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IV. A FAMILIA E AS VOCAÇÕES SACERDOTAIS ERELIGIOSAS

Papel da Familia na promoção das vocações eclesiais“especializadas”, Irmã Isabel Lobo. Beira.

INTRODUÇÃO

Como já foi notado oportunamente pelos palestrantes que meprecederam, quando falamos de família em Moçambiqueestamos a falar da chamada família africana. Isto é, queremosreferir-nos não somente aos pais e irmãos, mas a todas aquelaspessoas que foram e são importantes na vida da pessoa, a todasaquelas que, de uma ou outra maneira, a formaram e aeducaram. No contexto africano e moçambicano, a educaçãode um filho não é somente tarefa e preocupação dos pais, masde toda a família alargada e de toda a comunidade.

Mas que pessoa pode ser religioso ou sacerdote? Será quequalquer pessoa poder ser sacerdote ou religioso?

Para uma pessoa ser sacerdote ou religioso, primeiro deve serpessoa. Ter bases de uma educação humana e cristã, paramelhor acatar a formação para o sacerdócio e para a vidareligiosa. Esta formação é recebida já desde a família.

O papa João Paulo II na Exortação Apostólica, VidaConsagrada, (V.C.107), convida as famílias a estarem abertasao convite do Senhor e a se alegrarem se o Senhor chamar umdos seus filhos ou filhas a segui-lo e a dar graças a Deus se Elechamar um dos filhos/as a Vida Consagrada.

Não é fácil e nem possível falarmos da família e das vocaçõessacerdotais e religiosas em quarenta e cinco minutos. Este é

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um tempo complexo. Por isso, limitar-nos-émos a algunsaspectos que achamos serem de mais relevância, tais como: Aimportancia da familia na educação humana e carista dosfilhos, como essa educação contribui para o florescimento dasvocações sacerdotais e religiosas, o papel da familia nodesenvlvimento das vocações sacerdotais e religiosas, como afamilia pode ser aopio ou obstaculo no discenomentovocacional dos seus membros, a importancia dorelacionamento da congregação com as familias dos seuscandidatos e membros e a necessidade da pastoral de familiapara o surgimento das vocações sacerdotais e religiosas.

Ao falarmos da família e da vocação sacerdotal e religiosa,não podemos deter-nos nela sem antes termos em conta apessoa humana no seu todo. Na nossa reflexão centraremos aatenção naqueles elementos que acima mencionamos e quemais afectam a família, e a todos aqueles e aquelas quedesejam consagrar-se a Deus na Vida Sacerdotal e Religiosa.

1. Importância da Família na Educação Humana e Cristãdos Filhos

Como não podia deixar de ser, a família e a sua importância naeducação dos filhos é tema e preocupação importante nopensamento da Igreja. Esta preocupação evidencia-se sobretudo nos numerosos documentos do magistério que falamfreqüentemente deste tema.

A família, nos diz a Declaração Gravissimum Educationis:(Educação Cristã, GE. 3), é a “primeira escola das virtudessociais de que as sociedades tem necessitado”. É “o centro depossível permanência dos valores humanos e dosespecificamente cristãos. É a comunidade insubstituível dereferencia ( fé-moral-espiritual ) enquanto cultiva e acompanha

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o caminho vocacional de seus filhos. É a comunidadevocacional onde a opção de vida de um dos seus membros,implica e compromete vitalmente a todos e a cada um”, assimnos diz o texto de reflexão do Congresso Diocesano de Famíliado Porto. É na família onde os filhos aprendem aqueles quesão os valores aceitáveis na sociedade, aprendem o modo deestar na sociedade, para a convivência com os outros. Nela, dizMorgadinho, se recebe “a educação básica das atitudes, dorespeito pelas pessoas, a proposta de norma e valores”. Porisso, os pais são os primeiros responsáveis pela educação dosfilhos. É a família que põe os alicerces sobre os quais seráconstruída a pessoa.

A educação segundo João Paulo II na Carta as Famílias de1994, (Ano da Família, n. 16), é “uma comunicação vital quenão só constrói uma relação profunda entre o educador e oeducando, mas fá-los a ambos, participar na verdade e noamor, meta final a qual cada homem é chamado por Deus Pai,Filho e Espírito Santo”. Ela é “responsabilidade de todafamília de toda sociedade, sociedade essa que começa bempróximo de cada ser humano, desde o começo da sua vida,com os pais, irmãos, na família’, como afirma Morgadinho noJornal de Família. Para que esta educação tenha lugar, os paisdevem criar dentro da família, um ambiente que favoreça aeducação pessoal e social dos filhos. No dever de educar a”vida humana”, os pais são como nos diz a ConstituiçãoPastoral sobre a Igreja no Mundo Actual do Concilio VaticanoII, (G.S 50), os cooperadores do amor de Deus criador e comoque, os seus intérpretes. Os pais desenvolvem esta missão comresponsabilidade humana e cristã educando os filhos a seremverdadeiros homens e mulheres que vivem o seu ser cristão esabem ser críticos perante a realidade em que se encontram.

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A família tem como tarefa, educar os seus filhos a seremhomens e mulheres adultos, isto é, responsáveis. “Os filhossejam educados de tal modo que, chegados à idade adulta,sejam capazes de seguir com inteira responsabilidade a suavocação, incluindo a sagrada...” (G.S 52). O que quer dizer,educá-los no sentido de serem pessoas livres com um fortesentido moral e consciência critica para reconhecerem a suavocação e poderem se enquadrar e assumir responsabilidadesna sociedade. É na família e da família que os filhos aprendema crescer na responsabilidade, no respeito e no amor aopróximo.

A família não só tem a tarefa de educar os filhos ao nívelhumano, mas também deve educar os filhos na fé. Educá-losna fé como foi formulado na Mensagem do Sínodo dos Bisposdo 25-10-1980 sobre As funções da Família Cristã, significasobretudo educá-los “no conhecimento e no amor de Deus epara uma vontade pronta em segui-lo em todas as coisas”.

A fé cristã começa a ser vivida na família. Por isso os paisdevem educar os filhos nos valores cristãos e no verdadeiroconhecimento de Deus, missão esta que lhes é insubstituível.Eles são os primeiros responsáveis pela educação cristã dosfilhos. Esta é uma função de tanto peso que, onde ela faltar,dificilmente poderá ser substituída, (G.E 3). O Papa João PauloII, na Carta as Famílias de 1994, (Ano da Família n. 16) diz:que “um dos campos onde a família é insubstituível, écertamente o da educação religiosa, graças a qual a famíliacresce como” igreja doméstica”. Assim, a família é o primeiroambiente humano onde se forma o homem interior. Nessamesma linha, sublinha Ambrosio na sua reflexão sobre aResponsabilidade Educativa da Família, é nela “onde nos sãotransmitidas as primeiras ferramentas mais importantes e

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aprendemos algumas das linguagens mais fundamentais para irconstruindo a nossa existência e a nossa identidade’.

2. Importância da Educação Humana e Cristã para oflorescimento das Vocações Sacerdotais e Religiosas

Dar uma formação e educação sólida, é como que construiruma casa sobre a rocha, (Mt 21, 24-25). É colocar os alicercespara a construção da sociedade e da Igreja do amanha. OConcilio Vaticano II na Declaração sobre a Educação Crista(G.E.1), diz-nos que “todos os homens, de qualquer estirpe,condição e idade, tem direito a uma educação para favorecer averdadeira unidade e paz na terra”. Esta educação deve levar apessoa a realizar-se como criatura de Deus, a realizar os seusideais. Daí a importância de oferecer uma educação integral,capaz de incutir na pessoa valores humanos e cristãos que aajudem a crescer na responsabilidade pessoal e para com opróximo.

Actualmente, é comum ou normal encontrar um adolescenteou jovem recém-baptizado que não tem a mínima consciênciado que o baptismo significa na sua vida. Por outro lado, aeducação cristã é de extrema importância porque ela ajuda aobaptizado a ser consciente do dom da fé que recebeu e apreparar o terreno para o possível florescimento de vocaçõesao Sacerdócio e a Vida Religiosa. O Papa Bento XVI na suamensagem do dia mundial das vocações deste ano com o temaAs Vocações ao Serviço da Igreja Missão apela àscomunidades cristas a apostarem na educação da fé, quer dascrianças como dos adultos, porque só “num terrenoespiritualmente bem cultivado brotam as vocações para osacerdócio ministerial e para a vida consagrada”.

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É na família, em primeiro lugar, onde se constrói a maturidadehumana e cristã da pessoa. Porque como diz o Papa naExortação Apostólica (V.C.107), é nela “que os jovens fazemas primeiras experiências dos valores evangélicos , do amorque se dá a Deus e aos outros”.É dentro da mesma, que oindividuo aprende a amar, a respeitar e valorizar a suadignidade e a dos outros. Estes são valores indispensáveis paraviver em comunidade tanto na Vida Religiosa assim como noSacerdócio. Nesta mesma linha, os Missionários de Saint Paulde Nigéria fazem uma reflexão sobre os pré-requisitos deadmissão a Vida Religiosa e Sacerdotal e dizem-nos que parauma pessoa ser admitida a Vida Religiosa e Sacerdotal, eladeve possuir o “suficiente grau de maturidade humana e cristãpara melhor fazer o processo formativo. Isto é, capacidade deauto-aceitação e de viver em comunidade”. Continuam elesdizendo que, “não se deve admitir a Vida religiosa alguém quenão mostre sinais de maturidade humana, esperando que elavirá mais tarde”. Tudo isto começa a ser vivido na família queé o primeiro ambiente comunitário com o qual a pessoa serelaciona. Professor Abílio Gregório, licenciado em ciências deeducação e diplomado em orientação familiar, acrescentadizendo que para uma pessoa realizar-se e ser ela mesma emrelação aos outros, é necessário que o grupo onde a pessoa faza sua primeira socialização, seja um grupo que a aceite na suatotalidade. Este grupo, é a família. É no âmbito dae família quepodemos desenvolver algumas das potencialidades em vista domelhor desempenho da nossa missão.

A vida exemplar dos pais é a melhor escola para os filhos.Nunca como hoje, os pais devem estar preocupados emoferecer aos filhos uma vida exemplar animada por valoresmorais e religiosos, que contrastem com os valores que asociedade lhes oferece. Muitas vezes as dificuldades na

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vivencia da vocação a Vida Religiosa e Sacerdotal, são frutosda falta de maturidade humana.

Realmente como dizem os Missionários de Saint Paul, amaturidade humana é a base de toda formação, já que amaturidade crista é construída sobre a maturidade humana.Deste modo, os aspectos humanos e espirituais sãocomplementares na maturidade da pessoa e juntos preparam oterreno para um possível florescimento de vocação a VidaConsagrada, porque só pode ser verdadeiro religioso oureligiosa alguém que é verdadeiramente humano. SegundoAmadeo Cencini no seu livro Spiritual and Emotionalmaturity, a dimensão humana deve ser dada muita importânciana formação porque uma pessoa só pode ser sacerdote oureligioso quando é realmente humano.

A fé só é verdadeira quando atinge a vida. “Começa daexperiência e para ela volta”, assim afirma Cencini. Aeducação e maturidade cristã que são parte da experiênciareligiosa da pessoa, estão influenciadas pela família e peloambiente onde a pessoa cresceu e se relacionou, (escola,amigos, etc). Todos esses ambientes, são determinantes nahora da toma de decisões para entrar na Vida Religiosa ou noSeminário. A educação crista é de extrema importância para odesenvolvimento da vocação sacerdotal e religiosa. Sem ela,toda a formação e a vocação mesma fica desequilibrada. Porisso, a pessoa deve fazer o esforço de crescer nesse sentido. Asimples formação humana ou o simples humanismo nãoconstituem uma base suficientemente ampla e sólida para aformação religiosa ou sacerdotal. É indispensável que essaformação e esse humanismo sejam também cristãos.

3. O papel da Família no Desenvolvimento da VocaçãoSacerdotal e Religiosa

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“Toda a vocação só se entende a partir de Deus”. A vocaçãopara a vida sacerdotal e religiosa é resultado da acção directade Deus no mais profundo da pessoa, onde a graça faz brotar odesejo de servir a Deus numa forma concreta de vida. Assim,“cada cristão é chamado testemunha e anunciador doEvangelho de Jesus Cristo. Mas se esse é um dever de todos,há alguns a quem é dirigido um convite especial; jovenshomens e mulheres, a quem Deus pede a ousadia de deixartudo para O Seguir levando a sua mensagem de Amor e deEsperança a todos os recantos da terra” como nos recordaElisabete Puga atraves da mensagem do papa Bento XVI desteano pela celebração do 45 aniversario do dia mundial deoração pelas vocações, que teve como tema, A vocação aserviço da Igreja-Missão. Se é dever de cada cristãotestemunhar o Evangelho de Jesus Cristo, com muita maisrazão, as família devem fomentar no seu seio, a abertura a vozdo Mestre que chama os seus filhos e filhas para se entregaremao anuncio do Evangelho.

O Concilio Vaticano II no decreto Optatam totius (A formaçãoSacerdotal, O.T.2), diz: “O dever de fomentar as vocaçõespertence à comunidade cristã que as deve promover sobre tudomediante uma vida plenamente crista”. A família e a paróquiasão o primeiro seminário no qual o adolescente ou o jovem éformado. Nesta mesma linha o Papa João Paulo II naExortação Apostólica Vida Consagrada, (V.C. 107), insistefortemente sobre o facto que a família deve proporcionar umambiente onde possam surgir vocações, Cultivando “o desejode dar ao Senhor algum dos vossos filhos para o crescimentodo amor de Deus no mundo”, como diz São João Bosco, “ omaior dom que Deus pode fazer a uma família é umsacerdote”. A família deve abrir espaços para que qualquer dosseus membros possa, sem nenhum obstáculo, responder

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livremente ao convite do Senhor para Segui-lo na VidaReligiosa ou Sacerdotal. A família deve saber respeitar eapoiar a vocação dos seus membros. Isso só será possível sehouver dentro dela o conhecimento mutuo, confiança, correçãofraterna, respeito pelas pessoas e sua vocação. Por outraspalavras, se a família viver e partilhar a sua fé. As vocações,como diz o Pe. Kentenich fundador do Movimento deSchoenstatt, “saem normalmente de famílias sadias ereligiosas, que dão testemunho de suas convicções religiosas,que se opõem ao ambiente superficial que os rodeia”.

A função da família não é só a de preparar os filhos para avocação matrimonial, mas também prepará-los para a VidaReligiosa e Sacerdotal. Os pais são os primeirosacompanhantes espirituais dos seus próprios filhos. Com o seutestemunho de vida, eles devem apresentar aos filhos o idealda vida sacerdotal e religiosa como uma das possibilidades darealização da vocação crista. Na Exortação Apostólica Pós-Sinodal (V.C. 107), o Papa João II sublinha a importância dotestemunho dos pais dizendo que se eles “não vivem os valoresevangélicos, dificilmente o jovem e a jovem poderão percebero chamamento, compreender a necessidade dos sacrifícios aenfrentar, apreciar a beleza da meta a atingir”.

3.1 Antes de iniciar a formação religiosa ou sacerdotal

Em muitas partes do mundo assim como em África e emparticular em Moçambique, algumas famílias são o quepoderíamos chamar, do ponto de vista sacramental e canônico,anormais: São famílias com membros pertencentes a diferentesconfissões religiosas. Às vezes, os mesmos pais professamreligiões diferentes. Outras vezes são famílias separadas e/oudivorciadas ou polígamas. Actualmente podemos acrescentarque há muitas famílias de pais solteiros. É dentro destas

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famílias que Deus chama jovens para a vida sacerdotal ereligiosa. Daí a importância da pergunta: de que famíliasreceberemos jovens como candidatos ao sacerdócio e a vidareligiosa? Por outro lado, é também necessário ter presente aacção de Deus que chama a quem quer e de família que quer.Provavelmente são poucos os candidatos ou candidatas que seapresentam de famílias totalmente desfeitas, sem nenhumanoção dos princípios morais e religiosos e totalmentecontrários à Vida religiosa.

Antes que o candidato inicie a formação, a família deve serinformada pela congregação sobre aquilo que dela se espera.Isto pode ser feito através de encontros do responsável dasvocações da congregação com a família para explicar-lhes “oque devem ou não devem fazer nem fomentar nos jovens”.Assim a família poderá ter conhecimentos sobre a Vidareligiosa e Sacerdotal e mais concretamente sobre aCongregação a que o seu filho ou filha quer pertencer. Istofacilitará o acompanhamento no seu discernimento vocacional.A família deveria ajudar o jovem vocacionado no sentido deorientar a sua vida na direcção da vocação que ele aspira viver.É também necessário libertar o jovem de todas as obrigaçõesfamiliares que podem impedi-lo na realização do seu ideal. Namesma linha é também bom dar-lhe a licença, preferentemente“por escrito”, como o exigem já algumas congregações, dedeixar a família e se juntar a uma nova família, a famíliareligiosa, para assim a realizar a sua opção vocacional e evitarfuturos problemas com a família.

Por sua vez, a Congregação deve procurar conhecer as famíliasdos jovens, saber que tipo de jovem está a acolher, em queambiente cresceu e se formou, para um melhoracompanhamento. Nesta linha, o programa de formação dosMissionários de África (VADE MECUM FOR INITIAL

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FORMATION n.91), diz que jovens provenientes de famíliasestáveis, com valores cristãos, têm menos dificuldades no seucrescimento vocacional e que muitos dos que perseveram nasua vocação, são provenientes destas famílias. Varias vezesacontece que jovens que tiveram famílias difíceis, também têmdificuldades para se integrar na vida comunitária, sacerdotal ereligiosa. Dai, a importância de conhecer bem as famílias doscandidatos e mesmo dos religiosos se ainda não osconhecemos para melhor compreendê-los e oferecer umacompanhamento mais personalizado.

3.2. Durante a formação sacerdotal ou religiosa

Durante o período de formação sacerdotal e religiosa, a famíliacontinua a desempenhar um papel importante na caminhadavocacional do seu filho ou filha.

A vocação é uma realidade dinâmica que se desenvolve com odecorrer do tempo e as suas motivações também se vãoclarificando com o tempo. É importante que a família sejaconsciente de que, a sua responsabilidade não termina com oingresso do seu filho ou filha numa congregação religiosa ouseminário para iniciar a formação. Mesmo durante o tempo daformação, a família continua sendo responsável de ajudarmoral, espiritual e materialmente aos seus filhos.

A congregação deve também explicar a família que o iniciar aformação, não significa que os filhos já são religiosos ousacerdotes, mas que estão num período de aprofundamento ede discernimento sobre as características da congregação. Hátambém um discernimento por parte da jovem e dacongregação sobre a compatibilidade entre o carisma dacongregação e os ideais do ou da jovem. A família deve aceitare respeitar as exigências da congregação quanto à presença do

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filho ou filha na família (visitas, férias, presentes). Isto é validonão somente durante a formação inicial mas também depois daprofissão.

É importante que a congregação tenha em conta que o jovem játraz consigo uma carga de conhecimentos sobre os quaisdevem ser edificados os valores da Vida Religiosa eSacerdotal. “O candidato a Vida Religiosa não é uma tabularasa “ (VADE MECUM n.85). A primeira formação inicia nafamília, onde desde muito cedo, já são incutidos na criança osvalores da família e da sociedade assim como também osvalores religiosos.

3.3. Depois da formação sacerdotal e religiosa

Depois da formação inicial, a família continua aindadesempenhando um papel importante no desenvolvimento davocação dos seus membros. A família deve ajudá-los eencorajá-los a crescer na fidelidade a vocação recebida. Isto sóserá possível se ela compreende o estilo de vida que o filho oufilha escolheu, aceita e respeita as obrigações que o filho oufilha tem para com a sua congregação. A família não podeexigir que o filho ou filha esteja sempre presente sempre queela a desejar.

A família não deveria exigir “nada” do filho ou filha. Aconteceem alguns casos que terminar a formação é interpretado comoque terminar um curso e depois trabalhar para assegurar asdespesas da família. Esta maneira de conceber a VidaReligiosa, deve ser corrigida, através de uma continuaformação das famílias. Também pode ajudar a partilha deconhecimentos e a troca de experiências com outras famíliassobre como eles entendem a Vida Religiosa. Finalmente, émuito importante para a família carnal guardar um contacto

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regular com a família religiosa do qual o filho ou filha émembro.

4. Como a Família pode ser Apoio ou Obstáculo noDesenvolvimento da Vocação Sacerdotal e Religiosa

É uma verdade inelutável que a família joga um papelimportante no desenvolvimento da vocação dos seusmembros. A família influencia positiva ou negativamente acaminhada vocacional dos seus filhos/as. A família poderá serapoio do seu membro na medida em que ela é consciente doseu papel e também entende o que é isto de vida religiosa esacerdotal. Quando aceita e respeita a acção de Deus quechama alguém da sua família a Segui-lo.

Muitas vezes quando os pais procuram ser “modelo” para osseus filhos e desejam que na sua família nasçam vocações,estes servem de encorajamento para os filhos seguirem a suavocação porque vêem os pais felizes com eles próprios efelizes com vocação dos filhos.

Enquanto algumas famílias se alegram por ver que um dosseus membros deseja consagrar-se a Deus na vida religiosa esacerdotal, outras desencorajam-nos com expressões taiscomo: “Na nossa família nunca existiu um padre, uma irmã ouirmão, e tu, quem pretendes ser”. Par um jovem resistir a estetipo de pensamento da família, o jovem deve ter muita forçainterior que o leve a ultrapassar todas essas barreiras e alcançaro seu ideal. O professor Abílio de Gregório, licenciada emciências de educação, afirma que quando a “existênciaencontra um porquê, vive felizmente qualquer como por maisdifícil que pareça”. Este é um estimulo para que os jovenslutem contra qualquer barreia, para responder à voz do Senhorque os chama.

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A vocação é em primeiro lugar um dom divino. Portanto, não éjusto que a família coloque obstáculos quando um dos seusmembros deseja ser padre, irmã ou irmão. O que deveriamfazer é orientá-los na escolha que eles desejam fazer na vida erezar por eles para que o Senhor os mantenha firmes naescolha que fizeram.

Para que a família seja um verdadeiro apoio, ela não deveintervir na vida do jovem ou da jovem sempre que estes têmproblemas ou dificuldades e nem exigir que a filha ou filhoesteja sempre em casa. Este tipo de atitude não ajuda ao jovema crescer na sua caminhada espiritual e nem na pertença a suanova família, isto é, a família religiosa da qual ele ou ela desejafazer parte através da sua profissão religiosa. Se a família (ospais), estão divididos quanto à vocação do seu membro, estepor sua vez fica indeciso na hora de tomar decisões no querefere a entrada ou continuação na formação religiosa porque ojovem ou a jovem nào encontra um apoio suficiente no seio dasua família.

A família pode também ser barreira no desenvolvimento davocação dos seus membros, quando esta ainda não entendeu oque a vida religiosa significa. Algumas famílias quando temum filho no seminário ou na casa de formação religiosa,sustentam as despesas, mas depois da formação, é a vez dofilho ou filha de ajudar a família. Como fazer perante estasituação?

Às vezes a situação econômica em que as famílias vivem(extrema pobreza), torna-se obstáculo ao desenvolvimentovocacional do seu membro. Por exemplo, um filho que é únicoapoio de uma família pobre não deve ser religioso. Isto porqueesta família pode depositar a confiança nele de que vai salvá-

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los da condição em que se encontram, esperando assim receberalguma ajuda do filho ou da congregação onde o filho ou afilha pertence. Isto porque as nossas famílias consideram-nosricas. Esta atitude da família provoca muitas vezes conflito oucrises na caminhada vocacional do jovem em formação oumesmo do jovem religioso. Conflito entre a pressão da famíliae as exigências do seu estado de vida, os votos. Em conversacom uma jovem formanda, disse me que, a irmã ajuda-aeconomicamente porque segundo ela, a irmã entende a jovemesta ainda em formação ou ela esta a estudar; só que a irmãestá à espera que a jovem formanda termine de estudar(formação) para poder ajudá-la nas despesas da família.Imaginemos, que problemas terá esta jovem para convencer asua irmã que ela não terá salário para ajudar ou prover osustento da família!

A situação econômica da família cria muitas vezes o que nóschamamos de pressão psicológica sobre os jovens formandos emesmo ate já religiosos. O jovem sente que tem vocação, masàs vezes a situação familiar obriga-o a abandonar a vidareligiosa ou o seminário porque quer ajudar a família, o quemuitas das vezes não o conseguem fazer. Quando se trata deuma rapariga ela é forçada a casar e quando é um rapaz, eleprocura emprego como forma de ajudar a sua famíliaeconomicamente. Este é um dilema que alguns jovens vivem.Por isso é importante que antes dos primeiros votos assimcomo os perpétuos, as famílias sejam explicadas sobre osignificado dos mesmos na vida dos filhos assim também navida deles, para não colocarem muitas expectativas nelesquanto à ajuda econômica e deste modo não criar transtornosna caminhada vocacional do jovem candidato ou religioso.

5. Relacionamento da Congregação com as Famíliasdos/as candidatos/as, seminaristas e religiosos/as

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O relacionamento com as famílias dos candidatos e religiososou religiosas, ajuda não só a conhecer a família, mas tambémdá oportunidade a família para que esta conheça acongregação. Se a família consegue entender o que é a vidasacerdotal e religiosa, será capaz de ajudar o seu filho ou filhaquando esta está com eles, principalmente durante as férias.Como já dissemos anteriormente no item 3, a família é oprimeiro seminário e casa de formação para os jovenscandidatos. E assim, o acompanhamento seria mutuo.

O relacionamento da congregação com as famílias dos seusmembros, ajuda a perceber as aspirações que a família tem emrelação ao seu filho ou filha. Conhecer o tipo de família deonde o jovem vem é uma grande ajuda para um melhoracompanhamento por parte da congregação. Como disse o paide uma candidata, a “família tanto como a congregação, devemfazer um acompanhamento mútuo da candidata para melhordiscernimento da sua vocaçao”. Esse relacionamento não deveser só de visitas, mas também encontros de formação epartilha, como já algumas congregações o fazem.

É interessante notar que já há congregações que fazemencontros de formação e de lazer com as famílias dos seuscandidatos e mesmo dos religiosos e religiosas. Isto ajuda afamília a amar a congregação e a sentir-se parte dela porque aconhece e senti-se acolhida nela. O folheto de Reflexões sobrea Formação em África diz que “entrando numa congregação, oreligioso africano entra numa família, sem romper os laçoscom a própria família; por isso mesmo esta torna-se de algumamaneira parte da grande família religiosa, na qual o filho entrae vice-versa”. Nesta mesma linha falou o pai de uma jovemformanda dizendo que a “congregação deve conhecer aos paisou a família da candidata, assim como os pais devem conhecer

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a congregação porque formam uma família, visto quer acongregação casou com a candidata e vice-versa”. O folhetoacima mencionado continua dizendo que a Congregação“estabelecerá laços com a família daquele ou daquela queentra, com a obrigação da hospitalidade, da visita aos doentes,da ajuda as famílias necessitadas, etc”. Esta ajuda deve seroferecida segundo certos critérios e sobretudo segundo asnormas de cada Congregação. O ideal é que a ajuda sejacanalizada através da congregação. Tudo isto só será possívelse houver um verdadeiro contacto com as famílias.

Actualmente, algumas congregações optaram por as famíliasdos candidatos contribuírem economicamente nas despesas dosseus filhos durante o período de formação. Este método fazcom que os pais colaborem na formação dos seus filhos.

6. A Necessidade da Pastoral da Família em vista dasVocações Sacerdotais e Religiosas

A pastoral das vocações vai de mão em mão com a pastoraldas famílias e das comunidades. O Pe. Luciano da CostaFerreira, C.M. no seu livro intitulado, Igreja Ministerial emMoçambique (caminhos de hoje e de amanhã), falando doshorizontes pastorais do amanha e mais concretamente doproblema vocacional, faz referencia a Assembléia Nacional dePastoral (A.N.P. Conc. N 11) a qual viu a pastoral dasvocações como que ligada ao crescimento ministerial dascomunidades e complementar a ele. Passo a cotar: “ocrescimento normal dos ministérios implica que cadacomunidade promova vocações sacerdotais no seu própriomeio”. Isto implica uma pastoral da família séria e bemorganizada, desde as comunidades cristãs. É do exemplo dasfamílias e das comunidades que brotam vocações aosacerdócio e a vida religiosa. As famílias e as comunidades

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cristãs devem rezar pelas vocações, vocações estas de que aIgreja necessita para o cuidado pastoral do Povo de Deus epara a salvação do mundo, como nos diz o documentoPastoral do Episcopado Italiano de 15 de Novembro de 1969n.20.Na Exortação Apostólica Pós-sinodal (Ecclesia in África n.80),os bispos ao falarem da família têm em consideração odocumento Familiaris Consortio n. 75 que diz que “o futuro domundo e da Igreja passa através da família”, sendo a família acélula da Igreja e da sociedade.

O Sínodo lançou um apelo a cada família cristã para que setorne “um lugar privilegiado de testemunho evangélico”.Testemunho este que questione a vida dos seus membrosespecialmente os mais jovens, e possa suscitar neles o desejo eo zelo pelo anuncio do Reino. Para tal, a evangelização e apastoral da família é prioritária.

A mensagem do Sínodo dos Bispos de 1980 n.17, mostra-noscomo a Igreja leva em serio a pastoral da família dizendo: “aIgreja tem muito a peito o apostolado e o serviço às famílias” evaloriza o esforço daqueles que se dedicam à pastoral dafamília. Na verdade, deve-se trabalhar com as famílias, nosentido de orientá-las a serem promotores vocacionais nas suaspróprias famílias e comunidades cristãs. Um dos frutos dapastoral da família deveria ser, como diz a ConstituiçãoPastoral Gaudium et Spes, (A Igreja no Mundo Actual n.52),“o florescimento das vocações sacerdotais e religiosas.”

Conclusão

Sendo a família a célula da sociedade e da Igreja, ela é aprimeira escola de valores humanos e religiosos. É o terrenofecundo de onde brotam vocações para a Vida Religiosa e

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Sacerdotal. Ela joga um papel importante no discernimentovocacional dos seus membros.

A família deve mostrar interesse em rezar pelas vocaçõessacerdotais e religiosas, estar disponível a que um dos seusmembros se entre a Deus na vida Sacerdotale Religiosa erespeitar a sua escolha.

Que as famílias sejam os verdadeiros terrenos fecundo de ondebrotam as vocações aoSacerdocio e a Vida Religiosa.

Família, abre as tuas portas para que Deus chame um dos teusmembros para Segui-lo. Alegra-te por este grande dom dentroda tua familia e agrade.

RESUMO DO QUESTIONARIO

No Processo de Selecção das/os Candidatas/osNo processo de selecçao de candidatos ao Sacerdócio e aVida Religiosa normalmente a congregação consideraimportante que a família do candidato/a seja uma famíliacrista e se possível católica; que é apoio moral e espiritualdos seus filhos com exemplo de vida. Que vive os valorespróprios de família como: O amor, o respeito, a ajudamutua e respeite a vocação dos filhos. Por isso, éimportante conhecer na medida do possível o ambienteonde o/a jovem cresceu e foi educada. Conhecer a famíliapara que esta esteja a par da caminhada vocacional dosseus filhos. Conhecer a sua religião, se são cristão ou não,a sua condição social.O ideal seria receber jovens provenientes de famíliascatólicas, que vivem a sua fé, que tem noção de vidareligiosa. Mas isto nem sempre é possível na nossarealidade moçambicana, visto que há jovens provenientes

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de famílias não católicas, e chegam a perseverar na suavocação.Neste processo de selecção, é importante saber queaspirações ou expectativas a família tem para com o seufilho, não aconteça que eles aspirem dos seus filhos algoque não é compatível a vocação que os filhos desejamviver ou então ter intenções de enviar o seu filho/a só paraestudar.

No Amadurecimento da VocaçãoNo processo de amadurecimento da vocação, éindispensável o contacto com as famílias dos candidatos,principalmente antes de eles entrarem, porque a famíliaconhece melhor os seus membros. Este contacto tambémajudará a perceber se a família concorda ou não com avocação que o seu filho/a escolheu.Em todas as etapas de formação, a família só será umverdadeiro apoio no crescimento vocacional do seumembro se ela não interferir ( sentido destrutivo ) na vidaou caminhada dos seus filhos/as. Se livrar a pessoa dasresponsabilidades familiares como é o caso de assegurar afamília economicamente. Quando esta encoraja e motiva osseus filhos a serem fieis a sua vocação, quando têm noçãoda Vida Religiosa e Sacerdotal e sente-se responsáveis emcolaborar na caminhada do seu membro.Quando é o caso de famílias que não entende a VidaReligiosa ou não concordam com a escolha dos filhos, seránecessário fazer trabalhar com a família explicando-a osentido da escolha do seu filho/a.A família também tem sido um grande obstáculo nodesenvolvimento vocacional dos seus filhos, “exigindo dofilho ou filha algo que não está ao seu alcance”, comassumir o sustento da família, ou mesmo que esta exija acongregação a prover as despesas da família. Esta é uma

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realidade que alguns religiosos/as experimentam nas suasfamílias. É importante que a família seja educada, respeiteas normas da congregação quanto ao pedir e tambémoferecer presentes, visitas à mesma. Que ela não criedependência no filho e nem que esta esteja dependente dacongregação principalmente no aspecto econômico. Nóspróprios é que educaremos a nossa família.

Relacionamento da Congregação com as Famíliasdos/as Candidatos/as e membrosAntes de o candidato/a entrar para a formação na VidaReligiosa ou seminário, a congregação ou o promotorvocacional, deve entrar em contacto com as famílias doscandidatos/as. Este contacto é feito por meio de visitas como objectivo de informar e formar a família para umconhecimento mútuo. Isto ajuda de um certo modo àfamília na hora de dar a permissão ou o consentimento paraa sua filha ou seu filho entrar para a casa de formação,porque sabem a quem entregam os seus filhos e para quevão.A permissão da família, significa benção para o filho/a, epode ir com a consciência livre, tranqüilidade, com a pazinterior e em paz com a própria familia. Esta permissão emalgumas congregações é pedida que seja por escrito eoutras somente falam com a família. O consentimento porescrito por parte da família, ajuda a lembrar a mesma ocompromisso honrado. Mas há casos em que a família nãoconcordou, mas pessoa chega a perseverar.Em certos casos, a família é quase que ignorada. Nãoexiste nenhum contacto, limitando-se simplesmente aocontacto com o jovem interessado e muitas vezes porcorrespondência. Para as famílias próximas, o contacto é sóna altura de entrar e ou quando a filha ou filho esta parasair desistir da formação.

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Quando a jovem já esta na congregação, o contacto com afamília ainda continua por parte da congregação assimcomo da jovem. Com a congregação, o contacto é mantidoatravés de momentos de convívio ( nas festas dacongregação, profissões, etc ) e em algumas congregaçõescom encontros de formação. Por parte dos jovensformandos e mesmo religiosos/as, o contacto com asfamílias continua através de visitas, férias e mais.No que refere a participação da família na profissãoperpetua, é diversificada. Em algumas congregações afamília participa activamente na cerimônia da profissão.Esta faz a entrega dos filhos, há uma preparação préviacom madrinhas para educar-te a comportar-se como adultae também a família participa no dia em alguns ritossimbólicos como é a entrega da filha a congregação que éacompanhado de conselhos e compromete-se a nãointerferir na vida do jovem religioso/a. Ela tambémcolabora economicamente com o que podem como formade sentirem-se parte do evento.Mas também há casos em que a família não toma parteactiva porque não foi dada oportunidade.Algumas porqueesperam que a congregação faça tudo e até às vezes exigeque a mesma faça as despesas de transporte para toda afamília.Para que a família esteja realmente implicada na profissãoperpetua ou ordenação sacerdotal, esta deve ser informadae formada sobre o que vai acontecer. Ter encontros com afamília e dar uma pequena formação para se sentiremenvolvidos na cerimônia. Porque muitas vezes apreparação é só feita com a pessoa que vai professar e afamília é deixada de lado.

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PERGUNTAS PARA REFLEXÃO E TRABLHO DEGRUPOS

1. Na sua experiência, a família é um apoio ou uma barreirano florescimento e desenvolvimento vocacional?

2. Pensando no futuro da Vida Religiosa e Sacerdotal emMoçambique, que critérios acha importantes no processode selecção de candidatos/as a Vida religiosa e Sacerdotal?

3. Que relação existe entre a sua Congregação e as famíliasdos seus membros? A nível econômico, que critériosseriam viáveis usar, tendo em conta a situação econômicaque algumas famílias dos seus membros vivem?