manejo reprodutivo na pecuária de leite e corte prof. hugo 2016 2
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Manejo Reprodutivo na pecuária de Leite e Corte
Prof. Hugo Shisei Toma
Produção de Ruminantes IManejo Reprodutivo na
pecuária de Corte
• avanços tecnológicos
• novos conhecimentos científicos
• aprimoramento das técnicas de
criação animal
• gerenciamento inadequado
• falta de organização administrativa
das propriedades
• ineficiência operacional
O que se pretende por intermédio do maior e melhor conhecimento é a aplicação das
técnicas pecuárias avançadas e intensificar as parições, de forma que cada vaca, em idade reprodutiva, produza um bezerro por ano e
este deva ser criado de forma sadia e desmamado com bom peso.
Quais seriam as práticas de manejo para aumentar a eficiência reprodutiva de um rebanho de corte?
• PRÁTICAS DE MANEJO:
· Identificação dos animais e registro de ocorrências
· Escolha do período de monta
· Escolha do sistema de acasalamento
· Preparo de novilhas para reposição
· Diagnóstico de gestação e descarte
· Determinação da idade à desmama
· Atendimento às exigências nutricionais
· Controle Sanitário do rebanho
Registro de ocorrências
• Marcação individual dos animais
• Abortos
• Diagnóstico de gestação
• Peso da cria, ano de nascimento
• Peso a desmama
• Outros
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Aspectos gerais da reprodução
• Puberdade: -machos – espermatozóides viáveis(utilização acima de 18-24 meses)
-fêmeas – primeiro cio
• Puberdade mais relacionada a peso que a idade (300 a 350kg na primeira cobertura - fêmeas)
• Fêmeas com fraca ossatura e baixo desenvolvimentonão devem ser cobertas cedo
• Ciclo estral
– poliéstrica anual (primavera – verão – maior número de cios)
– Inverno – falta de pastagem (anestro fisiológico)
• Ciclo de 21 dias
• Estro ou cio – 18 - 24 horas (período para a cobertura)
– Européias – até 30 horas
– Zebuínas – 18-24 horas
• Ovulação: depois do estro (cobertura no final do cio)
• Regrinha: cio de manhã – insemina à tarde
cio à tarde – insemina na manhã seguinte
• Idade à primeira cobertura: 70 a 75% peso adulto
– 300-350 kg
• Gestação: média de 283 dias
• Intervalo entre partos: ideal 365 dias (1 parto/ano)
• IP = 365 dias
• Gest = 283 dias
• Sobram 82 dias (período de serviço e cobertura)
• Idade a primeira cria – quanto mais nova, melhor*
Escolha do período de monta
• Sistema de Monta Contínuo – Desvantagens:
· Nascimento ao longo do ano – épocas inadequadas;
· Desenvolvimento prejudicado dos bezerros;
· Baixa fertilidade das matrizes – aumento do intervalo entre partos
· Dificuldade no controle zootécnico e sanitário
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“Estação de monta” ou “Período de monta”
• Vantagens:
– Identificar animais inférteis
– Concentração dos partos
– Melhor adequação do calendário sanitário
– Melhor planejamento nutricional do rebanho
– Desmamar animais mais pesados
SAZONALIDADE DA PRODUÇÃO FORRAGEIRA
• Época e duração da estação de monta
75 – 90% Produção Forrageira /Primavera e Verão – 6 – 7 meses/ano
Produção de forragem X exigência nutricional Estação de Monta para Novilhas
• Início: mínimo de 30 dias antes da EM de vacas.
• Duração: 45 - 60 dias
Mais tempo para recuperação após a 1º cria
• Vacas adultas: 60 a 90 dias
• Essa antecipação visa, principalmente, a proporcionar às novilhas, por estarem ainda em crescimento e lactação, tempo suficiente para a recuperação do seu estado fisiológico e iniciar o segundo período de monta, junto com as demais categorias de fêmeas
Estação de Monta para Novilhas
• O peso ideal novilhas Nelores: 290-300 kg/vivo,
(criações extensivas = 26-30 meses)
• Pastagens melhoradas = 28-24 meses
• Novilhas com sangue europeu = 300-320kg/vivo
• Idade: apartir dos 14-18 meses
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Limitações da E.M.
• Aumento do número de touros – pode utilizar também a I.A. (qualidade maior)
• Concentração nascimentos (corte só uma época do ano) – divisão em lotes com tratamentos diferentes:
a) animal a pasto
b) pasto + suplementação inverno
c) pasto + suplementação + confinamento
Limitações da E.M.
• Dificulta o manejo inicial da cria pela concentração de nascimentos
• Mudança no estabelecimento é lenta e causa transtornos (reduz bezerros no ano seguinte)
Períodos da E.M.
• Verão – outubro, novembro e dezembro
– Nascimento em julho, agosto e setembro
– Desmame em fevereiro, março e abril
• Inverno – abril, maio e junho
– Nascimento em janeiro, fevereiro e março
– Desmame em agosto, setembro e outubro
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
DESMAMA NASCIMENTO ESTAÇÃO MONTA
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
NASCIMENTO ESTAÇÃO MONTA DESMAMA
ESTAÇÃO DE MONTA DE VERÃO
ESTAÇÃO DE MONTA DE INVERNO
E.M. de verão
• Vacas bem alimentadas – ciclos regulares, boa fertilidade
• Nascimento em período com baixa incidência de miíase e doenças
• No nascimento, o bezerro depende mais do leite do que forragem – cuidado com a vaca (escore corporal)
• Na desmama, é mas fácil suplementar bezerro do que a vaca
E.M. de inverno
• Maior peso ao nascer (pouco considerável)
• Desmame no verão – melhor qualidade pastos
• DESVANTAGEM:
– suplementação para a vaca para não reduzir a fertilidade do rebanho
– Lactação no inverno
– Aumenta incidência de doenças – miíases, etc
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Estabelecimento da E.M.
• Deve-se definir:
• Meses da E.M. – verão ou inverno
• Providenciar divisão pasto
• Aumentar número touros
• 2 maneiras diferentes:
Estabelecimento da E.M.
• Primeira maneira – gradativamente
– Inicialmente com seis meses
– Nos outros anos retira um mês, ou dois, até chegar a 3 meses
Estabelecimento da E.M.
• Segunda maneira – gradualmente
– Primeiro ano: E.M. de nove meses (retira 3 meses –inverno)
– Segundo ano: E.M. de seis meses
– Terceiro ano: estação de monta de três meses
Fertilidade dos Touros:
- Exame Andrológico completo;
- Exame Físico: defeitos de aprumos, cond.corporal, incidência de doenças, problemas respiratórios e dentição;
- Exame do Trato Reprodutivo: anormalidades dos órgãos genitais;
- Avaliação das características do sêmen;
- Avaliação da libido;
- Capacidade de Monta e relação touro/vaca
Exame andrológico
• Avaliação geral
• Desempenho reprodutivo
• Sistema locomotor
• Órgãos genitais
• Aspectos físicos e morfológicos do sêmen
• Comportamento sexual
Circunferência escrotal
• Correlação negativa com idade à puberdade
• Parâmetro reprodutivo fácil de ser mensurado
• Correlaciona-se com o peso testicular
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Circunferência escrotal
• Bom indicador do potencial de produção espermática
• Correlações genéticas para esta característica
• Utilizada no processo de seleção de reprodutores bovinos
Mensuração da circunferência escrotal
Avaliação do epidídimo
Avaliação dos cordões espermáticos e mobilidade testicular
Classificação andrológica de touros zebu, baseada no perímetro escrotal (cm)
Parâmetros
Classificação
Excelente Muito bom Bom Questionável
Motilidade espermática
Vigor 5 4<5 3<4 <3
Motilidade progressiva 75 60<75 30<60 <30
Morfologia espermática
Defeitos maiores 5 >5-10 10>20 >20
Defeitos totais 10 >10-15 >15-30 >30
Perímetro escrotal (idade em meses)
7 a <12 21,0 19,5<21,0 17,5<19,5 <17,5
12 a <18 26,0 24,0<26,0 21,5<24,0 <21,5
18 a <24 31,5 28,5<31,5 26,0<28,5 <26,0
24 a <36 35,0 32,0<35,0 29,0<32,0 <29,0
36 a <48 37,0 33,5<37,0 30,5<33,5 <30,5
>48 39,0 36,0<39,0 33,0<36,0 <33,0
Relação touro/vaca:
�Capacidade de monta
� Idade
�Estado nutricional e sanitário dos touros
�Tamanho e topografia das pastagens
�Aproximadamente 20 - 25 Vacas/ Touro
�Animal apto > 40 Vacas/ Touro
• A inseminação artificial é uma das técnicas mais simples e de baixo custo empregada na área de reprodução animal e a que apresenta melhor resultado, quando se pretende realizar a seleção e o melhoramento genético de um rebanho como um todo (Vale, 2002).
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
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• O melhoramento genético é realizado por meio do uso de sêmen de reprodutores de comprovado valor zootécnico e da sua utilização em rebanhos selecionados, pelo processo de inseminação artificial.
• Apesar de sua simplicidade, a inseminação artificial requer um criterioso e rígido controle de suas diferentes etapas, que vai desde a seleção do reprodutor doador de sêmen, passando pelo processamento tecnológico deste, seleção e controle do rebanho, chegando até o treinamento do inseminador (Ohashi, 2002).
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL• VANTAGENS:
– Facilitar a seleção e variabilidade genética do rebanho, possibilitando ao criador trabalharcom várias linhagens de reprodutores.
– Maior controle reprodutivo dos animais
– Permitir maior aproveitamento de reprodutores que apresentam características melhoradoras. Em condições de monta natural, um touro produz até 50 bezerros/ano, enquanto que com a inseminação artificial, pode produzir 5.000 ou mais bezerros/ano.
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
• VANTAGENS:
– Diminuir a quantidade de touros na fazenda, facilitando o manejo e evitando brigas, reduzindo também os gastos com a aquisição e a manutenção de reprodutores.
– Assegurar ao proprietário a possibilidade de estocar e utilizar o sêmen de um reprodutor, mesmo depois de morto.
– Contribuir para um maior controle sanitário e reprodutivo do rebanho, eliminando as doenças da reprodução como campilobacteriose, brucelose eoutras.
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
• DESVANTAGEM:
– Manejo mais intensivo e trabalhoso
– Custo (questionável)
– Exige pessoal habilitado, para realizar a correta observação do cio, além deequipamentos especiais.
– Necessita de um inseminador capacitado, honesto e responsável.
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
• DESVANTAGEM:
– Pode disseminar rapidamente características indesejáveis quando não se conhece o reprodutor utilizado.
– Pode propagar algumas doenças, causar lesões e infecções no aparelho reprodutivo da fêmea quando o método não é utilizado corretamente.
– É necessário um manejo adequado, com boa alimentação, mineralização correta, assistência médica veterinária e responsabilidade.
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
• Necessidade de touro de repasse – I.A. comum
• IATF – inseminação artificial em tempo fixo
INSEMINAÇÃO ARTIFICIAL
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Sincronização estro
• Indução de estro e ovulação
• Planejamento prévio
• Boa alimentação e sanidade no rebanho
• Inseminadores bem treinados e sêmen de boa qualidade
• Vários protocolos hormonais disponíveis no mercado
Escore Condição Corporal (ECC) da Vaca ao Parto
• Porque avaliar?
R: Interfere no retorno a atividade reprodutiva e na eficiência reprodutiva do rebanho
Não seria melhor pesar os animais?
Comparação entre a condição corporal e a prenhês na IATF
Classificação do ECC
• A condição corporal dos animais são avaliados em escores. São usadas duas escalas que podem variar:
• 1 até 5
• 1 até 9.
1 - Caquético2 - Magro
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Percentagem de vacas em cio aos 40, 50 e 60 dias após o parto, de acordo com o estado
corporal ao parto
Estado corporalao parto
Percentagem de cio
40 dias 50 dias 60 dias
Magra 19 34 46
Moderada 21 45 61
Boa 31 42 91
Quando determinar a condição corporal da vaca visandoajustes de manejo e avaliação do animal
• Estádio 1 – Pico da Lactação e Involução Uterina• Estádio 2 – Lactação e Estação de Monta (Início da Gestação)• Estádio 3 – Desmama e Terço Médio da Gestação• Estádio 4 – Terço Final da Gestação
Fatores que levam a baixa eficiência reprodutiva
• Reflexo de distúrbios que afetam negativamente a função fisiológica das fêmeas e dos machos bovinos:
�anestro� repetição de cio�mortalidade embrionária precoce ou tardia�aborto� retenção de placenta� retardamento da puberdade e maturidade sexual.
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Conseqüências
• o aumento do período de serviço
• a elevação do número de serviço/concepção
• o aumento do intervalo entre partos
• a redução da vida útil da fêmea
• descartes precoces de reprodutores
Eficiência Reprodutiva
A baixa produtividade do rebanho deve-se, essencialmente, aos seguintes fatores:
• Baixo desempenho reprodutivo
• Potencial genético inferior dos animais
• Alimentação inadequada
• Longo intervalo entre partos (acima de 18 meses)
• Caracteriza a baixa eficiência reprodutiva dos sistemas de criação tradicional
• Além do baixo potencial genético, o longo intervalo entre partos não permite que esse potencial seja totalmente explorado
Eficiência ProdutivaDESMAMA
· Separação definitiva bezerro – mãe: interrupção da amamentação
· Bezerros com 6 – 8 meses de idade
· Reduz o estresse da amamentação e Anestro Pós –Parto
· Tipos: Tradicional, Precoce, Temporária e Amamentação Controlada
Desmama temporária ou interrompida (Shang)
• Separar o bezerro da mãe por 48 a 72 horas
• Estimular a liberação de LH (restabelecimento dos ciclos estrais)
Restrição de alimento
Sem restrição de alimento
Amamentação Controlada:
· Objetivo: controlar o acesso do bezerro à amamentação;
· A partir de 30 dias de idade – bezerros são apartados da vaca;
· Amamentação – 2 períodos: 6 – 8 horas e 16-18 horas;
· Uso limitado – manejo intensivo (1ª semana de aparte).
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Habilidade materna
• A habilidade materna (capacidade de criar bezerros sadios e
desmamá-los pesados), embora muitas vezes não levadas em
consideração, traz grandes prejuízos.
• Matrizes que não desmamam bezerros pesados apresentam
baixa habilidade materna, não sendo consideradas boas
mães.
Baixa Habilidade materna
• Defeitos de úbere (tetos muito grossos)
• Peitos secos por inúmeras causas
• Não produzir leite suficiente
• Diminuição de produção de leite pela idade avançada
• Mães que enjeitam (rejeitam) bezerros
• Dentre outras causas
Cuidados com as doenças da reprodução
Além da estacionalidade da oferta de pastagem, a ocorrência de doenças da esfera reprodutiva, tais como:
• Brucelose
• Tricomonose
• Campilobacteriose
• Leptospirose
• rinotraqueíte infecciosa (IBR)
• diarréia viral bovina (BVD)
� Importante!Programa de controle sanitário do rebanho
Estratégias para Melhorar a Eficiência Reprodutiva de Bovinos Leiteiros
• Melhoria na Produtividade depende:
�Melhoramento Genético
� Racionalização de manejo
Melhoramento Genético:
• IA
• TE
• Indução/sincronização de cio
• Monta natural controlada
• FIV
• Clonagem
• Programas de reposição (novilhas/touros da
cria/recria; aquisição de matrizes/reprodutores)
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Racionalização de Manejo
• Programas Nutricional (ECC) e Sanitário (doenças específicas e inespecíficas)
• Controle reprodutivo
• Otimização de recursos (financeiros, equipamentos, instalações)
Controle Reprodutivo
• Bom desempenho reprodutivo:
�Redução de IEP (Intervalo entre partos):
Intervalos entre partos curtos aumentam a produção de leite por dia de vida útil da vaca e resultam em maior número de bezerros nascidos.
• Resultado: Gestação mais cedo possível após o período voluntário de espera (PVE) no pós-parto.
Prolongamento do IEP:
• Detecção de cio
• Queda na Taxa de Concepção (TC)
• Problemas reprodutivos
Alterações na expressão de estro da vaca leiteira
• A duração e intensidade de estro em bovinos leiteiros estão diretamente relacionadas à categoria dos animais (novilha ou vaca lactante) e ao nível de produção leiteira
�Novilhas (das raças Holandesa e Jersey) aceitarammais montas por estro comparadas às vacaslactantes e tiveram maior duração de estro
�Animais mantidos em confinamento (alta produção) apresentam menos montas por estro e curta duração de estro em vacas lactantes
�Vacas de alta produção possuem menores níveis de progesterona em função da maior ingestão de matéria seca de dieta com alta densidade nutricional
Vacas Mantidas a pasto (Mestiças)
• Anestro pós-parto
• Ondas de crescimento folicular curtas
• Ovulação antes do segundo estimulo hormonal dos protocolos de sincronização
• Procura-se aumentar a taxa de sincronização e induzir à
ciclicidade
• Solução → Utilizar o implante de P4:
� Mantém o desenvolvimento folicular
� Inibe ovulações antes da aplicação do segundo estimulo hormonal
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Vacas Confinadas (Holandesas de Alta Produção)
• Anestro
• Baixa taxa de detecção de estro
• Baixa taxa de ovulação ao primeiro estimulo hormonal
• Solução → Aumentar a taxa de sincronização
Essas diferenças de comportamento estral estão relacionadas à quantidade de estrógeno:
– Vacas lactantes e de alta produção possuem menores níveis circulantes de E2 que novilhas e vacas de baixa produção.
Estratégias de manejo reprodutivo
�Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF):
�é uma técnica que induz a ovulação da vaca, através da sincronização do cio do rebanho com a aplicação de hormônios, diferente da outra técnica que consiste na observação do cio.
�A ferramenta da IATF, por si só, não vai funcionar. Os animais têm que estar bem alimentados e apresentar condição corporal para receber a técnica. Ou seja, nutrição e sanidade precisam estar em dia.
�A IA é realizada em todos os animais, em momento pré-determinado e sem observação de cio.
• Vantagens do uso de IATF:
� Viabilidade da I.A.
� Melhoramento genético.
� Aumento da taxa de prenhez.
� Redução do I.E.P.
� Antecipação de 30 dias na concepção.
� Redução de 30 a 40% no número de touros de repasse.
� Racionalização da mão de Obra.
• Animal ideal para IATF:
� Precisa estar ganhando; apresentar balanço energético positivo.
� Na escala ECC, de 1 a 9, o ideal é que esteja com escore 5.
� Não deve ter idade muito avançada.
�Transferência de Embriões (TE):
Está baseada no princípio da multiplicação da progênie, de forma acelerada, de fêmeas (doadoras) consideradas superiores.
Pode ser usada como técnica que substitui a IA:�Estudos demonstraram que vacas leiteiras com
produtividade elevada têm desenvolvimento embrionário inicial pobre.
�A fase peri-ovulatória (entre alguns dias antes e alguns dias depois da inseminação e ovulação) é o período mais crítico relacionado com a fertilização.
�Portanto, a TE pode ser uma solução para este período mais crítico que a IA enfrenta.
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�Fertilização in vitro:
A técnica de FIV consiste basicamente em realizar a fecundação:
�União do gameta masculino (espermatozóide) e o gameta feminino (óvulo ou ovócito) em um ambiente de laboratório.
�Objetivo: produzir embriões em larga escala e mais baratos.
Manejo reprodutivo de novilhas
• Puberdade:
�O peso, e não a idade, deve ser o fator a ser observado na reprodução de novilhas leiteiras.
�Raças leiteiras os animais são precoces.
�O crescimento das bezerras depende basicamente da nutrição.
�O volumoso pode se tornar um fator limitante ao processo de crescimento, se sua composição não for favorável.
• Opções de manejo (novilhas taurinas/mestiças):
� Acasalamento com touros
� Observação diária do cio e IA;
� Sincronização de cio e IA
após detecção de cio;
� Sincronização de ovulação
e IATF;
• Acasalamento com touros → menos recomendado
� aumentar o risco de acidentes com esses animais
� pode ter índices reprodutivos insatisfatórios, caso haja problema de fertilidade no reprodutor.
� as novilhas são as fêmeas com maior potencial genético da propriedade e, portanto, devem ser acasaladas com reprodutores de elevado mérito genético.
• Observação diária de cio e IA → alta freqüência em granjas leiteiras
� Recomendação: checar cio 2x ao dia com intervalo de 12 horas. Após detecção do cio: Inseminar segundo a regra am-pm (cio na manhã, IA a tarde; cio a tarde, IA de manhã).
� O produtor também pode lançar mão de ferramentas auxiliares à detecção de cio, tais como o uso de rufiões com
buçal marcador.
• Sincronização de ovulação e IATF:
� Sincronizar a onda folicular, para que haja regressão de CL e indução da ovulação de um folículo maduro.
� A IA é realizada em todos os animais, em momento pré-determinado e sem observação de cio.
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Manejo reprodutivo de vacas em lactação
• Dificuldade da obtenção de um baixo IEP: Vacas leiteiras geralmente têm baixa eficiência reprodutiva.
• Dentre as principais razões para IEP prolongados:�Baixa taxa de detecção de cio
�Baixa taxa de serviço
�Baixa taxa de prenhez
�Baixa taxa de concepção
Vacas taurinas:�Baixa taxa de detecção de cio
�Taxa de concepção muito baixa - menor eficiência reprodutiva que mestiças.
Vacas mestiças:
�Taxa de concepção aceitáveis
�Baixa taxa de prenhez
�Limitação na expressão e detecção do cio
�Maior atraso no retorno à ciclicidade pós-parto.
Eficiência na detecção do cio
• Em vacas leiteiras, a manifestação de cio é pouco evidente e podem diminuir mais devido a :
� Fatores ambientais (especialmente estresse térmico)
� Vacas em piso de concreto demonstram menos comportamento de cio que as de pasto
� Pastagens altas dificultam visualização do comportamento
� Vacas acíclicas ou anovulatórias, após período voluntário de espera, tendem a não manifestar cio
� Falhas dos funcionários que manejam as vacas em observar e detectar
Taxa de prenhez de vacas leiteiras
Fatores que influenciam:
• Escore de Condição Corporal
• Infecções
• Retorno a ciclicidade
• Estresse térmico
• Eficiência na detecção do cio
• Manipulação hormonal do ciclo estral
ECC: Escore de Condição Corporal
• O ECC tem o objetivo de mostrar o escorre ideal em cada fase para a máxima produção de leite,
• Estabelecer o correto ECC para prevenir os problemas ao parto, tanto distocias como problemas metabólicos.
• No BEN, a vaca possui um nível maior de GH, o qual mobiliza os nutrientes da dieta para a produção de leite.
• Deve-se ter atenção especial com a nutrição das vacas no pré e no pós-parto, para que estejam com CC adequada ao parto e percam pouca condição durante a lactação.
Avaliar o escore de condição corporal é uma técnica simples de ser aprendida e pode ser realizada até mesmo com os animais no pasto.
Escore de condição corporal recomendado para cada fase produtiva das fêmeas bovinas:
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Como modificar o ECC?
• O ECC não pode ser alterado rapidamente.
• A dieta deve ser balanceada para que a recuperação seja lenta, sem comprometer a saúde da vaca.
• As vacas gordas devem ser mantidas em pasto de baixa qualidade, mas com fibra suficiente para garantir a funcionalidade do rúmen. Esses animais devem ser monitorados constantemente, pois a perda de peso pode causar problemas metabólicos, principalmente no pré-parto.
Sistema de índice de condição corporal segundo
Edmonson et al, (1989).
ECC = 2,0 ECC = 4,0
• Os estímulos metabólicos e endócrinos associados ao BEN comprometem a retomada dos ciclos ovulatórios, a qualidade do oócito do embrião, o estabelecimento e a manutenção da gestação em bovinos de leite.
• Perda de ECC nas primeiras semanas de lactação em holandesas: pior eficiência reprodutiva.
• Parto com baixo ECC em vacas mestiças: menor porcentagem de retorno ao cio e menor fertilidade no pós-parto.
• Como pode ser observado na figura abaixo, cada 0,5 ponto a mais no Escore de Condição Corporal (ECC, escala de 0 - 5), a taxa de ciclicidade aumenta 22,4%:
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
1,75 2 2,25 2,5 2,75 3 3,25
Primíparas41,0%
Multíparas73,,2%
0,0%
20,0%
40,0%
60,0%
80,0%
100,0%
1,75 2 2,25 2,5 2,75 3 3,25
Primíparas41,0%
Multíparas73,,2%
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• Fatores que afetam início do ciclo:
�perda de escore corporal nas primeiras semanas de lactação em holandesas
�parto com baixo ECC, reduzindo a % de retorno ao cio e queda na fertilidade pós- parto
�Estímulos endócrinos e metabólicos do BEN afetam vários pontos da reprodução
Cuidados com as doenças da reprodução
Além da estacionalidade da oferta de pastagem, a ocorrência de doenças da esfera reprodutiva, tais como:
• Brucelose
• Tricomonose
• Campilobacteriose
• Leptospirose
• rinotraqueíte infecciosa (IBR)
• diarréia viral bovina (BVD)
� Importante!Programa de controle sanitário do rebanho
Estresse
• Seu aumento está relacionado com o aumento na incidência de doenças pós-parto como:
� Retenção de placenta
� Atraso na involução uterina
� Infecções uterinas pós-parto
Resultado: aumento do IEP
Conclusão• A obtenção da máxima eficiência só é possível
por meio de planejamento e execução de um bom programa de reprodução e melhoramento genético utilizando as biotécnicas com eficácia, além de treinamento e valorização do homem.
Fim!!