kant & mill - sara e nelinha

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Escola Cooperativa de Vale S.Cosme Didáxis 2009/2010 Immanuel Kant e John Stuart Mill Nome: Ana Daniela Sá nº 5266 Sara Oliveira nº 5335 Ano/Turma: 10º2 Disciplina: Filosofia Professor: João Paulo Carvalho Immanuel Kant John Stuart Mill

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Escola Cooperativa de Vale S. Cosme Immanuel Kant e John Stuart Mill

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Page 1: Kant & Mill - Sara e Nelinha

Escola Cooperativa de Vale S.Cosme – Didáxis 2009/2010

Immanuel

Kant

e

John

Stuart Mill

Nome: Ana Daniela Sá nº 5266 Sara Oliveira nº 5335 Ano/Turma: 10º2 Disciplina: Filosofia Professor: João Paulo Carvalho

Immanuel Kant

John Stuart Mill

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Escola Cooperativa de Vale S.Cosme – Didáxis 2009/2010

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Índice

Introdução ....................................................................................................................... 3

Biografia de Immanuel Kant ........................................................................................ 4

Filosofia de Kant ............................................................................................................ 5

Concepção ética de Kant ............................................................................................... 6

Biografia de John Stuart Mill ........................................................................................ 7

Filosofia de John Stuart Mill......................................................................................... 8

Concepção ética de John Stuart Mill ........................................................................... 9

Comparação entre Immanuel Kant e John Stuart Mill ........................................... 10

Bibliografia.................................................................................................................... 11

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Introdução

Neste trabalho vamos falar dois filósofos, de seu nome Immanuel Kant e John

Stuart Mill.

Neste trabalho iremos abordar assuntos como a sua biografia, concepção ética

por eles dada e contudo a filosofia de ambos.

A palavra ética é originada do grego “ethos”, que significa modo de ser,

carácter, por outro lado, através do latim “mos” que significa costumes, que

derivou-se da palavra moral.

No âmbito da disciplina de Filosofia, a palavra ética significa o que é bom para

o indivíduo e para a sociedade, o seu estudo contribui para estabelecer a

natureza de deveres no relacionamento indivíduo – sociedade.

De outra forma, define-se moral como sendo um conjunto de normas,

princípios, preceitos, costumes, valores que encaminham o comportamento do

indivíduo no seu grupo social.

No entanto, moral e ética não devem ser confundidos: enquanto a moral é

normativa, a ética é teórica e procura explicar e justificar os costumes de uma

determinada sociedade.

Porém, deve-se deixar claro que etimologicamente "ética" e "moral" são

expressões sinónimas, sendo a primeira de origem grega, enquanto a segunda é

a sua tradução para o latim.

Tanto “ethos” (carácter) como “mos” (costume) indicam um tipo de

comportamento propriamente humano que não é natural, o homem não nasce

com ele como se fosse um instinto, mas que é “adquirido ou conquistado por

hábito”. Portanto, ética e moral, pela própria etimologia, diz respeito a uma

realidade humana que é construída histórica e socialmente a partir das relações

colectivas dos seres humanos nas sociedades onde nascem e vivem.

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Biografia de Immanuel Kant Immanuel Kant nasceu a 22 de Abril de 1724 e faleceu a 12 de Fevereiro de

1804, com oitenta anos de idade.

Kant nasceu, viveu e morreu em Konisberg, uma cidade da Prússia Oriental

(Alemanha).

Immanuel Kant foi um filósofo alemão, considerado como o último grande

filósofo dos princípios da era moderna.

Era filho de um humilde comerciante de descendência escocesa.

Kant recebeu uma educação pietista, que consiste num movimento religioso

nascido na Alemanha em fins do século XVII, como reacção ao dogmatismo da

igreja oficial luterana. O pietismo defendia a renovação da piedade, em retorno

subjectivo e individual ao estudo da Bíblia e da oração. A educação pietista era

uma educação rigorosa.

Kant frequentou a Universidade a partir de 1740, como estudante de filosofia e

matemática. Posto isto, dedicou-se ao ensino, vindo a desempenhar as funções

de professor adjunto entre 1755 e 1770, depois de professor ordinário entre 1770

e 1796 na Universidade de Konisberg.

Immanuel Kant manifestou uma grande simpatia pelos ideais da

Independência Americana e depois da Revolução Francesa.

Kant foi um pacifista convicto. A sua vida era como uma lenda que era de

forma extremamente regrada como vivia.

Conta-se que a população de Konisberg, acertava os relógios por Kant quando

dava o seu passeio diário habitual, sempre às 16h30min.

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Filosofia de Kant

A obra de Immanuel Kant pode ser dividida em dois períodos: o pré-crítico e o

crítico.

- O pré-critico até 1770 corresponde à filosofia dogmática, onde é notória a

influência de Leibniz e Wolf. Nesta fase realiza importantes estudos na área das

ciências naturais e em particular da física de Newton. A partir de 1762, Kant

começou a manifestar um vivo interesse pelas questões filosóficas, em especial

para a crítica das faculdades do homem.

- O crítico corresponde ao despertar do “sono dogmático” provocado pelo

impacto que nele teve a filosofia de Hume. Escreve então obras como a Crítica

da Razão Pura, Crítica da Razão Prática e Crítica da Faculdade de Julgar, nos

quais demonstra a impossibilidade de se construir um sistema filosófico

metafísico antes de ter previamente investigado os nossos próprios limites.

Immanuel Kant procurou demonstrar que era possível formular para a moral

leis universais como as do conhecimento científico. Estas leis tinham que ser

formuladas à priori, isto é, através da dedução, e não através da experiência.

A moral kantiana baseia-se num princípio formalista: o que interessa na

moralidade de um acto é o respeito à própria lei moral, e não os interesses, fins

ou consequências do próprio acto. Uma boa vontade, guiada pela razão age em

função de um imperativo categórico (dever).

“A Fundamentação da Metafísica dos Costumes” estabelece os princípios a

priori da razão prática.

Na moral, o ponto de partida de Kant é o de que o único bem irrestrito é uma

boa vontade. Talento, carácter, autodomínio e fortuna e até mesmo a felicidade

podem ser usados para alcançar maus fins. O que constitui o bem de uma boa

vontade não é o que esta alcança; a boa vontade é um bem em si e por si.

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Concepção ética de Kant

A teoria ética de Kant dá-nos um princípio da moral que pode ser aplicado a

todas as questões morais.

A ética de Kant:

- é um sistema de regras absolutas;

- o valor moral das acções provém das intenções com que são praticadas;

- as regras morais devem ser respeitadas independentemente das

consequências;

- as regras morais são leis que a razão estabelece para todos os seres racionais.

As regras absolutas são:

- obrigações morais que são absolutas porque não estão sujeitas a excepções,

mesmo se aplicá-las tem consequências negativas.

- uma característica das morais deontológicas: agir moralmente consiste em

respeitar direitos. Agir de forma a promover as melhores consequências não é

permitido se implicar a violação de um direito.

- obrigação de não mentir não varia consoante as circunstâncias, devendo nuns

casos ser respeitada e não o ser noutros.

A ética de Kant é tradicionalmente entendida como um estudo ou uma reflexão

sobre os costumes ou sobre as ações humanas. Esta também pode ser entendida

como a própria realização de um tipo de comportamento.

Historicamente, a idéia de Ética surgiu na antiga Grécia, por volta de 500 a 300

a.C, através das observações de Sócrates e seus Discípulos.

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Biografia de John Stuart Mill

John Stuart Mill nasceu em Londres a 20 de Maio de 1806 e faleceu em Avinhão

a 8 de de Maio de 1873, com sessenta e sete anos de idade.

Mill foi um filósofo e economista inglês, e um dos pensadores liberais mais

influente do século XIX, foi um defensor do utilitarismo, a teoria ética proposta

inicialmente por o seu padrinho Jeremy Bentham.

John Stuart Mill foi educado pelo seu pai James Mill que lhe impôs um rigoroso

plano de estudo: aos três anos de idade estudava grego e a partir dos sete anos

de idade aprendeu latim, aritmética, história e muitas outras. Mill desde de

cedo se dedicou das ideias empiristas e em particular da filosofia de Hume e

Jeremy Bentham, depois de Augusto Comte e das hipóteses lógicas de James

Mill.

Stuart Mill ficou conhecido não apenas como um dos grandes divulgadores das

ideias empiristas, mas também como o criador de uma concepção moral - o

utilitarismo. Doutrina baseada no princípio de que a nossa acção deve ter como

fim último a maior felicidade do maior número de pessoas.

Stuart Mill desenvolveu, no seu livro “A Sustem of Logic”, os cincos métodos

de indução que viriam a ser conhecidos como “Os Métodos de Mill”

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Filosofia de John Stuart Mill

A ética normativa é a parte da ética que estuda como devemos agir, ou que tipo

de pessoa devemos ser. No âmbito da ética normativa, Mill é um

consequencialista.

O consequencialismo é uma teoria composta por duas partes: uma teoria do

bom e uma teoria do correcto. A primeira trata de determinar que estados de

coisas são bons, fornecendo também, geralmente, critérios para os comparar –

critérios que determinam qual o melhor estado de coisas entre vários. A teoria

do correcto trata de determinar o que devemos fazer. De acordo com o

consequêncialismo, o correcto consiste em maximizar o bom, ou seja, consiste

em gerar o melhor estado de coisas possível, se esse estado de coisas ainda não

existe, ou em preservá-lo se já existe.

Uma teoria não consequêncialista típica começa por especificar uma teoria do

bom, mas nega, de seguida, que o correcto consista sempre em maximizar o

bom.

O seguinte exemplo ilustra a diferença entre o consequencialismo e o não

consequencialismo. Suponhamos que um consequencialista e um não

consequencialista têm a mesma teoria do bom. De acordo com essa teoria do

bom, um estado de coisas em que dez pessoas são mortas é melhor em que um

estado de coisas em que duas pessoas são mortas. O consequencialista e o não

consequencialista deparam-se agora com uma situação em que a única maneira

de evitar que dez pessoas morram é matar duas pessoas. O consequencialista

dirá: se tivermos de escolher entre esses dois estados de coisas, então, dado que

o correcto consiste em maximizar o bom, o correcto será matar essas duas

pessoas. O não consequencialista, como não acredita que o correcto consista

sempre em maximizar o bom, pode dizer que o correcto não consiste, nesse

caso, em matar as duas pessoas, mas sim em deixar as outras dez morrer.

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Concepção ética de John Stuart Mill

O utilitarismo é um tipo de ética consequêncialista. O seu princípio básico,

conhecido como o Princípio da Utilidade ou da Maior Felicidade, é o seguinte: a

acção moralmente certa é aquela que maximiza a felicidade para o maior

número. E deve fazê-lo de uma forma imparcial: a tua felicidade não conta mais

do que a felicidade de qualquer outra pessoa. Saber por quem se distribui a

felicidade é indiferente. O que realmente conta e não é indiferente é saber se

uma determinada acção maximiza a felicidade. Saber se a avaliação moral de

uma acção a partir do Princípio da Maior Felicidade depende das

consequências que de facto tem ou das consequências esperadas é um aspecto

da ética de Mill que permanece em aberto. Mill tem uma perspectiva hedonista

de felicidade. Segundo esta perspectiva, a felicidade consiste no prazer e na

ausência de dor. O prazer pode ser mais ou menos intenso e mais ou menos

duradouro. Mas a novidade de Mill está em dizer que há prazeres superiores e

inferiores, o que significa que há prazeres intrinsecamente melhores do que

outros. Mill defende que os tipos de prazer que têm mais valor são os prazeres

do pensamento, sentimento e imaginação; tais prazeres resultam da experiência

de apreciar a beleza, a verdade, o amor, a liberdade, o conhecimento, a criação

artística. Qualquer prazer destes terá mais valor e fará as pessoas mais felizes

do que a maior quantidade imaginável de prazeres inferiores. Os prazeres

ligados às necessidades físicas.

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Comparação entre Immanuel Kant e John Stuart Mill

Immanuel Kant fundamenta a ética deontológica, enquanto John Stuart Mill

fundamenta a ética consequencialista.

A ética deontológica é uma teoria moral segundo a qual as acções devem ser

realizadas, independentemente das consequências que resultem da sua

realização. É uma ética centrada na noção do dever.

Já a ética consequencialista é designada por uma teoria moral segundo a qual as

acções são avaliadas como correctas ou incorrectas em virtude das suas

consequências. O utilitarismo é a forma mais conhecida de consequencialismo.

Kant defendia que uma acção era correcta ou incorrecta, consoante a máxima

que lhe deu origem.

Mill é um consequencialista, enquanto que Kant é um não-consequentalista.

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Bibliografia

http://pt.wikipedia.org/wiki/Immanuel_Kant

http://afilosofia.no.sapo.pt/12Kant.htm

http://afilosofia.no.sapo.pt/10sMill.htm

http://rolandoa.blogs.sapo.pt/39114.html

Livros: - Criticamente, Filosofia 10º ano