maior feira de calçado termina amanhã 12 marcas sanjoanenses … · 2015-01-13 · começa a ter...
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Até sexta-feira, 79 empresasportuguesas marcam presença namaior feira do sector do calçado,a MICAM, em Milão, Itália. Nestaedição, a APICCAPS – AssociaçãoPortuguesa dos Industriais doCalçado, Componentes e Artigosde Pele e seus Sucedâneos – le-vou mais empresas que no certa-me anterior, um aumento superi-or aos 5%, que, segundo a colecti-vidade, corresponde «ao mais ex-tenso programa de promoção co-mercial externa de sempre».
S. João da Madeira está muitobem representada na MICAM,tendo 12 marcas presentes. (vercaixa «Empresas do EDV na MI-CAM) É, aliás, o concelho do EntreDouro e Vouga com o maior nú-mero de marcas na feira italiana,seguindo-se Santa Maria da Fei-ra com oito empresas, Oliveira deAzeméis faz-se representar comsete e Arouca tem uma empresapresente.
MICAM é destaque
Com um 2010 anunciado comoum ano de muito investimento nosector, o destaque recai, particu-larmente, nesta presença na mai-or e mais prestigiada feira de cal-
Maior feira de calçado termina amanhã
12 marcas sanjoanenses na MICAMA presença portuguesa faz-sesentir ao longo dos 10 pavilhõesda MICAM, a maior feira decalçado do mundo, que se realizaem Milão. A capital italiana daModa recebe até sexta-feira oque de melhor Portugal produz,numa edição em que a APICCAPSlevou mais empresas.
çado do mundo, assegurou a APIC-CAPS. Até sexta-feira, as empre-sas nacionais apresentam as pro-postas para a estação Outono/In-verno de 2010. Conquistar quotade mercado à concorrência é oprincipal objectivo das marcasportuguesas, até sexta-feira emMilão.
“As empresas portuguesas têm vin-do a conquistar quota de mercado aosseus principais concorrentes, que são
Itália e Espanha”, referiu PauloGonçalves, porta-voz da APICCAPS,“e isso deve-se ao facto de investi-rem na modernização da indústria odobro do que esses países investem”.
Como habitualmente, as empre-sas portuguesas estão espalha-das pelos 10 pavilhões de expo-sição da feira, numa lógica desegmentação de produtos quepermite uma mais rápida e efici-ente visita à MICAM.
Ao todo, mais de 1600 exposi-tores, de aproximadamente 50países, e mais de 40 mil visitan-tes profissionais marcarão pre-sença na MICAM.
9 milhões de euros
A APICCAPS vai investir 9 mi-lhões no sector do calçado, esteano.
O plano de promoção externado sector de calçado em 2010 vairegistar um aumento de 51% re-lativamente ao ano anterior, es-tando previstas 80 acções: parti-
Empresas do EDV Na MICAMS. João da Madeira: Carlos Santos/Mack James; Chibs/Evereste;
Flex&Go; Ghibi; Mariano; Hard Hearted Harlot; Miguel Vieira; Neto;Palinhas/Camabel; SofWaves; Star Label; Tattuagi.
Santa Maria da Feira: Creator; John Lakes; Profession:bottier; RedHot; Sambapati; Shabbies Amsterdam; Storm/Kayak; Valuni/Rackge-ar.
Oliveira de Azeméis: Century/Centenário; Les Souliers de Masha; LuísOnofre; Relance – Very Me; Sónia Patrício; Virus Moda/Chocolate Ne-gro; Metal Jeans´s.
Arouca: ATTENTA.
O calçado português vive da ino-vação e na MICAM a «Relance-VeryMe», empresa sedeada em Buste-lo, Oliveira de Azeméis, apresen-tou sapatos em pele de peixe “im-portada da Islândia”.
“A empresa Relance Calçados, L.da,em ligação estreita com um dos seusclientes, importa e produz sapatos emvários tipos de pele de peixe, tais comosalmão, perca, peixe lobo”, explicou oempresário Pedro Ferreira.
«Relance – Vevy Me»
Pele de peixe serve para sapatos
«Relance» apresentou sapatos em pele de peixe
ALEXANDRA COUTO - LUSA
cipação em 76 feiras e exposiçõese a realização de quatro missõesde prospecção (Angola, Líbia, Mé-xico e Tunísia).
No total, prevê-se que mais de140 empresas da fileira do calça-do participem neste mega-progra-ma de promoção à escala inter-nacional. Trata-se do terceiro anoconsecutivo em que o investimen-to do sector de calçado em pro-moção comercial externa aumen-ta.
Em traços gerais, são quatro osgrandes objectivos para a realiza-ção desta ofensiva promocional,designadamente: consolidar a
posição relativa do calçado por-tuguês nos mercados externos;diversificar o destino das expor-tações; abordar novos mercados;e possibilitar que novas empre-sas iniciem o processo de inter-nacionalização.
Mas, por agora, Março será ummês «absolutamente frenético»para as empresas portuguesasde calçado. De Milão a Paris, deDusseldorf a Madrid, passandopor Moscovo e S. Paulo, o sectorparticipará em 11 certamesprofissionais neste período,anunciou ainda a APICCAPS.
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III
Uma oportunidade para anga-riarem clientes, afirmarem as su-as marcas e avaliarem a concor-rência são algumas das motiva-ções que levam as 79 empresasportuguesas a participarem naMICAM.
À agência Lusa, a empresa san-joanense Mariano, que está emactividade desde 1945, adiantouque começou a fazer-se represen-tar na feira de Milão há cinco anosatrás, quando o sector já estava aatravessar “um período dificílimo”.
Ângela Oliveira, administrado-ra da empresa, garante, contudo,que a presença no certame “com-pensa sempre”, sobretudo se o ob-jectivo é divulgar os produtos ino-vadores pelos quais a Marianocomeça a ter reputação: “O anopassado foram os sapatos com pelede patas de galinha e este ano é umalinha de calçado que é ecológica, masdentro do estilo clássico”.
Como a MICAM é uma mostra “doque se faz de mais inovador ao níveldo calçado e permite conhecer asempresas que têm mais possibilida-des de resistir no mercado”, ÂngelaOliveira acredita que a sua novalinha vai ser bem acolhida no cer-tame, sobretudo porque os res-pectivos modelos “têm um preçoque não é muito diferente do de umsapato normal”.
Divulgar a Red Hot
Já para a empresa Planishoes,criada em Santa Maria da Feirahá apenas seis meses, a MICAMé sobretudo um recurso para di-
Motivações para presença na MICAM
Empresários concordam que compensasempre ir a MilãoMarcar presença na MICAM éencarada pelos empresários dosector como uma grande oportu-nidade. Na feira de Milão, umasmarcas pretendem o reconheci-mento das suas inovações,outras angariar clientes, obser-var a concorrência. Quatro diasque compensam sempre, dizem.
Castro Almeida, o presidenteda Câmara Municipal de S. Joãoda Madeira, também marcoupresença nesta edição da MI-CAM, em Milão.
Na terça-feira à noite tinhaprogramado um jantar com osempresários sanjoanenses ede municípios vizinhos presen-tes na feira. Já o dia de ontemfoi aproveitado para visitar aMICAM.
Na terça-feira, ainda em Por-tugal e em reunião do executi-
Castro Almeida na MICAM
“Ser empresário exportadoré duplamente heróico”
vo municipal, o autarca explicouque a sua ida a Itália surgiu comoforma de “dar apoio” a estes em-presários. Para o edil, ser empre-sário nesta altura já é “um actoheróico”, mas “ser empresário ex-portador é duplamente heróico”, so-bretudo numa “indústria vital” parao país, como é o sector do calça-do. Também o vereador RicardoFigueiredo se juntou a Castro Al-meida na MICAM, já que tambémse encontrava em Itália.
Na reunião de terça, o vereador
socialista Pedro Nuno Santostambém referiu que esta presen-ça na MICAM seria uma boa opor-tunidade para o presidente daCâmara falar com a APICCAPS so-bre o projecto do PS sanjoanen-se em trazer para S. João da Ma-deira um evento de moda rela-cionado com o calçado. Mas tam-bém o Governo deveria informa-do sobre esta iniciativa, segun-do Pedro Nuno Santos, defen-dendo que o poder central deve-ria apoiar o evento.
vulgação da marca Red Hot. Deri-vando de um grupo com larga ex-periência no sector e apostandona concepção de modelos cujaprodução é depois encaminhadapara vários países, a nova firmajá tem uma extensa clientela, pe-lo que o seu responsável, NunoMaio, declarou: “Arranjar clientesnão é tão prioritário quanto promo-ver a imagem da marca”.
“Trata-se mais de dar continuida-de à divulgação da Red Hot”, expli-
pela inovação que introduziu nosector e defende que, “indepen-dentemente dos ciclos económicos esociais”, qualquer empresa bene-ficia da participação nesse “cer-tame de referência”.
“No nosso caso específico”, contao administrador da empresa queexiste há 34 anos e se faz repre-sentar em Milão há sete, “a MI-CAM também serve de âncora aoencontro dos agentes comerciais edistribuidores que temos em váriospaíses”.
Já no que se refere a encomen-das, se é verdade que o eventopermite à DKODE um contactomais próximo com os seus com-pradores regulares, o facto é quese revela particularmente propí-cio à angariação de clientes “forada Europa”.
“A MICAM ajuda a promover a ima-gem do país no estrangeiro e a me-lhorar a imagem do sector do calçadoem Portugal”, realçou Vasco Sam-paio. “Só por isso, vale sempre apena estarmos lá representados”.
Guardar novidadespara a MICAM
Para o «Negócios & Empresas –O Regional», André Oliveira daFlex & Go assegurou que a em-presa apresentará novidades naMICAM, inovações que guardoupara apresentar só na feira italia-na. “São novas construções na áreado conforto e tentamos oferecer umproduto diferente daquele que ofere-cíamos”, explicou.
“Nós gostávamos de vender umpouco por todo o mundo”, referiueste sanjoanense, cuja fábrica selocaliza em Pedorido, Castelo dePaiva, em relação aos contactoscomerciais que esperam desen-volver na MICAM.
“Nós fazemos questão de exporcom os melhores e nas melhores fei-ras”, assumiu ainda André Olivei-ra sobre a presença na MICAM.
C/ Agência Lusa
cou, “porque os mercados já estãocontrolados com os representantescomerciais que temos a trabalhar noterreno em cada país”.
Nuno Maio revelou, aliás, queo efeito dessa cobertura já se feznotar: “Em três meses tivemos re-sultados excelentes, o que se traduzem 200 mil pares de sapatos para osprincipais mercados europeus”. “Masainda não sabemos muito bem comoé que vai funcionar a nossa colecçãode Inverno”, admitiu, “e esperamos
que a MICAM ajude a divulgar a RedHot, para chegarmos aos 500 mil pa-res”.
Marcas premiadas
Obter prémios pode ser outrodos efeitos da passagem por Mi-lão. Vasco Sampaio, responsávelpela Fábrica de Calçado Sozé, emFelgueiras, recorda que a marcaDKODE foi distinguida na MICAM
ALEXANDRA COUTO - LUSA
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