lesões cisticas na tomografia computadorizada -...

15
02/05/2016 1 Bruno Hochhegger MD, PhD [email protected] Professor de Radiologia da UFCSPA Médico radiologista do Pavilhão Pereira Filho e Hospital Dom Vicente Scherer Médico radiologista torácico da InsCer – PUC/RS Lesões Cisticas na Tomografia computadorizada Dante L. Escuissato Professor Adjunto de Radiologia da UFPR Plano de aula 1. Cisto: Definição 2. Quando Valorizar? 3. Diagnóstico diferencial 4. Conclusões Cisto Na TC, caracteriza-se por uma área arredondada de baixo coeficiente de atenuação no parênquima pulmonar com uma interface bem definida com o pulmão normal adjacente. A espessura da parede do cisto pode variar, sendo normalmente fina (< 2 mm). Consenso brasileiro ilustrado sobre a terminologia dos descritores e padrões fundamentais da TC de tórax. J Bras Pneumol 2010;36(1):99-123

Upload: ngotruc

Post on 09-Nov-2018

217 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

02/05/2016

1

Bruno Hochhegger MD, [email protected]

Professor de Radiologia da UFCSPA

Médico radiologista do Pavilhão Pereira Filho e Hospital Dom Vicente Scherer

Médico radiologista torácico da InsCer – PUC/RS

Lesões Cisticas na

Tomografia computadorizada

Dante L. EscuissatoProfessor Adjunto de Radiologia da UFPR

Plano de aula

1. Cisto: Definição

2. Quando Valorizar?

3. Diagnóstico diferencial

4. Conclusões

Cisto

Na TC, caracteriza-se por uma área arredondada de

baixo coeficiente de atenuação no parênquima

pulmonar com uma interface bem definida com o

pulmão normal adjacente.

A espessura da parede do cisto pode variar, sendo

normalmente fina (< 2 mm).

Consenso brasileiro ilustrado sobre a terminologia dos descritores e padrões

fundamentais da TC de tórax. J Bras Pneumol 2010;36(1):99-123

02/05/2016

2

Radiology: Volume 251: Number 2—May 2009

Plano de aula

1. Cisto: Definição

2. Quando Valorizar?

3. Diagnóstico diferencial

4. Conclusões

02/05/2016

3

2633 pcts2633 pcts

7,6%7,6%

> 40 anos> 40 anos

5 cistos5 cistos

Framingham Heart StudyFramingham Heart Study

02/05/2016

4

Plano de aula

1. Cisto: Definição

2. Quando Valorizar?

3. Diagnóstico diferencial

4. Conclusões

LESÕES COM DENSIDADE

PULMONAR REDUZIDA

LESÕES CÍSTICAS ÁREAS DE ATENUAÇÃO

“SEM CISTOS”

Faveolamento

Enfisema (ECL e EPS)

Doenças císticas (LLM, HCL, LIP)

Pneumatoceles

Enfisema panlobular

Doença de vias aéreas

Doença vascular

Bolha

Área focal hipodensa que apresenta paredes bem

definidas e lisas que não ultrapassam 1 mm de

espessura.

Tipicamente mede 1 cm ou mais de diâmetro.

Bolhas menores que 1 cm = “blebs”.

Consenso brasileiro ilustrado sobre a terminologia dos descritores e padrões

fundamentais da TC de tórax. J Bras Pneumol 2010;36(1):99-123

02/05/2016

5

CISTOS

SUBPLEURAIS

VÁRIAS

CAMADAS

UMA

CAMADA

FAVEOLAMENTO

PARENQUIMATOSOS

CISTOS

SUBPLEURAIS

VÁRIAS

CAMADAS

UMA

CAMADA

FAVEOLAMENTO

PARENQUIMATOSOS

02/05/2016

6

CISTOS

SUBPLEURAIS

VÁRIAS

CAMADASUMA

CAMADA

ENFISEMA PARASSEPTAL

BOLHAS

CISTOS

SUBPLEURAIS

VÁRIAS

CAMADASUMA

CAMADA

ENFISEMA PARA-SEPTAL

BOLHAS

PNEUMOTÓRAX

02/05/2016

7

CISTOS

SUBPLEURAIS PARENQUIMATOSOS

VÁRIAS

CAMADAS

UMA

CAMADA

FAVEOLAMENTO ENFISEMA PARASSEPTAL

BOLHAS

CISTOSSUBPLEURAIS

PARENQUIMATOSOS

SEM

PAREDES

PAREDES

VISÍVEIS

ENFISEMA

CENTROLOBULAR

02/05/2016

8

CISTOS

PARENQUIMATOSOS

SEM PAREDES PAREDES VISÍVEIS

MULTIFOCAIS

OU CENTRAIS,

ASPECTO EM ANEL

DE SINETE

BRONQUIECTASIAS

CÍSTICAS

BRONQUIECTASIAS CÍSTICAS

BOLA FÚNGICA

CISTOS

PARENQUIMATOSOS

SEM PAREDES PAREDES VISÍVEIS

POUCAS LESÕES,

COM PNEUMONIA

PNEUMATOCELES(PCP, PN. STAPHYLOCOCCUS)

02/05/2016

9

EXPIRAÇÃO

Caso do

Dr. Edson Marchiori - RJ

VFVF

VFVF

PNEUMOCISTOSE

CISTOS

PARENQUIMATOSOS

SEM PAREDES PAREDES VISÍVEIS

NUMEROSOS

SIMÉTRICOS

LINFANGIOLIOMIOMATOSE

HISTICITOSE DE CÉLULAS DE LANGERHANS

PNEUMONIA INTERSTICIAL LINFOCÍTICA

SÍNDROME DE BIRT-HOGG-DUBÉ

02/05/2016

10

HISTIOCITOSE DE CÉLULAS DE LANGERHANS

Distribuição: predomínio por terços médios e superiores dos pulmões.

Ângulos costo-frênicos preservados.

1 2

3 4

TCAR: cistos de paredes finas,

alguns confluentes e de aspecto bizarro,

usualmente <1cm.

Cistos de paredes espessas

Nódulos centrolobulares 1-5mm Ө

02/05/2016

11

LINFANGIOLIOMIOMATOSE

Distribuição: difusa

Ângulos costo-frênicos

comprometidos

1

2

PNEUMOTÓRAX

TCAR: cistos de paredes finas,

arredondados

Outros achados:

Discreto espessamento

de septos interlobulares

Opacidades em vidro fosco,

Linfonodomegalias

Pequenos nódulos

Derrame pleural

20

02/05/2016

12

PNEUMONIA INTERSTICIAL LINFOCÍTICA

Distribuição: bilateral (90%), difuso (60%)

TCAR: vidro fosco e pequenos nódulos

2-4mm Ө

centrolobulares ou subpleurais (100%)

CISTOS: 80%

1~30mm (M=5mm)

ocupam 10% pulmão

02/05/2016

13

PNEUMONIA INTERSTICIAL LINFOCÍTICA

SÍNDROME DE SJÖGREN

Birt-Hogg-Dubé

FIBROFOLICULOMAS + ACROCORDONS

DOENÇA DE TRANSMISSÃO AUTOSSÔMICA DOMINANTE – Cr 17p11.2

4-5ª DÉCADAS

CISTOS PULMONARES

02/05/2016

14

TUMORES RENAIS: ONCOCITOMAS >> CARCINOMAS RENAIS

Plano de aula

1. Cisto: Definição

2. Quando Valorizar?

3. Diagnóstico diferencial

4. Conclusões

02/05/2016

15

Conclusões

CISTOS

SUBPLEURAIS PARENQUIMATOSOS

SEM PAREDES PAREDES VISÍVEIS

ENFISEMA

CENTROLOBULAR

MULTIFOCAIS

OU CENTRAIS,

ASPECTO EM ANEL

DE SINETE

NUMEROSOS

SIMÉTRICOS

POUCOS,

COM PNEUMONIA

BRONQUIECTASIAS

CÍSTICAS

LLM

HCL

LIP

BHD

PNEUMATOCELES(PCP, PN. STAPHYLOCOCCUS)

Muito Obrigado!