importÂncia dos sons nasais no equilÍbrio funcional da produÇÃo vocal

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0 0 CEFAC CENTRO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA CLÍNICA VOZ IMPORTÂNCIA DOS SONS NASAIS NO EQUILÍBRIO FUNCIONAL DA PRODUÇÃO VOCAL DANIELA OGATA SÃO PAULO

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IMPORTÂNCIA DOS SONS NASAIS NO EQUILÍBRIO FUNCIONAL DA PRODUÇÃO VOCAL Daniela Ogata

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    CEFAC CENTRO DE ESPECIALIZAO EM FONOAUDIOLOGIACLNICA

    VOZ

    IMPORTNCIA DOS SONS NASAIS NO EQUILBRIO FUNCIONAL DA PRODUO

    VOCAL

    DANIELA OGATA

    SO PAULO

  • 11

    1997

    CEFAC CENTRO DE ESPECIALIZAO EM FONOAUDIOLOGIACLNICA

    VOZ

    IMPORTNCIA DOS SONS NASAIS NO EQUILBRIO FUNCIONAL DA PRODUO

    VOCAL

    MONOGRAFIA DE CONCLUSO DO CURSO DE ESPECIALIZAO

    EM VOZ.

    ORIENTADORA : MIRIAn GOLDENBERG

    DANIELA OGATA

    SO PAULO

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    1997

    RESUMO

    Os sons nasais produzidos pela emisso de consoantes nasais, por exemplo

    o /m/, representam uma das tcnicas de reabilitao vocal mais empregadas em

    nosso meio.

    A ao de emisso de consoantes nasais gera uma srie de mudanas

    fisiolgicas, com consequncias auditivas facilmente verificadas.

    A tcnica de emisso dos sons nasais amplamente utilizada na nossa

    prtica clnica diria, com o objetivo de favorecer uma maior dissipao de energia

    sonora no trato vocal, deslocando o foco de ressonncia inferior para superior. Por

    trazerem a ressonncia a face, os sons nasais auxiliam a reduzir a tenso da laringe

    e da faringe

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    SUMRIO

    1. INTRODUO 1

    2. PRESSUPOSTOS TERICOS 3

    3. CONSIDERAES FINAIS 10

    4. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 11

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    Ao meu marido Fbio por ter me proporcionado os momentos mais felizes da minha

    vida.

    Aos metralhinhas Yudi e Vctor o meu eterno obrigada por vocs existirem.

    Aos meus pais a admirao, o respeito e a gratido por terem acreditado em mim.

    Em um determinado lugar, uma floresta ardia em

    chamas.

    Os animais que conseguiram escapar, se refugiaram nas

    margens de um rio, que cortava as matas.

    Todos descansavam da exaustiva fuga, menos um passarinho que

    no cansava de encher o biquinho com gua e jog-la sobre as chamas.

    Este fato tornou-se motivo de riso para os outros animais.

    Um deles lhe perguntou:

    - Voc acha que, com essas gotculas de

    gua, voc conseguir apagar esse grande incndio?

    Ento, serenamente, o passarinho respondeu:

    - Estou apenas fazendo a minha parte.

    Silvia Pinho, minha mestra, que iluminou os caminhos obscuros da nossa

    profisso, e que me deu coragem para continuar trilhando sem medo este caminho

    que escolhi.

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    Mriam Goldemberg, por me ensinar a refletir e ter um novo olhar sobre o mundo.

    INTRODUO

    Este trabalho tem como objetivo refletir e compreender sobre o uso dos sons

    nasais na prtica fonoaudiolgica, visando a utilidade deste exerccio na nossa

    prtica clnica.

    A funo original e vital do nariz nos animais era a da olfao, mas no homem

    no mais assim, apesar de ser uma convenincia e um prazer ser capaz de

    cheirar. A lngua distingue entre doce, amargo, cido e salgado, mas ns

    principalmente saboreamos com nossos narizes ao saborear o aroma. Outra

    funo importante do nariz a de aquecer, filtrar, umedecer e misturar o ar antes que

    ele entre no pulmo. A respirao nasal, exceto no comer e no falar, , pois,

    altamente desejvel.

    Pretendo atravs desse trabalho, oferecer um momento de reflexo sobre a

    utilizao dos sons nasais na prtica fonoaudiolgica, aprofundando-me

    especificamente neste tipo de tcnica a fim de mostrar o porqu do seu uso no

    tratamento das desordens vocais.

    Com isso, acredito estar contribuindo para a construo de uma metodologia

    prpria na clnica fonoaudiolgica, realizando um encontro com vrios autores que

    pensam sobre esse tipo de tcnica.

    Atravs desta pesquisa, mostrarei que o uso dos sons nasais na prtica

    fonoaudiolgica funciona como um treinamento vocal que se utilizam de uma srie

    de facilitadores da emisso, chamado de sons de apoio por Mara Behlau e Paulo

    Pontes. Entende-se por treinamento vocal a realizao de exerccios selecionados

    para fixar os ajustes motores necessrios reeestruturao do padro de fonao

    alterado.

  • 66

    Pesquisarei os objetivos da utilizao desse som na terapia de voz, os

    procedimentos bsicos empregados, os efeitos esperados com o uso da tcnica

    dos sons nasais e das aplicaes principais da mesma.

    importante advertir, que esse tipo de tcnica deve ser usada de modo

    inteligente, sempre atravs de um embasamento terico. O desafio ser capaz de

    refletir sobre um problema de modo que seja possvel derivar tcnicas para

    compreender que tipo de comportamento vocal se deseja produzir.

    Por isso o clnico deve desenvolver a base de conhecimento e habilidade

    para determinar quais abordagens teraputicas fazem sentido para cada paciente,

    j que o dinamismo na produo vocal to grande que que muitas vezes tcnicas

    consideradas negativas num determinado dia, podem ser as mais efetivas algumas

    sesses, ou ainda, abordagens consideradas contra-indicadas para certos

    distrbios vocais podem se revelar as mais eficientes aps uma prova teraputica.

    Ressalto que o modo como uma tcnica teraputica utilizada variar de

    clnico a clnico. Alm disso, com a experincia, cada profissional desenvolver e

    aperfeioar as tcnicas consideradas como mais teis e eficazes.

    importante frisar que este tipo de treinamento vocal por si s no garante

    ao indivduo a mudana do comportamento da fonao.

  • 77

    PRESSUPOSTOS TERICOS

    Os sons nasais, tambm chamados como sons de apoio, so

    tradicionalmente empregados na reabilitao vocal com o objetivo de propiciar um

    melhor equilbrio funcional da produo vocal.

    Os sons nasais so tambm conhecidos como trabalho de ressonncia ou de

    colocao de voz na mscara, por sua caracterstica suavizadora na emisso.

    interessante comentar que esse som nasal bsico no treinamento vocal tem

    uma dimenso muito maior do que suavizadora da emisso.

    Segundo Colton & Casper (1996), a tcnica dos sons nasais destinada a

    ensinar a produo vocal cmoda atravs de uma abordagem natural. O paciente

    solicitado a produzir um hum e sentir a ressonncia desse hum no nariz e nas

    bochechas.

    A freqncia da voz geralmente no de interesse direto, embora possa

    parecer mudar medida em que o paciente busca um som plenamente ressoante,

    facilmente produzido. O hum sustentado, e o paciente pratica isso at que o som

    seja produzido sem dificuldade. muitas vezes instrutivo pedir ao paciente para

    abaixar a mandbula, mantendo os lbios fechados enquanto sustenta o hum. Isso

    resulta em um movimento para a frente, quase palpvel do foco da voz, como uma

    sensao de ccegas muitas vezes sendo relatada ao redor dos lbios e ao longo

    do palato. Um dos autores foi instrudo por um tcnico vocal a lanar o som no

    fundo da garganta, a fim de dominar esse tipo de qualidade vocal. O som usado foi o

    /nh/. Observe que esse som no um som nasal, mas antes, um som que pode ser

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    descrito como um som anasalado, tpico do canto country (Colton & Estel, 1981).

    Gradualmente a produo desses sons moldada na fala, primeiramente usando

    slabas sem sentido e palavras carregadas de consoantes nasais.

    Embora a prtica possa resultar em maior ressonncia nasal do que

    desejvel, isto temporrio e se normaliza quando a fala introduzida. Esta tcnica

    pode ser facilmente associada tcnica de voz.

    Os sons nasais como o hum encorajam o incio fcil da fonao e prov

    retorno proprioceptivo de vibrao nasal e facial, refocalizando a preocupao do

    paciente com rea larngea. A consoante nasal contnua promove facilidade de

    fonao sustentada e pode ser coordenada com a idia de fluxo de ar suave da

    inalao exalao. O som nasal tambm produz um modo de vibrao da prega

    vocal que gera um maior nmero de harmnicos e, deste modo, um som mais rico

    (Colton & Estiel, 1981).

    Segundo Lousada (1982), a articulao de fonemas como m, n e do nh,

    respectivamente, como em dama, dano e minha, no interrompem o som

    larngeo mas desviam o som para as fossas nasais.

    Ostwald (1961), em um artigo entitulado Humming, sound and symbol,

    descreve o humming como um som agradvel, suave e musical, quando o /m/

    emitido com a boca fechada.

    Comenta que a origem da emisso desse som no conhecida, mas

    provavelmente data das primeiras emisses dos homens primitivos. O som /m/ pode

    ser usado para expressar emoes prazerosas e de saciedade (Behlau & Pontes,

    1995).

    Segundo Cooper (1984), essa elocuo simples, caso seja pronunciada to

    naturalmente quanto possvel, resulta na produo de uma voz no nvel de freqncia

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    apropriado, com o foco correto para o indivduo. A vibrao deve ser perceptvel ao

    longo da face e lados do nariz e na regio dos lbios.

    Do ponto de vista da emisso fono-articulatria, ao emitir um som nasal, por

    exemplo o /m.../, ocorre uma maior dissipao de energia sonora no trato vocal, pois

    o ar sonorizado ser dirigido para ambas as cavidades oral e nasal.

    O som deve chegar s duas sadas do trato vocal - lbios e narinas - e isso

    desloca o foco de ressonncia inferior para superior.

    Por trazerem a ressonncia face, os sons nasais auxiliam a reduzir a tenso

    da laringe e da faringe, funcionando como um trampolim de projeo de voz no

    espao, quando co-articuladas com vogais (ex. /m...a/).

    Alm de suavizar a emisso, os sons nasais propiciam uma excelente

    retroalimentao, por estarem relacionadas com a ocluso articulatria na cavidade

    oral que provoca um fluxo de energia para a cavidade nasal e um refluxo para a

    laringe. A impedncia refletida quebra a tenso larngea e suaviza o som. E,

    tambm, por possibilitar a sustentao desse som por alguns instantes, antes de

    soltar a ocluso oral, o que tambem m refora as sensaes proprioceptivas de

    vibrao (Behlau & Pontes, 1995).

    Boone (1994) refere que a meta, ao usar essa abordagem, transferir o foco

    do paciente da laringe para o trato vocal superior. A abordagem no usada para

    aumentar a ressonncia nasal. usada apenas nas etapas iniciais a fim de

    desenvolver foco na rea do nariz e da face.

    O uso excessivo da ressonncia nasal, quando descartados os fatores

    orgnicos ou funcionais de alteraes do palato mole, pode estar relacionado a

    caractersticas emocionais de afetividade e de sensualidade. A lngua Francesa

    possui inmeros sons nasais e nasalizados e visto como uma lngua afetiva e

    romntica.

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    A funo principal do ressonador nasal agir como um ressonador constante

    e universal para a voz e responsvel pela clareza e beleza do tom.

    O uso completo da ressonncia nasal uma qualidade essencial na produo

    da voz artstica. Uma musculatura oral e farngea relaxada, incluindo o vu, apesar de

    elevada, favorece a vibrao de ar na cavidade nasal.

    A ressonncia nasal utilizada em alguns indivduos por uma ligeira abertura do

    esfncter palato farngeo, possibilitando uma rica estrutura harmnica voz.

    Essa a base fisiolgica para o que conhecido como ressonncia da cabea e

    especialmente ouvida ou percebida no registrador da cabea(Greene, 1989)

    Perkins (1981) escreveu que a voz que parece focalizada no alto na cabea

    uma voz mais eficiente, e pode sobreviver vocalizao extensiva. O clnico

    ajuda o paciente a focalizar sobre a rea da sua face sob as bochechas e

    sobre a ponte do nariz com o objetivo de transferir o foco mental do paciente para

    longe da laringe e coloc-lo no trato vocal supragltico.

    Ressaltando que as consoantes nasais so usadas no para aumentar a

    ressonncia nasal, mas para focalizar a voz no trato vocal mais alto do que o

    paciente fazia anteriormente.

    Van Riper e Irwin (1958) relataram que comumente introduzida na terapia

    dos sons nasais a tcnica da mastigao.

    O ato de mastigar como tcnica teraputica foi descrito por Froeschels, em

    1952. A tcnica requer que o paciente pratique os movimentos da mastigao de

    um modo exagerado e, ento, seqencialmente, ao longo do tempo, acrescente

    vocalizao como o /hum/ , enquanto gradualmente reduz o grau de exagero dos

    movimentos da boca. Ao adotar essa tcnica, Froeschels buscou um movimento

    vegetativo natural, ao qual a fonao poderia ser acrescentada sem mudar a

    totalidade do ato e sem acrescentar tenses ou outros comportamentos negativos

    aos quais o paciente se habituara no ato de fala.

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    Froeschels (1952), com a tcnica da mastigao usa uma das funes mais

    naturais de alguns dos orgos que constituem o aparelho fonador: a mastigao.

    Baseado na observao de que se pode falar e mastigar ao mesmo tempo e que,

    na verdade, povos primitivos ainda o fazem, empregando ativas e variadas

    vocalizaes.

    Solicita-se ao paciente que mastigue normalmente, com os lbios fechados,

    sem nada na boca, e que observe a movimentao contnua dos lbios, da lngua e

    das bochechas. A seguir pede-se que mastigue ativamente, como

    um selvagem , ou seja, abrindo a boca com amplos e vigorosos movimentos de

    todos os msculos e uma grande variedade de sons, como o hum.

    A tcnica da mastigao um poderoso recurso para o equilbrio da

    produo da voz, modificando a qualidade vocal globalmente, sendo um mtodo

    universal na terapia de voz. tambm indicado como exerccio de aquecimento

    vocal e de aumento de resistncia fala prolongada.

    Os terapeutas da voz que utilizam a abordagem da mastigao para

    pacientes com problemas de voz, geralmente, reportam que ela no apenas

    promove maior mobilidade de mandbula, mas tambm reduz outras posturas orais

    hiperfuncionais.

    O movimento de mastigao possui uma tendncia a liberar tenses

    excessivas no trato vocal e na rea larngea e, quando feito corretamente, encoraja a

    abertura da boca e a reduo de tenses mandibulares.

    Esses comportamentos, por sua vez, promovem um incio cmodo da

    fonao sem tornar isso um foco especfico de ateno (Colton & Casper,1996).

    Mastigao, estou convencido, a origem da fala humana pois a mastigao e a

    fala so idnticas. Na mastigao de povos primitivos, um nmero considervel de

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    movimento dos lbios e das narinas acontecem e uma grande variedade de sons

    so emitidos simultaneamente.

    Quando as crianas comeam a balbuciar, elas movem os lbios, lnguas e

    mandbulas como se estivessem mastigando, enquanto exercitam seu aparato vocal

    (Froeschels, 1948).

    Van Riper & Irwin, 1958, observaram que o sucesso deste mtodo no

    abaixamento de tom de rapazes que sofriam de modulao de tom e em alguns

    casos de ndulos vocais, em que outros mtodos haviam falhado.

    Professores de canto utilizam com sucesso tais abordagens (Coffin, 1981)

    como a tcnica do /hum/, na qual o paciente experimenta um formigamento ou

    zumbido prximo aos lbios ou ponte do nariz.

    Lousada (1982), refere que a participao das fossas nasais na ressonncia

    que, na melhor tcnica, significa a vibrao do ar contido nesses recessos devido

    propagao do som atravs do meio ambiente mais provavelmente, contribui para a

    beleza da voz com a adio de harmnicos bastante agudos, tanto que, no caso de

    obstruo desse complemento ressonancial h evidente prejuzo do timbre.

    Entretanto, jamais dever ocorrer nasalizao por continuidade permanente

    da faringe com as fossas nasais; isso causa perda de sonoridade e distoro

    tmbrica s vezes desagradvel (rinofonia excessiva).

    A expresso cantar na mscara quase sempre justificada, quando o

    cantor tem boa emisso e boa auto-observao. Cabe porm um reparo: a simples

    impresso de estar a voz na mscara, como fato isolado, no consiste uma prova

    de emisso vocal correta.

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    A melhoria na qualidade de voz, utilizando sons nasais para como um mtodo

    para focalizar a voz para fora da garganta, faz parte dos procedimentos de terapia

    proposto por Wilson (1987) e McClosky (1977).

    Quinteiro (1995) em seu livro: O Poder da Voz no Telemarketing, refere que

    a voz deve ser bem aquecida antes de comear o dia do falante. Segundo a autora,

    o uso dos sons nasais como /Um Hum Hum Hum/ leva os sons para os ossos da

    cabea aquecendo a voz.

    Boal (1985) utiliza os sons nasais no teatro como recurso para aquecimento

    vocal pr-cnico, acreditando ser indipensvel ao trabalho do ator. Convm ressaltar

    que durante a fala cnica os atores procuram tornar os sons o mais possvel orais.

    Os sons nasais so mais ruidosos na comunicao palco-platia, prejudicando o

    bom entendimento das palavras. Essa ressonncia deve ser minimizada para um

    bom andamento da fala cnica.

    Apesar dos sons de apoio propiciarem uma produo vocal equilibrada,

    certos sons como estes no funcionam, desta forma com alguns pacientes,

    provocando ainda mais desequilbrios e tenses.

    Assim, devem ser realizadas provas teraputicas que vo dirigir a escolha

    das abordagens a serem utilizadas, j que alguns pacientes referem ardor neste tipo

    de exerccio (Behlau & Pontes, 1996).

    importante ressaltar que algumas tcnicas empregadas so mais aceitas

    que outras pelo paciente, por motivos que incluem desde a sua personalidade, at

    sua habilidade motora em executar o solicitado.

    Portanto, apesar da determinada abordagem ser benfica para o paciente,

    se ele no se sentir vontade em sua execuo, ou se no conseguir faz-la,

    aconselhvel a substituio e no uma insistncia em sua realizao.

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    Para Boone (1994), a abordagem til para a maioria dos pacientes de voz,

    exceto queles cujos problemas apresentam um componente de hipernasalidade.

    Finalmente, Behlau & Pontes (1996) ressaltam que acima de qualquer tcnica

    especfica do treinamento vocal, a compreenso do problema deve ser uma parte

    ativa e integrante do processo de terapia.

    CONSIDERAES FINAIS

    Atravs desta discusso terica, conclui que a tcnica de emisso de sons

    nasais uma poderosa manobra para obteno de uma melhor qualidade vocal.

    Ofereci verses de vrios autores sobre os procedimentos bsicos empregados, os

    efeitos esperados com o uso da tcnica dos sons nasais e das aplicaes

    principais da mesma, sendo apresentadas a seguir.

    H uma suavizao na emisso vocal, reduo da tenso da laringe e da

    faringe porque transferem o foco do paciente da laringe para o trato vocal superior,

    favorece a dissipao da energia sonora no trato vocal, aumenta os tempos

    mximos de fonao sem esforo e auxilia o monitoramento da voz.

    A terapia dos sons nasais pode ser introduzida juntamente com a tcnica da

    mastigao (Froeschels, 1952). um recurso para o equilbrio da produo vocal,

    modificando a qualidade vocal globalmente, sendo um mtodo universal na terapia

    de voz. usado como exerccio de aquecimento vocal para aumentar a resistncia

    fala prolongada, reduzir as posturas orais hiperfuncionais e as tenses

    mandibulares.

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    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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    BEHLAU, M. & PONTES, P. - Avaliao e tratamento das disfonias. So Paulo,

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    Alegre, Artes Mdicas, 1994.

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    Porto Alegre, Artes Mdicas, 1996.

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    COOPER, M. - Vencendo com sua Voz. Editora Manole, 1991.

    GREENE, M.C. L. - Distrbios da Voz. 4 ed., So Paulo, Ed. Manole, 1989.

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    QUINTEIRO, E. A. - Esttica da Voz: uma voz para o ator. 2 ed., So Paulo,

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    Manole, 1993.