maconha e tabaco

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Maconha e Tabaco Juliana Hernandez Tammy Reymão Thiago Portal Universidade Federal do Pará Instituto de Ciências da Saúde Faculdade de Farmácia Toxicologia

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toxicologia das drogas maconha e tabaco

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Page 1: Maconha e tabaco

Maconha e Tabaco

Juliana Hernandez

Tammy Reymão

Thiago Portal

Universidade Federal do ParáInstituto de Ciências da Saúde

Faculdade de FarmáciaToxicologia

Page 2: Maconha e tabaco

MACONHAJuliana Hernandez e Tammy Reymão

Page 3: Maconha e tabaco

A Maconha ou Cannabis é a droga ilícita mais difundida e traficada no mundo

Introdução

Carlini, E. A. A história da maconha no Brasil. J Bras Psiquiatr, 55(4): 314-317, 2006.

Originária da Ásia Central

Foi classificada botanicamente em 1753 por Carolus Linnaeus também chamado de Carl Von Linné

Relatos mais antigos datam de 2723 a.C quando mencionada na farmacopéia chinesa. Disseminou-se por todos os continentes por suas propriedades medicinais e têxteis. Chegou a Europa no fim do séc.XVIII.

Brasil: Foi trazida por escravos clandestinamente em 1549. Segundo Carlini, E. A. (2006) as sementes eram trazidas em bonecas de pano amarradas nas pontas das tangas dos escravos.

Page 4: Maconha e tabaco

Introdução

Fonte: CARLINI, E. A. A história da maconha no Brasil. J Bras Psiquiatr, 55(4): 314-317, 2006.

Anagrama da palavra maconha

Page 5: Maconha e tabaco

Identificação Botânica

cannabis sativa Linnaeus (Cânhamo

indiano)

Família: Cannabaceae

Introdução

Atividades Psicoativas

Passagli, M. Toxicologia Forense – Teoria e Prática. 2. ed. Campinas: Millenium, 2009. 171-193 p.

Constituição Química:

Da cannabis podem ser extraídos

vários constituintes com diferentes

atividades psicoativas.

489 Compostos naturais > 70

canabinoides

(-)-trans-Δ9-tetrahidrocanabinol

(THC)

Page 6: Maconha e tabaco

Legislação

Droga ilegal

A lei 11.343 (lei das drogas) de 23 de agosto de 2006, em seu artigo 33 afirma ser crime:

“Importar, exportar, remeter, preparar,

produzir, fabricar, adquirir, vender, expor

à venda, oferecer, ter em depósito,

transportar, trazer consigo, guardar,

prescrever, ministrar, entregar a consumo

ou fornecer drogas, ainda que

gratuitamente, sem autorização ou em

desacordo com determinação legal ou

regulamentar” sob pena de 5 a 15 anos

de reclusão e pagamento de 500 a 1.500

reais de multa.

Portaria n.344 de 1998 “Plantas que podem originar substâncias entorpecentes” (lista E), e o THC na classe de “substâncias de uso proscrito no Brasil” (lista F) e “substâncias psicotrópicas” (lista F2).

Page 7: Maconha e tabaco

Histórico de Uso

Registros de utilização da maconha

são milenares

Utilizada principalmente por suas propriedades

Têxteis

Terapêuticas

Recreação e Espiritual

Gravura de 1748 mostrando a planta cannabis e uma mulher indiana fumando um cachimbo enquanto amamenta seu bebê. Na Índia, as variedades de narcóticos são conhecidos como "bhang".

Page 8: Maconha e tabaco

Histórico de Uso

As fibras possuem uma quantidade mínima de THC (0,2%)

Cordames e Velas de embarcações portuguesas

A planta se popularizou entre os escravos e depois com os índios que começaram a

cultivá-la

Passagli, M. Toxicologia Forense – Teoria e Prática. 2. ed. Campinas: Millenium, 2009. 171-193 p.

Page 9: Maconha e tabaco

Histórico de UsoAtualmente, derivados canabinoides são alvos de pesquisas com fins terapêuticos.

O Cesamet® (Nabilone) possuem como princípio ativo, derivados canabinoides. É indicado para controle de náuseas e vômito em pacientes em tratamento do câncer

Também usado para o tratamento da falta de apetite e perda de peso em pacientes com Aids

Honorio, K. M., Arroio, A., Silva, A. B. F. Aspectos terapêuticos de compostos da planta Cannabis sativa. Quim. Nova, 29(2): 318-325, 2006.

Page 10: Maconha e tabaco

Bolo de maconha para uso médico. Feito a partir da resina da cannabis. Amostra da Califórnia (EUA), onde é legalizado para uso médico desde 1996.

Histórico de Uso

Biscoito de maconha. Amostras da Califórnia- EUA.

Vários pacotes de sementes de maconha para a venda. Essas sementes estão sendo vendidas em um mercado de Amsterdã, na Holanda, onde a maconha é descriminalizada.

Page 11: Maconha e tabaco

Formas de Uso A cannabis sativa recebeu diversas denominações ao longo do tempo, conforme variavam as formas de preparação e a região onde era consumida

•Baseado, fininho, maconha, beck, bhang, liamba, marijuana:

Preparada utilizando várias partes da planta que depois de secada e picada, é fumada por meio de cigarros artesanais feito de papel. Apresenta de 0,5 a 5% de THC.

•Haxixe ou charas:

É a resina extraída da planta através da fricção com as mãos ou colocando-a em água fervente. Com aspecto de pasta semissólida, é geralmente moldada em formato esférico e fumada em cachimbos. Apresenta de 10 a 20% de THC.

Page 12: Maconha e tabaco

Formas de Uso•Óleo de haxixe:

Óleo negro e viscoso, extraído da planta ou da resina, altamente concentrado em THC (de 10 a 30%). É constantemente utilizado por traficantes para transporte da droga.

•Shunk:

O cultivo da planta é feito em condições ambientais ideais, o que aumenta a concentração de THC. É conhecida como a “maconha de laboratório” ou “supermaconha”.

Page 13: Maconha e tabaco

Vias de Administração

A via oral é menos usada apesar de o efeito permanecer por mais

tempo devido principalmente ao início mais demorado (de 30 a 60

minutos), e dos efeitos serem menos intensos. A biodisponibilidade é

em grande parte reduzida por esta via (4-12%) causada pelo efeito de

primeira passagem, degradação do Δ9-THC pelo pH ácido do estômago e

bactérias da flora intestinal

Via Oral

A via respiratória é a mais utilizada por ter um início de ação rápido (de

3 a 10 minutos). A biodisponibilidade (8-24%) é maior do que na via

oral, porém não é tão elevada por ser afetada por fatores externos, tais

como: perda de Δ9-THC durante o fumo (seja pela pirólise ou pela fumaça

não inalada), dinâmica de fumo do usuário (número e tempo de duração

da tragada, tempo de retenção da fumaça nos pulmões, experiência do

usuário)

Via Respiratória

Page 14: Maconha e tabaco

Fatores sociais do uso

Estudos relatam que fatores como:

gênero masculino, trabalho, idade,

desestruturação familiar estão

relacionados ao maior consumo de

drogas na juventude

As drogas ainda são um tabu em grande parte das famílias

brasileiras. Os pais tentam proteger seus filhos das drogas,

mas muitas vezes o jovem inicia seu primeiro contato com

elas em ambientes familiares, pelo estímulo ao consumo de

drogas lícitas como o álcool e o tabaco.

A população jovem é considerada a

mais vulnerável do ponto de vista

psicológico e social.

Page 15: Maconha e tabaco

ToxicocinéticaProteínas

plasmáticas 94 a 99%

↑ Lipofílico↓ Níveis séricos

THC

THC

Page 16: Maconha e tabaco

Toxicocinética

Citocromo P-450

CYP2C

Page 17: Maconha e tabaco

Toxicocinética

CYP2C 11-hidroxi-∆9-

THC

11-nor-9-carboxi-∆9-THC(THC-COOH)

OXIDAÇÃO

Excretado na urina e nas fezes

Conjugação com Ác.

glicurônico

70% excretado em 72 h

O restante pode levar até 7 dias para ser

eliminado

Page 18: Maconha e tabaco

Toxicocinética

O material biológico mais utilizado para

detectar Cannabis é a urina

Também é feito no sangue, suor e

cabelo.

Page 19: Maconha e tabaco

Toxicodinâmica

Receptor CB1

Receptor CB2

Os mecanismos de ação do THC ainda não estão totalmente

elucidados

Sist. Imune e

hematopoiese

SNC (córtex, cerebelo,

hipocampo, gânglios basais)

Page 20: Maconha e tabaco

Toxicodinâmica

Anandamida (1992)

Ocorre naturalmente no

cérebro

Ativa CB1 e CB2

Receptores de THCnos neurônios

opióides endógenos

Neurônios dopaminérgicos

(Sist. de recompensa

cerebral)

Liberação de dopamina

Efeito clínico de euforia e prazer

Page 21: Maconha e tabaco

Efeitos no organismo

Euforia, sensação de bem-estar; Relaxamento, sonolência ou depressão; Ansiedade, desconfiança ou pânico; Perda da noção do tempo e do espaço; Diminuição da coordenação motora, perda de equilíbrio; Perda de memória recente; Diminuição das funções intelectuais e cognitivas; Sensibilidade e sensações aumentadas; Taquicardia; Hiperemia das conjuntivas (olhos vermelhos); Aumento do apetite e secura na boca e garganta.

A curto prazo:

Page 22: Maconha e tabaco

Bronquite, faringite;

Doenças pulmonares (enfisema e câncer);

↑ até 4 vezes o risco de infarto;

Doenças cardiovasculares;

Comprometimento do sist. Imune;

Transtornos psicológicos;

Esquizofrenia em indivíduos predispostos

geneticamente;

Anormalidades comportamentais em recém-nascidos.

Efeitos no organismoA longo prazo:

Page 23: Maconha e tabaco

Uso a longo prazo e consumo diário ou frequente;

Não ocorre em todos os usuários frequentes;

Uso prolongado provoca alterações no SNC semelhantes a de

outras drogas de abuso;

Alguns casos necessitam de tratamento médico.

Dependência

Page 24: Maconha e tabaco

Tolerância Tolerância para a maioria dos efeitos provocados pela

droga;

Ocorre principalmente devido à dessenssibilização dos

receptores;

Velocidade e duração da tolerância variam de acordo

com o efeito;

Em geral, cessa rapidamente após a interrupção no

consumo da droga.Analgesia e hipotermia (3 a 7 dias)

Memória (semanas ou

meses)

Page 25: Maconha e tabaco

Usuário frequente que abandona subitamente o hábito;

Quando sofre de crise de abstinência, o indivíduo costuma

sentir desejo intenso pelo consumo da droga;

Também costuma sofrer de insônia, diminuição do apetite e

perda de peso;

Pode apresentar irritação, agressividade e inquietação;

Alguns estudos comparam a crise de abstinência provocada

pela maconha com a crise de abstinência à nicotina.

Abstinência

Page 26: Maconha e tabaco

Atualidades sobre a maconha

Page 27: Maconha e tabaco

TABACO Thiago Paixão

Page 28: Maconha e tabaco

Epidemiologia O tabagismo é um grande e grave problema de saúde

pública mundial;

A OMS estima que um terço da população mundial adulta sejam fumantes - 1 bilhão e 200 milhões de pessoas, entre as quais 200 milhões de mulheres.

A epidemia do tabagismo gera por ano cerca de 6 milhões de mortes diretamente, além de 600.000 mortes de fumantes passivos (OMS, 2012).

Page 29: Maconha e tabaco

No Brasil, apesar do número de tabagista ter diminuído desde a década de 1980, cerca de 16% da população brasileira é fumante;

Segundo o Ministério da Saúde, grande parte das internações no SUS é por consequência do tabagismo;

Entre 1996 e 2005, os gastos com hospitalizações relacionadas ao tabagismo chegaram a R$1,1 bilhão.

Epidemiologia

Page 30: Maconha e tabaco

o Família Solanacea:o Espécie mais importante

Nicotiniana tabacum L.

Composição química do tabaco

o Nicotina: composto ativo (Alcaloide pirrolidínico)

A composição química do tabaco vária conforme o cultivo e o processamento do material vegetal;

A folha pode conter cerca de 500 constituintes e quando queimada já foram isoladas 4720 substâncias químicas.

Page 31: Maconha e tabaco

Três tipos de reações ocorrem durante a combustão do tabaco:

• Pirólise: degradação térmica - as substâncias são fracionadas, devido à alta temperatura, oxigenação promovida pelo fogo e atmosfera fica em hidrogênio;

• Pirossíntese: síntese a partir do calor, os constituintes gerados na pirólise se recombinam em novos constituintes;

• Destilação: ocorre devido aquecimento nas extremidades das formas de fumo, como na ponta do cigarro, onde há a destilação da nicotina.

Composição química do tabaco

Page 32: Maconha e tabaco

Durante o ato de fumar há formação de duas fases distintas, uma gasosa e outra particulada .

FASE GASOSA  

FASE PARTICULADA

Monóxido de carbono

17 mg Nicotina 1,5 mg

Amônia 60 µg Fenol 85 µgAcroleína 70 µg Cresóis 70 µgAcetaldeído 800 µg Benzopireno 20 ng

Dinitrosamina 13 ng Benzoantraceno

40 µg

Acetonitrila 123 µg Nitrosonornicotina

250 ng

Ácido cianídrico 110 µg Nitrosoanatabina

1,5 µg

Cádmio 0,1 µg

Composição química do tabaco

Page 33: Maconha e tabaco

•Agentes umectantes

•Flavorizantes

•Aglutinantes

Aditivos:

•Praguicidas

•Fertilizantes

Outros compostos:

Composição química do tabaco

Page 34: Maconha e tabaco

Cigarro Charuto Bidi (Beedi, biri)

Cachimbo

Rapé Tabaco de

mascar

Formas de uso

Page 35: Maconha e tabaco

Fumante ocasional: Fuma de um a dois cigarros por dia, não dependente do tabaco. Difícil demonstrar a nocividade desse uso a longo prazo;

Fumante regular: Fuma menos de 10 cigarros por dia, não dependente e não tem a necessidade de aumentar o número de cigarros;

Fumante dependente:Fuma mais de 20 cigarros por dia, de risco muito alto, torna-se cada vez mais dependente.

Formas de usoClassificação do fumante:

Page 36: Maconha e tabaco

Mecanismo de toxicidade A nicotina é o composto mais ativo da fumaça do cigarro:

Dose letal = 40 a 60 mg

Ao fumar um ou dois cigarros:

Frequência cardíaca Pressão arterial

Frequência respiratória (leve)GlicemiaVasopressina

Temperatura da pele Irrigação sanguínea Diurese

Os efeitos sobre o humor:

Estimulados Sedação

Page 37: Maconha e tabaco

Toxicocinética da nicotina

ABSORÇÃO: Oral e a pulmonar;

A fumaça do cachimbo e charuto alcalina (pH 8,5), a nicotina encontra-se protonada, por isto é rapidamente absorvida na mucosa bucal;

A fumaça do cigarro é ácida (pH 5,5), a nicotina se encontra na forma não protonada, então absorvida pelos alvéolos pulmonares;

Absorção oral: somente 25 a 30% - EFEITO DE PRIMEIRA PASSAGEM;

Inalação: 20 a 25%: Desta quantidade tragada, 90% é absorvido principalmente no pulmão; Atinge um valor máximo dentro de apenas 10 minutos.

Mecanismo de toxicidade

Page 38: Maconha e tabaco

Toxicocinética da nicotina

DISTRIBUIÇÃO:

Pouco se liga às proteínas plasmáticas; distribuída rápida e amplamente aos órgãos e tecidos do corpo. Atravessa e barreira placentária e é secretada no leite materno.

METABOLISMO:

Biotransformada no fígado (80 a 90%); Tempo de meia-vida de 2 H. Sofre oxidação na posição 5 no anel pirrolidínico, gerando seu principal metabólito (80%) a cotinina, cuja meia-vida é mais demorada.

EXCREÇÃO

Excretada de inalterada na urina de uma maneira dependente de pH: pH < 5: cerca de 23% da nicotina são excretados inalterados,pH > 7: valor decai para 7%.

Mecanismo de toxicidade

Page 39: Maconha e tabaco

Doenças vasculares (Coronariopatias):

Nicotina Elevação da frequência cardíaca, da pressão arterial e

vasoconstrição, provocadas pela liberação de epinefrina e norepinefrina, que também agem como mediadoras no aumento de ácidos graxos no sangue.

Monóxido de Carbono (CO)

Liga-se a hemoglobina formando a carboxiemoglobina, o que reduz a disponibilidade de oxigênio no organismo, sobretudo no tecido cardiovascular, sendo importante para o desencadeamento de cardiopatia isquêmica.

Principais efeitos tóxicos

NICOTINA CO Aterosclerose

Trombose

Os efeitos cardiovasculares provocados pela nicotina aumentam a demanda de oxigênio pelo miocárdio. Porém, as altas taxas de carboxiemoglobina podem reduzir a oxigenação do músculo cardíaco, desencadeado o processo de isquemia.

Page 40: Maconha e tabaco

Bronquite crônica e enfisema

Principais efeitos tóxicos

Acroleína, fenóis, cresóis e ácidos orgânicos

Page 41: Maconha e tabaco

Câncer A mais importante morbidade causada pelo tabagismo:

O câncer de pulmão é o mais evidenciado (90%) O fumo contém cerca de 80 substâncias cancerígenas:

Hidrocarbonetos aromáticos policíclicos (benzopireno) e nitrosaminas. O tabaco tem ação carcinogênica sobre qualquer forma de

utilização;

O tabaco e seus produtos formados na combustão e/ou na biotransformação exercem ação carcinogênica em outros órgãos, além do pulmão;

Principais efeitos tóxicos

Tabagismo é fator de risco de câncer:

Cavidade bucal

Faringe, laringe, esôfago

Estômago

Pâncreas

Rim, bexiga

Cérvix uterina

Page 42: Maconha e tabaco

Outros efeitos

Já foi demonstrado que em alguns efeitos há evidências suficientes para inferir a relação causal entre o tabaco e os danos causados.

Principais efeitos tóxicos

Complicações na gravidez e má formação congênita Disfunção erétil CatarataDiminuição da qualidade de vidaAumento da morbidade Maior risco de desfecho cirúrgico adverso relacionado à cicatrização e Complicações respiratóriasFratura de quadril Diminuição da densidade óssea principalmente em mulheres na menopausaUlcera péptica

Page 43: Maconha e tabaco

Tolerância Desenvolve-se efeitos como: tonturas,

vômitos, sudorese e hipotensão;

Parte desta tolerância se perda a noite e é recuperada quando começa a fumar no dia seguinte;

Assim, o primeiro cigarro do dia produz um efeito maior dos que se seguem, mesmo em fumantes crônicos;

O mecanismo da tolerância pode estar associado a alterações farmacodinâmicas dos receptores nicotínicos e não pelas alterações farmacocinéticas da droga.

Page 44: Maconha e tabaco

DependênciaI. A nicotina é a responsável pela dependência ao tabaco. Segundo

a OMS, a dependência à nicotina, semelhante a outras formas de farmacodependência, “é um transtorno progressivo crônico e recorrente e a gravidade dos transtornos varia e pode chegar a comportamentos de forte resistência a mudanças”.

II. A ação estimulante central da nicotina parece ser mediada pelos neurônios noradrenérgicos procedente do locus ceruleo e pelos neurônios dopaminérgicos da área tegumentar ventral;

III. O locus ceruleo exerce papel crucial no estado de vigília e no despertar, nas relações relacionadas com o estresse e na atividade psicossomática;

IV. A ação da nicotina sobre a área tegumentar ventral produz uma estimulação motora e um aumento da liberação de dopamina no núcleo accumbens.

Outros drogas psicoativas

Sistemas de reforço

Page 45: Maconha e tabaco

Abstinência Manifestações clínicas decorrentes de uma síndrome de

abstinência à nicotina são:

i. Transtornos do sono (sonolência, insônia)ii. Náuseaiii. Irritabilidadeiv. Fadiga, cefaleia, ansiedadev. Dificuldade de concentração e na coordenação

motoravi. Ganho de pesovii. Redução da frequência cardíaca e aumento da

pressão arterial

Tem início imediato em geral nas primeiras 24 horas podendo durar vários meses.

A principal forma de tratar uma síndrome de abstinência à nicotina é administração de nicotina via oral ou intravenosa.

Page 46: Maconha e tabaco

Exposição involuntária I. Tabagismo passivo: o fumante passivo fica exposto às duas

correntes geradas pelo fumo, primária e secundária.;

II. Em ambientes contaminados com fumaça de tabaco, podem-se detectar diversas substâncias xenobióticas como: nicotina, monóxido de carbono, acroleína, formaldeído, benzopireno, nitrosaminas e alfa-emissores do polônio 210;

III. O risco de enfermidades em fumantes passivos é bastante grande, principalmente naqueles em que há outros agravantes como asma, alergias;

IV. As complicações cardiovasculares, doenças respiratórias e câncer de pulmão, são os principais efeitos nocivos observados em indivíduos exposto crônico involuntariamente ao fumaça do tabaco.

Page 47: Maconha e tabaco

OBRIGADO!