introdução a os métodos computacionais e sistems offshore
DESCRIPTION
Este documento apresenta um curto resumo de alguns conceitos importantes usados normalmente nos projetos de estruturas offshore do tipo risers e mooring lines.TRANSCRIPT
-
RELATRIO FINAL MTODOS COMPUTACIONAIS E SISTEMAS OFFSHORE
ALUNO:
JUAN SEBASTIN MONSALVE GIRALDO
PROFESSOR:
FABRCIO NOGUEIRA CORRA
UNIVERSIDADE FEDERAL DE RIO DE JANEIRO
RIO DE JANEIRO
2013
-
FORMULAES DESACOPLADAS
As formulaes desacopladas consideram vrios domnios em vez de apenas um s, por
exemplo se uma estrutura flutuante for analisada como FPSO ou semisubmersivel, sero
empregadas duas formulaes, a primeira para o domnio do casco e a segunda para o
domnio das linhas. Para a anlise de uma TLP, por exemplo, tambm consideraria-se dois
domnios, o primeiro seria o domno do casco, risers e tendes e o segundo seria a interao
dos risers e tendes com o solo.
Referindo-se a um sistema flutuante de produo offshore, condies de contorno como
molas no lineares que simulam as linhas so consideradas e foras ambientais so aplicadas
para obter a resposta no domnio da frequncia j que tudo considerado linear. O flutuante
considerado como um corpo rgido com seis graus de libertade e para cada grau de libertade
obtem-se um RAO. O RAO depois ser usado para fazer as anlises das linhas.
No que se refere ao domnio das linhas de um sistema de produo offshore (FPS), faz-se a
simulao de uma linha por vez para economizar custo computacional. Os movimentos so
aplicados no topo, o fundo das linhas apoiado em molas e os carregamentos ambientais
(onda e corrente) so aplicados.
Quanto ao tipo de amortecimento, primeiro tem-se o amortecimento estrutural que no
mais do que a propriedade das estrutura que a permite dissipar a energia, um exemplo de
amortecimento estrutural o amortecimento de Rayleigh que proporcional massa e
rigidez.
KMC KM (1)
O amortecimento crtico :
nMC 2 (2)
Subsituindo (2) em (1) tem-se o seguinte:
M
KKMn 2 (3)
A frequncia natural definida da seguinte forma:
M
Kn 2 (4)
Subsituindo (4) em (3) tem se o seguinte:
22 nKMn (5)
Finalmente a taxa de amortecimento dada por:
-
nK
n
M
2
1 (6)
Onde M amortece as frequncias mais baixas e k amortece as frequncias mais altas.
Para calibrar M e k deve ser feito um ensaio de decaimento logartmico excitando vrios
modos de vibrao. Para saber quais modos devem ser amortecidos necessrio conhecer a
fora de excitao.
Figura 1 Curva de decaimento
O decaimento pode ser calculado a partir da curva de decaimento (Fig 1) e dado pela
seguinte expresso:
tnetd
)( (7)
A partir da Fig 1 pode se determinar o coeficente de amortecimento da seguinte forma:
1
1
1
nn
nnn
t
tt
n
n
e
e
a
a
(8)
nnt
n
n ea
a
1
(9)
n
nt
2 (10)
2
1
ea
a
n
n (11)
2ln1
n
n
a
a (12)
-
1
ln2
1
n
n
a
a
(13)
Para duas posies da curva de decaimento obtem-se:
iK
i
Mi
2
1 (14)
jK
j
Mj
2
1 (15)
Com a Eq. 13 i e j podem ser determinados e com es Eq. 14 e 15, as variveis M e K
podem ser determinadas.
O outro tipo de amortecimento o amortecimento hidrodinmico que dado devido ao
movimento das linhas e risers dentro da gua. Para riser, este tipo de amortecimento o mais
importante.
Quanto ao grau de refinamento, a massa distribuda idealizada como massas concentradas
(lamped mass). O refinamente deve ser mais rigoroso nas zonas com maior raio de curvatura
nas condies de contorno.
No refinamento, no recomendvel passar de elementos pequenos a grandes abruptamente,
necessario fazer elementos de transio. Refina-se at ter convergncia na resposta.
Na anlise desacoplada do flutuante, calibra-se a rigidez das molas tomando uma linha de
ancoragem e fazendo a curva de restaurao. As curvas de restaurao de cada linha individual
podem ser determinadas atravs de uma anlise esttica sobre um modelo de elementos
finitos da linha, com aplicao apenas de deslocamento prescrito em cada direo de interesse
e tomando-se o valor correspondente de fora no topo. A rigidez de todo o sistema pode ser
avaliada somando-se as foras resultantes de cada uma das linhas para o deslocamento
prescrito em cada direo.
A equao que descreve o movimento do casco :
linhaspcv FFFFFaM 0. (16)
Onde:
F0 a fora devida onda, Fv a fora devida ao vento, Fc a fora da corrente e Fp a fora
potencial.
-
FORMULAES ACOPLADAS
Formulaes acopladas envolvem a soluo de todo o sistema em uma nica simulao, ou
seja, apenas um domnio, uma nica soluo. Sua desvantagem o alto custo computacional.
Formulao Fortemente Acoplada :
Na anlise fortemente acoplada criado um n fictcio localizado justo no centro de
gravedade do flutuante, este n contm os seis graus de liberdade da estrutura e
incorporado no modelo de elementos finitos das linhas o risers como o primeiro elemento.
Assim s vai se ter em conta uma matriz de massa, amortecimento e rigidez para tudo o
modelo contendo o efeito hidrodinmico do casco.
Figura 2 Esquema fortemente acoplado
Formulao Fracamente Acoplada:
Na formulao fracamente acoplada se faz uma anlise dinmica no linear das linhas
empregando o mtodo dos elementos finitos, esta anlise feito para cada instante de
tempo em que foram integradas as equaes de movimento do flutuante. Para cada
tempo, os movimentos do casco so transmitidos s linhas, estas linhas alm desses
movimentos, so submetidas s aes ambientais. Esta formulao permite obter as
foras no topo das linhas o risers.
-
Formulao Semi-Acopladas:
Esta formulao consideras as linhas como um elemento global, ento no mais uma
malha de elementos finitos, passam a ser representadas por uma matriz de rigidez global
equivalente com seis graus de liberdade obtida na posio de equilbrio esttico do
sistema flutuante.
O programa SITUA permite obter a matriz equivalente para as linhas mediante anlises
estticos onde as linhas so representadas com elementos finitos. So geradas matrizes
para varias posies de equilibrio esttico do sistema offshore. Depois de obter a matriz
de rigidez das linhas, esta incorporada na matriz de rigidez do flutuante.
A formulao semi-acoplada til para determinar os movimentos do flutuante e tenses
nas linhas com uma preciso no muito alta. Esta formulao fornece resultados menos
precisos que a formulao acoplada, mas mas precisa que a formulao desacoplada.
METODOLOGIAS DESACOPLADAS
So metodologias em que ha puca ou nenhuma de dependncia entre os projetistas da
unidade flutuante, os de linhas e os de risers. A anlise dos risers independe de resultados
de validao das linhas de ancoragem, nesta metodologia se aplicam offsets estticos e se
aplicam os movimentos dinmicos do flutuante no topo dos risers mediante os RAOs. O
sistema de ancoragem depende dos resultados preliminares do projeto dos risers.
A primeira fase da metodologa desacoplada est baseada na anlise hidrodinmica do
flutuante para obter o movimentos. As linhas de ancoragem so modeladas
simplificadamente como molas no lineares ou como a equao da catenria, tudo isso
para simplificar o custo computacional.
A segunda fase da metodologa a anlise estrutural dos risers e das linhas aplicando os
movimentos do flutuante no topo delas. As linhas so representadas por um modelo de
elementos finitos que onde a malha refinada como mencionado acima.
METODOLOGIAS ACOPLADAS
Esta metodologia analiza risers e linhas de ancoragem de forma acoplada e integrada
usando formulaes acopladas. As malhas dos risers e das linhas so refinadas e as
condies ambientais so iguais para risers e para linhas. A unidade flutuante tambm
integrada no modelo.
A metodologia acoplada tem muitas ventagems como por exemplo que o comportamento
no linear do sistema considerado e os efeitos dos risers e das linhas so levados em
conta no casco, outra ventagem importante que os resultados estruturais das linhas
como traes, resultados estruturais nos risers como traes, momentos, curvaturas e
-
deslocamentos e os movimentos do flutuante so obtidos numa mesma anlise, obtendo
resultados mais precisos e confiveis.
O problema da metodologa acoplada o alto custo computacional e devido a isso que
na atualidade no empregada, um exemplo que coloca em evidencia a viabilidade da
metodologa acoplada uma anlise de fadiga em que em que devem ser feitas varias
anlises devido aos diferentes estados de mar. Num futuro perto, possivelmente ser
usada esta metodologa com ajuda do avano da tecnologa computacional e com
maquinas mais poderosas.
METODOLOGIAS HBRIDAS
As metodologias hbridas analisam o casco de forma acoplada, os movimentos so obtidos
considerando as linhas e os risers como uma malha de elementos finitos com um
refinamento pouco preciso. Depois de obter os movimentos da embarcao, estes so
aplicados no topo das linhas e risers, e feito uma anlise desacoplada delas considerando
um refinamento preciso, as linhas so modeladas individualmente e assim obtida sua
resposta estrutural.
REFERENCIAS
Denis Alvin Liang, Avaliao De Metodologia De Projeto Com Anlise Acoplada Para
Plataforma Do Tipo Tlp, 2009
Stael Ferreira Senra, Metodologias de anlise e projeto integrado de sistemas flutuantes
para explotao de petrleo offshore, 2004 Juan Pablo Inza Blanco, Aplicao Da Metodologia Semi-Acoplada Para O Projeto De Um Sistema De Ancoragem Em Uma Plataforma Semissubmersvel, 2013
-
ANEXOS
Figura 3 Esquema da metodologia fortemente acoplada
-
Figura 4 Anlise dinmica fortemente acoplada
-
Figura 5 Esquema da metodologia fracamente acoplado
-
Figura 6 Esquema anlise dinmica fracamente acoplada