influÊncia de exercÍcios aerÓbios nos efeitos da ... · mestrado em educaÇÃo fÍsica...
TRANSCRIPT
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
MESTRADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
INFLUÊNCIA DE EXERCÍCIOS AERÓBIOS NOS EFEITOS DA OVARIECTOMIA
SOBRE OS GRÂNULOS ELETRODENSOS DOS CARDIOMIÓCITOS DO ÁTRIO
DIREITO DE RATAS WISTAR
CANDIDATA: MICHELLE TIEZZI GALHARDO VIANA
ORIENTADOR: PROF. DR. RUBENS CORRÊA ARAUJO
SÃO PAULO
2010
ii
UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE
MESTRADO EM EDUCAÇÃO FÍSICA
INFLUÊNCIA DE EXERCÍCIOS AERÓBIOS NOS EFEITOS DA OVARIECTOMIA
SOBRE GRÂNULOS ELETRODENSOS DOS CARDIOMIÓCITOS DO ÁTRIO DIREITO
DE RATAS WISTAR
Trabalho apresentado à Banca de
Dissertação ao Programa de
Mestrado em Educação Física da
Universidade São Judas Tadeu
como requisito ao Título de Mestre.
Área de Concentração: Bases
Biodinâmicas da Atividade Física
CANDIDATA: MICHELLE TIEZZI GALHARDO VIANA
ORIENTADOR: PROF. DR. RUBENS CORRÊA ARAUJO
SÃO PAULO
2010
iii
iv
DEDICATÓRIA
Dedico essa dissertação ao meu Amado Senhor e Salvador Jesus Cristo, o autor e
consumador da minha fé, a quem devo tudo o que sou e tudo o que tenho. Te servirei
Senhor enquanto eu viver.
Dedico ao meu esposo Gutemberg, pelos 13 anos de amor e incentivo. Obrigada
por acreditar em mim, por me ajudar até tarde da noite, por compreender as minhas
ausências. Obrigada acima de tudo por estar ao meu lado. Com certeza, se não fosse por
você eu não teria tido coragem de continuar a estudar. Faço minhas as palavras do Max
Lucado: o meu amor por você terminará no mesmo tempo em que o amor de Deus por você
tiver fim! Te amo!
Dedico ao meu filho, o precioso Enzo, que me ensinou a verdadeira forma de amar.
Sua vida filho, é a razão da minha existência, a luz da minha vida, o motivo pelo qual o
Senhor me trouxe a esse mundo – ter a bênção de ser sua mãe! Que essa dissertação possa
ser motivo um orgulho para você. Te amo incondicionalmente!
Dedico aos meus amados pais Wagner e Miriam, guerreiros incansáveis!
Exemplos de amor, dedicação, compreensão e união. Obrigada por TUDO! Obrigada por
ter acreditado em mim, por compreender quando precisava estudar, por me apoiarem em
todas as decisões da minha vida. Vocês são a minha fortaleza! Tenho certeza que posso
contar com vocês sempre! Amo vocês demais! Pai, você é meu exemplo de perseverança,
v
coragem e de alegria. Mãe, você é meu exemplo de sabedoria, cuidado e amor. Jamais teria
chegado até aqui se não fosse por vocês. Dedico todos os meus títulos a vocês!
Dedico aos meus irmãos Wagner e Bruna pelos anos de convívio e união. Com
vocês passei tantos momentos inesquecíveis! Vocês são essenciais na minha vida. Amo
vocês!
Dedico aos meus queridos avós Alfredo Tiezzi e Lourdes. Obrigada por estarem
sempre presentes na minha vida. Vocês são o meu exemplo de vida! Sou abençoada e
privilegiada por Deus por ter nascido neta de vocês. Amo vocês!
vi
AGRADECIMENTOS
Ao meu orientador Prof. Dr. Rubens Corrêa Araujo, por ter me dado a
oportunidade de cursar um mestrado sob a sua orientação. Obrigada pela atenção,
dedicação, paciência, incentivo, amizade, respeito e principalmente por ter acreditado em
mim desde a minha graduação. Muito obrigada!
Ao Prof. Dr. Romeu Rodrigues de Souza por estar sempre disposto a auxiliar e
sempre acrescentando os seus conhecimentos.
Ao Prof. Dr. Cláudio Antonio Ferraz de Carvalho, pela delicadeza nas
colocações pertinentes ao meu trabalho.
A Prof. Dra. Cristina Balejo, pela disposição em me ajudar todos os momentos
que precisei.
A Prof. Dra. Laura Maifrino pela ajuda em manusear o Axio Vision.
A Prof. Dra. Vilma Lení Nista- Piccolo, por ter me concedido a bolsa por
desempenho acadêmico da Universidade São Judas Tadeu em parceria com a CAPES. Com
certeza, se não fosse essa bolsa, eu não teria chegado até aqui. Os meus mais sinceros
agradecimentos!
A Aline Bigongiari, Juliana Valente e Flavia de Andrade pelas horas de convívio
nos almoços e nas tardes na sala dos professores. Sentirei falta de vocês nas minhas tardes
do ano que vem!
vii
A todo corpo docente do Mestrado e também da graduação de Fisioterapia que
direta ou indiretamente contribuíram para a realização desse trabalho.
viii
“O criador das estrelas preferiu morrer por você, a viver sem você!”
“Você não pode ser qualquer coisa que desejar ser, mas pode ser tudo o que Deus quer que você seja!”
Max Lucado
ix
LISTA DE FIGURAS E TABELAS
FIGURAS
Figura 1 - Treinamento dos animais de experimentação em esteira ergométrica adaptada (Fonte:
MARIOTTI, 2009).......................................................................................................................... 26
Figura 2- Eletronmicrografia do átrio direito de animais.Observar núcleo (N), mitocôndria (M),
miofibrilas (mio), linha Z (Z), grânulos eletrodensos com halo (seta maior) e grânulos eletrodensos
sem halo (seta menor)aumento de 7500 X......................................................................................30
Figura 3 - Número de grânulos eletrodensos com e sem a presença do halo nos quatro grupos
estudados: grupo intacto sedentário (GIS), grupo ovariectomizado sedentário (GOS), grupo
ovariectomizado treinado (GOT) e grupo intacto treinado (GIT). * GOT ≠ GOS (p<0,05). .............. 35
Figura 4 - Diâmetro dos grânulos eletrodensos com halo (com peptídeo natriurético atrial) nos
quatro grupos estudados: grupo intacto sedentário (GIS), grupo ovariectomizado sedentário
(GOS), grupo ovariectomizado treinado (GOT) e grupo intacto treinado (GIT). (H=65,636, p=0,01).
.................................................................................................................................................... 36
TABELAS
Tabela 1– Níveis de estradiol (pg/mL) dos grupos de animais ovariectomizados sedentários (GOS) e
treinados (GOT).Observe que todos os níveis estão inferiores a 50pg/ml, ou seja, que a
ovariectomia foi bem sucedida. ................................................................................................... 32
Tabela 2 - Médias e desvios-padrão das velocidades máximas (m/s) obtidas nos três Testes de
Esforço Máximo (TEM) realizados (1ª semana, 2ª semana e 3ª semana) nos quatro grupos
estudados: grupo intacto sedentário (GIS), grupo intacto treinado (GIT), grupo ovariectomizado
sedentário (GOS) e grupo ovariectomizado treinado (GOT).P < 0,05: a GIT no 2º TEM x GIT no 1º
TEM; b GIT no 3º TEM x GIT no 1º TEM; c GOT no 2º TEM x GOT no 1º TEM ................................ 33
Tabela 3 – Análise estatística do número de grânulos eletrodensos nos quatro grupos estudados:
grupo intacto sedentário (GIS), grupo intacto treinado (GIT), grupo ovariectomizado sedentário
(GOS) e grupo ovariectomizado treinado (GOT).. ......................................................................... 34
x
LISTA DE ABREVIATURAS
ANOVA – Análise de Variância
ANP – Peptídeo Natriurético Atrial (do original em inglês atrial natriuretic peptide)
FA – Fibrilação Atrial
FC – Frequência Cardíaca
FMVZ-USP - Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São
Paulo
GANP – Grânulos de Peptídeo Natriurético Atrial
GIS – Grupo Intacto Sedentário
GIT – Grupo Intacto Treinado
GOS – Grupo Ovariectomizado Treinado
GOT – Grupo Ovariectomizado Treinado
ICB – Instituto de Ciências Biomédicas
TEM – Teste de Esforço Máximo
USP – Universidade de São Paulo
xi
ÍNDICE
DEDICATÓRIA .............................................................................................................................................III
AGRADECIMENTOS...................................................................................................................................VI
LISTA DE FIGURAS E TABELAS ............................................................................................................. IX
1 – RESUMO .................................................................................................................................................... 1
2 – ABSTRACT ................................................................................................................................................ 2
3 - INTRODUÇÃO........................................................................................................................................... 3
4 - REVISÃO DE LITERATURA .................................................................................................................. 6
4.1 – O CICLO REPRODUTIVO FEMININO......................................................................................................... 6 4.2 – PRODUÇÃO E SECREÇÃO DOS GRÂNULOS DO PEPTÍDEO NATRIURÉTICO ATRIAL. ................................... 9 4.3 - FUNÇÃO DO FATOR NATRIURÉTICO ATRIAL ......................................................................................... 13 4.4 - IMPORTÂNCIA CLÍNICA DO FATOR NATRIURÉTICO ATRIAL .................................................................. 15 4.5 – EXERCÍCIO FÍSICO NA MENOPAUSA ..................................................................................................... 16 4.6 - EFEITOS DO EXERCÍCIO FÍSICO NOS GRÂNULOS DE PEPTÍDEO NATRIURÉTICO ATRIAL. ......................... 20
5 - MATERIAL E MÉTODOS...................................................................................................................... 24
5.1 – ANIMAIS DE EXPERIMENTAÇÃO ........................................................................................................... 24 5.2 – OVARIECTOMIA E DOSAGEM DE ESTRADIOL......................................................................................... 25 5.3 – TESTE DE ESFORÇO MÁXIMO E PROTOCOLO DE EXERCÍCIOS FÍSICOS .................................................... 26 5.4 – COLETA E PREPARAÇÃO DAS AMOSTRAS PARA MICROSCOPIA .............................................................. 28 5.5 - MORFOMETRIA ULTRAESTRUTURAL..................................................................................................... 29 5.6 – ANÁLISE ESTATÍSTICA.......................................................................................................................... 30
6 – RESULTADOS......................................................................................................................................... 32
6.1 – OVARIECTOMIA E NÍVEIS DE ESTRADIOL .............................................................................................. 32 6.2 - DESEMPENHO NOS TESTES DE ESFORÇO MÁXIMO .................................................................................. 32 6.3 – ANÁLISE DO NÚMERO DE SECÇÕES TOTAIS DE GRÂNULOS ELETRODENSOS .......................................... 33 6.4 – ANÁLISE DO NÚMERO SE SECÇÕES DE GRÂNULOS COM E SEM HALO..................................................... 34 6.5 – ANÁLISE DA ÁREA DA SECÇÃO DOS GRÂNULOS ELETRODENSOS........................................................... 35 6.6 – ANÁLISE DO DIÂMETRO DA SECÇÃO DOS GRÂNULOS COM HALO ......................................................... 35
7 – DISCUSSÃO ............................................................................................................................................. 37
8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................................................... 41
ANEXO 1 – CERTIFICADO DA APROVAÇÃO DO COMITÊ DE BIOÉTICA DA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA........................................................................................... 57
ANEXO 2 – PESOS DOS ANIMAIS DE TODOS OS GRUPOS: GRUPO INTACTO SEDENTÁRIO (GIS), GRUPO INTACTO TREINADO (GIT), GRUPO OVARIECTOMIZADO SEDENTÁRIO (GOS) E GRUPO OVARIECTOMIZADO TREINADO (GOT)............................................................... 58
ANEXO 3 – VELOCIDADES MÁXIMAS ATINGIDAS PELOS GRUPOS NOS 3 TESTES DE ESFORÇO MÁXIMO.................................................................................................................................... 59
1
1 – RESUMO
Nos cardiomiócitos atriais encontram-se grânulos eletrodensos, os quais contêm um
hormônio denominado de peptídeo natriurético atrial (ANP). Os efeitos da deficiência de
estrógenos no ANP são controversos. Por outro lado, são bem conhecidos os efeitos do
exercício aeróbio nos grânulos de ANP. Porém pouco se sabe sobre seus efeitos nesses
grânulos, na vigência da deficiência de estrógenos. O presente trabalho tem como objetivos
verificar os efeitos da menopausa, induzida experimentalmente em animais através da
ovariectomia, sobre o número total e área da secção dos grânulos eletrodensos, sobre o
número de secções de grânulos com e sem halo, sobre o diâmetro das secções dos grânulos
com halo. Além disso, pretende-se verificar se a realização de exercícios aeróbios tem
influência sobre estes efeitos. Vinte ratas Wistar, com 6 meses de idade, foram divididas
em 4 grupos com 5 animais em cada grupo: grupo intacto sedentário (GIS), grupo intacto
treinado (GIT), grupo ovariectomizado sedentário (GOS), grupo ovariectomizado treinado
(GOT). O treinamento dos animais do GIT e GOT foi realizado em esteira ergométrica com
velocidade e carga progressiva (1hora dia/ 5 dias por semana/50-60% da velocidade
máxima de esforço) durante 12 semanas. Ao término do protocolo, os animais foram
sacrificados e os átrios foram retirados e processados para realização de cortes ultrafinos
que foram examinados em microscópio eletrônico de transmissão. As secções dos grânulos
eletrodensos de ANP foram estudados por técnicas morfométricas. Os resultados da
comparação entre os grupos quanto ao número total de secções de grânulos ou à área dos
mesmos não revelaram diferenças significativas. Da mesma forma, numa análise mais
minuciosa, comparando-se o número de secção de grânulos eletrodensos com ou sem halo
periférico não foram encontradas diferenças significativas. Contudo, na análise do diâmetro
das secções dos grânulos com halo periférico, aqueles relacionados com o ANP, os maiores
diâmetros foram aqueles dos grupos ovariectomizados, sendo que o GOS foi o maior.
Assim, parece que a ovariectomia provoca aumento do diâmetro das secções grânulos de
ANP. Por outro lado, parece que o treinamento provoca uma tendência de diminuir o
diâmetro das secções dos grânulos eletrodensos com halo. Assim, parece que o treinamento
foi capaz de reverter o efeito da ovariectomia.
2
2 – ABSTRACT
THE INFLUENCE OF AEROBIC EXERCISES ON THE OVARIECTOMY
EFFECTS AT ELECTRODENSE GRANULES FROM RAT ATRIAL MYOCYTES.
In atrial cardiomyocytes are electron-granules, which contain a hormone called atrial
natriuretic peptide (ANP). The effects of estrogen deficiency in ANP are controversial. On
the other hand, are well known effects of aerobic exercise on the ANP granules. But little is
known about its effects in these granules, in the presence of estrogen deficiency. This study
aims to assess the effects of menopause, induced experimentally in animals by ovariectomy
on total number and area of granules, on the number of granules with and without
peripheral halo, and on the diameter of the granules with halo. In addition, we intend to
verify if the performance of aerobic exercise has an influence on these effects.Twenty
Wistar rats, 6 months old, were divided into four groups with five animals each: intact
sedentary group(ISG), intact trained group(ITG), ovariectomized sedentary group (OSG),
ovariectomized trained group (OTG). The training for ITG and OTG was performed on a
treadmill with progressive speed and loading (1 hour day / 5 days a week / 50-60% of the
maximum effort) for 12 weeks. At the end of the protocol, the animals were sacrificed and
the atria were removed and processed for ultrathin sections were examined under a
transmission electron microscope. The granules of ANP were studied by morphometric
techniques. The results of the comparison between groups regarding the total number and
area revealed no significant differences. Likewise, on closer analysis, comparing the
number of granules with or without peripheral halo no significant differences were found.
However, analysis of the diameter of the granules with a peripheral halo, those related to
the ANP, the largest diameters were those of ovariectomized animals, and the OSG had the
greatest. So it seems that ovariectomy causes an increase in GANP diameter. On the other
hand, it seems that training tends to decrease the diameter of the granules with halo. Thus,
it appears that the training was able to reverse the effect of ovariectomy.
3
3 - INTRODUÇÃO
De BOLD et al. (1981), em um trabalho pioneiro, demonstraram que os miócitos
dos átrios cardíacos e aurículas contêm uma substância capaz de reduzir a pressão
sangüínea sistêmica e induzir a natriurese. Esta substância é um hormônio denominado de
Peptídeo Natriurético Atrial (ANP), que se encontra presente nesses grânulos. É produzido
nos cardiomiócitos atriais e armazenado no seu citoplasma sob a forma de grânulos de
tamanho e número variados, sendo secretado principalmente através de mudanças na tensão
das paredes atriais e auriculares, e tem repercussões sobre o equilíbrio hidroeletrolítico, a
homeostase e pressão arterial. Os mesmos autores relatam que extratos do miocárdio atrial
e auricular injetados em modelos animais causavam um rápido aumento na excreção
urinária de sódio e cloreto. A forma biologicamente ativa do ANP compreende um peptídeo
com 28 aminoácidos sendo retirado da circulação pelo receptor para peptídeo natriurético
atrial tipo C, por meio da filtração glomerular e pela endopeptidase 24-II. Isso faz com que
a meia vida plasmática do ANP seja de dois a quatro minutos em humanos (ANDREVET et
al., 1988).
Os grânulos eletrodensos que contêm ANP em seu interior são caracterizados pela
presença de uma membrana eletrodensa esférica. Sendo assim, o conteúdo do grânulo está
separado da membrana limitante por uma faixa de aproximadamente 20 nm (MAREI,
2002).
Trabalhos realizados mostram que os níveis plasmáticos de ANP são sensíveis ao
exercício físico (BARLETTA et al., 1998; OHBA et al., 2001; ENGELMAN et al., 2004;
STROLLE, 2006; VOGELSANG et al., 2006); e que a ovariectomia, ou seja, a menopausa
induzida cirurgicamente, acelera a perda de cardiomiócitos (MARQUES et al., 2006).
4
A menopausa é um período de transformações nos sistemas orgânicos da mulher.
Trabalhos realizados mostram que a prevalência de hipertensão em mulheres na pós-
menopausa é cerca de 4 vezes maior do que naquelas que não se encontram na menopausa
(STAESSEN et al., 1998; FIELDS et al., 2000). Entretanto, os mecanismos precisos pelos
quais a menopausa promove o aparecimento de hipertensão ainda é uma questão
controversa (RAPPELLI, 2002). Vários são os fatores envolvidos nas causas de alterações
na pressão arterial nessa fase.
Na vigência da deficiência de estrógenos, própria da menopausa, ocorrem alterações
em vários tecidos, inclusive no miocárdio. Entretanto, os efeitos da deficiência de
estrógenos nos grânulos de ANP são ainda objeto de discussão. Portaluppi et al. (1991)
afirmam que os estrógenos não afetam os níveis de ANP, ao passo que Belo et al. (2008)
citam que o estrógeno aumenta a produção de ANP.
Atualmente diversas terapias têm sido indicadas para a prevenção dos distúrbios da
fase pós-menopausa, incluindo terapia hormonal, dieta e exercícios físicos (TCHERNOF et
al., 1998). A terapia por reposição hormonal no climatério tem sido questionada com
relação aos seus riscos e benefícios (GROSS et al., 2005; MAASS et al., 2004;
TATCHUM-TALOM et al., 2002). Quanto à terapia por exercícios, vários estudos têm
demonstrado seus efeitos benéficos (PATE et al., 1995). Entretanto, não são conhecidos os
efeitos da realização de exercícios nas alterações produzidas pela falta de estrógenos nos
GANP.
O ANP encontra-se acumulado na forma de grânulos na região perinuclear dos
cardiomiócitos dos átrios (KISH, 1956 apud SILVA, 2003; SKEPPER &
NAVARATMAN, 1988), principalmente nas aurículas do átrio direito (PALADE et al.,
5
1961; JAMIESON & PALADE, 1964; IIDA et al., 1988; DE SOUZA et al., 2005;
CHAPEAU et al., 1985). Esses foram classificados em diversas formas conforme o
conteúdo, tipos de estruturas e eletrodensidade em A, B, C e D (BERGER e
RONA,1971). Ainda conforme esses autores, nem todos os grânulos eletrodensos contem
ANP, mas particularmente aqueles do tipo A, com halo periférico (MAREI, 2002).
Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivos verificar os efeitos da
menopausa, induzida experimentalmente em animais através da ovariectomia, sobre o
número total e área dos grânulos eletrodensos, sobre o número de grânulos com e sem
halo, sobre o diâmetro dos grânulos com halo. Além disso, pretende-se verificar se a
realização de exercícios aeróbios tem influência sobre estes efeitos.
6
4 - REVISÃO DE LITERATURA
4.1 – O Ciclo Reprodutivo Feminino
No ciclo reprodutivo feminino, o corpo lúteo secreta grandes quantidades de
estrógeno e progesterona, mas depois de duas semanas o corpo lúteo se degenera
diminuindo acentuadamente a quantidade desses hormônios ovarianos, dando início à
menstruação, e, repete-se, então, uma novo ciclo ovariano (VOEUX, 2002). Esse processo
é contínuo até a menopausa ou climatério.
Denomina-se climatério o período em que ocorre diminuição lenta da atividade
ovariana, com diminuição progressiva dos níveis circulantes de hormônios sexuais
femininos (FUCHS et al., 1995). O Climatério é um período que continua após a
menopausa seguindo até a velhice (DE LORENZI et al., 2005).
Este período de climatério e pós-menopausa não é caracterizado como uma doença,
mas sim, como fases na qual se encontra carência estrogênica, somada a fenômenos
comuns durante o processo de envelhecimento (DE LORENZI et al., 2005; CONSENSO
BRASILEIRO MULTIDISCIPLINAR DE ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA MULHER
CLIMATÉRICA).
Para Landau et al. (1998), a menopausa refere-se ao início do processo de
envelhecimento. Para Northrup et al. (2005), é um episódio único, caracterizando o fim da
fase reprodutiva da mulher. Neste cenário, ocorre a falência completa da função ovariana, o
que leva a uma deficiência na produção de hormônios, principalmente estrógenos e
progesterona.
7
Pinotti et al. (2003) afirmam que a função dos ovários começa a reduzir cerca de
cinco a dez anos antes da última menstruação, pois, com a progressão da idade, o número
de folículos dos ovários vai regredindo, de modo que a produção de hormônios também
diminui. O que ocorre na menopausa é que a reserva de folículos ovarianos é esgotada e,
assim, os ovários deixam de secretar estrogênios e progesterona.
Além de estar associada com a interrupção da vida reprodutiva das mulheres, a
menopausa coincide com um aumento de diversas comorbidades incluindo a doença
cardiovascular (TCHERNOFV et al.,1998) estando sendo considerada a principal causa de
morte em mulheres pós-menopausadas nos países industrializados (HALBE et al., 1995).
A carência de hormônios, principalmente a carência de estrógenos associados ao
período de envelhecimento, pode levar a processos patológicos, e, segundo o Conselho
Brasileiro Multidisciplinar de Assistência a Saúde da Mulher Climatérica (2005), por volta
de 2020 haverá mais de um bilhão de mulheres que estarão com mais de 60 anos de idade,
período no qual a carência estrogênica passará a constituir um principal tema de saúde
pública. Assim, a prevenção das disfunções relacionadas com a fase do climatério é
essencial para uma melhor sobrevida, e, portanto, qualidade de vida das mulheres após a
menopausa. No climatério ocorre uma importante diminuição na capacidade de exercício,
força e resistência muscular e massa óssea; mas, por outro lado, apresentam aumento do
peso corporal, da prevalência de diabetes mellitus do tipo 2, de osteoporose e de doenças
cardiovasculares (DCVs) (SOWERS & LA PIETRA, 1995).
O sexo feminino, antes da privação dos hormônios ovarianos, tem maior predomínio
vagal e maior sensibilidade dos pressorreceptores e, portanto, maior proteção
cardiovascular, em relação ao sexo masculino (KUO et al., 1999; HUIKURI et al., 1996;
8
GREGOIRE et al., 1996; LEINWAND, 2003). Porém, é importante enfatizar que essa
proteção autonômica cardiovascular apresentada pelo sexo feminino é amenizada após a
diminuição e até a privação dos hormônios ovarianos (KUO et al., 1999). Isto deve estar
relacionado ao fato de que o início da equivalência nas taxas de eventos cardiovasculares
entre os sexos coincide com o advento da menopausa, e, conseqüentemente, com a privação
estrogênica (BRENNER, 1988).
A DCV na mulher menopausada, em sua maioria, envolve alterações na pressão
arterial (PA) e em sua regulação. Mas vale ressaltar, que a PA é mais elevada em homens
do que em mulheres ate a faixa etária de 60 anos (BURT et al., 1995). Após esta faixa
etária, a hipertensão (particularmente a sistólica) aumenta nas mulheres e a torna-se mais
prevalente (STAMLER et al., 1976) ou pelo menos igualmente prevalente em homens e
mulheres. A literatura vem demonstrando que os hormônios ovarianos podem ser
responsáveis pela PA mais baixa em mulheres pré-menopausa e, na sua falta ou redução,
também pelo aumento da PA em mulheres menopausadas (STAESSEN et al., 1997;
STAMPFER et al., 1991) e em modelos animais de menopausa (RECCKELHOFF et al.,
2000; HERNADEZ et al., 2000; IRIGOYEN et al., 2005).
Colditz et al. (1987) e Sturgeon et al. (1995) afirmam que o uso de estrógeno é um
fator benéfico para o sistema circulatório, embora os efeitos da terapia de reposição
hormonal devam ser mais conhecidos. Nesse mesmo contexto, Fernandes et al. (2008)
sugere que esse tratamento leva a uma redução do risco cardíaco em geral, por outro lado,
aumenta o risco de trombose e doenças cerebrais.
9
4.2 – Produção e secreção dos grânulos do Peptídeo Natriurético Atrial.
Estudos realizados na década de 60 mostraram que além de sua função como
bomba, o coração produz e secreta hormônios (KISCH et al., 1956; PALADE et al., 1961;
DE BOLD et al., 1981; IIDA et al., 1988; CALIARI & TAFURI, 1993; SILVA et al.,
2003).
A primeira descrição sobre a presença de corpos osmiofílicos esféricos,
eletrodensos, isolados ou aglomerados, no citoplasma de cardiomiócitos atriais foi feita em
1956 por Bruno Kisch (apud SILVA et al., 2003) em cobaias. A análise ultra-estrutural dos
cardiomiócitos atriais mostrou que esses corpos eram grânulos sendo denominados
grânulos atriais específicos, e que eram responsáveis por armazenar uma substância
química que atuava como fator natriurético, sendo denominada Peptídeo Natriurético Atrial
(PALADE et al., 1961). Estes grânulos podem apresentar ultraestrutura heterogênea devido
ao sentido do ângulo dos cortes ou secções transversais, oblíquas e longitudinais
(SKEEPER & NAVARATMAN, 1988).
Inicialmente eram feitas técnicas de distensão atrial, situação em que os receptores
de volume, preponderantes no átrio esquerdo, reconheceriam a plenitude do volume
sanguíneo, dando origem a um reflexo neuro-humoral, em que a via aferente seria o nervo
vago; o centro, o hipotálamo; e a via eferente, representada pela inibição da secreção do
hormônio antidiurético da hipófise, resultando em menor reabsorção da água do filtrado
glomerular, e conseqüente diurese. Essas experiências demonstraram também aumento na
excreção do sódio, e, para isto, postulava-se a liberação em um local indeterminado de um
fator natriurético (ATTA , 1989).
10
Skepper e Navaratman (1988) analisaram a heterogeneidade dos grânulos atriais em
ratos e verificaram que os grânulos medem de 100 a 250 nm de diâmetro com variações,
em diferentes espécies. Localizam-se na região perinuclear, próximo às mitocôndrias e ao
complexo de Golgi e raramente são encontrados nos cardiomiócitos dos ventrículos, porém
são abundantes nos átrios (PALADE et al., 1961; JAMIESON & PALADE, 1964; IIDA et
al., 1988). Estudos feitos com animais demonstraram que a aurícula direita apresenta maior
quantidade de grânulos que a aurícula esquerda (DE SOUZA et al., 2005).
Em 1981, De Bold et al. relataram um hormônio produzido nos cardiomiócitos
atriais (ANP), que seria liberado quando o átrio fosse distendido e, por vários mecanismos,
atuaria no néfron, levando a diurese e natriurese. Essa descoberta desencadeou um grande
volume de investigações, levando à determinação da fórmula do peptídeo responsável, sua
síntese e criaçäo de vários fármacos derivados (ATTA et al., 1989).
Vários autores passaram a estudar os grânulos quanto ao seu tamanho e número, em
várias situações. Avramovitch et al. (1995) observaram aumento de grânulos em animais
com insuficiência cardíaca congestiva e, que havia maior quantidade de grânulos menores.
Chapeau et al. (1985) observaram maior quantidade de grânulos na aurícula direita do que
na esquerda.
Conforme o conteúdo, tipos de estruturas e eletrodensidade os grânulos foram
classificados em A, B, C e D. Os grânulos tipo A possuem o seu conteúdo fortemente
eletrodenso, com conteúdo retraído deixando transparecer um halo vazio na face interna da
membrana. Os grânulos B foram classificados como grânulos pálidos com granulações de
aspecto fibroso. Os grânulos do tipo C foram descritos como corpúsculos residuais e os
11
grânulos do tipo D como grânulos pequenos extremamente eletrodensos (BERGER &
RONA, 1971).
Recentemente verificou-se que os grânulos contêm uma proteína denominada
cromagranina A, que têm efeitos cardiossupressivos, sendo uma das vasostatina. Somente
os grânulos tipos A e B contém essa proteína, ou seja os grânulos com halo (100-250nm de
diâmetro) (KRYLOVA, 2007). O mesmo autor propõe que a cromagranina possa ser um
precursor dos peptídeos vasostatinas.
Segundo Marei (2002) o grânulo que contêm ANP é caracterizado pela presença de
uma membrana eletrodensa esférica (diâmetro de até 250nm). O conteúdo do grânulo está
separado da membrana limitante por uma faixa de 20nm.
Nas últimas décadas descobriu-se que a produção do ANP é feita também em outros
órgãos, como por exemplo, no intestino, no pulmão e no sistema nervoso entre outros
(CALIARI & TAFURI, 1993; GAMA, 1999; MAREI, 2002; ENGELMANN et al., 2005).
Marei (2002) demonstrou através de estudos com microscopia eletrônica que o ANP é
secretado principalmente a partir do átrio direito e, em menor medida a partir do
hipotálamo, e que tanto o ANP atrial como o do hipotálamo, tem desempenho como
neurotransmissores periféricos ou também como neuromediadores. Goetz (1988) mostrou
os efeitos ANP nos sistemas cardiovascular, renal, endócrino e neural, e seu efeito na
regulação do balanço hidroeletrolítico e das funções cardiovasculares.
Quanto à forma como o hormônio é liberado, estudos indicaram que a
distensibilidade e a presença de receptores de volume nos átrios são à base da hipótese de
que haveria algum tipo de mecanismo que regulasse a quantidade de sangue circulante. Na
12
verdade, a concentração plasmática de ANP aumenta em resposta à distensão do tecido
atrial (SILVA et al., 2003) e pode resultar do volume sanguíneo excessivo (VOEUX,
2002). Skepper et al. (1989) observaram maior quantidade de grânulos em animais
submetidos à expansão volumétrica dos átrios quando comparado com os animais não
submetidos a essa condição.
Atualmente é aceito que a secreção do ANP ocorre por dois mecanismos:
encurtamento da musculatura dos átrios (CHO et al., 1991) e aumento da volemia, com
dilatação das paredes das cavidades atriais (SKEPPER et al., 1989). Além disso, existe uma
relação entre a liberação do ANP e a ação de outros hormônios. Assim, Schiebinger &
Greening (1992), utilizando norapinefrina, endotelina e vasopressina mostraram que estes
hormônios atuam como mediadores responsáveis pela liberação do ANP. Seul et al. (1992)
observaram em ratos que o ciclo contração-relaxamento das fibras musculares do complexo
átrio-ventricular promovia um aumento da secreção do ANP (LACHANCE & GARCIA,
1991).
Enfatizando a importância desse hormônio, Bocchi et al. (2002) mostraram que o
ANP vem sendo atribuído também na monitorização de tratamento dos pacientes com
insuficiência cardíaca, sugerindo-se que o peptídeo poderia servir como parâmetro
terapêutico, propondo o retorno do peptídeo aos níveis séricos basais como objetivo final
do tratamento, e não mais apenas na melhora dos sintomas.
Uma variedade de estímulos fisiológicos e deflagradores podem promover a
liberação de ANP, tais como: exercícios, hipóxia, isquemia, aumento do estresse (FLATO
et al., 2009). O aumento deste pode ocorrer por expansão de volume, agentes constritores
13
que elevam a pressão atrial, imersão em água, taquicardia atrial e dieta rica em sais
(VIANNA, 1991).
Li et al. (2006) demonstraram que o ANP e BNP (original do inglês brain natriuretic
peptide) não são produzidos exclusivamente no átrio direito, pois encontraram também nas
células da parede do estômago com elevada concentração dos grânulos nas células da
cárdia.
A produção excessiva de ANP ou até mesmo a sua ausência completa, não
produzem alterações significativas do volume sanguíneo, pois esses efeitos devem ser
facilmente superados por pequenas alterações da pressão arterial, atuando através da
natriurese por pressão (VOEUX, 2002). Mas, para o conhecimento dos fatores que
controlam a pressão arterial, é importante se conhecer a função dos ANP.
4.3 - Função do Fator Natriurético Atrial
Para verificar a função do material presente nos grânulos, De Bold et al. (1981)
prepararam extrato de átrios e ventrículos e injetaram em peritônio de ratos, e observaram
aumento na diurese, excreção renal de sódio, diminuição da pressão arterial e aumento do
hematócrito nos animais que receberam o extrato atrial; o mesmo não aconteceu aos ratos
que receberam extrato de ventrículos. Wildey et al. (1988) estudaram a liberação do ANP
nos miócitos de ratos e concluíram que a ativação de ANP não ocorre no interior dos
miócitos, mas após a liberação do próhormônio para microambientes extracelulares.
Em um estudo realizado com hamsters de diversas idades, concluiu-se que após a
inoculação de imunomarcadores estruturais, que permitem a observação do trajeto
percorrido pelo pró-hormônio ANP até a sua liberação na circulação, este hormônio é
14
liberado por exocitose, e, ao passar pelo endotélio dos capilares é ativado, transportado e
liberado para a corrente sanguínea (GILLOTEAUX et al., 1991 apud FERRABOLI, 2009).
Uma vez liberado pelos átrios, o ANP penetra na circulação e atua sobre os rins,
causando pequenos aumentos de filtração glomerular e diminuição da reabsorção de sódio
pelos ductos coletores. Essas ações combinadas do ANP levam à excreção aumentada de
sal e de água, o que ajuda a compensar o excesso do volume sanguíneo (VOEUX, 2002).
O ANP participa das várias atividades fisiológicas do organismo. Entre elas, está a
inibição da liberação de renina, aldosterona e hormônio antidiurético. Além disso, é um
potente natriurético causando aumento do ritmo de filtração glomerular e da excreção renal
de água e também de outros eletrólitos (SOUZA & AIRES, 1997)
O ANP controla a ação do sistema renina-angiotensina, o sistema simpático e os
fluidos extracelulares circulantes, aumentando o fluxo e a permeabilidade capilar. Agindo
como vasodilatador diminui a pressão sanguínea e a reabsorção de água e sódio facilitando
a natriurese e a diurese (OHBA et al., 2001; MCGRATH et al., 2005). Além dessas ações
hipotensoras, natriuréticas, diuréticas do ANP também é atribuído a proliferação celular
endotelial e músculo liso vascular (FLATO et al., 2009).
Depois da constatação que o ANP tinha efeitos diuréticos, surgiram numerosos
estudos sobre estes grânulos. Stewart et al. (1992) e Schibinger & Greenig (1992)
mostraram que a retirada bilateral das aurículas eliminava a liberação do ANP e bloqueava
a excreção de água e sódio com retenção de líquidos nos tecidos corporais, devido ao
aumento do volume plasmático.
15
Mouton et al. (1992) chamaram a atenção para a aplicação dos conhecimentos sobre
o ANP como terapêutica nas desordens circulatórias. Assim, esse hormônio passou a ser
utilizado em pacientes com doenças cardiovasculares (KITASHIRO et al.,1999.
MASSARU et al., 2001, SWARD et al., 2001; HENRY, 2002; MCGRATH et al., 2005).
Autores pesquisaram em diversos mamíferos a ação do ANP e concluíram que este
peptídeo tem ação antiinflamatória e age no metabolismo lipolítico durante a hidrólise do
tricilglicerol (MOLKENTIN, 2003; LAFONTAN et al., 2005).
Diante dessas recentes funções atribuídas ao ANP, faz-se necessário uma revisão da
relevância clínica dos mesmos.
4.4 - Importância Clínica do Fator Natriurético Atrial
Após a descoberta das ações do ANP, vários estudos têm demonstrado seu uso em
clínica. Kitashiro et al. (2001) observaram em pacientes internados com hipertensão arterial
que o uso de ANP intravenoso reduziu a pressão sanguínea sistólica, pré-carga e pós-carga
e melhorou o desempenho do ventrículo esquerdo. Massaru et al. (2001) compararam o
efeito do ANP associado à nitroglicerina na remodelação do ventrículo esquerdo em
pacientes com Infarto Agudo do Miocárdio. Neste estudo foi administrado ANP e
nitroglicerina, e foi observado que, nos pacientes que receberam ANP, o tratamento surtiu
efeito significativo na remodelação do ventrículo esquerdo. Outros pesquisadores
realizaram trabalhos com infusão intravenosa contínua de ANP em pacientes portadores de
fibrilação atrial e insuficiência cardíaca congestiva e observaram melhora nas primeiras 24
e 48 horas da fibrilação atrial, melhora na resistência vascular periférica, pressão arterial
sistólica, além de decréscimo significativo na resistência vascular pulmonar, acréscimo na
16
excreção de diurese e sódio, decréscimo significativo de creatinina com melhora da
hemodinâmica (KITASHIRO et al., 2001; MCGRATH et al., 2005).
No estudo de Sward et al. (2001) foi infundido ANP intravenoso contínuo em
pacientes com disfunção renal aguda e, foi observada resposta significativa na
hemodinâmica nas primeiras 48 horas, aumento da filtração glomerular e fluxo renal,
diminuição da resistência vascular renal com aumento na fração de filtração.
Um estudo realizado por Marques et al. (2006) mostrou que a ovariectomia acelera
a perda de cardiomiócitos, enquanto o treinamento físico compensa este processo. O
treinamento físico foi o principal fator que influenciou o aumento da densidade
intramiocárdica de artérias e reduziu significativamente a espessura da parede da aorta,
aumentando a densidade de células musculares lisas da túnica média dos núcleos por
unidade de área (MARQUES et al., 2006). No mesmo trabalho houve a redução de 15% da
pressão arterial de ratas espontaneamente hipertensas em comparação com o grupo
sedentário. No grupo treinado, além da redução da pressão arterial houve também
diminuição da hipertrofia cardíaca, devido à hipertensão arterial e aumento da
vascularização do miocárdio.
4.5 – Exercício Físico na Menopausa
Fonseca et al. (2001) defende que fatores como a prática regular de exercícios,
alimentação balanceada e terapêutica hormonal podem trazer benefícios a médio e longo
prazo para o sistema cardiovascular. Assim, o exercício proporcionará melhora da saúde e
qualidade de vida da mulher.
17
O exercício físico promove muitos benefícios para o organismo assim como:
melhora do condicionamento cardiovascular, resistência e flexibilidade. Além desses
benefícios, promove uma regularização imediata dos níveis de glicose sanguínea,
adrenalina e noradrenalina (CARVALHO et al., 2000).
Irigoyen et al. (2005) afirmam que o exercício físico está sendo considerado como
um poderoso instrumento para a melhora do estresse oxidativo e controle da circulação
quando ocorre privação de estrógenos, sugerindo ser uma alternativa para as mulheres após
a menopausa, reduzindo o risco de desenvolver doenças crônicas.
Diversos estudos têm demonstrado que a menopausa está relacionada com a
diminuição da capacidade aeróbia, força muscular, densidade mineral óssea, aumento do
peso corporal, diabetes tipo 2, fraturas osteoporóticas e maior incidência de doenças
cardiovasculares (SOWERS & LA PIETRA, 1995; STAESSEN et al., 1997).
A prática freqüente de atividade física é considerada um tratamento não-
farmacológico para o tratamento e/ou prevenção de diversas doenças. Nesse contexto, sem
dúvida, o estilo de vida adotado pelas sociedades modernas pode colaborar para diminuição
de altos índices de sedentarismo, o qual pode contribuir de forma importante para o
desenvolvimento de doenças crônicas (FRANCISCHI et al., 2000).
Estudos realizados em mulheres no climatério vem demonstrando que o treinamento
físico induz melhora no perfil lipídico principalmente em presença de sobrepeso ou
dislipidemia (ASIKAINEN et al., 2004).
Sugawara e colaboradores (2004), em estudo em mulheres após a menopausa,
verificaram que o treinamento físico de baixa ou de moderada intensidade melhorou a
complacência arterial. Sabe-se que a redução na complacência arterial resulta no aumento
18
progressivo da pressão arterial sistêmica relacionado ao envelhecimento, aumentando
também a função ventricular esquerda, diminuindo a pressão diastólica, e com isso
alterando a perfusão coronariana.
O treinamento físico pode provocar alterações cardiovasculares e autonômicas
importantes tais como bradicardia de repouso (NEGRÃO et al., 1992; DE ANGELIS et al.,
1997, 1999, 2004; KATONA et al.,1982; FRICK, 1967), redução da PA em ratos
espontaneamente hipertensos (SILVA et al., 1997; BERTAGNOLLI et al., 2006) e melhora
da sensibilidade dos pressoreceptores em sujeitos normotensos (MC`DONALD et al., 1993;
BARNEY et al., 1988; DE ANGELIS et al., 2004; NEGRÃO et al, 1992; BEDFORD &
TIPTON, 1987) e em ratos espontaneamente hipertensos e diabéticos (SILVA et al., 1997;
BERTAGNOLLI et al., 2006; HARTHMANN et al., 2007). Além disto, estudos
demonstraram adaptações das enzimas antioxidantes e redução do estresse oxidativo em
resposta ao treinamento físico (JI & FU, 1992; MARGARATIS et al., 1997; VENDITTI &
DI MEO, 1997; DE ANGELIS et al., 1997; IRIGOYEN et al., 2005; BERTAGNOLLI et
al., 2006).
Em estudos mais recentes têm sido demonstrado que treinamento físico aeróbio
pode induzir melhora nos perfis metabólico e lipídico, reduzir a inflamação e as moléculas
de adesão (WEGGE et al.,2004) e aumentar a variabilidade da FC (JURCA et al., 2004) em
mulheres menopausadas (ASIKAINEN et al., 2004), bem como melhorar a resposta da
insulina estimulada pelo teste de tolerância a glicose em ratas ovariectomizadas (LATOUR
et al., 2001).
O trabalho de Irigoyen et al. (2005) evidenciou que o treinamento físico aeróbio em
um modelo experimental de menopausa em ratas induziu aumento da capacidade aeróbia,
redução do peso corporal, da PA e da FC de repouso e melhora na sensibilidade dos
19
pressorreceptores associada a redução no estresse oxidativo e ao aumento nas defesas
antioxidantes no tecido cardíaco . Herren et al. (2009) observou melhora cardiovascular em
camundongas knockout para o receptor LDL (low density lipides) - colesterol
ooforectomizadas apos treinamento físico, e Souza et al. (2007) em ratas diabéticas
ooforectomizadas , sendo que neste último estudo observaram redução da mortalidade após
o período de treinamento físico.
É importante enfatizar que a taxa de mortalidade devido a doenças cardiovasculares
aumentou de 10 para 25% nos anos 60 e 70 em mulheres (CASTANHO et al., 2001) o que
torna de extrema importância a necessidade da busca de alternativas terapêuticas para a
prevenção e o tratamento das doenças cardiovasculares e metabólicas na mulher.
Cabe ressaltar que atualmente os efeitos de proteção cardiovascular através da
terapia hormonal são altamente controversos (WRITING GROUP FOR THE WOMEN`S
INITIATIVE INVESTIGATORS, 1996). Em contrapartida, os benefícios obtidos através
da atividade física regular têm cada vez mais reforçando a importância desta abordagem na
prevenção e no tratamento das doenças (PEDERSEN & SALTIN, 2006; MOSCA et al.,
2007).
VIEIRA (2009) verificou os efeitos do exercício aeróbio em ratas Wistar
ovariectomizadas no músculo papilar do ventrículo. A ovariectomia associada ao exercício
aeróbio não aumentou a densidade numérica dos miócitos, mas ocorreu sua hipertrofia e
provocou redução significante do espaço intersticial. Esse estudo mostrou que tanto a
ovariectomia isolada, quanto a ovariectomia associada ao exercício aeróbio têm efeitos
sobre o miocárdio (VIEIRA, 2009).
20
Em um estudo realizado por Wegge et al. (2004), 20 mulheres pós-menopausadas
com risco para doença arterial coronariana, foram submetidas a exercícios aeróbios diários
e dieta rica em fibras , resultando em melhoria do perfil lipídico e metabólico, redução
inflamatórias e moléculas de adesão. A rápida melhora pode reduzir o risco de infarto
agudo do miocárdio e, se sustentado essas alterações, pode-se reduzir o risco de progressão
da aterosclerose e suas conseqüências clínicas.
Percebe-se, portanto, que já é claro que os exercícios aeróbios trazem benefícios ao
sistema cardiovascular para as pessoas em menopausa. Mas seria interessante saber se tais
benefícios ocorrem também, ou por causa, das alterações nos GANP.
4.6 - Efeitos do exercício físico nos grânulos de Peptídeo Natriurético
Atrial.
A resposta do miocárdio ao treinamento físico pode depender do tipo de exercício,
ou seja, estímulos diferentes vão produzir efeitos diferentes. Por exemplo, o corredor de
longa distância (exercício aeróbico) experimenta longos períodos de exercício moderado,
com pequena elevação do débito cardíaco e freqüência cardíaca e elevação relativamente
pequena da pressão arterial. Em contraste, o levantador de peso (exercício anaeróbico) tem
períodos curtos de exercício extremamente intenso, com pequena elevação do débito
cardíaco e acentuada elevação da pressão arterial (VOGELSANG et al., 2006).
Durante o exercício, o ANP estimula a mobilização e oxidação lipídica em humanos
(WIESNER et al., 2010). Ainda Wiesner et al., 2010 mostraram que o exercício com
21
imersão em água aumentou a liberação de ANP, conseqüentemente contribuindo com a
manutenção ou até melhora da mobilização e oxidação de lipídios.
Estudos mostraram que, em indivíduos normais, jovens e idosos, as concentrações
de ANP circulante no plasma na posição supina comparada com ortostatismo eram
diminuídas nos dois grupos e aumentavam significantemente com o envelhecimento
(HALLER et al., 1987; ONUOHA et al., 1998).
Durante a atividade física, vários mecanismos morfofisiológicos são ativados para
manter a homeostase frente à sobrecarga. Foi observado aumento significativo dos níveis
de ANP plasmático em corredores de elite, bem como em atletas participantes de
ultramaratona. Os autores sugerem que este aumento pode ser atribuído parcialmente às
lesões do miocárdio durante a competição (BARLETTA et al., 1998).
Engelmann et al., 2004, demonstraram um aumento na concentração plasmática de
ANP durante o pico do exercício, onde esse aumento foi significativamente maior em
pacientes com fibrilação atrial (FA) comparados com indivíduos do grupo controle
saudáveis. Após 30 minutos de repouso a redução da concentração plasmática de ANP foi
insignificante. O mesmo estudo conclui que essa comparação entre os grupos mostra que
pacientes com FA permanente têm níveis elevados de ANP durante o repouso e no
exercício, onde esta maior secreção de ANP pode representar um importante mecanismo
compensatório para melhorar a capacidade de exercício em pacientes com FA.
Além de aumentar a concentração de peptídeo natriurético atrial, o exercício físico
também tem uma atividade ansiolítica (STROHLE, 2006). O mesmo autor ainda sugere que
além de outros mecanismos, a ANP poderia ser uma fonte fisiologicamente relevante
22
humoral entre o coração e os comportamentos relacionados à ansiedade que contribuem
para os efeitos ansiolíticos do exercício físico agudo.
Ohba et al. (2001) em trabalho realizado sobre o ANP verificaram aumento na
resposta dos níveis de ANP em atletas de ultramaratona, antes e após a prova. O nível deste
hormônio teve aumento significativo no plasma.
Barletta et al. (1998) submeteram 8 indivíduos saudáveis a exercícios de bicicleta e
apreensão palmar. Foi observado que houve um aumento significativo dos níveis de ANP
plasmático em 236% durante o exercício de bicicleta e 77% no exercício de apreensão
palmar.
Durante o exercício ergométrico e moderado (aeróbico) com os membros superiores
e membros inferiores na posição vertical comparada com posição supina, Vogelsang et al.
(2006) observaram que não ocorreu a mudança da pressão arterial média, porém a
concentração do ANP no plasma aumentava significantemente na posição vertical.
Apesar de observarmos um grande número de trabalhos que investigam o efeito do
treinamento físico sobre os GANP, muito pouco foi estudado sobre o que pode acontecer
com esses sob treinamento em mulheres menopausadas. Em nossa revisão da literatura,
foram encontrados somente dois trabalhos sobre o assunto, e o resultado dos mesmos foi
contraditório, conforme podemos verificar a seguir.
Portalupi et al. (1991) teve como objetivo avaliar níveis de ANP antes e depois da
menopausa e verificar se os níveis de ANP dependem da idade ou são parte integrante das
alterações hormonais da menopausa. Para isso aferiram o nível plasmático de ANP, a
atividade da renina plasmática, aldosterona plasmática, soro de 17ß estradiol e progesterona
23
em 103 mulheres normotensas. Dentre as mulheres, 34 estavam na fase pré menopausa
(com idade média de 24 anos), 34 na menopausa fisiológica (idade média de 43 anos) e 34
em menopausa induzida (idade média de 55 anos). Como resultado, observaram que as
mulheres que apresentavam menopausa, seja fisiológica ou cirúrgica, apresentaram
aumento da pressão arterial e dos níveis de ANP. Em todos os grupos, as concentrações de
ANP não foram significantemente relacionadas com a pressão arterial, nem com o
estrogênio. As concentrações plasmáticas de ANP foram consistentemente relacionadas
com a idade. Sendo assim, concluíram que o ANP não desempenha um papel direto nas
mudanças fisiológicas hormonais da menopausa.
Belo et al. (2008) injetaram estradiol em ratas selvagens e em knockout receptoras
de folitropina por 4 dias seguidos. No quinto dia, realizaram a coleta de sangue dos
animais. Aos 5 meses, as ratas foram pesadas e foi mensurado o nível de estradiol e a
concentração plasmática de ANP. Como resultado as ratas knockout receptor de folitropina
eram mais pesadas e apresentavam mais ANP que as selvagens. Como conclusão,
afirmaram que as ratas knockout receptoras de folitropina apresentam o sistema de ANP
prejudicado o que contribui para o aumento da pressão arterial, estabelecendo assim relação
entre estrogênio, tecido adiposo e ANP, que podem ter implicações importantes na
menopausa.
24
5 - MATERIAL E MÉTODOS
5.1 – Animais de Experimentação
Para a realização deste estudo foram utilizadas 20 fêmeas de Rattus norvegicus com 6
meses de idade da linhagem Wistar, provenientes do Biotério da Faculdade de Medicina
Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ-USP).
Os animais foram distribuídos em quatro grupos com cinco animais cada grupo,
sendo eles:
• Grupo Intacto Sedentário (GIS) - Ratas com seis meses de idade sem ovariectomia e
sem exercícios físicos.
• Grupo Ovariectomizado Sedentário (GOS) - Ratas com seis meses de idade com
ovariectomia bilateral e sem atividade física.
• Grupo Ovariectomizado Treinado (GOT) - Ratas com seis meses de idade com
ovariectomia bilateral mais atividade física durante 3 meses.
• Grupo Intacto Treinado (GIT) - Ratas com seis meses de idade sem ovariectomia
bilateral e com exercícios físicos durante 3 meses.
Os animais foram identificados por meio de numeração em suas caudas.
Este trabalho é parte integrante de um estudo cujo protocolo experimental já foi
submetido e aprovado pela Comissão de Bioética da FMVZ-USP, protocolado sob o
número 1168/2007 (MARIOTTI, 2009), como pode ser visto no ANEXO 1.
Todos os animais foram sacrificados aos 9 meses.
25
5.2 – Ovariectomia e dosagem de Estradiol
Os procedimentos cirúrgicos de ovariectomia foram realizados no Laboratório de
Anatomia da FMVZ – USP.
As ratas dos grupos GOS e GOT foram pesadas e anestesiadas com injeções
intraperitoneais de cloridrato de cetamina (75mg/kg) e Xilazina (5mg/kg) (WIXON et al.
1987). Após a tricotomia e antissepsia da região ventral do abdômen, os animais foram
posicionados em decúbito dorsal e uma incisão foi feita na região da linha alba; os ovários e
cornos uterinos foram tracionados e suturados, e os ovários removidos bilateralmente. Ao
final, a parede abdominal foi suturada (PATULLO, 2001). Durante a recuperação
anestésica os animais foram mantidos aquecidos e em observação por cerca de 4 horas.
Após as cirurgias, foi administrado por via subcutânea o antiinflamatório e analgésico
Flunixina-Meglumina (2,5 mg/kg) uma vez ao dia, durante 3 dias consecutivos
(FLECKNELL, 1999).
Os animais permaneceram alojados em gaiolas coletivas, com três animais por gaiola,
providas de comedouro com ração comercial referência para roedores (Nuvital®) e
bebedouro com água ad libitum. Foram mantidos em condições ambientais controladas:
temperatura entre 22ºC e 24ºC e iluminação com ciclos de 12 horas claro/ 12 horas escuro.
Para dosagem dos níveis plasmáticos de estradiol, no dia do sacrifício foram
coletadas amostras sanguíneas dos animais ovariectomizados. As análises dos níveis de
estradiol foram realizadas pelos Laboratórios Rhesus e Provet.
26
5.3 – Teste de esforço máximo e protocolo de exercícios físicos
Todos os grupos estudados foram submetidos ao teste de esforço máximo (TEM)
individual. Assim, para cada animal foi obtida a velocidade compatível com a capacidade
aeróbia máxima de forma indireta (RODRIGUES et al., 2006). Foi utilizada esteira
ergométrica (Inbrasport®) adaptada (Figura 1 – fonte MARIOTTI), constituída por 8 raias
de alumínio e tampa acrílica transparente, onde foi colocado papel adesivo pardo no seu
terço dianteiro, criando um ambiente escuro – para o qual os animais eram atraídos durante
a corrida – o que facilitava o treinamento.
Figura 1 - Treinamento dos animais de experimentação em esteira ergométrica adaptada (Fonte: MARIOTTI,
2009).
27
Um TEM foi realizado no início do experimento a uma velocidade inicial de 0,08 m/s
a cada 4 minutos a velocidade da esteira era incrementada na mesma proporção (0,08 m/s).
O valor do TEM era obtido quando o animal demonstrava sinais de fadiga e/ou quando não
conseguia mais correr ou andar espontaneamente (SILVA et al., 1997). Os animais que não
andavam ou corriam foram excluídos da pesquisa. O tempo máximo do teste foi de 12
minutos seguidos. Após a realização dos TEMs, os animais foram distribuídos entre os
grupos GIS, GIT, GOS e GOT. Passado este período foi iniciada a atividade física
(YASUNORI et al, 2001).
A cada 4 semanas foram realizados novos TEMs para que a velocidade do
treinamento fosse ajustada para as 4 semanas, caso os animais apresentassem variações nos
seus desempenhos (FONTINELE, 2007). Foram iniciados os treinamentos regulares, cujo
protocolo foi assim determinado:
• Os animais dos grupos GIS e GOS realizaram exercícios físicos apenas uma vez por
semana durante 10 minutos por um período de 12 semanas consecutivas com
velocidade igual a 30% do respectivo TEM (FONTINELE, 2007). Esse
procedimento foi realizado para que esses animais tivessem ao menos uma atividade
física dita basal e para que não perdessem a habilidade em correr na esteira,
evitando interferências nos TEMs.
• Os animais dos grupos GIT e GOT realizaram exercícios físicos regulares cinco
vezes por semana, em dias consecutivos e no mesmo período do dia, por 12
semanas consecutivas com velocidade igual a 60% daquela conseguida no TEM
(DE ANGELIS et al., 1997). Na primeira semana correram por 30 minutos seguidos
(IRIGOYEN et al., 2005). A partir da segunda semana, o tempo de treinamento foi
28
gradativamente aumentando, sendo que a cada semana aumentou-se 10 minutos, até
atingir o tempo de uma hora a partir da quarta semana de treinamento (DE
ANGELIS et al., 1997).
Os valores da massa corporal podem ser encontrados ANEXO 2 e o valor das
velocidades máximas atingidas podem ser encontradas no ANEXO 3.
5.4 – Coleta e preparação das amostras para microscopia
O protocolo de sacrifício dos animais foi submetido Comissão de Bioética da
Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo.
Ao final de 12 semanas de experimento, os animais foram sacrificados com
cloridrato de cetamina (75mg/kg) e Xilazina (5mg/kg). Os corações foram evidenciados por
meio de toracotomia.
Para dosagem dos níveis plasmáticos de estradiol, foram coletadas amostras
sanguíneas de sangue do ventrículo esquerdo dos animais ovariectomizados.
Os átrios foram retirados e reduzidos a fragmentos de aproximadamente 2mm³. Os
fragmentos foram colocados em solução fixadora de glutaraldeído a 5% em solução tampão
fosfato (0.2M, pH 7.3) durante três horas. A seguir foram lavados três vezes com a mesma
solução tampão por 5 minutos cada vez, e colocados subseqüentemente em uma solução de
tetróxido de ósmio a 1% em tampão fosfato durante 2 horas. Os fragmentos permaneceram
durante a noite no acetato de uranila a 0.5% e, após serem lavados com o tampão foram
desidratados na série crescente de álcoois e óxido do propileno, durante 8 horas, sob
rotação. A seguir, os fragmentos foram incluídos em resina EPON durante 5 horas e
29
finalmente deixados na mesma resina a 60ºC durante 5 dias. Os cortes ultrafinos foram
obtidos com uma faca de diamante, em ultramicrótomo (SORVALL MT-2), e após terem
sido contrastados com acetato de uranila e citrato de chumbo foram analisados ao
microscópio eletrônico de transmissão (JEOL, Instituto de Ciências Biomédicas, USP).
5.5 - Morfometria Ultraestrutural
a) Morfometria
Para cada animal, foram feitas 10 micrografias eletrônicas aleatórias, com aumento
de 7500 vezes, as quais foram utilizadas para realizar estudos morfoquantitativos, conforme
demonstrado na Figura 2.
Nas eletromicrografias de cada animal, foram contados o número de secções de
grânulos eletrodensos totais presentes em cada campo e medidas as áreas das secções dos
grânulos. O número de secções de grânulos foi determinado e o seu tamanho (área) medido
usando um programa de análise de imagem computadorizado (Axio Vision, Zeiss 4.8). No
total, foram analisadas 200 micrografias.
Além disso, foi feita uma avaliação do diâmetro das secções dos grânulos
eletrodensos com halo e uma contagem das secções dos grânulos eletrodensos com halo e
sem halo, utilizando o mesmo programa (Axio Vision, Zeiss 4.8). Conforme encontramos
na literatura, os grânulos tipo A contêm no seu interior ANP e a presença de uma
membrana eletrodensa (MAREI, 2002) e por isso foi feito esse tipo de análise mais
específica.
30
Figura 2- Eletronmicrografia do átrio direito de animais.Observar núcleo (N), mitocôndria (M), miofibrilas
(mio), linha Z (Z), secções de grânulos eletrodensos com halo (seta maior) e secções de grânulos
eletrodensos sem halo (seta menor). Aumento de 7500X.
5.6 – Análise estatística
Para a análise das velocidades máximas atingidas nos TEMs empregou-se análise de
variância com 2 fatores com o objetivo de verificar o efeito da ovariectomia e do exercício
físico nas variáveis de interesse, seguida de comparações múltiplas pelo método Tukey. A
31
homogeneidade de variâncias foi verificada, e quando necessário utilizou-se transformação
de dados.
Para análise do número de secção de grânulos eletrodensos com e sem halo,
empregou-se a análise de variância de um fator.
Para análise do diâmetro das secções dos grânulos eletrodensos com halo utilizou-se
o teste não paramétrico de Kruskall-Wallis.
O nível de significância adotado em todos os testes foi de 5%.
32
6 – RESULTADOS
6.1 – Ovariectomia e níveis de estradiol
Os níveis de estradiol nos animais do s grupos GOS e GOT são mostrados na tabela
1. Os valores de referência 1 (pg/ml) são os seguintes: em ratos proestro, superiores a 25;
proestro/estro de 25 a 100; diestro de 5 a 10; gestão, inferiores a 50; fêmea castrada,
inferior a 50; e, macho, inferiores a 18. Como se pode observar os níveis inferiores a 50
pg/ml são indicadores de que a ovariectomia foi bem sucedida em todos os animais
(MARCONDES et al., 2002; MARTINS et al., 2005).
Tabela 1– Níveis de estradiol (pg/mL) dos grupos de animais ovariectomizados sedentários (GOS) e treinados
(GOT). Observe que todos os níveis estão inferiores a 50 pg/ml, ou seja, que a ovariectomia foi bem
sucedida.
Animal GOS GOT
1 21,39 20,35
2 13,35 19,35
3 5,37 7,87
4 16,37 1,16
5 35,77 10,15
6.2 - Desempenho nos testes de esforço máximo
As velocidades atingidas nos testes de esforço máximo (Tabela 2) foram analisadas
separadamente entre os quatro grupos estudados e também comparando os grupos
sedentários com os treinados.
33
Tabela 2 - Médias e desvios-padrão das velocidades máximas (m/s) obtidas nos três Testes de Esforço
Máximo (TEM) realizados (1ª semana, 2ª semana e 3ª semana) nos quatro grupos estudados: grupo intacto
sedentário (GIS), grupo intacto treinado (GIT), grupo ovariectomizado sedentário (GOS) e grupo
ovariectomizado treinado (GOT). P < 0,05: a GIT no 2º TEM x GIT no 1º TEM; b GIT no 3º TEM x GIT no 1º
TEM; c GOT no 2º TEM x GOT no 1º TEM
TEM GIS GIT GOS GOT
1º. TEM 0,28 ± 0,07 0,19 ± 0,04 0,19 ± 0,07 0,19 ± 0,04
2º. TEM 0,26 ± 0,03 ª 0,28 ± 0,07 0,23 ± 0,07 c 0,34 ± 0,08
3º. TEM 0,23 ± 0,07 b 0,33 ± 0,08 0,23 ± 0,07 0,26 ± 0,03
Na comparação entre os quatro grupos, observa-se que o grupo GOS não apresentou
melhora significativa, enquanto que o GIS apresentou queda. O GIT apresentou melhora
significativa tanto no segundo TEM em comparação com o primeiro TEM, quanto no
terceiro em comparação ao primeiro. O GOT apresentou melhora significativa apenas no
segundo TEM em relação ao primeiro, e sofreu queda no terceiro TEM em relação ao
segundo.
6.3 – Análise do número total de secções de grânulos eletrodensos
Os valores de média e desvio padrão para o número total de secções de grânulos
eletrodensos nos quatro grupos avaliados estão apresentados na tabela 3. O teste de
homogeneidade das variâncias (Levene=0,657), mostrou que as amostras podem ser
comparadas. No entanto, a análise do número de secção de grânulos entre os grupos não
apresentou diferenças significativas. Portanto, não se pode afirmar que a ovarectomia ou o
exercício influenciaram o número total de secção de grânulos.
34
Tabela 3 – Análise estatística do número de secção de grânulos eletrodensos nos quatro grupos estudados:
grupo intacto sedentário (GIS), grupo intacto treinado (GIT), grupo ovariectomizado sedentário (GOS) e
grupo ovariectomizado treinado (GOT).
Grupos Média Desvio Padrão F P
GIS 26,16 19,35
GOS 29,64 17,34
GIT 24,46 19,16
GIS 23,08 15,86
1,240 0,297
Total 25,84 18,02
6.4 – Análise do número de secção de grânulos com e sem halo
Foi realizada a análise das variâncias com um fator para as secções de grânulos com
halo e outra análise para os sem halo.
Para análise das secções de grânulos sem halo, o teste de homogeneidade teve a
hipótese nula aceita [F(3)=2,245, p=0,084], e houve diferenças significativas entre os grupos
estudados, confome a Figura 3.
Porém para a análise das secções de grânulos com halo, o teste de homogeneidade
teve a hipótese nula rejeitada [F(3)=3,050, p=0,030] e, portanto, como as variâncias são
muito grandes, as médias não puderam ser comparadas.
35
NÚMERO DE GRÂNULOS
0
5
10
15
20
gis gos got git
grupo
nú
mer
o d
e g
rân
ulo
s
com halo
sem halo
Figura 3 - Número de secções de grânulos eletrodensos com e sem a presença do halo nos quatro grupos
estudados: grupo intacto sedentário (GIS), grupo ovariectomizado sedentário (GOS), grupo ovariectomizado
treinado (GOT) e grupo intacto treinado (GIT). * GOT ≠ GOS (p<0,05).
6.5 – Análise da área da secção dos grânulos eletrodensos
Para a análise da área de secção dos grânulos eletrodensos, foi realizado num
primeiro momento, o teste de homogeneidade das variâncias, que teve a hipótese nula
rejeitada [F(3)=87,996, p=0,001], ou seja, como as variâncias são grandes, as médias não
puderam ser comparadas e, portanto, não podemos afirmar que existem diferenças
significativas da área das secções dos grânulos entre os grupos estudados.
6.6 – Análise do diâmetro das secções dos grânulos com halo
Foi realizado o teste de homogeneidade das variâncias, que teve a hipótese nula
rejeitada [F(3)=13,299; p=0,001]. Portanto, não foi possível a realização da análise das
variâncias. Sendo assim, foi realizado o teste não-paramétrico de Kruskal Wallis
(H=65,636, p=0,01). O teste revelou diferenças significativas da média dos postos (Figura
4).
*
36
DIÂMETRO DOS GRÂNULOS
113,00
118,00
123,00
128,00
133,00
GIS GOS GOT GIT
GRUPO
DIÂ
ME
TR
O (
nm
)
Figura 4 - Diâmetro dos grânulos eletrodensos com halo (com peptídeo natriurético atrial) nos quatro grupos
estudados: grupo intacto sedentário (GIS), grupo ovariectomizado sedentário (GOS), grupo ovariectomizado
treinado (GOT) e grupo intacto treinado (GIT). (H=65,636, p=0,01).
Observa-se que as maiores secções de grânulos com halo são os dos grupos
submetidos à ovariectomia (GOS e GOT). Além disso, observa-se que os grupos treinados
apresentam diâmetros de secção menores, tanto ao se comparar os grupos intactos (GIS X
GIT) quanto os ovariectomizados (GOS X GOT).
37
7 – DISCUSSÃO
O objetivo desse trabalho foi verificar a influência da ovariectomia, uma forma de
induzir efeitos similares à menopausa, nos GANP. Além disso, pretendeu-se verificar se o
treinamento pode reverter os efeitos da menopausa nos GANP.
Os resultados da comparação entre os grupos ovariectomizados treinado (GOT) e
sedentário (GOS) e intactos treinado (GIT) e sedentário (GIS) quanto ao número total de
secções de grânulos eletrodensos (tabela 3) ou à área dos mesmos (capítulo 6.4) não
revelaram diferenças significativas. Da mesma forma, numa análise mais minuciosa,
comparando-se o número de secções de grânulos eletrodensos com ou sem halo periférico
(Figura 3) não foram encontradas diferenças significativas. Contudo, na análise do diâmetro
das secções dos grânulos com halo periférico, aqueles relacionados com o ANP (MAREI,
2002), um resultado interessante foi encontrado (Figura 4). Os maiores diâmetros foram
aqueles dos grupos ovariectomizados, sendo que o GOS foi o maior. Assim, parece que a
ovariectomia provoca aumento do diâmetro das secções de GANP. Por outro lado, porque o
grupo ovariectomizado treinado (GOT) teve diâmetro menor do que o ovariectomizado
sedentário (GOS), e, da mesma forma, o grupo intacto treinado (GIT) um diâmetro menor
que o grupo intacto sedentário (GIS), parece que o treinamento provoca uma tendência de
diminuir o diâmetro das secções dos grânulos eletrodensos com halo. Assim, de acordo
com os presentes resultados, parece que o treinamento foi capaz de reverter o efeito da
ovariectomia (GOT), tornando o diâmetro dos GANP mais próximos aos dos grupos
intactos (GIS e GIT).
38
A observação dos dados referentes à dosagem hormonal e dos valores de referência
mostrou que todos os animais ovariectomizados apresentaram taxa de estradiol compatível
com a de animal castrado (MARCONDES et al., 2002, MARTINS et al., 2005) (Tabela 1).
Conforme demonstrado na tabela 2, o treinamento produziu modificações no
desempenho dos animais (nos grupos GIT e GOT) o que permitiu a análise do efeito do
treinamento nos números e áreas do GANP, ao se comprovar que os grupos treinados (GIT
e GOT) realmente tiveram desempenhos melhores.
Os resultados iniciais da análise do número total de secções de grânulos mostraram
que não há diferenças entre os grupos GIS, GOS, GOT e GIT. Da mesma forma, ao se
analisar a área das secções dos grânulos totais, encontramos uma alta variância nos grupos.
Podemos concluir, portanto, que a alteração do número total de secções de grânulos
eletrodensos, ou na área das secções dos grânulos totais, no átrio direito não são um
mecanismo adotado pelo sistema circulatório.
Portalupi et al. (1991) avaliaram os níveis plasmáticos de ANP antes e depois da
menopausa em 103 mulheres para verificar se os níveis de ANP dependem da idade ou são
parte integrante das alterações hormonais da menopausa. Como resultado, eles observaram
que as mulheres que apresentavam menopausa, seja fisiológica ou cirúrgica, foram
observados aumento da pressão arterial e dos níveis de ANP. Em todos os grupos, as
concentrações de ANP não foram significantemente relacionadas com a pressão arterial,
nem com o estrogênio. Sendo assim, concluíram que o ANP não desempenha um papel
direto nas mudanças fisiológicas hormonais da menopausa, pois as concentrações
plasmáticas de ANP foram consistentemente relacionadas com a idade. Embora nosso
estudo tenha sido realizado com animais, e, portanto, cuidado deve ser tomado nas
39
comparações dos estudos, encontramos maiores diâmetros nos animais ovariectomizados,
sendo todos da mesma idade. Ou seja, de acordo com os presentes resultados, as alterações
de ANP parecem se dever mais às alterações hormonais do que à idade, diferentemente dos
resultados de Portalupi et al. (1991).
Em um estudo realizado por Engelmann et al. (2004) mostrou-se que há um
aumento na concentração plasmática de ANP durante o pico do exercício, onde esse
aumento foi significativamente maior em pacientes com fibrilação atrial comparados com
indivíduos do grupo controle saudável. Após 30 minutos de repouso a redução da
concentração plasmática de ANP foi insignificante. O mesmo estudo conclui que essa
comparação entre os grupos mostra que pacientes com FA permanente têm níveis elevados
de ANP durante o repouso e no exercício, onde esta maior secreção de ANP pode
representar um importante mecanismo compensatório para melhorar a capacidade de
exercício em pacientes com FA. Acreditamos que esse trabalho corrobora com os nossos
resultados, pois na medida em que ocorre maior liberação de ANP circulante, há
diminuição do diâmetro dos GANP.
Vieira (2009) constatou que a ovariectomia tem efeito sobre o miocárdio através de
estudos sobre o efeito do exercício aeróbio em ratas Wistar ovariectomizadas no músculo
papilar do ventrículo. Segundo ele, a ovariectomia associada ao exercício aeróbio não
aumentou a densidade numérica dos miócitos, mas ocorreu sua hipertrofia e provocou
redução significante do espaço intersticial. Nesse mesmo estudo mostrou que tanto a
ovariectomia isolada, quanto a ovariectomia associada ao exercício aeróbio têm efeitos
sobre o miocárdio. Esses dados estão de acordo com o nosso resultado, pois o exercício
físico proporcionou uma diminuição no diâmetro das secções dos grânulos com halo nos
40
grupos treinados (GIT e GOT). Acreditamos que a melhor forma de analisar os grânulos
eletrodensos dos cardiomiócitos relacionados ao ANP, não é pela área total das secções de
grânulos, nem pelo número total dos mesmos, nem pelo número de grânulos, mas sim pela
secção do diâmetro dos grânulos que apresentam halo periférico, ou seja, que apresentem
no seu interior ANP.
Sumariando os resultados do presente trabalho e as respectivas relações com a
literatura:
• O exercício provoca uma diminuição do diâmetro da secção dos grânulos de
ANP, o que pode estar correlacionado com o aumento dos níveis
plasmáticos de ANP, e pode favorecer a normalização da PA.
• A ovariectomia, uma forma de induzir experimentalmente a menopausa em
animais, provoca um aumento no diâmetro da secção dos grânulos de ANP,
o que pode estar correlacionado com as alterações no controle da PA de
sujeitos nessas situações.
• O treinamento físico tende a reverter o aumento do diâmetro das secções dos
grânulos de ANP provocado pela ovariectomia.
41
8 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AARDAL, S., HELLE, K.B. Comparative aspects of the endocrine myocardium. Acta
Physiologica Scandinavica, v.599, p.31-46, 1991.
ANDREVET, P.; ADNOT, S.; BRUN-BUISSON, C.; CHABRIER, P. E.; DAMARON, J. Y.;
BRAQUET,P.; LEMAIRE, F. – Involvment of ANF in the acute andiuresis during PEEP
ventilation. Journal of Apllied Physiology, v.65, p.1967-1974, 1988.
ANGELIS, K. Role of exercise training in cardiovascular autonomic dysfunction and mortality
in diabetic ovariectomized rats. Hypertension, v.30, p.786-791, 2007.
ASIKAINEN, T.M.; KUKKONEN-HARJULA, K.; MIILUNPALO, S. Exercise for health for
early postmenopausal women: a systematic review of randomized controlled trials. Sports
Medicine, v.34, n.11, p.753-778, 2004.
AVRAMOVITCH, N.; HOFFMAN, A.; WINEAVER, J.; HARAMATI, A.; LEWINSON, D.
Morphometric analysis of atrial natriuretic peptide-containing granules in atriocytes of rats
with experimental congestive heart failure. Cell and Tissue Research, v.279, n.3, p.575-
583, 1995.
BARLETTA, G.; STEFANI, L.; DEL BENE, R.; FRONZAROL, C.; VECCHIARINO, S.;
LAZZER, C.; FANTINI, F.; LA VILLA, G. Effects of exercise on natriuretric peptides and
cardiac functin in man. International Journal of cardiology, v.65, p.217-225, 1998.
BARNEY, J.A.; EBERT, T.J.; GROBAN, L.; FARREL, P.A.; HUGHES, C.V.; SMITH, J.J.
Carotid baroreflex responsiveness in high-fit and sedentary young men. Journal of Apllied
Physiology, v.65, p.2190-2194, 1988.
BELO, N.O.; SAIRAM, M.R.; DOS REIS, A.M. Impairment of the natriuretic peptide system
in follitropin receptor knockout mice and reversal by estradiol: implications for obesity-
associated hypertension in menopause. Endocrinology, v.149 (3), p. 1399-1461, 2008.
42
BERGER, J.M.; RONA, G. Functional and fine structural heterogeneity of atrial cardiocytes.
Methods and achievements in experimental pathology, v.5, p. 540-590, 1971.
BEDFORD, T.G.; TIPTON, C.M. Exercise training and the arterial baroreflex. Journal of
Applied Physiology, v.63, p. 1926- 1932, 1987.
BERTAGNOLLI, M.; CAMPOS, C.; SCHENKEL, P.C.; DE OLIVEIRA, V.L.; DE
ANGELIS, K.; BELLO-KLEIN, A.; BURT, V.I.; WHELTON, P.; ROCELLA, E.J.
Prevalence of hypertension in the US adult population: results of the Third National Health
and Nutrition Examination Survey, 1988-1991. Hypertension, v.25, p.305-313, 1995.
BERTAGNOLLI, M.; CAMPOS, C.; SCHENKEL, P.C.; DE OLIVEIRA, V.L.; DE
ANGELIS, K.; BELLO-KLEIN, A.; RIGATTO, K.; IRIGOYEN, M.C. Baroreflex
sensitivity improvement is associated with decreased oxidative stress in trained
spontaneously hypertensive rat. Journal of Hypertension, v.24, n.12, p.2437-2443, 2006.
BOCCHI, E. A.; ISSA, V. S.; BACAL, F. Diagnóstico e terapêutica baseados no peptídeo
natriurético cerebral. Revista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo, São
Paulo, v. 12 (3), p.450-458, 2002.
BURT, V.I.; WHELTON, P.; ROCCELLA, E.J.; BROWN, C.; CUTLER, J.A.; HIGGINS, M.;
HORAN, M.J.; LABARTHE, D. Prevalence of hypertension in the US adult population:
results of the third national health and nutrition examination survey, 1988-1991.
Hypertension, v.25, n.3, p.305-313, 1995.
BRENNER, P.F. The menopausal syndrome. Obstetrics and Gynecology, v.72, n.5, p.6-11,
1988
CALIARI, M.V; TAFURI, W.L. O coração endócrino. A descoberta do peptídeo natriurético
atrial. Arquivo Brasileiro de Cardiologia, v.61(5), p. 283-286, 1993.
CARVALHO, T.; LEITÃO, M.B.; LAZZOLI, J.K.; DE OLIVEIRA, M.A.B, DA NÓBREGA,
A.C.L, SILVEIRA, G.G.; FERNANDES, E.O.; AYUB, A.V.; MICHELS, G.; DE ROSE,
E.H. Posicionamento Oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte: Atividade
Física na Saúde da Mulher. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, v.6 (6), 2000.
43
CASTANHO, V.S.; OLIVEIRA, L.S.; PINHEIRO, H.P.; OLIVEIRA, H.C.F.; FARIA, E.C.
Sex differences in risk factors for coronary heart disease: a study in a Brazilian population.
BMC Public Health, v.1, n.3, 2001.
CHAPEAU, C.; GUTKOWSKA, J.; SCHILLER, P.W.; MILNE, R.W.; THIBAULT, G.;
GARCIA, R.; GENEST, J.; CANTIN, M. Localization of immunoreactive synthetic atrial
natriuretic factor (ANF) in the heart of various animal species. Jounal of Histochemistry
Cytochemistry, v. 33(6), p. 541-550, 1985.
CHO, K.W.; SEUL, K.H.; KIN, S.H.; SEUL, K.M. Atrial pressure, distention, and pacing
frequency in ANP secretion in isolated perfused rabbit atrial. The Journal of Physiology,
v. 260, p.R39-R46, 1991.
COLDITZ, G.A.; WILLETT, W.C.; STAMPFER, M.J.; ROSNER, B.; SPEIZER, F.E.;
HENNEKENS, C.H. Menopause and the risk of coronary heart disease in women. The new
England Journal of Medicine, v.316, p. 1105-1110, 1987.
CONSENSO BRASILEIRO MULTIDISCIPLINAR DE ASSISTÊNCIA A SAÚDE DA
MULHER CLIMATÉRICA. Sociedade Brasileira de Climatério.s/d.
CURRIE, M.G.; GELLER, D.M.; COLE, B.R.; SIEGEL, N.R.; FOK, K.F.; ADAMS, S.P.;
EUBANKS, S.R.; GALLUPPI, G.R.; NEEDLEMAN, P. Purification and sequence analysis
of bioactive atrial peptides (atriopeptins). Science Wash, v.223, p:67-69, 1984.
DE ANGELIS, K.; BRASILEIRO-SANTOS MS.; IRIGOYEN M.C. Sistema nervoso
autônomo e doença cardiovascular. Revista Da Sociedade De Cardiologia Do Estado Do
Rio Grande Do Sul, v.3, p:1-7, 2004b.
DE ANGELIS, K.; WICHI, R. B.; JESUS, W. R. A.; MOREIRA, E. D.; MORRIS, M.;
KRIEGER, E. M.; IRIGOYEN, M. C. Exercise training changes autonomic cardiovascular
balance in mice. Journal of Applied Physiology., v. 96, p.2174-2178, 2004c.
DE ANGELIS, K.; WICHI, R.B.; JESUS, W.R.; MOREIRA, E.D.; MORRIS, M.; KRIEGER,
E.M.; IRIGOYEN, M.C. Exercise training changes autonomic cardiovascular balance in
mice. Journal of Applied Physiology, v. Jun (6)96 ,p.2174-8, 2004a.
44
DE ANGELIS, K.L.D.; GADONSKI, G.; FANG, J.; DALL´ AGO, P.; ALBUQUERQUE,
V.L.; PEIXOTO, L.R.A.; FERNANDES, T.G.; IRIGOYEN, M.C. Exercise Reverses
Peripheral Insulin Resistance in Trained L-NAME-Hipertensive Rats. Hypertension, v.34,
p.768-772, 1999.
DE ANGELIS, K.L.D.; OLIVEIRA, A.R.; WERNER, A.; BOCK, P.; BELLO-KLEIN, A.;
IRIGOYEN, M.C. Exercise training in aging: hemodynamis, metabolic, and oxidative
stress evaluations. Hypertension, v.30, n.3, p.767-771, 1997.
DE BOLD, A. J.; BORENSTEIN, H.B.; VERESS, A.T.; SONNENBERG, H. A rapid and
potent natriuretic response to intravenous injection of atrial myocardial extracts in rat. Life
Sciences, v.28, p.:89-94, 1981.
DE LORENZI, D.R.S.; DANELON, C.; SACILOTO, B.; PADILHA, I. Jr. Fatores indicadores
da sintomatologia climatérica. Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia, v.27(1),
p. 12-19, 2005.
DE SOUZA, R.R.; GAMA, E.F.; MACEDO, E. Estudo quantitativo dos grânulos atriais e sua
relação com o fator natriurético em ratos corredores. In: XXVII Simpósio Internacional de
Ciência do Esporte, 2005, São Paulo. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v.13,
p.167-167, 2005.
ENGELMANN, M.D.; NIEMANN, L.; KANSTRUP, I.L.; SKAGEN, K., GOLTREDSEN, J.
Natriuretric peptide response to dynamic exercice in patients with atrial fibrilation.
International Journal of Cardiology, v.105, p.31-39, 2005.
FERNANDES, C.E.(coord); PINHO-NETO, J.S.L.(coord); GEBARA, O.C.E (coord). I
Diretriz Brasileira sobre Prevenção de Doenças Cardiovasculares em Mulheres
Climatéricas e a Influência da Terapia de Reposição Hormonal (TRH) da Sociedade
Brasileira de Cardiologia (SBC) e da Associação Brasileira do Climatério (SOBRAC).
Arquivos Brasileiro de Cardiologia, v. 91 (1 supl.1):, p1-23, 2008.
FERRABOLI, R. Efeitos do exercício físico (natação) nos grânulos atriais dos
cardiomiócitos de camundongos com doenças de chagas crônica: Análise
45
morfoquantitativa. Dissertação de Mestrado, Universidade São Judas Tadeu, São Paulo,
2009.
FIELDS, L. E.; BURT, V. L.; CUTLER, J. A.; HUGHES, J.; ROCCELLA, E. J.; SORLIE, P.
The burden of adult hypertension in the United States 1999 to 2000: a rising tide.
Hypertension, v.44, p.398-404, 2000.
FLATO, U. A. P. et al. Peptídeo natriurético na emergência: quando usar?. Revista Brasileira
de Clínica Médica, v.7, p.398-405, 2009
FLECKNELL, P. Pain - assessment, alleviation and avoidance in laboratory animals. Anzccart
News, v.12(4), 1999.
FONSECA, A. M.; BAGNOLI, V. R.; ALDRIGHI, J. M.; JUNQUEIRA, P.A.A. Esquemas de
terapia de reposição hormonal no climatério. Revista da Associação Médica Brasileira,
v.47(2), p. 98-98, 2001.
FONTINELE, R.G. Efeitos da atividade física na estrutura da cartilagem articular de
joelho de ratas ovariectomizadas. Dissertação de Mestrado. Faculdade de Medicina
Veterinária e Zootecnia, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2007.
FORSSMANN, W.G.; HOCK, D.; LOTTSPEICH, F.; HENSCHEN, A.; KREYE, V.;
CHRISTMANN, M.; REINECKE, M.; METZ, J.; CARLQUIST, M.; MUTT, V. The right
auricle of the heart is an endocrine organ: cardilatin as a peptide hormone candidate.
Jounal of Anatomy and Embryology, v.168, p.307-313, 1983.
FRANCISCHI, R.P.P.; PEREIRA, L.O.; FREITAS, C.S.; KLOPFER, M.; SANTOS, R.C.;
VIEIRA, P.; LANCHA JÚNIOR, A.H. Obesidade: atualização sobre sua etiologoa,
morbidade e tratamento. Revista de Nutrição, v.13(1), 2000.
FRICK, M.H. The mechanims of bradycardia evoked by physical training. Cardiologia. v.51,
p.46-54, 1967.
FUCHS, F.D.; TRAVI, G.M.; VAZ, M.G.; NOGUEIRA, M.C.; SILVA, M.R.; NERENE, L.L.
Terapia de Reposição Hormonal pos-menopausa: Efeitos sobre os fatores de risco e
46
incidencia de doenças cardiovasculares. Ver Pesq. Méd.,Porto Alegre, v.29(1), p.37-40,
1995.
GAMA, E.F. Aspectos Mesoscópicos, Ultra Estrutural e Identificação e Localização do Fator
Natriurético Atrial do Complexo Átrio-Auricular da Cobaia (Cavia porcellus). Tese de
Doutorado, 1999.
GILLOTEAUX, J.; JENNES, L.; MENU, L.; VANDERHAEGHEN, J.J. Ultrastructural
immunolocalization of the atrial natriuretic factor patheays in fetal, neonatal, and adult
Syrian hamsters: from the atrial cardiomyocytes to the circulation via the endocardium,
atrial capillaries and epicardium. Jounal of Submicroscopic Cytology and Pathology,
v.23 (1), p.75-91, 1991.
GOETZ, K.L. Physiology and pathology of atrial peptides. American Journal of Physiololgy
- Endocrinology and Metabolism, v.17, n.254, p.E1-E15, 1988.
GREENING, K.M.; SCHIEBINGER, R.J. Interaction between strech and hormonally
stimulated atrial natriuretic peptide secretion. American Jounal of Physiology - Heart
and Circulatory Physiology, v. 262, p. H78-H83, 1992.
GREGOIRE, J.; TUCK, S.; YAMAMOTO, Y.; HUGHSON, R. Heart rate variability at rest
and exercise: influence of age, gender and physical training. Canadian Jounal of Apllied
Physiology, v.21, n.6, p.455-470, 1996.
GROSS, M.L, RITZ, E., KORSCH, M., ADAMCZACK, M., WECKBACH, M., MALL, G.,
BERGER, I., HANSEN, A., AMAN, K. Effects of strogens on cardiovascular structure in
uninephrectomized SHRsp rats. Kidney International, v.67, p.849-857, 2005.
HALBE, H.W.; FONSECA, A.M.; ASSIS, J.S.; VITORIA, S.M.; ARIE, M.H.A.; ELIAS, D.S.
Aspectos epidemiológicos e clínicos em 1319 pacientes climatéricas. Revista Brasileira de
Ginecologia e Obstretrícia., v.1(3), p. 182-94, 1990.
HALLER, B.G.; ZUST, H.; SHAW, S.; GNADINGER, M.P.; UEHLINGER, D.E.;
WEINDMANN, P. Effect of posture and ageing on circulatory atrial natriuretric peptide
level in man. Hypertension, v.5, p. 551-556,1987.
47
HARTHMANN, A.D.; DE ANGELIS, K.; COSTA, L.P.; SENADOR, D.; SCHAAN, B.D.;
KRIEGER, E.M.; IRIGOYEN, M.C. Exercise training improves arterial baro- and
chemoreflex in control and diabetic rats. Autonomic Neuroscience, v.133, p.115-120,
2007.
HEEREN, M.; V.; SOUZA, L. E.; MOSTARDA, C.; MOREIRA, E.D.; MACHERT, H.;
RIGATTO, K.V.; WICHI, R.; IRIGOYEN, M.C.; DE ANGELIS, K . Exercise improves
cardiovascular control in a model of dislipidemia and menopause. Maturitas, v.62(2),
p.200-204, 2009.
HENRY, E.S.M. Fine strutural and Immunohistochemical Localization of Cardiac Hormones
(ANP) in the Right Atrium and Hypothalamus of the White Rat. European Journal of
Morphology, v. 40(1), 37-41, 2002.
HERNANDEZ, I.; DELGADO, J.L.; DIAZ, J., QUESADA, T.; TERUEL, M.J.G.; LLANOS,
M.C.; CARBONELL, L.F. 17ß-Estradiol prevents oxidative stress and decreases blood
pressure in ovariectomized rats. American Jounal of Physiology – Regulatory,
Integrative and Comparative Physiology., v.279, p. R1599-R1605, 2000.
HUIKURI, H.V.; PIKKUJAMSA, S.M.; AIRAKSINEN, J.; IKAHEIMO, M.J.; RANTALA,
A.O.; KAUMA, H.; LILJA, M.; KESANIEMI, Y.A. Sex-related differences in autonomic
modulation of heart rate in middle-aged subjects. Circulation, v.94, p.122-125, 1996.
IIDA, H.; BARRON, W.M.; PAGE, E. Monensin turns on microtubule-associates translocation
of secretory granules in cultures rat atrial myocytes. Circulation Research, v.62, p.1159-
1170, 1988.
IRIGOYEN, M.C.; PAULINI, J.; FLORES, L.J.F.; FLUES, K.; BERTAGNOLLI, M.;
MOREIRA, E.D.; CONSOLIM-COLOMBO, F., BELLÓ-KLEIN, A.; DE ANGELIS, K.
Exercise training improves baroreflex sensitivity associated with oxidative stress reduction
in ovariectomized rats. Hypertension, v.46(2), p:1-6, 2005a.
IRIGOYEN, M.C.;PAULINI, J. ; FLORES, K.; BERTAGNOLI, M; MOREIRA, E.D.;
CONSOLIM-COLOMBO, F.; BELLO-KLEIN, A .; DE ANGELIS, K.. Exercise training
48
improves baroreflex sensitivity associated with oxidative stress reduction in ovariectomized
rats. Hypertension, v. 46(4), p. 998-1003, 2005b.
JAMIESON, J.D.; PALEDE, G.E. Specifc Granules in Muscle Cells. Rockefeller Institute. The
The Journal of Cell Biology , v.93, 1964.
JI, L.L.; FU, R. Responses of glutathione system and antioxidant enzymes to exhaustive
exercise and hidroperoxide. Jounal of Applied Physiology, n.72, p.549-54, 1992.
JURCA, R.; CHURCH, T.S.; MORSS, G.M.; JORDAN, A.N.; EARNEST, C.P. Eight weeks
of moderate-intensity exercise training increases heart rate variability in sedentary
postmenopausal women. American Heart Journal, v.147, n.5, p.21, 2004.
KATONA, P.G.; LEAN, M.C.; DIGHTON, M.; GUZ, D.H.A. Sympathetic and
parasympathetic cardiac control in athletes and non athletes ate rest. Journal of Applied
Physiology, v. 52, p.1652-1657, 1982.
KITASHIRO S, SUGIURA T, TAKAYAMA Y, TSUKA Y, IZUOKA T, TOKUNAGA S,
IWASAKA T. Long-term administration of Atrial Natriuretric Peptide in patients with Acut
Heart Failure. Journal of cardiovascular Pharmacology., v. 33(6), p. 948-952, 1999.
KRYLOVA, M.I. Cromagranin A: immunocytochemical localization in secretory granules of
frog atrial cardiomyocites. Cell and Tissue Biology. v.1(5), p. 451-456, 2007.
KUO, T.B.; LIN, T.; YANG, C.C.; LI, C.L.; CHEN, CF; CHOU, P. Effect of aging on gender
differences in neural control of heart rate. American Journal of Physiology – Heart and
Circulation Physiology, v.277, n.46, p.H2233-2239, 1999.
LACHANCE, D.; GARCIA, R. Synergism of atrial pressure and adrenergic stimulation for
ANF release in the rat. Regulatory Peptides, v. 34, p. 55-60, 1991.
LANDAU, C.; CYR, M.G.; MOULTON, A.W. O livro completo da menopausa: Guia de
boa saúde da mulher. Rio de Janeiro: José Olimpo, 1998
LANFONTAN, M.; MORO, C,; SENGENES, C.; GALITZKY, J.; CRAMPES, F.; BERLAN,
M. An unsuspected metabolic role for atrial netriuretic peptides. The control of lipolysis,
49
lipid mobilization, and systemic nonesterified fatty acids levels in humans.
Arteriosclerosis, Thrombosis and Vascular Biology, v.25, p.2032, 2005.
LATOUR, M.G.; SHINODA, M.; LAVONE, J.M. Metabolic effects of physical training in
ovariectomized and hyperestrogenic rats. American Journal of Physiology, v.90, p.235-
241, 2001.
LEINWAND, L.A. Sex is a potent modifier of the cardiovascular system. The Journal of
Clinical Investigation, v.112, n.3, p.302-307, 2003.
LI, C.H.; PAN, L.;LI, C.Y; ZHU, C.L.; XU, W.X. Localization of ANP sinthetizing cels . In rat
stomach. World Journal of Gastroenterology, v.12 (35), p. 5674-9, 2006.
MAARK, T.; MARION, D.N.; CAMARGO, M.J.F.; KLEINERT, H.D.; LARAGH, J.H.;
VAUGHAN, E.D.; ATLAS, S.A. Effects of auriculin (atrial natriuretic factor) on blood
pressure, renal function, and the renin-aldosterone system in dogs. American Jounal of
Medicine,v 77, p. 1069-1075, 1984.
MAAS, A.H.E.M.; SHOUW, Y.T.; GROBBEE, D.E.; GRAAF, Y. Rise and fall of hormone
therapy in postmenopausal women with cardiovascular disease. Menopause; v.11(2),
p.228-235, 2004.
MAGARITIS, I.; TESSIER, F.; RICHARD, M.J.; MARCONNET, P. No evidence of oxidative
stress after a triathlon race in highly trained competitors. Int Journal of Sports Medicine,
n.18, p.186-190, 1997.
MARCONDES, F. K.; BIANCHI, F. J.; TANNO, A P. Determination of the estrous cycle
phases of rats: some helpful considerations. Brazilian Jounal of Biology., v.62 (4A), p.
609-614, 2002.
MAREI, H.E.S. Fine structural and immunohistochemical localization of cardiac hormones
(ANP) in the right atrium and hypothalamus of the white rat. European Journal of
Morphology, v.40, p.37-41, 2002.
MARIOTTI, V.B. Análise morfoquantitativa da matriz extra-celular da túnica média da
aorta de ratas ovariectomizadas submetidas a exercício físico aeróbio. Dissertação de
50
mestrado. Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia.
Departamento de Cirurgia, São Paulo, 2009.
MARQUES, C. M. M. et al. Exercise training attenuates cardiovascular adverse remodeling in
adult ovariectomized spontaneously hypertensive rats. Menopause, v.13 (1), p.87-95,
2006.
MARTINS, R. R.; PEREIRA, N. M. L.; SILVA, T. M. A. Liquid-base cytology: a new method
for estral cycle study in wistar's rats, Acta Cirúrgica Brasileira, v.20 (1), p. 46-49, 2005.
MASSARU, M.D.; TSUMOTO, T.; WADA, A.;MOEDA, K.; MABUCHI, N.; TSUTSUI, T.;
HORIE, H.; OHNISHI,M.; KINOSHITA,M. Itravenous Atrial Natriuretric Peptide
Prevents Left Ventricular Remodeling in Patients With First Anterior Acut Myocardial
Infartion. Journal of the American College of Cardiology, v.137, p.1820-1826, 2001.
MCDONALD, P.M.; SANFILIPO, A.J. e SAVARD, G.K. Baroreflex function and cardiac
structure with moderate endurance training in normotensive men. Journal of Apllied
Physiology, v.4, p. 2469-2477, 1993.
MCGRATH, M.F.; DE BOLD, M.L.; DE BOLD, A.J. The endocrine function of the heart.
Trends Endocrinol Metabolism, v.16, p.469-477, 2005.
MCKECHNIE, R. RUBENFIRE, M.; MOSCA, L., Association between self-reported physical
activity and vascular reactivity in postmenopausal women. Atherosclerosis, v.159(2),
p:483-490, 2001.
MOLKENTIN, J.D. A friend within the heart: Natriuretic peptide receptor signaling. The
Journal of Clinical Investigation, p. 1275-1277, 2003.
MOSCA, L.; BANKA, C.L.; BENJAMIN, E.J.; BERRA, M. Evidence-based guidelines for
cardiovascular disease prevention in women: 2007 update. Circulation, v.20, n.115,
supl.11, p.1481-501, 2007.
MOUTON, R.; LOCHNER, J.V, LOCHNER A. New emphasis on atrial cardiology. South
African Medical Jounal, v.82(4), p. 222-223, 1992
51
NEGRÃO, C.E.; MOREIRA, E.D.; BRUM, P.C.; DENADAI, M.L.D.R.; KRIEGER, E.M.
Vagal and simpathetic control of heart rate during exercise by sedentary and exercise-
trained rats. Brazilian Journal of Medical and Biological Research., v.25,p. 1045-1052,
1992.
NORTHRUP, J.; XU, J.; BARTOCES, M.; NEALE, A.N.;DAILEY, R.K.; SCHWARTZ, K.L.
Natural History of Menopause Symptoms in Primary Care Patients: A MetroNet Study.
Journal of the American Board of Family Medicine, v.18, p.374-382, 2005.
OHBA, H.; TAKADA, H.; MUSHA, H.; NAGASHIMA, J.; MORI, N.; AWAYA, T.;
OMIYA, K.; MURAYAMA, M. Effects of prolonged strenuous exercise on plasma levels
of atrial natriuretic peptide and brain natriuretic peptide in healthy men. American Heart
Journal, Japan, v.141(5), p.751-758, 2001.
ONUOHA, G.N.; NICHOLLS, D.P.; PATTERSON, A.; BERINGER, T. Neuropeptide
secretion in exercise. Neuropeptides, v. 32(4), p. 319-325, 1998.
PALADE, G.E. Secretory granules in the atrial myocardium.The Anatomical Record, v.39, p.
262, 1961.
PATE, R.R.; PRATT, M.; BLAIR, S.N. Physical activity and public health. A recommendation
from de Centers for Disease Control and Prevention and the American College of Sports
Med. The Journal of the American Medical Association, v.273, p. 402-407, 1995.
PATULLO, I.M.F. Análise comparative entre o efeito da osteoporose experimental sobre o
osso longo e o da articulação temporomandibular. Dissertação de Mestrado – Faculdade
de Medicina, Universidade de São Paulo, São Paulo, 2001.
PEDERSEN, B.K.; SALTIN, B. Evidence for prescribing exercise as therapy in chronic
disease. Scandinavian Journal of Medicine and Sports, v.16 ,supl.1, p.3–63, 2006.
PINOTTI, J.A.; COIMBRA, R.; CARDOSO, E. B.; FONSECA, A.M. Exercício físico e TRH
na melhora da qualidade de vida da mulher menopausada. Revista de Ginecologia e
Obstretrícia, v. 14(1), p.15-19, 2003.
52
PORTALUPPI, F.; BAGNI, B.; CAVALLINI, A.R.; CALISESI, M.; VALPONDI, V.;
MONTANARI, L.; MOLLICA, G. Plasma levels of atrial natriuretic peptide are increased
in normotensive postmenopausal women as a function of age. Cardiology, v.78(4), p.317-
322, 1991.
RAPPELLI, A. Hypertension and obesity after the menopause. Journal of Hypertension,
v.20, p.S26-S28, 2002.
RECKELHOFF, J.F., ZHANG, H.; SRIVASTAVA, K. Gender differences in the development
of hypertension in SHR: role of the renin angiotensin system. Hypertension, v.35, p.480-
483, 2000.
RIGATTO, K.; IRIGOYEN, M.C. Baroreflex sensitivity improvement is associated with
decreased oxidative stress in trained spontaneously hypertensive rat. Journal of
Hypertension, v.24, n.12, p.2437-2443, 2006.
RODRIGUES, B.; IRIOGOYEN, M.C.; DE ANGELIS, K. Correlation between speed and
oxygen consuption (VO2) in rats submitted to maximum exercise test. Federação
Internacional de Educação Física (FIEP) Bulletin, v.76, p. 231-233, 2006.
SCHIEBINGER, R.J.; GREENING, K.M. Interaction between stretch and hormonally
stimulated atrial natriuretic peptide secretion. American Journal of Physiology, v. 262, p.
H78-H83, 1992.
SEUL, K.H.; CHO, K.W.; KIM, S.H. Right atrial predominance of atrial natriuretic peptide
secretion in isolated perfused rat atria. Regulatory Peptides, v.39, p. 67-81, 1992.
SILVA, G. J. J., BRUM, P. C., NEGRÃO, C. E., KRIGER, E., M. Acute and Chronic Effects
of Exercise on Baroreflexes in Spontaneoously Hypertensive Rats. Hipertesion, v.30,
p.714-726, 1997.
SILVA, L.B.; FERREIRA, C.A.; BLACHER, C.; LEÃES, P.; HADDAD, H. Peptídio
Natriurético Tipo-B e Doenças Cardiovasculares, Arquivos Brasileiros de Cardiologia,
v.81(5), p.529-34, 2003.
53
SKEPPER, J.N.; NAVARATMAN, V. Analysis of the apparent heterogeneity of specific heart
granules in rat atrial myocytes; an ultrastructural study including immunocytochemistry.
Histochemichal Journal, v. 20, p. J1-10, 1988.
SKEPPER, J.N.; NAVARATMAN, V.; MARTENSZ, N.D. Effects of expansion of blood
volume and bilateral vagotomy on specific heart granules and release of atrial natriuretic
peptide in the rat. Cell Tissue Res., v. 258, p.211-218, 1989.
SOUZA, M. O; AIRES, M. M. Revisão/Atualização em Fisiologia e Fisiopatologia Renal.
Jornal Brasileiro de Nefrologia, v.19 (4), p. 421-424, 1997.
SOUZA, S.B.C.; FLUES, K.; PAULINI, J.; MOSTARDA, C.; RODRIGUES, B.; SOUZA,
L.E.; IRIGOYEN, M.C.; DESOWERS, M.R.; LA PIETRA, M. Menopause its
epidemiology and potencial association with chronic diseases. Epidemiologic Review.,
v.17, p. 287-302, 1995.
SOUZA, S.B.C.; FLUES, K.; PAULINI, J.; MOSTARDA, C.; RODRIGUES, B.; SOUZA,
L.E.; IRIGOYEN, M.C.; DE ANGELIS, K. Role of exercise training in cardiovascular
autonomic dysfunction and mortality in diabetic ovariectomized rats. Hypertension, n.30,
p.786-791, 2007.
SOWERS, M.R.; LA PIETRA, M. T. Menopause: it’s epidemiology and potential association
with chronic disease. Epidemiologic Review, v.17(2), p.287-302, 1995.
STAESSEN, J. A.; CELIS, H.; FAGARD, R. The epidemiology of the association between
hypertension and menopause. Journal of Human Hipertension, v.12, p.587- 592, 1998.
STAESSEN, J.A.; GINNOCHIO, G.; THIJS, L.; FAGARD, R. Conventional and ambulatory
blood pressure and menopause ina prospective population study. Journal of Human
Hypertension, v.11, p.507-514, 1997.
STAMLER, J.; STAMLER, R.; RIEDLINGER, W.F.;ALGERA, G.; ROBERTS, R.H.
Hypertension screening of 1 milion Americans. Community Hypertension Evaluation
Clinic (CHEC) Program, 1973–1975. Journal of the American Medical Association,
v.235, p.2299–2306,1976.
54
STAMPFER, M.J.; COLDITZ, G.A.; e WILLWT, W.C. Postmenopausal estrogen therapy and
cardiovascular disease: Tem year follow-up from nurses Health Study. The New England
Journal of Medicine, v.325, p.756-762, 1991.
STEWART, J.M.; DEAN, R.; BROWN, M.; DIASPARRA, D.; ZEBALLOS, G.A.;
SCHUSTEK, M.; GEWITZ, M.H.; THOMPSON, C.L.; HINTZE, T.H. Bilateral atrial
appendectomy abolishes increased plasma atrial natriuretic peptide release and blunts
sodium and water excretion during volume loading in conscious dogs. Circulation
Research, v.70, p. 724-732, 1992.
STROHLE, A. Anxiety modulation by the heart? Aerobic exercise and atrial natriuretic
peptide. Psychoneuroendocrinology, v. 31, n. 9, p.1127-1130, 2006.
STURGEON, S.R.; SCHAIRER, C.; BRINTON, L.A.; PEARSON, T.; HOOVER, E.N.
Evidence of a healty estrogen user survivor effect. Epidemiology, v.6(3), 1995.
SUGAWARA, J.; HIRONOBU, I.; KOICHIRO, H.; TAKASHI, Y.; KONO, I. Effect of low-
intensity aerobic exercise training on arterial compliance in postmenopausal women.
Hypertension, v.27, p.897-901, 2004.
SWARD, K.F.V.; RICHSTEN, S.E. Long-term infusion of atrial natriuretric peptide (ANP)
improves renal blood flow and glomerular filtration rate in clinical acut renal faliure. Acta
Anaesthesiologica Scandinavica, v. 45, p. 536-542, 2001.
TATCHUM-TALOM, R.; MARTEL, C.; MARETTE, A. Influence of estrogen on aortic
stiffness and endothelial function in female rats. American Journal of Physiology – Heart
and Circulatory Physiology, v.282, p.H491-H498, 2002.
TCHERNOF, A.; CALLES-ESCANDON, J.; SITES, C.K.; POEHLMAN, E.T. Menopause,
central body fatness, and insulin resistance: effects of hormone-replacement therapy.
Coronary Artery Disease, v.9, p.503-511, 1998.
VENDITTI, P.; DI MEO, S. Effect of training on antioxidant capacity, tissue damage, and
endurance of adult male rats. Journal of Sports and Exercise, n.18, p.497-502, 1997.
55
VIANNA, P. T. G. Rim e Anestesia. Revista Brasileira de Anestesiologia, v.41(5), p. 347-
356, 1991.
VIEIRA, F.D.. Efeitos da Ooforectomia e exercício aeróbio sobre o músculo Papilar do
Ventrículo esquerdo de Ratas Wistar: análise morfométrica e estereológica. Tese de
Mestrado, Universidade São Judas Tadeu, 2009.
VOEUX, P.L. Integração dos mecanismos renais para o controle do volume sanguíneo e do
líquido extracelular; e regulação renal do potássio, do cácio, do fosfato e do magnésio. In:
GUYTON, A.C.; HALL, J.E. Tratado de Fisiologia Médica. Rio de Janeiro: Guanabara
Koogan, cap.8, p.312-327, 2002.
VOGELSANG, T.W.; YOSHIGA, C.C.; HOJGAARD, M.; KJAER, A.; WARBERG, J.;
SECHER, N.H.; VOLIANITIS, S. The Plasma ANP response to arm and leg exercise:
effect of posture. Experimental Physiology., v. May, p .4, 2006.
WEGGE, J.K.; ROBERTS, C.K.; NGO, T.H.; BARNARD, R.J. Effect diet and exercise
intervention on inflammatory and adhesion molecules in postmenopausal women on
hormone replacement therapy and at risk for coronary artery disease. Metabolism, v.53,
n.3, p.377-381, 2004.
WIESNER, S. Neurohumoral and metabolic response to exercise in water. Hormone and
Metabolic Research, v. 42. n. 5, p. 334-339, 2010
WILDEY, G.M, FISCHMAN, A.J.; FALLON, J.T.; MATSUEDA, G.R.; ZISFEIN, J.B.;
PREIBISCH, G.; SEIPKE, H.C.J.; GRAHA, R.M. Cellular processing of Pro-Atrial
Natriuretic Factor (PRO-ANF): studies using antiserum that selectively binds ANF- (99-
126) after its cleavage form Pro-ANF. Endocrinology, v.123, p. 2054-2061, 1988.
WIXSON, S.K.; WHITE, W.J.; HUGHES, H.C.; LANG, C.M.; MARSHALL, W.K. A
comparison of pentobarbital, fentanyl-droperidol, ketamine-xylazine and ketamine-
diazepan anesthesia in adult male rats. Laboratory Animal Science, v.37 (6), p. 726-730,
1987.
56
WRITING GROUP FOR THE WOMEN`S HEALTH INITIATIVE INVESTIGATORS. Risk
and benefits of estrogen plus progestin in healthy postmenopausal women. Principal results
from the Women`s Healthy Initiative randomized controlled trial. The Journal of the
American Medical Association, v.347, p.714-718, 1996.
YASUNORI, S.; NORIYUKI, S.; EICHI, T.; KAZUHARU, I.; TOSHIHIKO, Y. Effects of
running exercise on the mandible and tíbia of ovariectomized rats. Journal of Bone and
Mineral Metabolism, v.19, p.159-167, 2001.
57
ANEXO 1 – CERTIFICADO DA APROVAÇÃO DO COMITÊ DE BIOÉTICA DA FACULDADE DE MEDICINA VETERINÁRIA E ZOOTECNIA
58
ANEXO 2 – PESOS DOS ANIMAIS DE TODOS OS GRUPOS: GRUPO INTACTO SEDENTÁRIO (GIS), GRUPO INTACTO TREINADO (GIT), GRUPO OVARIECTOMIZADO SEDENTÁRIO (GOS) E GRUPO OVARIECTOMIZADO TREINADO (GOT).
Grupo-animal
Peso Pós Ovariectomia
Peso 1° TEM Peso 2° TEM
Peso 3° TEM
Peso eutanásia
GIS-1 246 246 240 246 250
GIS-2 232 232 222 220 214
GIS-3 232 232 230 234 242
GIS-4 250 250 250 360 260
GIS-5 238 238 236 248 252
GIT-1 281 281 272 270 277
GIT-2 245 245 246 247 263
GIT-3 245 245 247 238 244
GIT-4 250 250 230 215 241
GIT-5 266 266 277 236 261
GOS-1 234 250 272 286 270
GOS-2 236 248 256 262 262
GOS-3 244 248 280 311 312
GOS-4 260 260 290 320 340
GOS-5 272 194 190 202 208
GOT-1 218 218 230 220 226
GOT-2 272 280 284 280 288
GOT-3 240 280 266 276 290
GOT-4 246 250 262 262 270
GOT-5 230 224 246 274 284
Obs: Pesagem realizada após a cirurgia dos grupos ovariectomizados e após o 1º, 2º, 3º teste de esforço máximo (TEM) e após a eutanásia.
59
ANEXO 3 – VELOCIDADES MÁXIMAS ATINGIDAS PELOS GRUPOS NOS 3 TESTES DE ESFORÇO MÁXIMO
Veloc. 1° TEM
Veloc. 2° TEM Veloc. 3° TEM
1,2 0,9 0,6
0,9 0,9 0,9
1,2 0,9 0,6
0,6 1,2 0,9
1,2 0,9 1,2
0,6 0,6 0,9
0,6 0,9 1,2
0,9 1,2 1,5
0,6 1,2 0,9
0,9 1,2 1,5
0,6 0,6 0,6
0,9 1,2 1,2
0,9 0,9 0,9
0,9 0,6 0,6
0,3 0,9 0,9
0,6 0,9 0,9
0,6 0,9 0,9
0,9 1,5 0,9
0,6 1,5 1,2
0,9 1,5 0,9