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  • A apaixonantebuscade umamulher

    Cr iando uma v ida pos i t i va e co m p ro p s i t o

    KAROL LADDAutora de A mulher que preciso ser e Amor infalvel

  • Sumrio

    Introduo Buscando felicidade e encontrando alegria 9

    1. Uma bela esperana para comeos feios (A t 16 .6-40) 15

    2. Desculpe o transtorno. Estamos em obras (Fp 1.1 -1 1) 27

    3. Diamantes formados nas dificuldades (Fp 1 .12-19 ) 45

    4. Vivendo com paixo e propsito (Fp 1 .20-30) 59

    5. O sabor surpreendentemente delicioso da torta da humildade

    (Fp 2 ,1 -11 ) 75

    6. Resplandea como astros no mundo (Fp 2 .12 -18 ) 93

    7. Como a verdadeira consagrao? (Fp 2 .19 -30 ) 109

    8. Livrando-se do lixo para adquirir o que inestimvel (Fp 3 .I -I I ) 121

    9. Esquea o passado e prossiga para aquilo que est por vir

    (Fp 3 .12 -21 ) 133

    10. M ude sua forma de pensar e transforme sua vida (Fp 4 .1 -9 ) 147

    11. O verdadeiro segredo do contentamento (Fp 4 .10 -13 ) 163

    12. Seja a bno em seu mundo (Fp 4 .14 -23 ) 177

    Concluso A vida apaixonada 191

    Comece uma Positive Woman Connection Perguntas para estudo 195

    Notas 201

  • I N T R O D U O

    B i i c j x x A q p z f c ^ id a e y

    m x z x x n iy u x n x io y c J I q j^ / l x v

    Para que aproveis as coisas excelentes, para que sejais sinceros e sem escndalo algum at ao Dia de Cristo.

    Filipenses I.IO

    Buscar a Deus significa desejar felicidade; encontr-lo a prpria felicidade.

    Agostinho

    u simplesmente no entendo a primavera em Dallas. Em um nico dia, podemos ter a previso de que far muito frio ao anoitecer, e, na tarde seguinte, fazer 26C graus. uma loucura! Dizem que se voc no estiver gostando do clima em Texas, basta ficar fora por algumas horas, porque ele mudar.

    Recentemente, em uma manh de maro, sa para pegar o jornal e fui atingida por uma nevasca. Bem, pode no ter sido to forte assim, mas foi uma daquelas frentes frias de tirar o flego e que mais pareciam uma nevasca para esta sulista de sangue fino. Porm, no meio da tarde daquele mesmo dia, eu estava sentada no jardim lendo e desfrutando do bom sol texano.

    Pessoalmente, adoro ficar ao ar livre e adoro ler; por isso, quando arrumo tempo para fazer as duas coisas, torna-se uma tarde feliz. Naquele especfico

  • Introduo

    dia de primavera, minha agenda pessoal de leitura era a epstola de Filipenses, no Novo Testamento. Escrito pelo apstolo Paulo enquanto estava preso em Roma, algum poderia achar que esta carta deprimente. No entanto, trata-se de uma leitura agradvel e encorajadora. De fato, o tema da alegria vindo desse autor improvvel meio que escorre pelas pginas.

    Enquanto eu relaxava e tentava imaginar como Paulo poderia ter escrito uma mensagem to positiva de dentro de uma cela da priso, desviei meu olhar para ver uma borboleta branca danando pelo jardim. Eu me entretive observando essa tremulante criatura tocar uma flor aqui, voar para outra flor ali, passar rapidamente por muitas outras flores, e ento, voltar para onde comeou. Como se buscasse algo que no conseguia encontrar, a borboleta nunca ficava em um mesmo lugar por muitos segundos. To rpido quanto apareceu em meu jardim, to rpido ela voou para o jardim de flores seguinte.

    Observar a ilusria dana da borboleta branca levou-me a pensar quo ilusrios os prazeres da vida podem ser. Assim como para essa criatura voadora, percebi como tambm fcil, para mim, borboletear, agitar-me e voar de uma atividade ou de pessoa para outra, tentando encontrar nisso o doce nctar que satisfar meus anseios por sigmficncia e alegria. Acredito que voc tambm j sentiu isso uma ou duas vezes, afinal, a busca pela felicidade comum a todas ns. A pergunta, no entanto, : onde essa caada termina, se que termina? Enganamo-nos acreditando que h algo l fora que ir enriquecer nosso ser e saciar a fome de nossa alma?

    A caada peia felicidade

    M uitas vezes, podemos scr atradas pela caa felicidade. Pense no dinheiro, no tempo e na energia que gastamos ao longo da nossa existncia buscando os intrigantes se da vida. Voc sabe a que me refiro: Se eu..., ento, seria feliz.

    Se eu namorasse uin cara maravilhoso Se eu estudasse na faculdade certa Sc eu tivesse um emprego melhor Se eu me casasse com o homem perfeito Se eu tivesse me casado com outro homem

    1 0 .

  • Se meus filhos fossem bem-comportados Se meus filhos fizessem parte de algum time ou de algum clube especial Se eu tivesse tempo para relaxar, dinheiro para gastar, uma casa limpa

    ou uma vida simples.

    Caramba! Apenas pensar em todas essas possibilidades para ter felicidade j cansativo, e eu sequer mencionei as perfeies fsicas que buscamos. Se eu tivesse...

    UAcarula/ j^e-xcxccuic. ey encmt/iaruiQy ac^/iiw

    um cabelo bonito coxas mais finas braos tonificados menos rugas menos barriga um nariz diferente

    Ento eu seria feliz! Certo?Parecem borboletas brancas voando de uma flor para outra! Ah, no estou

    dizendo que essas coisas no nos deixariam felizes. Elas podem muito bem gerar sentimentos de felicidade por um tempo, mas, normalmente, depois que experimentamos um se, a busca pelo prximo sonho iniciada. Assim, o ponto principal : sentimentos de felicidade vm e vo.

    Vance Havner escreveu isso da seguinte maneira: A felicidade [em ingls, happiness] do mundo deveria ser soletrada bappen-ness, pois ela depende do que acontece [em ingls, happensY} Podemos estar felizes porque recebemos um aumento, porque algum foi legal conosco, ou porque finalmente redecoramos a cozinha; e ento, a busca pelo prximo acontecimento feliz comea. A busca por felicidade simplesmente nos leva de uma doce flor para outra.

    0 que realmente importa

    O que irnico em meu encontro com a borboleta naquele diz de primavera em Dallas que eu estava lendo um livro que destaca as qualidades permanentes que transcendem mudanas de circunstncia e sentimentos fugazes. Em sua

    II

  • Introduo

    carta aos filipenses, Paulo (sim , da cela de uma priso) descreveu uma alegria duradoura, uma satisfao consistente e uma paz que excede todo entendimento. Diferente da borboleta que voava de flor em flor, Paulo ensinou aos cristos primitivos como experimentar a verdadeira satisfao da alma.

    Deus chama-nos a buscarmos a felicidade ou Ele e os Seus propsitos para a nossa vida? N a carta aos Filipenses, Paulo cria para ns uma nova perspectiva acerca da vida. Ele desafia-nos a viver e a pensar de maneira diferente do mundo nossa volta. Se este presidirio pde escrever sobre como ser cheio de aleg ria, ento, acho que ele tem algo a ensinar-nos sobre um tipo de satisfao significativa e um tipo de deleite mais profundo, que esto alm das circunstncias e das pessoas.

    Por ltimo, Paulo incentiva-nos a buscar o que eternamente satisfatrio; uma busca que no nos decepcionar. Por isso, convido voc a juntar-se a mim em uma empolgante jornada enquanto percorremos juntas a alegre carta de Paulo aos filipenses. Voc nunca mais ver os desafios da vida da mesma maneira, e acredito que encontrar um tipo de satisfao da alma que proporciona satisfao duradoura.

    A apaixonante busca de uma mulher sobre sentir uma alegria que no vai embora; sobre encontrar a verdadeira satisfao e um propsito eterno para nossa vida enquanto descobrimos as verdades que Paulo apresentou em sua carta aos seguidores de Cristo em Filipos.

    Voc pode apreender as verdades deste livro de muitas maneiras: ao us-lo como leitura pessoal, em um clube de leitura com as vizmhas ou em um grande grupo de estudos bblicos. Alm disso, ao final de cada captulo, h uma seo chamada Busca pessoal. Leia-a para obter mais maneiras de aplicar em sua vida o que voc acabou de aprender em cada captulo. E no final do livro, h um guia de estudo com perguntas para debates a serem usadas em estudos bblicos ou em grupos de leitura.

    E com grande alegria que ofereo este livro a voc, porque a poderosa mensagem de Filipenses est impregnada em minha vida. Embora eu seja conhecida como a M ulher Positiva, devo ser sincera: no sei se eu seria to positiva se no fosse a obra transformadora que Deus realizou em minha vida. No sei se voc costuma ser uma pessoa negativa, ou se tende a ser positiva, mas sei que as verdades apresentadas em Filipenses podem proporcionar-lhe alegria, inspirao e fora, que iro ajud-la em tudo que enfrentar.

    1 2

  • AxLacLe, e, qx\xjqxajcxx\xi/ - k' / ti o f!i x o - pxtyra o i ^ U l / U A . O /C^JU i Q. L t u L A u n A ^ e . ^ '

    125

  • C a p tu lo 8

    nascido em uma famlia crist, frequenta uma escola crist, de contribuir com ministrios ou no fato de que levo uma vida praticamente perfeita?

    O desempenho exterior no pode substituir o compromisso interior com Cristo, pois h muitas pessoas brincando de igreja que no o conhecem verdadeiramente. Nunca seremos boas o bastante nem capazes de conquistar o que somente Deus pode dar-nos. Nossos cupons no tm valor em Seu mercado. O dono pagou tudo. A liberdade da culpa pelo pecado e a promessa de vida eterna nos foram oferecidas por meio do sangue de Cristo. Ele pagou nosso resgate, e nossa parte apenas receber esse dom por meio da f. A verdadeira justia vem

    de Deus.A contabilidade nunca foi meu forte, mas eu entendo os termos lucro e

    perda. Paulo usou esses dois termos contbeis para ajudar-nos a entender o valor de nossas obras comparado ao valor de conhecer a Cristo. Ele escreveu assim:

    Mas o que para mim era lucro, passei a considerar perda, por causa de Cristo. Mais

    do que isso, considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do co

    nhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor, por cuja causa perdi todas as coisas. Eu as

    considero como esterco para poder ganhar a Cristo e ser encontrado nele, no tendo a

    minha prpria justia que procede da lei, mas a que vem mediante a f em Cristo, a

    justia que procede de Deus e se baseia na f . Quero conhecer a Cristo, ao poder da

    sua ressurreio e participao em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua

    morte para, de alguma form a, alcanar a ressurreio dentre os mortos.2

    Ao fazer a contabilidade de todas as conquistas e referncias de sua vida, Paulo criou uma lista de ganhos e outra de perdas. A maioria de ns colocaria todas as grandes coisas que j fizemos na coluna de ganhos: ser um membro ativo da liderana da igreja, visitar um amigo no hospital, falar de Cristo para algum do nibus, ajudar a fazer sopa para moradores de rua todas essas coisas so motivos para gabar-se e contar como ganho. No entanto, Paulo diz que coloca esses tipos de coisa na coluna de perdas por causa de Cristo. Essa uma afirmao definitiva e extremamente clara. Paulo no estava acumulando o que ele fazia pela sua prpria salvao; o que conta o que Cristo fez.

    O apstolo at d um passo alm quando considera tudo como perda. Ele foi alm de suas referncias e conquistas, e colocou todas essas coisas de sua vida

    126

  • na coluna de perdas. A palavra tudo abrangeria pessoas que ele conhecia, bens que ele tinha e lugares em que morou.

    Acho que Paulo estava dizendo que todas essas coisas so uma perda e que elas no fazem de mim quem eu sou. Ele despiu-se de todas as coisas que poderiam dar-lhe importncia e, em vez disso, encontrou seu propsito e salvao somente em Cristo. Enquanto escrevo isso, chego ao ponto de examinar minha prpria vida e penso: O que meu tudo? Estou disposta a entregar tudo em que estou propensa a encontrar propsito e colocar isso em minha coluna de perda? Sou capaz de dizer: E Cristo quem me d valor?

    Todos esses cupons dourados que acumulei ao longo de anos realizando boas obras e construindo meu status e minha reputao no me deixam em paz com Deus. Eles no garantem salvao, no me do mais amor de Deus, nem satisfazem os profundos anseios de minha alma. Tentar encontrar meu valor em conquistas exteriores e em status apenas me deixar decepcionada e frustrada. Somente Cristo! Nele eu vivo, movo e existo. Ele no me decepciona. O Senhor ama todo o meu ser, e por intermdio dele, posso ser chamada filha de Deus e coerdeira de Sua graa. Que segurana h em saber que meu valor vem dele!

    A-(-Oauu*Iu -ac da i.Vi pu/ul ailtjUf/u/L a tjuc c Lnc^ tmiO^f

    Toma minha vida e faze-a

    Em sua breve vida aqui na terra, Francs Havergal teve sua cota de decepes, mas tambm experimentou as gloriosas riquezas de conhecer a Cristo de uma maneira profunda e permanente.

    Nascida em 1836, na Inglaterra, Francs teve o que os vitorianos chamavam de sade frgil. Durante grande parte de sua vida, ela suportou doenas e dor fsica, contudo, seu esprito estava cheio da alegria do Senhor, a qual ela expressava por meio de sua poesia e de seus hinos. Como talentosa compositora, suas letras eram devocionais por natureza, levando os cristos a uma caminhada mais ntima com Cristo. Conhecida como a poetisa da consagrao, Francs exemplificava a beleza de viver por Jesus ao sempre estender a mo para ajudar quando via algum com alguma necessidade espiritual ou fsica, apesar de suas prprias incapacidades.

    A letra de um de seus mais amados hmos, Take my Life and Let It Be, demonstra seu dedicado corao por Cristo e sua motivao em ajudar outras pessoas.

    1 2 7 .

  • C a p tu lo 8

    Toma minha vida, e faze-a consagrada, Senhor, a ti.Toma minhas mos, e torne-as impulsionadas pelo Teu amor.

    Seu primeiro hmno foi publicado em 1869, mas, infelizmente, a editora foi falncia cinco anos depois, e isso deu fim a sua carreira editorial nos Estados Unidos por um tempo. Apesar do prejuzo que sofreu em sua renda, ela pde dizer: Seja feita a Tua vontade no um lamento, mas uma cano! [...] No tenho medo, nem dvida, nem preocupao, nem sombra sobre o brilho do sol em meu corao. Dois anos depois, houve um incndio nos escritrios de sua editora inglesa, levando o nico exemplar completo de seu manuscrito chamado Songs o f Grace and Glory [Canes de graa e glria, traduo livre]. Francs teve de recomear as letras e as msicas. Ela escreveu s suas irms: Agradeci mais a Deus do que orei a respeito. Foi isso que Ele fez comigo ano passado, essa outra lio aprendida . Felizmente, Deus concedeu-lhe fora, sade e capacidade de reescrever sua obra.

    Quando Paulo escreveu considero tudo como perda, comparado com a suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus, creio que Francs entendeu a inteno dele. Uma coisa saber sobre Deus, mas experiment-lo de maneira real, de modo que Ele conceda-lhe significado, propsito, alegria e fora apesar das circunstncias, outra muito diferente. Eis uma observao interessante sobre Francs: segundo sua irm, Francs havia memorizado todos os Evangelhos e as Epstolas, bem como Isaas (seu livro preferido), os Salmos, os Profetas Menores e Apocalipse.3 Ufa! Devo dizer que Francs foi uma pessoa que amava a Deus de todo o corao e que apaixonadamente o buscava de todo o pensamento, alma e fora.

    A suprema grandeza do conhecimento de Cristo Jesus uma expresso poderosa. Conhecimento, em grego, gnosis, usado em Filipenses 3.8, na verdade, significa buscar conhecer, como em um inqurito ou em uma investigao. Implica em uma busca ativa. Paulo escolheu essa palavra porque significa conhecer algo ou algum de modo experimental ou pessoal. Acho que ele queria encorajar seus irmos e irms cm Cristo a irem alm do conhecer a Cristo para alcanarem um ntimo relacionamento com Ele. Uma coisa o conhecimento intelectual sobre algum; outra passar um tempo com essa pessoa, conversar com ela e tornar- -se ntimo dela.

    Paulo mencionou pela segunda vez na passagem que ele quer conhecer a Cristo e o poder da Sua ressurreio. Eu tambm! Quem no gostaria de expe

    128

  • rimentar o tipo de poder que ressuscitar um homem? M as Paulo no parou por aqui; ele tambm queria conhecer a comunicao das aflies de Cristo. Epa! Bem, talvez eu no chegue a esse ponto. Posso facilmente dizer sim ao conhecimento da virtude da ressurreio de Cristo. Deixe-me voltar sobre compartilhar de Seus sofrimentos.

    Tenho vergonha de admitir, mas minha lealdade parece ser superficial, e acho que voc tambm sente o mesmo. Como Paulo chegou ao ponto de querer o conhecimento e as aflies de Cristo? E amor. E um relacionamento de amor. Os votos de casamento fazem-nos lembrar desse tipo de amor. Por meio deles, ouvimos um casal prometer que se amar N a riqueza e na pobreza, na sade e na doena, at que a morte nos separe.

    O verdadeiro amor permanece tanto nas partes boas como nas ruins. Em sua carta aos Efsios, Paulo comparou os votos matrimoniais ao seu relacionamento com Cristo quando escreveu: Por isso, deixar o homem seu pai e sua me e se unir sua mulher; e sero dois numa carne. Grande este mistrio; digo-o, porm, a respeito de

    Cristo e da igreja.4 Assim como uma noiva adora seu marido e est disposta a viver os tempos bons e os tempos ruins com ele, assim tambm devemos adorar nosso Senhor. Paulo estava disposto a suportar a aflio, porque conhecia e amava a Cristo. Francs Havergal foi capaz de ser feliz apesar das dificuldades, porque seu corao estava centrado em Cristo, e ela adorava a Ele mais do que a qualquer outra coisa. Quando a Cristo que veneramos, tudo o mais perde a graa.

    \' l O t u k d w x j Q. p x i / u x cl ^ u / l a .' Qy t|U(i i/iest f t m a O T

    0 chamado

    Deus sempre nos chama a conhec-lo. Lemos sobre Jeremias levando uma mensagem do Senhor aos israelitas no Antigo Testamento:

    Assim diz o SENHOR: No se glorie o shio na sua sabedoria, nem se glorie o fo r te

    na sua fora ; no se glorie o rico nas suas riquezas. Mas o que se gloriar glorie-se nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR, que fa o beneficncia, juzo e

    justia na terra; porque destas coisas me agrado, diz o SENHOR .s

    Oh, gloriosa vaidade! Nossa glria no deve ser baseada no que fazemos, mas em conhecer e compreender quem Ele . Voc e eu buscamos conhecer a

    1 2 9 .

  • C a p tu lo 8

    Cristo com sinceridade e de modo contnuo? No apenas saber sobre Ele, mas conhec-lo e ter um relacionamento com Ele, vivenciando Sua presena nas atividades corriqueiras de nossa vida? A orao uma das maneiras pelas quais aprofundamos nosso relacionamento com o Senhor. uma conversa constante com Ele, e no deve reservar-se apenas s refeies e aos cultos. Nossa conversa com Deus desse ser experimentada continuamente ao longo do dia. Gosto do modo como Henri Nowen refere-se sua intim idade com o Senhor colocando em prtica a Sua presena.

    Acho que orar no significa pensar em Deus em oposio a pensar em outras coisas, ou passar um tempo com o Senhor em vez de passar com outras pessoas. Em vez disso, significa pensar e viver na presena de Deus. Logo que comeamos a dividir nossos pensamentos em pensamentos sobre Deus e pensamentos sobre pessoas e acontecimentos, tiramos Deus de nossa vida diria e o colocamos em um pequeno nicho piedoso onde podemos ter pensamentos e sentimentos piedosos. Embora separar um tempo exclusivo para Deus, e apenas para Ele, seja importante, e at indispensvel, para a vida espiritual, a orao pode tornar-se incessante quando todos os nossos pensamentos - bonitos ou feios, altos ou baixos, orgulhosos ou vergonhosos, tristes ou alegres podem ocorrer na presena de Deus. Portanto, converter nosso pensamento incessante em orao incessante leva-nos de um monlogo egocntrico para um dilogo centrado em Deus. Isso requer que transformemos todos os nossos pensamentos em conversa. A principal questo, ento, no o que pensamos, mas a quem apresentamos nossos pensamentos.6

    Charles Spurgeon disse: A cura para a vanglria gloriar-se o dia inteiro no Senhor.7 Ao pensarmos em todas as conquistas e realizaes das quais podemos gloriar-nos, que possamos consider-las esterco, se comparadas excelncia do conhecimento de Cristo. Aos andarmos perto dele em amorosa orao, nossos olhos se voltaro para Ele, e nossa glria estar verdadeiramente nele. Oh, conhec-lo mais e mais e entender a enormidade de Seu amor! Ao encerrarmos este captulo, deixo-lhes a orao de Paulo por seus irmos em Cristo:

    130

  • Para que, segundo as riquezas da sua glria, vos conceda que sejais corroborados com

    poder pelo seu Esprito no homem interior; para que Cristo habite, pela f , no vosso

    corao; a f im de, estando arraigados e fundados em amor; poderdes pefeitamente compreender, com todos os santos, qual seja a largura, e o comprimento, e a altura, e

    a profundidade e conhecer o amor dle Cristo, que excede todo entendimento, para que

    sejais cheios de toda a plenitude de Deus. Ora, quele que poderoso para fa z er tudo

    muito mais abundantemente alm daquilo que pedimos ou pensamos, segundo o poder

    que em ns opera, a esse glria na igreja, por Jesus Cristo, em todas as geraes, para

    todo o sempre. Amml&

    Busca pessoal

    Leitura complementar: Glatas 3-4: Paulo defende a f.Verdade bsica: Conhecer a Cristo e andar em um relacionamento de amor

    com Ele a maior busca da vida.Escolhas:

    Pense nas coisas sobre as quais voc tende a gloriar-se, e considere-as esterco.

    Busque a Cristo apaixonadamente e adore-o acima de tudo. Deseje conhecer o poder da Sua ressurreio. Reconhea que o conhecer inclui a comunho de compartilhar Suas

    aflies.

    Alegre-se no Senhor, e no nas circunstncias. Aproxime-se de Deus por meio da intim idade da orao. Experimente Sua presena por meio de pensamentos de orao o dia

    inteiro. Encontre significncia para si somente em Cristo.

    Plano deliberado: Glorie-se no Senhor. Livre-se do esterco.No tocante sua vida espiritual, no que voc tende a gloriar-se? T ire um

    momento para pensar e escreva em um pedao de papel algumas das reas nas quais voc tem dificuldade em relao aos cupons cristos e ao direito de

    oLi'uinda.'-.e/clcL'Cuta^pa/ux aAxyjJvujv o cp.u q m eJ i ju n cu a t?

    1 3 1

  • C a p tu lo 8

    gloriar-se. Se tiver dificuldade em identificar algumas reas de orgulho, apenas pense por um momento sobre como voc preencheria as lacunas abaixo:

    Um cristo fo r t e jam ais f a r i a _____________________ .Um verdadeiro cristo deve sem pre___________________________________ .D eus fica ria impressionado comigo e responderia s minhas oraes porque eu

    Suas respostas nessas lacunas provavelmente diro do que voc orgulha-se como crist. Agora, pegue o pedao de papel com as suas respostas, rasgue-o e jogue-o fora. Essa apenas uma maneira prtica de lembrar a voc que essas coisas so esterco se comparadas a conhecer Cristo. Agora, pegue um pedao de papel ou um dirio em branco e comece a escrever as qualidades do Senhor que voc ama e adora. Agradea-o e louve-o enquanto escreve. Pratique conversar com Ele ao longo do dia.

    132

  • C A P T U L O 9

    t s O^VQJ^VL Qy p a A a c lQ y Cy p/ U lA X jX V

    pa/LO y aX|xUio/ CJXLC/ & io / pQ/l/ sltA /

    Nao sabeis vs que os que correm no estdio, todos, na verdade, correm, mas um s

    leva o prmio? Correi de tal maneira que o alcanceis.

    I Corntios 9.24

    No cessemos que fazer o mximo, para que possamos incessantemente prosseguir no caminho do Senhor; e no nos desesperaremos por causa da pequenez de nossas conquistas.

    Joo Calvin o

    vezes, olho para trs e arrependo-me por ter assentido em fazer alguma coisa. M ais recentemente no sei o que me deu , concordei em participar de uma corrida de 5 km com minha filha. Como fui uma grande corredora na poca da faculdade, voc poderia achar que ainda sou. Bem, nem tanto. Na verdade, parei de correr depois da faculdade (h 20 e tantos anos), porque meus joelhos j no gostavam mais disso. M as, quando minha filha sugeriu que corrssemos juntas, eu pensei: No deve ser to difcil?

    Deixe-me dizer o quanto foi difcil. No que eu esteja reclamando porque abandonei a murmurao aps escrever o captulo seis mas quero que

  • C aptulo g

    voc saiba que, quando comecei a treinar para a corrida, meus joelhos doeram, eu mal conseguia respirar, e meus msculos doeram sem parar por 24 horas. Porm, eu no queria deixar minha filha chateada, ento, continuei treinando para o grande evento. Pouco antes de a corrida comear, incentivei minha filha a prosseguir e a correr em seu prprio ritmo, sem preocupar-se em correr comigo. Ela aceitou minha graciosa oferta e correu frente nos primeiros 4 00 metros. Eu, no entanto, arrastei-me. Sinceramente, assim que descrevo meu ritmo: rastejante. Ofegante, lenta como uma lesma, rastejei at a linha de chegada.

    engraado como algumas palavras ou frases vm mente quando voc est correndo. A palavra prossiga ficou circulando pela minha mente, sobretudo quando encarei uma gigantesca colina pouco antes da linha de chegada. Por que eles colocaram a lmha de chegada no alto de uma colina? Prossiga era s o que conseguia pensar. Eu tinha um objetivo em mente, e este era prosseguir e cruzar a linha de chegada. Digamos que eu no era a imagem do preparo fsico e da agilidade; por isso, senti um grande alvio quando meu p cruzou aquela linha. E claro, minha filha j estava l esperando por mim. Ela teve tempo de sobra para esperar-me, e j tinha se refrescado e pegado algo para beber. No sei se eu chamaria essa corrida de vitria, mas aprendi um pouco sobre perseverana e sobre prosseguir para um objetivo.

    Paulo usou a analogia de um atleta em uma corrida para transmitir a imagem de sua prpria busca pessoal para ser como Jesus. Em nosso ltimo captulo, lemos sobre o profundo desejo de Paulo de conhecer a Cristo, ao poder da Sua ressurreio e a participao em Seus sofrimentos. O apstolo considerava tudo que podia trazer-lhe orgulho ou glria como esterco se comparados excelncia de conhecer a Cristo e at de tornar-se como Ele em sua morte. No entanto, Paulo tambm usou a corrida para ilustrar a perseverana necessria na vida crist medida que nos aproximamos da linha de chegada. O apstolo tinha acabado de dizer que queria tornar-se como Cristo em sua morte e, posteriormente, alcanar a ressurreio dos mortos. Todavia, ele assegurou aos seus leitores que ainda no estava pronto para obter o prmio do cu. Paulo escreveu desta maneira:

    No que j a tenha alcanado ou que seja perfeito; mas prossigo para alcanar aquilo para o que f u i tambm preso por Cristo Jesus. Irmos, quanto a mim, no ju lgo que

    o haja alcanado; mas uma coisa fao , e que, esquecendo-me das coisas que atrs

    1 3 4 .

  • /^aim e avanando para as que esto diante de mim, prossigo para o alvo, pelo prmio da soberana vocao de Deus em Cristo Jesus.1

    Paulo no estava na glria ainda, mas estava indo nessa direo. Ele planejava prosseguir para a lmha de chegada. Assim como minha corrida, a jornada pode no ter sido fcil, mas ele tinha o objetivo final em mente, e perseveraria at o fim. Paulo no queria que seu passado o atrapalhasse. Por isso, ele olhava para frente e no para trs! Seus olhos estavam no prmio, no dia em que ouvir as palavras: Bem es t s er v o bom efie l.

    cjutL^a. a pxiAadti/ Q p/ta& t i ja pxx/ui cn^uxia t i^Le e-ta. p o/i v'i/L

    A corrida

    Como Paulo passou grande parte de seu ministrio na Grcia, possvel que ele tenha tido a oportunidade de assistir aos Jogos Olmpicos. O apstolo usou ilustraes de atletas em muitos de seus textos, o que me faz pensar que ele t inha muito interessado em esportes. Se os homens so to obcecados por esportes, talvez, isso no seja to ruim de todo; talvez, eles estejam apenas imitando o apstolo Paulo!

    Os Jogos Olmpicos foram criados na Grcia em 776 a.C., mas muitas outras disputas atlticas tambm comearam com os Jogos Olmpicos. Uma delas chamava-se Jogos Istmicos, os quais eram realizados em Corinto. Quando algumas passagens das cartas aos corntios so lidas, tem-se a sensao de que Paulo estava assistindo a esses Jogos.

    No sabeis vs que os que correm no estdio, todos, na verdade, correm, mas um s leva o prmio? Correi de tal maneira que o alcanceis. E todo aquele que luta de tudo se abstm; eles o fazem para alcanar uma coroa corruptvel, ns, porm, uma

    incorruptvel. Antes, subjugo o meu corpo e o reduzo servido, para que, pregando aos outros, eu mesmo no venha de alguma maneira a f ica r reprovado.2

    Eventos esportivos e corridas atlticas proporcionam timas ilustraes quando se trata de lies de vida. D isciplina e perseverana com um objetivo em mente so o que separam um atleta de primeira dos demais. Paulo aplica esse mesmo tipo de pensamento jornada dos seguidores de Cristo. Portanto, ns

    1 3 5

  • C a p tu lo 9

    tambm devemos prosseguir. A palavra grega para prosseguir denota um esforo intenso. Originalmente, os gregos usavam esse termo como uma descrio de um caador que avidamente persegue sua presa. Assim, tambm precisamos ser ativos em nossa busca por Cristo, e no complacentes. Um atleta no se torna um forte concorrente sentando-se para ouvir mensagens motivacionais e estudando histrias sobre outros grandes atletas. E preciso aceitar o desafio e sair de sua zona de conforto, dedicando-se e atuando em sua busca pessoal por seu objetivo.

    Olhando para frente

    W ilm a Rudolph poderia ter desistido vrias vezes de ir atrs de seus sonhos. Como a vigsima de 22 filhos, ela nasceu em 1940 com poliomielite, e tambm tinha ataques de pneumonia e de escarlatina. Embora alguns dissessem que ela provavelmente nunca andaria, a amorosa famlia de W ilm a fez de tudo para garantir que ela recebesse o tratamento mdico e a fisioterapia de que precisava.

    W ilm a comeou a usar muletas aos cinco anos de idade. No entanto, um dia, aos 11 anos, ela decidiu que bastava de muletas. Ento, abandonou-as e andou pelo corredor da igreja, e nunca mais as usou de novo. Aos 13 anos, W ilm a comeou a jogar basquete e a praticar corrida na escola. Seu preparo melhorou ao ponto de ela comear a vencer corridas, e assim, ela foi convidada a participar de um campo de treinamento no estado do Tennessee. Ali, ela treinou com Ed Temple, que se tornou uma das pessoas mais influentes em sua vida.

    Em 1956, no segundo ano do Ensmo M dio, W ilm a competiu em suas primeiras Olimpadas, em M elbourne, Austrlia. Embora no tenha se classificado na competio de 20 0 metros, sua equipe de revezamento ganhou medalha de bronze. A persistncia e o entusiasmo de W ilm a levaram-na a treinar ainda mais duro. Ela voltou s Olimpadas em 1960, quebrando o recorde olmpico nos 200 metros. Nas Olimpadas de Roma, ela tornou-se a primeira americana a ganhar trs medalhas de ouro (1 0 0 metros rasos, 200 metros rasos e revezamento 4x100 metros), e foi homenageada no primeiro desfile mter-racial de sua cidade natal. W ilm a chegou a receber diversas homenagens e prmios, inclusive o Sullivan Award, para atletas amadores dos Estados Unidos, alm de sua incluso no Black Sports H all o f Fame, no U.S. Track and Field H all o f Fame, no U.S. Olympic H all o f Fame e no National Womens H all of Fame.

    1 3 6 .

  • W ilm a conseguiu entrar na faculdade, e mais tarde, tornou-se treinadora e professora, mas seus maiores orgulho e alegria eram seus quatro filhos. A histria de W ilm a inspirou milhares de outras pessoas a perseverarem e a correrem atrs de seus sonhos. Ela poderia ter desistido muitas vezes, mas, em vez disso, no olhou para trs, mas, sim, para frente. A atleta prosseguiu com determinao para ganhar o ouro, e no usou suas dificuldades do passado como desculpa para no atingir seus objetivos.

    M uitas vezes, o nosso passado o maior responsvel por nossa sensao de derrota na vida. Podemos apegar-nos s recordaes dos fracassos do passado ou sufocarmo-nos com os erros passados. Mgoas, dores e decepes podem gerar amargura, raiva e frustrao, e servem para deixar-nos no banco de reserva, em vez de no jogo. Paulo reconhecia a importncia de deixar o passado para trs e voltar-se para o que est adiante. Ele mesmo precisava fazer isso em sua prpria vida; no apenas para esquecer-se das coisas deplorveis que fizera (como perseguir a Igreja), mas tambm para abandonar o orgulho das conquistas que obtivera no passado. Tudo isso o atrasaria.

    Uma das primeiras disciplinas que todos os atletas aprendem durante os tremos no olhar para os competidores que esto atrs deles na corrida. Esse simples movimento pode atras-lo e fazer com que no vena a disputa. Da mesma maneira, devemos manter nosso foco no que est frente e no objetivo de conhecer a Cristo e de amadurecer nele. Precisamos renunciar o poder que o passado exerce sobre ns, deixando as mgoas, as derrotas, as vergonhas, os erros passados, e at as conquistas passadas, em que tendemos a chafurdar. Viver com os olhos voltados para trs ir apenas nos desencorajar e servir de tropeo para ns. Alm disso, lemos nas Escrituras que devemos olhar para trs apenas em uma circunstncia: para lembrarmos a bondade do Senhor e o que Ele j fez por ns.

    Agradecer a Deus por Suas bnos nos fortalecer, mas relembrar as feridas, os erros e as infelicidades s serve para enfraquecer-nos. Todavia, sei que impossvel apagar todas as memrias de nossa vida. E Paulo no estava falando sobre ignorar todas as lembranas de seu crebro, mas estava, basicamente, dizendo que no era mais afetado nem influenciado pelo passado. Uma atleta permanece concentrada em para onde est indo, e no em onde j esteve. Quer estejamos sobrecarregadas de arrependimento por coisas que fizemos no passado, quer estejamos glorificando o que realizamos, hora de seguir em frente.

    C9AXJXICX^ O, Q, pXIAAXuloy Cy p/lOAXC a^ pXLXa CU^Utlia ^U e-ta/ pa/l/ sli/L/

    1 3 7 .

  • C a p tu lo 9

    O escrito e professor de Bblia, Warren W. Wiersbe, escreve sobre isso des

    sa maneira:

    Esquecer-se das coisas que ficaram para trs no sugere a impossvel faanha de uma ginstica mental e psicolgica, por meio da qual tentamos apagar os pecados e os erros do passado. Significa apenas que rompemos o poder do passado quando vivemos para o futuro. No podemos mudar o passado, mas podemos mudar seu significado. El coisas no passado de Paulo que poderiam t-lo atrasado, mas elas acabaram inspirando-o a acelerar. Os acontecimentos no mudaram, mas a sua compreenso sobre eles foi o que mudou.'1

    Deus pode usar as situaes do passado para tornar-nos mais sbias e fortes. No permitamos que nosso passado deixe-nos incapazes, mas vamos entreg-lo a Deus e agradecer a Ele pelas lies aprendidas. Devemos correr para frente, prosseguindo para aquilo que o Senhor preparou para o nosso futuro, pois Ele tem um plano para cada uma de ns.

    No se enrole com o que aconteceu atrs de voc. Busque a ajuda de Deus para superar o apego ao passado que h em sua vida. No Antigo Testamento, a mulher de L tornou-se uma esttua de sal. Por qu? Porque olhou para trs. Da mesma maneira, perm itir que nossa mente repita as mesmas coisas o tempo todo pode reprimir-nos e roubar nossa capacidade de seguir em frente. Por isso, devemos proteger nossos olhos e concertar-nos no que Deus guarda para o nosso futuro.

    Uma coisa

    Todas as questes da vida podem ser estreitadas a uma coisa? Paulo disse: mas uma coisa fa o , e que, esquecendo~me das coisas que atrs ficam e avanando para as que esto diante

    de mim, prossigo para 0 alvo, pelo prm io da soberana vocao de D eus em Cristo Jesus. Existem diversas outras passagens da Bblia em que lemos uma coisa, e estas so similares ao que Paulo diz. Lembro-me de M aria sentando-se aos ps de Jesus enquanto M arta estava preocupada na cozinha. Quando esta ficou irritada e pediu para Jesus mandar M aria ajud-la, Ele respondeu: Marta, Marta, ests ansiosa e afadigada

    1 3 8 .

  • com muitas coisas, mas uma s necessria; e Maria escolheu a boa parte, a qual no lhe ser tirada.4 E qual foi a coisa que M aria escolheu? Estar com Cristo.

    Davi escreveu nos Salmos: Uma coisa pedi ao SENHOR e a buscarei: que possa morar na Casa do SENHOR todos os dias da minha vida, para contemplar a form osu ra do SENHOR e aprender no seu tem plo2 A coisa que Davi desejava era a presena de Deus. Jesus curou um cego, que, ao ser interrogado pelas autoridades, respondeu: uma coisa sei, e que, havendo eu sido cego, agora vejo [Jo 9 .25 ], Esse homem no entendia tudo, mas sabia uma coisa: ele havia conhecido Jesus e experimentado o toque da cura divina, e sua vida nunca mais seria a mesma. Qual a sua uma coisa?

    Paulo reduziu o amplo escopo de sua vida a uma coisa buscar ser semelhante a Cristo. A coisa que o impulsionava era conhecer a Cristo e ser mais parecido com Ele; ser conforme a imagem de Jesus era seu objetivo. Embora fosse impossvel de atingir isso na terra, o apstolo sabia que, um dia, alcanaria o prmio da soberana vocao em Cristo Jesus. Paulo no estava satisfeito em apenas ficar como estar e viver em complacncia como um seguidor de Cristo. Ele desejava prosseguir com uma atitude agressiva e enrgica.

    Romanos 8.29 lembra-nos: Porque 05 que dantes conheceu, tambm os predestinou para serem conformes imagem de seu Filho, a f m de que ele seja o primognito entre muitos irmos. Tornar-se como Cristo no um chamado somente para Paulo, mas tambm para todo cristo. Alguns podem apontar para os super-heris cristos e dizer: Bem, isso para eles. Com certeza sou cristo, mas isso no me consome.

    No entanto, como seguidoras de Cristo, nossa jornada no para em apenas crermos nele. Confiar em Jesus onde nossa f inicia, mas nossa jornada continua medida que buscamos ser mais como Ele. claro, temos diferentes dons, talentos e capacidades, alm de diferentes funes que Deus deu-nos. Todavia, no importa o que fazemos por vocao, somos chamadas para conhecer a Cristo e tornarmo-nos mais como Ele.

    Paulo escreveu aos colossenses: E, quanto fz e r d e s p o r palavras ou p o r obras, faz ei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele gra fas a D eus Pai.6 E depois, na mesma carta: E, tudo quanto fizerdes, fa z e i-o de todo o corao, como ao Senhor e no aos homens, sabendo que recebereis do Senhor o galardo da herana, porque a Cristo, o Senhor; servis 7 Quando reconhecemos que nosso maior chamado sermos conforme imagem de Cristo em tudo o que fizermos, encontramos alegria em nosso trabalho, porque o fazemos para Cristo, e no para homens. A grande vocao de sermos mais parecidos com Ele tira nossos olhos das outras pessoas e direciona-os ao Senhor.

    O- paAAuio e.- pAtA&tmi pa/ui a-^ui *j i^ue eaia* poA/ iyi,

    1 3 9

  • C a p tu lo 9

    Assim como um corredor de primeira permanece focado na linha de chegada e no nos demais atletas, ns tambm devemos concentrar-nos em sermos como Cristo, e no em outros cristos e no modo como vivem. Isso certamente reduziria comparaes e invejas, voc no acha? Nosso propsito na vida no tem a ver conosco, com o que realizamos ou mesmo com o que as outras pessoas esto realizando, mas, sim, com Cristo e com o que Ele realiza por nosso intermdio quando nos entregamos a Ele. Nunca seremos derrotadas enquanto tivermos o objetivo de sermos semelhantes a Jesus, mas certamente ficaremos desmotivadas se nossa vida estiver centrada em nossa prpria glria ou em com- parar-nos s outras pessoas.

    Paulo, com eloquente beleza, escreveu igreja de Corinto sobre a obra transformadora que Deus realiza na vida de um cristo. Ele referiu-se aos cristos como aqueles cujo rosto foi descoberto para que pudessem enxergar. N a verdade, essa era uma referncia ao vu que Moiss usou para cobrir a face, que ficou radiante aps seu encontro com Deus. Os judeus, no entanto, ainda tm um vu que os impede de ver Cristo. Eis a incumbncia de Paulo aos corntios e tambm a todos ns: Mas todos ns, com cara descoberta, refletindo>, como um espelho, a glria do Senhor; somos transformados de glria em glria, na mesma imagem, como pelo Esprito do Senhor. Pelo que, tendo este ministrio, segundo a misericrdia que nos f o i fe ita , no desfalecemos,8 Perceba que ele diz que somos transformados na gloriosa imagem do Senhor pela obra do Esprito de Deus, e diz que no desfalecemos. a obra de Deus que nos transforma, mas nosso trabalho prosseguir para sermos como Jesus.

    Superando o passado

    Que tipo de futuro existe para uma menina que foi abandonada, maltratada e que ouvia todos os dias que era feia e que ningum gostava dela? Dorie Van Stone pode dizer-lhe, por experincia prpria, que h esperana no amor de Deus. Ela proclama a seguinte mensagem ao mundo: N o h ferida que o Pai no possa curar.

    A histria dessa mulher comeou quando ela era uma menininha vivendo em pobreza. Sua me no podia cuidar dela e da irm, por isso, elas foram mandadas para um orfanato. As administradoras da instituio eram cruis e batiam em Dorie se ela no comesse toda a refeio, chorasse ou fosse pega lendo quando deveria estar fazendo tarefas domsticas.

    140

  • Apesar de terem sido sete terrveis anos no orfanato, havia uma luz. Um grupo de universitrios foi at l, contou uma histria bblica para as crianas e compartilhou com elas a mensagem sobre o amor redentor de Jesus. Deus tocou o corao de Dorie, e ela soube que Cristo real. Ela orou: Eles dizem que o Senhor me ama. Ningum mais me ama. Se o Senhor me ama, eu sou Sua.9 Ela instantaneamente conheceu a paz e a presena de Deus. M uitas semanas aps a menina ter feito aquela orao, uma mulher chegou para trabalhar no orfanato e passou a levar Dorie igreja aos domingos. Ela at lhe deu um Novo Testamento de presente em seu aniversrio de 13 anos. Esse foi o primeiro presente que ela recebeu em sua vida, e por ele, comeou a entender mais sobre Jesus.

    O orfanato acolhia crianas de at 12 anos de idade, e assim, Dorie e a irm foram encaminhadas a uma famlia adotiva. A partir da, as coisas foram de mal a pior. Ela foi abusada fsica, sexual e emocionalmente naquela casa. Ela achou que haveria esperana quando se mudasse para outro lar, mas o abuso foi pior ainda. No entanto, apesar das horrveis condies, Dorie apegou-se ao que conhecia: ao amor de Deus e Sua presena na vida dela. Por fim, algum na escola deu queixa dos machucados, e Dorie foi enviada a um lar em que recebeu cuidados e no mais foi maltratada. Durante o Ensino M dio, ela morou com a famlia de um mdico, a qual percebeu seu talento para desenho e para arte, e incentivou a jovem a ir para uma escola de artes.

    Dorie conseguiu um emprego como desenhista de equipamentos em uma companhia area. Durante todo o tempo, seu amor pelo Senhor e seu conhecimento sobre Ele s cresceram. U m dia, ela ouviu um missionrio pregar em sua igreja, e ela sentiu em seu corao o desejo de ser missionria. No entanto, ela ficou dividida entre continuar com um bom emprego e uma renda estvel, o que ela jamais teve no passado, e escolher uma vida de trabalho missionrio, retornando situao de ter muito pouco materialmente. Ele decidiu matri- cular-se no curso bblico. Foi ali que ela conheceu e casou-se com Lloyd Van Stone. A maioria das mulheres que vivenciaram um passado cheio de abuso tem dificuldades em amar e confiar em outras pessoas, mas Deus encheu o corao de Dorie com o amor que vem dele. Ambos logos se tornaram missionrios na Nova Guin.

    Deus estendeu Seu amor ao povo da Nova Guin por intermdio de Dorie. Mesmo sendo pessoas no civilizadas e sujas, que nunca haviam tomado banho, aquela mulher ignorou o exterior e viu coraes que precisavam de Cristo.

    cjim o/ Q j paAAxxdtx e paAti c u y x i ^ a s c^ u ^ et/ po/t i J u v

    141

  • C a p tu lo 9

    Ela mesma havia sido rejeitada e ridicularizada pelas crianas da escola, porque chegava todos os dias suja e maltrapilha; e assim, Deus usou seu passado negativo para o bem, ajudando-a a ter compaixo pelo prximo. Quando os filhos de Dorie chegaram idade escolar, a sociedade missionria exigiu que as crianas frequentassem uma escola missionria que ficava a quilmetros de distncia. Seu filho mais novo sofreu com a distncia e com a separao, por isso, Dorie e Lloyd oraram e decidiram deixar o campo missionrio.

    S porque Deus muda nossas circunstncias no significa que Ele term inou de espalhar Sua mensagem por nosso intermdio. Depois que Dorie e sua famlia voltaram aos Estados Unidos, ela comeou a pregar em igrejas e falava a outras pessoas sobre o amor redentor do Senhor. Ao contando como Deus curou suas mgoas e amarguras do passado, o testemunho daquela missionria era poderoso. Quando seus filhos cresceram, ela viajou pelo mundo, dizendo aos povos de todas as partes: Quando ningum mais amar voc, Deus amar. Ele sempre estar nas horas boas e nas ruins. No h consolo como esse. Ele ama com um amor que nunca abandonar voc.10

    Seguindo com fervor para 0 futuro

    Paulo reconheceu que, medida que crescemos e amadurecemos no conhecimento e em nosso relacionamento com Cristo, comeamos a ver as dificuldades por uma perspectiva diferente. Ao amadurecer no Senhor e permitir que Ele usasse seu passado para o bem, Dorie livrou-se do domnio que o passado tinha sobre ela e prosseguiu para viver para Cristo. Por fim, essa maturidade no Senhor leva-nos a reconhecer que h mais para viver do que esta vida terrena. Estamos prosseguindo porque sabemos que h uma vida melhor adiante. Observe como Paulo finaliza este trecho de sua carta lembrando-nos de nossa

    cidadania no cu:

    Pelo que todos quantos j somos perfeitos sintamos isto mesmo; e, se sentis alguma coisa doutra maneira, tambm Deus vo-lo revelar. Mas, naquilo a que j chegamos,

    andemos segundo a mesma regra e sintamos o mesmo. Sede tambm meus imitado

    res, irmos, e tende cuidado, segundo o exemplo que tendes em ns, pelos que assim

    andam. Porque muitos h, dos quais muitas vezes vos disse e agora tambm digo,

    1 4 2

  • f u a ^ c v a ' p iA A a A c L C/ p/LAAiija pa/ia/ a^puxla/ cjxlc e&ia/ p x is v Qa s

    chorando, que so inimigos da cruz de Cristo. O fim deles a perdio, o deus deles o ventre; e a glria deles para confuso deles mesmos, que s pensam nas coisas terrenas. Mas a nossa cidade est nos cus, donde tamhm esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformar o nosso corpo abatido, para ser conforme o

    seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar tambm a si todas as coisas. Portanto, meus amados e mui queridos irmos, minha alegria e coroa, estai assim firm es no Senhor, amados.11

    Como possvel prosseguir apesar das dificuldades, do sofrimento e das lutas? Podemos prosseguir porque sabemos que este no nosso lar final. Sabemos que um dia Cristo transformar nossos modestos corpos para que possam ser como Seu corpo glorificado. E assim que permanecemos firmes diante do Senhor, porque olhamos para a linha de chegada! Assim como W ilm a manteve os olhos na medalha de outro, nossos olhos tambm devem estar voltados para o galardo celestial. Por isso, minha irm, prossiga!

    Voc pode estar agora caminhando pela vida em um ritmo agradvel, ou pode estar a passos lentos por causa da dor e das dificuldades. No entanto, mantenha seus olhos na linha de chegada, sabendo que esta no a nossa morada final. Prossiga conhecendo o amor de Cristo e tornando-se mais como Ele. Permanea nele. Fortalea-se nele. Encontre seu valor nele.

    Por fim, reconhea o privilgio de ser uma cidad do cu. Apesar das pessoas que Paulo chamou de inimigos da cruz (aparentemente, ele referia-se no apenas aos judaizantes, mas tambm aos cristos autoindulgentes, que continuavam deleitando-se em vidas imorais), o apstolo lembrou aos filipenses que eles eram cidados do cu.

    Na poca de Paulo, ser um cidado romano era a maior honra e privilgio para algum. interessante observar que os cidados de uma colnia romana deveriam viver de acordo com seus padres de cidadania. Eles deveriam promover os interesses de Roma e viver de modo a dignificar sua cidade. Ns tambm devemos viver de maneira que promova nossa cidadania celestial. Em outras palavras: viva de acordo com os padres de nossa cidadania, andando nos caminhos de Deus e vivendo segundo a Sua Palavra.

    Paulo no era o nico a apontar para nossa cidadania celestial; Pedro tambm abordou o fato de sermos estrangeiros neste mundo porque somos cidados de outro. Eis o que ele escreveu aos peregrinos espalhados pelo mundo.

    1 4 3 .

  • C aptulo g

    Mas vs sois a gerao eleita, o sacerdcio real, a nao santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz; vs que, em outro tempo, no reis povo, mas; agora, sois povo de Deus; que no tnheis alcanado misericrdia, mas, agora, alcanastes misericrdia. Amados, peo- -vos, como a peregrinos e forasteiros, que vos abstenhais das concupiscncias carnais, que combatem contra a alma, tendo o vosso viver honesto entre os gentios, para que, naquilo em que fa lam mal de vs, como de malfeitores, glorifiquem a Deus no Dia da visitao, pelas boas obras que em vs observem.12

    Como cidads do cu, temos a responsabilidade de viver de maneira santa aqui na terra, e temos a alegria de ansiar pelo nosso lar celestial. A bela verdade sobre nossa cidadania que temos um Deus que nos ama e que nos concedeu Seu Esprito para capacitar-nos a viver de maneira santa. Sua obra transformadora que nos permite ser como Ele nesta vida e que nos prepara para a vida futura. Vamos colocar nosso corao nas coisas que so do alto, onde Cristo est assentado destra do trono de Deus!

    Busca pessoal

    Leitura complementar: 2 Corntios 4 e 5 Ansiando por nossa morada celestialVerdade bsica: O Esprito de Deus est agindo em nossa vida para transfor

    mar-nos imagem de Cristo.Escolhas:

    Considere a uma coisa da vida que a mais importante para voc. Prossiga em conhecer a Cristo e em tornar-se mais como Ele. No perm ita que erros, desmotivaes, mgoas e pecados passados

    derrotem voc. No chafurde nem descanse em realizaes do passado. Lembre-se da bondade, da fidelidade e das bnos de Deus. Persevere durante tempos de dificuldades, enquanto Ele transforma

    voc conforme a Sua imagem. Pea para Deus curar as antigas feridas de sua vida. Viva segundo os padres de sua cidadania celestial. Anseie com alegria pelo seu lar celestial.

    144

  • Plano deliberado: Livrando-se do passado.Tire um tempo para ficar sozinha, somente voc e o Senhor. Pea para Ele

    mostrar-lhe se h algo em seu passado que est atrasando voc medida que prossegue para tornar-se mais semelhante a Cristo. H algum pecado, erro ou mgoa do passado a ser renunciado ou perdoado? Pea para o Senhor ajud-la a no apenas identificar, mas tambm a livrar-se deles. Lance seu cuidado sobre Deus, pois Ele tem cuidado de voc. Busque Sua ajuda a fim de parar de reviver o passado em sua mente. Livre-se do poder que essas coisas tm sobre voc. Busque a ajuda e a fora de Deus para seguir em liberdade e em perdo.

    Considere tambm se voc no tem se apoiado em realizaes passadas ou em pessoas, ficando, assim, acomodada em seu crescimento na vida crist. Renove seu compromisso de prosseguir em ser mais semelhante a Cristo. Pea para Deus renovar o vigor e o fervor que voc j teve, assim como quando passou a crer nele. No permanea indiferente em relao a esse compromisso. Corra sua carreira com perseverana, sabendo que sua cidadania est no cu.

    fe x m & L Qy p a A a d a . c p s m ic j a . p a / i a a x p l a C|ue e.t p a / v Oj/i-

    1 4 5

  • C A P T U L O 1 0

    9 l l u ^ u a x lc l/ p j / i r n u s dcy p jz n / ) x i / t

    < 2 y t^ cL n A ^ a / u jh O y A u a y Q c v

    E no vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela renovao do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradvel e perfeita vontade de Deus.

    Romanos 12.2

    O segredo para uma vida de excelncia apenas uma questo de ter pensamentos de excelncia. Na verdade, trata-se de programar a nossa mente com o tipo de informao que nos libertar.

    Charles R. Swindoll

    le chegou! Ele chegou! Epafrodito chegou e tem notcias de Pau

    lo ! Imagine a animao dos cristos em Filipos quando se juntaram para ouvir

    as notcias sobre o apstolo. Posso imaginar essa mensagem espalhando-se de

    casa em casa, enquanto o povo da Igreja primitiva deixava o trabalho de lado e

    reunia-se para ouvir o que Epafrodito tinha a dizer. Pense na alegria deles ao verem seu amigo Epafrodito vivo, bem e trazendo uma carta de Paulo que fora

    escrita especificamente para eles.

  • C aptulo io

    Talvez tenham se reunido na casa de Ldia, porque, no incio da propagao do evangelho aos filipenses, Paulo e Silas ficaram na casa dela e realizaram cultos ali. Com certeza o carcereiro de Filipos esteve ali. Talvez, at a jovem (que Paulo libertara de possesso demonaca) estava entre os ouvintes, enquanto Epafrodito desenrolava o pergaminho. Os bispos e os diconos provavelmente foram os primeiros a chegar, para que pudessem manter o pblico calmo e garantir que todos teriam lugar para sentar. Como deve ter sido revigorante para essa jovem igreja filipense ouvir as palavras boas e cativantes que Paulo usou para iniciar sua carta, dizendo-lhes que estava com saudade de todos, com entranhvel afeio de Jesus Cristo.

    Os seguidores de Cristo devem ter se sentido fortalecidos para enfrentarem suas provas quando Epafrodito leu Paulo proclamar que, para ele, viver era Cristo e morrer era lucro. Com certeza, eles sentiram-se desafiados quando o apstolo mandou-lhes ter um nico pensamento, serem humildes e buscarem os interesses do prximo. E aposto que alguns olhos percorreram o recinto quando Paulo alertou-lhes que tomassem cuidado com os ces (os judaizantes), que tentavam acrescentar mais regras ao evangelho. E todos devem ter se sentido revigorados pelas palavras: prossigo para o alvo, pelo prm io da soberana vocao de D eus em Cristo Jesus. E isso a, Paulo!

    Ento, veio a bomba. Tudo parecia ir bem medida que o apstolo desafiava e encorajava seus irmos filipenses, mas a ele decidiu direcionar-se a duas mulheres em particular, e isso no foi uma boa viso. Certamente Evdia e Sntique quiseram ir para baixo de seus assentos quando seus nomes foram lidos. Elas no receberam elogios como Timteo e Epafrodito. Pelo contrrio, elas foram admoestadas a pararem de discutir e a comearem a concordar no Senhor. Pense em como deve ter sido para essas duas mulheres quando as seguintes palavras foram lidas:

    Rogo a Evdia e rogo a Sntique que sintam o mesmo no Senhor. E peo-te tambm a ti, meu verdadeiro companheiro, que ajudes essas mulheres que trabalharam comigo no evangelho, e com Clemente, e com os outros cooperadores, cujos nomes esto no

    livro da vida}

    Ai! Era realmente necessrio mencionar o nome delas, sabendo que a carta seria lida na frente de todos? Acho que, s vezes, as pessoas precisam ser cha

    1 4 8 .

  • madas pelo nome, mas ser que ele no poderia ter lhes enviado um bilhete pessoal ou algo assim? Paulo era uma pessoa muito intensa e algum que resolvia problemas. Portanto, ele, obviamente, achava que essa situao precisava de uma ateno especfica e que era importante ao ponto de todos precisarem ouvir sobre ela e ajudarem a resolv-la. claro, no sabemos os detalhes das discusses entre essas duas mulheres, mas isso deve ter causado um problema significativo, pois Paulo tomou cincia da situao l em Roma e escolheu tratar isso de maneira aberta e ousada.

    Voc no fica estarrecida pelo fato de essas mulheres discordarem na igreja? Voc no fica feliz porque, na igreja atual, todos se do to bem? Tudo bem, ento talvez tambm possamos aproveitar a admoestao de Paulo. essencial para o Corpo de Cristo que tambm convivamos bem. Os de fora sabero que somos cristos por causa do nosso amor. Paulo preocupava-se com a unidade da Igreja e com a reputao dos cristos, e assim, rogou observe que ele no sugeriu ou pediu para que as duas mulheres sentissem o mesmo no Senhor. M ais uma vez, as palavras-chave so no Senhor. Quando tiramos os olhos do problema para coloc-los no Senhor, nossa perspectiva fica um pouco diferente. Podemos, s vezes, concordar em discordar. Podemos ter discusses ou mal- -entendidos, mas preciso esforar-se rumo ao objetivo de sentir o mesmo no Senhor, deixando o problema aos cuidados dele.

    Contudo, h momentos em que podemos sentir que preciso lutar por nossos direitos ou pelo que consideramos certo. No entanto, devemos ser graciosas e bondosas ao lidarmos com os nossos diferentes pontos de vista, mantendo Cristo sempre em evidncia. Como aprendemos no captulo cinco, que sobre a humildade, s vezes precisamos estar dispostas a morrer para a nossa vontade. Jesus, o maior exemplo de algum que desistiu do que era Seu por direito, pode conceder-nos fora, sabedoria e bondade enquanto buscamos concordar com os outros no Senhor. As discusses iro ocorrer, mas precisamos aprender a lidar com elas de maneira prudente e adequada no Corpo do Cristo, sempre tendo em mente que, como crists, no devemos guerrear entre ns mesmas.

    Assim como todos os sistemas do corpo humano devem trabalhar em concordncia para tudo funcionar apropriadamente, o Corpo de Cristo tambm deve funcionar em harmonia. O cncer ignora o funcionamento e o desenvolvimento normal do corpo e comea a multiplicar-se por conta prpria, lutando

    9 I U * M iasjxiAJna da, penAa/i/ Os t/icu\6jxiAJiui tux \!Axv

    1 4 9 .

  • C aptulo io

    contra o sistema saudvel do corpo. Assim, orgulho, cimes, murmurao e exigir que as coisas sejam feitas do nosso jeito so tipos de cnceres emocionais que podem destruir um corpo de cristos. Paulo estava profundamente temeroso de que a causa do evangelho e a sade do Corpo de Cristo estivessem sendo destrudas.

    Aparentemente, Evdia e Sntique trabalharam com Paulo na causa do evangelho. No entanto, o que os desentendimentos delas causariam aos recm- -convertidos que elas ajudaram a levar a Cristo? O que esta falta de unidade causaria aos demais companheiros na obra do Senhor?

    Paulo convocou outras pessoas a envolverem-se [na situao] e a ajudarem essas mulheres. Pense nisso. Como mulheres que observam um conflito entre outras duas, qual a nossa tendncia natural? E correr para ajud-las a curar o relacionamento desfeito e direcion-las de volta ao Senhor? Ou reagimos tomando partido, fofocando com outras mulheres da igreja e ficando de longe, observando elas afastarem-se? Bem-aventurados so os pacificadores. Precisamos trabalhar juntas para incentivar o amor e as boas obras entre nossos irmos em Cristo, em vez de pavimentar o caminho para seus desentendimentos. Esteja voc no meio de um conflito que precisa ser resolvido, ou esteja apenas observando como espectadora uma contenda entre irms em Cristo, preciso estabelecer o objetivo em comum de motivar o acordo no Senhor.

    A paz interior gera a paz exterior

    Se voc fosse aconselhar algum sobre como resolver um conflito em seu relacionamento, qual a primeira coisa que voc lhe diria? De improviso, eu provavelmente diria: Ento, moas, vamos ouvir os dois lados da discusso. Evdia, voc primeiro. Descreva o problema segundo a sua perspectiva e diga-nos como voc sente-se em relao a isso. Em seguida, Sntique, agora nos conte o seu lado da discusso.

    Bem, acho que agora voc consegue perceber porque no tenho meu prprio programa de entrevistas no rdio! Paulo, por outro lado, tinha a soluo perfeita. N a verdade, o apstolo aplicou trs golpes bem fortes - porm, pacficos para ajudar os filipenses a no resolverem apenas conflitos com outras pessoas, mas tambm e mais importante, conflitos internos. Veja, ter paz com

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  • outras pessoas comea com a paz que sentimos em nosso corao e mente. Eis o que Paulo escreveu:

    Alegrem-se sempre no Senhor. Novamente direi: alegrem-se! Seja a amabilidade de vocs conhecida por todos. Perto est o Senhor. No andem ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela orao e splicas, e com ao de graas, apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de D eu sq u e excede todo o entendimento; guardar os seus coraes e as suas mentes em Cristo Jesus.2

    O primeiro golpe pacfico vem na forma de escolher alegrar-se. Paulo j havia motivado os filipenses a alegrarem-se no Senhor anteriormente em sua carta, e agora, ele repete isso com mais nfase. Alegre-se! Faa essa escolha!

    Paulo lembrou aos filipenses que eles tinham escolha em relao ao modo como lidavam com as circunstncias e com as pessoas com quem conviviam. Eles podiam escolher alegrarem-se no Senhor, ou ficarem irados, desmotivados e frustrados com a situao. O apstolo era uma fonte confivel para mandar que se alegrasse, pois ele escrevia enquanto prisioneiro em Roma. Se ele estivesse no W aldorf Astoria Hotel, no centro de Nova York, eu provavelmente ignoraria o que ele estava dizendo e acharia que muito fcil alegrar-se quando se vive no luxo. M as na priso? A outra histria. A alegria no uma questo de circunstncias ou de pessoas perfeitas.

    Alegrar-se no Senhor significa deleitar-se em quem Deus e no que Ele est fazendo em sua vida, e no no modo como as pessoas tratam-na, no que lhe deram de aniversrio nem nas circunstncias que voc est enfrentando. A alegria no Senhor baseia-se nas qualidades imutveis e imensurveis de Deus, aquele que nos ama e que cuida de nosso corao. Alegrar-se no Senhor significa habitar no Rei dos cus, que tem o poder de acalmar a tempestade, ressuscitar mortos e alimentar cinco m il pessoas. Alegrar-se no Senhor significa voltar os olhos quele que onipotente, onisciente e onipresente. Alegrar-se no Senhor significa descansar nos braos do Bom Pastor e ser consolada por Seu amor. Alegrar-se no Senhor significa reconhecer que voc no est sozinha e que o Deus soberano sobre toda a criao inclina Seus ouvidos para escutar as suas oraes.

    Alegria pura est em saber que fao parte da famlia de Deus e que sou coerdeira de Sua graa. Imensa alegria no Senhor saber que estou plenamente perdoada. M eu pecado, no em parte, mas por inteiro, foi pregado na cruz.

    9 l L d e lUL^ aASna. d e p^ fAaA, e. tAxinc^a-xm. iu a - ! u la

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  • C aptulo io

    Alegria extrema, transbordante e abundante reconhecer a consolao do Pai e perseverar em tempos difceis, sentindo Seu conforto quando ningum mais entende. U m rio de grande alegria borbulha em meu corao e transborda dentro de mim quando perdoo outras pessoas, pois reconheo que j fui perdoada por tudo.

    Paulo no queria que ficssemos sentadas esperando sentir alegria. Alegrar-se no Senhor uma escolha na qual tiramos nossa ateno e nosso olhar das frustraes para volt-los para o Amado de nossa alma. Quando concentramos nossos pensamentos em quem o Senhor e permanecemos em Seu grande amor por ns, inevitvel no sentirmos nosso corao ser tomado por um maravilhoso deleite. Voc entende por que o primeiro conselho de Paulo para resolver conflitos alegrar-se no Senhor? Com os olhos desviados do problema e voltados para um Deus que ama e perdoa voc, sua atitude para com as outras pessoas tende a mudar. E quase impossvel alegrar-se no Senhor e ficar com raiava de outra pessoa ao mesmo tempo. Alegria e ira no caminham juntas.

    Voc percebeu a palavra sempre quando Paulo falou em alegrar-se no Senhor? Isso engloba tantos os momentos bons como os maus e os difceis. Sempre. Alegre-se no Senhor continuamente, sem importar onde voc est ou o que est acontecendo. Pare agora mesmo, coloque este livro de lado e separe um tempo para apenas refletir na bondade e na misericrdia do Senhor. Agradea-o por Suas bnos. Deleite-se em Sua excelncia e em Seu poder. Confesse-lhe seus pecados e agradea-o por Seu perdo. Deixe rolar um sorriso. Sei que ele surgir, e que j tentou brotar em seu rosto h um tempo.

    Amabilidade conhecida

    A segunda parte do pacfico conselho que Paulo deu aos cristos para que estes superem seus mal-entendidos foi seja a amabilidade de vocs conhecida p or todos. Sim, as pessoas esto observando. Elas observam como lidamos com uma situao frustrante com um colega de trabalho, com um estresse com uma criana descontrolada ou com um inconveniente para-choque arranhado. Nossa amabilidade conhecida? Amabilidade no denota sinal de fraqueza; na verdade, um sinal de fora interior. Gritar e perder as estribeiras so sinais de fraqueza e de falta de controle. Uma mulher forte, no entanto, amvel.

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  • 9llude iua juAma, d e pjinA u/l t/Lan&^a/un e i^ux Oi da

    Em meio s frustraes que a vida traz, podemos ser amveis. Podemos ser amveis quando precisamos lutar pelo que certo. E sim, possvel ser amvel at quando ensinamos, educados e disciplinamos nossos filhos. Sua amabilidade ser muito mais eficaz na soluo de um problema do que a ira e a raiva jamais conseguiro ser.

    Todavia, o que exatamente amabilidade? Ela um fruto do Esprito de Deus. Lpieikes, a palavra grega usada aqui, pode ser traduzida como tolerncia. Ou seja, uma espcie de razoabilidade doce. Eu gosto dessas palavras! Quero ser razovel, e quero defender o que correto quando necessrio, mas tambm quero manter um esprito doce quanto a isso. Observe como a mesma palavra para amabilidade usada nas passagens a seguir:

    Lembre a todos que se sujeitem aos governantes e s autoridades, sejam obedientes, estejam sempre prontos a jaz er tudo o que bom, no caluniem a ningum, sejam pacficos e amveis e mostrem sempre verdadeira mansido para com todos os homens.

    Tito 3.1,2 NVI

    Mas a sabedoria que vem do alto antes de tudo pura; depois, pacifica, amvel, com- preensiva, cheia de misericrdia e de bons frutos, imparcial e sincera.

    Tiago 3.17 NVI

    Deus gracioso e perdoador para conosco, portanto, tambm devemos ser assim com os outros. Deus tambm paciente e tolerante conosco. Que possamos refletir Sua bondade em todas as nossas interaes. Quando somos graciosas com outras pessoas e tratamo-las com humildade, refletimos a imagem de Cristo. E fcil ser amvel com os que so gentis conosco, mas e com os que discordam da gente, cometem erros que nos afetam e so rudes conosco? Que nossa amabilidade seja conhecida por todos no apenas pelos nossos bons amigos, pelos colegas de trabalho que gostam de voc e pelos seus amigos da igreja, mas por todos!

    A amabilidade externa resultado de um humilde reconhecimento que vem de dentro. Ao encorajar-nos a perm itir que nossa amabilidade seja conhecida por todos. Paulo lembra-nos: Perto est o Senhor. O conhecimento da presena do Senhor muda a maneira como falamos ou lidamos com outras pessoas? Deveria. Reconhecer a presena de Deus em nossa vida motiva-nos a honr-lo tratando as pessoas do modo como Ele as trataria. O Pai no est sobre ns de

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  • C aptulo io

    braos cruzados, gritando para que sejamos amveis. Pelo contrrio, Ele est amavelmente presente em nossa vida, lembrando-nos de Sua bondade e tolerncia para conosco, bem como concedendo-nos o poder de refletir Seu gracioso amor s outras pessoas.

    Pense em uma situao em que voc, talvez, no tenha sido muito amvel com algum. Agora pense naquele que, de modo voluntrio e sacrificial morreu por voc, est ao seu lado, no com raiva, mas como um lembrete gentil de Sua amabilidade para com todos. Perto est o Senhor. M edite sobre esta verdade e mantenha-a em primeiro plano ao lidar diariamente com as pessoas. Pea para Ele, que est com voc agora, conceder-lhe um esprito amvel e gracioso ao interagir com outras pessoas. Permita que seu corao seja cheio de gratido pela pacincia e pela tolerncia que Ele demonstra a voc em todos os momentos de cada dia. Que pensamento belo e poderoso - perceber que o Senhor est perto! Ele v o que voc est passando, conhece suas necessidades e capaz de conceder-lhe fora.

    Um ativo lanamento diminui conflitos

    Onde voc deposita sua tenso? Voc sabe do que estou falando, aquela sensao familiar que surge quando h coisas demais acontecendo, quando voc est estressada ou quando se esforou alm do que achava que conseguiria suportar. No meu caso, comeo a sentir dores nos ombros e no pescoo. [Por exemplo,] no N atal passado, achei que tinha chegado ao meu limite. Todas ns sabemos que as festas de fim de ano podem ser estressantes, mas, acrescente a isso planejar o casamento da minha filha, escrever um livro, dirigir por nove horas at Memphis, para um enterro inesperado na semana anterior ao Natal, dirigir de volta dias depois e servir a ceia em nossa casa tanto na vspera como no dia de Natal. bvio que comecei a sentir uma pontada de ansiedade correr pelo meu corpo.

    Quando estou estressada, no sou uma companhia muito agradvel. As festas de fim de ano devem ser um tempo de alegria, e por isso, no h espao para mes ranzinzas. Algo precisava mudar. E certo que h muitas coisas em minha agenda lotada que preciso cortar , mas eu no queria abrir mo de passar um tempinho lendo a Palavra de Deus todos os dias. Eu sabia que precisava disso!

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  • Eu uso o cronograma de leitura da Bblia de Estudo Leitura Diria', que separa trechos dirios do Antigo Testamento, do Novo Testamento, de Salmos e de Provrbios a fim de que toda a Bblia seja lida em um ano. Eis o que li no livro de Salmos no dia 23 de dezembro:

    Com a minha voz clamei ao SENHOR; com a minha voz ao SENHOR supliquei.

    Derramei a minha queixa perante a sua fa ce; expus-lhe a minha angstia. Quando o meu esprito estava angustiado em mim, ento, conheceste a minha vereda. No caminho em que eu andava, ocultaram um lao}

    Essa foi a passagem perfeita para esta pobre mulher pateticamente sobrecarregada! Era exatamente disso que eu precisava ler para lembrar que Deus convida-me a depositar meus problemas, meus cuidados e minhas preocupaes nele. Quando estou sobrecarregada, meu marido, mmhas filhas e meus amigos podem no ser capazes de ajudar-me, mas Deus . Ele pode mostrar-me para onde devo ir, o que devo fazer e o que no devo tambm. Ele pode ajudar-me a ver com o que vale a pena perder tempo e com o que no vale. N ada pequeno demais. O Senhor quer que derramemos todas as nossas queixas diante dele. Quero que voc saiba que naquele dia fiz um lanamento. Lancei meus cuidados, minhas preocupaes e minhas ansiedades sobre o Senhor e, em troca, pedi-lhe Sua paz, Sua sabedoria e Sua alegria. Quer saber? Ele concedeu-me tudo isso!

    Eu contei-lhe essa pequena situao porque s vezes tendo a esquecer-me de que Deus verdadeiramente cuida de minhas necessidades. Acho que Satans adoraria que todas ns esquecssemos esse fato. Quando outras pessoas olham para os cristos e veem-nos consumidas pela preocupao e pelo medo, o mundo recebe a mensagem de que no acreditamos que Deus cuida de nossas necessidades. Por outro lado, se lanamos nossos cuidados sobre o Senhor e andamos em Sua paz, demonstramos ao mundo que sabemos que nosso Deus ama-nos e importa-se conosco. por isso que as palavras de Paulo no so apenas uma boa sugesto, mas, sim, uma instruo: No andem ansiosos p or coisa alguma, mas em tudo, pela orao e splicas; e com ao de graas; apresentem seus pedidos a Deus. E a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardar os seus coraes e as suas mentes em Cristo Jesus.4

    ' P ub licada pe la ed ito ra C en tra l G ospel.

    m iu A eAiui |t/ima de penAaA/ e AttnA^ o/urte/.iAitt- sLixlti

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  • C aptulo io

    Quando a paz de Deus guarda nosso corao e nossa mente, comeamos a desapegar-nos do que pensamos que poderia ou deveria acontecer. Quando confiamos no cuidado que o Senhor tem por ns, no insistimos de modo raivoso no que acreditamos ser a melhor soluo. E quando descansamos no Senhor, no lutamos obstinadamente para que as coisas sejam resolvidas nossa maneira.

    Alm disso, a paz que excede todo o entendimento evita que nos preocupemos com algo que tememos acontecer no futuro. Voc percebe que, quando deixamos nossas ansiedades aos cuidados do Senhor, muitas das coisas que alimentam nossas contendas desaparecem? M uitos conflitos so gerados pelo medo: medo de no termos o que merecemos, medo do que nos espera se fizermos tal mudana, medo de abrir mo do modo como sempre fizemos as coisas, medo de deixar que outra pessoa analise por si mesma a verdade, medo do que as pessoas vo pensar. Como um animal enjaulado, o medo leva-nos a atacar outras pessoas.

    Possivelmente, a ao mais importante que podemos tomar para resolver conflitos entregar nossas preocupaes, medos e ansiedades ao Senhor. Talvez voc tenha medo de perdoar algum. No entanto, perdoe mesmo assim, e entregue ao Pai suas preocupaes em relao s consequncias disso. Pode ser que voc esteja com medo de concordar com seu esposo porque no sabe o que acontecer se tomarem essa deciso. Em orao, lance suas preocupaes sobre Deus e confie seu futuro Aquele que a ama. Pense nos conflitos em sua vida neste momento e no papel que o medo e a preocupao desempenham nesses conflitos. Voc est disposta a entregar esses temores ao Senhor? Que possamos ser como Davi, que escreveu: Busquei ao SENHOR, e ele m e respondeu; livrou-m e de todos os m eus temores.5

    Gosto do que Billy Graham falou: Feliz o homem que aprendeu o segredo de achegar-se a Deus cm orao diria. At mesmo 15 minutos a ss com Deus todas as manhs, antes de comear o dia, podem mudar as circunstncias e mover montanhas. Comece cada dia com um momento de alegria no Senhor e de louvor por quem Ele . Confesse seus pecados e agradea-o pela amabilidade e pela tolerncia que o Pai demonstra-lhe. Pea para Ele ajud-la a ser amvel com todos. Por fim, lance seus cuidados sobre Ele, e veja o Senhor mover montanhas enquanto voc v seus medos sumirem e sua esperana crescer.

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  • Em que voc est pensando?

    Quando os mdicos disseram a Dick e Judy Hoyt que para o filho deles, Rick, havia poucas esperanas de viver como uma criana normal, eles consideraram

    isso um desafio. Por falta de oxigenao no crebro de R ick na hora do parto, ele foi diagnosticado com tetraplegia espstica e paralisia cerebral.

    No entanto, em vez de se concentrarem no que R ick no poderia fazer, Dick e Judy comearam a buscar o que ele poderia fazer. Eles perceberam que, embora no pudesse andar ou falar, R ick parecia ser bem astuto, e os olhos dele acompanhavam os pais enquanto andavam pelo recinto. Assim, eles comearam a ensinar-lhe o alfabeto e palavras bsicas, e tentaram ampliar as experincias dele levando-o para andar de tren e nadar.

    A medida que comearam a reconhecer as capacidades intelectuais de R ick e seu potencial para aprender, Dick e Judy souberam que precisariam encontrar uma maneira de ajudar R ick a comunicar-se verbalmente. Assim, um grupo

    de engenheiros da Tufts University construiu um computador interativo para o menino. A tela do computador exibia as letras do alfabeto com um cursor que destacava cada letra. R ick podia usar a cabea para mexer um capacete que estava conectado sua cadeira de rodas, e assim, clicar e selecionar as letras que queria. Suas primeiras palavras, aos 12 anos de idade, no foram Oi, me! nem Oi, pai! : foram: "Go, Bruins! O time Boston Bruins estava na final da Stanley Cup na epoca. e. daquele momento em diante, ficou bvio que R ick adorava esportes e estava acompanhando os jogos havia algum tempo.

    Voc no e rata pelo fato de que Dick e Judy concentraram-se no potencial de Rick. e n io em sua deficincia? M as a histria no acaba aqui. R ick terminou o Ensino M edio e formou-se em educao especial pela Boston U niversity em 1993. No entanto, uma parte significativa de sua histria comeou quando ele tinha. 15 anos de idade e disse ao pai que queria participar de uma corrida beneficente de cinco milhas em prol de um jogador de lacrosse que ficou paraltico d ep c* de um acidente. Dick no era um corredor de longas distncias, mas comraaiiio! em empurrar R ick em sua cadeira de rodas durante a corrida. Eles rri1 iiiMimru quase em ltimo lugar. Voc e eu provavelmente teramos ficadc desnioTaiijck roas no aquele jovem. N a mesma noite, ele disse ao pai: Pai. quando fia oonno. parece que no sou deficiente.

    S JIL u l e i u a j a /una. d e pxiiiAxj/t e l/uxt j a /u n e .

  • C aptulo io

    Depois de entender a perspectiva do filho a respeito da corrida, Dick nunca mais parou. N a verdade, a Equipe Hoyt chegou a completar m il corridas, incluindo maratonas, duathlons e tritlons. Eles at pedalaram e correram pelos Estados Unidos em 1992, completando um percurso de, aproximadamente, seis mil quilmetros em 45 dias. Nos tritlons, Dick puxa R ick em um bote com uma corda presa a um colete em volta da cintura. Para a parte do ciclismo, R ick monta em uma bicicleta especial para duas pessoas, e na parte da corrida, Dick empurra o filho em uma cadeira para corrida feita sob medida. Uma vez, perguntaram a R ick se ele pudesse dar qualquer coisa ao pai, o que seria, e ele respondeu: A coisa que eu mais gostaria de fazer por meu pai seria sent-lo na cadeira, e, por uma vez, eu o empurraria.6

    Se quiser ver a Equipe Hoyt em ao, voc pode assistir a muitos vdeos sobre eles em www.Tangle.com. M as se quiser ter uma bela choradeira, assista ao vdeo chamado M y Redeemer Lives Team H oyt [M eu Redentor vive Equipe Hoyt, traduo livre]. Acompanhado pela msica M y Redeemer Lives, o vdeo mostra Dick e R ick competindo juntos no Ironman Triathlon e transmite o sentimento de vitria de ambos ao cruzarem a lmha de chegada. O vdeo term ina com uma imagem de R ick sorrindo, que est com seu computador, e na tela deste, est escrito: Posso todas as coisas em Cristo, que me fortalece. Alerta: No assista ao vdeo sem um ou dois lenos por perto.

    A Equipe Hoyt d-nos um excelente exemplo de como enxergar o melhor em outra pessoa. Dick e ]udy focaram-se no que R ick era capaz de realizar e buscaram atividades que lhe deram esperana e propsito. Por sua vez, eles mesmos encontraram um novo propsito. Observe que no apenas Judy e Dick acreditaram no potencial do filho, mas tambm o filho acreditou no potencial dos pais. R ick acreditou que o pai era capaz de esforar-se fisicamente para participar de uma corrida de longa distncia. A M aratona de Boston de 2009 foi oficialmente a milsima corrida da Equipe Hoyt. Dick logo completar 70 anos de idade, mas nem Dick nem Rick esto prontos para a aposentadoria!

    Em relao s pessoas em sua vida, em que voc concentra-se? Voc olha para o que elas no podem fazer, ou v o potencial que tm e concentra-se no que podem fazer? Paulo continuou suas palavras de admoestao aos filipenses mandando-os concentrarem-se no que bom nas pessoas e na vida. Ele escreveu assim:

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  • Quanto ao mais, irmos, tudo o que verdadeiro, tudo o que honesto, tudo o que justo, tudo o que puro, tudo o que amvel, tudo o que de boa fama, se h alguma virtude, e se h algum louvor; nisso pensai. O que tambm aprendestes, e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, isso fazei; e o Deus de paz ser convosco.7

    Devo admitir que fico to sintonizada a uma caracterstica ou a uma diferena na personalidade de algum que, s vezes, isso tudo que vejo naquela pessoa; contudo, quando aceito o conselho de Paulo e comeo a ver o que correto e de boa fama em uma pessoa, passo a v-la sob uma perspectiva diferente. Todo mundo tem qualidade excelentes e dignas de louvor. As vezes, preciso um olhar um pouco mais profundo ou um pouco de criatividade, mas garanto que as boas qualidades esto l. Tambm fcil fazer suposies acerca da motivao das pessoas. No entanto, mais uma vez Paulo ordena pensar no que bom e amvel. Assim, jogue fora as suposies e concentre-se no que voc sabe que verdade. Quando mudamos nosso pensamento em relao s pessoas, tornamo-nos encorajadoras, em vez de desencorajadoras. A paz construda entre pessoas que buscam o melhor das outras, j contendas e desespero resultam de focar nas piores coisas nas outras pessoas.

    Busque o melhor das pessoas e das suas circunstncias. O que est acontecendo na sua vida agora? Tenho certeza de que voc tem algumas dificuldades e decepes, mas tambm algumas coisas boas. Acredito tambm que algumas coisas deixam-na frustrada e com raiva, no entanto, h bnos. Por isso, faa exatamente o que Paulo mandou os filipenses fazerem: pense no que verdadeiro, honesto, justo, puro, amvel, de boa fama; em que tem alguma virtude, algum louvor. Pare um momento, pense nas bnos que esto ocorrendo em sua vida e pare de pensar nas coisas ruins. Anote algumas das coisas que tm alguma virtude ou algum louvor que vierem sua mente:

    y i U k A lia, j^ a/imcL d e j^mba/v e t/um ^a/im eAua/ \Uda

    D um passo alm e pense que o bom pode ser encontrado em meio s suas dificuldades. T ire um tempo para pensar nas lies aprendidas e no amadurecimento que ocorre quando se persevera durante os perodos difceis da vida.

    1 5 9 .

  • C aptulo io

    Se voc perguntasse famlia Hoyt se eles veem algo de bom como resultado das deficincias de Rick, eles compartilhariam uma grande lista de bnos. As vezes, d ifcil enxergar algo bom em uma situao difcil. Pode levar tempo at que uma decepo resulte em algo positivo, mas aguente firme. Continue buscando. M antenha os olhos voltados para a esperana e pergunte: O que Deus pode fazer por meio dessa dificuldade?

    Estejamos determinadas a enxergar cada obstculo da vida como uma oportunidade de confiar em Deus. A vida no precisa ser to feia. M udar de perspectiva um desafio, eu sei, mas possvel. Comece concentrando-se no que est indo bem (no que voc escreveu anteriormente nas linhas acima). Agradea ao Senhor pelas circunstncias nobres e admirveis de sua vida neste momento. Ao agradec-lo constantemente pelo bom, voc comear a desenvolver um olhar para o que verdadeiro, honesto e justo at mesmo nas cosias difceis. Em qualquer circunstncia, a maioria das pessoas tende a ceder aos pensamentos negativos, e por isso devemos treinar nossos olhos para focarem o que puro, amvel e de boa fama. Olhe atentamente para suas bnos, e a quantidade de desgostos e dificuldades diminuir.

    Busca pessoal

    Leitura complementar: Romanos 12 Sacrifcios vivos.Verdade bsica: Seu padro de pensamento pode ajudar a fortalecer relacio

    namentos e a criar oportunidades em sua vida.Escolhas:

    Concorde no Senhor com seus irmos em Cristo e resolva conflitos com graa e sabedoria.

    Seja uma pacificadora para pessoas em conflito. Escolha alegrar-se no Senhor. Que a sua amabilidade seja conhecida por todos medida que voc

    reconhece que perto est o Senhor. No esteja preocupada nem ansiosa. Em vez disso, sinta Sua paz ao

    lanar sobre Ele seus cuidados.

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  • Procure o potencial e a capacidade de outras pessoas. Veja o melhor lado delas.

    Concentre-se nas bnos de sua vida, mesmo durante as dificuldades.

    Plano deliberado: Pratique o pacfico plano de Paulo.Neste momento, h algum relacionamento difcil em sua vida? Aplique a

    estratgia que Paulo deu aos filipenses. Eu a chamo de golpe triplo de Paulo; no entanto, um golpe do bem. Ento, sempre que voc tiver vontade de socar algum, tente lazer isso:

    1. Alegre-se sempre no Senhor. Desvie os olhos do que to frustrante e volte-os para o Pai. Escolha encontrar alegria nele e em Seu grande amor por voc. Ao concentrar-se na bondade de Deus, sua atitude para com as pessoas de sua vida comear a mudar.

    2. Que a sua amabilidade seja conhecida por todos. Sem linguajar pesado, gritos, berros e fofocas. Seja amvel ao falar com outras pessoas porque voc sabe que o Senhor est perto.

    3. No esteja ansiosa por coisa alguma, mas, por meio de orao e splica em aes de graa, apresente seus pedidos a Deus. Antes de chatear- -se com alguma questo ou com algo que pode acontecer no futuro, identifique o que est deixando-a ansiosa ou com medo. Em seguida, ore e lance seus cuidados sobre Deus. No se esquea de agradecer! O Senhor lhe conceder a paz que excede todo entendimento. Quando o temor sai do conflito, a paz comea a dominar.

    Aplique esses princpios ao buscar concordar no Senhor com outra pessoa. Que a paz e o amor de Deus transformem seu conflito em um lugar de esperana e redeno.

    ' f u h ' i ; j o / u n u d e p e n a / e V ia n ^ a s im / Z '& u w v ^ x l

    1 6 1

  • C A P T U L O 11

    O Q jz n A a A o lr L O y j ^ / l q q j d o / c ^ Q r t t o j n x x m J i n t o

    E Deus poderoso para tornar abundante em vs toda graa, a fim de que, tendo

    sempre, em tudo, toda su f cincia, superabundeis em toda boa obra.

    2 Corntios 9.8

    Um esprito contente um fruto da graa divina.

    George Barlow

    7 'oc sabia que um em cada 20 americanos no consegue controlar o

    impulso de comprar? E verdade. Estima-se que 17 milhes de americanos sejam viciados em compras, gastando ao ponto de prejudicar seu casamento, sua fam lia e suas finanas. Infelizmente, gastar muito tornou-se uma prtica aceitvel em nossa cultura produtiva, mesmo em tempos de crise econmica. Os especialistas do Bankrate.com dizem: N a terra do consumo conspcuo, a compra compulsiva o vcio bem-aceito, o alvo de inmeros seriados e comdias, um dos poucos distrbios dos quais ainda se pode r ir.1

    Por que as pessoas gastam demais? Psiclogos apresentam diversos motivos pelos quais as pessoas tornam-se viciadas em compras, os quais variam de carncia emocional na infncia, passando pela necessidade de estar no controle, at o desejo de preencher um vazio. Entretanto, eu acrescentaria falta de contentamento lista. Sendo completamente honestas, concordaramos que um

  • C aptulo ii

    esprito inquieto e um sentimento de descontentamento so comuns maioria das pessoas em algum momento da vida. Independente de estarmos ou no descontentes conosco mesmas, com nosso marido (ou com a falta de um), nosso emprego, nossa casa, nossos bens ou nossas circunstncias, todas ns estamos propensas a querer algo melhor e a desejar algo mais. N a verdade, nossa cultura parece lutar contra o esprito de contentamento. Alm disso, como a indstria da propaganda sobreviveria se todos ns estivssemos completamente satisfeitos?

    Contentamento no significa conformismo. No significa sentar-se em uma confortvel poltrona e deixar o mundo passar por voc. A palavra grega para contentamento est ligada ao conceito de suficincia ou satisfao. Portanto, uma pessoa contente experimenta sincera satisfao, paz divina e alegria na vida que no se baseia em pessoas ou circunstncias. O oposto do contentamento inquietao, murmurao, infelicidade e uma busca infindvel por completude. A seguinte afirmao pode parecer ousada, mas acredito que o cerne do descontentamento est na falta de confiana em Deus e no desprezo pelo Seu grande amor por ns.

    Por que o contentamento to bom?

    M inha cadela Bentley deve ser a criatura mais descontente do mundo. Se est do lado de dentro, quer sair, e se est do lado de fora, fica arranhando a porta para entrar em casa. Enquanto eu escrevia este pargrafo, j a deixei entrar e sair trs vezes. Ele um gigante precioso e amvel, mas no sabe o que realmente quer, e isso est enlouquecendo-me. Onde est o Encantador de Ces quando se precisa dele? O descontentamento no bonito nem em ces nem em pessoas, nem uma qualidade cativante para ningum.

    Paulo era um executor, um empreendedor, um dnamo, o tipo de cara que nunca-fica-em-um-mesmo-lugar, no entanto, ele tambm era contente. Ele abordou sua capacidade de contentar-se em qualquer situao quando escreveu da priso esta carta aos filipenses. Gosto do que ele escreve aqui. At incentivei minhas filhas a memorizarem parte dessa passagem quando eram pr-adoles- centes e estvamos prestes a fazer uma longa viagem em famlia. J aprendi a contentar-me com o que tenho uma frase que todo adolescente deveria memorizar, voc no acha? Bem, acho que no faria mal se os adultos tambm a decorassem.

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  • 0 v /a lm d ('.(/lo .> e x j/w A n c io c c . it f e i i - t a t r u / i o .

    Eis a passagem completa:

    Ora, muito me regozijei no Senhor por, finalmente; reviver a vossa lembrana de mim; pois j vos tnheis lembrado, mas no tnheis tido oportunidade. No digo isto como por necessidade, porque j aprendi a contentar-me com o que tenho. Sei estar abatido e sei tambm ter abundncia.1

    Ele era contente mesmo quando estava em necessidade? Como isso era possvel? Se estou em necessidade, consequentemente eu ficaria, de modo natural, descontente? Por isso, devemos perguntar-nos: So as coisas que possuo que me tornam contente, ou meu corao contenta-se mesmo quando estou em necessidade? A lio transformadora que aprendemos com Paulo nesta passagem que o contentamento, assim como a humildade, vem do corao. Podemos ter necessidades externas, mas, ainda assim termos um corao contente e uma atitude pacfica em relao vida.

    H muito exemplos de pessoas que no tm muitos bens, mas que so ricas em alegria e contentamento. Um exemplo em particular que observei destaca-se com clareza em minha mente. M uitos anos atrs, nossa famlia foi a uma rea desfavorecida de Dallas para distribuir ceias para muitas famlias que trabalharam em um programa extracurricular cristo. Ns nem estvamos fornecendo a comida; estvamos apenas usando nosso carro para ajudar a entreg-la. Nosso trabalho era ir at a porta [da casa], entregar a ceia, cantar algumas