jornal tagarela 2ºperíodo
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O melhor jornal da Escola Conde de OeirasTRANSCRIPT
ESCOLA BÁSICA 2.3 CONDE DE OEIRAS
Nº 2
ABRIL DE
2011
N E S T A E D I Ç Ã O :
TAGARELA
Editorial 2
O Dia-a-dia na Escola
3
Escrita Livre 9
As Nossas Leituras
13
Visitas de Estudo
14
Saber Mais 16
Comemorações 19
Palavra ao Leitor
23
Espaço dos Mais Novos
26
N o 5º aniversário da
comemoração do Dia
Escolar da Não-Violência
e da Paz, na nossa
Escola, tivemos uma visita muito
especial, D. Carlos Ximenes Belo,
Prémio Nobel da Paz em 1996. Foi um
dia memorável, diria mesmo, histórico,
por várias razões. Em primeiro lugar,
porque foi a primeira vez que um
laureado com o Prémio Nobel da Paz
visitou a nossa Escola. Em segundo
lugar, porque foi também a primeira vez
que a Autarquia, ao mais alto nível,
veio à nossa Escola para reflectir
connosco sobre o caminho para a
educação da paz. Em terceiro lugar,
porque foi a primeira vez que a
Embaixadora de Timor esteve presente
numa sessão sobre a paz na nossa
Escola. Em quarto lugar, porque foi a
primeira vez que alunos, pais,
professores, autarquia, ao seu mais
alto nível, se reuniram, debaixo do
mesmo tecto, para reflectir sobre a paz,
bem como dos caminhos para a
alcançar.
O PRÉMIO NOBEL DA PAZ
D. XIMENES BELO VEIO À NOSSA ESCOLA
Continua pág. 8
Prof. José Baptista
TAGARELA
C om a chegada da Primavera
um novo ciclo recomeçou!
Abre as janelas, deixa entrar a luz
e sente o calor do SOL. Deixa-te cati-
var e fica responsável, para todo o
sempre, por aquilo que cativaste.
Crescer é um processo contínuo de
ciclos, é um constante desafio de
melhoria, é a criação de futuros. É
apostar hoje para crescer sempre; é
aprender agora para construir o futuro.
É estimular e mobilizar o envolvimento
de todos; é trabalhar em conjunto,
acreditando que cada um de nós faz a
diferença.
Ao fomentar o desenvolvimento de
cada um, proporcionamos oportunida-
des para promover a educação de
todos e, assim, asseguramos a sus-
tentabilidade do nosso futuro.
Crescer é ser capaz de transformar
a informação em conhecimento e, com
esse conhecimento, ser capaz de se
adaptar e inovar. A iniciativa e a parti-
lha estimulam o conhecimento, o
conhecimento aponta novos rumos...
Só se constrói uma sociedade melhor
através do conhecimento, e o conheci-
mento, hoje, constrói-se em rede.
A diferença, hoje e amanhã, estará
cada vez mais no capital humano, na
forma como cada um investe e valori-
za o conhecimento.
Definem-se metas, procura-se
alcançar resultados, mas o futuro deci-
de-se no envolvimento de cada um
nas estratégias pensadas para res-
ponder aos desafios actuais.
Abre as tuas janelas, deixa entrar a
energia renovada da Primavera e
constrói o futuro.
O FUTURO não espera, CONS-
TRÓI-SE AGORA e CONTIGO!
Fátima Monteiro
Serviço de Psicologia e Orientação
Bla! Bla! Bla!
Num daqueles Blá, Blá, Blá… com o nosso amigo Tagarela, ele lá
me foi fazendo queixinhas, dizendo que nem tudo correu lá muito bem
… Blá, Blá, Blá… O Inverno muito frio, o segundo período que nunca
mais acabava, o trabalho a aumentar cada vez mais, ….
Também a recolha de material para esta Edição não foi a mais
atempada… Blá, Blá, Blá …
Eu lá lhe fui dizendo para não desanimar, que isto é mesmo assim
e, com a chegada da Primavera, há que ter esperança que tudo
melhorará...Blá, Blá, Blá …
Profª. Noémia Cardoso
EDITORIAL Ficha Técnica:
Propriedade:
Escola Conde de Oeiras
Redacção:
Profª Fátima Santos
Diogo Moura-5ºD António Malato-5ºD Matilde Leiria-5ºF Filipa Chambel-5ºG Mariana Costa-5ºG Leonor Monteiro-5ºG Rodrigo Silva-5ºI Paula Nunes-6ºC Gonçalo Dias-6ºE Gonçalo Cordeiro-6ºE Bernardo Santos-6ºE João Costa-6ºE
Edição e Montagem:
Profª Noémia Cardoso
André Fatela, 5º B
Suplemento Desportivo:
Prof.ª Margarida Oliveira
Prof. Luís Tralhão
Impressão:
Reprografia da escola
llda Gomes
Tiragem: 150 exemplares
Francisco Limão, 2008/09
Página 2
Página 3 TAGARELA
O Dia-a-dia na Escola
Na semana passada, no dia 10 de Janeiro, nós
assistimos à representação do Auto da Barca do Infer-
no, de Gil Vicente, pelo gteatro.
Na minha opinião, os actores estavam bem pre-
parados. Apesar de existirem umas pequenas altera-
ções no texto, o seu sentido global não se modificou.
Eu acho que podiam ter usado mais adereços e vestuá-
rio, mas também acho que, para três pessoas repre-
sentarem este auto em apenas uma hora e 30 minutos,
não poderiam existir muitos mais. O cenário, apesar de
ser reduzido, era adequado ao espaço que se tinha
para a representação e simbolizava muito bem o cais
com as duas barcas. Acho que os actores estiveram
muito bem e também se expressavam bem. Interagiam
com o público, o que acabou por dar mais graça ao
auto. A forma como escolheram os acessórios para
cada personagem foi muito criativa.
Na minha opinião, o Auto da Barca do Inferno foi
muito bem representado, pois os actores acabavam por
dar “um toque pessoal” às personagens. Eu gostei e
espero voltar a ver.
Inês Oliveira, 9º B
AUTO DA BARCA DO INFERNO
“Comer Bem para Bem Viver”
Durante os meses de Fevereiro e Março, decorreram, na Conde de Oeiras, sessões para todas as turmas de 9º
ano, nas aulas de Área de Projecto, sobre o tema “Comer Bem para Bem Viver” promovidas pela CMO, no âmbito
do Projecto “Educação para a Saúde”.
Estas sessões foram muito elogiadas, quer
por professores, quer por alunos. Foram muito
interessantes, quer ao nível dos conteúdos trans-
mitidos, quer pela capacidade de comunicação
das formadoras.
A Sara e a Jenifer, alunas do último ano do
curso de Nutricionismo da Universidade Atlânti-
ca, sensibilizaram-nos para a promoção e desen-
volvimento de hábitos alimentares saudáveis,
aliados ao exercício físico, como formas de pre-
venir a obesidade, promovendo a qualidade de
vida.
Os alunos de 9º ano da Escola Conde de Oeiras
Página 4 TAGARELA
O Dia-a-dia na Escola
O Carlos Henrique, do 8A, desenhou a carrinha do Road Show e aqui ficam registados alguns dos aspectos mais positivos desta actividade apontados pelos alunos do 4º ano. Foi muito importante aprender: Que não se devem deitar garrafas de plástico
para o mar porque assim se matam muitos pei-xes;
A poupar água; O que irá acontecer se não pouparmos água; A falar da água e o que lhe está a acontecer no
nosso planeta; A poupar água e a não desflorestarmos, cortar-
mos as florestas; Que devemos cuidar do planeta se quisermos
um Futuro melhor!
Carlos Henriques 8A
Ainda o ROAD SHOW
À semelhança dos anos anteriores, o Road Show do Clube da Água veio à nossa escola.
Esta actividade é uma iniciativa dos SMAS de Oei-ras e Amadora, e pretende transmitir a mensagem fundamental de preservação e poupança de água.
Convidámos os alunos do 4º ano de todas as esco-las de 1º ciclo do Agrupamento.
Assim, no passado dia 21 de Fevereiro, a carrinha do Clube da Água esteve estacionada junto ao lago da escola, e nela decorreram as sessões de
“Q&A” (Questions and Answers), como os tão em voga Quiz Show televisivos.
No final de cada sessão, alguns alunos do 8º ano
que estão a desenvolver trabalhos para o concurso “A Água e a Floresta”, pediram aos colegas mais novos para responderem a um pequeno questionário, a fim de tratarem os dados obtidos e os integrarem nos seus projectos.
Estas fotos registam alguns dos momentos vividos nesse dia. Profª Paula Beirão
Road show “interactivo”
O Dia-a-dia na Escola
Página 5 TAGARELA
No âmbito do Projecto “Profissões”, os alunos do 9º
ano inscritos neste Projecto, encontram-se já a desen-
volver o trabalho necessário à realização do Colóquio
“Profissões em foco”, constituído por duas sessões, a
terem lugar no mês de Maio.
Quanto à aplicação dos programas “A Família” e “A
Comunidade”, feita por voluntários formados pela
Associação Aprender a Empreender (AaE) da Júnior
Achievement Portugal (JAP), está a decorrer de forma
muito positiva em 8 turmas das Escolas EB1 António
Rebelo de Andrade e EB1 Joaquim Matias. O trabalho
desenvolvido/articulado pelas professoras e voluntá-
rios envolvidos tem sido muito enriquecedor.
O Programa “Economia para o Sucesso” está a ser
aplicado em 5 turmas de 6 inscritas, do 9º ano. Tam-
bém em relação à articulação do trabalho entre as pro-
fessoras e os voluntários envolvidos, esta tem sido
muito positiva.
Estes programas estão a ter uma boa adesão por
parte dos alunos inscritos.
A responsável pelo Projecto “Profissões”
e coordenadora dos Programas JAP
Marília Raimundo
Projecto “Profissões”/ AaE - JAP
Five O´clock Tea at EB 2, 3 Conde de Oeiras
Last year we began a new tra-
dition so on 22nd
February the
English Teachers prepared the
second edition of our famous Five
O’clock Tea party.
The menu was delicious, as
always: scones, teas, cookies,
cakes, pies, butter and jam.
The scones were made by the
students (Ensino Especial) and
were mouth-watering, the tea was
prepared by Mrs. Céu and 7th
grade students read some poems
about Tea.
A special thanks to all of them
and to those who joined us in this
small celebration. See you next
year!
Grupo de Inglês
A cup of tea to say
thank you
For all the things
you've done,
And wishes that the
day will bring you
happiness and fun.
A cup of tea to say thank you
For all the things you've done,
And wishes that the day will bring you
happiness and fun.
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O Dia-a-dia na Escola
Dia 21 de Março celebrou-se o dia da Poesia
na nossa escola, com o lançamento de Balões Poéti-
cos. Esta actividade, destinada a alunos do nono
ano, contou com a presença do Sr. Presidente da
Junta de Freguesia de Oeiras e S. Julião da Barra e
da Chefe Margarida Condeça da Escola Segura, com
alguns dos seus agentes, que fizeram questão de
estar presentes para celebrarem o Dia da Poesia.
O Sr. Presidente da Junta de Freguesia de
Oeiras e S. Julião da Barra, Dr. Carlos Morgado, diri-
giu-se aos nossos alunos e cerca de trezentos balões
foram lançados. Os excertos poéticos que acompa-
nhavam os balões tinham um correio electrónico para
uma possível resposta à poesia.
No dia 21 de Março lançaram-se balões e
ofereceu-se poesia a todos os presentes na escola.
Estas Ofertas Poéticas foram dadas pelos alunos
que distribuíram poesia entre sorrisos de agradeci-
mento.
Durante toda a semana está a decorrer nas
aulas de Língua Portuguesa a Partilha de Leituras
entre turmas, que é recheada de bons leitores e
melhores ouvintes.
A Representante dos Encarregados de Edu-
cação da turma A do sexto ano, Ana Esteves, que é
também uma recente escritora, premiada com o Pré-
mio Literário Maria Rosa Colaço 2009, na modalidade
de Literatura para a Infância, com o livro Mãe, não
pises na minha sombra!, veio ler dia 21 de Março
para a turma A, do sexto ano, integrando-se esta acti-
vidade nas efemérides da comemoração da poesia
na nossa escola.
Na semana de 16 a 20 de Maio, Ana Esteves
virá à nossa escola e apresentará aos alunos do sex-
to ano o seu livro e desvendará alguns segredos pre-
sentes na construção de uma narrativa.
Profª Cristina Carvalho
SEMANA DA LEITURA E POESIA
NA NOSSA ESCOLA
Página 7 TAGARELA
O Dia-a-dia na Escola
É tradição na época de Carnaval usar uma máscara ou pintar a
cara, pretendendo assim fomentar a alegria e a diversão. Na discipli-
na de EVT, os alunos fazem algumas aprendizagens sobre o rosto
humano. Na sequência deste trabalho, foi desenvolvida a actividade
“Pintura do rosto”. No dia 4 de Março, os professores do Departa-
mento de Expressões e também
alguns alunos empenharam-se nesta
tarefa. Os motivos eram diversos, no
entanto, o tema – Floresta, foi prioritá-
rio. O entusiasmo foi grande…
O respeito mútuo e o saber brincar
é muito importante, na relação que
temos com os outros.
Prof. Rafael
TEATRO “RESTAURAÇÃO”
Com os alunos do 6º F
Como surgiu a ideia: Em Janeiro, a professora de HGP levou para a aula de EA um teatro sobre a Res-tauração para fazermos uma leitura dialogada. Gostá-mos muito e pedimos à professora para o represen-tarmos. As professoras de EA falaram com os profes-sores de EVT, que concordaram em nos ajudar a fazer os fatos e os cenários.
Como decorreram os preparativos: Escolhemos quem iria fazer de narrador e as várias personagens. Entre-tanto, fomos ensaiando nas aulas de EA e fazendo os fatos e cenários em EVT. Na semana anterior ao Teatro, os professores de EVT tiveram que vir mais algumas tar-des e alguns de nós fomos dispensados de algumas aulas da tarde, para ultimarmos os fatos e os cenários que ficaram espectaculares, não acham?
Como resultou: No dia 17, depois do almoço, montámos os cenários e vestimo-nos a rigor com a ajuda dos nossos professores. Os nossos colegas do 6ºH, 6ºC, 5ºB e os colegas de Sala de Línguas do 6ºE e 6ºC vieram assistir e fizeram, no final do espectáculo, algumas perguntas. Disseram aos seus professores que gostaram. Ainda bem, porque nós adorámos representar.
Os alunos do 6ºF
Outras caras…
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O Dia-a-dia na Escola
Dada e exiguidade do espaço para eventos desta natureza, a sessão começou no pátio da Escola. Ali, D. Ximenes Belo foi recebido pelos representantes dos pais de todas as turmas, professores, convidados, alu-nos de todas as turmas, em especial por 70 alunos, muito bem ensaiados pela professora Angelina Montei-ro, que cantaram uma canção timorense e uma canção sobre a paz. Seguiu-se uma largada de balões, com mensagens de paz e pensamentos de Mahatma Gan-dhi.
Já na Biblioteca, depois de o Director da nossa Escola, Dr. Carlos Figueira, ter dado as boas vindas a todos os presentes, e de D. Ximenes Belo ter explana-do o seu pensamento sobre a paz, usaram da palavra o Senhor Presidente da Câmara, o Senhor Vice-Presidente da Câmara, o Senhor Presidente da Junta de Freguesia de S.Julião da Barra, o Senhor Director do Colégio Maristas de Carcavelos, a Senhora Presi-dente da Associação de Pais da nossa Escola e um Encarregado de Educação, para responderem à seguinte questão colocada pelo Presidente da Mesa: partindo do princípio de que, se a violência se aprende, também a paz se pode ensinar, como educar para a paz na autarquia, na escola e na família? Depois de cada um ter explanado o seu pensamento, foi a vez dos alunos colocarem questões sobre a paz. Pelo meio houve ainda tempo para o aluno Mauro declamar uma parte do discurso de Martin Luther King “Eu Tenho um Sonho”. O sonho da Humanidade, sempre renovado e actual, pela paz.
Para terminar, há a realçar o excelente empenho, neste projecto, de toda a comunidade escolar, profes-sores de todos os grupos disciplinares, alunos de todas as turmas, encarregados de educação e Autarquia. Particularmente significativa, foi a adesão dos alunos à
campanha “ 1 euro para salvar escolas em Timor”. A ideia desta campanha era muito simples: se cada aluno contribuísse com 1 euro, como a Escola tem cerca de 700 alunos, conseguia-se 700 euros, quantia com a
qual já é possível pagar as despesas de uma escola em Timor. Nem todos os alunos contribuíram, e dos que contribuíram, alguns deram apenas 10 cêntimos. Mas a solidariedade e a generosidade dos alunos superou as nossas expectativas com um número bem expressivo: cerca de 1000 euros foi a quantia que os alunos entregaram a D. Carlos Ximenes Belo.
Este projecto demonstrou que estamos no caminho certo e confirmou a nossa convicção: se a violência se aprende na sociedade, nos órgãos de comunicação social… também a paz se pode ensinar na escola e nas famílias.
Continuação da 1º pág.
O PRÉMIO NOBEL DA PAZ D. XIMENES BELO VEIO À NOSSA ESCOLA...
DIA ESCOLAR DA NÃO-VIOLÊNCIA E DA PAZ
Algumas frases elaboradas pelos alunos Gestos, palavras e indelicadezas, quebram a paz e a harmonia entre as pessoas. Existe paz, quando há amor, amizade, alegria, igualdade entre todos e, principalmente, respeito pelos outros.
Filipa Novo, 5ºB
Que estes balões abram asas, levem com eles a Paz e a Não-Violência, que parem em todos os continentes e que estas ideias lá fiquem a flutuar!
Alexandra Adrião, 6º E
Na noite escura e fria, sonho com a Paz. Acordo, olho à volta e há fumo, fogo, cenário de destruição. Fecho os olhos e imagino como seria a Paz.
Francisco Lucas, 6º A
Escrita Livre
TAGARELA Página 9
L eve como o orvalho. Bela como a Primavera. É onde o amor e a felicidade se abraçam com muita força e derretem o gelo que está dentro do nosso coração. É onde o silêncio e a amizade se escondem e formam um arco-íris. Sim, de certeza, Isso é a Paz.
P az é como um tesouro trancado num cofre fechado a sete chaves, enterrado lá nos confins do mundo, que só os mais corajosos conseguem encontrar. E nem a tristeza, nem o ódio, nem a solidão o conseguem abrir. Só o amor, acorrentado no fundo do nosso coração, consegue agilmente enfiar os dedos dentro da fechadura, abri-la e deixar o vasto conteúdo sair, bocadinho a bocadinho.
P az é como uma manta de cristal a cobrir o mundo, que a qualquer momento se pode partir em mil bocadinhos, que só alguns conseguem apanhar e colar outra vez.
P az é um ponto branco no nosso coração.
João Sebastião Neves, 6º E
PAZ
Palavras, palavras, palavras As bonitas dizem-me tudo, As más não me Dizem nada; Eu escrevo as palavras Que me fazem sentir bem, As que me fazem sentir mal, desabafo-as As outras, mando-as para o além; As palavras fazem companhia a uma folha em branco, Porque, naquela solidão, enchem-na Cheias de encanto; As palavras feias Não encantam uma folha em branco Mas a essas, Com a minha borracha as tranco;
Há palavras boas, como: Encanto, paixão, Mas outras más, como: Crueldade, solidão; As minhas palavras têm um contrário Mas há uma que não: Amor, Nenhuma palavra é o seu contrário Porque todas as palavras têm esse esplendor
Tomás Lourenço Caxaria, 6ºE.
Palavras, palavras, palavras, …
Página 10 TAGARELA
Escrita Livre
Dia de S. Valentim No dia de S. Valentim, Todas as pessoas convivem em harmonia. Mas o objectivo no fim, É a paz e o amor estarem em sintonia. Amor no ar, Harmonia a pairar. Se não houver guerra, Pode haver paz na Terra. Encontrar a alegria, Viver no mundo da fantasia. Mas será que há amor? Isso é o que se queria. Prendas de amizade, No dia de S. Valentim. Caixas em forma de coração, Com chocolates e enfim…
Desgosto me dá, Ao ver pessoas zangadas. Se não há amor, Continuam afastadas. Um pedido de desculpas, E tudo fica bem. Tudo se resolve, Todos amam alguém. Alegria me dá, Ao ver a minha família contente. Quem dera que isto tudo, Acontecesse a toda a gente. Imaginação não me falta, Para ver o mundo melhor. Se toda a gente fosse assim, O mundo estaria cheio de amor. Martim, 6º E
Em todas as Primaveras,
há uma brisa.
Não há melhor brisa,
que esta brisa, a brisa Marisa.
A brisa Marisa
é uma brisa de pétalas.
Uma brisa leve e lisa,
esvoaçando em várias cores, num arco de libélulas.
É uma brisa suave,
formada por pétalas de rosa.
Delicadas e frágeis como as asas de uma ave.
E, como ela é vaidosa!
É brisa quente e ardente,
perfumada e colorida.
Linda e envolvente.
É, profundamente, as cores da nossa Vida.
Gonçalo Dias, 6º E
Brisa Marisa
Página 11 TAGARELA
Escrita Livre
Se eu fosse uma árvore contente, os pássaros repousariam em mim. Sentiria a brisa como mais ninguém sente E o meu melhor amigo seria o alecrim Seria um lindo chorão Que a todos encantaria. Seria como um irmão, Que os outros ajudaria
As crianças subiriam até mim Sempre com um sorriso colado ao rosto, lá em cima fariam um grande chinfrim e nunca sofreriam de desgosto Seria uma árvore aconchegante, Que daria sombra a toda a gente. Admirariam como seria elegante E veria cada pessoa contente
Filipa Guerra, 6ºE
“A árvore”
Árvores Cerejeiras, macieiras, Há tantas árvores assim. Mas agora eu pergunto: Qual será a ideal para mim?
O vento do Outono Que leva as folhas. A brisa da Primavera Que traz as flores. No Inverno Elas carecas. No Verão Elas com flor.
ÁRVORES
Se eu fosse uma árvore, seria grande e forte, coisa que não acontece hoje em dia, mas… continuando: Se eu fosse uma árvore seria grande e forte, e os meus ramos seriam enormes e cheios de folhas verdes e brilhantes, com o orvalho caído sobre elas, pela manhã. Nesses meus enormes ramos, todos os pássaros daquela zona pousariam e aí cantariam lindas canções de encantar, enquanto, ao mesmo tempo, se ouvia o barulho das crianças a brincar, naquela suave brisa que passava por ali. Mas no fim, ao anoitecer, quando todos se fossem embora eu consolar-me-ia olhando para a lua, e perguntando-me como seria o dia seguinte e como este dia tinha sido maravilhoso, e cheio de alegria, e como eu adorava aquele lugar, com aquelas crianças e com aqueles pássaros que cantavam aquela maravilhosa melodia que me fazia voar por entre as nuvens que pairavam no ar. E era assim que tudo seria se eu fosse uma árvore.
Francisco Alfaia nº 9 6º E
Se eu fosse uma árvore
E se eu fosse uma delas? Como seria? Os pássaros em cima E as pessoas em baixo. Os pássaros a fazer os seus ninhos E as pessoas a descansar na minha sombra. Sim, sem dúvida, Era assim que seria Vasco Durão, 6ºC
Página 12 TAGARELA
Escrita Livre
Se eu fosse uma nuvem seria fofa como o algodão doce, iria cheirar a rosas e ser muito meiga.
Quando estivesse zangada, ficava cinzenta, deitava chuva e fazia trovoa-da.
Quando estivesse contente, ficava branquinha, muito limpinha. Desceria cá abaixo e deixava os meninos subi-rem para cima de mim, levava-os lá para o céu e deixava-os saltarem de nuvem em nuvem. Dava-lhes balões, muitos balões, para voarem lá bem no
alto e para verem como é que era tudo lá em baixo visto de cima.
Quando eu estivesse normal seria tal e qual como as outras nuvens.
Todos me iriam adorar, e iria agra-decer aos meus pais por ter nascido e por ser uma nuvem tão bonita, simpáti-ca e alegre.
Não me importava de ser uma nuvem, desde que fosse tal e qual como contei no texto.
Mariana Pedro, 5º B
Se eu fosse uma nuvem
Uma história inesquecível Uma vez, eu estava a pôr a rou-
pa no armário, quando, de repen-te, tudo desapareceu. Eu entrei no armário e vi a aldeia do Astérix e dos outros gauleses. Eu fiquei pasmado, queria ver muita coisa, a poção mágica, os romanos, conhecer melhor a aldeia...
Comecei por me apresentar a Astérix. Como eu não tinha bigo-de, ele pensou que eu era um espião romano. Eu disse que era Português e ele lá acreditou. De repente, as tropas de César lança-ram pedras com as catapultas e duas atingiram o Panoramix, o druida, e Abraracourcix, o chefe. Eles já não sabiam onde estavam, quem nós éramos, estavam malu-cos! Então, toda a gente começou
a gritar, pois os romanos podiam fazer um ataque e conquistar a aldeia gaulesa.
Eu tive de os convencer para não se preocuparem com a poção mágica, nós tínhamos armas, então íamos usá-las para comba-ter, sem poção mágica, mas íamos conseguir!
Como previsto, os romanos ata-caram, alguns morreram e outros ficaram feridos, mas acabámos por ganhar a batalha e, graças a mim, a aldeia não foi conquistada.
Eu fui buscar um druida para curar o chefe Abraracourcix e o druida Panoramix. Eles curaram-se e tudo ficou bem.
Vi que estava na hora de ir para casa e despedi-me com um sim-
ples adeus. E... acordei!!! Afinal aquilo só tinha sido um sonho. Como podem aprender nesta his-tória, os sonhos podem parecer realidade.
Pedro Casteleiro, 5ºD
No desporto, as pessoas têm de pensar e jogar de acordo com as regras e, na maioria dos desportos, é suposto enganar ou fintar o adversário para conseguir acumular pontos e ganhar. Noutros desportos, é preciso fazer certos exercícios para obter maiores pontuações e, quem tiver mais pon-tos, ganha. Existem bastantes desportos que se jogam com uma bola, como por exemplo o basquetebol, o andebol, o ténis, o futebol… Também se podem usar, nalguns desportos, varas, peças pequenas, muita coisa, ou também se pode ape-nas utilizar o corpo, mais nada. Eu faço um desporto de que gosto muito, o futebol. No futebol, o objectivo do jogo é tentar ter a bola para
conseguir marcar um ou mais golos, e tentar não sofrer nenhum, e quem tiver mais golos no fim do jogo, ganha. O futebol dos mais velhos joga-se em duas partes de 45 minutos. É necessário uma bola e um grande campo de relva com duas balizas nos cantos e algumas marcas. Um campo de futebol normal consegue ter milhares de espectadores nas bancadas onde o jogo vai ser dispu-tado entre duas equipas. Eu sou do Sporting, um dos vários clubes de Portugal. Voltando ao desporto, eu adoro-o!!!
Pedro Branco, 5º B
O desporto é uma das coisas de que eu mais gosto na vida!
Página 13 TAGARELA
FICHA DE LEITURA
Título: “O casamento da minha mãe”
Autor: Alice Vieira
Editora: Caminho
Assunto: O livro conta a história de uma menina cuja mãe acha que ela não nasceu na melhor altura da sua vida. A mãe era
modelo, e estava sempre a viajar pelo mundo, o que a levou a “abandonar” a filha na casa de D. Elisa, mulher de
um primo afastado. D. Elisa estava sempre a dizer que ela não lhe era nada. A mãe de Vera era muito famosa e
estava sempre a aparecer nas revistas. Vera recebia cartas de Zé Lucas e Duarte, dois dos muitos namorados de
sua mãe. Nas suas cartas, Duarte dizia que ela iria viver com eles, mas Duarte e a mãe de Vera não chegaram a
casar-se. Um dia D. Elisa descobriu essas cartas e fez uma fogueira no pátio onde obrigou a Vera a queimar todas
as cartas que tinha encontrado no seu quarto, escondidas debaixo do colchão da cama, assim como livros, fotogra-
fias e revistas onde aparecia mãe. Vera ficou ainda mais isolada e triste pois D. Elisa fez uma fogueira dos seus
sonhos. No casamento da mãe com Ricardo, conhece a mãe deste, que lhe comunica que irão viver todos juntos na
mesma casa. Finalmente alguém consegue entrar no seu pequeno mundo dando-lhe esperança de uma vida mais
feliz.
Personagem de que mais gostei : Eu gostei mais da Vera, porque tenho pena dela uma vez que a mãe a “abandonou” por ter uma vida muito ocupa-
da e por ter crescido numa família que não lhe dava carinho.
Momento da acção de que mais gostei : O momento da acção de que mais gostei foi quando a mãe de Vera se casou, porque isso iria mudar toda a sua
vida.
Recomendo a leitura deste livro porque… Eu recomendo a leitura deste livro, porque a história, apesar de triste, nos pode ensinar que se deve manter a espe-
rança, mesmo quando tudo parece estar contra nós.
Dados biográficos da Autora: Alice Vieira nasceu em 1943 em Lisboa. É licenciada em Germânicas pela Faculdade de Letras da Universidade de
Lisboa. Em 1958 iniciou a sua colaboração no Suplemento Juvenil do Diário de Lisboa e a partir de 1969 dedicou-se
ao jornalismo profissional. Desde 1979 tem vindo a publicar regularmente livros tendo, actualmente editados na
Caminho, cerca de três dezenas de títulos. Recebeu em 1979, o Prémio de Literatura Infantil Ano Internacional da
Criança com Rosa, Minha Irmã Rosa e, em 1983 com Este Rei que Eu Escolhi, o Prémio Calouste Gulbenkian de
Literatura Infantil e em 1994 o Grande Prémio Gulbenkian, pelo conjunto da sua obra. Recentemente foi indicada
pela Secção Portuguesa do IBBY (International Board on Books for Young People) como candidata portuguesa ao
Prémio Hans Christian Andersen. Trata-se do mais importante prémio internacional no campo da literatura para
crianças e jovens, atribuído a um autor vivo pelo conjunto da sua obra.
Alice Vieira é hoje uma das mais importantes escritoras portuguesas para jovens, tendo ganho grande projecção
nacional e internacional. Várias das suas obras foram editadas no estrangeiro.
Gonçalo Cordeiro, 6º E
“O casamento da minha mãe”
As Nossas Leituras
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Chegou o dia 3 de Fevereiro e nós (o 6ºF) fomos a uma visita de estudo ao Palácio do Marquês, em Oeiras.
À nossa espera estava a nossa guia Alexandra, que nos explicou a vida do Marquês de Pombal, o significado das várias salas do grande palácio e nos mostrou a capela de Nossa Senhora das Mercês, por onde entrámos.
A capela Nossa Senhora das
Mercês, que lhe foi dedicada pelo Marquês de Pombal, porque nas-ceu no Bairro Alto, na Travessa da Nossa Senhora das Mercês (em Lisboa), foi construída em 1762 por João Grossi, que nasceu na cidade de Milão, em Itália. Na capela estão gravadas a Padroeira das trovoadas (Santa Bárbara) e mais vinte santos.
O Marquês de Pombal nasceu em 1699 e morreu com oitenta e três anos em 1782. Teve 2 mulhe-res: Teresa de Noronha (com quem não teve filhos) e Leonor que nasceu em Viena de Áustria e com quem teve sete filhos.
No reinado de D. João V (pai de D. José), o Marquês de Pombal foi embaixador de Portugal em Londres e em Viena de Áustria. Foi o braço direito do rei D. José I, destacando-se a reconstrução de
Lisboa depois do terramo-to. Passados quatro anos (do terramoto), Lisboa ficou completamente reconstruí-da.
Sebastião José de Car-valho e Melo recebe o títu-lo de Conde de Oeiras, em 7 de Junho de1759 (dia em que Oeiras passa a Vila), e o de Marquês de Pombal em 1770. Em 1777, o rei D. José I morreu. Quando D. Maria I começou a gover-nar, expulsou o Marquês de Pombal.
Na entrada do Palácio existe, pintada, uma estrela de oito pontas e quatro meias luas, que é chamada a boa estrela. Num lado tem um Fauno (meio homem, meio cabra), que é protector dos pastores e rebanhos. Do outro lado, tem um ciclope (tem um só olho, situado na testa).
As escadas que dão acesso às salas são grossas e largas, para as senhoras que se vestiam com enormes vestidos terem espaço para subirem as escadas.
O palácio é muito grande, e o seu arquitecto foi Carlos Mardel. A primeira sala em que entrámos foi
uma das mais importantes, o salão nobre ou a sala chinesa (pelos móveis, quadros e tecidos chine-ses), ou ainda sala da Batalha (porque os seus azulejos azuis representam cenas de batalhas).
A sala seguinte é chamada
sala de caça, porque no tecto há uma pintura da Deusa Diana e várias cenas de caça (antes esta sala era o quarto do Marquês de Pombal). A outra sala, chamada sala da música, tinha pintado no tecto o irmão gémeo da Diana, Apolo.
Depois da morte do Marquês de pombal, o Palácio foi vendido a Artur Brandão, que em 1939 o vendeu à Fundação Calouste Gul-benkian e, actualmente, é uma escola para adultos.
Terminámos a visita com um agradecimento à guia no jardim do Palácio onde D. Maria I esteve pela última vez em Agosto de 1783.
Agradecemos às professoras Margarida Próspero e Catarina Alexandre, que organizaram esta visita, e aos nossos pais por nos terem dado autorização.
Cátia Rodrigues nº 7 – 6º F Inês Mendes nº 15 – 6º F
Visita de Estudo ao Palácio do Marquês de Pombal
Visitas de Estudo
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Visitas de Estudo
Le 19 février 2010 notre classe a visité le mu-
sée Calouste Gulbenkian pour observer l’art français.
Nous sommes partis le matin avec une autre classe et
nos professeurs (Suzete Jorge, Ângela sucena, An-
dreia Neves et Inês Carvalho) . Avant d’entrer dans le
musée on a fait un petit tour au jardin. C’est un beau
jardin avec beaucoup d’arbres et on peut écouter les
oiseaux chanter allègrement. Il y a aussi des jeunes qui
étudient, alors il faut faire du silence. Le musée Ca-
louste Gulbenkian a beaucoup de pièces d’art que mon-
sieur Gulbenkian a collectionné. Il y a des pièces qui
ont plus de 25 siècles !
Je vais parler un peu sur une peinture que je
considère un chef-d’œuvre et a capté plus d’attention
que les autres. La peinture s’appelle “La Lecture” et a
été réalisée par Henri Fantin-Latour en 1870. À gauche
on peut voir Victoria Doung, future femme de Fantin-
Latour, qui est très sérieuse et concentrée avec ses
yeux plongés dans le livre. À droite on peut voir Charlot-
te Doung. Il semble qu’elle nous regarde et elle a une
expression énigmatique et mystérieuse. Pour une rai-
son que nous ne savons pas Charlotte semble en évi-
dence dans la peinture. Pourquoi cela ? Personne ne
le sait .
Marta Granadeiro, 9º B
Tal como nos anos anteriores,
as oito turmas de sexto ano foram
ver a peça “Ulisses” ao Auditório do
Colégio S. João de Brito, no dia 1
de Abril.
Como sempre, o grupo Cultu-
ral Kids deliciou a juvenil assistên-
cia com a adaptação que fez da
obra “Ulisses”, de Homero.
Como trabalho prévio, foi ana-
lisada nas aulas de Língua Portu-
guesa a versão de “Ulisses”, de
Maria Alberta Menéres.
Os alunos viram materializa-
das no palco todas as personagens
que tão faladas tinham sido nas
aulas, emocionando-se com todas
as aventuras e desventuras do
herói.
Mais uma vez a nossa escola
marcou a sua presença com uma
educação e correcção admiráveis.
Professoras de Língua Portuguesa
Visite d’étude au musée Calouste Gulbenkian
FOMOS AO TEATRO!
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Alfred Nobel nasceu em Estocol-mo, na Suécia, em 1833. Filho de um engenheiro, seguiu o seu pai até à Rússia e apaixonou-se pela física e pela literatura. Estudou química em Paris com o inventor da nitroglicerina, um produto tão instável que estoura ao menor choque. De volta à Suécia, com trinta anos, Nobel levou a cabo investi-gações para tornar a nitroglicerina mais fácil de manipular. Misturou-a com sílex e obteve uma pasta a que chamou “dinamite”. Esta invenção proporcionou-lhe uma enorme fortuna. Grande humanista, empenhou-se no desenvol-vimento das ciências, da leitura e da paz. No seu testamento estabeleceu
que a sua imensa fortuna deveria recompensar todos os anos “aquelas pessoas que, no decurso do ano ante-rior, mais tivessem contribuído para a melhoria do conjunto da humanidade”. Os primeiros prémios Nobel foram atri-buídos em 1905 a cinco categorias: física, química, medicina, literatura e paz. Em 1969, criou-se um sexto pre-mio: o Nobel da economia.
Rodrigo Silva, 5ºI
Carlos Filipe Ximenes Belo nasceu em Baucau, em Timor-Leste, no dia 3 de
Fevereiro do ano de 1948. D. Ximenes Belo é um bispo católico timorense que, em
conjunto com José Ramos Horta, foi recompensado com o Nobel da Paz de 1996,
pelo seu trabalho em busca de uma solução justa e pacífica para o conflito em
Timor-Leste. Em Fevereiro de 1989, Ximenes Belo escreveu ao presidente de Por-
tugal, Mário Soares, ao papa João Paulo II e ao secretário-geral das Nações Uni-
das, Javier Pérez de Cuellar, reclamando por um referendo sob os auspícios da
ONU sobre o futuro de Timor-Leste e pela ajuda internacional ao povo timorense,
que estava "a morrer como povo e como nação". No entanto, quando a carta dirigi-
da à ONU se tornou pública em Abril, Ximenes Belo tornou-se uma figura pouco
querida pelas autoridades indonésias. Esta situação veio a piorar ainda mais quan-
do o bispo deu abrigo na sua própria casa a jovens que tinham escapado ao massa-
cre de Santa Cruz (1991) e denunciou os números das vítimas mortais.
Equipa do Jornal
O Prémio Nobel da Paz 2010 foi atribuído ao chinês Liu Xiaobo, pela sua luta não violenta contra a defesa dos direitos humanos na China. Liu Xiaobo é poeta e pro-fessor de literatura, participou nos protestos de Tiananmen em 1989 e foi condenado à prisão por assinar um protesto em prol da reforma democrática na China.
Liu está preso, tendo sido condenado a 11 anos de prisão em 2009, por ter incentivado, em 2008, uma manifestação contra o Estado Chinês, defendendo a liber-dade de expressão e democracia na China.
Equipoa do Jornal
Alfred Nobel
Prémio Nobel da Paz 2010
D. Carlos Ximenes Belo
Página 17 TAGARELA
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Há muito tempo, antes da independência de Portu-gal, quando o Algarve pertencia aos Mouros, vivia ali um rei Mouro que namorava com uma rapariga do norte da Europa, à qual davam o nome de Gilda.
Era encantadora, essa rapariga, a quem todos cha-mavam a "Bela do Norte", e por isso não admira que o rei, de pele brilhante, tão bravo e audaz na guerra, a quisesse para rainha.
Apesar das festas que houve nessa ocasião, uma tristeza se apoderou de Gilda. Nem os mais ricos pre-sentes do esposo faziam nascer um sorriso naqueles lábios agora descorados.
O rei conseguiu, enfim, um dia, que Gilda, em pranto e soluços, lhe confessasse que toda a sua tristeza era devida a não ver os campos cobertos de neve, como na sua terra.
O grande temor de perder, a esposa amada fez sur-gir, então, ao rei, uma ideia. Deu ordem para que, em todo o Algarve, se fizessem plantações de amendoeiras, e, no princípio da Primavera, já elas estavam todas cobertas de flores.
O bom rei, antevendo a alegria que Gilda havia de sentir, disse-lhe:
- Gilda, vinde comigo à varanda da torre mais alta do castelo e contemplareis um espectáculo encantador!
Logo que chegou ao alto da torre, a rainha bateu palmas e soltou gritos de alegria ao ver todas as terras cobertas por um manto branco, que julgou ser neve.
- Vede - disse-lhe o rei sorrindo - como Alá é amável
convosco. Os vossos desejos estão cumpridos! A rainha ficou tão contente que, dentro em pouco,
estava completamente curada. A tristeza que a matava lentamente desapareceu, e Gilda sentia-se alegre e satisfeita junto do rei que a adorava. E todos os anos, no início da Primavera, ela via do alto da torre as amen-doeiras cobertas de lindas flores brancas, que lhe lem-bravam os campos cobertos de neve, como na sua terra Natal.
Mariana Costa e Mª Leonor Monteiro
A lenda das Amendoeiras em flor
O Sol liberta mais energia num segundo do que tudo que a humanidade já consumiu na sua existência.
Antes da Segunda Guerra Mun-dial, a lista telefónica de Nova Iorque tinha 22 Hitlers. Depois dela, não tinha mais nenhum.
Shigechio Isumi, um pescador japonês viveu 121 anos.
Antes de 1800, os sapatos para o pé direito e para o pé esquerdo eram iguais.
O elefante é o único animal com quatro joelhos.
A população mundial deve dobrar em 2050.
10.000 produtos químicos são
criados por dia.
Os coalas não bebem água, eles absorvem os líquidos das folhas de eucalipto quando as comem.
Os astronautas são mais altos no espaço que na Terra, devido à ausência de gravidade.
Os ratos multiplicam-se tão rapi-damente que, em 18 meses, um casal de ratos pode ter para cima de um milhão de descendentes.
O isqueiro foi inventado antes do fósforo.
Tal como as impressões digitais, a superfície da língua é diferente de pessoa para pessoa.
Os camarões têm o coração alo-jado na cabeça.
Alguns leões acasalam até 50 vezes
num dia.
Um crocodilo não coloca a língua para fora da boca.
Rodrigo Silva, 5ºI
CURIOSIDADES
Romeu e Julieta
A história tem como cenário a cidade de Verona. Duas famílias poderosas são inimigas mortais: a famí-lia Montecchio e a família Capuleto. Vivem em cons-tantes conflitos, os quais perturbam a ordem e a paz da cidade. Tais acontecimentos provocam a ira do Príncipe, que determina severa punição aos envolvi-dos nos conflitos: caso as brigas e provocações não cessassem, seriam punidos com a morte. Romeu, um jovem Montecchio passional e destemido, sofre de amor por Rosalina. Tem como melhores amigos e companheiros Benvólio e Mercúcio. É convidado por estes, no intuito de fazê-lo esquecer Rosalina, a ir ao baile de máscaras dos Capuleto. Romeu encanta-se por uma jovem e bela moça, que descobre ser Julieta Capuleto, que corresponde ao encantamento. Mais tarde, Romeu invade o jardim da casa de Julieta e, escondido, ouve Julieta declarar seus sentimentos por ele. Decide revelar sua presença e, após trocarem juras de amor, marcam o casamento para o dia seguinte. Romeu vai à cela de Frei Lourenço e con-vence-o a realizar a cerimônia secreta. Com a ajuda da Ama de Julieta, a cerimônia é realizada. Após a cerimónia, Romeu presencia um duelo entre seus ami-gos e Teobaldo, um Capuleto, primo de Julieta. Mes-mo desafiado, Romeu nega-se a lutar, mas Teobaldo mata Mercúcio e Romeu, tomado pela cólera, mata Teobaldo. O Príncipe abranda a punição e permite que Romeu viva, mas resolve bani-lo da cidade para sem-pre. Romeu refugia-se na cela do Frei Lourenço. Julie-ta, prometida ao Conde Páris, recebe a notícia dos acontecimentos e mantém-se apaixonada pelo seu marido. Manda a Ama procurá-lo e entregar-lhe um anel como prova de seus sentimentos. Pede que Romeu vá ao seu quarto durante a noite. Romeu e Julieta passam a noite juntos. A Ama, apesar de ajudá-los, tenta convencer Julieta de que Romeu não serve para ela. Julieta zanga-se com a Ama. Romeu parte para Mântua logo pela manhã, após o canto da Coto-via, que simboliza o amanhecer. Enquanto isso, os pais de Julieta resolvem casá-la com o Conde Páris. Desesperada, Julieta pede ajuda ao Frei, que a acon-selha a aceitar o casamento para despistar seus pais. Dá-lhe um frasco de elixir para simular sua morte, e
montam um plano: Julieta deveria tomar o conteúdo do frasco, a sua família na sua morte, o casamento com o Conde não se realizaria e o Frei, através de uma carta explicativa, mandaria Romeu voltar, para que ficassem juntos. Porém, a carta extravia-se e Romeu recebe a notícia da morte da amada. Compra um veneno e, desesperado, decide morrer também. Volta à cidade e defronta-se com o Conde no mauso-léu onde está Julieta. Travam duelo e Romeu assassi-na-o. Toma o veneno diante do corpo de Julieta e mor-re abraçado a ela. Frei Lourenço chega para tentar impedi-lo, mas é tarde, foge para não ser desmascara-do e punido, porém, antes, acorda Julieta, que, horrori-zada, decide ficar junto do seu grande amor. Julieta beija Romeu para tentar absorver o veneno dos seus lábios e morrer também, mas a sua tentativa é frustra-da. Apanha a adaga de Romeu e apunhala-se, mor-rendo junto do seu marido. As famílias, após descobri-rem os sacrifícios dos jovens, perdoam-se mutuamen-te e juram manter a paz em nome do amor dos seus filhos.
Equipa do Jornal
14 DE FEVEREIRO DIA DOS NAMORADOS...
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TAGARELA Página 18
O Dia dos Namorados ou Dia de São Valentim é uma data especial e comemorativa na qual se celebra a união amorosa entre casais, sendo comum a troca de cartões e presentes com o simbolismo do mesmo intuito, tais como as tradicionais caixas de bombons.
Entre nós, o Dia dos Namorados celebra o amor, a paixão entre amantes e a partilha de sentimentos. Todos os anos, no dia 14 de Fevereiro, ocorre a azáfama da troca de chocolates, envio de postais e de oferta de flores. Mui-tos casais planeiam jantares românticos, noites especiais e fazem planos para surpreender e agradar à sua «cara-metade». Há também quem escolha este dia para se declarar à pessoa amada, e também quem avance com pedi-dos de casamento, embebido pelo espírito do dia.
Comemorações
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Durante o governo do imperador Cláudio II, este proibiu a realização de casa-mentos no seu reino, com o objectivo de formar um grande e poderoso exército. Cláudio acreditava que se os jovens não tivessem família, se alistariam com maior facilidade. No entanto, um bispo romano continuou a celebrar casamentos, mesmo com a proibição do imperador. O seu nome era Valentim, e as cerimónias eram realizados em segredo. A prática foi descoberta e Valentim foi preso e condenado à morte. Enquanto estava preso, muitos jovens atiravam flores e bilhetes, dizendo que os jovens ainda acreditavam no amor. Entre as pessoas que atiraram mensagens ao bispo estava uma jovem invisual, Asterias, filha do carcereiro, a qual conseguiu a permissão do pai para visitar Valentim. Os dois acabaram apaixonados e, milagrosamente, a jovem recuperou a visão. O bispo chegou a escrever uma carta de amor à jovem, com a seguinte assinatura: “do teu Valentim”, uma expressão ainda hoje utilizada. Valentim foi decapitado em 14 de Feve-reiro de 270.
Filipa Chambel
Quem é São Valentim?
O Carnaval é um período de fes-tas, regidas pelo ano lunar no Cris-tianismo da Idade Média. O perío-do do Carnaval era marcado pelo "adeus à carne", ou "carne vale", d a n d o o r i g e m a o t e r m o "Carnaval". Durante o período do Carnaval, havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cida-de comemorava a seu modo e de acordo com os seus costumes. A festa do Carnaval surgiu a partir da implantação, no século XI, da Semana Santa pela Igreja Católi-ca, antecedida por quarenta dias de jejum, a Quaresma. Esse longo período de privações acabaria por incentivar a reunião de diversas festividades nos dias que antecediam a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quares-ma.
A palavra "Carnaval" está, desse modo, relacionada com a ideia de deleite dos prazeres da carne, marcado pela expressão "carnis valles", que, acabou por formar a palavra "carnaval", sendo que "carnis", do grego, significa carne, e "valles" significa prazeres. Em geral, o Carnaval tem a dura-ção de três dias, os dias que ante-cedem a Quarta-feira de Cinzas. Em contraste com a Quaresma, tempo de penitência e privação, estes dias são chamados "gordos", em especial a terça-feira (Terça-feira gorda, também conhecida pelo nome francês Mar-di Gras), último dia antes da Qua-resma. Nos Estados Unidos, o termo mar-di gras é sinónimo de Carnaval. O Carnaval da Antiguidade era marcado por grandes festas, onde se comia, bebia e participava em alegres celebrações e busca incessante de prazeres. O Carnaval prolongava-se por sete dias, nas ruas, praças e casas da Antiga Roma, de 17 a 23 de Dezembro. Todas as actividades e negócios eram suspensos neste período, os escravos ganhavam liberdade temporária para fazer o que bem
quisessem, e as restrições morais eram relaxadas. As pessoas trocavam presentes, um rei era eleito por brincadeira e comandava o cortejo pelas ruas (Saturnalicius princeps) e as tradi-cionais fitas de lã que amarravam aos pés da estátua do deus Satur-no eram retiradas, como se a cida-de o convidasse para participar da folia.
No período do Renascimento, as
festas que aconteciam nos dias de carnaval incorporavam os bailes de máscaras, com as suas ricas fantasias e os carros alegóricos. Ao carácter de festa popular e desorganizada juntaram-se outros tipos de comemoração e, progres-sivamente, a festa foi tomando o formato actual. De acordo com o modo contempo-râneo, o carnaval ainda é conside-rado uma forma de festa bastante tradicional, pois persistiu por vários anos com o mesmo aspec-to.
Equipa do jornal
Carnaval
Comemorações
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O Dia Mundial da Árvore ou Dia Mundial da Floresta festeja-
se a 21 de Março . A comemoração oficial do Dia da Árvore teve
lugar pela primeira vez no estado norte-americano do Nebraska, em
1872. Nos EUA, é comemorado no dia 23 de Setembro, no aniver-
sário de Julius Sterling Morton, morador do Nebraska, que incenti-
vou a plantação de árvores naquele estado.
A Festa da Árvore rapidamente se expandiu a quase todos os paí-
ses do mundo, e, em Portugal, comemorou-se pela primeira vez a 9
de Março de 1913. Nesse dia, não se esqueça, plante uma árvo-
re. Escolha uma árvore já enraizada, e regue-a de seguida. Dê-lhe
depois mais algumas regas durante a Primavera e o Verão. Ao
plantar uma árvore, estará a dar um contributo para a construção
de um futuro sustentável.
Equipa do jornal
Dia Mundial da Floresta e da Árvore
Ano Internacional da Floresta
Na semana de 21 a 25 de Março, comemorou-se
na escola o Ano Internacional da Floresta. De entre as
diversas actividades desenvolvidas salienta-se, no
âmbito do Departamento das Ciências Experimentais
e em interdisciplinaridade com diversas Áreas Curricu-
lares e Não Curriculares, a apresentação/divulgação
de trabalhos elaborados pelos alunos ao longo do
período, relacionados com a floresta/árvore, que
decorreu no CR (exposição de material ao vivo, carta-
zes, puzzles e maquetes; leitura de textos e poemas;
poemas musicados; visualização de filmes e ppt).
No átrio do CR esteve a exposição “A floresta não
é só paisagem”. Esta actividade incluía a interpretação
da informação dos cartazes e realização do jogo pro-
posto, a visualização de um filme multimédia e elabo-
ração de comentários por parte dos alunos.
Ao longo da semana, foram plantadas várias árvo-
res no recinto escolar, pelas turmas de 5º ano.
Professoras
Natércia Barbosa e Paula Beirão
Comemorações
TAGARELA Página 21
Tendo em conta o elevado número de
incêndios que todos os anos assolam o
nosso país, não podemos ficar indiferentes e, como
educadores, sentimo-nos na obrigação de sensibilizar
os cidadãos e concretamente os mais jovens para este
problema.
Pensamos que a defesa e a conservação das nos-
sas florestas passa pela mudança de atitudes e de
comportamentos, pelo aumento do conhecimento indi-
vidual do seu valor e do funcionamento dos seus ecos-
sistemas.
Esta abordagem temática insere-se dentro dos
conteúdos leccionados nas disciplinas de Ciências
Naturais e Ciências da Natureza e, porque consegui-
mos dar mais valor ao que compreendemos, pretende-
mos com o desenvolvimento do tema “Conhecer as
árvores para proteger as florestas”, no âmbito do Pro-
jecto “Ciência na Escola” da Fundação Ilídio Pinho,
contribuir para consciencializar os jovens de que as
florestas são um bem a preservar, e a sua conserva-
ção depende de todos nós.
Por outro lado, o ensino das Ciências, para além
da transmissão de conhecimentos, deve promover
uma educação em ciência que contribua para formar
cidadãos capazes de compreenderem o mundo natu-
ral que os rodeia, e saberem interpretar de modo ade-
quado as suas manifestações.
Assim, pretendemos que, com a realização deste
projecto, o ensino das Ciências possibilite aos jovens:
- aprender ciências, através da aquisição de conhe-
cimento conceptual e teórico;
- aprender acerca da ciência, levando-os a com-
preender a natureza, a história e as relações Ciência –
Tecnologia - Sociedade – Ambiente;
- aprender a fazer ciência, proporcionando-lhes
actividades de investigação e de resolução de proble-
mas.
Profª. Natércia Barbosa
Projecto “Ciência na Escola”
As origens do termo A Páscoa é uma das datas comemorativas mais
importantes entre as culturas ocidentais. A origem desta comemoração remonta a muitos séculos atrás. O termo “Páscoa” tem uma origem religiosa que vem do latim Pascae. Na Grécia Antiga, este termo tam-bém é encontrado como Paska. Porém, a sua origem mais remota é entre os hebreus, onde aparece o ter-mo Pesach, cujo significado é passagem.
A Páscoa Judaica Entre os judeus, esta data assume um significa-
do muito importante, pois marca o êxodo deste povo do Egipto, por volta de 1250 a.C., onde foram aprisio-nados pelos faraós durante vários anos. Esta história encontra-se no Velho Testamento da Bíblia, no livro Êxodo. A Páscoa Judaica também está relacionada com a passagem dos hebreus pelo Mar Vermelho, onde, liderados por Moisés, fugiram do Egipto.
Nesta data, os judeus fazem e comem o matzá (pão sem fermento) para lembrar a rápida fuga do Egipto, quando não sobrou tempo para fermentar o pão.
A Páscoa entre os cristãos Entre os primeiros cristãos, esta data celebrava
a ressurreição de Jesus Cristo (quando, após a morte, a sua alma voltou a unir-se ao seu corpo). O festejo era realizado no domingo seguinte à lua cheia poste-rior ao equinócio da Primavera (21 de Março).
Entre os cristãos, a semana anterior à Páscoa é considerada como Semana Santa. Esta semana tem início no Domingo de Ramos, que marca a entrada de Jesus na cidade de Jerusalém.
A História do coelhinho da Páscoa e os ovos
A figura do coelho está simbolicamente associa-
da a esta data comemorativa, pois este animal repre-senta a abundância. O coelho reproduz-se rapidamen-te e em grandes quantidades. Entre os povos da anti-guidade, a fertilidade era sinónimo de preservação da espécie e melhores condições de vida, numa época onde o índice de mortalidade era altíssimo. No Egipto Antigo, por exemplo, o coelho representava o nasci-
mento e a esperança de novas vidas. Mas o que tem a reprodução a ver com os signi-
ficados religiosos da Páscoa? Tanto no significado judeu como no cristão, esta
data relaciona-se com a esperança de uma vida nova. Já os ovos da Páscoa (de chocolate, enfeitos, jóias) também estão neste contexto da abundância e da vida nova.
Mariana Costa e Mª Leonor Monteiro,5º G
A Páscoa
Comemorações
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Palavra ao Leitor
Dia Escolar da Não-Violência e da Paz, 28 de Janeiro Escola 2,3 Conde de Oeiras
Intervenção feita pela Presidente da Associação de pais, em resposta à pergunta: Como educar para a paz na Família?
A construção da paz deve começar na família.
É no seio da família que a criança começa a ser educada tanto para a paz quanto para a violência e os pais têm a responsabilidade da educação do seus filhos, a qual deve ter como base o amor e o respeito pelas crianças como seres humanos, únicos e dignos.
Deve a familia desenvolver na criança a cooperação, a co-responsabilidade e o respeito mútuo, desenvolvendo assim valores importantes para a convivência com outras pessoas, tambem deve desenvolver a solidariedade, a gentileza, o respeito por qualquer ser humano, a consideração e a responsabilidade sendo importante trabalhar na criança as capacidades de abertura à reconciliação, ao diálogo e ao perdão.
Mas a educação não pode ficar só em enunciar conceitos ou comunicar valores, deve sim promover acções que propiciem viver experiências solidárias e ajudem a criar hábitos de solidariedade, porque, por muito que se fale da solidariedade, esta só se aprende quando se vive.
É assim de extrema importancia que as familias tentem participar em acções de voluntariado na comunidade em que estão inseridas, incluindo sempre que possivel as crianças. É primeiro com o nosso exemplo que mostramos como é importante participar e como podemos fazer a diferença, e é mais tarde ao inclui-las que elas iram aprender o verdadeiro significado da palavra Solidariedade.
Para terminar resta-me dizer que destas acções é a familia quem sai ganhadora, pois pela partilha constroi laços mais fortes de amor e compreensão entre os seus membros.
Ana Bettencourt
Numa folha em branco, escrevo LIBERDADE
Liberdade, o desejo incontido de gritar que se é gente, com direito à presença, à opinião, à intervenção. Mas depois da conquista, como se vive essa liberdade? A luta pela liberdade é quase sempre colectiva e viver em liberdade não é colectivo? Cada acção individual tem consequências nos outros que fazem parte desse colectivo. Eu sou único e faço o que quero: mas o que é que eu quero? Já olhei para o lado? Um vizinho, um amigo, um colega também são gente e também conquistaram a liberdade. O sentido da liberdade não se esgota nas palavras “ser livre”. Está para lá de cada um de nós... A minha vontade não pode prejudicar ou anular a vontade do outro – é assim que a liberdade se prolonga na responsabilidade. Liberdade e responsabilidade são assim duas páginas da mesma folha em branco que, em cada dia, eu tenho que preencher. Tenho liberdade para falar, mas a responsabilidade de saber o que digo. Tenho liberdade para escolher, mas a responsabilidade de saber escolher. Tenho liberdade para dar opiniões, mas a responsabilidade de respeitar a opinião dos que estão ao meu lado. Tenho liberdade para dizer NÃO, mas a responsabilidade de saber ouvir os outros dizer NÃO ao meu NÃO.
Continua na página seguinte
(REFLEXÕES QUE NUNCA É DEMAIS REPETIR ...)
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Palavra ao Leitor
ESTUDO ACOMPANHADO?????
BOA PIADA!
O respeito pelos outros é a base de uma liberdade responsável – só assim receberei em troca o respeito dos outros pelas minhas opiniões e decisões.
“Ser livre não é fazer o que se quer, mas sim, fazer o que se deve” – Direitos e deveres fazem parte do conceito de liberdade, concretizado em cada acto individual.
Quando a minha forma de estar e conviver prejudica outros, estou a saber usar a liberdade?
Ser livre é saber escolher:
O momento certo
A atitude correcta
A palavra adequada
A conversa útil
A convivência saudável
É saber escolher com responsabilidade, no respeito por cada um que está ao nosso lado que, como nós, também conquistou a liberdade.
A propósito de liberdade, para reflectir em sala de aula: Sei usar a liberdade, quando interrompo o professor com comentários inoportunos? Sei usar a liberdade, quando brinco e converso em vez de trabalhar? Sei usar a liberdade, quando prejudico o trabalho dos outros? Sei usar a liberdade, quando tenho atitudes incorrectas com colegas? Sei usar a liberdade, quando falo com o professor de forma pouco educada? Sei usar a liberdade, quando provoco discussões e conflitos?
Frequentar a Escola é um direito – é o direito à Educação e Formação Cumpro eu o meu dever – trabalhar e aprender?
Tenho presente que “a minha liberdade acaba (fica condicionada), quando começa a liberdade do outro?”
Irene Cardona
Continuação da página anterior
(REFLEXÕES QUE NUNCA É DEMAIS REPETIR ...)
Numa aula de Estudo Acompanhado,
as turmas 5º D e 5ª G estiveram a
construir “Adivinhas Matemáticas”.
A professora de Matemática, Isabel
Paula, colocou no quadro os números
8, 15, 17, 20 e 21, com os quais os
alunos deveriam escrever uma adivi-
nha, utilizando no mínimo quatro pala-
vras da unidade que estavam a estu-
dar, de modo a que a solução fosse um daqueles
números. Individualmente, e sob o mote “Quem sou
eu?”, durante cinco minutos os alunos, entusiasmados,
iam escrevendo em silêncio.
Os professores Armando Emídio e Isabel Paula e
Manuela Horta e Isabel Paula que faziam, respectiva-
mente, parceria nas turmas D e G, iam observando a
curiosidade e empenho dos alunos durante a realiza-
ção desta tarefa interdisciplinar.
Continua na pág.25
TAGARELA Página 24
Palavra ao leitor
A professora Isabel corrigia os rigor científico e a forma de comunicar em Matemática. Os outros profes-sores, os aspectos linguísticos, ortográficos e a forma criativa de elaborar o trabalho.
Quem definia os termos e conceitos eram os alunos, desenvolvendo a sua autonomia e esta actividade ser-viu também para utilizarem e clarificarem conceitos como: múltiplo, divisor, número primo ou composto e mínimo múltiplo comum.
Surgiram então estas adivinhas:
Podíamos ter realizado este trabalho apenas numa das disciplinas? Sim, mas devido à extensão dos pro-gramas não arriscávamos fazê-lo. Quarenta e cinco
minutos sem a pressão do tempo foram essenciais. Bem, mas afinal o Estudo Acompanhado, essa
área a desaparecer no próximo ano, só faz sentido para reforço da aprendizagem de alunos com dificul-dades? Não deve ser para todos? Esta tarefa, livre e não dirigida, apresentou dificuldades a todo o tipo de alunos. Não foram só os bons alunos a terem ideias correctas ou a adivinhar o “Quem sou eu?”, mas todos aprenderam mais.
Com pompa e circunstância, o senhor primeiro-ministro declarou, em conferência de imprensa, con-gratulando-se pelos resultados do PISA, que os alunos portugueses tinham melhorado as suas competências em domínios como a Matemática e a Língua Materna. Sobre os professores nada disse!
Será que estas melhorias já são tão consistentes que permitam eliminar esta área, neste momento? Não é necessário consolidá-las? Com a generalização de novos programas de Matemática este ano, e, no início no próximo ano lectivo, do Novo Programa Lín-gua Portuguesa, com outra forma de escrita devido ao acordo ortográfico, não há o risco de voltarmos para trás? Sem querermos fazer futurologia, pensamos que, depois, se vai chorar sobre leite derramado...
É a economia a mandar na escola, no mau sentido. Os resultados ver-se-ão!
Professores
Armando Emídeo, Isabel Paula e Manuela Horta
ESTUDO ACOMPANHADO????? BOA PIADA!
Continuação da página anterior
Segundo a opinião dos alunos da turma, a peça estava bem organi-
zada e bem ensaiada. A ideia de o público “entrar”na peça foi bastante
original e emocionante. Os actores estavam à vontade e, mesmo que
não percebêssemos Inglês, a história era bem explicada pelos gestos
que eles faziam. A história é bem conhecida, mas a Companhia do Tea-
tro, fez uma adaptação muito curiosa da peça. Os fatos dos actores e os
cenários estavam bastante
engraçados, e os actores, tanto
na mudança do cenário como
dos personagens, eram muito
rápidos.
Quase todos os alunos gosta-
ram e, provavelmente, os professores adoraram. A nossa turma portou-se
muito bem, tanto na viagem a pé como durante a assistência.
Gostaríamos de voltar a assistir a outra peça como esta…
Miguel Roldão e Marta Alves, 5º A
O que pensam os alunos do 5º A sobre a ida ao teatro
“Litle Red Riding Hood”
Quem sou eu? Adivinha Quem sou eu?
Sou um número com-posto e não primo.
Sou um múltiplo de 2, 4, 5 e 10, por isso sou um número composto.
Sou um número com-posto e um dos meus divisores é o número 3.
Um dos meus divisores é o 7.
Tenho dois algarismos. O meu último algaris-mo é múltiplo de todos os números
O número que multi-plica o 3, para dar o meu resultado é ímpar e é primo.
Tenho dois algarismos. O algarismo das deze-nas é par e o das unidades é ímpar.
A minha decomposição factorial é 22x5
Metade do meu número é um número não inteiro, mais pequeno que 10
Gonçalo 5º D Carolina Castro 5ºG João Oliveira, 5ºD
Solução 21 Solução 20 Solução 15
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Espaço dos Mais Novos
Todos diferentes todos iguais…
Ao trabalharmos no Projecto Crescer a Brincar, descobrimos que, apesar de
termos origens e nacionalidades diferentes, “sentimos todos o mesmo”. As
emoções e pensamentos determinam como nos comportamos e por isso torna-
nos únicos e especiais.
A nossa turma é riquíssima no que diz respeito à fala de diferentes línguas. O
Ulrich e o Konrad, de nacionalidade mexicana, falam espanhol. A Mihaela, de
nacionalidade moldava, fala moldavo. A Darlene, de nacionalidade cabo verdia-
na, fala cabo verdiano. A Nadine, que viveu na Alemanha, fala alemão.
Estas foram algumas das palavras que aprendemos:
Como estás? Bom dia Obrigado Wie guetes dir ? Guten tag Danke - Alemão
Como estas Buenos dias Gracias - Espanhol
Cum esti? Bumã zua Multumesc - Moldavo
Cuma ces bu sta ? Bon dia Oubrigado – Cabo verdiano
Turma do 3º ano – EB1 Joaquim Matias
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Espaço dos Mais Novos
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E.B.1/J.I. Sá de Miranda
Reportagem , pela Turma do 4ºA
Desfile da Primavera em 18 de Março
A Escola participou no Desfile da Primavera, promovido pela Junta de Freguesia de Oeiras e S. Julião da Barra.
A nossa turma adoptou a temática da Biodiversidade e tivemos como objectivos alertar as pessoas para a necessidade de pro-
teger a natureza e dar a conhecer espécies animais em vias de extinção (ou mesmo já extintas).
Começámos por distribuir tarefas e fazer pesquisas, com a ajuda da professora e das nossas famílias. Recolhemos imagens e
mapas. Seguiram-se os textos informativos, que registámos utilizando o “Magalhães”.
Destinámos uma manhã para fazer os Cartazes: medimos, cortámos, colámos, desenhámos e escrevemos.
Finalmente chegou o dia de mostrar o nosso entusiasmo e trabalhos: fixámos os trabalhos ao peito e lá fomos nós… prontos para
partilhar tudo o que aprendemos acerca da Biodiversidade.
Fomos abordados por diversas pessoas que, interessadas, pediam para ver e ler as mensagens dos nossos cartazes. Colocaram-
nos questões relacionadas com os animais
(habitat, características, proveniência…), que estávamos a divulgar.
Não nos cansámos de repetir a frase: “- Protegemos a Biodiversidade !”
A Turma do 4ºA
Última Hora
Vai acontecer no 3º período
Colóquio “Profissões em Foco”
- Dia 9 de Maio entre as 14:45h e as 16:30h, destinado às Áreas das Ciências Sociais e Humanas, Sócio-Económicas e Artes.
- Dia 12 de Maio entre as 14:45h e as 16:30h, destinado às Áreas das Ciências, Tecnologias e Artes.
As sessões terão lugar na Bibliote-ca/Centro de Recursos da Escola Básica 2.3 Conde de Oeiras.
Feira dos Minerais
- De 27 a 29 de Abril
Gincana da Saúde, Ambiente e
Qualidade de Vida
- 3 de Junho
Laboratório Aberto para os alu-
nos de 4º ano das EB1.
. Exposição de trabalhos sob
Prémios Nobel da Química.
- 17 de Junho
Concurso de Leitura
(Departamento de Línguas)
- 16 e 17 de Junho
“À conversa com … “ a escri-
tora Ana Esteves
- De 16 a 20 de Maio
Concurso - Jogo do 24
Participação dos alunos do 4º, 5º e
6º anos.
- 2 de Junho
Concurso Supermatic e
Olimpíadas de HGP
- 8 de Abril
O Scratch já chegou à Conde de Oeiras
No dia 31 de Março, fomos assistir a duas peças de teatro em Inglês. Os mais novos, 4º e 5º anos, viram “Little Red Riding Hood”. Os mais
velhos viram “Blackbeard”. Aqui está o testemunho de alguns alunos do 9º ano: “The actors were very good and funny, and had great accents. The inter-
action with the audience kept us amused and entertained, the wardrobe and the scenery were excellent. All in all, it was better than last year.”
(Marta Granadeiro, Beatriz Negreiro and Tamires Veronese, 9
th B).
Gostariamos também de agradecer aos professors que nos acompanharam. Es-peramos que se tenham diver-tido tanto como nós.
O Grupo de Inglês
TEATRO DE INGLÊS
À conversa com uma escritora No dia 4 de Abril, algumas turmas da nossa escola estiveram à conversa com a escritora Luísa Fortes da Cunha que lhes esclareceu algumas das suas dúvidas relativamente às aventuras da Teodora e lhes deixou mui-ta curiosidade quanto às próximas.
Grupo de Língua Portuguesa
O Scratch é uma linguagem de programação que torna fácil criar histórias interactivas, animações, jogos, música e arte, e compartilha-lhas com os outros pela Web.
Ao mesmo tempo que cria e parti-lha os projectos em Scratch, a crian-ça aprende importantes ideias mate-máticas e computacionais, para além de desenvolver o raciocínio, o pensa-mento criativo e sistémico e a traba-lhar de forma colaborativa. Pode saber mais sobre o Scratch em http://
scratch.mit.edu/
Apostando na inovação, a Câmara Muni-cipal de Oeiras possibilitou aos professo-res deste concelho um curso de forma-ção em Scratch, a decorrer na EB2,3 Conde de Oeiras, estando alguns profes-sores do agrupamento, neste momento já "masters" nesta linguagem de progra-mação e cheios de entusiasmo para a pôr a dar frutos.
Olga Cação e Ruben Pinto