jornal do sinttel-rio nº 1.411

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Embora toda negociação devesse começar com uma proposta minima- mente digna para ser debatida, as em- presas surpreenderam e muito, mas para pior. Elas tiveram a coragem de apresentar uma proposta inaceitável de 4,93% para reajuste de salários e benefícios. Além disso, sequer fize- ram uma proposta de reajuste para carro agregado e mais grave ainda, propuseram o retorno do famigerado banco de horas. Uma luta antiga do Sindicato que só foi possível chegar ao fim, após uma greve de 7 dias, em 2010, com a adesão de praticamente toda a categoria. Também propuseram mudar o indicador utilizado para os cálculos de reajuste de salários e benefícios. Ao invés do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do IBGE, utilizado por absolutamente todas as categorias e respectivos sindicatos e CAMPANHA DAS PRESTADORAS Sinttel rejeita proposta infame das prestadoras Aconteceu ontem, dia 6, a segunda rodada de negociação da Convenção Coletiva de Trabalho 2014/15 (CCT) para os trabalhadores com data base em 1º de abril. Participaram da reunião as empresas que prestam serviço, entre elas: Stefanini, Hauwei, Flowers, Logictel, Between, BTCC, Clemar, Italtel e Engeset. empresas, querem aplicar o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da FIPE, que nós e nenhum outro sindicato utiliza para qualquer tipo de negociação. QUARTEIRIZAÇÃO Não bastasse isso, as empresas tenta- ram empurrar goela abaixo do Sindicato o ápice da precarização do trabalhador: a quarteirização. Querem permitir que as empresas que já terceirizam seus tra- balhadores pratiquem uma nova cadeia de terceirização. A proposta das empresas foi rejeitada veementemente pela direção do Sinttel que exigiu o atendimento da pauta de reivindicações com a unificação das três datas base de abril, julho e agosto em abril; pagamento de piso mínimo no valor de R$ 1200, 00 para as todas as datas bases, planos de saúde unificados para melhorar o atendimento dos traba- lhadores, critérios básicos de PPR e vale Embora a data base seja agosto a campanha salarial já começou, pois uma das principais reivindi- cações deste ano é a unificação da data base de todas prestadoras de serviços de telecomunicações em 1º de abril. A assembleia para discussão e aprovação da Pauta de Revindicações será na quinta-feira, dia 8, às 18h, na sede do Sindicato (Rua Morais e Silva, 94). No mesmo dia 8, às 8h, Sin- dicato fará assembleia com os trabalhadores da Serede (Santa cruz) e da Telemont (Alcântara) e no dia 12, às 8h, na Procisa CAMPANHA DA REDE Assembleia dia 8 discute Pauta de Reivindicações (Engenho Novo). Por que unificar a data base? O primeiro e mais importante motivo é porque juntos somos mais fortes. Depois porque não tem sentido se manter Três Con- venções Coletivas de Trabalho (CCT) uma em abirl (data base das prestadoras) outra em julho (data base dos prestadores de serviços de TV por Assinatura) e outra em agosto da rede. A an- tecipação da campanha tem por fim fecha uma única CCT para os trabalhadores das prestadoras em 1ª de abril. COPA DO MUNDO Outro motivo para antecipar as campanhas de julho e agosto para agora é que neste período estará acontecendo no Brasil a Copa do Mundo e isso pode acarretar atrasos nas negociações com prejuízo para os trabalhadores. O Sindicato está percorrendo os locais de trabalho para mobi- lizar a categoria. O primeiro ato foi dia 2, em Alcântara e outros acontecerão. É muito importante refeição de R$ 20,00. Diante da recusa da empresa em aten- der a nossa pauta, os diretores cobraram mais respeito aos trabalhadores e bom senso nas negociações. É bom lembrar, que grande parte das empresas que es- tiveram presentes na reunião têm data base unificada nacionalmente em 1 º de abril. O Sinstal (sindicato patronal) que representa as empresas e que negocia no Rio é o mesmo que negocia nacionalmen- te, contudo a proposta apresentada aqui foi inferior à apresentada na negociação nacional. Diante do impasse foi agendada uma nova reunião para a próxima terça- feira, dia 13, no Sinttel quando esperamos que seja feita de fato uma proposta digna de apreciação dos trabalhadores. Hoje, dia 7, acontece a 1ª rodada de nego- ciação com o Sinstal (sindicato patronal), às 9h30, na sede do Sindicato. O objetivo é a antecipação da campanha salarial dos trabalhadores de ins- talação e manutenção de TV por assinatura com data base em 1º de julho. Participam dessa negociação entre ou- tras empresas, a Líder, que todos os trabalhadores se mobilizem desde já, participem dos atos e venham à assembleia trazendo sugestões para pauta. PAUTA DE REIVINDICAÇÕES A pauta da campanha desse ano terá sete eixos considerados prioridade. Veja a seguir: . Unificação das redações das CCT´s, datas bases de 1º de abril, 1º julho e 1º de agosto . INPC cheio do período para todos os salários e benefícios . Critérios básicos de elegibi- lidade, absenteísmo e proporcio- nalidade para pagamento da PLR garantidos na CCT . Piso mínimo da categoria no valor de R$ 1.200,00 . Vale Refeição/alimentação no valor de R$ 20,00 . Reajuste de 15% mais pa- gamento de 50% do IPVA para os carros agregados conforme anexo I (remuneração do contrato de locação) . Plano de a saúde unificado para a categoria Demitida por justa causa em outubro de 2010, após dirigir expressão de baixo calão a um cliente, uma teleoperadora da Atento, em Goiás, comprovou que sua reação foi causada pela síndrome de Burnout, também chamada de síndrome do esgo- tamento profissional. Com isso, conseguiu reverter, na Justiça do Trabalho, a justa causa em dispensa imotivada e receber indenização por danos morais em decorrência de doença ocu- pacional no valor de R$ 5 mil. O processo foi julgado pela Sindicato convoca os tra- balhadores da Atento para a assembleia que será realizada dia 13, no horário das 10 às 16 horas, simultaneamente nos seguintes prédios: Teleporto, Bolsa, Madureira e Penha. Ao longo da semana dirigen- tes do Sinttel percorrerão todos os sites da empresa levando aos trabalhadores a proposta de pagamento da PLR/14, cujo valor pode chegar a R$ 724,00 (piso da categoria) e deverá ser paga até 30 de abril de 2014. Para receber o valor Sexta Turma do Tribunal Su- perior do Trabalho (TST), que negou provimento ao agravo de instrumento da Atento. A rela- tora do processo, ministra Kátia Magalhães Arruda, manteve o despacho do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO) que negou seguimento aos recur- sos de revista de ambas as partes. O que é a síndrome de Burnout - De acordo com o laudo pericial que serviu de base à decisão, a síndrome de Burnout “é um quadro no qual o indivíduo não consegue mais manter sua ativi- Empresa é obrigada a pagar R$ 5 mil de indenização dades habituais por total falta de energia”. Os principais sintomas são a exaustão emocional, a des- personalização (reação negativa ou de insensibilidade em relação ao público que deveria receber seus serviços) e diminuição do en- volvimento pessoal no trabalho. Para o Sinttel-Rio o caso da operadora de Goiás vem ilustrar os inúmeros casos de doença do trabalho provocada pelo o tra- balho estressante e pela pressão absurdo imposta pela Atento aos seus empregados no Rio e demais estados. ATENTO máximo algumas metas foram estabelecidas para Atento e se isso não acontecer o valor vai sendo reduzido. A PLR tendo como teto má- ximo piso salarial da categoria é uma conquista do Sindicato que desde o ano passado cobra da empresa uma PLR nesse patamar. Para que os trabalhadores conheçam a pro- posta, o Sindicato distribuirá boletim específico com todas as informações e os referidos critérios: elegibilidade, pro- porcionalidade e absenteísmo. PLR/2014 será de até R$ 724,00 RW Conect, Petroma- re, Gtelecom, LGM/ MDU, OFC, WS Nit). A antecipação é um pleito importante do Sinttel-Rio para que a negociação salarial possa ocorrer de for- ma eficaz sem ficar comprometida com possíveis atrasos e imprevistos que pos- sam vir a ocorrer por conta dos Jogos da Copa em junho e julho desse ano. A data base da rede é 1º de agosto e envolve mais de 15 mil trabalhadores de empresas como a Telemont, Serede, Procisa, Maganha, Nesic, RM e outras no Rio de Janeiro e Grande Rio. Prestadoras de TV por assinatura LUANA LAUX Petrobrás, um mar de prejuízos? Queridinha do Brasil desde a época da campanha "O Petróleo é nosso", no governo Vargas, todo ano de eleição a maior empresa do país vira marionete no ringue das disputas eleitorais. No auge da última polêmica que tomou conta do Congresso Nacional e atingiu a empresa surge o discurso criado e ecoado pela mídia aos quatro cantos do mundo de que a Petrobrás é um verdadeiro mar de prejuízos. No centro da acusação com relação à empresa estão as perdas da Petrobrás devido a compra de uma refinaria em Pasadena, no Texas. Após um embate judicial a respeito da transação de compra e venda entre a nossa empresa e a bel- ga, Astra Oil, a aquisição custou 1,18 bilhão de reais para a nacional. Mas, vamos aos fatos: o que a mídia não fala e faz questão de esconder é o imenso lucro e desenvolvimento tra- zidos pela empresa para o país. Só em 2002, a Petrobrás valia R$ 30 bilhões, sua receita era de R$ 69,2 bilhões, o lucro líquido de R$ 8,1 bilhões e os investimentos não passavam de R$ 18,9 bilhões. Uma década depois, em 2012, o valor de mercado da Petrobrás passou a ser de R$ 260 bilhões, a receita subiu para R$ 281,3 bilhões, o lucro líquido para R$ 21,1 bilhão e os investimentos foram multiplicados para R$ 84,1 bilhão. Antes do governo Lula, a Petrobrás contava em 2002 com um efetivo de 46 mil trabalhadores próprios, produzia 1 bilhão e 500 mil barris de petróleo por dia e tinha uma reserva provada de 11 bilhões de barris de óleo. Após 2012, já no governo Dilma, a Petrobrás quase dobrou o seu efetivo para 85 mil trabalhadores, passou a produzir 2 bilhões de barris de óleo por dia e aumentou a reserva provada para 15,7 bilhões de barris de petróleo. Em 2008, apesar da grande crise econômica internacional, a Petrobrás continuou crescendo com a descoberta de uma nova fronteira petrolífera, o pré-sal. Ou seja, a verdade é que a Petrobrás vai muito bem, obrigada. Já, a mídia, esta sim, continua trazendo prejuízos para a sociedade. Sim, a neutralidade e a objetividade diante dos fatos são a base do Código de Ética do jornalismo. Mas, a mídia brasileira está doente. Sofre de uma profunda mediocridade e o jogo de interesses tomou conta de todos os seus espaços. Não diz mais verdades. Diante desse intenso bombardeio protagonizado pelo Sistema Globo que não só apoiou a ditadura, como coloca todo o seu aparato midiático a favor do que lhe convém. O Jornal do Sinttel-Rio criou a coluna Midio- cridades, mentiras da mídia, a gente desmente aqui.

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Sinttel rejeita proposta infame das operadoras

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Page 1: Jornal do Sinttel-Rio nº 1.411

Embora toda negociação devesse começar com uma proposta minima-mente digna para ser debatida, as em-presas surpreenderam e muito, mas para pior. Elas tiveram a coragem de apresentar uma proposta inaceitável de 4,93% para reajuste de salários e benefícios. Além disso, sequer fize-ram uma proposta de reajuste para carro agregado e mais grave ainda, propuseram o retorno do famigerado banco de horas. Uma luta antiga do Sindicato que só foi possível chegar ao fim, após uma greve de 7 dias, em 2010, com a adesão de praticamente toda a categoria.

Também propuseram mudar o indicador utilizado para os cálculos de reajuste de salários e benefícios. Ao invés do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do IBGE, utilizado por absolutamente todas as categorias e respectivos sindicatos e

CAMPANHA DAS PRESTADORAS

Sinttel rejeita proposta infame das prestadorasAconteceu ontem, dia 6, a segunda rodada de negociação da Convenção Coletiva de Trabalho 2014/15 (CCT) para os trabalhadores com data base em 1º de abril. Participaram da reunião as empresas que prestam serviço, entre elas: Stefanini, Hauwei, Flowers, Logictel, Between, BTCC, Clemar, Italtel e Engeset.

empresas, querem aplicar o IPC (Índice de Preços ao Consumidor) da FIPE, que nós e nenhum outro sindicato utiliza para qualquer tipo de negociação.

QUARTEIRIZAÇÃONão bastasse isso, as empresas tenta-

ram empurrar goela abaixo do Sindicato o ápice da precarização do trabalhador: a quarteirização. Querem permitir que as empresas que já terceirizam seus tra-balhadores pratiquem uma nova cadeia de terceirização.

A proposta das empresas foi rejeitada veementemente pela direção do Sinttel que exigiu o atendimento da pauta de reivindicações com a unificação das três datas base de abril, julho e agosto em abril; pagamento de piso mínimo no valor de R$ 1200, 00 para as todas as datas bases, planos de saúde unificados para melhorar o atendimento dos traba-lhadores, critérios básicos de PPR e vale

Embora a data base seja agosto a campanha salarial já começou, pois uma das principais reivindi-cações deste ano é a unificação da data base de todas prestadoras de serviços de telecomunicações em 1º de abril. A assembleia para discussão e aprovação da Pauta de Revindicações será na quinta-feira, dia 8, às 18h, na sede do Sindicato (Rua Morais e Silva, 94).

No mesmo dia 8, às 8h, Sin-dicato fará assembleia com os trabalhadores da Serede (Santa cruz) e da Telemont (Alcântara) e no dia 12, às 8h, na Procisa

CAMPANHA DA REDE

Assembleia dia 8 discute Pauta de Reivindicações(Engenho Novo).

Por que unificar a data base? O primeiro e mais importante motivo é porque juntos somos mais fortes. Depois porque não tem sentido se manter Três Con-venções Coletivas de Trabalho (CCT) uma em abirl (data base das prestadoras) outra em julho (data base dos prestadores de serviços de TV por Assinatura) e outra em agosto da rede. A an-tecipação da campanha tem por fim fecha uma única CCT para os trabalhadores das prestadoras em 1ª de abril.

COPA DO MUNDOOutro motivo para antecipar as

campanhas de julho e agosto para agora é que neste período estará acontecendo no Brasil a Copa do Mundo e isso pode acarretar atrasos nas negociações com prejuízo para os trabalhadores.

O Sindicato está percorrendo os locais de trabalho para mobi-lizar a categoria. O primeiro ato foi dia 2, em Alcântara e outros acontecerão. É muito importante

refeição de R$ 20,00.Diante da recusa da empresa em aten-

der a nossa pauta, os diretores cobraram mais respeito aos trabalhadores e bom senso nas negociações. É bom lembrar, que grande parte das empresas que es-tiveram presentes na reunião têm data base unificada nacionalmente em 1 º de abril. O Sinstal (sindicato patronal) que

representa as empresas e que negocia no Rio é o mesmo que negocia nacionalmen-te, contudo a proposta apresentada aqui foi inferior à apresentada na negociação nacional. Diante do impasse foi agendada uma nova reunião para a próxima terça-feira, dia 13, no Sinttel quando esperamos que seja feita de fato uma proposta digna de apreciação dos trabalhadores.

Hoje, dia 7, acontece a 1ª rodada de nego-ciação com o Sinstal (sindicato patronal), às 9h30, na sede do Sindicato. O objetivo é a antecipação da campanha salarial dos trabalhadores de ins-talação e manutenção de TV por assinatura com data base em 1º de julho. Participam dessa negociação entre ou-tras empresas, a Líder,

que todos os trabalhadores se mobilizem desde já, participem dos atos e venham à assembleia trazendo sugestões para pauta.

PAUTA DE REIVINDICAÇÕES

A pauta da campanha desse ano terá sete eixos considerados prioridade. Veja a seguir:

. Unificação das redações das CCT s, datas bases de 1º de abril, 1º julho e 1º de agosto

. INPC cheio do período para todos os salários e benefícios

. Critérios básicos de elegibi-lidade, absenteísmo e proporcio-nalidade para pagamento da PLR garantidos na CCT

. Piso mínimo da categoria no valor de R$ 1.200,00

. Vale Refeição/alimentação no valor de R$ 20,00

. Reajuste de 15% mais pa-gamento de 50% do IPVA para os carros agregados conforme anexo I (remuneração do contrato de locação)

. Plano de a saúde unificado para a categoria

Demitida por justa causa em outubro de 2010, após dirigir expressão de baixo calão a um cliente, uma teleoperadora da Atento, em Goiás, comprovou que sua reação foi causada pela síndrome de Burnout, também chamada de síndrome do esgo-tamento profissional. Com isso, conseguiu reverter, na Justiça do Trabalho, a justa causa em dispensa imotivada e receber indenização por danos morais em decorrência de doença ocu-pacional no valor de R$ 5 mil.

O processo foi julgado pela

Sindicato convoca os tra-balhadores da Atento para a assembleia que será realizada dia 13, no horário das 10 às 16 horas, simultaneamente nos seguintes prédios: Teleporto, Bolsa, Madureira e Penha.

Ao longo da semana dirigen-tes do Sinttel percorrerão todos os sites da empresa levando aos trabalhadores a proposta de pagamento da PLR/14, cujo valor pode chegar a R$ 724,00 (piso da categoria) e deverá ser paga até 30 de abril de 2014. Para receber o valor

Sexta Turma do Tribunal Su-perior do Trabalho (TST), que negou provimento ao agravo de instrumento da Atento. A rela-tora do processo, ministra Kátia Magalhães Arruda, manteve o despacho do Tribunal Regional do Trabalho da 18ª Região (GO) que negou seguimento aos recur-sos de revista de ambas as partes.

O que é a síndrome de Burnout - De acordo com o laudo pericial que serviu de base à decisão, a síndrome de Burnout “é um quadro no qual o indivíduo não consegue mais manter sua ativi-

Empresa é obrigada a pagar R$ 5 mil de indenizaçãodades habituais por total falta de energia”. Os principais sintomas são a exaustão emocional, a des-personalização (reação negativa ou de insensibilidade em relação ao público que deveria receber seus serviços) e diminuição do en-volvimento pessoal no trabalho.

Para o Sinttel-Rio o caso da operadora de Goiás vem ilustrar os inúmeros casos de doença do trabalho provocada pelo o tra-balho estressante e pela pressão absurdo imposta pela Atento aos seus empregados no Rio e demais estados.

ATENTO

máximo algumas metas foram estabelecidas para Atento e se isso não acontecer o valor vai sendo reduzido.

A PLR tendo como teto má-ximo piso salarial da categoria é uma conquista do Sindicato que desde o ano passado cobra da empresa uma PLR nesse patamar. Para que os trabalhadores conheçam a pro-posta, o Sindicato distribuirá boletim específico com todas as informações e os referidos critérios: elegibilidade, pro-porcionalidade e absenteísmo.

PLR/2014 será de até R$ 724,00

RW Conect, Petroma-re, Gtelecom, LGM/MDU, OFC, WS Nit).

A antecipação é um pleito importante do Sinttel-Rio para que a negociação salarial possa ocorrer de for-ma eficaz sem ficar comprometida com possíveis atrasos e imprevistos que pos-sam vir a ocorrer por conta dos Jogos da Copa em junho e julho desse ano.

A data base da rede é 1º de agosto e envolve mais de 15 mil trabalhadores de empresas como a Telemont, Serede, Procisa, Maganha, Nesic, RM e outras no Rio de Janeiro e Grande Rio.

Prestadoras de TV por assinatura

LUANA LAUX

Petrobrás, um mar de prejuízos?

Queridinha do Brasil desde a época da campanha "O Petróleo é nosso", no governo Vargas, todo ano de eleição a maior empresa do país vira marionete no ringue das disputas eleitorais. No auge da última polêmica que tomou conta do Congresso Nacional e atingiu a empresa surge o discurso criado e ecoado pela mídia aos quatro cantos do mundo de que a Petrobrás é um verdadeiro mar de prejuízos. No centro da acusação com relação à empresa estão as perdas da Petrobrás devido a compra de uma refinaria em Pasadena, no Texas. Após um embate judicial a respeito da transação de compra e venda entre a nossa empresa e a bel-ga, Astra Oil, a aquisição custou 1,18 bilhão de reais para a nacional.

Mas, vamos aos fatos: o que a mídia não fala e faz questão de esconder é o imenso lucro e desenvolvimento tra-zidos pela empresa para o país. Só em 2002, a Petrobrás valia R$ 30 bilhões, sua receita era de R$ 69,2 bilhões, o lucro líquido de R$ 8,1 bilhões e os investimentos não passavam de R$ 18,9 bilhões. Uma década depois, em 2012, o valor de mercado da Petrobrás passou a ser de R$ 260 bilhões, a receita subiu para R$ 281,3 bilhões, o lucro líquido para R$ 21,1 bilhão e os investimentos foram multiplicados para R$ 84,1 bilhão.

Antes do governo Lula, a Petrobrás contava em 2002 com um efetivo de 46 mil trabalhadores próprios, produzia 1 bilhão e 500 mil barris de petróleo por dia e tinha uma reserva provada de 11 bilhões de barris de óleo. Após 2012, já no governo Dilma, a Petrobrás quase dobrou o seu efetivo para 85 mil trabalhadores, passou a produzir 2 bilhões de barris de óleo por dia e aumentou a reserva provada para 15,7 bilhões de barris de petróleo. Em 2008, apesar da grande crise econômica internacional, a Petrobrás continuou crescendo com a descoberta de uma nova fronteira petrolífera, o pré-sal. Ou seja, a verdade é que a Petrobrás vai muito bem, obrigada. Já, a mídia, esta sim, continua trazendo prejuízos para a sociedade.

Sim, a neutralidade e a objetividade diante dos fatos são a base do Código de Ética do jornalismo. Mas, a mídia brasileira está doente. Sofre de uma profunda mediocridade e o jogo de interesses tomou conta de todos os seus espaços. Não diz mais verdades.

Diante desse intenso bombardeio protagonizado pelo Sistema Globo que não só apoiou a ditadura, como coloca todo o seu aparato midiático a favor do que lhe convém. O Jornal do Sinttel-Rio criou a coluna Midio-cridades, mentiras da mídia, a gente desmente aqui.

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humor 1.411

Rua Morais e Silva, 94 - Maracanã - RJ - CEP 20271-030 - Tel.: 2204-9300E-mail Geral [email protected] - Site http://www.sinttelrio.org.br

E-mail Jurídico [email protected] - E-mail Imprensa [email protected]

DIRETOR DE IMPRENSAMarcello Miranda

[email protected]

EDIÇÃO Socorro Andrade

Reg. 460 DRT/PB [email protected]

REDAÇÃO

Socorro Andrade e Luana Laux

ILUSTRAÇÃO Alexandre Bersot

http://www.behance.net/alexandrebersot

DIAGRAMAÇÃOL&B Comunicação Ltda

IMPRESSÃOGráfica do SINTTEL-Rio:Jorge Motta Reg. 17.924 DRT /RJ (prod. gráfica)

Valdir Tedesco (impressor)

CIRCULAÇÃO Semanal

TIRAGEM 12 mil exemplares

Orelhão Wi-FiEm setembro de 2012, o Ins-

tituto Telecom já alertava para a redução acentuada da rede de telefones públicos, os orelhões. De cerca de 1 milhão e 400 mil TPs em 2001, restavam no final de 2013 pouco mais de 900 mil. Resultado de uma política equi-vocada da Anatel que, em 2010, reduziu para 4 telefones por 1000 habitantes – em 1998, na privati-zação, a proporção estabelecida já era baixa, de 8 orelhões para cada mil habitantes. Mas por que manter telefones públicos quando o mercado da telefonia celular segue de vento em popa, a se acreditar nos números divulgados pelas operadoras?

Pra começo de conversa, uma chamada de um telefone público para um telefone fixo custa ape-nas seis centavos por minuto. A mesma chamada, se originada de um celular pré-pago, custa 50 centavos. Ou seja, 733% mais caro. E os orelhões, além de ainda fundamentais em muitas áreas do país, podem ser excelentes hots-top (ponto de acesso à internet). Ou seja: um orelhão wi-fi. Nos Estados Unidos, por exemplo, onde os telefones públicos se tornaram um canal eficiente de comunicação em situações de emergência, existem cabines telefônicas equipadas com te-las touchscreen que acessam a internet e veiculam anúncios e informações de utilidade pública, como previsão do tempo, locali-zação de restaurantes e pontos de táxi. Tudo em tempo real. Só em Nova York, os cerca de 13 mil orelhões rendem 18 milhões de dólares por ano.

Aqui, no entanto, as operadoras sucatearam a rede de TPs. Em 2012, a situação era calamitosa: aparelhos sujos, cheios de baru-lhos, sem sinal, sem condições de uso. De tal maneira que naquele ano a Anatel fez uma consulta pública para garantir que as concessionárias cumprissem suas obrigações em relação à manutenção da planta. Hoje, mais largados do que antes, os telefones públicos correm o ris-co de desaparecer. Na consulta pública sobre a renovação dos contratos de concessão, em junho, as concessionárias propõem que o número seja reduzido para apenas um por mil assinantes. E sem a fiscalização devida da Anatel, as operadoras vão alcançar seu objetivo: acabar com essa rede.

O Instituto Telecom sempre defendeu a tese de que os ser-viços são complementares e devem ser maximizados nas suas funções, não podem ser apenas instrumentos de lucro para as operadoras. A rede de telefones públicos existente deve ter re-pensada sua distribuição entre as regiões do país - o Sudeste hoje concentra cerca de 40% dos orelhões. E na revisão dos contratos de concessão deve constar a obrigação das operado-ras investirem e modernizarem a rede atual.

Em resumo: enquanto as ope-radoras querem acabar com a telefonia pública, nós queremos o orelhão wi-fi.

Leia mais em: www.institutotelecom.com.br

A presidente atendeu uma antiga reivindicação da CUT e das centrais ao anunciar a correção da tabela do imposto de renda (IR) em 4,5% e a manutenção da política de valorização do salário mínimo. As duas medidas anunciadas foram comemoradas pela CUT.

"O anúncio foi excepcional” come-morou Vagner Freitas, presidente da CUT, que considera as duas medidas importantes para o bolso dos trabalha-dores. No que se refere à correção da tabela do IR, ele disse que isso assegura aos trabalhadores o efetivo ganho dos aumentos conquistados nas campanhas salariais e com a Participação nos Lucros e Resultados (PLR), ganhos que iam direto para a boca do "Leão".

IMPOSTO DE RENDA

Governo corrige tabela em 4,5%

Já com relação à manutenção da po-lítica de valorização do salário mínimo (reajuste pela inflação mais ganho real) ele ressalta que a postura da presiden-ta caracteriza um enfrentamento do governo aos grupos conservadores da direita que atribuem o aumento do salário mínimo como estopim para a elevação da inflação.

Freitas ainda destaca que há uma guer-ra hoje no Brasil levada a cabo pelos po-líticos atrasados, candidatos financiados pelos bancos e pelos empresários, contra essa conquista da classe trabalhadora. Para ele, ao assumir que vai manter a

valorização do mínimo, a presidente deu uma resposta firme e direta a esses setores e acatou o que defendem as centrais.

REDUÇÃO DE JORNADAPor fim, Freitas admite que a pressão

das centrais continuará em defesa de outros dois pontos considerados priori-tários pelos trabalhadores, tais como, a redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais (sem redução de salário) e o fim do fator previdenciário.

Ambos os pontos foram discutidos no dia 29/04 com o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Alves (PMDB

Colabore com o Exército de Salvação

É uma instituição bastante conhecida que presta serviço huma-nitário e de assistências a crianças, idosos e pessoas necessitadas. A instituição que mantém abrigos e centros educacionais atua em todo o país. Eles recebem doções no Rio de Janeiro e em vários outros estados. Para doar, você só precisa agendar o dia e a hora que eles vão pegar. O telefone para marcar o recolhi-mento é 4003 2299.

Tudo que você tenha e esteja em boas condições e que não lhe sirva mais pode servir para outra pessoa. As doações po-dem ser de roupas, especialmente agasalhos (em condições de uso) já que o inverno está chegando, móveis, eletrodomésticos, eletroportais, cadeiras de rodas, carros de bebês, brinquedos, microcomputadores, etc.

Para conhecer o trabalho da instituição e saber mais sobre ela, você pode acessar o site http://www.exercitodoacoes.org.br.

Rede: solução para multas em Rio das Ostras

Um dos problemas vivi-dos pelo pessoal da Rede é a quantidade de multas recebidas por estaciona-mento irregular. Só que na maioria das vezes os tra-balhadores não têm outra alternativa, pois o local do reparo ou da instalação não tem vaga por perto. Entre os mais prejudicados estão os trabalhadores que atuam em Rio das Ostras.

A pedido dos trabalha-dores, o deputado Gilberto Palmares se reuniu com o prefeito de Rio das Os-tras, Alcebíades Sabino, para discutir uma solução. A reunião aconteceu na semana passada e, além do deputado, estiveram presentes os diretores do Sinttel Keila Machado e Geison Rocha.

A proposta dos traba-lhadores é que a Prefeitura autorize o pessoal de insta-lação e reparo da rede de telecomunicações a parar os veículos em qualquer lugar, quando a serviço. O prefeito se comprometeu a encaminhar o pleito para a Secretaria responsável pelo trânsito em Rio das Ostras.

EMBRATEL - Estão abertas as inscrições para eleger novos re-presentantes na Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) da Embratel. A comissão tem a finalidade de denunciar os riscos à saúde e segurança dos trabalhadores nos locais de tra-balho. É muito importante eleger pessoas identificadas com a luta sindical e dispostas a enfrentar a empresa por melhores condições de trabalho.

Se você é naturalmente um mobilizar social e quer trabalhar pela melhoria de vida da categoria se inscreva até o dia 13 de maio, no setor de recursos humanos, na sede da empresa, na Av. Presiden-te Vargas, 1012, no Centro do Rio, no horário comercial. As eleições

serão realizadas no período de 16 a 23 de maio e o resultado será divulgado na intranet a partir do dia 28 de maio a 4 de junho.

Os eleitos para a Cipa têm direito à estabilidade provisória de 2 anos. Um ano relativo ao período do mandato e mais um ano após o término do mesmo.

GVT - Os trabalhadores da GVT interessados em participar da Cipa Botafogo/RJ deverão procurar o técnico em segurança do trabalho, Wanderson Pinto, no setor de recurso humanos da empresa do dia 13 ao dia 27 de maio, na Rua Voluntários da Pátria, 113, 11º e 12º andar. As eleições serão realizadas no dia 02/06 e o resultado será divulgado no mesmo dia.

Eleições da Cipa

O Sinttel-Rio convoca todas as telefonistas e operadoras de teleatendimento e trabalha-dores vinculados às empresas de asseio e conservação para as assembleias que acontecem hoje, dia 06, às 8h e às 17h, na sede do Sindicato (Rua Morais e Silva, 94 - Maracanã). A ne-gociação foi muito produtiva, o Sindicato conquistou uma proposta de 9% de reajuste sa-larial e de benefícios mais 3% de reposição salarial.

Esta Convenção Coletiva de Trabalho envolve mais de 3 mil trabalhadoras (telefonistas de diversas agências bancárias, escolas, hospitais, autarquias pú-blicas, escritórios e consultórios

médicos, entre outros). Trata-se de uma categoria diferenciada que só pode ser representada pelo Sinttel. Por isso é muito importante que todas telefonistas compareçam para deliberar sobre a proposta apresentada.

OPERADORAS DE TÁXI

A 1ª rodada de negociação para discutir reajustes de salários e benefícios será amanhã, dia 8, às 10h, na sede do Sindicato, com todos os presidentes e representantes legais das em-presas e cooperativas de táxis e associações que têm em seus quadros telefonistas/operadoras de teleatendimento.

Assembleia hoje votará aumento real para as telefonistasAtualmente existe um acordo

vigente assinado por mais de 20 empresas, entre estas, a Coopa-rioca, Coopisind, Amarelinho da Usina, Metrô Táxi e Stop Táxi. Mas, ao invés de um Acordo Coletivo, este ano o Sinttel-Rio negociará uma Convenção Co-letiva de Trabalho (CCT) com o sindicato patronal, Sinstal. A a campanha deste ano envolverá ale das cooperativas do Rio, as de Niterói e de São Gonçalo. Com estas últimas, a negociação ocorrerá dia 9, às 10h, na subsede do Sinttel, em Niterói (Rua Vis-conde de Uruguai, 277, Centro). Participarão os representantes da Cooptaxi, Coopertaxi, Cooper Mac, Lig Tenha etc. Confira a

seguir as principais reivindica-ções desta campanha:

- Manutenção do piso regional estadual, hoje no valor de R$ 1000,89

- Reposição do INPC + 5% de aumento real

- Condições dignas de trabalho e cumprimento do Anexo II, da NR 17

Ao todo são mais de 2 mil trabalhadoras nesse setor. A estratégia desse ano é estender a convenção a todas as trabalha-doras de empresas de táxis do estado. As que não aderirem à CCT serão instadas ao cumpri-mento da mesma, assim que esta for homologada no Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Durante pronunciamento em cadeia de rádio e TV na noite do dia 30/04, véspera do 1º de maio, Dia do Trabalhador, a presidente Dilma Rousseff, antecipou o atendimento de dois itens da Pauta dos Trabalhadores levados para o governo no dia 9 de abril, pelos dirigentes da CUT e demais centrais sindicais, quando da realização da 8ª Marcha da Classe Trabalhadora.

-RN). Ficou definido que uma audiência na Comissão Geral do Trabalho da Casa discutirá as reivindicações trabalhistas.

Para a CUT, a redução da jornada vai gerar mais empregos e permitir melhorar a qualificação. Com uma jornada menor, o trabalhador terá mais tempo para estudar. Por outro lado, o fim do fator previdenciário, herança maldita de FHC, é essencial para corrigir uma injustiça: a queda da renda do trabalhador que se aposenta depois de ter contribuído du-rante anos e ganha menos, justamente, no período em que mais precisa manter o seu poder de compra.

PAULA BRANDAO-SECOM-CUT