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JORNAL DE INFORMAÇÃO REGIONAL – GONDOMAR · N.º 5 · DIRECTOR: PAULO F. SILVA 0,50€ · QUINTA-FEIRA, 11 DE OUTUBRO DE 2012 Gondomar perde território com acerto de fronteiras Correcção na Carta Administrativa de Portugal beneficia o concelho do Porto em 75 mil metros quadrados Senhora do Rosário cumpre tradição do roteiro da fé Recolha de lixo por privados vai custar 300 mil euros por mês PÁG. 11 Nuno Coelho não desiste de centro de saúde para Baguim do Monte PÁG. 12 PÁGS. 2 A 7 PÁG. 8

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JORNAL DE INFORMAÇÃO REGIONAL – GONDOMAR · N.º 5 · DIRECTOR: PAULO F. SILVA 0,50€ · QUINTA-FEIRA, 11 DE OUTUBRO DE 2012

Gondomar perde território com acerto de fronteirasCorrecção na Carta Administrativa de Portugal beneficia o concelho do Porto em 75 mil metros quadrados

Senhora do Rosário cumpre tradição do roteiro da fé

Recolha de lixopor privados vai custar 300 mil euros por mês

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Nuno Coelhonão desiste de centro de saúde para Baguim do Monte

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A Manhã | Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012

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Engalanados na recepçãoà Senhora do Rosário

•• ORLANDO CASTRO [Textos]•• J. PAULO COUTINHO [Fotos]

M ilhares de pessoas marcaram presença para acompanhar a

procissão de louvor e honra a Nossa Senhora do Rosário, S. Cosme e S. Damião. Foi o mo-mento mais alto das Festas do

ACTUALFestas do Concelhoa:

Concelho, o ponto crucial des-ta manifestação popular de fé e na qual participaram todos os párocos dos concelho, autarcas e restantes autoridades.

As ruas estavam engalana-das para fazer jus a uma ances-tral tradição, acotovelando-se as pessoas, muitas vindas de fora do concelho, para ver os ando-res e a majestosa Nossa Senho-ra do Rosário cuja coroa, em

ouro, foi oferecida por um gon-domarense residente nos Aço-res que, por amor e devoção, se deslocou à Igreja Matriz para acompanhar a procissão.

Este ano, embora com al-guma polémica (ver caixilho), o percurso sofreu ligeiras mudan-ças, segundo a organização. A partida e o regresso fizeram-se pela zona frontal da Igreja Ma-triz, passando pela Rua da Igre-

ja, Largo do Souto, Rua Bento de Jesus Caraça, Rua Dr. An-tónio Ferreira Borges e Rua 25 de Abril.

Novos e velhos, de bengala, de cadeira de rodas e até de te-lemóvel em punho, marcaram presença convicta e em muitos casos introspectiva. Alguns até rezavam como que a pôr em or-dem promessas, ou contas, an-tigas que terão eventualmen-

Ruas e varandasengalanadas fizeram jus a tradição ancestral

Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012 | A Manhã

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te passado o prazo de validade acordado quando foram feitas.

Entre os mais pequenotes, também eles presentes num acto que é igualmente a pas-sagem de um testemunho, a curiosidade estava mais volta-da para os anjinhos que tam-bém compunham a procissão. Talvez alguns deles venham um dia a estar do lado de lá, seja a transportar os andores, a fazer parte das bandas ou até como seguidores da vida religiosa.

Colchas e bordadosMais uma vez, e todos assim es-peram que continue ao longo dos anos, os gondomarenses fo-ram às arcas buscar as melhores colchas e bordados para, nas ja-nelas do presente, tal como nas do passado, dar colorido à sem-pre majestosa procissão da san-ta que, por ser do mundo, é tam-bém de todos que têm fé.

Mas, num contexto em que se junta o profano e o religio-

so, também eram muitos os que seguiram outras tradições, ou-tras procissões. Bem junto ao percurso, paredes meias com a Igreja Matriz, um casal de meia idade estava dividido. Ela bem lhe dizia para se despachar que a procissão ia começar e depois não arranjava “um lugar para ver a Santinha”. “Vai tu que eu depois vou lá ter”, vociferava ele enquanto “deitava abaixo” um copo de vinho doce.

Ainda pensámos que, como

noutros tempo, ele iria dizer que beber vinho era dar de co-mer a um milhão de portugue-ses…

“É treta”A poucos metros, ali mesmo junto à Rua Ala Nun’Álvares, um vendedor acenava com um cartaz em que se lia “Malas de senhora a um euro”. A clien-tela não se fazia rogada e terão sido muitos os euros embolsa-dos. Mesmo assim, apesar do marketing agressivo, muita gen-te dizia que ia para a procissão e que só depois lá passaria. “É treta”, garantia o homem com a mesma desenvoltura e técni-ca com que, mais abaixo e com alguns fortes decibéis, um ou-tro “operacional” garantia três champôs por cinco euros.

“E pode levar um de cada espécie”, dizia o locutor de ser-viço, explicando que estava ali para ajudar as pessoas a vencer a crise, “comprando bom e ba-

rato e sem pagar o …” (cremos que se referia ao IVA).

Com a ajuda de um dia pouco soalheiro e onde S. Pe-dro chegou a dar um peque-no ar da sua graça, também as vendedoras de castanhas apro-veitaram a maré. Dois euros a dúzia. “Isso não é um bocado puxado”? perguntámos numa altura em que o som da banda que acompanhava a procissão era já uma mero murmúrio. “É para ver se se ganha para a sopa”, respondeu com aque-le olhar de soslaio que, quase sempre, diz mais do que as pa-lavras.

Já aviados, rumávamos a outro destino quando a vende-dora nos disse: “Ó senhor, olhe aí! Isso que leva aí dava para duas dúzias de castanhas”. E tinha razão. Era um maço de cigarros. E, ao que tudo indi-ca, com mais 30% de impostos que lhe querem pôr em cima… lá iriam três dúzias.

Manuel de Oliveira Moreira e a mulher escreveram à Confra-ria de S. Cosme e S. Damião e Nossa Senhora do Rosá-rio para mostrar “o desagra-do pela alteração ao percurso habitual da tão emblemática e mais que centenária Procis-são de Nossa Senhora do Ro-sário”.

“Sempre, mesmo quan-do o Largo do Souto (Praça da República) acolhia as di-versões, as barraquinhas dos doces, nozes e castanhas e toda a azáfama de gente e festa, a procissão sempre pas-sou pela Praça - nunca houve qualquer razão para não pas-sar”, afirmam, recordando que, “a determinada altura, começou a alterar-se o tra-jecto, saindo alternadamente “pela frente” da Igreja e “por trás” da Igreja (Rua das Olivei-ras, que dá para o Souto), ano sim, ano não, contemplando todos os espaços que a cir-cundam: Campo Santo, Adro, Largo da Residência”.

No entanto, afirma Ma-nuel de Oliveira Moreira, “a alteração efectuada este ano, não faz nenhum sentido para nós que vivemos há décadas esta tradição (e os nossos, an-tes de nós…) e que ansiamos pela bênção da procissão à nossa porta, enfeitando as janelas com as tradicionais colchas e cheios de orgulho de um dos maiores actos so-lenes da nossa Igreja”.

Por último reforçam a ideia de que não compreen-dem a alteração, dizendo que, “tanto na entrada como na sa-ída, o começo é sempre feito dentro da Igreja Matriz não desrespeitando qualquer sen-tido digno de crença”.

Francisco Ascensão, pre-sidente da Confraria, disse ao “A Manhã” que respondeu a Manuel de Oliveira Moreira e que o assunto estava sanado.

PERCURSOSOB POLÉMICA

“Rosário pequenino”. As Festas do Concelho já chegaram ao fim, oficialmente. No entanto, como sempre sucede as festividades prolongam-se até ao próximo domingo. É o “Rosário pequenino”.

A Manhã | Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012

Fé e solidariedade entre os homens de boa vontade

•• ORLANDO CASTRO

e PAULO F. SILVA [Texto]

C omo manda a tradição em Gondomar, no pri-meiro domingo de Ou-

tubro, na Igreja Matriz, reali-zou-se a solene celebração em honra de Nossa Senhora do Rosário, presidida pelo bispo auxiliar da Diocese do Porto, D. Pio Alves.

Atento à necessidade de ali-mentar o espírito dos devotos, sem contudo esquecer as ne-cessidades físicas, D. Pio Alves exortou os presentes a terem fé em Deus, mesmo e sobretudo quando os tempos são difíceis. Citando os papas João Paulo II e Bento XVI, o bispo auxiliar da Diocese do Porto, apelou à solidariedade como uma forma de ajudar a resolver as necessi-dades das pessoas.

Quando, no passado dia 27 de Setembro, falou na confe-rência que abriu as jornadas da Comunicação Social, em Fá-tima, D. Pio Alves disse que o “capricho social não pode so-brepor-se ao bem comum”, alertando para a necessidade de os media resistirem à luta pe-las audiências, particularmen-te neste momento de emergên-cia social.

Num contexto socialmente marcado por uma “exaltação crescente, os gestos insuficien-temente ponderados podem tornar-se incendiários: os bom-beiros são sempre úteis, os piró-manos sobram sempre”, aler-tou o bispo.

Entretanto, na missa em honra dos padroeiros do con-celho, S. Cosme e S. Damião – gémeos originários da Arábia que dedicaram as suas vidas à

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a: Festas do Concelho

saúde –, o cónego Rui Osório sublinhou o exemplo e a dedi-cação dos santos, “o testemu-nho eloquente da sua fidelida-de a Deus”, para sublinhar que apesar de terem sido martiriza-dos por Diocleciano mantive-ram-se firmes nas suas convic-ções, tal como sucede nos dias que correm em vários pontos do Mundo.

Na sua primeira pregação em Gondomar, o cónego evo-cou o juramento de Hipócra-tes, bem como a Convenção de Genebra, de 1948, que a adap-tou aos tempos e lhe introdu-ziu uma componente científica, para apelar à manutenção e ao empenhamento da prática cris-tã com os mais vulneráveis, os pobres e os doentes.

“Não há fulgor na diversida-de ecuménica e no diálogo in-ter-religioso”, destacou, ainda, Rui Osório, para quem “a liber-dade religiosa é o bem supremo de todas as liberdades”.

O clérigo, que recordou as suas origens em S. Martinho de Arnelas, no Olival, “ali do lado esquerdo do rio” – “sempre de-sejei cá vir para ver se as vos-sas nozes eram melhores que as nossas”, gracejou –, referiu ainda o Sínodo dos Bispos, em curso até ao próximo dia 28, em Roma, e dedicado à “Nova evangelização para a transmis-são da fé cristã”, para saudar a “mulher, que começa a ter lugar na Igreja, o lugar que é dela”.O cónego Rui Osório, durante a sua primeira pregação em Gondomar

D. Pio Alves apelou à solidariedade como uma forma de ajudar a resolver as necessidades das pessoas

J. PAULO COUTINHO

PAULO F. SILVA

Testemunho das vidas de S. Cosme e S. Damião utilizado como exemplo a seguir nos dias que correm.Firmeza nas convicções sublinhada como fundamental, apesar das dificuldades no diálogo inter-religioso

“Capricho social não pode sobrepor-se ao bem comum”

“Os Azeitonas” encherama noite gondomarense

Sexta-feira à noite, o anfi-teatro do Largo do Souto en-cheu-se para ver, ouvir e can-tar, a pop revivalista e bem disposta da banda portuen-se “Os Azeitonas”. Uma noi-te em cheio para os fãs e, a avaliar pela dedicação em pal-co, para Nena, Miguel, Sal-sa e Marlon, que se fizeram acompanhar por uma secção de metais.

“Os Azeitonas” são uma banda formada no Porto, há dez anos, com uma consisten-te carreira firmada em palco. Segundo o sítio do grupo, en-tre 2009 e 2011 realizaram mais de uma centena de ac-tuações ao vivo, tocando nos mais importantes festivais na-cionais: as semanas académi-cas do Porto, Coimbra, Bra-ga, Aveiro, Covilhã, Vila Real; e os festivais Rock In Rio, Ma-rés Vivas, Crato.

Contam actualmente com três álbuns editados, todos eles disponíveis para “download” gratuito, a partir do sítio da banda, www.osazeitonas.com. Estão nomeados para o título de “Best Portuguese Act” nos “MTV Europe Music Awar-

Confronto musical entre Melres e Gondomar

A Manhã | Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012

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a: Festas do Concelho

O anfiteatro ao ar livre do Largo do Souto voltou a ser o palco musical, com o despi-que das bandas filarmónicas, na tarde e noite de sábado.

Tradição muito antiga, do tempo em que havia co-retos em todas as praças, o despique de bandas, que faz parte de quase todas as romarias nortenhas, é um acontecimento musical que exige um domínio harmóni-co elevado, não só porque se exibem os dotes musicais pe-rante o público, mas porque do outro lado está outra ban-da, bem ensaiada, pronta a patear qualquer desafinação.

Este ano, no âmbito das festas do concelho, o despi-que foi entre a Banda Musi-cal de Melres e a Banda Mu-sical de Gondomar, grupos filarmónicos com grande tra-dição no concelho, o primei-

ro criado em 1924, o segun-do em 1863.

Nos primórdios, ou seja, entre os séculos XIX e XX, as bandas filarmónicas per-tenciam aos maestros, que conseguiam reunir entusias-tas, ensinando solfejo e de-pois técnicas instrumentais que permitam, ao fim de al-gum tempo, subir aos core-tos. Nos despiques, ganha-va a banda que levasse mais aplausos e por vezes havia confrontos entre músicos. Hoje em dia, como se ouviu no Largo do Souto, a quali-dade é elevada e o despique funciona como um convívio musical.

No domingo, o mesmo palco foi ocupado pela Ban-da Marcial de S. Cristóvão de Rio Tinto e, segunda-fei-ra, foi a vez da Banda Musi-cal de S. Pedro da Cova.

Bandas filarmónicasvoltaram ao despique

ds” deste ano, que se vão re-alizar a 11 de Novembro, em Frankfurt, na Alemanha.

Em Gondomar são repe-tentes, tendo actuado nas Fes-tas da Cidade, em 2010. O que também se notou pelo entusiasmo do público, maio-ritariamente jovem e conhe-cedor das suas músicas. O an-fiteatro ao ar livre esteve de tal maneira lotado para assis-tir ao “Concerto da Juventu-de” que é caso para dizer que ali não caberia nem mais uma azeitona.

Banda pop revivalista recebida em Gondomar em clima de festa

Jovens entusiasmados com regresso de banda pop portuense

J. PAULO COUTINHO

J. PAULO COUTINHO

•• PAULO ALMEIDA [Texto]•• J. PAULO COUTINHO [Foto]

C omo peixe na água, Valentim Loureiro inaugurou, na sexta-

feira, a Feira das Tasquinhas, cumprimentando e deixando-se fotografar em todos os bal-cões do certame.

O edil gondomarense cumpriu uma tradição que ele próprio criou, colocando-se do lado de dentro do balcão, distribuindo beijos e abraços, provando o vinho e o presun-to, posando para as câmaras, acentuando o contraste entre as toucas e os aventais e a gra-vata de seda e o casaco des-portivo de fino recorte.

Atrás de si, com alguma distância, seguiam vereadores e presidentes de junta. Mes-mo com alguns cumprimen-tos denotando empatia, era visível o distanciamento entre a comitiva e o seu presidente.

“Isto agora é assim: Viva Jovim!” clamava Valentim Loureiro ao chegar ao balcão do Rancho Folclórico de San-ta Cruz de Jovim. O edil era aguardado com muitos sorri-sos e abraços, beijinhos e con-versas de “pé de orelha”. De-pois, a pose para as câmaras fotográficas. Feita a ronda pe-las tasquinhas, seguiram-se os cumprimentos aos convi-vas que petiscavam as igua-rias da gastronomia nortenha propostas pelas colectividades representadas. Mais abraços e beijinhos e também fotogra-fias, mas agora das câmaras de telemóvel. E muitos sorri-sos.

PresençasA Feira das Tasquinhas, que vai na sua décima quarta edi-ção, ocupou, até segunda-fei-ra, feriado municipal, os dois pavilhões cobertos do merca-do de S. Cosme.

Visivelmente satisfeito, Manuel Pinto, o presidente da

Federação das Colectividades do Concelho de Gondomar, referiu que eram esperadas cerca de 60 mil pessoas nas tasquinhas, durante o fim-de-semana prolongado. Foi esse o número estimado de presen-ças no ano passado, “cerca de 2500 pessoas por hora”, afir-mou.

“No ano passado veio cá a ASAE, deu-nos os parabéns e disse-nos para continuar as-sim”, referiu Manuel Pinto, relevando a organização e hi-giene do evento.

A Feira das Tasquinhas é composta por uma série de balcões ocupados pelos ran-chos folclóricos do concelho, que vendem petiscos, rojões, bucho, tripas, caldo verde, vi-nho, iscas, presunto, em pe-quenas porções adequadas à estação e ao evento.

No fim da visita, Valentim Loureiro reuniu a comitiva de ilustres e família, e sentou-se à mesa, para degustar as igua-rias. Para o ano há mais.

Cumpriu-se a tradiçãona XIV Feira das Tasquinhas

Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012 | A Manhã

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Festas do Concelho :a

Numa iniciativa em parce-ria da Câmara Municipal de Gondomar e da “Rádio 5 – Cadeia Metropolitana de Rá-dios”, este conjunto de emis-soras esteve em Gondomar, durante a tarde do passado dia 5, a acompanhar, em di-recto, o programa das Festas do Concelho.

Com emissão repartida en-tre o estúdio-móvel (instalado no Largo do Souto) e equipa de reportagem que trabalhava na zona central de Gondomar, estes directos, para além da temática das festas, também pretendiam traduzir um pou-co das dinâmicas concelhias. Por tal, e para proporcionar um “retrato” abrangente do

município, o leque de convi-dados da “Rádio 5” abrangeu uma vasta lista de entrevista-dos. Passaram pela emissão, enquanto convidados, Ma-nuel Pinto e Alzira Braga (da Federação das Coletividades), Francisco Ascenção e António Koch (da Confraria de S. Cos-me e S. Damião e Nossa Se-nhora do Rosário) e, já no últi-mo directo, Fernando Paulo e Joaquim Castro Neves (verea-dores da autarquia). As entre-vistas foram conduzidas pelo jornalista Victor Cardoso.

Além da emissão para as cinco rádios houve ainda a projecção, em directo, em ecrã-gigante, das entrevistas efectuadas.

Estúdio da Rádio 5no Largo do Souto

A emissão do passado dia 4 do programa “Portugal no Coração”, apresentado por João Baião e Tânia Ribas de Oliveira, realizou dois direc-tos relacionados com as Festas do Concelho.

A jornalista Ana Viria-to teve, em duas ocasiões dis-tintas, um largo leque de con-vidados (e de animação). Primeiro, no Largo do Sou-to, foi a vez de António Koch, da Confraria, explicar algu-mas das tradições da “Feira

das Nozes” e da “Romaria do Rosário”. Nesse primeiro di-recto houve ainda oportuni-dade para os alunos do “Can-tinho Escolar” e para o Grupo de Acordeões da Universidade Sénior de Gondomar (USG).

Depois, já no Auditório Municipal, a exposição “Ar-tistas.Gondomar” foi o tema escolhido (e Albertino Valada-res o convidado). Ainda neste local actuou a Tuna e o Gru-po de Violas e Cavaquinhos da USG.

Gondomar em directono “Portugal no Coração”

Valentim Loureiro deixou-se fotografar atrás de todos os balcões da Feira das Tasquinhas

Porto cresce, Gondomar mingaVereador do Urbanismo do Porto chama-lhe “acerto de fronteiras”. Vice-presidente da Câmara de Gondomar diz que apenas há “um princípio de trabalho”

A Manhã | Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012

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GONDOMARPoder Local | Sociedade | Casosg:

•• ORLANDO CASTRO [Textos]•• CÂNDIDO XAVIER [Infografia]

N o âmbito da revisão do Plano Director Muni-cipal (PDM) do Porto

e na subsequente correcção a nível da Carta Administrativa Oficial de Portugal, o concelho do Porto vai ficar maior e o de Gondomar (entre outros) me-nor. As freguesias de Valbom e de Rio Tinto são atingidas por um processo tecnicamente con-sensual (sobretudo por serem zonas pouco habitadas), mas controverso do ponto de vista político.

O vereador do Urbanismo da Câmara do Porto, Gonça-lo Gonçalves, chama-lhe “acer-to de fronteiras” porque, tan-to quanto é público, Gondomar perde 20 hectares mas poderá receber 10. Embora a Estra-da da Circunvalação seja quase uma fronteira “natural” com os concelhos envolventes (nomea-damente Matosinhos), é certo que essa delimitação não exis-te na freguesia de Campanhã, cujo território vai para além dessa via.

O acordo, oficialmente não confirmado mas que fontes pró-ximas das duas autarquias dão como certo, fará com que a em-blemática quinta de Villar d’ Allen (imóvel de interesse pú-blico e uma rara sobrevivente das quintas de recreio que nos séc. XVIII e XIX), bem como os terrenos gondomarenses ne-cessários ao alargamento, jun-

to ao IC 29, do Parque Orien-tal do Porto passem a pertencer a Campanhã.

Campanhã tem um papel de força neste caso, desde logo por-que o presidente da respectiva Junta, Fernando Amaral, por diversas vezes disse que Gondo-mar tem estado a usurpar terri-tório da sua freguesia, licencian-do até projectos de construção, uma referência às urbanizações autorizadas pela autarquia de Valbom em parte dos terrenos da quinta de Villar d’ Allen.

Aliás, a Assembleia de Fre-guesia de Campanhã já apro-vou os novos limites propostos pela Câmara Municipal do Por-to, consumação que corrobora a aceitação dessas alterações pela congénere de Gondomar.

Oficialmente, o vice-presi-dente da Câmara de Gondo-mar disse, na última Assem-bleia Municipal, que apenas existe “um princípio de traba-lho que foi feito entre as câma-ras de Gondomar e do Porto”, que está a “ser analisado pelos técnicos” das duas autarquias.

José Luís Oliveira acrescenta que, “quando houver uma pro-posta concreta, será levada à Assembleia para aprovação”. E reafirma que, “para já, não há nenhum acordo, nem nenhuma proposta”.

O presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto diz-se “surpreendido” com as notícias de que “haveriam negociações em curso e, inclusive, já há um acordo de entendimento entre as câmaras de Gondomar e do Porto”.

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A passar para Gondomar

A passar para o Porto

Limites actuais da CAOP

CAMPANHÃ

PARANHOS

Estádiodo Dragão

RIO TINTO

FÂNZERES

S. COSME

VALBOM

RIO DOURO

Pontedo Freixo

VCI

Areosa

IC29/A43

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área em destaque

área em destaque

área em destaque

CONCELHO DO PORTO

CONCELHO DE GONDOMAR

Quinta de Villar d’Allen

Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012 | A Manhã

9Universidade Sénior de Gondomar. Já são conhecidos os horários da Universidade Sénior de Gondomar (USG), para o ano lectivo 2012/2013. A USG é um projecto de ensino informal que visa dar uma resposta social e cultural, procurando dinamizar e organizar regularmente actividades culturais, recreativas e de convívio para pessoas com idade igual ou superior a 50 anos. Actualmente, a USG conta com cerca de 315 alunos e 52 disciplinas.

“Lamento que tal tenha acontecido até porque, de acor-do com a legislação, proces-sos de delimitação administra-tiva têm obrigatoriamente que ter um parecer da Junta de Fre-guesia e da Assembleia de Fre-guesia”, afirma Marco Martins, acrescentando que não lhe pa-rece “correcta a postura da Câ-mara de Gondomar, não se per-cebendo qual é o interesse de não envolver os parceiros (jun-tas de Rio Tinto e Valbom) no assunto”.

Fora da realidadeMarco Martins realça que “ao nível das freguesias, entre Rio Tinto e Campanhã, sempre houve o melhor entendimento, sendo de reconhecimento recí-proco que há uma situação nas Areias que tem que ser clarifi-cado, porque a CAOP (Carta Administrativa Oficial de Por-tugal) não retrata a realidade”.

O presidente da Junta de Rio Tinto confirma que o mapa

aprovado por Campanhã re-solve e clarifica a situação das Areias, mas alerta que “cria um novo problema na zona de Re-bordãos”.

“Sempre defendi, e defen-derei, que alterações a efectu-ar nos limites administrativos, seja para correcção da CAOP ou por outro motivo (por exem-plo, novas vias ou elementos es-truturais), deve minimizar ao máximo os impactos junto da população, obrigando o menor número possível de cidadãos e imóveis a transferir de freguesia, por forma a evitar incómodos burocráticos e custos adminis-trativos com a alteração de do-cumentos dos imóveis, dos bens sujeitos a registo e dos docu-mentos pessoais”, conclui Mar-co Martins.

Apesar dos nossos contactos, as juntas de freguesia de Val-bom e Campanhã, bem como a Câmara Municipal do Por-to, não responderam em tem-po útil.

A actual Quinta de Villar d’Allen resultou da junção de algumas velhas quintas: a da Arcaria ou de Campanhã de Baixo, que pertencera aos Fer-reira Nobre, detentores do car-go hereditário de Guarda-Mór da Relação, e a estes compra-da por Manuel Simões, um in-dustrial de atanados natural de Viseu – e a de Fonte Pedrinha, que pertencera aos Noronha e Távora, senhores do vizinho palácio do Freixo. Ambas fo-ram compradas em 1839 por João Allen, negociante inglês, trisavô dos actuais proprietá-rios.

Em 1869, Alfredo Amsin-ck Allen, filho de João Allen, juntou-lhes duas outras quin-tas contíguas. Enólogo por for-mação, agricultor e jardineiro por paixão, além de introduzir no país numerosas plantas exó-ticas, dedicou-se entusiastica-mente à colecção de camélias.

Aqui e ali, os imponentes fogaréus, os belos “cabazes de fruta” e outros trabalhos feitos em granito por Nicolau Naso-ni, adquiridos, supõe-se, quan-do a abertura da estrada para Entre-os-Rios destruiu boa parte dos jardins do vizinho Palácio do Freixo.

“A Manhã” sabe que, na segunda-feira, o Grupo Mu-nicipal da CDU requereu ao presidente da Assembleia Municipal que a Câmara in-forme, por escrito e com carácter de urgência, “que motivos emergentes estão na base da negociação com a Câ-mara Municipal do Porto para a definição de novos limites territoriais dos dois conce-lhos; que áreas territoriais serão cedidas e recebidas do município do Porto; qual a localização dessas áreas territoriais (em planta topo-gráfica com uma escala que permita uma leitura adequa-da); se a definição dos novos limites territoriais ficar-se-á apenas pela Carta Adminis-trativa Oficial de Portugal ou será submetida à aprovação da Assembleia da República.”

CDU PEDE ESCLARECIMENTOS

Quinta de Villar d’Allen

Por parcela:

136 451 m2

1458 m2

3

8

Área total a transferirpara Gondomar

137 909metros quadrados

Por parcela:

25 388 m2

90 966 m2

38 733 m2

6542 m2

4308 m2

1142 m2

46 017 m2

1

2

4

5

6

7

9

Área total a transferir para o Porto

213 096metros quadrados

A Manhã | Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012

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g: Sociedade | Casos

Autarquias más pagadoras A Câmara Municipal de

Portimão é a pior pagadora do país, demorando, em mé-dia, cerca de três anos e cinco meses a pagar aos fornecedo-res. Segundo dados revelados pela Direcção-Geral das Au-tarquias Locais, recentemente divulgados, metade (150) das autarquias portuguesas (308) levam mais de 90 dias para saldas dívidas. Gondomar não conta da listagem, e demora, em média, 50 dias a pagar aos fornecedores.

No final do segundo tri-mestre, o prazo médio de pa-gamento da Câmara de Por-timão era de 1243 dias. No período de um ano, o prazo

aumentou em 510 dias. Esta autarquia aprovou, entretan-to, uma candidatura de 100,5 milhões de euros ao progra-ma do Governo para paga-mento de dívidas e ainda pre-tende pedir à banca mais 39 milhões.

Em segundo lugar, na lista de piores pagadoras está Por-to Santo (com 864 dias), se-guindo-se Nazaré (738), Pa-ços de Ferreira (682), Celorico da Beira (667), Castanheira de Pera (622) e Mirandela (575). Lisboa tem um prazo de pa-gamento de 132 dias, enquan-to o Porto não surge na lista, também por demorar menos de 90 dias.

Praça Manuel Guedes, 240 R/C – GondomarTel. 22 463 57 32 – email: [email protected]

Largo do Centenário, 28 R/C – ValongoTel. 22 422 11 83 – email: [email protected]

Terapia Ocupacional· Recuperação funcional · Mobilidade· Integração sensorial e motora

Acompanhamento Psicológico· Estimulação Global· Intervenção Precoce · Orientação Vocacional· Testes psicotécnicos para condutores· Avaliação para entrada escolar antecipada

Terapia da Fala· Intervenção em dif iculdades de comunicação, gaguez, linguagem, fala e voz · Estimulação sensorial e motora· Intervenção terapêutica motora oral e facial

Apoio a crianças com NEE· Dif iculdades de aprendizagem· Sobredotação· Dislexia· Acompanhamento de Pais e Professores

•• PAULO F. SILVA

Um homem com cerca de 30 anos tentou assaltar, no fi-nal da semana passada, em Rio Tinto, um café, utilizando uma pistola de plástico. Ain-da repetiu o clássico “isto é um assalto!”, mas a proprietária é que não esteve pelos ajustes: desmascarou-o e correu-o por-ta fora aos gritos e a pontapé.

Como de costume, por vol-ta das 12 horas, Maria de Jesus Barbosa ultimava os preparati-vos para o almoço no Café Se-ara, na Rua da Estrada Nova, em Rio Tinto. Os clientes ha-bituais ainda não tinham co-meçado a chegar quando um jovem, com cerca de 30 anos,

pediu para registar o Totoloto, depois de ter bebido uma cer-veja na esplanada. Quando a proprietária se aproximou da caixa registadora, o indivíduo apontou-lhe uma pistola e dis-se: “Isto é um assalto!”.

“Olhei para a pistola e agarrei-lhe as mãos, e foi aí que me apercebi que a pisto-la era de plástico”, explicou, ao “A Manhã”, Maria de Je-sus. “Não me calei mais, mas o meu marido estava na esplana-da e a minha filha na cozinha, por isso mal se aperceberam”.

A proprietária rodeou, en-tão, o balcão e dirigiu-se ao homem aos gritos e a ponta-pé. O assaltante, por seu turno, ameaçava disparar, mas, em si-multâneo, procurava esconder

a arma nas costas e recuava. “Se ele quisesse ou fosse mes-mo disparar não anunciava, pois não?, disparava e pronto, não era?”.

A senhora conseguiu colo-car o indivíduo na rua, fechou a porta do estabelecimento e chamou a Polícia. Nessa altu-ra, o marido, António Fonseca, correu pelas ruas fora tentan-do, em vão, alcançar o rapaz. Com a chegada da Polícia, os agentes acabaram por deter o assaltante perto da antiga fá-brica da Silva & Sistelo – um toxicodependente condenado e com pena suspensa por trá-fico de droga, originário de S. Pedro da Cova. A “arma” ti-nha sido largada numa zona de silvas.

Tentou assaltar cafécom pistola de plásticoIndivíduo condenado por tráfico de droga acabou por ser detidopela Polícia nas imediações do estabelecimento, em Rio Tinto

Junta de Freguesiade Rio Tinto

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Uma loja em Gondomar foi assaltada, no sábado pas-sado, por três indivíduos, que levaram cinco bicicletas, roupas e acessórios num va-lor total de cerca de 20 mil euros, disse fonte da Polícia de Segurança Pública (PSP).

Quando a responsável da loja estava a abrir o estabele-cimento, por volta das 8.45 horas, foi abordada por três indivíduos, aparentemen-te de nacionalidade estran-geira, um deles encapuza-do, que lhe ataram as mãos e a colocaram dentro de um armário, explicou a mesma fonte.

De acordo com a PSP, não foi utilizada nenhuma arma e a responsável da loja não foi ferida.

Roubo de bicicletas rendeu 20 mil euros

A Polícia Judiciária (PJ) anunciou, na terça-feira, a detenção de um homem sus-peito de ter assaltado à mão armada mais de uma dezena de postos de abastecimento de combustíveis e outros es-tabelecimentos comerciais no distrito do Porto.

Em comunicado, a PJ re-fere ter recolhido “fortes in-dícios” de que o detido, de 30 anos, cometeu “pelo me-nos 13 roubos em postos de abastecimento de combustí-veis e outros estabelecimen-tos comerciais, designada-mente em cafés, confeitarias e lojas de vestuário, situados no Porto, Valongo, Gondo-mar, Matosinhos e Pare-des”, desde meados de Se-tembro.

Detido suspeitode assaltos a gasolineiras

BREVE

Festa angolana no Multiusos. Cerca de duas mil pessoas da comunidade angolana e amigos de Angola, residentes no cen-tro e norte de Portugal, parti-ciparam no fim-de-semana, no Pavilhão Multiusos, num mega encontro para comemorar as

recentes eleições gerais realiza-das a 31 de Agosto.

O evento, organizado pelo Consulado Geral de Angola no Porto, consistiu no visionamen-to em diferido do acto de in-vestidura de José Eduardo dos Santos.

Acórdão do Tribunal Constitucional. O acórdão do Tribunal Constitucional que rejeita o pedido de realização de um referendo na freguesia de Melres a propósito da reorganização administrativa territorial autárquica foi publicado no Diário da República de ontem.

Formadesaída - Consultoria e Gestão LdaRua D. Afonso Henriques, n.º 16864435-003 Rio Tinto

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•• PAULO ALMEIDA

O Executivo municipal apro-vou a minuta do contrato de prestação de serviços para reco-lha de resíduos sólidos e higiene urbana do concelho. A Câmara vai passar a pagar, mensalmen-te, 298.139,10 euros ao consór-cio Rede Ambiente Egeo, para recolha do lixo em todas as fre-guesias de Gondomar.

A minuta do contrato, que foi aprovada na última reunião de Câmara, no dia 4, estabelece um vínculo com a empresa du-rante uma década, pelo valor de 35 776 692 euros.

O consórcio que venceu o concurso público internacional assume ainda o compromisso de pagar a verba de 781 067,19 eu-ros, pela retoma das viaturas de recolha de lixo municipais, com-prometendo-se a adquirir veícu-los e equipamentos “novos e a estrear”.

José Luís Oliveira esclareceu que não estão previstos aumen-tos de taxas pela recolha do lixo

e que os valores que eventual-mente a Lipor venha a devolver pelos resíduos diferenciados são atribuíveis à Câmara. “Nós con-tratámos o serviço ao consórcio por aquele valor mensal e eles só têm aquela receita, não vão be-neficiar de taxas adicionais ou aumentos de taxas”, adiantou o vice-presidente da autarquia.

Admitiu, no entanto, que as transferências para as juntas de freguesia, no âmbito dos proto-colos de limpeza urbana, que to-talizam até ao momento cerca 1,2 milhões de euros, poderão sofrer alterações. “Essa questão ainda vai ser estudada, quando começarmos a elaborar o orça-mento para 2013. Para já, tudo o que estiver protocolado com a câmara vai ser cumprido”, adiantou José Luís Oliveira.

PrudênciaO PS votou contra a minuta do contrato. “Não é pruden-te, em período de crise nacio-nal e a um ano de eleições au-tárquicas, celebrar um contrato por dez anos, que significa uma

despesa anual de 3,5 milhões de euros”, disse o vereador em re-gime de substituição Luís Fili-pe Araújo.

O autarca e líder do PS lo-cal criticou a maioria “Gondo-mar no Coração” por não se conhecerem estudos de viabili-dade económica que sustentem a decisão do Executivo e pela forma como foi apresentada a proposta. “A minuta do contra-to foi-nos entregue na reunião de Câmara pública (dia 20 de Setembro), sem sequer estar na agenda. Pedimos para adiar esse ponto e os estudos de viabilida-de económica, que não nos fo-ram entregues”, adiantou.

O vice-presidente da Câ-mara contesta esta visão, expli-cando que o serviço foi avaliado como uma despesa de 49 mi-lhões, em dez anos, e, a partir desse valor de referência, reali-zou-se o concurso público, que levou à atribuição da proposta mais baixa, de 35 milhões.

A CDU foi a primeira for-ça política a reagir, ainda antes da reunião de Câmara, emitin-

Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012 | A Manhã

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Sociedade :g

Recolha de lixo vai custar 300 mil euros por mês

do um comunicado criticando a deliberada degradação do servi-ço municipal de recolha de lixo, comparando a decisão do Exe-cutivo com a concessão a pri-vados das Águas de Gondomar, que resultou “num aumento brutal dos tarifários”.

Depois de assinado, o con-trato seguirá para o Tribunal de Contas e só depois de visado, e passados 30 dias, será aplicado. Todos os valores indicados são apresentados sem IVA.

Funcionários vão ser convidados a integrar consórcio privado

O contrato de concessão de recolha de resíduos sólidos e higiene urbana é omisso quan-to à situação dos funcionários da Câmara que actualmente re-alizam o serviço, embora seja um dos requisitos do concur-so público.

João Avelino, da direcção do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), evidenciou a sua preocupação, “até pela experiência que te-mos das Águas de Gondomar”.

O sindicalista explicou que os 189 trabalhadores que estão afectos a esse serviço podem ser integrados na empresa pri-vada ou “passar à mobilidade especial, que é um caminho para o despedimento”. O dirigente do STAL referiu tam-bém que desconhece o que irá acontecer aos funcionários que estão mobilizados para a limpeza urbana nas juntas de freguesia. “A população será claramente prejudicada porque as taxas vão disparar”, salien-tou, revelando que o STAL vai estar presente quando a autar-quia informar os funcionários sobre o contrato de recolha de resíduos.

Sobre os funcionários ca-marários, José Luís Oliveira afirma que só transitam para o consórcio “os que quise-rem, os que não quiserem ir ficam cá”.

O autarca defendeu a pri-vatização de serviços públicos, como a recolha de lixo, justifi-cando que o serviço se torna mais barato.

FUNCIONÁRIOSNO PRIVADO

Câmara admite rever transferências no âmbito dos protocolos com as juntas de freguesia

J. PAULO COUTINHO

A Manhã | Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012

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ENTREVISTA • Nuno CoelhoPresidente da Junta de Freguesia de Baguim do Montee:

“Nunca irei ficar satisfeitosem um centro de saúde”Eleito a primeira vez para a Junta de Baguim do Monte, em 2005, o socialista Nuno Coelho cumpre agora o segundo mandato. Está preparado para uma terceira candidatura – “se as pessoas quiserem” – mas admite não saber o que vai acontecer à freguesia. A sua grande mágoa, afirma, é não ver a construção do centro de saúde.

•• PAULO ALMEIDA [Texto]•• J. PAULO COUTINHO [Fotos]

O que mudou com a sua chegada à pre-sidência da Junta

de Baguim do Monte, em 2005?

Faço questão sempre de di-zer que não sou só eu, é um trabalho de equipa que não se esgota no Executivo, é um tra-balho de equipa que está na Assembleia e também do pró-prio partido que suporta esta candidatura.

O que mudou então com a chegada da sua equipa?

A maior conquista desde que entrámos cá foi a aber-tura da Junta à população e a proximidade que tem para com a comunidade. Posso lhe dizer que sou presidente de Junta a tempo inteiro, para as pessoas. Não tenho um dia determinado, embora no or-ganigrama faça isso à quar-ta-feira, para falar com as pessoas, mas estou sempre dis-ponível. Quando cá cheguei, o ambiente não era fácil, as pessoas não se falavam. Ape-sar de trabalharem em “open space”, havia pouco diálogo entre os funcionários, como também havia pouco diálogo entre os autarcas e os funcio-nários.

Promoveu abertura e pro-ximidade...

Sim. Quando cá cheguei, fui visitar os armazéns da Jun-ta e, quando entrei na sala do pessoal, encontrei aquilo em condições tão degradantes que nem nas obras via tal coisa. Es-tava habituado a visitar obras de construção civil e, embora tenha visto muita coisa, não me lembro de condições tão degra-dantes como aquelas que en-contrei nos armazéns da Jun-ta. Tratámos logo de melhorar as condições dos funcionários.

Qual é o orçamento anual da freguesia?

Anda à volta de 450, 460 mil euros. As transferências da

Câmara são de 100 mil euros. Nós fazemos limpeza urbana diária, desobstrução das sarje-tas e das redes de águas plu-viais, somos nós que colocamos as sarjetas, agora que tem surgi-do a moda dos roubos das sarje-tas, fazemos obras em passeios, nos espaços ajardinados, colo-camos herbicida. As transferên-cias não chegam para isto tudo, mas tenho muito orgulho em dizer que não devemos nada a ninguém, fazemos pagamentos de 15 em 15 dias, não devemos um cêntimo a ninguém, com-prámos máquinas e pagámos a pronto. Nós não fazemos gran-des festas, mas cumprimos tudo aquilo que fazemos na íntegra e pagamos.

“Adoro aquilo que faço” diz-nos Nuno Coelho, 38 anos. E já fez muita coisa, foi mo-torista de táxi nocturno em Gondomar, estudou arqui-tectura no Porto, onde viveu, e até chegou a ser escolhido para entrar na Polícia Judici-ária, opção que pôs de lado, para se debruçar sobre o es-tirador. “Nasci 15 dias antes do 25 de Abril: digo a brincar às pessoas que quando nasci vinha a berrar para que se fi-zesse o 25 de Abril”, avança o autarca para explicar o seu interesse pela causa pública. Depois de liderar a Juventude Socialista, concorreu à Junta de Baguim do Monte, que li-dera desde 2005.

CARTÃO DE CIDADÃO

Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012 | A Manhã

PU

B

clamar já passou. Lá está, essa competência, a notificação, po-dia passar para as juntas de fre-guesia, ou a própria limpeza. A Junta de Baguim do Monte foi a primeira no concelho a fazer limpeza em terrenos particula-res e isso é uma fonte de receita.

É candidato às próximas eleições autárquicas, em 2013?

Se as pessoas quiserem sou candidato. Candidato em Ba-guim. Mas também não sei como é que isto vai ficar, se vão acabar as freguesias todas, se vai continuar a freguesia de Ba-guim do Monte. Está aqui uma confusão tão grande. O Docu-mento Verde (2011) dizia que Baguim era intocável, agora a nova lei quer integrar Baguim em Rio Tinto, que já tem mais 50 mil habitantes, portanto, contrariava os critérios da lei… Não sei se Baguim continuará. Mas acho que ainda não fechou o nosso ciclo, ainda temos pro-jectos para concretizar, infeliz-mente fomos assolados por esta crise.

O que é falta fazer em Ba-guim?

O maior compromisso que eu tive com os baguinenses – e fico muito triste com este Go-verno, é uma mágoa que te-nho e que transmito – é o cen-tro de saúde. A maior luta que encetei, desde 2005, foi concre-tizar a construção efectiva do centro de saúde na freguesia de Baguim do Monte. Temos uma unidade de saúde familiar na Venda Nova, que é um óptimo centro, ou dispensário, como as pessoas daqui o conhecem, era um antigo dispensário, que está alocado à freguesia de Baguim, mas está fora da freguesia; todos os serviços administrativos e de atendimento iriam passar para o novo edifício, aqui em Ba-guim, onde há terreno, onde há projecto e onde havia dinheiro para construir.

O processo está parado?Numa primeira fase, a Câ-

mara ia começar a construir

O orçamento não se esgo-ta nas transferências da Câmara?

Temos também transferên-cias do Fundo de Financiamen-to das Freguesias (cerca de 114 mil euros), que por si só não nos consegue dar uma sustentabili-dade para fazermos face àqui-lo que são as nossas preocupa-ções e o nosso trabalho feito no dia-a-dia. Temos duas grandes transferências: a transferência feita a nível governamental, em que por essa verba, por exem-plo, só devíamos ter dois fun-cionários na secretaria, um ou dois na rua; depois temos um protocolo com a Câmara, que nos transfere os tais 100 mil eu-ros, que nos permitiu contratar mais gente e dar sequência às valências obrigatórias da Junta e têm que dar resposta ao pro-tocolo com a Câmara. E depois há um equipamento onde nós vamos buscar muito dinheiro, infelizmente, tenho que o dizer é a nossa fonte de rendimento, que é o cemitério.

Defende mais transferên-cias das competências da Administração Central ou Local para as freguesias?

Sim, mas com as devi-das transferências de receitas. Dou-lhe um exemplo, que até gera alguma polémica: nin-guém em Gondomar cobra uma rampa, uma rampa de uma entrada, de uma gara-gem. A lei diz que as rampas na via pública devem ser ta-xadas, devem ser cobradas. A Câmara não tem capacidade de fazer isso, ou não faz isso, mas podia delegar nas juntas de freguesia. É uma fonte de receita, uma receita pequena, mas é uma fonte de receita. Outra situação: nós, em Gon-domar, não temos praticamen-te aquilo que vemos noutras cidades, postos de venda de re-vistas e jornais, os quiosques, e temos zonas que potencial-mente são boas para ter um ou outro quiosque, e os quiosques podiam ser geridos por uma junta de freguesia; era outra fonte de receita.

Aquela zona é do concelho de Gondomar, a Câmara não faz nada e Valongo vai tendo ali receitas próprias”

Ainda não fechou o nosso ciclo, ainda temos projectos para concretizar”

e, obviamente, o Governo vai transferindo depois as verbas correspondentes, que é aqui-lo que normalmente é feito. À Câmara competia ceder o ter-reno e iniciar a construção. Foi uma das maiores ilusões que fo-ram vendidas aos baguinenses nos últimos anos, principalmen-te nos últimos oito anos, antece-dendo a minha vinda. Foi dito que a Junta e a Câmara esta-vam a tratar de trazer para cá o centro de saúde… Nunca mexeram uma palha! Na Jun-ta não havia qualquer processo relativamente ao centro de saú-de, nem uma folha sequer, havia conversas só, e foi uma gran-de ilusão que se vendeu aos ba-guinenses; diziam que ia haver um centro de saúde, mas não se sabia quando, nem onde, nem como. Foi uma grande luta que tive e digo-vos que, enquan-to baguinense e enquanto au-tarca, nunca irei ficar satisfei-to enquanto não houver aqui um centro de saúde, principal-mente quando há um terreno e já há um projecto. Mas agora o Governo resolveu congelar as obras e estamos assim.

O que pensa da actual zona industrial, junto ao conce-lho de Valongo?

Está muito desorganizada, inclusive existem áreas que fo-ram apropriadas deliberada-mente pelo município de Va-longo. Há uma coisa que acho absurdo: Valongo conse-guiu escriturar aquelas indús-trias novas, que pagam contri-buição em Valongo. Apesar de nós dizermos e reclamarmos que aquilo é Baguim do Mon-te e que aquela zona é do con-celho de Gondomar, a Câma-ra não faz nada e Valongo vai tendo ali receitas próprias. Te-mos escrituras antigas, algumas seculares, que nos dizem que aquilo sempre foi Rio Tinto e, consequentemente, Baguim do Monte, a Câmara nada faz e es-tamos a perder território. A Câ-mara de Gondomar não é ágil e não é hábil o suficiente para reclamar aquilo que realmen-te é seu.

São competências da Ad-ministração Local.

Não estou a falar de recei-tas retiradas da Câmara, estou a dizer que elas existem mas não são cobradas porque a Câ-mara não as consegue cobrar. Outro exemplo, a notificação dos proprietários que não lim-pam os terrenos: muitas vezes

os vizinhos reclamam na Câ-mara a limpeza de terrenos, a Câmara ou a Protecção Civil não sabe quem são e pedem à Junta que os ajude; a Junta vai ao terreno consegue identificar o proprietário e depois infor-ma a Câmara. Entretanto, já passou um mês ou dois e a situ-ação que levou as pessoas a re-

O “Semanário A Manhã” inicia esta semana a publicação de uma série de entrevistas com os presidentes das 12 juntas de freguesia do concelho. Por ordem alfabética, de Baguim do Monte a Valbom, os vários autarcas vão expor-nos, tanto quanto possível, a “sua” freguesia, os projectos realizados e os planos para o futuro.

Crise e política,ou a crise da política

N um tempo em que a crise económica se acentua no país, vale a pena falar de po-lítica.

Mas esqueçam a politiquice. Esque-çam as lutas partidárias do tipo FCPor-to v SLBenfica e os rebanhos dos que de mão no ar e de cabeça vazia votam sem-pre de acordo com o que o chefe manda.

Interessa-nos mais, em Gondomar e em Portugal, a politikis, palavra que na sua origem grega está associada à polis, ou seja, à cidade e à cidadania. O seu oposto – idiotis – servia para designar os que procuravam o isolamento, afas-tando-se da preocupação pelos interes-ses coletivos.

Talvez por isso foi muito bom ver a 15 de Setembro tantas e tantas pesso-as preocupadas com a polis e aborreci-das com os que, dizendo-se políticos, são de facto idiotas. Porque, mesmo que te-nham largas maiorias eleitorais de apoio, estão isolados, afastados que estão dos valores e da ética da polis.

Ao lado dos idiotas, vemos, no gover-no que temos em Portugal, assim como em vários outros casos a nível regional e local, entre os políticos (os que devem servir a polis), um conjunto alargado de (chico-)espertos, uns mais inteligentes e sofisticados que outros, uns mais popu-listas que outros, a aproveitarem-se do poder para fazerem negócios os mais va-

locados nas empresas, ou na melhor da hipóteses pensar apenas na forma de ser popular e ganhar eleições…

Talvez que, a exemplo do que ocor-re nos países que consideramos mais de-senvolvidos, as pessoas sejam escolhidas dentro dos partidos pelas suas capacida-des e valores e não tanto pelo número de votos que são capazes de arrebanhar ou pelos fretes que fizeram ou vão fazer a este e aquele, isolando-se num pedestal (idiotis); talvez que, fora dos partidos, as pessoas ganhem vergonha de dizer que não sabem nem querem saber de políti-ca e apenas pensam neles e no seu clube de futebol (idiotis).

Se as pessoas se preocuparem mais com a polis e os partidos forem capa-zes de escolher os seus candidatos ape-nas pelo seu mérito e pelas ideias e va-lores que defendem, Portugal seria um país melhor. As eleições autárquicas se-rão o primeiro sinal de que as coisas es-tão a mudar. Se assim for (e eu acredito – ou quero acreditar? – que será assim, que se acautelem os que prometem mui-tas pontes no Rio Douro, os que acre-ditam que basta comprar e submeter a comunicação social, ou os que se habitu-aram a ganhar em troca duns chafarizes feitos umas semanas antes das eleições, de prendas nos bairros e de pagar (com o dinheiro dos nossos impostos) passeios de autocarro!

OPINIÃORio Fernandeso:

riados, desde sub-marinos a privatiza-ções, passando pelo aproveitamento de bancos de amigos e off-shores, ou acesso a informação privilegiada de com-pra, venda e urbanização de terrenos.

Um terceiro grupo, é composto pelos que têm uma ideologia, os que acredi-tam num determinado modelo de socie-dade, podendo este ser visto como mais igual e justo (mais à esquerda) que no seu extremo aniquila a capacidade cria-tiva, ou como mais capaz de promover a liberdade individual e melhor promo-ver a criação de riqueza (à direita), po-dendo no seu extremo chegar a propor-se o aumento da diferença entre quem trabalha e os empresários e acionistas de

grandes empre-sas. Lamentavel-mente este últi-mo grupo tem

vindo a constituir a minoria.

Talvez por se perder o debate político, hoje se fale apenas de défice e de emprego e desemprego, como se isso fosse assunto apenas de economis-tas, se discuta tanto a competência (so-bretudo a incompetência!) deste e da-quele e muitos votem (na AR, nas AM ou nas eleições) olhando apenas para a cor e para a cara do chefe. Talvez por isso a política esteja tomada por muitos cujo seu maior interesse é fazer à custa da política uns negócios, ou colocar uns familiares e amigos nuns lugares pagos, porventura fazer uns fretes a outros co-

A Manhã | Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012

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RIO FERNANDES

Geógrafo / Professor Universitário

Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012 | A Manhã

FUI O ÚNICO E VERDADEIROSÍMBOLO REPUBLICANONESTE 5 DE OUTUBRO!

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Há duas expressões disseminadas ao longo do tempo e por todos nós – o “país de costumes brandos e hábi-tos morigerados” e a “política do pão e circo” – que importa reter nos tempos mais próximos.

1 “Somos um país de costumes brandos e hábitos morigera-dos”. A frase foi-nos repetida até à exaustão e muitos de nós

desconhecem, inclusive, a sua autoria: António de Oliveira Salazar.

Faz sentido recuperar o dito à luz do que está a acontecer no país, cada vez mais intensamente.

Matamos a mulher adúltera, monta-mos ardis violentos e sangrentos como ninguém, espezinhamos os que têm uma opção sexual diferente, pegamos touros, perdemos a lisura até por causa de uma fronteira de terrenos, somos mesquinhos, rasteiros, reles e capazes de atrocidades, nem que seja por um punhado de euros.

Ao mesmo tempo, ganhamos meta-de do que o vizinho do lado, nem que para isso tenhamos de trabalhar o do-bro. E ainda expomos a fraqueza huma-na, num gesto que ora é de “submissão”, ora de “humildade”.

Lola Geraldes Xavier, da Escola Su-perior de Educação de Coimbra, expli-ca muitíssimo bem os “desassossegos e os desafios de Portugal a partir de pen-sadores da cultura portuguesa”, citan-do Alexandre Herculano, Alexandre O’Neill, Almada Negreiros, Almeida Garrett, Baptista-Bastos, Boaventura de Sousa Santos, Eça de Queirós, Eduar-do Lourenço, Jorge de Sena, José Carlos Ary dos Santos, Miguel Torga, Ruy Belo, Sérgio Godinho, Teixeira de Pascoaes e Vergílio Ferreira.

2 A “política do pão e circo”. Sobre esta expressão, pro-vavelmente por ser quase ancestral, há menor ampli-

tude, embora todos a saibamos situ-ar, pelo menos no tempo: Juvenal, 100 anos d.C., criticava a falta de informa-ção do povo romano, que não tinha in-teresse em assuntos políticos e apenas se preocupava com o alimento e o di-vertimento.

Nessa altura, Roma, a capital, era o centro do Mundo cosmopolita. E essa modernidade atraiu gentes de todo o lado, pessoas que viviam sem condi-ções ou rendimentos. Para evitar as tensões sociais que, necessariamente, grassavam, os sucessivos imperado-res criaram eventos que, em simultâ-neo, incluíam a distribuição de cereais (mensalmente, no pórtico de Minucius) e entretiam o povo (com gladiadores na arena em luta com animais ferozes, corridas de brigas e artistas de mil e uma artes) dos reais problemas – pelo que toda a gente sabe por que moti-vo existe, em cada grande cidade, um “Coliseu”.

3 Ora, os tempos que correm voltam a ser de extrema exi-gência. A nível nacional, ex-cluindo os seus progenitores,

não se reconhecem públicas vozes de apoio ao reconhecidamente “brutal” aumento de impostos anunciado pelo Governo, à excepção (eventual) dos que lhe apõem a assinatura.

Não há, portanto, que recear das palavras.

O “bidão de gasolina” de que fala Manuel Pinto Teixeira, na crónica da última página desta edição do “A Ma-nhã”, é de dificílimo (impossível?) con-trolo. Os hábitos morigerados poderão ser mandados às malvas num estalar de dedos e nem com pão e circo a chama-da normalidade deverá ser mantida.

E se assim acontecer, cabe questio-nar, neste espaço, qual o papel e o que pode fazer Gondomar? Aparentemen-te, nada.

Que papelpara Gondomar?

LEITORES

Neste espaço de Opinião, há também lugar às cartas dos leitores.Ficamos, pois, a aguardar que nos envie o seu texto de opinião [email protected] com indicação “Carta do Leitor”.Os textos não podem exceder os 1000 caracteres e são da total responsabilidade dos seus autores. Apenas se aceitam textos acompanhados da respectiva identificação do seu autor: nome, morada, cópia de documento de identificação e contacto telefónico. “A Manhã” reserva-se ao direito de não publicar os textos na íntegra.

EDITORIAL

António Martins[S. Cosme]

CENÁRIO DEPLORÁVEL. Imagino que os vendedores ambu-lantes tenham que estar licenciados pela Câmara Municipal para pode-rem exercer a venda dos seus pro-dutos nas ruas, durante os dias em que decorrem as festas do concelho.

Imagino que os requisitos exigi-dos para a obtenção dessa licença sejam muito simplesmente alguns euros (não discutindo aqui a impor-tância desse montante).

Percebo que assim seja. Até per-cebo que a Câmara não se importe com o que ali vá ser vendido.

Mas não consigo perceber como

é que a autarquia permite que esses mesmos vendedores – com licen-ça, logo identificáveis – deixem as ruas no lastimoso estado em que se encontravam na passada terça-feira. Será assim tão difícil obrigar os vendedores a deixarem o espaço, que usaram para benefício próprio, no mesmo estado em que o encon-traram, sob o risco de, se não o fize-rem, recair sobre eles uma pesada coima? Já sei que, nos tempos que correm, é bom que haja muito tra-balho para todos, mesmo para os funcionários de limpeza urbana da Câmara ou da Junta de Freguesia. Mas, convenhamos, um pouco de civismo não faz mal a ninguém. E recomenda-se.

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DESPORTOSKaraté | Futebol | Modalidadesd:

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É vice-campeã e a mais nova sensei de Portugal•• ORLANDO CASTRO

C hama-se Joana Amaral, tem 19 anos e começou a praticar karaté (estilo

Shukokai) aos cinco. Foi duas vezes vice-campeã nacional, a primeira aos 16 anos.

É 1.º Dan, dá aulas na Casa do F. C. Porto de Rio Tinto, tem o curso de treinador e de árbi-tro, e é uma das três únicas mu-lheres que a nível nacional dão aulas de Shukokai. Além disso, considerando todos os estilos, é a mais nova sensei de Portugal.

Estuda desporto no ISMAI e vibra quando o assunto é o Shukokai, até porque, diz, gos-tava de ver o karaté “ser uma modalidade olímpica, se possí-vel já em 2014, no Brasil”. Ape-sar de ter praticado outros des-portos, casos da natação e do basquetebol, considera que “o Shukokai faz parte da sua vida e assim vai continuar”, razão pela qual “dá aulas e aposta forte na sua divulgação”. Acredita, aliás, que o karaté de uma forma ge-ral e o Shukokai em particular, tem “um grande futuro mesmo a nível das competições inter-nacionais”.

Joana Amaral participa ha-bitualmente nos campeonatos europeus e mundiais, embora dê prioridade aos estudos. Foi por isso que não esteve este ano nos Estados Unidos onde de-correu a prova mundial.

“Como em tudo na vida, é preciso estabelecer prioridades. E como estava em causa a en-trada para a universidade tive de fazer essa opção”, conta Joa-na Amaral garantindo, contu-do, “que voltou a entrar em ve-

Para se chegar às origens do Karaté Shukokai deve-se recuar 60 anos, e chegar à cidade de Ko-be, Japão. Foi fundado em 1952 pelo mestre Chojiro Tani, discí-pulo de Kenwa Mabuni no estilo por este fundado, o Shito-Ryu. Depois fundou a sua própria es-cola, o Shukokai, que significa “uma via para todos”. Em 1963, a Inglaterra foi a porta de entrada deste estilo na Europa.

SHUKOKAI: “UMA VIA PARA TODOS”

Com técnicas e movimentos muito idênticos ao karaté tradicio-nal, onde se destaca a sua rapidez, o Shukokai tem como objectivo a aplicação das técnicas com a má-xima eficácia.

Dos seus alunos, cedo se no-tabilizou o sensei Shigeru Kimura, que se radicou no ocidente (New Jersey – EUA) donde, ocupando o cargo de instrutor chefe mundial do Kimura Shukokai Internacional

(KSI), desenvolveu e divulgou a téc-nica do Shukokai.

O Shukokai em Portugal está representada pela Associação Por-tuguesa de Karaté Shukokai (APKS), constituída em 1979, sob a orien-tação do sensei portuense Marcelo Azevedo (7.º Dan).

Actualmente, cerca de 1000 ka-ratekas praticam o estilo Shukokai em 40 dojos espalhados pelo con-tinente e Madeira.

locidade de ponta”, razão pela qual se desobra entre Gondo-mar e Coimbra, seja a dar au-las ou a treinar o seu Shukokai.

E tudo leva a crer que, em 2013, Joana Amaral estará nos europeus da Finlândia para, como sempre acontece nas pro-vas em que participa, lutar pe-los primeiros lugares e vender caro qualquer derrota. A sua experiência como atleta de alta competição está, inclusive, a ser “muito útil para o desempenho da sua função de treinadora”. Diz que consegue “compreen-der as necessidades dos atletas porque também é atleta, bem como as dos treinadores porque também o é, o mesmo se pas-sando a nível da arbitragem”.

Embora existam mais ho-mens do que mulheres a prati-car karaté, Joana acredita que a situação está a alterar-se, desde logo “porque há cada vez mais raparigas a frequentar esta ac-tividade desportiva”. Em bre-ve haverá, conta a vice-campeã, “uma campanha de sensibiliza-ção junto das escolas para mo-tivar futuros atletas” que certa-mente encontrarão no Shukokai “uma excelente forma de se re-alizarem no campo desportivo”.

Joana Amaral recorda, por exemplo, que no primeiro ano em que participou nos campeo-natos nacionais, tinha então 16 anos, foi considerada a atleta re-velação. Por tudo isto acredita que o Shukokai, tal como o ka-raté nos seus mais diversos esti-los, tem o futuro assegurado e perspectiva que o seu exemplo poderá levar a que, em breve, outros (ou outras) atletas pos-sam guindar-se aos melhores lugares do pódio nacional e in-ternacional.

A Manhã | Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012

Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012 | A Manhã

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Futebol :d

Gondomar 0Padroense 1Mário Costa (51’)

Estádio S. Miguel (relvado)

Espectadores Cerca de 200

Árbitro Daniel CardosoAssistentes João Silva e Nelson Cardoso

Gondomar S. C.

César, Tiago Graça n, Joel, Marco André, Júlio César, Luís Neves n (Zé Martins, 80’), Ricardo Carvalho, Pinto, Catarino (Francis, 57’), Tiago Gil n (Denilson, 57’) e Igor. Treina-dor: José Alberto

Padroense F. C.

Marco, Dias (Paulinho, 61’), Ví-tor Lobo nn, Nuno Paulo (Pedro Areias, 68’), João Amaral, Mário Costa, Fabu, Miguel, Chico n, Má-rio Jorge e Vinicius (Manuel, 63’). Treinador: Augusto Mata

O JOGO

O jogo de domingo, num es-tádio S. Miguel com pouco pú-blico, opunha dois adversários directos, a equipa anfitriã, o Gondomar Sport Clube, que ocupava o 14.º lugar, e o Pa-droense Futebol Clube, de Ma-tosinhos, que ocupava o lugar imediatamente abaixo na tabe-la classificativa da II Divisão, Zona Norte.

Entrou bem a equipa da casa, com um futebol rápido,

Gondomar afunda-se na tabela

equilibrado, que conseguia le-var a bola à área adversária com frequência. O problema pareceu estar na finalização já que os remates surgiam fracos ou ao lado. Embora tivesse des-cido menos vezes à baliza do Gondomar, a equipa visitante fê-lo quase sempre em contra-ataque e com muito perigo.

A primeira parte foi equili-brada, com sinal positivo para o Gondomar, mesmo que o Pa-

droense tenha revelado sem-pre muito perigo nas transi-ções ofensivas, criando duas situações de golo certo, salvas pelo guarda-redes da casa, Cé-sar. Destaque para o avançado Igor, que falhou um golo fren-te ao guarda-redes adversário.

Na segunda parte, o Gondo-mar começou bem, novamente com Igor e Júlio César a cons-truírem uma jogada que aca-bou por terminar nas mãos do

guarda-redes Marco, a remate do segundo.

Logo a seguir, aos 51 mi-nutos, numa jogada rápida de contra-ataque, com a bola a cir-cular entre Fabu e Vinicius, sur-ge o passe da direita para a es-querda, rasgando a defesa da casa, em direcção a Mário Cos-ta, que remata ao ângulo, sem hipótese para César.

A partir do golo, o Gondo-mar fraquejou, com várias per-

Depois do golo do Padroense, o Gondomar perdeu várias bolas a meio-campo, apesar de ter beneficiado de boas oportunidades

J. PAULO COUTINHO

das de bola a meio-campo, in-consequentes, apesar de tentar sempre o ataque, até com um punhado de boas oportunida-des que acabaram resolvidas pelos visitantes. A equipa da casa acabou em alta, mas sem eficácia

A arbitragem revelou al-gumas falhas, mesmo na mos-tragem de amarelos, mas não comprometeu o resultado.

¬ Paulo Almeida

A Manhã | Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012

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d: Futebol | Modalidades

Não andam bem as equipas gondomarenses. Na II Divisão Zona Norte, o Gondomar S.C. recebeu o Padroense e perdeu pela vantagem mínima, bai-xando um lugar, estando ago-ra em penúltimo, na zona de despromoção. Na Zona Cen-tro, o Sousense recebeu o Cin-fães e perdeu 1-3, baixando ao 12.º lugar da tabela, baixando quatro posições.

Na Divisão de Honra, da distrital do Porto, o S. Pedro

da Cova foi à Lixa perder 1-0 mantendo-se, ainda assim, na primeira metade da tabela, na 6.ª posição, apesar de ter per-dido duas posições. Na mes-ma divisão, o S. C. Rio Tin-to recupera, depois de receber o Sobrado, que bateu por 3-1, subindo cinco lugares, para 12.º.

Na 1.ª Divisão, Série 2, sor-tes distintas para as equipas do concelho. O Ataense recebeu o Marco 09 e venceu por 2-1,

subindo seis lugares na tabe-la, ocupando agora a 2.ª po-sição. O Gens recebeu o C.A. Rio Tinto, que bateu pela van-tagem mínima, subindo dois lugares na tabela, ocupando agora a 15.ª posição. O Rio Tinto é agora o lanterna ver-melha, ao fim da quarta jor-nada, baixando duas posições.

Na 2.ª Divisão, Série 1, o Melres D.C. foi a Milheirós jo-gar com o Inter e alcançou um empate a zero, acabando por

descer uma posição na tabe-la, ocupando agora o 7.º lu-gar. O Medense recebeu e per-deu a uma bola com o C.D. Portugal, baixando também uma posição na tabela, estan-do agora em 11.º. Pior ficou o Estrelas de Fânzeres, que foi a Águas Santas perder por qua-tro bolas sem resposta, baixan-do ao penúltimo lugar da ta-bela classificativa. O Estrelas ainda não marcou nenhum golo.

Fracosresultados,quedasna tabela

A JORNADA

Gondomar – Padroense 0-1

II DIVISÃO NORTE

CLASSIF. J V E D M S P

Desp. Chaves 4 3 1 0 7 2 10

Famalicão 4 2 2 0 6 4 8

Limianos 4 2 2 0 4 2 8

Mirandela 4 2 1 1 6 5 7

Varzim 4 1 3 0 3 1 6

Tirsense 4 1 3 0 5 4 6

Vizela 4 1 3 0 3 2 6

Ribeirão 4 1 2 1 4 4 5

Padroense 4 1 2 1 1 4 5

Amarante 4 1 1 2 5 3 4

Vilaverdense 4 0 3 1 3 4 3

Infesta 4 1 0 3 3 5 3

Boavista 4 0 3 1 1 3 3

Fafe 4 1 0 3 3 5 3

Gondomar 4 0 2 2 4 6 2

Joane 4 0 2 2 2 6 2

10º

11º

12º

13º

14º

15º

16º

Próxima jornada: 14 Outubro · 15hMirandela – Gondomar

Sousense – Cinfães 1-3

II DIVISÃO CENTRO

CLASSIF. J V E D M S P

Coimbrões 4 3 1 0 10 6 10

Cinfães 4 2 2 0 8 5 8

Sp. Espinho 4 2 2 0 2 0 8

Anadia 4 2 1 1 3 2 7

Benf. C. Branco 4 1 3 0 6 5 6

Tocha 4 1 2 1 5 3 5

Tourizense 4 1 2 1 7 6 5

Pampilhosa 4 1 2 1 5 6 5

Ac. Viseu 3 1 1 1 6 3 4

Operário 3 1 1 1 4 4 4

S. João Ver 4 1 1 2 5 5 4

Sousense 4 1 1 2 5 7 4

Cesarense 4 1 1 2 2 4 4

AD Nogueirense 4 1 0 3 4 8 3

Sp. Bustelo 4 0 2 2 0 3 2

Lusitânia 4 0 2 2 4 9 2

10º

11º

12º

13º

14º

15º

16º

Próxima jornada: 14 Outubro · 16hCoimbrões – Sousense

Lixa – S. Pedro Cova 1-0Rio Tinto – Sobrado 3-1

CLASSIF. J V E D M S P

DIVISÃO HONRA AFP

Perafita 4 3 1 0 6 0 10

Baião 4 3 1 0 5 0 10

Lixa 4 3 0 1 7 1 9

Nogueirense 4 2 2 0 8 4 8

Barrosas 4 2 1 1 8 7 7

S. Pedro Cova 4 2 0 2 5 4 6

Valonguense 4 1 3 0 2 1 6

Candal 3 1 2 0 2 0 5

D. Sandinenses 4 1 2 1 5 5 5

Canidelo 4 1 2 1 5 5 5

S. Martinho 3 1 1 1 7 8 4

Rio Tinto 4 1 1 2 4 6 4

Perosinho 4 1 1 2 2 5 4

Serzedo 4 1 0 3 3 5 3

Sobrado 4 1 0 3 4 8 3

Oliv. Douro 4 1 0 3 4 9 3

Alpendorada 4 0 2 2 2 6 2

Ermesinde 4 0 1 3 3 8 1

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18º

Próxima jornada: 14 Outubro · 15hS. Pedro da Cova – AlpendoradaS. Martinho – Rio Tinto SC

Gens – Rio Tinto 1-0Ataense – Marco 09 2-1

CLASSIF. J V E D M S P

I DIVISÃO SÉRIE 2 AFP

Pedrouços 4 3 0 1 11 4 9

Ataense 4 2 2 0 6 3 8

Castêlo Maia 4 2 2 0 4 2 8

Aliança Gandra 4 2 1 1 8 4 7

SC Nun´Alvares 4 2 1 1 7 8 7

Citânia Sanfins 4 2 1 1 4 1 7

Gondim-Maia 4 2 1 1 6 5 7

Leões Seroa 4 2 0 2 10 7 6

AD Marco 09 4 2 0 2 6 5 6

Folgosa da Maia 4 1 3 0 4 2 6

Moc. Sangemil 4 1 3 0 5 4 6

Águias de Eiriz 4 2 0 2 5 7 6

Vila Caiz 4 1 0 3 5 10 3

Maia Lidador 4 0 3 1 2 4 3

Gens 4 1 0 3 3 6 3

FC Vilarinho 4 1 0 3 3 7 3

Alfenense 4 1 0 3 1 6 3

CA Rio Tinto 4 0 1 3 2 7 1

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Próxima jornada: 14 Outubro · 15hÁguias de Eiriz – AtaenseAD Marco 09 – GensCA Rio Tinto – Maia Lidador

Inter Milheirós – Melres 0-0Medense – C. D. Portugal 0-1Á. Santas – Estrelas Fânzeres 4-0

CLASSIF. J V E D M S P

II DIVISÃO SÉRIE 1 AFP

Canelas 2010 3 3 0 0 8 2 9

Os Lusitanos 3 2 1 0 7 1 7

Águas Santas 3 2 1 0 9 4 7

Aldeia Nova 3 2 1 0 8 4 7

Inter Milheirós 3 2 1 0 6 2 7

SC Campo 3 1 2 0 4 3 5

Melres DC 3 1 1 1 5 2 4

CD Portugal 3 1 1 1 7 7 4

FC São Romão 2 1 0 1 3 3 3

At. Vilar 2 1 0 1 2 2 3

Medense 3 1 0 2 4 7 3

Arcozelo 2 1 0 1 7 3 3

CD Torrão 3 0 1 2 3 6 1

M. G. Costa 3 0 1 2 3 7 1

Ramaldense 3 0 1 2 1 9 1

Estr. Fânzeres 3 0 1 2 0 9 1

Sport. S. Vitor 3 0 0 3 3 9 0

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Próxima jornada: 14 Outubro · 15hMelres DC – GD Aldeia NovaEstrelas Fânzeres – Medense

A selecção portuguesa de fu-tebol de rua ultrapassou a pri-meira fase de grupos do Mun-dial só com vitórias. A equipa nacional, que marcou mais de 30 golos, sem qualquer cartão amarelo, conta com a partici-pação do atleta de S. Pedro da Cova, Daniel “Dani” Miran-da. Na terça-feira a selecção voltou a jogar, tendo derrota-do a Escócia por 6-3. A equi-pa do Reino Unido, recorde-se, já foi campeã do Mundo. A equipa de Dani segue ago-ra em primeiro lugar, com o mesmo número de pontos do

Brasil, que se perfila, tal como Portugal, como candidato ao principal troféu do Mundial.

A selecção nacional de fu-tebol de rua defrontou ontem com a Ucrânia, cujo resulta-do que não era conhecido até à hora do fecho desta edição.

Os jogos de futebol de rua, que demoram uma mé-dia de 14 minutos e podem incluir equipas mistas, sem li-mites de idade, decorrem na Cidade do México e podem ser acompanhados em direc-to em http://www.homeless-worldcup.org.

Selecção com boas prestações no México

O Clube Naval Infante D. Henrique sagrou-se bicam-peão nacional de clubes, na semana passada, após o anún-cio do cancelamento do Na-cional de Sprint, que teria lugar em Caminha, a 29 de Setembro.

O clube de Valbom ven-ceu em toda a linha, alcan-çando o primeiro lugar no “ranking” de masculinos, fe-mininos e no “ranking” glo-bal, ficando à frente dos clu-bes de Lisboa, Coimbra e Viana do Castelo.

O Infante D. Henrique, de

resto, liderava as pontuações desde o início de época, reve-lando ter os atletas mais rápi-dos a nível nacional.

O segundo troféu con-secutivo do clube valboen-se surge na altura mais difícil do Remo em Portugal, após a declaração de insolvência da respectiva federação.

A participação dos atle-tas nas competições interna-cionais encontra-se agora em risco, assim como o início da nova época que, segundo as novas regras da modalidade, começa em Janeiro de 2013.

Infante D. Henriquebicampeão de clubes

Amanhã, pelas 22 horas, tem lugar a Supertaça Cidade de Gondomar em Futsal, a dis-putar entre o S.C. Lomba e a Associação das Areias, no Pa-vilhão Desportivo de S. Pedro da Cova.

No sábado, disputa-se a Su-pertaça na modalidade de Fu-tebol de 11, pelas 15 horas, no Relvado de Vabom, entre os Dragões Valboenses e o Falcão Negro. Os troféus são da res-ponsabilidade da Liga Despor-tiva de Gondomar, que promo-ve campeonatos de atletas não federados.

SupertaçaCidadede Gondomar

EXPOSIÇÃO. Pinturas de Lina Santos, expostos na Casa da Juventude de Rio Tinto, até dia 13.

SETE DIASSugestões para a semana • 11 a 17 de Outubros:

Decorre até domingo o clima de festividade em honra de Nossa Se-nhora do Rosário, tra-dição também conheci-da popularmente como a Festa das Nozes.Aproveite para percor-rer as ruas da cidade; encontrará várias ten-das de venda ambu-lante, onde poderá en-contrar artigos muito diversificados; não fal-

tarão também, de cer-teza, as tradicionais no-zes, regueifa e outros doces regionais e o tão apreciado vinho doce.Se for apreciador(a), dê um saltinho ao recin-to onde se realiza se-manalmente a Feira de Gondomar, e divirta-se num dos vários equipa-mentos de lazer, vulgo carrosséis e outros, ali instalados.

Animação

• • •

EXPOSIÇÃO. Também até dia 21, no Auditório Municipal, uma mostra colectiva de “Artistas de Gondomar”.

• • •

MÚSICA. Integrado na iniciativa “Outubro em Música”, organizada pe-

horas, na Escola E. B. 2,3 de Jovim.

• • •

MÚSICA. A partir das 21.45 horas, o Pavi-lhão Multiusos recebe a quarta edição do “Can-tar Portugal”, organiza-do pelo Marialis Grupo Coral. Participam, além do grupo organizador, o Madrigal - Grupo Co-ral de Soutelo, o Orfeão de Silveirinhos, o Gru-po Coral de Baguim do Monte, o Grupo Coral da Ala de Nun’Álvares de Gondomar e o En-semble Vocal Notas Sol-tas do Conservatório de Música da Maia.

• • •

MÚSICA. O Coral Fides

ção. Das 10.30 às 12 ho-ras, na Biblioteca Muni-cipal. As inscrições, gra-tuitas, terão que ser efec-tuadas previamente.

EXPOSIÇÃO. “A propósi-to de um calendário”, da ARGO. Patente na sede da associação, até dia 19.

la Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova, hoje actuam a Escola de Mú-sica Leões do Rama-lho, o Orfeão de Silveiri-nhos e a Orquestra Ligei-ra de S. Pedro da Cova. Às 21.30 horas, no Cen-tro Social Nossa Senhora das Mercês.

J. PAULO COUTINHO

A Manhã | Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012

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11 12

• • •

TEATRO. Comédia “Um fantasma chamado Isa-bel”, de Henrique San-tana, pelo Grupo de Te-atro da Escola Dramáti-ca e Musical Valboense. No Auditório Municipal, às 21.30 horas.

• • •

EXPOSIÇÃO. “Cader-no de viagens”, desenhos de Júlio Resende. Até dia 14, no Lugar do De-senho.

• • •

EXPOSIÇÃO. “Faz de conta”, trabalhos Joana Jorge. No Lugar do De-senho - Fundação Júlio Resende, até dia 21.

• • •

EXPOSIÇÃO. Colectiva de Fotografia “Olhares sobre Gondomar”, reú-ne trabalhos dos alunos da Universidade Sénior de Gondomar, para ver até 27 de Outubro, na Biblioteca Municipal.

EXPOSIÇÃO. Inaugu-ra-se hoje, na Biblioteca Municipal, a exposição “A unidade da multipli-cidade: os Arquivos co-mo construtores da iden-tidade”, organizada pe-la Área Metropolitana do Porto. Patente até ao fim do mês.

• • •

COLHEITA DE SANGUE.Promovida pela Associa-ção de Dadores de San-gue de Gondomar. Hoje e amanhã, das 9 às 12.30

13 de Valbom promove uma Gala Lírica, na Esco-la Dramática e Musical Valboense, com a parti-cipação dos solistas Mó-nica Pais, Irma Amado e Francisco Reis, do Coral Fides e do Grupo Coral Didáxis. Às 21.45 horas

• • •

FORMAÇÃO. O Pelou-ro da Cultura da Câ-mara Municipal promo-ve a acção de formação “Como motivar os filhos para o sucesso escolar”, orientada por Lígia No-ra, e destinada a pais e encarregados de educa-

14MÚSICA. Encontro de coros infantis e juvenis “As Filigranas”, organi-zado pelo Grupo Psallite. Participam os corais in-fanto-juvenis do Orfeão de Rio Tinto, do Cen-tro Social de Soutelo, do Kyrios e os Psallitinhos. No Auditório Municipal, às 17 horas.

16EXPOSIÇÃO. Na Ca-sa da Juventude de Rio Tinto pode ver-se, a par-tir de hoje e até 10 de Novembro, uma exposi-ção de pintura de Daniel Fernandes.

RESIDENT EVIL: RETALIAÇÃO 2DACÇÃO/TERROR • M16

Sessões: 14.10/16.30/

19.30/22.00 e 00.25 h.

THE POSSESSION – POSSUÍDATERROR • M16

Sessões: 14.20/16.40/

19.40/22.15 e 00.40 h.

BRAVE INDOMÁVEL (2D)ANIMAÇÃO • M4

Sessões: 13.45/16.15/

18.45; Dom. 11.15 h.

SELVAGENSCRIME/DRAMA • M16

ATÉ QUE O FIM DO MUNDO NOS SEPARECOMÉDIA/DRAMA • M12

Sessões: 13.40/16.10/

19.00/21.45 e 00.05 h.

PARANORMAN (2D)ANIMAÇÃO/AVENT. • M6

Sessões: 13.25/15.50/

18.15/21.00 e 23.30;

Dom. 11.00 h.

DREDD 2DACÇÃO/F. CIENTÍFICA • M16

Sessões: 22.05 e 00.25 h.

MORANGOS COM AÇUCAR – O FILMECOMÉDIA • M6

ROTEIRO Cinemas Farmácias de serviço Telefones úteis

CINEMA ZON LUSOMUNDO PARQUE NASCENTE FARMÁCIAS DE SERVIÇO

PERMANENTE

DIA 11Farmácia MagalhãesS. Pedro da Cova

DIA 12Farmácia Bela VistaFânzeres

DIA 13Farmácia Meneses NogueiraBaguim do Monte

DIA 14Farmácia S. PedroS. Pedro da Cova

DIA 15Farmácia Nova de ValbomValbom

DIA 16Farmácia Sousa ReisRio Tinto

DIA 17Farmácia SilveiraFânzeres

REFORÇO DIA 11Farmácia Silva DiasCC Parque NascenteRio Tinto

DIA 12Farmácia de AguiarS. Cosme

DIA 13Farmácia CastroS. Cosme

DIA 14Farmácia S. Caetano Rio Tinto

DIA 15Farmácia GiestaAreosa - Rio Tinto

DIA 16Farmácia de FânzeresFânzeres

DIA 17Farmácia das OliveirasRio Tinto

:Sessões: 00.05;

4ª/6ª: 21.15 h.

AMOR, FELICIDADE, CASAMENTOCOMÉDIA • M12

Sessões: 13.00/15.20/

17.40/21.10 e 23.40 h.

TAKEN - A VINGANÇAACÇÃO/DRAMA • M12

Sessões: 13.30/16.00/

18.50/21.40 e 00.00 h.

ENCOMENDA ARMADILHADAACÇÃO • M12

Sessões: 14.00/16.20/

19.20/21.50 e 00.10 horas

Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012 | A Manhã

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TELEFONES ÚTEIS

Câmara Municipal 224660500

Forças de segurançaPSP Gondomar 224663370

PSP Rio Tinto 224853850

PSP Valbom 224830053 GNR 224830858

Polícia Mun. 224662710 BombeirosAreosa 229732009

Gondomar 224830001

Melres 224760640

S. Pedro Cova 224833118

Valbom 224830041

Sessões: 13.00/15.40/

18.10/21.10/ 23.40;

Dom. 10.40 h.

PARA ROMA, COM AMOR

COMÉDIA • M12

Sessões: 13.20/16.05/

18.50/21.35 e 00.15 h.

PATRULHA DE BAIRROCOMÉDIA • M12

Sessões: 13.50/16.20/

19.20/22.05 e 00.40 h.

BALAS E BOLINHOS – O ÚLTIMO CAPÍTULOCOMÉDIA • M12

Sessões: 12.40/15.30/

18.30/21.30 e 00.35 h.

UTILIDADES Ciência Acessórios

Um estudo na Austrália vai analisar os efeitos da aplicação de botox para o tratamento dos sintomas da febre dos fenos, reacção alérgica ao pólen que, apesar do nome, não envolve a temperatura alta do corpo. “Isto é uma maneira muito nova de utilizar um medicamento muito velho”, afirmou Philip Bardin, professor no Monash Medical Centre, que está ligado à Universidade Monash de Melbourne.Na investigação, será aplicado gel de botox no nariz dos pacientes, na esperança que se sintam aliviados (durante três meses) dos sintomas como os espirros, comichão nos olhos e pingo no nariz.O estudo foi anunciado esta semana depois de os investigadores confirmarem numa primeira análise a eficácia do botox no tratamento de alguns dos primeiros sintomas que surgem. “Parte do motivo pelo qual isto é possível prende-se com o facto de as moléculas do botox serem redesenhadas para penetrar na pele e também na linha do nariz!, explicou Bardin,

destacando que no futuro o botox poderá passar a ser mais do que essencialmente um cosmético.No tratamento da febre dos fenos, a toxina “botulinum” deverá afectar os nervos no nariz e, potencialmente, bloquear a libertação de alguns químicos que estão na base dos sintomas, referiu o investigador.Serão acompanhadas 70 pessoas para o estudo depois de uma primeira abordagem ter revelado que o botox trazia alívio aos sintomas.Note-se que o botox, que faz os músculos relaxar, é uma forma purificada de um veneno dos nervos produzido por uma bactéria que causa uma doença que paralisa, potencialmente fatal. Foi primeiramente usado para tratar doenças do músculo do olho, incluindo o pestanejar compulsivo e os olhos desalinhados.O seu uso na área da cosmética arrancou na década de 1990, quando um oftalmologista canadiano notou que os seus pacientes estavam a perder as linhas de expressão no rosto ao usar o composto.

CIÊNCIA

Da cosmética para a saúde

ACESSÓRIOS

A cera dos ouvidos é terrível. Quem não sentiu já, afinal, os seus efeitos e as suas chatices?A verdade é que o excesso de cera nos ouvidos pode levar à diminuição gradual da capacidade auditiva, embora o cerume, quando produzido e expelido em condições normais, seja uma defesa normal do próprio organismo. Já conhecemos vários

Remover o excesso de cera dos ouvidos... com luz

u:A Manhã | Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012

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Hoje em dia, o receio de assaltos é cada vez maior e real. Há, por isso, formas dissimuladas de guardar bens preciosos dentro de casa, sem dar nas vistas. Estudos demonstram que os assaltantes de habitações gastam, em média, seis minutos para “varrer” a casa. O cofre de parede oculto, em plástico resistente e metal, que propomos é útil, precisamente porque

dissimula a realidade. Segundo especialistas policiais, são melhores do que um vulgar cofre, além de que é muito mais barato: oito euros.É fácil de instalar em qualquer tomada menos utilizada e, inclusivamente, o espelho exterior pode ser alterado, uniformizando o aspecto externo de todas as tomadas da casa…

Cofre de parece oculto

“remédios” para remover a cera produzida a mais. Com um vulgar óleo de bebé ou um óleo mineral apropriado aplicado directamente sobre o ouvido. Com soro fisiológico, ou simplesmente com água à temperatura ambiente. E, também, já ouvimos dizer que a utilização de cotonetes, ou quaisquer outros objectos, é muito pouco recomendável, pelos danos que podemos causar no canal auditivo. Mas a tentação é enorme…Pois bem. Já está disponível no mercado um dispositivo que pretende reduzir (eliminar?)

alguns desses riscos. Trata-se de uma pinça iluminada num dos seus extremos, substituível e de aparência elegante, projectada para caber em qualquer ouvido humano. Vantagem? A luz, que nos permite observar o ouvido como nunca antes anteriormente.Portanto, se é daqueles que não resiste a uma cotonete, pense duas vezes e pondere a possibilidade de adquirir este equipamento. Não custa mais de 1,5 euros e tem a vantagem de, pelo menos, ver melhor o que está a fazer…

Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012 | A Manhã

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CARNEIRO. Algumas situações poderão fugir ao seu controle. Tente usar a sua inata habilidade para o di-álogo. O amor está favorecido, mas cuidado com as atitudes impulsivas. Procure usar o seu carisma pesso-al e o diálogo para harmonizar a vida.

TOURO. Com tanta vitalidade e bom senso, as opor-tunidades continuarão a surgir. Porém, não se descui-de com a família. Ela é o seu “porto seguro”. Forte atracção por coisas novas. Cuidado com as tentações e encontros especiais.

GÉMEOS. Não se deixe ultrapassar no seu trabalho. A atitude despropositada de um colega poderá deixá-la(o) bastante zangada(o). Ocasião para cultivar a sua fé. No coração, deixe para trás certas regras. Semana favorável às diversões e conquistas.

CARANGUEJO. Nem tudo o que queremos, alcan-çámos. Muito menos com facilidade. Modere os seus impulsos. Para conseguir o que quer, use todo o seu carisma e capacidade de sedução. Não se decepcione no primeiro revés. Acredite e aposte em si!

LEÃO. Semana apropriada para novas parcerias. Procure ser objectiva(o) e não se perder com deva-neios. Não deixe a timidez atrapalhar a realização dos seus sonhos. A paixão vai dar-lhe o tempero que estava a faltar na sua relação. Aproveite!

VIRGEM. Novos projectos e empreendimentos labo-rais à vista. Será altura para tomar a iniciativa e dar nova orientação à sua vida. As suas noites terão mui-to mais alegria e prazer, se der mais atenção a amigos e/ou amor. Evite a superficialidade.

BALANÇA. Cada dia só tem 24 horas. Não exija de-masiadamente de si e dos outros. Poderá optimizar o seu tempo se não se deixar perder nos meandros das manobras. Vá direita(o) ao assunto. Seja clara(o) e objectiva(o).

ESCORPIÃO. Boas notícias no campo afectivo, mas não revele muito entusiasmo. Evite ser possessiva(o). A sorte está do seu lado, acredite em si. Esteja atenta(o) no campo profissional. Perdoe alguém que errou.

SAGITÁRIO. Ambiente familiar e alegria em alta. No trabalho, tenha cuidado com a inveja. Mante-nha distância de mal-entendidos. Seja ousada(o) e acredite na sua capacidade de solucionar situações desagradáveis .

CAPRICÓRNIO. O relaxamento físico e mental são fundamentais para o bom funcionamento do organis-mo. Relaxe ao som do mar ou de um rio em movi-mento. Tente canalizar as suas energias para o seu la-do mais positivo e benéfico.

AQUÁRIO. Cuidado! No trabalho, momentos de ten-são e conflito. Se necessário, peça ajuda a amigos e colegas. Procure cuidar da sua aparência e tudo sairá facilitado. Aproveite para sair e distrair-se com ami-gos. A alegria reinará.

PEIXES. Todos nós passamos por dificuldades na vi-da. Não se retraia e peça conselhos a uma pessoa mais velha. Verá que a situação não é tão complicada co-mo parece. A relação será favorecida. É hora de mos-trar toda a sua paixão e revelar-se.

Horóscopo 11 a 17 de Outubro Palavras cruzadas Sudoku Difícil ***Originário do Japão, trata-se de um jogo de lógica muito simples e viciante. O objectivo é preencher o quadrado 9x9 com números de 1 a 9, sem repetir números em cada linha e em cada coluna. Também não se pode repetir números em cada quadrado de 3x3.

9 1 6

7 2

8 1 4

2 6 5 3

1 5 8 6

5 6 9

3 1

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Soluções

HORIZONTAIS: 1 - ROSÁRIO, RAB. 2 - OPERA. TAPA. 3 - SEMEN. TAG. 4 - APA. ATURO. 5 - RIO. AI. 6 - SEMANA-RIO. 7 - ERA. ATADOR. 8 - RAMA.EX. 9 - ASADO. TUA. 10 - AI. NIO. MI. 11 - ROLOS. LOMBA.

VERTICAIS:1 - ROSA. SERRAR. 2 - OPEP.ERA.IO. 3 - SEMA.MAMA. 4 - ARE. ASNO. 5 - RANA. NA. AIS. 6 - TRA-TADO. 7 - UIRA. 8 - ROIDO. MO. 9 - RATO. OO.TIM. 10 - APA. REU. 11 - BAGUIM. XA.

ÓCIO Passatempos Horóscopoo:

HORIZONTAIS

1 - As principais festas de Gon-domar são em honra da Nos-sa Senhora do… Onde se ven-dem bebidas (inv.). 2 - Peça dramática desempenhada em canto acompanhado de músi-ca. Conjugação do verbo ta-par. 3 - Líquido fecundante dos animais. Transportes Aé-reos de Angola. 4 - Bolo de fa-rinha de arroz e azeite de coco usado na Ásia. Conjugação do verbo aturar. 5 - Grande curso de água natural. 6 - Periodici-dade do jornal “A Manhã”. 7 - … uma vez. Aquele que ata. 8 - Conjunto de ramos. Abrevia-tura de exemplo. 9 – Que tem asas. Feminino de teu. 10 - Ex-pressão designativa de dor. Ni-nho. 11 - Plural de rolo. Fre-guesia de Gondomar.

VERTICAIS

1- Flor com espinhos. Cortar com serra ou serrote. 2 - Or-ganização dos Países Exporta-dores de Petróleo. Período de tempo com características es-pecíficas. Vogais. 3 - Unida-de mínima de significação de uma palavra ou de um morfe-ma. Órgão glandular dos ma-míferos. 4 - Lavre. Burro. 5 - S. Domingos de… Sódio (s.q.). Gritos de dor. 6 - Acordo. 7 - Designação geral de aves (Bra-sil). 8 - Que se roeu. Pedra pe-sada e redonda para moinho ou lagar. 9 - Pequeno mamífero roedor. Sono de criança. Voca-lista dos Xutos & Pontapés. 10 - Associação Portuguesa de Ar-bitragem (sigla). Que ou quem é alvo de processo judicial. 11 - Freguesia de Gondomar. Título do soberano da antiga Pérsia.

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As manifestações a que te-mos assistido e vamos conti-nuar a assistir trazem consigo uma lição indiscutível: o Go-verno está cercado na rua!

Foram as últimas medidas de austeridade anunciadas pelo Governo que fizeram transbor-dar a paciência dos portugue-ses. E o pacote fiscal, verdadei-ramente draconiano, divulgado pelo Ministro das Finanças para integrar o Orçamento do Esta-do de 2013, foi um autêntico bidão de gasolina lançado so-bre uma fogueira que já atingia proporções gigantescas de nor-te a sul do País.

A partir daqui, Pedro Pas-sos Coelho tem um caminho muito difícil para percorrer. Tão espinhoso que até o mais inofensivo membro da equipa governamental, onde quer que vá, é sempre esperado por uma manifestação hostil.

Não se vislumbra, a cur-to prazo, qualquer desanuvia-mento nesta atmosfera. Com ou sem remodelação, é um dado adquirido que daqui em diante o Governo não conse-guirá sair à rua em paz. E aos poucos este clima tornar-se-á insuportável quer para gover-nantes, quer para governados.

O Presidente da República, nada dado a iniciativas pesso-ais de intervenção na esfera governativa, também não terá vida fácil: ou assume um pa-pel de moderador dos conflitos político-sociais, ou corre o ris-co de ver ir por água abaixo o seu já debilitado prestígio. Por isso mesmo, só um golpe de asa poderá ainda salvar o Governo PSD/CDS…

A Manhã | Quinta-feira, 11 de Outubro de 2012

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EM CIMA DA HORA

ATÉ QUINTAa5:Impressão: Empresa do Diário do MinhoRua Santa Catarina, 4A · 4710-306 BragaDistribuição: Folhas&Papelotes Tiragem: 3000 exemplaresPeriodicidade: SemanalReg. ERC: 126269Depósito legal: 348531/12

Propriedade e edição: IR - Imprensa Regional, CRLSede e Redacção: Rua Dr José Mª Santos Moura, 114, 4º D – 4435-483 Rio TintoNIPC 510 263 542Tlm. 968 563 361 · [email protected]

Director: Paulo F. SilvaDirector-adjunto: Paulo AlmeidaRedacção: Cândido Xavier, J. Paulo Coutinho (Fotografia), Onofre Varela (Cartoon), Orlando Castro, Paulo Almeida e Paulo F. SilvaGrafismo: Cândido XavierDep. Comercial: Luiz Miguel Almeida(Tlm. 917 300 338)

Um Governocercado na rua

Jornalista e professor universitário

MANUEL PINTO TEIXEIRA

Os trabalhadores da em-presa Águas de Gondomar vão realizar uma concentra-ção à porta da Câmara na próxima quinta-feira, em protesto pelo aumento do horário de trabalho e redu-ção do período de férias. Os trabalhadores admitem par-ticipar na reunião pública do Executivo, acompanha-dos pelo Sindicato dos Tra-balhadores da Administra-ção Local.

Os funcionários da Águas de Gondomar foram contra-tados em regime de cedência pública, com as mesmas re-galias do funcionalismo pú-blico. Já por duas vezes a Assembleia Municipal apro-vou moções, por unanimida-de, no sentido de a Câmara fazer cumprir o contrato de concessão no que respeita ao regime de horário de traba-lho. José Luís Oliveira, em Setembro, na assembleia, afirmou que “a Câmara não se vai imiscuir na gestão da empresa”.

O STAL afirma que, de todos os sistemas concessio-nados por autarquias, ape-nas a Águas de Gondomar e a Águas do Sado tentaram impor o aumento do horário de trabalho.

Funcionáriosda “Águas de Gondomar” concentram-senos Paços do Concelho O sector público vai ter de re-

duzir o número de trabalhado-res com contratos a termo certo ou nomeação transitória num mínimo de 50% até ao final de 2013, segundo a proposta en-viada pelo Governo aos sindi-catos, no início desta semana.

O universo potencialmente afectado supera 80 mil pesso-as entre administração central e autarquias, a maior parte nas áreas da educação e da saúde. A proposta, a ser adoptada, vai ter impacto no município de Gondomar, uma vez que a au-tarquia, de acordo com infor-mação oficial, “tem presente-mente 1850 trabalhadores, dos quais 147 em situação de con-trato de trabalho em funções públicas a termo resolutivo certo. Isto é, até final de 2013, a Câmara de Gondomar pode-rá ter de suprimir 73 contratos de trabalho a prazo.

“Até 31 de Dezembro de 2013, os serviços e organismos das administrações, directa e in-directa do Estado, regionais e autárquicas reduzem, no míni-mo, em 50% o número de tra-balhadores com contrato de tra-balho a termo resolutivo e ou com nomeação transitória exis-tente em 31 de Dezembro de 2012, com exclusão dos que se-jam co-financiados por fundos europeus”, revelou o documen-to de negociação colectiva re-lativo às normas para o sector

Redução de contratados a prazo atinge a Câmara de GondomarAutarquia poderá ter que suprimir 73 postos de trabalho

público, no contexto do Or-çamento de Estado (OE) para 2013, discutido após o fecho desta edição. Isto significa que metade dos trabalhadores do Estado com contrato a prazo não deverão ver o seu víncu-lo renovado no próximo ano.

Para além da redução, os serviços “não podem proce-der à renovação de contratos de trabalho em funções pú-blicas a termo resolutivo e de nomeações transitórias”.

Na Administração Local,

se os cortes nos contratos a prazo não forem feitos na pro-porção dos 50%, a autarquia terá uma redução nas trans-ferências do OE no equiva-lente, em termos de poupan-ça, ao montante da redução com pessoal e/ou idêntico ao que resultaria da renovação de contratos ou de nomeações. Além deste corte, as câmaras municipais e as juntas de fre-guesia terão de reduzir os seus quadros 2% face aos existentes em 31 de Dezembro de 2012.

Número de trabalhadores a prazo tem que ser reduzido, no mínimo, em 50%