) (plantas 13 a 24) (cont.) Código SINAPI un. Custo Unitário P 13 P 14 P 15 P 16 P 17 P 18 P 19 P 20 P 21 P 22 P 23 P 24
8.2 - 8.2.1 -
8.2.1.1 73959/001 pt 49,48 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 8.2.1.2 73735/002 un. 303,27 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.3 1857 m 2,36 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 8.2.1.4 74176/001 un. 36,73 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.5 74184/001 un. 24,79 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.6 74058/002 un. 57,27 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.7 73975/001 un. 46,13 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.8 73965/015 m3 17,71 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 8.2.1.9 72920 m3 9,45 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63
8.3 -
8.3.1 74165/001 m 12,78 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8.3.2 74165/002 m 17,60 16,00 17,00 18,00 19,00 20,00 21,00 22,00 23,00 24,00 25,00 26,00 27,00 8.3.3 74165/003 m 23,93 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8.3.4 74165/004 m 25,74 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 8.3.5 74186/001 un. 8.3.6 72292 un. 22,24 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.3.7 74166/001 un. 86,06 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 8.3.8 74225/001 un. 48,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.3.9 un. 54,64 8.3.10 74019/001 m3 17,71 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 8.3.11 72920 m3 9,45 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 8.3.12 1857 ml 2,36 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80
8.4
8.4.1 - 8.4.1.1 74193/001 cj 212,02 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.4.1.2 6009 un. 108,05 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.4.1.3 6052 un. 131,40 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
218
Tabela 56 - Custo unitário e quantitativo dos projetos (data base: junho/2010) (plantas 13 a 24) (cont.) Código SINAPI un. Custo Unitário P 13 P 14 P 15 P 16 P 17 P 18 P 19 P 20 P 21 P 22 P 23 P 24
8.4.1.4 6031 un. 150,73 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.4.1.5 68061 un. 8,38 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.4.1.7 cj 15,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00
9
9.1 9537 m² 0,97 35,25 44,36 39,13 35,41 35,72 43,82 43,28 44,40 43,90 43,89 43,65 44,51 9.2 un 6,00 14,00 15,00 16,00 17,00 18,00 19,00 20,00 21,00 22,00 23,00 24,00 25,00 9.3 73859/002 m2 0,47 146,32 135,29 141,83 146,33 145,85 136,88 136,42 135,40 135,88 135,45 135,65 134,90 9.5 73916/003 un 16,90 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
219
Tabela 57 - Custo unitário e quantitativo dos projetos (data base: junho/2010) (plantas 25 a 36)
Código SINAPI un. Custo Unitário P 25 P 26 P 27 P 28 P 29 P 30 P 31 P 32 P 33 P 34 P 35 P 36 1 sem código vb variável 2
2.1 2.1.1 74077/002 m² 1,85 65,00 64,67 60,00 63,69 69,06 53,68 54,50 53,73 53,33 61,10 62,48 63,20 2.1.2 73617 14,17 5,40 5,38 5,46 5,01 5,46 4,50 4,71 4,83 4,70 4,97 5,19 5,08 2.2 -
2.2.1 11770/1 m² 57,42 65,00 64,67 60,00 63,69 69,06 53,68 54,50 53,73 53,33 61,10 62,48 63,20 2.2.2 74019/1 m3 19,19 8,45 8,41 7,80 8,28 8,98 6,98 7,09 6,98 6,93 7,94 8,12 8,22 2.2.3 74022/030 un. 44,78 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00
3 -
3.1 74112/001 m3 1.270,81 0,17 0,17 0,17 0,13 0,15 0,13 0,16 0,15 0,14 0,25 0,14 0,21 3.2 68049 m2 59,57 8,99 8,96 9,10 8,35 9,09 7,49 7,86 8,05 7,83 8,28 8,66 8,46 3.6 73942/001 kg 6,36 4
4.1 4.1.1 73982/001 m2 19,82 133,80 131,69 136,83 125,58 138,14 108,93 116,81 117,92 115,55 122,54 127,61 125,27 4.1.2 73499 m3 921,64 0,17 0,17 0,17 0,18 0,18 0,17 0,17 0,18 0,17 0,17 0,17 0,17 4.1.3 72131 m2 37,24 8,99 8,96 9,10 8,35 9,09 7,49 7,86 8,05 7,83 8,28 8,66 8,46
4.2
4.2.1 4.2.1.3 73933/003 m2 147,96 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 3,36 4.2.1.2 73984/001 m2 177,15 2,97 2,97 2,97 2,97 2,97 2,64 2,97 1,32 2,64 1,32 1,32 1,32 4.2.1.5 73984/002 m2 286,94 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 3,30 4.2.1.5 6104 m2 153,87 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 0,30 4.2.1.6 6104 m2 119,37
220
Tabela 57 - Custo unitário e quantitativo dos projetos (data base: junho/2010) (plantas 25 a 36) (cont.) Código SINAPI un. Custo Unitário P 25 P 26 P 27 P 28 P 29 P 30 P 31 P 32 P 33 P 34 P 35 P 36
4.2.2 - 4.2.2.1 73910/5 un. 172,55 - - - - - - - - - 1,00 - 3,00
73910/1 207,38 2,00 2,00 2,00 3,00 3,00 2,00 2,00 3,00 2,00 2,00 2,00 - 4.2.2.2 73910/1 un. 204,90 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 - 1,00 -
4.3
4.2.1.3 74068/002 un. 45,20 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 74070/3 36,66 3,00 3,00 3,00 4,00 4,00 3,00 3,00 4,00 3,00 3,00 3,00 3,00
4.4 - 4.4.1 72116 m² 65,97 4,92 4,92 4,92 4,92 4,92 4,59 4,92 3,27 4,59 3,27 3,27 3,27
5 -
5.1 5.1.1 73931/003 kg 37,60 65,00 64,67 60,00 63,69 69,06 53,68 54,50 53,73 53,33 61,10 62,48 63,20 5.1.2 73938/002 m² 32,18 65,00 64,67 60,00 63,69 69,06 53,68 54,50 53,73 53,33 61,10 62,48 63,20 5.1.3 6058 ml 10,95 7,72 8,27 7,71 6,76 6,86 8,06 6,96 7,38 7,13 7,88 7,97 7,96
5.2
5.2.1 74106/001 m² 4,58 40,46 40,33 40,96 37,57 40,91 33,72 35,36 36,22 35,25 37,27 38,95 38,08 6 -
6.1 6.1.1 74161/001 m² 2,56 147,12 154,25 154,01 141,72 157,73 115,80 136,19 126,52 126,63 140,21 131,60 143,37 6.1.2 74201/001 m² 11,20 147,12 154,25 154,01 141,72 157,73 115,80 136,19 126,52 126,63 140,21 131,60 143,37
6.2
6.2.1 74161/001 m² 2,56 76,36 76,09 74,74 72,04 76,90 68,69 69,07 68,36 68,09 71,87 74,57 75,06 6.2.2 74201/001 m² 11,20 76,36 76,09 74,74 72,04 76,90 68,69 69,07 68,36 68,09 71,87 74,57 75,06
221
Tabela 57 - Custo unitário e quantitativo dos projetos (data base: junho/2010) (plantas 25 a 36) (cont.) Código SINAPI un. Custo Unitário P 25 P 26 P 27 P 28 P 29 P 30 P 31 P 32 P 33 P 34 P 35 P 36
6.3 6.3.1 73912/001 m² 25,13 11,04 11,04 11,04 9,54 9,99 9,39 10,68 10,44 10,14 13,44 9,84 12,84
6.4
6.4.1 41602 m² 20,00 38,36 36,15 36,78 36,49 37,77 33,39 31,17 32,73 32,63 34,86 40,18 38,69
6.5 6.5.1 74233/001 m2 2,36 88,76 86,79 88,69 84,92 92,29 76,45 79,80 77,64 77,89 82,60 85,33 86,09 6.5.2 73746/001 m2 9,30 88,76 86,79 88,69 84,92 92,29 76,45 79,80 77,64 77,89 82,60 85,33 86,09 6.5.3 73954/002 m2 8,31 8,40 8,40 8,40 7,20 7,56 7,08 8,11 7,92 7,68 10,32 7,44 9,84 6.5.5 73750/001 m2 5,18 127,68 134,81 134,57 124,98 140,18 99,33 117,40 108,16 108,81 116,45 114,32 120,69 6.5.6 73750/001 m2 5,18 2,81 2,81 2,81 2,16 2,45 2,10 2,62 2,52 2,40 4,20 2,40 3,56 6.5.7 73739/001 m3 7,79 4,20 4,20 4,20 5,67 5,67 4,20 4,20 5,67 4,20 4,62 4,20 5,04 6.5.8 73924/001 m2 12,07 9,93 9,93 9,93 9,93 9,93 9,60 9,93 9,38 9,60 9,38 9,38 8,28
7 -
7.2 73946/001 m2 23,50 44,47 44,20 44,99 44,34 48,36 35,48 35,80 35,25 35,02 40,84 42,58 43,26 7.5 73985/001 m 6,47 54,49 57,13 57,04 52,49 58,42 42,89 50,44 46,86 46,90 51,93 48,74 53,10 8 -
8.1 - 8.1.1 74054/001 pt 74,45 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8.1.2 74054/002 pt 62,24 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 13,00 8.1.3 73915/002 pt 20,41 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.4 73915/002 pt 20,41 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.7 74172/001 m 4,82 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 36,00 8.1.8 72249 m 3,24 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 4,00 8.1.9 13597 cj 728,62 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.10 74131/002 un. 51,45 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.11 74130/001 un. 7,96 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00 3,00
222
Tabela 57 - Custo unitário e quantitativo dos projetos (data base: junho/2010) (plantas 25 a 36) (cont.) Código SINAPI un. Custo Unitário P 25 P 26 P 27 P 28 P 29 P 30 P 31 P 32 P 33 P 34 P 35 P 36
8.1.13 74130/003 un. 43,46 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.1.23 68069 un. 29,85 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
8.2 -
8.2.1 - 8.2.1.1 73959/001 pt 49,48 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 6,00 8.2.1.2 73735/002 un. 303,27 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.3 1857 m 2,36 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 30,00 8.2.1.4 74176/001 un. 36,73 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.5 74184/001 un. 24,79 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.6 74058/002 un. 57,27 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.7 73975/001 un. 46,13 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.2.1.8 73965/015 m3 17,71 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 8.2.1.9 72920 m3 9,45 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63 0,63
8.3 -
8.3.1 74165/001 m 12,78 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8.3.2 74165/002 m 17,60 28,00 29,00 30,00 31,00 32,00 33,00 34,00 35,00 36,00 37,00 38,00 39,00 8.3.3 74165/003 m 23,93 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8,00 8.3.4 74165/004 m 25,74 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 11,00 8.3.5 74186/001 un. 8.3.6 72292 un. 22,24 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.3.7 74166/001 un. 86,06 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 8.3.8 74225/001 un. 48,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.3.9 un. 54,64 8.3.10 74019/001 m3 17,71 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 2,40 8.3.11 72920 m3 9,45 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 2,39 8.3.12 1857 ml 2,36 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80 4,80
8.4
8.4.1 - 8.4.1.1 74193/001 cj 212,02 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
223
Tabela 57 - Custo unitário e quantitativo dos projetos (data base: junho/2010) (plantas 25 a 36) (cont.) Código SINAPI un. Custo Unitário P 25 P 26 P 27 P 28 P 29 P 30 P 31 P 32 P 33 P 34 P 35 P 36
8.4.1.2 6009 un. 108,05 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.4.1.3 6052 un. 131,40 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.4.1.4 6031 un. 150,73 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.4.1.5 68061 un. 8,38 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 8.4.1.7 cj 15,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00 2,00
9
9.1 9537 m² 0,97 44,47 44,20 44,99 44,34 48,36 35,48 35,80 35,25 35,02 40,84 42,58 43,26 9.2 un 6,00 26,00 27,00 28,00 29,00 30,00 31,00 32,00 33,00 34,00 35,00 36,00 37,00 9.3 73859/002 m2 0,47 135,00 135,33 140,00 136,31 130,94 146,32 145,50 146,27 146,67 138,90 137,52 136,80 9.5 73916/003 un 16,90 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00
224
APÊNDICE D - TOPOLOGIAS
225
Gra
fos
Just
ifica
dos
e M
apas
Co
nvex
os
das
pla
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as
unid
ades
hab
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000-
200
8).
Fig
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50 -
Top
olo
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1 a
6
226
Fig
ura
51 -
Top
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7 a
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227
Fig
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52
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12
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228
Fig
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53
- T
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18
a 2
3
229
Fig
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54
- T
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olo
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lan
tas
24
a 2
9
230
Fig
ura
55
- T
op
olo
gia
s d
as p
lan
tas
28
a 3
6
231
Esquemas de características topológicas das plantas das unidades habitacionais do PAR, Cuiabá e Várzea Grande (2000-2008).
Figura 56 - Esquema das características topológicas das Plantas de cinco cômodos.
Figura 57 - Esquema das características topológicas das Plantas de seis cômodos.
232
Figura 58 - Esquema das características topológicas das Plantas de sete cômodos.
233
APÊNDICE E - RESULTADO DA VALIDAÇÃO POR PROFISSIONA IS
234
Pesquisa entre os Técnicos (Engenheiros e Arquitetos) sobre as ponderações dos quesitos de qualidade do método em elaboração.
Quadro de conceito e pontuação
Conceito Muito importante Importante Pouco importante
Pontuação 1 ponto 2 pontos 3 pontos Quadro 13 - Critério de pontuação do questionário de validação.
Tabela 58 - Resultado da validação do questionário 1, realizada com 24 profissionais.
1. NBR 15.575
1 p
onto
2 p
onto
s
3 p
onto
s
Mod
a
1.1 Sala de estar
Apresenta o mobiliário mínimo (assento para o número de pessoas previsto para a habitação, estante para TV
(0,8 x 0,5 m)), espaço 0,50 m na frente do assento, para levantar e circular, largura mínima da sala deve ser de
2,40.
1 7 16 3
1.2 Sala de
estar/jantar Mesa para o número de pessoas previsto, circulação de
0,75 a partir da borda da mesa. 4 8 12 3
1.3 Cozinha
Apresenta o mobiliário mínimo (fogão (0,55 x 0,6 m), geladeira (0,7 x 0,7), pia (1,2 x 0,5 m), armário),
circulação mínima de 0,85 m frontal à pia, fogão e geladeira, largura mínima de 1,5 m.
2 3 19 3
1.4 Dormitório
casal
Apresenta o mobiliário mínimo (1 cama de casal (1,4 x 1,9 m), 2 criados (0,5 x 0,5 m) e 1 roupeiro (1,6 x 0,5
m)), circulação mínima de 0,50 m. 0 4 19 3
1.5
Dormitório duplo
(para duas pessoa)
Apresenta o mobiliário mínimo (2 camas de solteiro (0,8 x 1,9 m), 1 criados (0,5 x 0,5 m)e 1 roupeiro(1,5 x 0,5 m)), circulação mínima entre as camas de 0,60 m e as
demais circulações de 0,50 m.
1 12 11 2
1.6 Banheiro
Apresentar 1 lavatório (0,39 x 0,29 m), 1 vaso (0,6 x 0,7) e 1 box (0,8 x 0,8 m ou 0,7 x 0,9 m), circulação mínima de 0,4 m frontal ao lavatório e vaso; largura mínima de
1,1 m exceto no box.
1 6 17 3
1.7 Área de serviço
Apresentar 1 tanque (0,52 x 0,53 m) com capacidade de no mínimo 20 l e 1 máquina de lavar (0,6 x 0,65 m)
3 6 15 3
235
Tabela 59 - Resultado da validação do questionário 2, realizada com 24 profissionais
2. Programa de espaços
1 p
onto
2 p
onto
s
3 p
onto
s
Mod
a
2.1 Espaço de tratamento de roupa 5 10 9 2 2.2 Espaços de arrumação 10 9 5 1 2.3 Espaços exteriores privados 7 11 6 2 2.4 Depósito 16 5 3 1 2.5 Estacionamento 4 8 12 3
Tabela 60 - Resultado da validação do questionário 3, realizada com 24 profissionais
3. Programa de equipamentos
1 p
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2 p
onto
s
3 p
onto
s
Mod
a
3.1 Extensão da bancada de cozinha (área de trabalho, pia e fogão) metros 2 9 12 3 3.2 Índice de dimensão de roupeiros fixos (metros/habitante) 5 13 5 2
Tabela 61 - Resultado da validação do questionário 4, realizada com 24 profissionais
4 Extensão de paredes mobiliáveis
1 p
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2 p
onto
s
3 p
onto
s
Mod
a
4.1 Dimensão total de paredes mobiliáveis de quartos 1 11 11 3 4.2 Dimensão total de paredes mobiliáveis de cozinha e serviços 2 7 14 3 4.3 Dimensão total de paredes mobiliáveis de salas 4 15 4 2
Tabela 62 - Resultado da validação do questionário 5, realizada com 24 profissionais
5. Área útil do cômodo
1 p
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2 p
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s
3 p
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s
Mod
a 5.1 Área útil de quartos 1 8 14 3 5.2 Área útil de cozinha e serviços 0 10 13 3 5.3 Área útil de salas (sala/copa) 1 10 12 3 5.4 Área útil de circulação (corredor, hall) 16 5 2 1
Tabela 63 - Resultado da validação do questionário 6, realizada com 24 profissionais
6. Dimensão útil
1 p
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s
3 p
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s
Mod
a
6.1 Dimensão útil de quarto casal 1 7 15 3 6.2 Dimensão útil de quarto duplo 1 10 12 3 6.3 Dimensão útil de cozinha 0 10 13 3 6.4 Dimensão útil de salas 1 12 10 2 6.5 Dimensão útil de circulação (corredor, hall) 15 4 4 1
236
Tabela 64 - Resultado da validação do questionário 7, realizada com 24 profissionais
7. Funcionalidade
1 p
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2 p
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s
3 p
onto
s
Mod
a
7.1 Dormitórios
Em todos os quartos é possível colocar as camas afastadas de obstáculos laterais, com as cabedeiras encostadas à parede, e
com uma distância entre os pés da cama e a parede oposta não inferior a 0,50 m. (Pedro, 2000)
4 3 17 3
7.2 Cozinha
A pia, a bancada de preparação de alimentos e o fogão encontram-se em sequência, não existindo circulações
interpostas ou obstáculos nos percursos entre eles. (Pedro, 2000)
2 8 14 3
7.3 Cozinha Existem planos de trabalho de ambos os lados da pia com uma
dimensão mínima de 0,40 m. (Pedro, 2000) 8 7 9 3
7.4 Cozinha
Existe um plano de trabalho com uma altura rebaixada que permite certas atividades de preparação de refeições sejam
realizadas na posição sentada, ou mesa de apoio. (Pedro 2000; Palermo 2009; NBR 15.575:1).
12 10 2 1
7.5 Cozinha Existem planos de trabalho de cada lado do fogão com uma
largura mínima de 0,20 m. (Pedro 2000) 14 6 4 1
7.6 Cozinha A zona de abertura da porta do refrigerador não está em conflito
com as áreas de uso de outros equipamentos (fogão, pia) ou com portas de acesso (Pedro, 2000).
1 5 18 3
7.7 Sala Existe um espaço de refeições correntes que não se sobrepõe a
outros espaços funcionais (Pedro, 2000). 4 10 10 3
7.8 Área de serviço Existe um espaço de tratamento de roupa (lavagem, secagem e passar a ferro) que não se sobrepõe a outros espaços funcionais
(Pedro, 2000). 4 12 8 2
7.9 Área de serviço Existe um espaço de secagem de roupa protegido da vista e do
vento excessivo (Pedro, 2000). 7 14 3 2
7.10 Área de serviço Existe um espaço de secagem de roupa coberto (Pedro, 2000;
Palermo, 2009). 7 14 3 2
7.11 Área de serviço Existe um espaço de secagem de roupa ao sol. 8 11 5 2
7.12 Geral Não existem conflitos entre portas de acesso a cômodos ou a
casa e armários fixos. 0 6 18 3
7.13 Banheiro São satisfeitas as distâncias entre equipamentos sanitários (vaso
e bidê 0,075 m de cada lado e 0,625 m de frente; lavatório 0,155 m laterais e 0,625 de frente) (Palermo, 2009).
1 7 16 3
7.14 Sala de estar Acrescenta-se ao mobiliário mínimo mesa centro, circulação no entorno de 0,625 m. Faixa mínima de circulação e passagem de
0,60 m (NBR 15.575:1; Palermo 2009). 10 8 5 1
7.15 Sala de
estar/jantar
Acrescenta-se ao mobiliário mínimo um aparador ou balcão, espaço frontal de 0,90 m. Faixa mínima de circulação e
passagem de 0,60 m(Palermo, 2009) 13 9 2 1
7.16 Cozinha Acrescenta-se ao mobiliário mínimo um aparador ou balcão,
espaço frontal de 0,90 m. Faixa mínima de circulação e passagem de 0,90 m(Palermo, 2009)
10 8 4 1
7.17 Dormitório
casal
Acrescenta-se ao mobiliário mínimo espaço para um berço (1,335 x 0,675 m)ou cômoda com espaço frontal 0,625 m. Faixa mínima de circulação e passagem de 0,60 m (Palermo, 2009).
6 7 11 3
7.18
Dormitório duplo
(para duas pessoas)
Acrescenta-se ao mobiliário mínimo espaço para uma mesa de estudo (0,80 x 0,60 m) espaço frontal de 0,855 m. Faixa mínima
de circulação e passagem de 0,60 m (Palermo, 2009). 2 12 10 2
7.19 Banheiro Acrescenta-se ao mobiliário mínimo espaço para box de 0,8 x
1,0 m (Palermo, 2009). 0 8 15 3
237
7. Funcionalidade
1 p
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s
3 p
onto
s
Mod
a
7.20 Área de serviço Acrescenta-se ao mobiliário mínimo local para guarda
protegida do botijão de gás.(Palermo 2009) 4 11 9 2
7.21 Dormitórios Possibilita uma segunda alternativa de leiaute (com o mobiliário
mínimo) (Palermo, 2009) 7 14 3 2
7.22 Sala de estar Possibilita uma segunda alternativa de leiaute (com o mobiliário
mínimo) (Palermo, 2009) 9 10 5 2
7.23 Cozinha Possibilita uma segunda alternativa de leiaute (com o mobiliário
mínimo) (Palermo, 2009) 12 9 3 1
7.24 Geral Todas as portas possuem vão livre de 0,80 m 6 8 9 3
Tabela 65 - Resultado da validação do questionário 8, realizada com 24 profissionais
8. Avaliação geral
1 p
onto
2 p
onto
s
3 p
onto
s
Mod
a
8.1 Atendimento a NBR 15.575 0 5 19 3 8.2 Programa de espaços 4 10 10 3 8.3 Programa de equipamentos 1 15 8 2 8.4 Extensão de paredes mobiliáveis 4 10 10 3 8.5 Área útil 0 12 12 3 8.6 Dimensão útil 0 7 17 3 8.7 Funcionalidade 0 4 20 3
238
Gráfico 27 - Respostas por formação profissional.
LEGENDA
AU – Arquiteto Urbanista
ENC – Engenheiro Civil
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
1.1 1.2 1.3 1.4 1.5 1.6 1.7 2.1 2.2 2.3 2.4 2.5 3.1 3.2 4.1 4.2 4.3 5.1 5.2 5.3 5.4 6.1 6.2 6.3 6.4 6.5 7.1 7.2 7.3 7.4 7.5 7.6 7.7 7.8 7.9 7.10 7.11 7.12 7.13 7.14 7.15 7.16 7.17 7.18 7.19 7.20 7.21 7.22 7.23 7.24 8.1 8.2 8.3 8.4 8.5 8.6 8.7
RESPOSTAS POR FORMAÇÃO
AU (8) ENC (16)
239
APÊNDICE F - PLANTAS PADRONIZADAS
240
241
242
243
244
245
246
247
248
249
250
251
252
253
APÊNDICE G - PAREDES MOBILIÁVEIS
254
Tabela 66 - Paredes Mobiliáveis (plantas 1 a 12)
Questão P1 P2 P3 P4 P5 P6 P7 P8 P9 P10 P11 P12
Dimensão total de paredes Mobiliáveis de quartos(perímetro excluindo vãos e interferência de
portas e, metade do comprimento de janelas) (metros)
19,70
19,90
18,20
18,04
17,44
18,47
16,27
17,51
17,92
19,15
18,20
17,58
Dimensão total de paredes Mobiliáveis de cozinha e serviços(perímetro excluindo vãos e interferência de
portas e, metade do comprimento de janelas) (metros) 5,80 5,98 6,78 6,84
10,65
10,78 9,28 8,35 8,35 7,85 8,72 7,65
Dimensão total de paredes Mobiliáveis de salas (perímetro excluindo vãos e interferência de portas e,
metade do comprimento de janelas) (metros) 8,05 7,68 8,55 8,81 7,96 8,38 9,89 8,91 9,07 7,60 7,90 9,06
Tabela 67 - Paredes Mobiliáveis (plantas 13 a 24)
Questão P13 P14 P15 P16 P17 P18 P19 P20 P21 P22 P23 P24
Dimensão total de paredes Mobiliáveis de quartos(perímetro excluindo vãos e interferência de
portas e, metade do comprimento de janelas) (metros)
18,78
19,60
18,78
19,08
18,40
18,00
19,30
20,10
19,10
19,00
19,20
18,56
Dimensão total de paredes Mobiliáveis de cozinha e serviços(perímetro excluindo vãos e interferência de
portas e, metade do comprimento de janelas) (metros) 5,22 8,98 4,70 5,42 5,83 8,80 7,90 6,72 7,51 9,78 8,45 9,91
Dimensão total de paredes Mobiliáveis de salas (perímetro excluindo vãos e interferência de portas e,
metade do comprimento de janelas) (metros) 8,15 6,42 6,27 7,00 7,47 9,03 7,70 7,60 8,98 8,07 8,13 8,62
255
Tabela 68 - Paredes Mobiliáveis (plantas 25 a 36)
Questão P25 P26 P27 P28 P29 P30 P31 P32 P33 P34 P35 P36
Dimensão total de paredes Mobiliáveis de quartos(perímetro excluindo vãos e interferência de
portas e, metade do comprimento de janelas) (metros)
19,44
19,22
19,60
18,40
19,20
18,80
18,47
17,44
18,64
18,64
20,36
20,50
Dimensão total de paredes Mobiliáveis de cozinha e serviços(perímetro excluindo vãos e interferência de
portas e, metade do comprimento de janelas) (metros) 8,11 8,09 9,08 8,05
10,17 3,36 5,43 6,84 6,62 7,84 6,10 2,96
Dimensão total de paredes Mobiliáveis de salas (perímetro excluindo vãos e interferência de portas e,
metade do comprimento de janelas) (metros) 9,93 8,82 7,67 9,47 9,63 6,34 6,86 8,02 6,77 7,80 7,22 7,24
256
ANEXO A - ESPECIFICAÇÕES MÍNIMAS PMCMV
257
Casa térrea Apartamento
Projeto
Projeto paradigma - Casa com sala / 1 dormitório para casal e 1 dormitório para duas pessoas /
cozinha / área de serviço (externa) / circulação / banheiro.
Apartamento com sala / 1 dormitório para casal e 1 dormitório para duas pessoas / cozinha / área de serviço /
banheiro. Quadro 14 - Projetos
Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009a).
DIMENSÕES DOS CÔMODOS - Observar as dimensões da NBR 15.575
Casa térrea Apartamento
Mobiliário mínimo
dormitório casal
1 cama (1,40 x 1,95 m); 1 criado-mudo (0,50 x 0,50); 1 guarda-roupa (1,50 x 0,55) e circulação
de 0,50 m.
1 cama (1,40 m x 1,95 m); 1 criado-mudo (0,50 m x 0,50 m); 1 guarda-
roupa (1,50 m x 0,55 m) e circulação de 0,50 m.
Mobiliário mínimo
dormitório duas pessoas
2 camas (0,80 x 1,95);1 criado (0,50 x 0,50); 1 guarda-roupa (1,50 x 0,55) e circulação de 0,80 m
entre as camas e restante com 0,50 m.
2 camas (0,80 m x 1,95 m);1 criado (0,50 m x 0,50 m); 1 guarda-roupa
(1,50 m x 0,55 m) e circulação de 0,80 m entre as camas e restante com 0,50
m.
Mobiliário mínimo cozinha
Largura mínima da cozinha: 1,60 m. Quantidade mínima: pia, fogão (0,60 x 0,60 m) e geladeira
(0,70 x 0,70 m). Previsão para armário sob a pia e gabinete.
Largura mínima da cozinha: 1,60 m. Quantidade mínima: pia, fogão (0,60
m x 0,60 m) e geladeira (0,70 m x 0,70 m). Previsão para armário sob a pia e
gabinete.
Sala de estar/refeições
Largura mínima sala de estar/refeições: 2,40 m. Quantidade mínima de móveis: sofás com número de assentos igual ao número de leitos, mesa para 4
pessoas e Estante/Armário TV.
Largura mínima sala de estar/refeições: 2,40 m. Quantidade
mínima de móveis: sofás com número de assentos igual ao número de leitos, mesa para 4 pessoas e Estante/Armário
TV.
Área de Serviço Quantidade mínima: 1 tanque (0,60 x 0,55 m) e 1
máquina (0,60 x 0,65 m). Quantidade mínima: 1 tanque (0,60 x 0,55 m) e 1 máquina (0,60 x 0,65 m).
Quadro 15 - Dimensões dos cômodos
Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009a).
258
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Casa térrea Apartamento
Área útil (área interna, sem
contar áreas de paredes)
32 m² (não computada área de serviço). 37 m²
Pé direito mínimo
Observar a orientação municipal vigente ou adotar as dimensões mínimas previstas na Norma de
Desempenho quando o município não regulamentar o assunto.
Observar a orientação municipal vigente ou adotar as dimensões mínimas previstas na Norma de
Desempenho quando o município não regulamentar o assunto.
Forro Forro de madeira ou PVC. Laje regularizada com massa única
ou gesso, textura ou concreto
Cobertura Cobertura em telha cerâmica sobre estrutura de
madeira ou metálica ou outra solução com desempenho equivalente.
Cobertura em telha cerâmica ou fibrocimento (espessura mínima de 6 mm) sobre estrutura de madeira ou
metálica.
Revestimento Interno
Massa única ou gesso (exceto banheiros, cozinhas ou áreas de serviço) ou concreto regularizado para
pintura.
Massa única ou gesso (exceto banheiros, cozinhas ou áreas de
serviço) ou concreto regularizado para pintura.
Revestimento Externo
Massa única ou concreto regularizado para pintura. Massa única ou concreto regularizado
para pintura.
Revestimento Áreas Molhadas
Azulejo no box com altura mínima de 1,50 m. Barrado impermeável sobre a pia e o tanque.
Azulejo no box com altura mínima de 1,50 m. Barrado impermeável sobre a
pia e o tanque. Revestimento áreas comuns
Massa única ou gesso ou concreto regularizado para pintura.
Massa única ou gesso ou concreto regularizado para pintura.
Esquadrias e Ferragens
Portas internas, completas, em madeira. Aceitável porta metálica adequada à agressividade do meio
no acesso à casa.
Portas internas, completas, em madeira. Aceitável porta metálica no
acesso ao apartamento.
Portas banheiro Largura de 0,80 para o caso de unidades adaptadas
para portadores de necessidades especiais
Largura de 0,80 para o caso de unidades adaptadas para portadores
de necessidades especiais
Portas quartos Largura de 0,80 para o caso de unidades adaptadas
para portadores de necessidades especiais
Largura de 0,80 para o caso de unidades adaptadas para portadores
de necessidades especiais Portas externas 0,80 x 2,10 m 0,80 x 2,10 m
Janelas De alumínio para regiões litorâneas(ou meios
agressivos) e de aço para demais regiões.
De alumínio para regiões litorâneas(ou meios agressivos) e de
aço para demais regiões.
Pisos Cerâmica esmaltada em banheiro e cozinha, com rodapé. Cimentado preparado para aplicação de
cerâmica nas demais áreas.
Cerâmica esmaltada em banheiro e cozinha / área de serviço, com
rodapé. Cimentado nas demais áreas internas. Nas áreas comuns (hall) e
escadas, piso cimentado. Ampliação da UH Os projetos deverão prever a ampliação das casas.
Quadro 16 - Características gerais do projeto
Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009a).
259
PINTURAS
Casa térrea Apartamento
Paredes internas Tinta PVA Tinta PVA Paredes áreas
molhadas Tinta acrílica Tinta acrílica
Paredes externas Tinta acrílica ou textura impermeável Tinta acrílica ou textura impermeável Tetos Tinta PVA Tinta PVA
Esquadrias Em esquadrias de aço, esmalte (2 demãos) sobre
fundo preparador (1 demão). Em esquadrias de aço, esmalte (2 demãos) sobre zarcão (1 demão).
Quadro 17 - Especificação de pintura
Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009a).
LOUÇAS E METAIS
Casa térrea Apartamento
Lavatório Louça sem coluna e torneira metálica cromada. Louça branca sem coluna e torneira
metálica cromada.
Vaso Sanitário Louça com Caixa de descarga acoplada. Louça branca com Caixa de descarga
acoplada.
Tanque Capacidade mínima de 18 litros, de concreto pré-
moldado, granilite ou mármore sintético com torneira metálica cromada.
Capacidade mínima de 18 litros, de concreto pré-moldado, granilite ou
mármore sintético com torneira metálica cromada.
Pia cozinha Bancada de 1,20 x 0,55 m com cuba de granilite ou
mármore sintético, torneira metálica cromada.
Bancada de 1,20 x 0,55 m com cuba de granilite ou mármore sintético,
torneira metálica cromada. Quadro 18 - Especificações sobre louças e metais
Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009a).
INSTALAÇÕES ELÉTRICAS / TELEFÔNICAS
Casa térrea Apartamento
Número de pontos de
tomadas elétricas
2 na sala, 4 na cozinha, 1 na área de serviço, 2 em cada dormitório, 1 tomada no banheiro e mais 1
tomada para chuveiro elétrico (mesmo em caso de aquecimento solar).
2 na sala, 4 na cozinha, 2 na área de serviço, 2 em cada dormitório, 1
tomada no banheiro e mais 1 tomada para chuveiro elétrico (mesmo em
caso de aquecimento solar).
Número de pontos diversos
1 ponto de telefone, 1 ponto de antena e 1 ponto de interfone (em condomínios).
1 ponto de telefone, 1 de campainha, 1 ponto de antena e 1 ponto de
interfone.
Número de circuitos
Prever circuitos independentes para chuveiro (dimensionado para a potência usual do mercado
local), tomadas e iluminação.
Prever circuitos independentes para chuveiro (dimensionado para a
potência usual do mercado local), tomadas e iluminação.
Interfone Instalar sistema de interfone (em condomínios) Instalar sistema de interfone Quadro 19 - Solicitações sobre instalações elétricas e telefônicas
Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009a).
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DIVERSOS
Casa térrea Apartamento
Reservatório
Caixa d´água de 500 litros ou de maior capacidade quando exigido pela
concessionária local. Para reservatório elevado de água potável, em condomínio, prever instalação de no mínimo 2 bombas
de recalque com manobra simultânea.
Para reservatório elevado de água potável, em condomínio, prever instalação de no mínimo 2 bombas de recalque com manobra simultânea.
Vagas Vaga de garagem conforme definido na
legislação municipal Vaga de garagem conforme definido na
legislação municipal
Cercamento do condomínio
Alambrado com baldrame e altura mínima de 1,80 m no entorno do
condomínio.
Alambrado com baldrame e altura mínima de 1,80 m no entorno do condomínio.
Proteção da alvenaria externa
Piso em concreto de 0,50 m de largura ao redor da edificação.
Piso em concreto de 0,50 m de largura ao redor da edificação.
Calçadas Quando previstas, as calçadas deverão apresentar largura mínima de 0,80 m.
Quando previstas, as calçadas deverão apresentar largura mínima de 0,80 m.
Máquina Lavar Prever solução para máquina de lavar roupas (ponto elétrico, hidráulica e de
esgoto).
Prever solução para máquina de lavar roupas (ponto elétrico, hidráulica e de esgoto).
Equipamento de lazer / uso
comunitário
Para empreendimentos com 60 unidade habitacionais ou mais, prever 1% da soma dos custos de Infraestrutura e Edificações
para construção de equipamentos de lazer/uso comum. Priorização: centro
comunitário, quadra de esportes, praça / playground.
Para empreendimentos com 60 unidade habitacionais ou mais, prever 1% da soma dos
custos de Infraestrutura e Edificações para construção de equipamentos de lazer/uso comum. Priorização: centro comunitário, quadra de esportes, praça / playground.
Distâncias mínimas entre
blocos
Edificações até 3 pavimentos, maior ou igual a 4,50 m. Edificações de 4 a 5 pavimentos, maior
ou igual a 5,00 m. Edificações acima de 5 pavimentos, maior ou igual a 6,00 m,
Quadro 20 - Solicitações complementares ao projeto (cont.)
Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009a).
TECNOLOGIAS INOVADORAS
Casa térrea Apartamento
Aceitáveis as tecnologias inovadoras testadas e aprovadas conforme a Norma de Desempenho – NBR
15.575 e homologadas pela CAIXA.
Aceitáveis as tecnologias inovadoras testadas e aprovadas conforme a Norma de Desempenho –
NBR 15.575 e homologadas pela CAIXA.
Quadro 21 - Tecnologias inovadores no sistema construtivo
Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009a).
SUSTENTABILIDADE
Casa térrea Apartamento
Aquecimento solar nas unidades (item financiável nas regiões S, SE, CO e regiões frias do NE). Sistema
aprovado pelo INMETRO e Qualisol
Aquecimento solar nas unidades (item financiável nas regiões S, SE, CO e regiões frias do NE). Sistema
aprovado pelo INMETRO e Qualisol
Medição individualizada de água e gás (ou sistema de botijão individualizado).
Medição individualizada de água e gás.
Quadro 22 - Sustentabilidade da unidade habitacional.
Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009a).
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INFRAESTRUTURA (Casa Térrea e Apartamentos)
Pavimentação com guias, sarjetas e sistema de drenagem
Sistema de abastecimento de água
Solução para esgotamento sanitário
Energia elétrica e iluminação pública
Quadro 23 - Solicitações sobre a infraestrutura
Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009a).
ACESSIBILIDADE (Casa Térrea e Apartamentos)
Casa Térrea e Apartamentos
Seguir a legislação municipal e estadual sobre o tema.
Os espaços públicos devem ser acessíveis
Quadro 24 - Solicitações sobre acessibilidade
Fonte: (CAIXA ECONÔMICA FEDERAL, 2009a).
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ANEXO B – PLANTAS COHAB/MT
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Fonte: Companhia de Habitação do Estado de Mato Grosso, 1980a.
Fonte: Companhia de Habitação do Estado de Mato Grosso, 1980b.