joana a. moscoso e tatiana correia - bradramo.pt · há também falta de iniciativas que promovam o...

1
Potenciar as comunidades emigrantes através da ciência Joana A. Moscoso e Tatiana Correia Native Scientist, London, UK 2 – Objetivos 3 – Metodologia 5 – Replicação do projeto em França 1 – Problemática 4 – Impacto 6 - Conclusões Bibliografia: [1] www.naldic.org.uk [National Association for Language Development in the Curriculum] [2] Abreu, G., et al. (2003) The Education of Portuguese Children in Britain: Insights from Research and Practice in England and Overseas. Oxford Brookes University O Reino Unido é o principal destino atual da emigração portuguesa. Existem mais de 25 mil crianças que falam português nas escolas britânicas [1]. Segundo um estudo de 2003, as crianças portuguesas em algumas escolas em Londres eram das crianças com pior aproveitamento escolar [2]. Criar um programa que: Promova a educação superior de forma divertida e interativa Dê a oportunidade às crianças de interagir com role-models Estímule o uso da língua portuguesa Implementar nas escolas britâncias, em aulas extracurriculares de português, uma aula com cientistas. As aulas têm a duração de 1.5 horas e cerca de 20 alunos, com idades compreendidas entre 6 e 12, 12 e 14 ou 14 e 18 anos. Cada sessão junta 4 ou 5 cientistas portugueses, que falam sobre o seu trabalho a grupos de 4 alunos durante 10 minutos. O estilo das sessões é tipo “speed-dating”. Os cientistas levam sempre materiais do seu trabalho para mostrar e tocar. PHYSICS THE EYE FLIES PUBLISHING GENETICS STEM CELLS THE BLOOD FUNGHI THE PLANETS BACTERIA THE HEART SPORTS MICROBIOMA BIOTECHNOLOGY THE BRAIN 0 20 40 60 80 100 Adorei Mais ou menos Nem por isso Percentagem (n= 390) A) Gostaste de conhecer os cientistas? 0 20 40 60 80 Muitas Algumas Poucas Percentagem (n= 394) B) Aprendeste coisas novas? 0 20 40 60 80 Inglês Português Ambas Percentagem (n= 171, 6-10 anos; n=81, >6 anos) C) Que língua preferes falar? 6-10 anos >10 anos No final de cada sessão, perguntamos aos alunos as seguintes questões: 96% dos alunos gostaram muito de falar com os cientistas. 85% dos alunos aprenderam muitas coisas novas! 0 20 40 60 80 Francês Português Ambas Percentagem Que língua preferes falar? 0 20 40 60 7 - 10 11 - 14 15 - 18 Percentagem Quantos anos tens? Os alunos gostam e aprendem coisas novas com estas sessões. Mais de metade dos alunos diz não ter preferência por uma das línguas, mas entre aqueles que sim têm uma preferência, esta preferência vai para o Português nos alunos mais jovens (6 aos 10 anos) e para o Inglês, nos alunos com mais de 10 anos. As competências bilingues das crianças imigrantes nas escolas britânicas são encaradas como uma barreira à integração social e sucesso escolar. O inglês torna-se a língua dominante, o que pode levar à detioração da comunicação em casa e a uma crise de identidade. Há uma falta grande de informação sobre os desafios e benefícios de educar uma criança bilingue. Há também falta de iniciativas que promovam o bilinguismo e exponham as crianças a role-models bilingues.

Upload: lyhanh

Post on 21-Jan-2019

212 views

Category:

Documents


0 download

TRANSCRIPT

Page 1: Joana A. Moscoso e Tatiana Correia - bradramo.pt · Há também falta de iniciativas que promovam o bilinguismo e exponham as crianças a role-models bilingues. Title: Slide 1 Author:

Potenciar as comunidades emigrantes através da ciênciaJoana A. Moscoso e Tatiana Correia

Native Scientist, London, UK

2 – Objetivos

3 – Metodologia

5 – Replicação do projeto em França

1 – Problemática

4 – Impacto

6 - Conclusões

Bibliografia:[1] www.naldic.org.uk [National Association for Language Development in the Curriculum]

[2] Abreu, G., et al. (2003) The Education of Portuguese Children in Britain: Insights from Research and Practice in England and Overseas. Oxford Brookes University

O Reino Unido é o principal destino atual da emigração portuguesa.

Existem mais de 25 mil crianças que falam português nas escolas britânicas [1].

Segundo um estudo de 2003, as crianças portuguesas em algumas escolas emLondres eram das crianças com pior aproveitamento escolar [2].

Criar um programa que:

Promova a educação

superior de forma divertida

e interativa

Dê a oportunidade àscrianças de interagir

com role-models

Estímule o usoda língua

portuguesa

• Implementar nas escolas britâncias, em aulas

extracurriculares de português, uma aula com cientistas.

• As aulas têm a duração de 1.5 horas e cerca de 20

alunos, com idades compreendidas entre 6 e 12, 12 e 14

ou 14 e 18 anos.

• Cada sessão junta 4 ou 5 cientistas portugueses, que

falam sobre o seu trabalho a grupos de 4 alunos durante

10 minutos. O estilo das sessões é tipo “speed-dating”.

• Os cientistas levam sempre materiais do seu trabalho

para mostrar e tocar.

PHYSICSTHE EYE FLIES

PUBLISHING GENETICS STEM CELLS

THE BLOODFUNGHI THE PLANETS

BACTERIATHE HEART SPORTS

MICROBIOMA BIOTECHNOLOGY THE BRAIN

0

20

40

60

80

100

Adorei Mais ou menos Nem por isso

Pe

rce

nta

gem

(n=

39

0)

A) Gostaste de conhecer os cientistas?

0

20

40

60

80

Muitas Algumas PoucasP

erc

en

tage

m(n

= 3

94

)

B) Aprendeste coisas novas?

0

20

40

60

80

Inglês Português Ambas

Pe

rce

nta

gem

(n=

17

1, 6

-10

an

os;

n=

81

, >6

an

os)

C) Que língua preferes falar?

6-10 anos >10 anos

No final de cada sessão, perguntamos aos alunos as seguintes questões:

• 96% dos alunos gostaram muito de falar com os cientistas.

• 85% dos alunos aprenderam muitas coisas novas!

0

20

40

60

80

Francês Português Ambas

Pe

rce

nta

gem

Que língua preferes falar?

0

20

40

60

7 - 10 11 - 14 15 - 18

Pe

rce

nta

gem

Quantos anos tens?

Os alunos gostam e aprendem coisas novas com estas sessões. Mais de metade

dos alunos diz não ter preferência por uma das línguas, mas entre aqueles que

sim têm uma preferência, esta preferência vai para o Português nos alunos mais

jovens (6 aos 10 anos) e para o Inglês, nos alunos com mais de 10 anos.

As competências bilingues das crianças imigrantes nas escolas britânicas são encaradas como uma barreira à integração social e sucesso escolar.

O inglês torna-se a língua dominante, o que pode levar à detioração da comunicação em casa e a uma crise de identidade.

Há uma falta grande de informação sobre os desafios e benefícios de educar uma criança bilingue. Há também falta de iniciativas que promovam o bilinguismo e exponham as crianças

a role-models bilingues.