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1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS CURSO DE ADMINISTRAÇÃO Anelise Pinotti Girardi TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA 5S NA EMPRESA ADDMAKLER ADM. E CORRETORA DE SEGUROS LTDA. Organização, Sistemas e Métodos ITAJAÍ (SC) 2008

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UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS

CURSO DE ADMINISTRAÇÃO

Anelise Pinotti Girardi

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA 5S NA EMPRESA

ADDMAKLER ADM. E CORRETORA DE SEGUROS LTDA.

Organização, Sistemas e Métodos

ITAJAÍ (SC) 2008

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ANELISE PINOTTI GIRARDI

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE ESTÁGIO

IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA 5S NA

EMPRESA ADDMAKLER ADM. E

CORRETORA DE SEGUROS LTDA.

Trabalho de conclusão de estágio desenvolvido para o Estágio Supervisionado do Curso de Administração do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade do Vale do Itajaí.

ITAJAÍ – SC, 2008

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Dedico este trabalho aos meus pais.

Admiráveis enquanto pessoas, exemplo

de vida, estiveram sempre presentes em

todos os momentos vivenciados durante

o curso. Serei eternamente grata por

concederem a mim a oportunidade de

realização acadêmica.

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Quero agradecer ao professor Raulino

Pedro Gonçalves por me orientar nesta

pesquisa, me auxiliando de forma

dedicada. Aos amigos, pelo incentivo.

Aos professores pela dedicação ao longo

do curso. Aos coordenadores do curso de

administração pela atenção prestada aos

acadêmicos. A minha família pelo

companheirismo e apoio. Por fim, a

Deus por me proporcionar essa

incomparável vivência.

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“Gastei uma hora pensando um verso,

que pena não quer escrever. No entanto

ele está cá dentro inquieto, vivo. Ele está

cá dentro. E não quer sair. Mas a poesia

deste momento inunda minha vida

inteira. Renda-se, como eu me rendi.

Mergulhe no que você não conhece

como eu mergulhei. Não se preocupe em

"entender". Viver ultrapassa todo o

entendimento”.

Clarice Lispector

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EQUIPE TÉCNICA

a) Nome do estagiário

Anelise Pinotti Girardi

b) Área de estágio

Organização, Sistemas e Métodos

c) Supervisor de campo

Jose Luiz Camargo

d) Orientador de estágio

Prof. Raulino Pedro Gonçalves, Adm.

e) Responsável pelos estágios em Administração

Prof. Eduardo Krieger da Silva, Msc.

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DADOS DE IDENTIFICAÇÃO DA EMPRESA

a) Razão Social

Addmakler Administradora e Corretora de Seguros Ltda.

b) Endereço

Rua Marcílio Dias, nº 76 sala 05 Centro Itajaí-SC

c) Setor de desenvolvimento do estágio

Comercial

d) Duração do estágio

240 horas

e) Nome e cargo do supervisor de campo

Jose Luiz Camargo, Gerente de vendas

f) Carimbo e visto da empresa

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AUTORIZAÇÃO DA EMPRESA

ITAJAÍ, 03 DE NOVEMBRO DE 2008.

A Empresa Addmakler Administradora e Corretora de Seguros Ltda, pelo presente

instrumento, autoriza a Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, a publicar, em sua

biblioteca, o Trabalho de Conclusão de Estágio executado durante o Estágio Supervisionado,

pela acadêmica ANELISE PINOTTI GIRARDI.

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RESUMO A qualidade sempre foi importante, sendo o ponto decisivo na disputa de mercado. Neste trabalho procurou-se dar ênfase a esta, através do programa cinco sensos que é de utilidade para todos. Diante desse contexto, foram relacionados os objetivos da pesquisa. São eles: apresentar as etapas do programa; verificar as necessidades da Addmakler Administradora e Corretora de Seguros Ltda; proporcionar treinamento aos colaboradores; implantar o programa; e por fim, avaliar resultados. A metodologia utilizada foi proposição de planos. Realizou-se diante da pesquisa qualitativa, sendo que a estratégia foi o estudo de caso. Houve um estudo de todos os fatos que ocorriam. Este estudo está relacionado à pesquisa exploratória, pois, tem o propósito de investigar ocorrências e fatos. A coleta de dados ocorreu através da observação participante natural. A entrevista a qual foi realizada foi a não estruturada, fazendo com que perguntas pudessem ser realizadas abertamente. Os resultados foram alcançados com sucesso, obtendo o comprometimento e colaboração dos funcionários que concordaram em contribuir, realizando um trabalho em equipe. Após a implantação foi feita uma auditoria, cujo princípio é verificar não conformidades. Verificou-se que todos os itens relacionados foram bem sucedidos. Concluindo, a implantação dos cinco sensos foi realizada, obtendo bons resultados e adquirindo bons hábitos entre as pessoas. Melhorando além de comportamentos, processos e atividades, a satisfação de clientes, assim como também, a motivação por parte dos colaboradores em trabalhar em um ambiente mais agradável. PALAVRAS-CHAVE: qualidade, programa cinco sensos, auditoria.

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Seguros vendidos da empresa na cidade de Itajaí ...................................................54

Quadro 2: Organograma da empresa Addmakler. ....................................................................55

Quadro 3: Avaliação dos três primeiros sensos........................................................................60

Quadro 4: Fotos do ambiente organizacional. ..........................................................................61

Quadro 5: Fotos de outro ângulo do ambiente organizacional.................................................62

Quadro 6: Pontuação da auditoria. ...........................................................................................66

Quadro 7: Comparativo dos resultados das avaliações da empresa. ........................................67

Quadro 8: Cores do comparativo de resultado. ........................................................................68

Quadro 9: Fotos comparativas..................................................................................................70

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ..............................................................................................................13 1.1 Problema de Pesquisa.......................................................................................................14

1.2 Objetivos do trabalho.......................................................................................................16

1.3 Aspectos metodológicos....................................................................................................16

1.3.1 Caracterização do trabalho ..............................................................................................17

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa..............................................................................18

1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados...........................................................19

1.3.4 Tratamento e análise dos dados .......................................................................................21

2 Revisão Bibliográfica ....................................................................................................22 2.1 Contextualização e aspectos conceituais da Administração .........................................22

2.1.1 Administração mercadológica .........................................................................................24

2.1.2 Administração de recursos humanos ...............................................................................24

2.1.3 Administração financeira.................................................................................................25

2.1.4 Administração da produção .............................................................................................26

2.1.5 Administração de materiais .............................................................................................27

2.1.6 Administração geral.........................................................................................................27

2.1.7 Organização sistemas e métodos .....................................................................................28

2.1.8 Funções da Administração...............................................................................................30

2.2 Escolas e suas abordagens................................................................................................33

2.2.1 Teoria da administração científica...................................................................................33

2.2.2 Teoria clássica .................................................................................................................35

2.2.3 Teoria da burocracia ........................................................................................................35

2.2.4 Teoria das relações humanas ...........................................................................................36

2.2.5 Teoria comportamental....................................................................................................37

2.2.6 Escola Estruturalista ........................................................................................................37

2.2.7 Abordagem de sistemas ...................................................................................................38

2.2.8 Teoria da contingência ....................................................................................................39

2.3 Aspectos conceituais da qualidade total .........................................................................39

2.4 Programa 5 sensos ............................................................................................................43

2.4.1 Origem............................................................................................................................ .43

2.4.2 Objetivos..........................................................................................................................44

2.4.3 SEIRI............................................................................................................................... 45

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2.4.4 SEITON...........................................................................................................................45

2.4.5 SEISO.... ..........................................................................................................................46

2.4.6 SEIKETSU ......................................................................................................................46

2.4.7 SHITSUKE......................................................................................................................46

2.5 5W2H .................................................................................................................................47

2.6 MUDANÇA ORGANIZACIONAL ................................................................................48

3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO ...................................50 3.1 Caracterização da empresa .............................................................................................50

3.1.1 Parcerias e fornecedores ..................................................................................................51

3.1.2 Missão e visão .................................................................................................................52

3.1.3 Objetivos..........................................................................................................................52

3.1.4 Concorrentes....................................................................................................................53

3.1.5 Clientes............................................................................................................................ 54

3.1.6 Estrutura organizacional ..................................................................................................55

3.1.7 Produtos e serviços ..........................................................................................................56

3.2 Resultados da pesquisa.....................................................................................................58

3.2.1 Etapas e benefícios ..........................................................................................................58

3.2.2 Necessidades identificadas ..............................................................................................59

3.2.3 Treinamento.....................................................................................................................63

3.2.4 Implantação .....................................................................................................................63

3.2.5 Auditoria..........................................................................................................................64

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS .....................................................................................71 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................73 APÊNDICES .......................................................................................................................76 ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS ....................................................................82

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1 INTRODUÇÃO

Para se inserir no mercado as empresas passam por desafios nos quais deverão estar

preparadas para enfrentar. Se adequar, estar em constante processo de inovação e desenvolver

melhorias, se tornou indispensável para ter um diferencial.

A concorrência acirrada é algo que cada vez mais se torna presente e faz com que as

empresas lutem pela sobrevivência. Buscando sempre a satisfação dos clientes, a empresa

deve saber conhecer as exigências e desejos dos mesmos e direcionar suas ações para

satisfazê-los.

Adaptar-se ao perfil de cada cliente, deixando-o seguro e ter preços competitivos.

Sendo o que as empresas estão sempre tentando buscar para melhor se destacar. Visualizar o

futuro, para poder se preparar, planejar e organizar suas atividades.

O cliente é o bem mais precioso que se tem, por isso, ele deve ser preservado, para

que se adquira a confiabilidade. Sendo assim, com uma série de ações voltadas ao cliente, as

empresas beneficiam o cliente e a si próprias.

Para estar-se em condições de competir com o mercado, é necessário o conhecimento

de suas forças e fraquezas, e um conhecimento também dos concorrentes. Possibilitando,

assim, conhecer possíveis ameaças e oportunidades.

O comprometimento de todos da organização para obter um melhor resultado, é o

que se espera para a mesma ser competitiva no mercado que ela atua. Para que isto ocorra,

deverá haver uma motivação dos funcionários, um aumento do nível de satisfação interna,

pois isto influencia no seu comprometimento com a empresa. Ser flexível, atender

adequadamente, depende muito deste fator.

Para que haja um bom posicionamento no mercado é necessário ter qualidade. Sabe-

se que a qualidade está ligada não só aos produtos e serviços de uma empresa, mas também a

satisfação dos clientes. A qualidade total busca, além da satisfação dos clientes, a satisfação

de todos que estão ao redor, como funcionários e fornecedores. A empresa pode criar um

ambiente favorável através de um programa voltado para a qualidade. Este programa diz

respeito a cinco sensos que praticados com fidelidade por todas as pessoas da organização,

contribui para um funcionamento ideal.

A empresa na qual se desenvolveu a pesquisa é a Addmakler Administradora e

Corretora de Seguros. A ADDmakler foi fundada em 1987. Com sede em Blumenau, e com

dez filiais distribuídas nos Estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, São Paulo,

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Rio de Janeiro, Minas Gerais e Ceará, apresenta um perfil arrojado e dinâmico, característica

de toda a sua equipe. A empresa adquiriu também, três franquias na região de Santa Catarina.

A ADDmakler disponibiliza um grupo de empresas atuando diretamente com

seguros, resseguros e suas áreas congêneres. Mantêm parcerias com empresas buscandodo

tecnologias diversas e em especial na área de inspeção e administração de riscos.

A empresa que foi estudada é uma franquia na cidade de Itajaí/SC a qual foi fundada

em 1999. Possui 4 funcionários e atua no mercado de seguros, de: automóvel, residencial,

empresarial, vida, saúde, previdência, transportes, aeronáutico, equipamentos, cascos

marítimos, crédito à exportação, garantia, lucros cessantes, fidelidade, global de bancos,

fiança locatícia, riscos de engenharia, riscos de petróleo e riscos diversos.

1.1 Problema de Pesquisa

Tendo em vista que determinadas ações como a falta de agilidade nas atividades

diárias e de organização prejudicam a qualidade dos serviços da empresa a estagiária

desenvolveu o trabalho a fim de questionar as mesmas, encontrando a solução. Para Marconi

e Lakatos (2006) problema significa um impedimento, um bloqueio em determinadas

situações, no qual se busca encontrar a solução. Com o objetivo de solucionar problemas a

empresa melhora continuamente os seus processos, indo além de soluções, em busca de

melhorias. Através da busca pela qualidade desejada, ou seja, a qualidade total, é interessante

um planejamento para ter um controle dos procedimentos.

Atualmente, a ADDmakler é uma empresa com credibilidade no mercado, ou seja,

tem uma boa imagem perante o público. Tem experiência por trabalhar a diversos anos na

área de seguros e seus preços são consideravelmente bons, o que contribui para o desempenho

da mesma. Porém, o que ocorre, são algumas falhas internas que podem ser evitadas.

Com o objetivo de evitar as falhas internas, a ADDmakler busca apresentar melhores

resultados, através de um auxílio, o programa 5 sensos. Podem-se citar fatores que estão

dentro do programa, como: uma melhor organização; um controle mais rígido de dados dos

clientes, como por exemplo, manter informações atualizadas; utilização apenas dos

documentos que são necessários, descartando os que não são e evitando desperdício de tempo

ao procurá-los. Através destes fatores, a empresa fornece serviços que sejam requisitados

pelos clientes da melhor forma possível, conquistando um número maior de clientes novos e

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mantendo os antigos, definindo as prioridades, prevenindo erros e comprometendo-se

constantemente. O programa é uma ferramenta para que a organização alcance os objetivos

desejados e melhore continuamente, reduzindo erros e custos.

A partir do contexto apresentado, elabora-se um questionamento a respeito da

empresa, formula-se a pergunta que define o tema de pesquisa da acadêmica. “Quais os

benefícios que poderão ser conquistados com a implantação do programa 5 sensos para a

empresa ADDmakler Administradora e Corretora de Seguros Ltda”?

Partindo-se para a melhoria dos serviços prestados é importante utilizar métodos

voltados para a constante melhoria dos procedimentos, que devem estar de acordo com um

padrão, evitando também desperdícios e obtendo uma maior organização da empresa.

Todos os funcionários precisam estar conscientes das mudanças que são essenciais,

mudando comportamentos inadequados. Para obter o sucesso esperado é necessário o

comprometimento total dos colaboradores.

O respectivo trabalho tem sua importância baseada na precisão, na obrigatoriedade

de atividades padronizadas e sistemas mais adequados para os colaboradores, resultando em

benefício tanto para eles quanto para a própria organização. Roesch (1996) acredita que, para

um projeto ser importante, deve-se saber para quem ele contribui. Pode ser tanto para a

organização como para os colaboradores, população, ou ainda, para o meio ambiente. A

acadêmica acredita que o presente trabalho lhe proporciona um desenvolvimento profissional,

uma experiência necessária para este acontecimento. O curso de Administração possui um

trabalho com perspectivas de melhorias e resultados para as organizações.

Quanto a originalidade, foi verificado a inexistência de outros trabalhos neste tema

na ADDmakler. Por isso, a idéia de implantar este programa pôde ser colocada em prática.

Para Marconi e Lakatos (2006) a originalidade refere-se à relevância, pois, quando verificado

a inexistência de trabalhos com este tema na empresa trata-se de buscar conhecimentos novos,

relevantes para a mesma.

A viabilidade diz respeito a possibilidade de alcance da resolução do problema

formulado no respectivo trabalho. O problema foi resolvido portanto, existiu a viabilidade.

Marconi e Lakatos (2006) vêem a viabilidade através de um possível resultado, de uma

possível solução para o problema. A pesquisa é uma maneira eficaz de alcançar a solução,

pois, ela faz com que as pessoas busquem informações para descobrir soluções viáveis. Na

Addmakler, os funcionários disponibilizam-se a fazer com que a empresa cresça cada vez

mais, o acesso às informações e as pessoas foi facilitado, visto que a estagiária trabalhava na

empresa. Quanto ao custo, não foi elevado. Os custos referem-se aos itens que a acadêmica

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necessitou para a organização, como: etiquetas, pastas suspensas e materiais, papel A4 para

impressão de formulários, grampos, papel contact e materiais de limpeza. Os custos com

impressão do trabalho, encadernações e pendrive, foram de responsabilidade da acadêmica.

Houve a realização de treinamento dirigido pela acadêmica também. Portanto, conclui-se que

a viabilidade foi obtida.

1.2 Objetivos do trabalho

Há dois tipos de objetivos, o geral e os específicos. O geral é o que define o trabalho.

Segundo Richardson (2007) o objetivo geral é o que se busca com a pesquisa. É o motivo, o

que se pretende realizar com o mesmo. A partir do objetivo geral, do conhecimento que se

tem dele, surgem os específicos. Assim, o objetivo geral do trabalho é a implantação do

programa 5 sensos na empresa Addmakler Administradora e Corretora de Seguros.

Os objetivos específicos são os que surgem do objetivo geral, descritos através de

etapas. Segundo Roesch (1996) os objetivos específicos são a maneira de alcançar, atingir o

objetivo geral. Para o alcance do objetivo geral proposto têm-se os objetivos específicos a

seguir:

• apresentar as etapas do programa e benefícios;

• verificar as necessidades da empresa;

• proporcionar treinamento aos colaboradores;

• implantar o programa; e

• avaliar os resultados.

1.3 Aspectos metodológicos

Este item trata da metodologia, isto é, de como foi realizado o trabalho de estágio; do

processo seguido; dos métodos; das técnicas; e procedimentos para se alcançar os objetivos.

Segundo Parra Filho e Santos (2000) o método é o processo, como será feito para atingir o

objetivo. A metodologia é a apresentação dos meios para conseguir concluir o que se almeja,

o que se procura atingir. Apresenta-se a teoria para poder, então, colocá-la em prática.

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É a partir de um estudo fundamentado, de uma teoria que se torna possível colocar

um objetivo, uma idéia, em prática. Marconi e Lakatos (2006) acreditam que os métodos e

técnicas são importantes e relacionam-se com o problema, pois, é a partir deles que se estuda

o problema. Através do estudo do problema, da busca por soluções é que se estipulam as

formas para se alcançar os objetivos. A seleção destas formas depende do que está ao alcance

da empresa, do custo, das pessoas e do tempo de duração. São elas que definem a pesquisa, se

é necessário ir além ou aquelas que acredita ser apropriadas já alcançam um bom resultado.

1.3.1 Caracterização do trabalho

A tipologia do presente trabalho é de proposição de planos para a melhoria dos

processos da empresa. Segundo Roesch (1996) proposição de planos é propor um plano

visando a solução das não conformidades de uma organização. É realizada visando adaptar e

controlar os sistemas de acordo com os objetivos da empresa. Para se propor um plano deve-

se verificar a necessidade do mesmo. A empresa afirmou tal necessidade, portanto a

proposição de planos foi aceita realizando assim a implantação do programa.

Na elaboração de um plano buscam-se informações quantitativas e qualitativas. Os

dois métodos diferem um do outro, possuem formas para analisar um problema. Segundo

Richardson (2007) a diferença entre o método qualitativo e o método quantitativo está na

abordagem estatística, ou seja, na medição de dados para análise de um problema. O método

quantitativo utiliza esta abordagem para coletar dados e tratá-los, transformando em

informações.

Já o método qualitativo busca entender aspectos e situações complexas, situações em

que se procura descrever e classificar variáveis e suas relações entre si. A acadêmica se

baseou pela abordagem qualitativa, pois, trata-se de explorar situações dentro da empresa, é

uma pesquisa mais fundamentada. Para Roesch (2007) a pesquisa qualitativa está inserida no

contexto exploratório da pesquisa. A pesquisa qualitativa é válida para avaliar, captar algo que

não está de acordo com os propósitos da empresa, por explorar e selecionar metas. Portanto,

se encaixa na proposição de planos. Têm-se informações mais detalhadas, por isso é

necessário o registro delas. A forma mais usual de coleta de dados na pesquisa qualitativa é

por entrevista.

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A estratégia a qual foi utilizada é o estudo de caso. Diz respeito a investigar fatos que

podem responder o problema, analisar o que está por trás dos fatos de acordo com o que está

sendo exposto e até mesmo reformular, ver o problema de outra maneira. Segundo Gil (1994)

o estudo de caso é uma forma de conhecer determinada circunstância. Caracteriza-se como

uma pesquisa na qual é realizada em profundidade, o objeto é analisado em todos os aspectos.

Estudou-se os processos, atividades e até mesmo atitudes dos colaboradores para adquirir uma

visão real e concreta. Diante disto, pôde-se analisar a condição que a empresa se encontrava.

Através do intenso estudo de um fato tem-se o conhecimento de outros objetos,

aspectos que o englobam. Porém, acredita-se que este conhecimento seja improvável devido a

outras considerações. Depende do objeto estudado, pode ser que seja um caso específico e que

não apresente semelhança com outros fatos, outras situações ou até mesmo com outras

estruturas.

O estudo de caso se enquadra com pesquisas específicas, as pesquisas exploratórias.

Suas características são as mesmas do estudo de caso. Para Marconi e Lakatos (2007)

pesquisa exploratória é aquela realizada para investigar determinados fatos. O objetivo desse

tipo de estudo é criar hipóteses através de um problema, exposto ou não, e constituir um

conhecimento baseado nestas hipóteses. Contribui para uma descoberta concreta e

fundamentada, esclarecendo os fatos.

O ideal é aplicar pesquisas exploratórias logo no início de um estudo de caso,

desenvolvendo uma percepção para visualizar o que não esteja ocorrendo de acordo com os

objetivos da empresa, analisando os dados que se tem e transformando em conhecimento

posteriormente.

1.3.2 Contexto e participantes da pesquisa

A população, ou seja, quem participou da pesquisa, foi o total de pessoas que estão

dentro do contexto. O total de elementos que apresentam características comuns. Segundo

Néto (2004) a população são as pessoas que se pretende pesquisar. A partir daí busca-se obter

o que se deseja. Utilizar as informações que estes elementos disponibilizarem para então

poder implantar, adaptar, melhorar o ambiente organizacional. Roesch (2007) acredita que os

participantes da pesquisa ou população, são aqueles que irão defini-la. Questões e propostas

são construídas com a finalidade de descobrir o que é necessário para as pessoas, de acordo

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com os princípios e valores dos mesmos. Toda pesquisa tem um propósito, e este deve ser

considerado em todos os aspectos que colaboram para o seu alcance.

A população envolvida no trabalho da acadêmica é composta de 4 pessoas,

funcionários da ADDmakler na franquia de Itajaí, sendo 3 suportes comerciais e 1 gerente de

vendas. Os colaboradores foram entrevistados pela estagiária.

1.3.3 Procedimentos e instrumentos de coleta de dados

No respectivo trabalho foram utilizados dados de fontes primárias, os quais são

aqueles que não foram pesquisados e coletados ainda e não estão disponíveis para consulta. A

acadêmica é quem buscou estes dados, como analisar comportamentos e observar situações

que ocorriam. Martins (2008) acredita que dados primários são aqueles que a empresa busca

conhecer, pesquisar. Foram utilizados dados secundários também, pois, a empresa forneceu

dados já existentes para a acadêmica, como o organograma e outras informações que foram

necessárias. Estes estão disponíveis para consulta, portanto, já foram pesquisados e coletados.

Martins (2008) diz que dados secundários são os que já existem tanto na empresa como em

outros locais.

Os dados foram coletados através da observação participante. Nesta, o pesquisador,

ou seja, o interessado, para obter informações mais precisas se insere no grupo de pessoas

para o qual está estudando. Observando as pessoas dentro do ambiente, pôde-se analisar e

compreender melhor os comportamentos, interesses, enfim, a maneira como cada um se porta

perante a organização. Verificou a falta de agilidade nas atividades, de padrão e até mesmo a

má imagem organizacional, como os próprios colaboradores perceberam. Segundo Gil (1994)

a observação participante é uma observação na qual existe uma participação mais ativa, mais

real, diante das pessoas que estão no contexto do estudo. São observados fatos que ocorrem na

organização, e é analisado e questionado tudo o que for coerente e necessário.

Há duas formas de interagir em uma observação participante: a natural e a artificial.

Para Marconi e Lakatos (2006) na observação participante natural o pesquisador já está

inserido no grupo o qual estuda. Desta maneira, o acesso é maior ainda, e faz com que o

pesquisador alcance diretamente os dados da pesquisa. Na observação artificial, o pesquisador

não pertence ao grupo, mas se insere a ele para resgatar e colher informações. Entretanto, é

preciso que o pesquisador saiba interagir, tanto de uma forma como de outra. Na forma

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natural, não se tem tantas dificuldades porque o observador já está inserido no grupo, porém

na artificial, poderá se deparar com maiores dificuldades por não conhecer as pessoas e por

elas não aceitarem, fazerem restrições quanto ao acesso do observador.

Não houve problemas quanto à aceitação, pois, a acadêmica trabalhava como suporte

comercial na empresa e teve aceitação para realizar o presente trabalho. Portanto, a ela coube

a observação natural. Coletou os dados e observou os acontecimentos de acordo como vinham

a ocorrer.

Através da entrevista pôde-se coletar os dados necessários para tornar possível a

obtenção de informações. Segundo Gil (1994) a entrevista pode ser classificada como um

recolhimento de idéias e informações. O entrevistado é o objeto principal de uma entrevista, é

quem fornece as informações. O entrevistador, ou, a pessoa que irá investigar, tem o objetivo

de receber e filtrar os dados que forem relevantes na investigação. Para a análise é necessário

ter dados e opiniões consistentes. A entrevista foi essencial, pois, com as respostas obtidas

através dela o entrevistador pôde separar as que serão utilizadas das que não são necessárias.

Segundo Roesch (2007) a entrevista é importante, pois, consegue identificar o que os

entrevistados estão pensando, seus pontos de vista e perspectivas quanto a diversos assuntos.

Com ela pode-se ter dados mais confiáveis e se tem um melhor entendimento de questões que

precisam ser discutidas, relevadas, analisando o conteúdo e conseguindo descrever os

resultados.

A entrevista a qual foi realizada para obter os dados é a não estruturada. O objetivo

deste tipo de entrevista é entender a opinião dos entrevistados quanto a situações. O

entrevistador pode explorar mais abertamente questões que considera importantes e

necessárias. Todos esclareceram para a acadêmica o real conhecimento que possuíam do

programa assim como também a opinião referente à implantação. Não conheciam todas as

etapas do programa, porém, concordaram em implantar na empresa. Para Marconi e Lakatos

(1999) é uma entrevista no qual são realizadas perguntas abertas, não havendo um roteiro de

questões e sendo através de uma conversa informal. O entrevistado tem liberdade de

responder as perguntas, revelando opiniões e fazendo considerações. Neste tipo de entrevista

se tem respostas mais bem elaboradas, mais detalhadas e não respostas objetivas e específicas.

Houve também, a aplicação do diagnóstico e da avaliação final. A coleta de dados

realizou-se através de formulários para a análise da acadêmica. Estes dados surgiram da

observação participante.

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1.3.4 Tratamento e análise dos dados

Depois de feita a coleta dos dados obtidos pela entrevista, geralmente realiza-se outra

etapa deste processo que é o tratamento dos dados, ou seja, a organização deles e,

posteriormente, a análise dos mesmos. Portanto, os dados foram tratados, diante de

formulários e quadros para análise do estado anterior e atual da empresa. Ocorreu a

observação dos fatos que vinham diariamente preocupando a empresa, diante da observação

participante. Toda observação coletada pela rotina diária da estagiária foi disponível, pois, se

esteve presente em cada fato que ocorria.

A outra etapa é a análise. Análise é um estudo dos possíveis problemas e do que pode

estar envolvendo-os. Segundo Marconi e Lakatos (2006) análise é um meio de verificar o

objeto de estudo e as relações que o envolve. Na entrevista, ela foi realizada através das

vivências, fatos e opiniões de cada funcionário quanto à empresa. Tira-se então, um

entendimento destes, uma conclusão, há uma interpretação dos dados. A partir desse

entendimento surgiu a construção de respostas para solucionar questões que não se encaixam,

que não contribuem para os objetivos que a empresa busca alcançar. Através desta junção de

vivências, fatos e opiniões é que foi estabelecido a busca por soluções, padrões de melhoria.

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2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Neste capítulo apresentam-se as teorias nas quais se baseiam o presente trabalho.

Com o objetivo de fundamentar a teoria, analisa-se e expõem-se os elementos necessários. O

trabalho envolve os seguintes assuntos: administração, suas áreas, funções e escolas, assim

como também, aspectos relacionados à qualidade total. Através da pesquisa teórica tem-se um

contato maior com a complexidade das situações que ocorrem no dia-a-dia em uma

organização.

2.1 Contextualização e aspectos conceituais da Administração

A Administração é um processo no qual se envolve técnicas e práticas para dirigir e

controlar de maneira eficaz, tornando-se possível o alcance dos objetivos organizacionais. A

tarefa da administração segundo Chiavenato (1999) visa identificar e indicar ações para que as

organizações possam alcançar os objetivos que possuem, fazendo com que haja um bom

funcionamento das mesmas. Através do planejamento o gestor organiza, dirige e controla as

ações que irão ser realizadas na empresa como um todo. Com isto, tomam-se decisões

importantes para que os objetivos sejam concretizados com dedicação e coerência.

Cada vez mais as empresas buscam pessoas com conhecimento, habilidades e atitudes.

A capacidade de desenvolver as atividades, conhecer as responsabilidades, antecipar-se às

solicitações, são características que os administradores esperam de seus colaboradores, afinal

uma organização depende dos funcionários. Segundo Chiavenato (1999) a base da

administração é realizar seus processos e atividades através das pessoas. Sabe-se que as

organizações necessitam das pessoas que ali trabalham, pois, nada seriam sem a presença das

mesmas. A administração tem sua função baseada nisso, em desenvolver as atividades,

processos, através da competência das pessoas. Para possuir a competência que a organização

espera, é necessário que as pessoas coloquem o conhecimento, suas habilidades e atitudes em

prática.

O sucesso de um negócio depende de vários fatores. Todos dentro da organização,

gestor e funcionários, precisam estar em sinergia, trabalhando em conjunto para obter

melhores resultados. Sabe-se que para conquistar um lugar no mercado de trabalho, a empresa

precisa estar preparada, ter pessoas capacitadas e criativas, inovar e trabalhar sempre em

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busca do melhor, gerando um diferencial competitivo. Segundo Robbins e Decenzo (2004) é

preciso que as pessoas que trabalham na organização busquem diferenciar o produto ou

serviço assim como também o atendimento, de forma que dificultem o alcance dos

concorrentes. Satisfazendo as necessidades dos clientes e atuando com ética e seriedade, a

empresa poderá garantir uma confiabilidade por parte dos clientes. Além disso, ser flexível,

oferecer benefícios, manter uma boa relação, reduzirá as chances da concorrência.

Para os administradores dedicarem esforços no alcance dos objetivos e,

consequentemente, lutarem para manter ou melhorar a posição no mercado, há necessidade de

motivação. Seja para o próprio administrador quanto para seus colaboradores. As tarefas dos

colaboradores devem ser desafiadoras, permitindo uma motivação por parte dos mesmos.

Motivação assim como a própria palavra já diz, é um motivo para uma ação, é um incentivo.

Robbins e Decenzo (2004) acreditam que a motivação surge individualmente, e as pessoas

devem adquiri-la. É necessário que as necessidades de cada pessoa estejam conciliadas com

os objetivos organizacionais. Para o colaborador satisfazer a organização, ir à busca dos

objetivos que a organização possui, ele mesmo precisa se sentir motivado. É preciso que o

colaborador tenha uma auto-motivação, para depois receber abertamente todos os outros

impulsos propostos pela organização.

Sugere-se, para obter a motivação, uma abordagem diferenciada de trabalhar e não

atividades mecânicas e rotineiras. Os funcionários que trabalham em tarefas rotineiras tendem

a ficar desmotivados. É importante dar oportunidades de expansão, de forma que beneficie os

funcionários e a empresa. Acredita-se que há questões quanto à motivação. Segundo

Megginson, Mosley e Pietri Jr. (1998) a motivação está ligada com o comportamento

humano. Os administradores precisam conhecer mais os colaboradores. E, para isto, devem

vivenciar e trabalhar buscando conhecê-los. Conhecer o comportamento humano e os motivos

para tal é algo que se busca alcançar. Existem, porém, variáveis que impossibilitam este

conhecimento, como a falta de interação. Não só a empresa precisa estabelecer seus objetivos

para os empregados, eles também precisam. É importante que os empregados determinem

seus objetivos e necessidades, informem quais são as intenções para com a empresa, que eles

realizem suas funções, embora estejam dispostos a mudar de nível, possibilitando atuar em

uma nova carreira na empresa.

A administração possui diversas áreas em que as pessoas atuam. São elas:

administração mercadológica; de recursos humanos; financeira; da produção; de materiais;

geral; e organização, sistemas e métodos.

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2.1.1 Administração mercadológica

Conhecida como Marketing, é uma função organizacional, um composto de

elementos que envolvem a criação de produtos ou serviços. Kwasnicka (1995) afirma que

marketing é uma ferramenta que possibilita que os produtos ou serviços cheguem até o

consumidor. Portanto, é um meio para que as pessoas se tornem consumidores. São atividades

direcionadas a este propósito, a este objetivo.

A administração mercadológica é vista como uma forma de vender. São várias

atividades que se baseiam em um único objetivo, satisfazer as necessidades e desejos do

público-alvo. É fazer com que o cliente perceba apenas os benefícios com relação a um

produto ou serviço. Para tanto, é realizado um conjunto de processos que envolvem a criação,

a comunicação e a entrega de valor para os clientes.

Oferecer produtos e serviços que estão de acordo com o perfil dos consumidores não

é uma tarefa fácil, é preciso descobrir o que eles realmente desejam e transfomar isso em

produto. Para Wharton (1999) ser especializado e diferente, mostrar isto para os clientes em

forma de produto ou serviço é a meta do marketing. A estratégia está ligada nos atrativos que

pode-se oferecer a cada cliente e no relacionamento que se tem com eles.

Existem serviços que impossibilitam a capacidade de diferenciá-los. Quando nao se

pode prestar um serviço diferenciado, deve-se procurar conquistar o cliente de outa maneira,

buscando fazer com que ele seja fiel a organização, mantendo um bom relacionamento.

2.1.2 Administração de recursos humanos

A administração de recursos humanos – ARH, constitui-se das pessoas que

encontram-se dentro de uma organização. Segundo Wharton (1999) a ARH busca administrar

as pessoas de forma que beneficie a organização. Porém, não se deve deixar de lembrar da

abordagem humanística, comportamental. Uma organização compoem-se e depende de

pessoas, portanto, elas precisam ser consideradas. O objetivo é explorar o potencial do

colaborador de forma positiva para que possa sempre contribuir à organização.

Para administrar as pessoas, é necessário um preparo. Há um processo que envolve

uma série de atividades necessárias na obtenção de pessoas capacitadas. Segundo Kwasnicka

(1995) a administração de recursos humanos é um conjunto de funções realizadas com o

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objetivo de alinhar as políticas de recursos humanos com a estratégia da empresa. Os recursos

humanos têm um imenso valor para as organizações, por isso, é necessário o planejamento, a

coordenação e o controle para que a empresa tenha funcionários competentes, que irão

colaborar para o sucesso organizacional.

A administração de recursos humanos depende de todos que estão na organização,

portanto, não é uma função única do RH, tem uma relação com as outras áreas. Está ligado

aos procedimentos, políticas e práticas, relacionados ao que a empresa necessita.

Cada administrador de RH tem um príncipio quanto ao seu papel na organização.

Para Kwasnicka (1995) os administradores de RH não possuem uma função específica diante

da organização. Uns acreditam em beneficiar as pessoas e outros acreditam em beneficiar a

empresa. Sabe-se que os administradores devem ter objetivos ligados ao que a empresa e os

funcionários necessitam. Eles deverão analisar a organização como um todo, tanto as

necessidades individuais como as necessidades organizacionais.

2.1.3 Administração financeira

A administração financeira trata-se dos recursos disponíveis para as transações e

negócios da empresa. É uma ferramenta para controlar esses recursos, para planejamento,

análise de investimentos, visando sempre o desenvolvimento e evitando gastos

desnecessários.

Wharton (1999, p.61) acredita que:

A função financeira de uma empresa abrange as três áreas: a estratégia, mediante o estabelecimento de critérios financeiros para as decisões sobre o investimento do capital; a administração do risco; e as operações, para assegurar que haja recursos suficientes, sejam na forma de excedente de tesouraria ou de linhas de crédito, para cobrir eventuais déficits de caixa.

Sabe-se que uma empresa necessita obter lucro para a sua sobrevivência, as decisões

financeiras estão direcionadas para isso. Segundo Kwasnicka (1995) é importante que a

empresa saiba ter visão quanto ao que irá ganhar no futuro. Sabe-se que qualquer decisão

tomada erroneamente poderá afetar este ganho. É necessário que a empresa saiba controlar o

fluxo, a entrada e saída dos fundos para melhor planejar os ganhos. A análise é importante na

tomada de decisão, devido aos riscos que poderá ocorrer em consequência dos ganhos.

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2.1.4 Administração da produção

As organizações produzem bens e serviços agregando-os valor para que os

consumidores e clientes se interessem pelos mesmos. A função da administração da produção

é de administrar o processo de tranformação deste bens ou serviços. Segundo Kwasnicka

(1995) produção é o produto bruto se transformando em algo que o consumidor deseja. O

consumidor precisa desejar o produto ou o serviço que a organização obtém, portanto, a

produção tem o papel de torná-los úteis para as pessoas.

É necessário seguir a tendência, os desejos e necessidades do público-alvo para que

possa ser possível alcançar o sucesso. A análise de mercado é fundamental para verificar se o

produto ou serviço será aceito pelo seu público. Segundo Wharton (1999) a produção é onde

está o sucesso de uma empresa. Entretanto, é preciso saber o que os consumidores procuram,

o que almejam, o que precisam. Através disto, a área financeira de uma empresa sabe onde

agregar valor em um produto ou até mesmo em um serviço. O valor que o consumidor espera,

ou seja, a utilidade, a qualidade, poderá ser influenciado pelas pessoas que possuem a função

de controle dos recursos, dos fundos na organização, pois, elas irão analisar se é necessário a

utilização de mais recursos ou não, de forma que o valor que se busca seja alcançado e com

um baixo custo.

A produção é o centro das organizações, ela produz e busca inovar constantemente

através de novas funções para os produtos que já atuam no mercado, novos produtos, novos

serviços e também serviços diferenciados daqueles que já existiam. Através da produção, se

cria diversos tipos de produtos e serviços com o conhecimento que se tem do mercado, do

consumidor. Para Kwasnicka (1995) conhecer, aprimorar um produto é possível mediante a

conclusão do mesmo, através das máquinas e tecnologia que foi aplicada. O processo gira em

torno de melhorias, a cada produto concluído se avalia a possibilidade de aprimorá-lo. E,

também, formas de aplicar novas produções, novas tecnologias, que enriqueçam o produto e

faça com que o torne além das expectativas.

Avalia-se a possibilidade de empregar novas tecnologias em todo processo de

produção, pois, verifica-se a necessidade de se adaptar e melhorar. A etapa de término e

avaliação de um produto, que é um elemento de saída do sistema de produção, é fundamental

para verificar o desempenho no processo produtivo. Permitindo assim, aderir a novos

equipamentos, máquinas, enfim, ferramentas que possibilitem a constante melhoria dos

processos fazendo com que haja uma aceitação ainda maior por parte dos consumidores.

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2.1.5 Administração de materiais

É a administração do transporte, movimentação de materiais, armazenamento,

processamento de pedidos e gerenciamento de informações com o propósito de atender as

exigências dos clientes. Esta função trata de investir em estoques, ter sistemas de distribuição

e fornecedores que ofereçam boas condições e insumos com a qualidade que a organização

precisa para que sua produção termine como planejada. Através de negociações com

fornecedores, tem-se benefícios como redução de custos e melhores prazos mediante as

compras, consequentemente, há um melhor planejamento dos produtos e serviços. Para

Francischini e Gurgel (2002) as organizações necessitam de estoque adequado, para que não

haja falta ou excesso de produtos. Planejar, também, ações ou processos e saber reaproveitar

insumos, recursos que possuem, não desperdiçando-os. Com isto, os resultados serão

surpreendentes. A relação entre esses aspectos é essencial para a organização ter processos

bem estruturados e possuir um diferencial.

Existem fatores que precisam ser considerados para melhor analisar alguns

processos. Prever a demanda, é um ponto importante para os estoques. Com base no consumo

de cada material, calcula-se o comportamento do consumidor diante daquele item, para poder

então analisar, garantir as necessidades dos consumidores com estoques menores, projetando

e distribuindo de maneira adequada.

É importante também reduzir o espaço de tempo entre reposições dos itens, para que

haja uma disponibilidade maior dos materiais. Gonçalves (2004) acredita que o alcance de

resultados pode ser possível com o planejamento, o que irá diminuir os custos com estoques

de uma empresa. Havendo uma distribuição eficaz, reduzindo o tranporte interno, o local para

estoque, que são os custos operacionais, os investimentos serão menores e os lucros serão

maiores.

2.1.6 Administração geral

Está ligada a todas as áreas explicitadas anteriormente. Analisa o desenvolvimento

da administração, as mudanças que refletem nas funções do administrador, as características

que ele deve ter e como isso pode ser complementado.

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Devido as mudanças que estão sempre ocorrendo, o conceito de administração geral

possui diferentes amplitudes. Para Wharton (1999) a administração geral está mudando. O

fato de um administrador geral que antes conseguia praticar a administração em todos os

setores de uma empresa de forma eficiente, está se desfazendo. O executivo consegue aplicar

a administração geral apenas quando são pequenas e médias empresas. Já em grandes

empresas, não é mais possível administrar de maneira que todos os aspectos estão ao alcance

dos empresários. Sabe-se que diferentes áreas estão inseridas em cada organização e um outro

ponto a ser analisado é o fator externo, o seja, o ambiente e o mercado em que atua. Por isso,

os executivos devem estar preparados para enfrentar todos os caminhos e obstáculos e ter o

conhecimento necessário de todas as áreas presentes na organização.

A administração geral busca agir de maneira eficaz, em todas as áreas, para que as

organizações utilizem estratégias unindo os clientes à organização. Suas ações têm

consequências. Portanto, necessita-se, além da exposição do que se deseja mostrar ao público,

muitas outras ações para poder conquistá-los.

O papel da organização é manter o público e interagir com a sociedade para que eles

se interessem pelos produtos e serviços que a mesma tem a oferecer. Os interesses de ambos

devem se relacionar. Segundo Kwasnicka (1995) para que a organização tenha suas atividades

destinadas à conquista de novos clientes e manutenção dos antigos, é preciso conhecer as

necessidades da sociedade e estar sempre em busca da satisfação. A forma de administrar e

utilizar os recursos são os pontos determinantes para uma administração eficaz. Uma empresa

nada mais é do que uma forma de alcançar o que a sociedade propõe, suas atividades estão

ligadas à isso.

2.1.7 Organização sistemas e métodos

Sabe-se que as organizações por mais que atuem no mesmo ramo de atividade,

possuem características que as tornam diferentes. Cada uma delas com sua cultura e clima,

peças fundamentais que constituem a imagem que a sociedade possui delas. Por isso, as

atitudes, os valores e regras impostas da organização é o que as define. Cury (2005) acredita

que as instituições mesmo possuindo características que as diferem, possuem o mesmo

propósito, servir a sociedade. As pessoas que fazem parte de uma instituição devem conhecer

as normas e saber seus deveres, diante do papel que elas têm perante a organização. Para

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realizarem suas atividades, necessitam de regras, de normas que irão comandar todas as suas

atitudes. Portanto, este conjunto irá garantir que haja uma maior consciência por parte dos

colaboradores.

Para haver um ideal funcionamento da empresa é necessário que as atitudes, os

valores e as regras permaneçam em perfeita sintonia, fazendo com que todos dentro da

organização estejam engajados, interagindo uns com os outros. Desta forma, a empresa

consegue alcançar a eficácia necessária para atingir as metas traçadas.

Como todo sistema, a organização deverá se adequar ás mudanças do ambiente para

estar em constante evolução. Com o aumento da tecnologia e necessidade de satisfação do

cliente cada vez maior, deve haver uma preparação para mudarmos rotinas. Na tentativa de

buscar melhorias nas organizações, diversos estudiosos definiram métodos a serem

implantados que auxiliam-se na execução das tarefas de todos de maneira mais eficiente, com

um menor nº de erros e facilitando o processo decisório dos problemas.

Taylor (1999, apud ARAUJO, 2001, p. 20) “cada um deveria saber exatamente o que

fazer e deveria fazê-lo muito bem”. É importante seguir um padrão, equilibrando a empresa

sempre no mesmo nível. A padronização diminui incertezas e otimiza o tempo que é utilizado

em suas atividades, reduzindo percas desnecessárias e aumentando o controle.

Existem algumas etapas importantes para um desenvolvimento maior das

organizações. Segundo Araujo (2001) uma delas é, definir o problema, a fim de atingir o que

se pretende. Deve-se formular um caminho a ser percorrido, estabelecendo o que é viável e o

que não é viável. Assim, o problema se tornará possível de ser solucionado.

A apresentação dos problemas e a determinação do objetivo a que a empresa se

destina é o início de importância do processo, que nos permite chegar a etapas mais

específicas como as soluções para os problemas. Blake e Mouton (1975, apud CURY, 1993)

acreditam que toda organização possui um objetivo. O objetivo se encontra como uma

característica da organização, é a ele que as pessoas estão destinadas. É necessário que ele se

encontre de maneira acessível dentro da empresa para que todos possam contribuir para o seu

alcance. Para que os objetivos individuais e os objetivos organizacionais não entrem em

conflito, é preciso que os objetivos da empresa sejam de conhecimento geral. É necessário a

definição deste, para que todos os colaboradores estejam focados, trabalhando juntos no

mesmo caminho.

A partir daí, os métodos para se obtê-lo de forma ágil e eficaz permite gerar uma

vantagem competitiva. Uma organização nada mais é do que informações, situações e

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desafios nos quais as pessoas devem-se preparar para resolvê-los e estar atenta às tecnologias

e a concorrência cada vez mais acirrada e conhecedora de seu mercado.

Para o administrador desenvolver métodos e sistemas necessários à realização das

tarefas, ele deverá possuir habilidades. Para Montana e Charnov (2003) as habilidades de um

gestor se tornam de grande utilidade, de maneira que possam contribuir para os colaboradores.

Se o gestor possibilitar o conhecimento dessas habilidades para os trabalhadores, eles podem

produzir mais e ser mais eficientes. Sabe-se que além das habilidades as pessoas, tanto

funcionários quanto administradores, precisam ter conhecimento e atitudes para o

desempenho das tarefas e para o próprio desenvolvimento profissional.

Para o ajuste de comportamentos ou de qualquer situação que não se encontra nos

planos da organização são analisados os dados, as informações, através do levantamento. O

levantamento é o que faz o controle, com ele a empresa se torna mais enquadrada para poder

manter sua atuação de forma ideal, tomando decisões, realizando-as com as ferramentas

necessárias. Segundo Cury (2005) a tomada de decisão pode não ser exatamente a mudança

de uma situação que predomina e sim apenas uma maneira de praticar algo, de continuar a

patricar ou uma forma de inovar, de fazer com que a empresa tenha uma nova visão. Para a

organização permanecer no mercado, ela necessita de aprovação de seus clientes. Por isso, os

métodos e formas de conseguir suprir a qualidade que o cliente deseja é o que fará com que

ela consiga os resultados esperados. Conclui-se que, se a empresa almeja conseguir atingir um

nível superior, ter uma valorização, alcançando a satisfação de clientes e superando desafios,

deve buscar por melhores condições de realizar seus métodos. Os colaboradores precisam

estar atualizados, treinados e motivados, para que a empresa possa estar apta a concorrer com

a concorrência.

2.1.8 Funções da Administração

As funções de administração devem estar presentes em toda organização. É um

processo, um caminho para administrar de forma eficaz. Para Montana e Charnov (2003) é

necessário que o caminho que a organização percorra tenha um contínuo e lógico processo.

Sem este destino, as atividades não terão uma lógica de acontecimento, nada terá ordem e as

funções da administração não serão possíveis de serem praticadas. Toda atividade precisa de

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um processo contínuo, com início meio e fim, para ter todas as funções ocorrendo sempre em

direção aos objetivos. As funções são: planejamento, organização, liderança e controle.

2.1.8.1 Planejamento

É uma função de suma importância, pois, sem ela não tem como desempenhar outras

funções com um bom resultado, todas dependem dela. Segundo Megginson, Mosley e Pietri

Jr. (1998) o administrador tem o papel de definir a missão da organização. É preciso defini-la,

saber o porquê ela foi definida e o que se pretende alcançar, determinando métodos e formas

para atingir os resultados pretendidos. O planejamento assim como, a organização, liderança e

controle, é necessário para que a organização possa alcançar os resultados que pretende.

Pode ser dividido em dois tipos: planejamento estratégico e operacional. O

estratégico é estabelecido os objetivos enquanto no operacional, definido metas. “Uma meta é

o resultado esperado até o final de um ciclo orçamentário (ou outro que for determinado). No

começo do ciclo indicamos um resultado específico que queremos que ocorra no seu final”.

(MONTANA; CHARNOV, 2003, p.108). O planejamento operacional é o complemento do

estratégico, é uma maneira de saber chegar até trajetória final. No entanto, para definir metas,

são necessárias ferramentas, como cronogramas, por exemplo, mantendo um controle para o

desenvolvimento das atividades.

2.1.8.2 Organização

Organização é apontar os aspectos que foram constatados no planejamento e

determinar o que será feito para atingi-los, quais serão os recursos e passos necessários.

Megginson, Mosley e Pietri Jr. (1998) acreditam que para o administrador atingir os objetivos

organizacionais é preciso que ele determine quais serão os recursos cabíveis, como eles serão

alocados e distribuir as responsabilidades para as pessoas incubidas.

Deverão ser analisados vários pontos como, por exemplo, as pessoas que irão ser recrutadas,

treinadas, etc., fazendo com que tanto a empresa quanto o funcionário se beneficie com isso.

“A primeira etapa importante no processo de organizar, portanto, é identificar as funções

necessárias ao cumprimento da missão. Essa é uma aplicação do enfoque sistêmico para

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organizar, que começa de todo para ir aos detalhes [...]” (MAXIMIANO, 1995, p. 258).

Através da identificação de funções, tem-se a relação direta ou indireta entre todas as pessoas

da organização. A completa sinergia de todos os recursos: financeiros, humanos e físicos

trabalhando para que haja uma excelente produtividade é o que irá determinar uma

organização ou não.

2.1.8.3 Liderança

Liderança é a forma de interagir com os funcionários, refere-se a fazer com que eles

realizem as tarefas solicitadas pelo líder. Para tanto, irá depender das atitudes do líder, do

poder de persuasão para convencer as pessoas a seguir o exemplo dele. "É a função do

administrador de influenciar os funcionários para alcançar os objetivos, o que envolve a

qualidade, o estilo e o poder do líder, e também suas atividades relacionadas à comunicação,

motivação e disciplina" (MEGGINSON; MOSLEY; PIETRI JR, 1998, p.18). O líder pode já

nascer com certas habilidades ou desenvolvê-las com o tempo, são essas habilidades que irão

defini-lo. Existem duas situações que podem fazer com que as pessoas o sigam. Para

Maximiano (1995) a primeira situação são aquelas pessoas que almejam seguir o líder da

organização, se submetem a função, buscando assim alcançar as metas da empresa. A segunda

situação é a da imposição, quando o próprio líder os conduz a função de liderar,

influenciando-os para atingir objetivos. Essas possibilidades são formas de liderar. Poderão

ser forçados por imposição, por talvez ser o administrador ou pelas habilidades que o líder

possui, fazendo com que os outros queiram acompanhá-lo, alcançando metas e seguindo

padrões e comportamentos.

2.1.8.4 Controle

O controle atua em todos os setores de uma organização. Para haver um controle

ideal, é preciso seguir respectivamente, planejamento, organização e liderança. Estas funções

sem ter o controle, não irão funcionar de maneira adequada. Controlar, segundo Megginson,

Mosley e Pietri Jr. (1998) é uma forma de seguir o planejamento, de dirigi-lo, de verificar se o

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plano está sendo realizado como foi determinado. Sem o controle não tem como certificar que

as atividades estejam sendo realizadas como a organização espera. “O processo de controle é

parte integrante do processo de planejamento. Quando se planeja um objetivo, é preciso

pensar antecipadamente nas formas de verificar e assegurar sua realização [...]”

(MAXIMIANO, 1995, p. 420). Ele é importante na elaboração do planejamento, inicia desde

quando a empresa define seus objetivos até onde é necessário se obter informações sobre o

projeto, atividade em si e termina até onde se compara entre o desempenho que a atividade

teve e o desempenho final.

2.2 Escolas e suas abordagens

Nesta seção se abrange as principais escolas e abordagens da administração. Através

delas é possível conhecer diferentes formas de posicionar-se frente à administração. “O estudo

das teorias nos ajuda a compreender os processos fundamentais e, baseados nisso, a escolher

uma linha eficaz de ação [...]” (STONER; FREEMAN, 1999, p.22). Trata-se da teoria da

administração científica, teoria clássica e teoria da burocracia, que compõem a escola clássica,

teoria das relações humanas e teoria comportamental, que compõem a abordagem

humanística, escola estruturalista, abordagem de sistemas e teoria da contingência.

2.2.1 Teoria da administração científica

Inicialmente, no período da industrialização, as pessoas acreditavam em poucas

atividades no trabalho, tarefas restritas e com um padrão. Não pensavam que era necessário

criar novas regras ou melhorias através de nenhuma teoria. Após essa época começaram a

perceber que mudanças precisariam ser feitas. Os gerentes precisavam ser mais eficientes,

capacitados, para irem além das atividades rotineiras e baseados em uma teoria

administrativa. A partir daí, surgiram os estudiosos da administração.

Esta teoria deu origem a alguns princípios, os quais se destinavam à administração

científica. Os princípios revelam um objetivo central. Segundo Saito (2006) os princípios da

administração científica relacionavam-se com o objetivo principal. O que se procurava, o

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objetivo, era obter benefícios ou algo favorável para os funcionários e para o proprietário da

organização.

Acreditava-se em calcular a produtividade dos colaboradores. Através de um

cronômetro, era possível controlar o tempo para realizar cada atividade, a maneira como foi

feita e qual o custo que gerou. Para Nogueira (2007) havia um princípio que constataria quais

atividades levariam a fadiga, ao desgaste humano. Era necessário diminuir a quantidade de

atividades, tarefas, racionalizando-as. Para o funcionário se ajustar, padronizar-se, dividir as

tarefas e se especializar nelas era algo importante, pois, haveria uma maior produtividade.

Outra forma de obter produtividade é através da descrição dos cargos, como são executados e

como interagem com outras funções. Com isto, existiria a possibilidade de realização de

tarefas maiores. Para tanto, os funcionários precisavam de estímulos, algo que contribuiu foi

beneficiá-los com um prêmio por produção. Para estimular as pessoas a trabalharem mais se

fornecia uma remuneração maior, baseada na produção do funcionário. Algumas melhorias no

ambiente de trabalho também são importantes para a eficiência do colaborador. Saito (2006)

assim como Nogueira (2007) acreditavam na supervisão dos colaboradores. Para um trabalho

ser supervisionado de forma adequada era preciso que houvesse uma divisão por área, setor.

Esta divisão tornaria os supervisores especializados em apenas uma determinada área,

executando apenas uma função.

O trabalho foi compreendido de forma que com a cooperação, a eficiência e atitudes

haveria um maior aproveitamento das tarefas. E, consequentemente uma maior produção. No

entanto, percebia-se que a eficiência seria mais provável de ser alcançada por pessoas com

maior conhecimento, especialistas, e que trabalhadores não conseguiam se comprometer para

tal. (MONTANA; CHARNOV, 2003). Acreditava-se no indivíduo, no incentivo ao

desenvolvimento individual.

A prosperidade máxima de cada empregado significa não apenas salários mais altos mas também, e mais importante, significa o desenvolvimento de cada homem à sua condição de eficiência máxima. A maioria das pessoas acredita que os interesses fundamentais dos empregados e empregadores são antagônicos [...] (MAXIMIANO, 2005, p.59).

Era necessário perceber a administração de uma organização de forma global,

levando-se em conta todos os aspectos. “Sua preocupação estava voltada à eficiência e à

eficácia da organização como um todo” (MONTANA; CHARNOV, 2003, p.18). É importante

saber que essas duas abordagens estão ligadas. Eficiência trata-se dos meios para alcançar os

objetivos da empresa, eficácia é o resultado, o alcance dos objetivos. Através dessa ligação as

organizações desenvolvem as atividades e procedimentos de forma ideal.

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2.2.2 Teoria clássica

Na teoria clássica das organizações acreditava-se que com certos padrões era

possível alcançar uma administração eficaz. Existia um pensamento de que a habilidade de

administrar era algo que podia ser ensinado, consequentemente, todos poderiam adquirir esta

habilidade. Para isto, deve-se conhecer o que a administração busca e “[...] não se deve

confundir administração com direção, que conduz a empresa e comanda todas as suas

funções, incluindo a administrativa [...]” (NOGUEIRA, 2007, p.120). É preciso ter em mente

que administrar depende de alguns fatores, do conhecimento das idéias centrais ligadas a esta

teoria, dos princípios que ela segue. Nogueira (2007) percebia que a administração obedecia a

uma ordem seqüencial de atividades, possuía etapas que tornariam os processos mais

estruturados. O conjunto de atividades como o planejamento, a organização, a liderança e o

controle faz com que a organização seja capaz de realizar qualquer tarefa.

Havia uma preocupação na forma com a empresa se apresenta, nos setores e funções.

Para Andrade e Amboni (2007) a organização era algo que vinha de cima para baixo, dos

maiores para os menores, dos executivos para com os operários, ou seja, de toda a empresa

com os seus departamentos. Com isto, buscou-se uma melhor forma de dividir a empresa,

fazendo com que a mesma tenha uma estrutura organizacional funcionando corretamente.

2.2.3 Teoria da burocracia

Assim como a teoria da administração e a teoria clássica, a teoria da burocracia busca

uma organização que tenha eficiência. Para tanto, é preciso haver uma padronização no que se

refere ao desempenho das pessoas que ali trabalham e que saiba ser previsível quanto aos

ocorridos, assim como também, saiba ter visão. Segundo Andrade e Amboni (2007) é

necessário que as organizações elaborem formas de dirigir, administrar de acordo com o que

está passando, com o que está enfrentando, para que a sobrevivência possa ser possível de ser

alcançada diante as transformações do mercado.

Para que houvesse uma organização ideal e que fosse de acordo com os padrões da

burocracia, era preciso buscar atividades e ações que pudessem atingir os objetivos da

empresa. Para Stoner e Freeman (1999) a palavra burocracia é associada a uma organização

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que se preocupa com atividades e objetivos baseados na racionalidade. A racionalidade estava

ligada à divisão do trabalho, à maneira como ele é organizado e distribuído.

A burocracia era um sistema racional e necessário, uma maneira de controlar as

atividades buscando a eficiência e um aumento dos lucros. Deste sistema, surgiram alguns

princípios. Para Nogueira (2007) a formalidade era um deles. Haviam normas definidas e

formalizadas que deveriam ser obedecidas e praticadas por todas as pessoas da organização.

Como o sistema era adequado e formalizado, as pessoas poderiam ser substituídas a qualquer

momento, pois, continuará funcionando tanto com uma pessoa como com outra. Quem

liderava o sistema eram as pessoas que estavam no topo, ou, quem possuía um cargo mais

elevado. Para tanto, a escolha dos cargos dependia do mérito e da capacidade da pessoa. Os

funcionários deveriam ser profissionalizados e os administradores saber administrar os

recursos de forma otimizada e não possuí-los desfavoravelmente, beneficiando apenas alguns.

2.2.4 Teoria das relações humanas

A escola de relações humanas aborda assuntos relacionados a questões humanas. Os

estudiosos desta escola tentaram desvendar o homem. Foi realizada uma experiência para que

pudessem analisar o fator humano no trabalho. Segundo Saito (2006) tal experiência surgiu

com a finalidade de obter informações quanto à produtividade dos funcionários. Verificou-se

a relação entre a intensidade da iluminação no ambiente de trabalho com a eficiência dos

colaboradores. Elton Mayo foi um contribuinte para tal experiência. Após os primeiros

experimentos em relação a influência do ambiente não terem trazido resultados conclusivos,

Elton entrou no projeto como convidado.

Segundo Andrade e Amboni (2007) a partir desta experiência é que buscou-se

estudar outros aspectos ligados aos trabalhadores e ao ambiente de trabalho. Pôde verificar-se

que o homem deve interagir com outras pessoas, as tarefas dos homens não devem ser

individuais somente. O comportamento do homem está diretamente ligado à sua equipe de

trabalho e há regras e normas que devem ser obedecidas.

Acreditava-se que a motivação também era necessária para os funcionários. Ela

depende além deles mesmos, da visão que o administrador possui, da valorização e

compreensão de que sem eles não há organização. “Ao enfatizar as necessidades sociais, o

movimento das relações humanas avançou além da abordagem clássica, que tratava a

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produtividade quase exclusivamente como um problema de engenharia [...]” (STONER;

FREEMAN, 1999, p.31). Foi através deste movimento que os indivíduos começaram a ser

vistos, a serem estudados. Esta escola contribuiu bastante para a evolução humana.

2.2.5 Teoria comportamental

A teoria comportamental surgiu devido à ineficiência quanto ao alcance dos padrões

de uma organização. Para Stoner e Freeman (1999) as pessoas não seguiam efetivamente as

regras, os padrões que eram impostos pelas organizações. Afim de uma melhor compreensão

dos motivos que levavam as pessoas a não seguirem os padrões que os administradores

propunham, buscou-se formas de trabalhar com o lado humano.

Segundo Andrade e Amboni (2007) é preciso ter uma visão no sentido de se

preocupar com as pessoas, é importante conhecer as necessidades dos indivíduos. À medida

que irão surgindo necessidades, os indivíduos se tornam insatisfeitos. Quando a necessidade é

saciada há um equilíbrio, um ajuste. Sabe-se que as ações das pessoas estão diretamente

ligadas a motivação, ou seja, a busca de meios para satisfazer os desejos e necessidades é o

que irá possibilitar a mesma.

Há outro fator importante relacionado a esta teoria. Diz respeito à tomada de

decisões. É um processo decisório o qual todas as pessoas estão habituadas a realizar. Para

Saito (2006) todo indivíduo se depara com situações nas quais é preciso tomar decisões. Irão

tomá-las a partir das informações que recebe, processando-as e possibilitando assim o

conhecimento delas. O conhecimento das informações fará com que as pessoas tomem

atitudes e obtenham opiniões sobre diversas situações.

2.2.6 Escola Estruturalista

Foi através da escola estruturalista que iniciaram o estudo de elementos e suas inter-

relações como um todo. Ela surgiu pela necessidade de complementar as relações humanas, a

qual buscava o entendimento apenas do indivíduo. Percebeu-se que “[...] o estruturalismo

considera os fenômenos ou elementos com referência a uma totalidade, considerando, pois, o

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seu valor de posição [...]” (MOTTA, 1982, p.54). Com esta escola, iniciou-se uma visão geral,

global das organizações, deixando de se analisar somente áreas e pessoas.

O estruturalismo relaciona-se a diferenciação, a aspectos diferentes, podendo haver

então uma comparação. Thompson é um estruturalista que acredita que com os objetivos que

as empresas desejam alcançar, pode-se avaliar como tomar decisões em frente a eles. Para

Andrade e Amboni (2007) a essência desta escola se dá na idéia de que as organizações

dependem de vários esforços. Necessita-se, também, da contribuição de todos e de uma

sinergia entre os integrantes de uma empresa para poder avaliar situações diante de vários

aspectos.

2.2.7 Abordagem de sistemas

Esta abordagem é semelhante a da escola estruturalista. Acredita, em sistemas

analisados unificadamente e não em partes separadas. É vista diante de sistemas

organizacionais, mas, também, diante do ambiente externo. Referem-se tanto a sistemas

abertos como sistemas fechados. Stoner e Freeman (1999) acreditam que os sistemas são

elementos que se relacionam entre si. O sistema aberto se relaciona com o ambiente e o

sistema fechado não possui esta relação com o ambiente. As organizações, portanto, são

sistemas abertos, se relacionam com clientes, fornecedores, concorrentes. Sabe-se que todas

as empresas possuem relações com o ambiente, a única diferença é o grau de relação de cada

uma.

A teoria de sistemas acredita que não basta somente solucionar problemas, e sim

criar teorias, métodos de solucioná-los. Com estas teorias, posteriormente, pode-se

desenvolver um padrão de aplicação das mesmas. Ocorre assim, uma padronização, evitando

que os mesmos erros continuem. Andrade e Amboni (2007) acreditam que as organizações

dependem da adaptação ao ambiente inserido. É necessário verificar as limitações internas e

externas, identificar o seu lugar no mercado e a forma que se relaciona com o ambiente para

obter o crescimento.

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2.2.8 Teoria da contingência

A análise das estruturas organizacionais está presente na teoria da contingência.

Acreditava-se que a estrutura interna da organização estava ligada com a estrutura externa.

Baseou-se na teoria dos sistemas no que diz respeito à interação com o ambiente. Considera

que as organizações se relacionam de várias formas com o ambiente, seja com clientes ou até

mesmo concorrentes. A diferença entre esta e as outras teorias está no posicionamento da

maneira de agir. Segundo Stoner e Freeman (1999) quando em uma situação aplicam-se

métodos confiáveis e eles ocorrem diferentes do esperado, os pesquisadores desta teoria

procuram uma resposta para o ocorrido. Tudo é relativo, não existe uma única maneira correta

de agir.

A estrutura de uma empresa assim como a sua forma de agir perante o ambiente

deverá estar em sintonia. “O modelo de gestão e de organização de uma empresa deve refletir

e ser compatível com as realidades internas e externas” (ANDRADE; AMBONI, 2007,

p.186). Acreditava-se que as organizações diferenciadas eram aquelas que sabiam como

interagir tanto em ambientes instáveis (turbulentos) como estáveis (tranqüilos). O sucesso de

uma empresa era devido à estratégia que ela tinha diante do ambiente que ela prevalecia.

2.3 Aspectos conceituais da qualidade total

Para entendermos sobre o controle da qualidade total, primeiramente, temos que ter

uma percepção do conceito de qualidade. Segundo Leite (2008) qualidade era definida como

algo que estava dentro do padrão. Atualmente, sabe-se que está ligada a satisfação do cliente.

A análise nos leva a crer que qualidade é um produto ou serviço que atende as necessidades

das pessoas, dos consumidores. Porém há outros fatores que devem ser levados em conta

como: a ausência de defeitos, preço, segurança, entrega no tempo esperado. Portanto para a

qualidade ser alcançada, a percepção do consumidor é o que prevalece.

Como a competitividade é algo que está sempre presente nas empresas, é necessário

adotar uma estratégia para conquistar clientes através de melhorias constantes dos processos.

Para obter a qualidade é preciso ter controle das atividades desenvolvidas na empresa, treinar

os funcionários para analisar, compreender e resolver os problemas, podendo gerar assim, a

qualidade total. Leite (2008) acredita que a qualidade total representa não só a busca da

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satisfação do cliente como também de todos os elementos que fazem parte dela e de uma

organização eficaz em seus processos organizacionais.

O sucesso com o programa da qualidade total depende da cultura da empresa. Para a

implantação, a cultura deverá ser modificada em todos os níveis. Sabe-se que as empresas têm

certa resistência quanto à mudança, embora saibam que ela é fundamental para o processo ter

o resultado que se espera. “[...] a cultura está em tudo o que nos cerca, como a maneira pela

qual as pessoas vivem, como vivem, como se comunicam etc.” (CHIAVENATO, 2002,

p.181). Tudo melhora quando uma empresa se interessa realmente pelo processo de melhoria

da qualidade. Está nas pessoas que fazem parte da organização mudar ou não.

W. Edwards Deming, um especialista em qualidade, quando começou sua carreira

como engenheiro, acreditava no treinamento, nas técnicas de treinar e nas ferramentas

necessárias. Á medida que o tempo passou preocupou-se mais com a cultura, com a

organização em si. Deixou de lado as técnicas e começou a analisar a filosofia da empresa.

Constituiu pontos que descrevem o que defendia. Segundo Sashkin e Kiser (1994) um deles é,

estabelecer como um princípio a melhoria dos produtos e serviços. Além disto, a organização

deve focar na melhoria constante da qualidade. Para tanto, ela deve ser considerada o objetivo

básico da organização, antes mesmo do lucro. O lucro é o resultado da qualidade.

O mais importante é a melhoria do processo, priorizando o que o cliente precisa e

procura, manter os clientes e desenvolver cada vez mais o relacionamento que existe.

Deverá haver uma interação com o ambiente, pois o controle da qualidade total “[...]

considera as organizações como sistemas abertos que devem encontrar uma relação

apropriada com o ambiente para garantir sua sobrevivência [...]” (VIEIRA, 1996, p.30). Para

gerar qualidade nos processos é preciso de um intenso comprometimento dos colaboradores,

assim como também, uma intensa relação com o ambiente por parte da empresa.

Todos dentro da organização devem correr atrás do objetivo e seguir as regras que

são implantadas. É essencial que os gestores tenham o comprometimento com os

procedimentos para que os funcionários percebam a importância e cumpram os requisitos.

A gestão da qualidade total depende de toda a organização. As ferramentas e técnicas

são necessárias, mas, o mais importante, é a cultura organizacional, a visão da empresa com

relação aos clientes. Segundo Campos (2004) para se obter qualidade é preciso estabelecer

uma meta e a forma de alcançá-la. A conscientização contínua de todos os membros da

organização é precisa para eles saberem que em uma empresa não pode haver erros, pois o

padrão de desempenho do produto ou do serviço deve ser de nenhum defeito. Acredita-se que

o erro seja inevitável, mas, se houvesse um maior controle, uma maior interação, pessoas mais

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competentes ou capazes de produzir um produto ou serviço sem defeitos na primeira vez,

haveria um padrão de qualidade.

O comportamento organizacional é visto como uma combinação resultante dos

efeitos das diferenças individuais e contextuais, por isso as atitudes e comportamentos dos

funcionários contribuem e muito para uma organização.

Há outro ponto que deve ser analisado para se entender o mercado, o sistema

organizacional. Sashkin e Kiser (1994) acreditam que para a compreensão de situações

ocorridas no âmbito social é necessário entender os aspectos e objetos que as envolve e

selecionar técnicas e procedimentos para solucioná-las. Sabe-se que as técnicas são os meios

para se chegar aos fins. Os fins se destinam à qualidade, sendo assim resta às empresas a

padronização da mesma, em busca dos resultados. O começo de uma adequação para a

qualidade contínua é ter isso em mente, a prática vem com a disciplina na produção de seus

produtos ou serviços de acordo com os interesses do mercado consumidor.

Para a qualidade total é essencial o controle. Ao se falar de controle não se pode

deixar de comentar do ciclo que foi desenvolvido por japoneses, o ciclo PDCA. Cada letra

tem um significado. A sigla PDCA é formada pelas iniciais de quatro palavras inglesas.

Assim, P significa PLAN (planejar), D - DO (fazer), C - CHECK (checar), e A significa ACT

(agir corrretivamente). Para Cerqueira (2006) em um planejamento deve se determinar o que

pretende alcançar, quais os resultados pretendidos. A execução do plano, por o plano em

prática, é uma etapa importante, assim como verificar se está de acordo com o que foi

estabelecido. Caso não esteja, é preciso agir para corrigir o que está ocorrendo de maneira

inadequada e para que o processo continue. Estas são as etapas do ciclo, todas foram

estabelecidas para o controle e busca de melhorias nos processos.

Para um melhor entendimento do PDCA, as etapas são analisadas por categorias. A

primeira categoria é estabelecer as metas, determinando assim, a política da empresa. “Uma

vez determinada uma política, os objetivos tornam-se evidentes. Estes objetivos precisam ser

expressos concretamente em números [...]” (ISHIKAWA, 1993, p.61). Como os objetivos

precisam ser claros na organização, a política para demonstração dos mesmos deverá ser

também. Assim, os funcionários terão as informações que buscam e irão formular maneiras de

atingir os objetivos.

A segunda categoria refere-se aos métodos para atingir os objetivos, que diz respeito

a seguir padrões na organização. Ishikawa (1993) acredita que para os colaboradores

realizarem suas funções de forma eficaz, é preciso que a organização estabeleça padrões. A

padronização é o ponto básico para que haja qualidade, por isto, os métodos e procedimentos

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que os indivíduos operacionalizam devem ser compartilhados para a equipe de forma que se

tornem normas. Sabe-se que para selecionar um método eficaz que possa alcançar os

objetivos é necessário um padrão, para que o método seja adequado a todos. A terceira diz

respeito à educação e treinamento, que nada mais é do que os colaboradores receberem

treinamentos para um melhor aprendizado. A quarta é sobre a execução do trabalho, esta

categoria é realizada de acordo com a anterior. Se houver um treinamento dos funcionários,

eles aprenderão e saberão executar o trabalho. Na quinta, verificam-se os efeitos, os

resultados da execução, se o trabalho está sendo realizado adequadamente. “Toda não-

conformidade observada deve ser tratada com a remoção dos efeitos indesejáveis. Devem

relatar ao nível de gestão de processo as não-conformidades que estão sendo observadas e

tratadas [...]” (CERQUEIRA, 2006, p. 81). Um administrador deve interferir, verificar,

quando algo não está ocorrendo como esperado, não basta só dar a ordem. Devem analisar

também a freqüência que o problema ocorre e o impacto que tem para a organização. E, por

último, agir de acordo com o necessário, tomar as atitudes que precisam ser tomadas em

relação aos resultados da execução, diante dos interesses da organização, buscando a

melhoria.

Para a constante melhoria de resultados foi desenvolvida outra ferramenta pelos

japoneses. KAIZEN, assim denominada no Japão, significa constante desenvolvimento,

melhoria contínua. Busca sempre chegar ao melhor, com o auxílio de todas as pessoas que

estão inseridas na organização desde o nível operacional até o gerencial. A melhoria contínua

deve estar voltada para os objetivos da organização em uma busca constante da performance

interna e dos clientes. Segundo Imai (1990) a qualidade se dá na constante melhoria de um

processo. Não basta apenas desenvolver uma melhoria, é necessário um contínuo

aprimoramento, que envolva todas as pessoas da organização. Esta idéia deve permanecer na

vida pessoal e na vida profissional. As pessoas necessitam e merecem de uma constante

melhoria em suas vidas.

Sabe-se que a administração japonesa tem sua visão voltada para procedimentos, já a

administração ocidental acredita-se ser voltada para o lado de inovar e alcançar metas. Para

Imai (1990) o conceito de KAIZEN é essencial para perceber as diferenças entre a

administração japonesa e a administração ocidental. As empresas em geral, estão inseridas no

mercado em constante competição, e cada vez é mais difícil se tornar competitivo, ter um

diferencial. Nota-se que as empresas ocidentais demoraram para terem a mesma visão das

empresas japonesas, que é estar preparado para atuar no mercado competindo de maneira que

os processos, as atividades, sejam desenvolvidas focadas no seu melhor.

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Acredita-se, porém, que deve haver as duas visões em uma empresa, pois, não basta

só possuir uma melhoria contínua nos processos, mas também inovar, conquistar clientes

através de produtos e serviços diferenciados. “[...] Trata-se de um trabalho de revisão contínua

para fazer tudo mais barato, mais rápido e mais confiável [...]” (RANGEL, 1995, p.111). O

objetivo do KAIZEN , o que se pretende, é que as empresas consigam ter seus procedimentos,

processos, sem defeitos. Porém, para isto ser possível é preciso de colaboração, do trabalho

em equipe, prevenindo problemas e otimizando os custos da empresa de modo que o resultado

disso satisfaça os clientes, os funcionários e a ela mesma.

Com estas ferramentas, que buscam constantemente satisfazer as necessidades de

todos na organização, surgiu um programa que através de princípios estabelece normas e

procedimentos que contribuirão para o progresso organizacional.

2.4 Programa 5 sensos

O 5 sensos é um programa de melhoria para todas as pessoas da empresa, do

presidente aos operadores. Serve para as áreas administrativas, de serviço, de manutenção e

manufatura. Visa mudar a maneira de pensar das pessoas na direção de um melhor

comportamento para toda a vida. É necessário esforço para que o programa seja muito bem

sucedido. “[...] No fundo, o processo 5S nada mais é do que a prática de bons hábitos”

(RIBEIRO, 1994, p.18).

O programa deve ser liderado pela alta administração da empresa e é baseado em

educação, treinamento e prática em grupo. Uma forma de praticar-se o 5 sensos é resolver

problemas que saltam aos olhos, prosseguindo com a resolução dos demais de forma cada vez

mais elaborada e detalhista. Isso exige mudanças de comportamento e sem disciplina eles não

ocorrem.

2.4.1 Origem

Desenvolvido no Japão, o programa é uma metodologia utilizada para a melhoria dos

processos da organização. Contribui para a redução do desperdício de materiais, de tempo e

de espaço. É necessário uma coordenação em todas as áreas, para obter-se a qualidade total,

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sendo muito utilizado para este fim, pois, educa as pessoas de uma forma mais prática.

Ribeiro (1994) acredita que os cinco sensos para algumas empresas japonesas é a base para

obter a qualidade total. Devido a amplitude que envolve, a adequação e prática dos sensos

torna-se uma filosofia que possibilita o alcance da qualidade em todos os aspectos.

O nome 5 sensos provém de cinco palavras do idioma japonês, iniciadas com a letra

"S" e que designam cada um dos princípios. São: SEIRI, SEITON, SEISO, SEIKETSU E

SHITSUKE. No Brasil, visando preservar a origem baseada na letra “s” utiliza-se a expressão

senso à frente da terminologia definida na tradução de cada um dos sensos.

2.4.2 Objetivos

Com a espera de um melhor desempenho dos funcionários, de um ambiente

agradável e com ótimas condições de trabalho, redução de custos, etc., é que as empresas

buscam por programas de melhoria da qualidade. Segundo Oliveira (1997), os principais

objetivos do programa dos 5 sensos são: melhoria da qualidade de vida, prevenção de

acidentes, melhoria da produtividade, redução de custos, conservação de energia, prevenção

quanto a paradas por quebras, melhoria dos ambientes freqüentados, melhoria do moral das

pessoas, incentivo à criatividade, administração participativa. Os objetivos para se implantar o

programa 5S se baseiam em aspectos humanos, físicos e operacionais. Como toda empresa

tem necessidades ligadas a esses aspectos é preciso estar em constante busca por melhorias

para se alcançar a tão almejada qualidade total. “Do ponto de vista organizacional, o 5S deve

ser implementado com o objetivo específico de melhorar as condições de trabalho e criar o

“ambiente da qualidade [...]” (SILVA, 1996 p. 23). O objetivo específico, o qual desencadeia

vários objetivos, está ligado com melhorias físicas e melhorias dos processos em geral. Pode-

se verificar que o programa 5S está diretamente ligado à melhorias para os funcionários, para

a empresa e para os clientes. A partir dos objetivos que se tem diante das melhorias, se

designou cada S.

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2.4.3 SEIRI

Seiri significa organização. Consiste em deixar no ambiente de trabalho apenas os

materiais úteis, descartando ou destinando os demais da maneira mais adequada. Segundo

Ribeiro (1994) organizar é verificar os objetos necessários e os desnecessários, separando e

descartando conforme necessidade. Com a organização dos materiais, retirando tudo que é

inútil, tem-se várias vantagens. É uma maneira de facilitar o dia-a-dia nas organizações

evitando possíveis desgastes pela falta da mesma.

Alguns benefícios, segundo Franzoi (1999, p.07): liberação do espaço, liberação de

objetos para outros usuários, redução de desperdícios, entre outros.

2.4.4 SEITON

Seiton significa ordenação. Consiste em estabelecer um lugar para cada material,

identificando-os e organizando-os conforme a frequência do uso. Se utilizado frequentemente

o material deve ficar perto do trabalhador, caso contrário, deve ser armazenado em um local

mais afastado, para que não prejudique as tarefas rotineiras. Para Ribeiro (1994) a ordenação

acontece quando os objetos se encontram em locais adequados para o seu uso. Com isto, o

ambiente se torna mais agradável, mais bem visto e mais produtivo.

Com a ordem dos objetos e documentos existem alguns benefícios, segundo Franzoi

(1999, p.07): rapidez e facilidade na busca de documentos, objetos, redução de acidentes,

facilidade na comunicação, redução de tempo perdido, melhor aparência do ambiente de

trabalho.

2.4.5 SEISO

Seiso significa limpeza. Consiste em manter os ambientes de trabalho limpos e em

ótimas condições operacionais. Eliminando a sujeira, tem-se uma satisfação dos

colaboradores em trabalhar em ambientes limpos, motivação, um maior equilíbrio físico e

mental e a preservação da imagem da empresa para com os clientes. Para Ribeiro (1994) as

pessoas devem buscar limpar o local de trabalho e materiais de cada um, pois, o ambiente é

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visto pela organização, pelos clientes, enfim, por todos que passam e estão no local. Este

princípio diz que melhor do que limpar é não sujar, o usuário de cada ambiente deve se

conscientizar de manter a limpeza, não só do ambiente físico como dos equipamentos e

máquinas.

Existem benefícios devido a limpeza, segundo Franzoi (1999, p.08): satisfação dos

colaboradores em trabalhar em ambientes limpos, motivação, preservação da imagem da

empresa junto aos clientes, maior equilíbrio físico e mental.

2.4.6 SEIKETSU

Significa asseio, ou seja, conservação. “Isto é executado através da padronização de

hábitos, normas e procedimentos” (RIBEIRO, 1994, p.17). Manter a organização, a limpeza e

a ordem, cuidando-se para que o que foi melhorado não retroceda.

Deverá ter-se esse senso, pois de nada adianta implantar se nao tiver a conservação.

Ela é a base para o sucesso de qualquer programa. Há diversas maneiras de conservar. Franzoi

(1999) acredita que ter os sensos de organização, ordenação e limpeza implantados e seguidos

constantemente, é uma forma de conservar. Porém, deve-se também, educar as pessoas para

terem disciplina, seguir procedimentos diários e estar ciente de que o programa não poderá ser

rompido.

Com a conservação, existe a prevenção assim como outros benefícios, segundo

Franzoi (1999, p.09): melhoria da qualidade, melhoria da produtividade, manutenção de

pontos críticos, sempre em bom estado (áreas comuns), segurança do trabalho.

2.4.7 SHITSUKE

Significa disciplina. É necessário do comprometimento das pessoas, de seguirem os

princípios independente de supervisão. Para atingir este estágio é primordial ter atendido

satisfatoriamente os 4 princípios anteriores do 5S. Segundo Ribeiro (1994) e Franzoi (1999)

ter disciplina é cumprir normas, procedimentos, aderir à novos métodos da equipe de trabalho,

enfim, estar adepto a toda e qualquer exigência. Obtem-se assim, um comportamento

adequado e ideal para que a organização e o indivíduo se beneficiem.

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Disciplina é fazer sem notar sequer que fez tarefa alguma, de modo espontâneo,

naturalmente. É o momento de se conscientizar para executar as tarefas como um hábito,

porém, sem achar que tudo está ocorrendo perfeitamente e não há no que evoluir.

Como os outros sensos, o de disciplina possui importantes benefícios, segundo

Franzoi (1999, p.09) “ [...] auto-análise e busca de aperfeiçoamento, incentivo a capacidade

criativa, desenvolver o espírito de equipe, eliminação da fiscalização”.

A filosofia dos 5 sensos se dá na compreensão de que é um compromisso com a

qualidade, com a melhoria integral do ambiente e das condições de trabalho. Através da

aplicação dos sensos, a alta direção deve se comprometer com a manutenção de sua

adequação.

2.5 5W2H

O 5W2H é uma técnica muita utilizada para elaborar métodos de resolução de

problemas. É uma ferramenta que auxilia o planejamento de qualquer problema que se

pretenda solucionar. Segundo Campos (1992) através desta técnica pode-se entender melhor

quais são os propósitos e operações que serão traçados em um plano. A partir daí, há uma boa

direção quanto aos caminhos que deverão ser percorridos.

Esta ferramenta irá possibilitar a realização de um plano de ação eficaz. Para tanto,

se faz necessário o uso de algumas perguntas. São elas: what? - o quê; who? – quem; where? -

onde; when? – quando; why? - por quê; how? – como; e how much? – quanto custa. O nome

tem sua origem a partir das iniciais em inglês.

Segundo Marrafa (2008) essas perguntas definirão: o assunto, quem irá executá-lo, o

setor que irá ser realizado, a ocasião, o por quê da execução, o método que será utilizado e o

custo para realizá-lo. É importante que todos participem e deem idéias, fazendo com que o

processo se torne participativo. Diante destas medidas a serem executadas há um melhor

planejamento e consequentemente uma chance a mais de se obter sucesso com o mesmo.

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2.6 MUDANÇA ORGANIZACIONAL

Constantemente escuta-se algo referente mudança organizacional, é um assunto o

qual as pessoas estão habituadas a ouvir. A amplitude é imensa, pois, a mudança está ligada a

diversos fatores, tanto internos como externos. Mudança é uma característica da globalização,

qualquer empresa tem que estar disposta a enfrentar os desafios que a atualidade impõe, assim

como se dispor a mudar aspectos internos e comportamentos de pessoas que não estão agindo

de acordo com os princípios e objetivos da organização. “Organizações de todos os tipos têm

deparado com cenários substancialmente modificados e, significamente, mais dinâmicos que

os anteriores. Essas mesmas organizações têm buscado firmemente a adaptação a esses novos

cenários [...]” (WOOD JR, 1995, p. 27). É imprescindível estar sempre mudando e também

renovando, não há como fugir desta realidade, sem a aceitação deste fator é estar condenando

a empresa a sua morte.

As empresas são obrigadas a mudar para enfrentar os desafios diante do mercado

turbulento e competitivo. “[...] O foco passou a ser mudar para criar uma performance

competitiva” (WOOD JR, 1995, p. 221). Porém acredita-se que para as mudanças ocorrerem

de forma a beneficiar a empresa é necessário que ela ocorra de forma lenta e com um certo

intervalo de tempo. Segundo Abrahamson (2006) foi comprovado cientificamente que o

número de mudanças ocorridas influenciam significativamente o insucesso da empresa, deve

ser estabelecido um intervalo de tempo adequado para cada mudança. Ocorre assim, um

equilíbrio entre elas. Para a sobrevivência da organização é ideal que o processo de mudança

seja feito com a integração de funcionários. Proporciona-se desta maneira, uma forma de que

eles se familiarizem com as idéias e procura-se não prejudicá-los quanto à estas mudanças.

Todos poderão se adaptar, tornando mais viável este processo. Quando a organização precisar

de uma nova mudança os funcionários já não irão ter uma atitude resistente a elas.

No passado, haviam empresas que estavam comodadas em relação à mudanças, para

estas que sofreram com isso, não tinha outra solução ou mudariam repentinamente ou

estariam condenadas. A partir daí, seria preciso criar uma nova empresa, descartando tudo o

que não contribuia, apesar de estarem conscientes dos danos que iriam ser causados com isto.

As mudanças deveriam ser em grande porte, criar um nova empresa, chamam-se isto de

destruição criativa. Para Abrahamson (2006) as organizações devem acostumar-se com as

mudanças, elas são necessárias para que não haja uma devastação. A destruição criativa, é a

devastação de uma empresa, faz com que a empresa não tenha mais existência. É um estado

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em que não há opções, apenas reconstruí-la. A reconstrução é o método mais complicado de

ser aplicado, pois, é o início de um novo começo, de uma nova empresa.

Empresas que buscam outra alternativa para mudar com menos sofrimento, há uma

forma de reutilizar, ou melhor, recombinar de maneira criativa aquilo que a empresa possui.

Ferramentas, idéias, regras, enfim, tudo com um novo conceito. Uma opção menos

desgastante, pois, não terá que montar uma nova estrutura, e mais viável de ser aceita, embora

tenha empresas que a única saída é a destruição criativa. Para a opção de recombinar

elementos dá-se o nome de recombinação criativa. A mesma “[...] minimiza a destruição

desagregadora e sofrida usando ativos que uma organização já possui e recombina-os

criativamente de uma maneira nova e bem-sucedida” (ABRAHAMSON, 2006, p. 08).

Acredita-se que a recombinação além de ser implantada mais facilmente, devido a reorganizar

um projeto que já possui, há uma maior possibilidade de se obter o sucessso.

Existe, também, uma outra abordagem que se refere a saber quando mudar e

estabilizar quando possível. Esta alternativa faz com que as empresas enxerguem além da

hora de mudar, a necessidade de outras mudanças. É um equilíbrio entre o estável e a

mudança, com isto, é mais provável uma evolução gradativa na empresa, fazendo com que

alcance um nível ótimo de desempenho. O pacing, como é chamado, atua para controlar o

período em que pode-se manter a empresa como ela se encontra e o período em que ela

necessita de mudanças.

Não se pode negar de que a mudança é um processo fundamental para qualquer

negócio. As empresas terão que ser tornar mais fortes que as outras, terão que se igualar às

novas tecnologias e ter profissionais qualificados trabalhando nelas.

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3 DESENVOLVIMENTO DA PESQUISA DE CAMPO

Nesta seção busca-se obter dados importantes da organização. Através deles, se pode

adquirir um conhecimento maior da empresa em que foi realizado o trabalho. Os dados são

registrados para que, a partir daí, possam gerar informações que poderão contribuir para uma

posterior análise.

3.1 Caracterização da empresa

A Addmakler surgiu quando os diretores Hans Dieter Didjurgeit e Ari Leandro

Gonçalves decidiram montar seu próprio negócio, pois, já trabalhavam na área de seguros.

Eram funcionários da Herco Consultoria de Riscos, uma empresa de gerenciamento e

inspeção de riscos. Fundada em 1970, a Herco sempre buscou uma melhor conscientização

das empresas a respeito de riscos. Através de várias atividades, faz com que as mesmas

conheçam seus riscos de modo que possam prevenir e minimizar possíveis perdas.

Em março de 1987, Hanz Dieter Didjurgeit e Ari Leandro Gonçalves montaram a

Addmakler Administradora e Corretora de Seguros Ltda., juntamente com um terceiro sócio:

Alcides João Pavanello. É uma empresa que trabalha tanto com pessoas físicas como pessoas

jurídicas. Atua com seguros e disponibiliza a operação de resseguros. As seguradoras

realizam os resseguros quando o limite de cobertura de um seguro é superior ao que elas têm

disponível, ao que elas podem assumir. É feita uma divisão com outras seguradoras para que

seja possível alcançar a cobertura desejada e pago proporcionalmente a elas o valor da

cobertura que foi contratada. Há a possibilidade, se uma seguradora não aceitar o risco, de

transferir totalmente para outras seguradoras, caso ela não queira assumir tais

responsabilidades.

A Addmakler prioriza as necessidades dos clientes, atendendo da melhor maneira

possível e tendo preços competitivos. Estas características são seguidas rigidamente tornando-

se políticas da empresa, portanto, possui uma diferenciação com relação aos concorrentes. Em

1999, os diretores assumiram a sociedade da Herco. Com esta nova empresa incorporada, a

Addmakler pôde abranger a sua atividade fim para poder atender as expectativas do mercado.

Possui a matriz em Blumenau, e dez filiais distribuídas pelo país. São elas: Porto

Alegre, Caxias do Sul, Jaraguá do Sul, Curitiba, São Paulo, Conselheiro Lafaiete, Rio de

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Janeiro, Volta Redonda, Posto de Maracanau e Videira. Há também as franquias que a

empresa possui nas cidades: Itajaí, Joinville e outra em Blumenau. A Addmakler pode contar

com um grande número de funcionários qualificados. A empresa possui, ao todo, 170

funcionários.

3.1.1 Parcerias e fornecedores

A empresa possui parcerias com corretoras e outras empresas. Trabalhando em

conjunto, a Addmakler pode atender seus clientes de forma personalizada e obter uma

vantagem que a difere da concorrência.

As parcerias entre as corretoras são formadas através de um consenso para que as

mesmas se equilibrem no que diz respeito à porcentagem de ganho que irão ter. As corretoras

parceiras são: Ágata Seguros, Terra Nossa Corretora de Seguros. Outras empresas parceiras:

Construprev (programa voltado ao ramo de construção civil), Catalyst Re (programa

empresarial), União Saúde (planos médicos) e Odonto Jaraguá (planos odontológicos). A

Addmakler tem exclusividade quanto à venda de serviços da União Saúde e Odonto Jaraguá,

através da parceria a empresa tem a possibilidade de vender estes serviços aos segurados. Há

também, através da ADD Avaliações, engenharia de avaliações e perícias e Herco Consultoria

de Riscos uma parceria com a Addmakler Administradora e corretora de Seguros fazendo

com que elas trabalhem em conjunto.

Com as seguradoras, de certa forma, há uma parceria. Porém, não é exclusiva. Para

os corretores venderem seus serviços de seguros é necessário se relacionar com as

seguradoras. Elas atuam de acordo com os interesses dos corretores, dentro de suas próprias

políticas. Todas as corretoras podem trabalhar com todas as seguradoras. Seguradoras que a

empresa trabalha: Azul Seguros, Allianz Seguros, HDI Seguros S/A, SulAmérica Cia

Nacional de Seguros, Tókio Marine Seguradora, Marítima Seguros, Liberty Seguros, Mapfre

Seguros, Minas Brasil Seguradora, Bradesco Seguros, Porto Seguro, Itaú Seguros, Chubb

Seguros, Royal & Sunalliance Seguros e Unibanco AIG Seguros e Previdência.

Há também, as parcerias com as vistoriadoras. São empresas que realizam vistorias.

Como a empresa necessita de muitas vistorias para poder efetivar os seguros, as vistoriadoras

auxiliam a empresa nesta parte. São elas: HE Vistorias, Vipper Vistorias, Linces Vistorias e

Brochweld Ltda.

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Os fornecedores são fundamentais para o bom funcionamento da empresa, para

mantê-la e para o cumprimento dos compromissos com os clientes. Através desta idéia, a

Addmakler procura os melhores fornecedores, pois, irão contribuir para o abastecimento da

empresa. São fornecedores de: cartões, flyers, uniformes dos colaboradores, calendários,

cadernos de lembretes, envelopes, papéis, cartuchos, elásticos, clips, e materiais que são

utilizados em escritórios. Há também os fornecedores de materiais de limpeza e o fornecedor

que tem controle das entradas e saídas da empresa, o contador.

3.1.2 Missão e visão

Com a missão e a visão, pode-se obter uma maior compreensão da empresa. Elas irão

definir o caminho a percorrer e os princípios que irão obter para alcançá-lo. A missão é o que

a empresa procura ser. Deve ser clara e objetiva, definindo a estratégia da empresa. A

Addmakler possui a seguinte missão: Contribuir para a preservação de riquezas, através da

identificação e análise dos riscos pela prevenção e/ou transferência, com tecnologia de

vanguarda, inovação, agilidade e confiabilidade. Já a visão, é o que ela almeja, não

importando o tamanho do objetivo e sim o desejo de persegui-lo. A Addmakler possui a

seguinte visão: Ser percebida e reconhecida, nacional e internacionalmente, como a melhor

empresa na gestão de Riscos e Seguros do Brasil.

3.1.3 Objetivos

É através da busca pelos objetivos que as empresas analisam e tomam decisões. As

ações que a empresa irá tomar deverá se basear neles. Para isso, é necessário que todas as

pessoas inseridas na organização tenham uma visão adequada, comprometimento e ajam

sempre de forma que beneficie a organização possibilitando o alcance dos objetivos.

A Addmakler possui os seguintes objetivos:

• adequar as áreas e os funcionários a operarem em conjunto, dentro da nova

filosofia de gestão;

• agilizar as decisões;

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• otimizar os resultados objetivando o cumprimento das metas contratadas;

• promover a redução de custos via integração de processos e decisões;

• preparar a empresa para tomar atitudes e adotar posturas mais ágeis e

agressivas no mercado;

• aprimorar a qualidade; e

• promover a integração entre todos os colaboradores.

3.1.4 Concorrentes

Sabe-se que o mercado está cada vez mais competitivo. Portanto, os concorrentes

estão sempre em busca de um espaço maior. As corretoras de seguros estão inseridas numa

fatia de mercado significante. Alguns dos concorrentes: Itajaí Corretora de Seguros, Milenia

Corretora de Seguros, Pinotti Corretora de Seguros, Atlântico Corretora de Seguros, Forbeci

Corretora de Seguros.

Quando se fala em concorrentes, pode-se analisar como a empresa está diante do

mercado. Para isso, é necessário um cálculo da participação de mercado. Existem fatores que

influenciam na participação de mercado de uma empresa. Com o crescimento do mercado de

seguros, os serviços oferecidos pela Addmakler se tornam mais cogitados. Verifica-se que as

pessoas estão cada vez mais preocupadas em preservar seus bens, devido à insegurança que

vem se instalando de forma imensurável.

Através de uma análise a empresa pode observar que seu serviço, ou, de certa forma,

produto, que mais vende é o seguro de veículos. A cada ano, o aumento de veículos que

transitam pelas ruas é significativo. Com isso, os riscos de ocorrências são grandes. Todos

estão expostos aos acidentes de trânsito. A empresa possui um número considerável de

clientes que adquirem o seguro de seu veículo.

Analisa-se a quantidade de veículos que a cidade de Itajaí/SC possuía no ano de

2007, juntamente com a quantidade de veículos que a corretora trabalhou durante este ano e

como ela se encontra no mercado. Realizou-se um cálculo verificando-se a quantidade exata

de seguros vendidos. A cidade é onde a empresa mais atua, portanto, o cálculo foi realizado

tendo como base a cidade de Itajaí.

Abaixo segue o quadro 1; demonstrando, mês a mês a quantidade de veículos

licenciados a cada mês e a quantidade de seguros vendidos.

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2007

Mês Veículos Seguros vendidos

Janeiro 43.026 23

Fevereiro 43.177 28

Março 43.287 36

Abril 43.521 32

Maio 43.755 23

Junho 43.978 41

Julho 44.309 32

Agosto 44.632 31

Setembro 44.898 30

Outubro 45.142 25

Novembro 45.407 25

Dezembro 45.859 40

Total 45.859 366

Quadro 1 - Seguros vendidos da empresa na cidade de Itajaí

Fonte: Ciretran Itajaí e a empresa

Conforme mostra o quadro 01 pode-se notar a participação da empresa no mercado

de seguros, que é de 0,80%, porém, é necessário comentar que este valor não é específico. O

Ciretran (Circunscricional Regional de Trânsito) nos mostra o total dos veículos da cidade e

não o total de veículos que estão segurados. Esta análise serviu para se ter uma idéia do

quanto que a empresa atua. Pode-se verificar que é um número baixo, já que comparado com

o total de veículos da cidade. Portanto, a empresa pode explorar mais o ramo de automóveis,

pois, há uma chance de alcançar um número maior de seguros vendidos e obter uma maior

participação no mercado.

Há uma diversidade de produtos os quais a empresa trabalha. Existem alguns que se

consegue medir a participação de mercado, como o seguro residencial, empresarial e seguro

de vida. Quanto às residências e as empresas, a prefeitura possui registro dos imóveis. E, para

calcular a participação de mercado no seguro de vida, o IBGE poderá contribuir. Porém, a

acadêmica se baseou em informações apenas para o seguro de automóvel, que é o produto

mais comercializado na empresa e o público se interessa de forma incessante em obtê-lo.

3.1.5 Clientes

Há vários clientes de grande porte na Addmakler. Com a atual credibilidade

concebida pela confiança que a empresa possui de seus clientes, se torna ainda mais provável

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conquistar novos e antigos clientes. A organização possui clientes potenciais como: Femepe

Indústria e Comércio de Pescados S/A, Arteplas Artefatos de Plásticos Ltda, Itapar Ltda,

Vitalmar Comércio e Indústria de Pescados Ltda, Multilog S/A, e a própria Fundação

Universidade do Vale do Itajaí.

3.1.6 Estrutura organizacional

Através da figura 01 pode-se conhecer como a empresa está dividida. Analisam-se

as unidades de negócio inseridas na empresa juntamente com as unidades regionais.

Quadro 2: Organograma da empresa Addmakler

Fonte: A empresa

As unidades de negócio são as áreas em que a empresa atua. A área de massificado,

abrange seguros comercializados em massa, em grande escala. A área de benefícios refere-se

ao valor que as seguradoras devem pagar na liquidação do contrato para os segurados de

acordo com o limite de cobertura que eles possuem. Envolve seguros de previdência, saúde e

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vida. A área corporate atende grandes contas, grandes empresas. Está ligada a todos os tipos

de seguros, exceto: benefícios e massificados. A Herco Consultoria de Riscos e a

ADDavaliações (avaliações patrimoniais) são áreas destinadas a implantação de programas de

gerenciamento de riscos e engenharia de avaliações.

3.1.7 Produtos e serviços

A empresa oferece produtos e serviços. São eles: seguros, prestação de serviços de

consultoria em seguros, gerenciamento de riscos, avaliações patrimoniais e assistência médica

e odontológica.

Com relação aos seguros, a Addmakler disponibiliza vários tipos: automóvel,

residencial, empresarial, vida, saúde, previdência, transportes, aeronáutico, equipamentos,

cascos marítimos, crédito à exportação, garantia, lucros cessantes, fidelidade, global de

bancos, fiança locatícia, riscos de engenharia, riscos de petróleo e riscos diversos.

No seguro de automóvel, existem opções que os clientes podem optar, são: seguro

total, ou compreensivo, no qual está coberto contra colisão, incêndio e roubo. Contra

terceiros, ou RCF.V (Responsabilidade Civil Facultativa de Veículos), no qual está coberto

apenas para colisões contra terceiros, cobre os prejuízos do terceiro quando o segurado é

culpado em um acidente de trânsito. Ou ainda, contra incêndio e roubo.

Os seguros residenciais são oferecidos para casas e apartamentos, tanto habituais

como de veraneio e campo. Há os seguros para condomínios, que podem ser: residenciais, de

escritórios e consultórios, mistos, comerciais, flats e apart-hotel e shopping center.

Quanto ao seguro empresarial, o cliente garante cobertura do local de risco da

empresa. Tanto empresas de comércio, prestação de serviços e indústrias podem contratar o

seguro. A empresa que deseja garantir o seguro de seus funcionários tem a opção de realizar

um seguro de vida. Nos seguros de vida, existem duas opções: o seguro de vida em grupo

(para várias pessoas) e também o seguro individual, no qual cobre morte ou sobrevivência de

um único segurado.

O produto saúde é comercializado para que os clientes garantam um reembolso de

despesas médico-hospitalares e odontológicas que forem obter. Portanto, toda despesa com

médicos, hospitais, dentistas são reembolsadas pela seguradora de acordo com um limite de

reembolso que é estipulado pela mesma.

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Na previdência privada, a Addmakler realiza um plano para aqueles que desejam

garantir a aposentadoria, é um investimento, uma poupança. Através da previdência, o cliente

garante um valor próximo da renda que recebia quando estava ativo no mercado de trabalho.

A área de transportes é basicamente segurar as cargas transportadas nos veículos.

Cobre danos causados, roubos e desaparecimento das cargas. Podem ser cargas transportadas

por meios terrestres, aquaviários e aéreo. Há o seguro aeronáutico, no qual cobre: a aeronave,

Responsabilidade Civil contra terceiros e acidentes pessoais. A empresa trabalha também com

seguro de equipamentos, que podem ser móveis ou imóveis. E, seguro de cascos marítimos:

barcos, lanchas, iates e todo tipo de transporte marítimo.

Para as empresas que exportam, a empresa oferece o seguro de crédito à exportação.

Ele garante indenizações pelas perdas líquidas que tais empresas possam ter devido à falta de

recebimento dos clientes do exterior. No seguro garantia, é oferecido para órgãos federais,

estaduais, municipais, públicos e privados garantias referente ao cumprimento de obrigações

contratuais. Já o seguro de lucros cessantes é destinado a pessoas jurídicas que visam garantir

a manutenção da lucratividade e operacionalidade, quando ocorre uma paralisação da

atividade da empresa.

O seguro fidelidade é uma opção para os empregadores. Através deste seguro, o

empregador garante prejuízos com roubo ou qualquer ato que provoque danos ao patrimônio

realizados por funcionários. Já no seguro global de bancos, são cobertos os prejuízos materiais

com relação a valores e bens roubados, prejuízos com destruição ou desaparecimento de

valores e bens por qualquer causa e por qualquer pessoa.

Fiança Locatícia é um seguro que oferece garantia de pagamento de aluguel e reparo

de imóveis locados. Com ele, o cliente se previne de possíveis perdas quanto à falta de

pagamento dos inquilinos e danos causados por eles nos imóveis.

No seguro riscos de engenharia, são cobertos riscos decorrentes de falha de

engenharia, assim como, instalação e montagem, e, também, quebra de máquinas. Há o seguro

riscos de petróleo, no qual garante a cobertura de bens e responsabilidade civil relacionados às

atividades de prospecção, perfuração e produção de petróleo ou gás, no mar e na terra.

E, enfim, há o seguro riscos diversos. Ele garante diversas coberturas em uma única

apólice, em um único contrato. Abrange todas as modalidades de cobertura sem a existência

de condições específicas.

Quanto à prestação de serviços de consultoria, a Addmakler administra a regulação

de sinistros, assessora na escolha de planos para empresas e seus colaboradores, além da

manutenção e acompanhamento de seguros em vigência. Ela gerencia riscos através da Herco

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Consultoria de riscos. Realiza avaliações patrimoniais, determinando o valor atual de mercado

dos bens da empresa e procura desenvolver alternativas para que a empresa possa ter

lucratividade em seu negócio. A Addmakler oferece, também, para colaboradores de seus

clientes, assistência médico-hospitalar em consultórios credenciados, hospitais e

ambulatórios, através de planos específicos da União Saúde e serviços de atendimento

odontológico prestados pela Odonto Jaraguá.

3.2 Resultados da pesquisa

Diante do tema proposto a acadêmica realizou uma breve pesquisa, a qual tinha

finalidade de obter dados dos colaboradores a respeito do programa. A questão que despertou

interesse e acredita-se que seja conveniente é saber se já possuíam a noção dos cinco sensos.

Os mesmos descreveram que conheciam em geral, algumas das etapas, porém, não a fundo.

Procurou-se conhecer também, se havia disponibilidade em realizar o programa cinco sensos.

Os funcionários não demonstraram nenhuma resistência à mudança e concordaram em

realizar, a fim de obter a melhoria dos processos da empresa.

3.2.1 Etapas e benefícios

Atendendo ao primeiro objetivo específico são apresentadas na revisão bibliográfica,

subitem 2.4, as etapas do programa e seus benefícios. Abaixo apresenta-se um resumo deste

subitem, de acordo com a revisão bibliográfica realizada.

• Etapa 1 Seiri - os benefícios desta etapa que podem ser obtidos são: liberação do

espaço; redução de desperdício; liberação de objetos para outros usuários.

• Etapa 2 Seiton – nesta etapa percebe-se outros benefícos: rapidez e facilidade na

busca de objetos; redução de acidentes; facilidade na comunicação; redução de

tempo perdido; melhor aparência do ambiente de trabalho.

• Etapa 3 Seiso – os benefícios que envolvem o Seiso são: satisfação dos

colaboradores; motivação; preservação da imagem; maior equilíbrio físico e

mental.

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• Etapa 4 Seiketsu – o Seiketsu possui os seguintes benefícios: prevenção; melhoria

da qualidade; melhoria da produtividade; manutenção de pontos críticos;

segurança no trabalho.

• Etapa 5 Shitsuke – os benefícios são os seguintes: cumprimento de procedimentos

operacionais; auto-análise e busca de aperfeiçoamento; incentivo a capacidade

criativa; desenvolver o espírito de equipe; eliminação da fiscalização.

Estas são as etapas do programa e seus benefícios. Estes benefícios servem para que

haja melhorias em toda a empresa, fazendo com que as pessoas possam adequar seu

comportamento diante das necessidades para a qualidade total. Com eles, pôde-se adquirir um

conhecimento mais amplo das necessidades da empresa surgindo assim, uma otimização dos

recursos. A otimização dos mesmos se dá na maneira de utilizá-los. Saber utilizar, conservar,

limpar, enfim, estar consciente de que todas estas etapas que foram vistas servem para o bom

funcionamento e andamento da organização.

Antes do início da implantação foi elaborado um plano de ação (apêndice I), tendo

como base a metodologia conhecida como 5W2H. Este plano serviu de base para a

implantação do programa. Nele procurou-se prever todos os passos necessários para a

implantação das etapas. Desde a preparação até a avaliação final. A preparação consistiu em:

• elaboração do guia para ser entregue aos funcionários, apêndice III;

• elaboração do “painel 5 sensos”. Nele são demonstrados os resultados da

avaliação contendo: pontução obtida; conceitos e codificação com cores

(localizado no guia, anexo VII);

• confecção formulário de diagnóstico inicial (3 sensos), anexo II do guia;

• confecção formulário de auditoria final, anexo III do guia;

• registro de não-conformidades, anexo V do guia;

• roteiro para interpretação da aplicação do diagnóstico e auditoria (critérios de

avaliação), anexo II ao VI do guia; e

• formulário “inventário” para listagem dos itens descartados, apêndice II.

3.2.2 Necessidades identificadas

Diante de um formulário de avaliação dos três primeiros sensos, pôde-se verificar

como a empresa se encontrava naquele instante. Essa condição é apresentada no Quadro 3 a

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seguir onde é demonstrada a pontuação obtida pela empresa em cada um dos sensos

avaliados. A pontuação foi determinada diante de um roteiro para interpretação dos itens e

aplicação das notas (anexo II ao VI), auxiliando tanto para o diagnóstico quanto para a

avaliação final.

3S Objeto da Avaliação Como verificar Nota (1 a 5)

Organização de materiais Acúmulo de materiais nas mesas, gavetas, prateleiras e armário

2

Tratamento de recursos Materiais largados em cima de armário e mesa

2

Otimização no uso de recursos

Objetos separados em locais de fácil acesso e por frequência de utilização

4

Utilização de recursos Materiais sem utilização 2

SEIR

I

PADRÃO DO SEIRI (%) 50%

Ordem da guarda dos materiais

Empilhamento de materiais sobre outros

3

Tempo de acesso para localizar materiais

Identificação de materiais 1

Localização Sinalização à distância 2

Disposição de compartimentos

Lay-out 5

Quantidade de materiais Mesas, cadeiras,armários, lixeiras, materiais de escritório em quantidade adequada (correspondendo ao lay-out)

5

SEIT

ON

PADRÃO DO SEITON (%) 64%

Higiene Sujeira acumulada 4

Preocupação com a saúde Níveis de poluição 5

Ambiente físico Paredes, pisos, vidros, mesas, cadeiras,

sofás e armários sujos 3

Limpeza sistemática Depósitos de descartes cheios e/ou em quantidade insuficiente

3

Limpeza regular Sujeira acumulada 4

SEIS

O

PADRÃO DO SEISO (%) 76%

Quadro 3: Avaliação dos três primeiros sensos

Fonte: Ribeiro (1994, p. 97)

Percebe-se no Quadro 3 que houve três itens os quais foram com a nota máxima:

disposição de compartimentos; quantidade de materiais e preocupação com a saúde. Os

mesmos estão em ótima sintonia com o ambiente e de acordo com os critérios que o programa

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estabelece. Os compartimentos (sala e banheiro), o lay-out da organização, beneficia todos os

colaboradores. Sendo um espaço com um tamanho adequado e agradável. Portanto, coube a

acadêmica dar a nota máxima para este item. A quantidade de materiais, também foi com a

nota máxima devido a estarem disponível e de acordo com as necessidades de todos. Quanto à

preocupação com a saúde, há uma conscientização geral, o lixo é separado, a limpeza é feita

regularmente o que contribui bastante também para a saúde organizacional.

Para uma melhor visualização do ambiente, no momento em que foi realizado o

diagnóstico foram tiradas fotos. Encontram-se a seguir no Quadro 4:

Acima há fotos que definem o ambiente anterior

Quadro 4: Fotos do ambiente organizacional

Fonte: A acadêmica

Quadro 4: Fotos do ambiente organizacional

Fonte: A acadêmica

Percebe-se nas fotos apresentadas no Quadro 4 uma grande quantidade de materiais

acumulados e largados em cima das mesas; o lixeiro cheio; objetos, papéis sem utilização

eram mantidos e também; material similar como os calendários no mesmo local. Na sequência

das fotos, a última que ali se encontra, pode-se verificar uma quantidade maior de papéis

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empilhados. Porém isso ocorria dentro de armários como este e em local não visível como

uma mesa que havia na parte atrás da sala de trabalho, onde, havia alguns materiais

empilhados também.

Logo abaixo, no Quadro 5, há outras fotos que mostram locais diferentes do

ambiente organizacional:

Quadro 5: Fotos de outro ângulo do ambiente organizacional

Fonte: A acadêmica

Quadro 5: Fotos de outro ângulo do ambiente organizacional

Fonte: A acadêmica

Através das fotos demonstradas no Quadro 5, tem-se uma noção mais real do estado

anterior da empresa. Como se pode analisar, havia falta de identificação nos armários e

identificação inadequada nos documentos, não gerando um padrão. Havia também, materiais

como pastas; quadro, no caso, alvará da empresa, em cima do armário; papéis e documentos

empilhados e sem identificação adequada. A maioria dos itens citados no formulário de

avaliação foi visto nestas fotos de forma mais clara. Percebe-se o quão é importante a

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implantação do programa e o quanto ela é necessária para os colaboradores. Esta visão mais

completa da situação da empresa auxilia as pessoas a perceberem o significado que o

programa tende a oferecer.

3.2.3 Treinamento

Para a implantação do programa, se buscou formas de realizar um treinamento

explicando e descrevendo a origem, assim como as etapas dos sensos e os benefícios de cada

uma. Foi realizado um guia para que os colaboradores pudessem entender melhor e o

consultar quando necessário. É importante citar que o treinamento das etapas dos cincos

sensos ocorreu de maneira simples. Foi realizada a apresentação das etapas e o guia

explicando todas elas. Dentro do guia há também um explicativo para realizar auditorias do

programa, com datas e formas de realizá-las.

Após o treinamento que a acadêmica efetivou sobre os sensos, os colaboradores

iniciaram com a implantação.

3.2.4 Implantação

A acadêmica propôs dar início conforme a ordem, com o senso de descarte. Para uma

organização adequada de toda a empresa é necessário o descarte. Portanto, todos estiveram

obstinados em descartar aquilo que não fossem mais utilizar. Isto é, tudo o que era inútil. Os

materiais que estavam no ambiente de trabalho e não possuíam nenhuma importância e

utilidade, foram separados, relacionados no inventário, apêndice II, analisados e dada a

destinação devida. Foram citados no inventário todos os materiais que não iriam mais ser

utilizados. Materiais como papéis que estavam sendo guardados sem nenhum motivo e fora

do seu tempo legal, informativos antigos, embalagens de materiais de limpeza, entre outros.

Conforme SUSEP (1999) deverá ser de cinco anos o prazo para manter apólices e documentos

relativos à seguros, portanto estes materiais deverão estar acima deste prazo para serem

descartados. Todos obedeceram este prazo.

A segunda etapa foi ordenar os objetos. O senso de ordenação diz que deve-se

identificar e ordená-los de acordo com a necessidade. Objetos como caneta, lápis, borracha,

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grampeador, régua, mesas, cadeiras, lixeiras, enfim, todos que cada um possui o seu

individualmente, é dispensável a utilização de etiquetas para identificar. Já objetos de uso

coletivo como armários contendo os documentos da empresa, foi realizada a identificação do

conteúdo de cada gaveta, prateleira. Sendo que na porta foi colocado etiqueta identificando o

conteúdo de cada armário. Houve também o acréscimo de um arquivo e um computador para

que os funcionários pudessem se organizar melhor.

A próxima etapa é a limpeza. A limpeza é uma das necessidades básicas de qualquer

local. É ela quem irá tornar o local limpo e apresentável. Foi estabelecida uma limpeza de

modo que haja uma rotina semanal. Como a empresa já vinha fazendo de modo habitual. Essa

freqüência deve ser mantida, ressalvando que deve ocorrer em menor freqüência quando o

ambiente não estiver em bom estado, ou ainda, com lixeiras cheias. Todos os colaboradores se

dispuseram em manter seu ambiente de trabalho limpo.

A empresa conscientizou-se através do senso de conservação. Para continuar com os

resultados que foram obtidos dos três primeiros sensos, todos se dispuseram a conservar, tanto

com o descarte, com a ordenação e com a limpeza. Esta é uma etapa importante, pois, sem

esta as três primeiras tendem a se tornar necessárias, haja vista, a não manutenção do

ambiente de modo adequado. Portanto, como houve uma grande contribuição, foi alcançada

com sucesso. As pessoas seguiram o programa e participaram de forma eficaz para evoluir e

não retornar ao estágio anterior, quando foi implantado o programa.

Houve, também, a disciplina. A última etapa e a decisiva dos sensos. Para que todos

os sensos obtenham o alcance do que foi proposto, é preciso da disciplina. É o

comprometimento e participação das pessoas. Pela introdução, treinamento, e percepção que a

acadêmica obteve com relação aos colaboradores, pôde-se perceber que houve o

comprometimento e participação dos mesmos. Todas as pessoas tornaram o programa um

hábito, uma disciplina, na qual sem ela não seria possível atingir nenhuma etapa.

3.2.5 Auditoria

Após a implantação destas etapas, foi estabelecido um prazo para a realização de

auditorias necessárias para dar continuidade ao programa. O prazo que foi determinado é de

três em três meses, para que haja uma melhoria contínua e para a certificação de que ele esteja

realmente funcionando.

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A acadêmica realizou então, a avaliação final. O que diferencia a análise da auditoria

e do diagnóstico é o senso de asseio e de disciplina, não foram avaliados no diagnóstico

inicial. Observa-se a seguir o Quadro 6 com as devidas pontuações que foram dadas na

primeira auditoria do programa.

5S Objeto da Avaliação Como verificar Nota (1 a 5)

Organização de materiais Acúmulo de materiais nas mesas, gavetas, prateleiras e armário

5

Tratamento de recursos Materiais largados em cima de armário e mesa

5

Otimização no uso de recursos Objetos separados em locais de fácil acesso e por frequência de utilização

5

Utilização de recursos Materiais sem utilização 5

SEIR

I

PADRÃO DO SEIRI (%) 100%

Ordem da guarda dos materiais Empilhamento de materiais sobre outros

4

Tempo de acesso para localizar materiais

Identificação de materiais 4

Localização Sinalização à distância 4

Disposição de compartimentos Lay-out 5

Quantidade de materiais

Mesas, cadeiras,armários, lixeiras, materiais de escritório em quantidade adequada (correspondendo ao lay-out)

5

SEIT

ON

PADRÃO DO SEITON (%) 88%

Higiene Sujeira acumulada 5

Preocupação com a saúde Níveis de poluição 5

Ambiente físico Paredes, pisos, vidros, mesas,

cadeiras, sofás e armários sujos 5

Limpeza sistemática Depósitos de descartes cheios e/ou em quantidade insuficiente

5

Limpeza regular Sujeira acumulada 5

SEIS

O

PADRÃO DO SEISO (%) 100%

Práticas sistemáticas de 5S Elaboração de Rotinas do 5S e sistemática de reconhecimento

5

SEIK

ET

SU

Eliminação de fontes de sujeira Elaboração de planos e listas de pendências

5

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Ambiente agradável Locais ventilados, iluminados e sem poluição

5

Acesso rápido e sem desgaste às

informações e recursos Exploração de controle visual 5

Apresentação pessoal Elaboração de Rotinas do 5S 5

Postura profissional Elaboração de Rotinas do 5S 5

PADRÃO DO SEIKETSU (%) 100%

Cumprimento de Rotinas do 5S 5

Pontualidade 5

Guarda de objetos em locais definidos

5

Redução de recursos para manutenção da limpeza (pessoas e tempo de limpeza)

5

Cumprimento do que foi

estabelecido

Roupas limpas e pessoas asseadas

5

SHIT

SUK

E

PADRÃO DO SHITSUKE (%) 100%

Quadro 6: Pontuação da auditoria

Fonte: Ribeiro (1994, p.98)

No Quadro 6 nota-se que os itens que foram com a menor pontuação da auditoria

foram: empilhamento de materiais sobre outros; identificação de materiais e sinalização à

distância. Os mesmos se encaixam no Seiton. Mesmo adquirindo a menor pontuação, estão

quase no nível máximo, alcançaram a nota 4.

Nota-se que em locais abertos não há materiais empilhados e apenas nos locais

fechados como armários e gavetas existem materiais sobre outros, mas de forma a não

prejudicar a ordem dos mesmos. São materiais como manuais de seguradoras; CD`s de

instalação de programas, agendas, enfim, objetos que devem ou precisam ser ordenados desta

maneira, um acima do outro. Os materiais são identificados e padronizados. Os materiais de

uso pessoal como caneta; lapiz; borracha; grampeador; calculadora; enfim, objetos que todos

possuem o seu apesar de serem propriedade da empresa não possuem identificação. Há uma

padronização no ambiente, todos que trabalham na empresa visualizam os objetos com

tranqüilidade e rapidez, devido a estarem etiquetados, facilitando o acesso. Apenas de uma

distância maior é que não se tem uma percepção, uma visão tão otimizada, o que se torna

natural.

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No Quadro 7 é demonstrado o resultado da primeira auditoria comparada com o

diagnóstico inicial.

Resultado do Diágnóstico Resultado da auditoria Sensos

Por Senso Geral Por Senso Geral

SEIR

I

50%

100%

SEIT

ON

64%

88%

SEIS

O

76%

63%

100%

SEIK

ET

SU

100%

SHIT

SUK

E

OBS: Estes itens não obtiveram pontuação, pois os mesmos não foram avaliados no diagnóstico.

100%

97,60%

Data da Auditoria atual: 06/10/2008

Data próxima Auditoria: 06/01/2009

Auditado por: Anelise Pinotti Girardi

Quadro 7: Comparativo dos resultados das avaliações da empresa

Fonte: A acadêmica

Com este comparativo apresentado no Quadro 7 percebe-se que houve uma notável

melhoria entre o diagnóstico e a avaliação final. No geral obteve uma evolução de 34,60%. O

senso que mais obteve evolução foi o Seiri com 50%. Sendo que o Seiton e o Seiso evoluíram

na mesma proporção, com 24%. Os outros sensos, Seiketsu e Shitsuke obtiveram 100% como

resultado. Estes dois sensos não foram avaliados no diagnóstico, somente na auditoria. Pois,

estes são implantados após a conclusão da primeira parte do programa que consiste na

implantação dos três primeiros sensos. Acredita-se que a pontuação obtida dependerá

continuamente dos colaboradores, da capacidade de asseio e de disciplina dos mesmos.

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Estabeleceu-se a data da próxima auditoria de acordo com a data atual, tendo como base a

avaliação trimestral para criar hábito ou cultura, garantindo assim, a continuidade do

programa.. Sabe-se que é preciso obedecer a prazos e datas para que o programa continue em

perfeito andamento e seja constantemente bem sucedido.

É importante comentar que os sensos foram avaliados por cores, e cada cor

corresponde a um significado. No Quadro 8 é apresentada a forma de interpretação dos

resultados obtidos na avaliação.

Pontuação Conceito Cor

81% á 100 Ótimo

61% á 80% Bom

31% á 60% Regular

1% á 30% Ruim

Quadro 8: Cores do comparativo de resultado

Fonte: A acadêmica

O Quadro 8 demonstra os resultados ou intervalos de pontuação, o conceito adotado

a cada intervalo e a cor correspondente aos intervalos de pontos e aos conceitos. A cor

vermelha significa ruim; a cor laranja regular; a cor azul bom e a cor verde ótimo. Essa

classificação tem como base a pontuação obtida na avaliação, seguindo os intervalos de

pontos acima apresentados.

Abaixo, encontram-se no Quadro 9 as fotos efetuadas antes do diagnóstico inicial e

depois da implantação do programa.

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Anterior Atual

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Quadro 9: Fotos comparativas

Fonte: a acadêmica

Percebe-se no Quadro 9 as fotos comparativas. Estas demonstram o estado anterior e

o estado atual da empresa. Com as duas imagens comparadas tem-se uma análise mais

completa e mais ordenada diante do diagnóstico e da avaliação final. Justifica-se a

importância da implantação dos sensos diante destas imagens. As ações foram implantadas e

estão funcionando na rotina organizacional. Também, como pôde ser visto por meio das fotos

que demonstram a situação atual das áreas, os funcionários contribuíram e se comprometem a

continuar com o programa. Proporcionando, assim, um trabalho em equipe e um ambiente

ainda mais agradável para se trabalhar devido aos diversos benefícios dos cinco sensos.

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4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que a seqüência dos objetivos específicos do presente trabalho foi

seguida. Apresentaram-se as etapas do programa para as pessoas; logo após verificou-se onde

iria contribuir, ou, as necessidades da empresa para com o programa; proporcionou-se

treinamento; a implantação e, por fim, a avaliação dos resultados. Este último item, que está

se tratando, é a parte que define o tema do trabalho, se foi alcançado ou se teve algum dos

objetivos que não pôde ir até as expectativas. Portanto, pode-se afirmar que todos os objetivos

específicos pretendidos foram alcançados, havendo assim, um bom resultado.

Partindo-se em busca da resposta para a questão abordada no início: “Quais os

benefícios que poderão ser conquistados com a implantação do programa 5 sensos para a

empresa ADDmakler Administradora e Corretora de Seguros Ltda”? Sabe-se então que este

questionamento agora já pode ser respondido. Pode-se dizer que a empresa conquistou

diversos benefícios para com o programa. Desde a ordem dos materiais até a melhoria dos

processos. Os colaboradores se adequaram com o programa e tiveram um bom

aproveitamento dele. Com o descarte, a organização e a limpeza, as atividades diárias

tornaram-se mais ágeis, desperdícios foram evitados e foi estabelecido um padrão.

Anteriormente, uma atividade demorava a ser realizada, pois, os armários não eram

etiquetados e os documentos não estavam na ordem certa, dificultando a execução das tarefas.

Com a implantação do programa, além dos arquivos, prateleiras e armários estarem com

etiquetas padronizadas, folhas utilizadas apenas em um lado, agora são reaproveitadas,

contribuindo para redução de custo e materiais e papéis em excesso em cima da mesa não

foram mais vistos. O que demonstra disciplina e um ambiente mais organizado.

A metodologia utilizada foi adequada. A tipologia foi aplicada corretamente,

permitindo que a acadêmica implantasse o programa, obtendo, assim, êxito em sua proposta.

A estratégia foi bem planejada para poder responder e analisar o problema. Quanto à coleta de

dados, como a acadêmica trabalhou na empresa em questão, ficou mais acessível. Realizou-se

a pesquisa explorando a situação da empresa, para poder avaliar a contribuição para com o

programa. A entrevista foi realizada de forma coerente, sendo a mais cabível para a proposta.

Enfim, todos os métodos que deviam ser utilizados neste tipo de pesquisa foram utilizados e

realizados com competência.

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Os resultados obtidos diante da pesquisa atenderam as expectativas tanto da

acadêmica, quanto da empresa e da universidade. Todos os passos necessários para a

implantação do programa foram feitos, desde a apresentação das etapas e benefícios dos cinco

sensos até a implantação do programa com as pontuações adequadas. Citando também, que as

normas estabelecidas pela universidade foram obedecidas.

Com a colaboração de todos, foi realizado um trabalho de importância,

comprometimento e dedicação. Sem a disciplina dos colaboradores este trabalho não poderia

ter sido realizado. O ponto de destaque, portanto, foi este, sendo que para a implantação de

qualquer programa é necessário o comprometimento e dedicação das pessoas.

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APÊNDICES

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Apêndice I - Plano para implantação do programa

PLANO DE IMPLANTAÇÃO DO 5S

PREPARAÇÃO

O QUE FAZER POR QUE FAZER COMO FAZER PONTOS A OBSERVAR QUANDO

Preparar plano Definir etapas de implantação do 5S

Consultar livro Aproveitar conhecimento próprio Consultar outras áreas

01.07 à 10.08

Análise do plano Ter um plano coerente com as metas do órgão

Discutir o plano com os funcionários Verificar se o plano atende às expectativas

11.08

Anunciar o Plano de implantação

Oficializar a adoção do plano

Apresentar o conteúdo do plano aos funcionários

11.08

Treinar funcionários

Possibilitar o conhecimento e a aplicação do 5S por todos

Os funcionários estabelecem o horário junto ao coordenador

Tempo aproximado de treinamento - 2 horas Quantidade - 3 pessoas

12.08

Deflagrar campanha

Oficializar o plano específico

Divulgar através de reuniões

11.08 à 15.08

ONDE Na empresa QUANTO CUSTA R$ 0,00

EXECUÇÃO

Realizar o SEIRI Para eliminar todo o material desnecessário

Fazer uma grande limpeza

Providenciar materiais de limpeza. Neste dia todos devem participar com dedicação da limpeza do seu local de trabalho

13.08

Realizar o SEITON

Possibilitar acesso rápido e com menor desgaste

Ordenar, identificar objetos de acordo com o seu peso, forma e frequência de utilização Anotar as irregularidades de difícil solução

Providenciar materiais de identificação como etiquetas auto-adesivas; pastas; etiquetas de plástico

15.08

Realizar o SEISO

Identificar as fontes de origem de sujeira. Manter limpo o seu local de trabalho

Limpar todo o local de trabalho, inspecionando para identificar as fontes de sujeira Relacionar itens de difícil solução

13.08

Praticar o Para padronizar e Criar lista de

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SEIKETSU manter as melhorias atingidas

verificação Executar melhorias e cuidar da higiene pessoal

18.08

Identificação do coordenador do programa

Para a continuidade do programa

Solicitar indicação por parte do gerente

Verificar quem está mais disponível

06.10

Praticar o SHITSUKE

Cumprir o que foi estabelecido

Cumprir os horários de início e fim dos trabalhos, intervalo para almoço e cafezinho Cumprir normas de segurança Cumprir os procedimentos operacionais Ser um bom companheiro de trabalho

06.10

ONDE Na empresa QUANTO CUSTA

Materiais de limpeza: álcool; limpa vidros; detergente e lustra móveis Etiquetas auto-adesivas; pastas suspensas; etiquetas de plástico; materiais para pasta suspensa; grampos; papel contact R$ 27,50

MANUTENÇÃO DO 5S

Avaliar o ambiente

Constatar a evolução do 5S Apresentar os resultados em forma de nota e, através do quadro de resultados, mostrar a situação do ambiente em relação ao padrão desejado

Aplicar formulário para avaliação do ambiente O coordenador discute o resultado com os funcionários

Fazer com uma frequência trimestral

06.10

Reconhecimento Estimular a prática do 5S

Reconhecimento das melhorias

06.10

ONDE Na empresa QUANTO CUSTA R$ 0,00

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Apêndice II - Inventário (destino dos itens relacionados)

DESTINAÇÃO ITEM QUANTIDADE LIXO CONSERTO E/OU REUSO DOAÇÃO

Embalagem de material de limpeza

2 X

Cadeira 2 X

Manuais antigos das seguradoras

20 X

Calendário do ano de 2007

3 X

Calendário do ano de 2008

7 X

Papel contendo consulta referente situação de segurado

10 X

Informativos antigos 5 X

Recusa de proposta 9 X

Boleto vencido e não pago

3 X

Aviso para renovação de apólice

32 X

Comunicado das seguradoras

14 X

Formulário de endosso (antigo)

16 X

Email impresso 8 X

Relação de veículo - frota

5 X

Boletim de ocorrência 12 X

Atestado médico 8 X

Comprovante de inscrição no CNPJ

6 X

Contrato de sindicatos 5 X

Relação de funcionários das empresas

11 X

Informativos e dicas das seguradoras

7 X

INVENTÁRIO

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Apêndice III

Guia do programa cinco sensos

Outubro 2008

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ÍNDICE

1 ORIGEM........................................................................................................... 3 2 ETAPAS E BENEFÍCIOS....................................................................................................3 2.1 Seiri.......................................................................................................................................3 2.2 Seiton....................................................................................................................................4 2.3 Seiso.......... ...........................................................................................................................4

2.4 Seiketsu ................................................................................................................................4 2.5 Shitsuke ................................................................................................................................4 3 MANUTENÇÃO DO PROGRAMA....................................................................................5 4 NÃO-CONFORMIDADES...................................................................................................7 ANEXOS ...................................................................................................................................8

É importante citar que os arquivos mencionados no guia encontram-se

nos computadores de cada funcionário na pasta Meus Documentos.

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Introdução

Este guia serve como base para o programa. É através deste que as pessoas poderão adquirir o

conhecimento que se busca para com o mesmo. Abaixo está descrito a origem do programa

assim como as etapas, significados e respectivos benefícios. Este serve para o treinamento dos

colaboradores.

Tem como objetivo principal orientar o responsável pela continuidade do programa

para que este possa saber o que deve ser feito. Deve ser realizado visando à melhoria

contínua, para o bom andamento do programa.

1. Origem

� Desenvolvido no Japão, o programa é uma metodologia utilizada para melhoria dos

processos da organização.

� A nome 5 sensos provém de cinco palavras japonesas, que iniciam com a letra “s” e

que designam cada um dos princípios.

� Contribui para a redução do desperdício de materiais, de tempo e de espaço. É

necessário uma coordenação em todas as áreas, para obter-se a qualidade total, sendo

muito utilizado para este fim, pois, educa as pessoas de uma forma mais prática.

� As palavras são: SEIRI, SEITON, SEISO, SEIKETSU e SHITSUKE. No Brasil, para

preservar a origem da letra “s” utiliza-se a palavra senso à frente do significado dos

sensos

2. Etapas e benefícios

2.1 Seiri

� Significa organização. Consiste em deixar no ambiente de trabalho apenas os

materiais úteis, descartando ou destinando os demais da maneira mais adequada.

� Com a organização dos materiais, retirando tudo que é inútil, tem-se várias

vantagens: liberação do espaço, liberação de objetos para outros usuários, redução

de desperdícios, etc.

3

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2.2 Seiton

� Significa ordenação. Consiste em estabelecer um lugar para cada material,

organizando-os conforme a freqüência do uso.

� Com a ordem dos objetos e documentos, há: rapidez e facilidade no acesso, redução

de acidentes, facilidade na comunicação, redução de tempo perdido, melhor

aparência do ambiente de trabalho.

2.3 Seiso

� Significa limpeza. Consiste em manter o ambiente de trabalho limpo e em ótimas

condições operacionais.

� Eliminando a sujeira, tem-se uma satisfação dos colaboradores em trabalhar em

ambientes limpos, motivação, um maior equilíbrio físico e mental e a preservação da

imagem da empresa para com os clientes.

2.4 Seiketsu

� Significa asseio, conservação. Manter a organização, a limpeza e a ordem, cuidando-

se para que o que foi melhorado não retroceda.

� Com a conservação, existe a prevenção, assim como também: melhoria da

qualidade, melhoria da produtividade, manutenção de pontos críticos sempre em

bom estado, segurança do trabalho.

2.5 Shitsuke

� Significa disciplina. É necessário do comprometimento das pessoas, de seguirem os

princípios independente de supervisão. Para atingir este estágio é primordial ter

atendido os 4 princípios anteriores do 5S.

� Como os outros sensos, este possui importantes benefícios: cumprimento de

procedimentos operacionais, auto-análise e busca de aperfeiçoamento, incentivo a

capacidade criativa, desenvolver o espírito de equipe, eliminação da fiscalização.

4

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3 MANUTENÇÃO DO PROGRAMA

Para que tudo ocorra da melhor maneira possível, otimizando todos os processos e

atividades da empresa, o comprometimento das pessoas se torna uma ferramenta importante.

Define o treinamento do programa e diminui a possibilidade de retrocesso dos sensos. Sem

esta conscientização, a operacionalização do programa não se direciona para o alcance de um

bom resultado.

Tudo o que foi e está sendo estabelecido e verificado neste guia serve para orientar e

manter o programa de forma a beneficiar a empresa. Além de manter o programa, há uma

tendência em estar sempre em evolução possibilitando atingir o padrão de 100% em todos os

sensos. As melhorias cada dia precisam ser alcançadas de forma que exista a qualidade dos

serviços, através de um bom atendimento; rápido acesso ao que se procura; motivação dos

colaboradores a trabalharem no ambiente; enfim todas as vantagens que os sensos oferecem e

que faz com que os funcionários adquirem.

Após o programa implantado procura-se realizar as auditorias no período

estabelecido de três meses. É uma maneira de estar continuamente verificando o estado, a

situação da empresa. Há alguns tipos de documentos que devem ser avaliados nas auditorias

para esta verificação.

Para realizar as auditorias deverá ser utilizado o FORMULÁRIO DE

AVALIAÇÃO DOS CINCO SENSOS (anexo I), e seguir as seguintes etapas:

1. Imprimir o formulário de avaliação que consta no arquivo eletrônico.

2. Utilizar os critérios de avaliação (anexo II ao VI), quando efetuar a auditoria.

3. Verificar todas as áreas envolvidas na auditoria (armários, prateleiras,

gavetas, mesas e balcão).

4. Anotar no formulário as notas que cabem a cada senso e objeto avaliado.

5. Após a auditoria deve-se somar a pontuação obtida em cada senso. Para se

obter a pontuação por senso e a pontuação geral, deverão ser digitadas as

notas no FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DOS CINCO SENSOS. A

forma de apuração da pontuação está descrita no quadro abaixo.

5

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6. Após a apuração da pontuação de cada senso e geral deverá ser atualizado o

PAINEL 5 SENSOS (anexo VII). Para isto poderá utilizar o arquivo com o

mesmo nome e realizar os seguintes passos:

a) Abrir arquivo PAINEL 5 SENSOS.

b) Digitar na coluna do resultado anterior a pontuação atual que está

registrada no painel 5 sensos da auditoria anterior.

c) Digitar na coluna resultado atual a pontuação obtida na auditoria

recém realizada.

d) Atualizar as cores correspondentes a cada pontuação obtida seguindo

o quadro abaixo.

Pontuação Conceito Cor

81% á 100 Ótimo

61% á 80% Bom

31% á 60% Regular

1% á 30% Ruim

APURAÇÃO DA PONTUAÇÃO DOS SENSOS • Pontuação por senso - Divide-se a soma das notas obtidas pela pontuação máxima

possível em cada senso. • Pontuação máxima possível por senso:

• SEIRI = 20 PONTOS • SEITON = 25 PONTOS • SEISO = 25 PONTOS • SEIKETSU = 30 PONTOS • SHITSUKE = 25 PONTOS

Exemplo – SEISO: total dos pontos obtidos = 15 pontos, dividido por 25 (pontuação máxima possível) = 0,6, multiplicado por 100 = 60%

• Pontuação geral – Soma-se o total dos sensos e divide-se pela pontuação máxima de todos os sensos. Pontuação máxima geral = 125 pontos

• Exemplo – todos os sensos: total dos pontos obtidos = 98 pontos, dividido por 125 (pontuação máxima possível) = 0,78, multiplicado por 100 = 78%

6

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e) Finalizar o PAINEL 5 SENSOS registrando a data atual da auditoria

e prever a data da próxima auditoria assim como também, quem irá

realizá-la.

f) Havendo alguma não-conformidade deverá ser preenchido o

FORMULÁRIO DE NÃO-CONFORMIDADES (Anexo III)

conforme descrito a seguir.

4 NÃO-CONFORMIDADES

Não conformidade é a constatação de uma situação que não está de acordo ou “não

conforme” com o programa que está sendo auditado. Em um último instante, após todas estas

análises e verificações deve-se considerar um item importante, porém, deixa-se para ser

analisado ao finalizar a auditoria. Este item o qual comenta-se é o formulário para registro de

não conformidade. Toda e qualquer tipo de ocorrência deve ser descrita, assim como deve-se

também, planejar uma ação para corrigir as ocorrências que não estiverem de acordo ao que o

programa estabelece.

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ANEXOS

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Anexo I – Formulário de auditoria

FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DOS 5S

5S Objeto da Avaliação Como verificar Nota (1 a 5)

Organização de materiais Acúmulo de materiais nas mesas, gavetas, prateleiras e armário

Tratamento de recursos Materiais largados em cima de armário e mesa

Otimização no uso de recursos Objetos separados em locais de fácil acesso e por frequência de utilização

Utilização de recursos Materiais sem utilização

SE

IR

I

PADRÃO DO SEIRI (%)

Ordem da guarda dos materiais Empilhamento de materiais sobre outros

Tempo de acesso para localizar materiais

Identificação de materiais

Localização Sinalização à distância

Disposição de compartimentos Lay-out

Quantidade de materiais

Mesas, cadeiras,armários, lixeiras, materiais de escritório em quantidade adequada (correspondendo ao lay-out)

SE

IT

ON

PADRÃO DO SEITON (%)

Higiene Sujeira acumulada

Preocupação com a saúde Níveis de poluição

Ambiente físico Paredes, pisos, vidros, mesas,

cadeiras, sofás e armários sujos

Limpeza sistemática Depósitos de descartes cheios e/ou em quantidade insuficiente

Limpeza regular Sujeira acumulada

SE

IS

O

PADRÃO DO SEISO (%)

Práticas sistemáticas de 5S Elaboração de Rotinas do 5S e sistemática de reconhecimento

Eliminação de fontes de sujeira Elaboração de planos e listas de pendências

Ambiente agradável Locais ventilados, iluminados e sem poluição

SE

IK

ET

SU

Acesso rápido e sem desgaste Exploração de controle visual

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às

informações e recursos

Apresentação pessoal Elaboração de Rotinas do 5S

Postura profissional Elaboração de Rotinas do 5S

PADRÃO DO SEIKETSU (%)

Cumprimento de Rotinas do 5S

Pontualidade

Guarda de objetos em locais definidos

Redução de recursos para manutenção da limpeza (pessoas e tempo de limpeza)

Cumprimento do que foi

estabelecido

Roupas limpas e pessoas asseadas

SH

IT

SU

KE

PADRÃO DO SHITSUKE (%)

PADRÃO ATUAL (%) PADRÃO ANTERIOR (%) EVOLUÇÃO (%)

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Anexo II – Critérios de avaliação do SEIRI

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO - SEIRI (Descarte) NOTA

ITEM 1 2 3 4 5 Acúmulo de materiais nas mesas e superfícies horizontais

Não há evidência de preocupação em não deixar acumular materiais

Mesmo com a justificativa de que o acúmulo de materiais é temporário; ainda há bastante quantidade

Há materiais sobre mesas e superfícies horizontais, porém sem causar má impressão

Há poucos materiais, porém alguns sem identificação

Os poucos materiais existentes encontram-se identificados

Materiais largados em cantos de parede, em cima de armários ou em outras superfícies horizontais

Observa-se despreocupação em definir destino de vários materiais

Há justificativa de que os materiais largados serão descartados, mas não estão identificados

Há poucos materiais largados, porém não causam transtornos

Há alguns materiais largados, porém com identificação

Não há materiais largados

Materiais similares em um mesmo local

Observam-se vários materiais similares muito próximos, e às vezes sob responsabilidade de uma mesma pessoa, com pouco nível de utilização

Apesar das justificativas, ainda é evidente a não-otimização de recursos

Algumas pessoas ainda mantêm materiais similares

Há poucos materiais similares em um mesmo ambiente

Não há materiais similares em um mesmo ambiente. Os que existem têm um alto grau de utilização

Materiais Muitos materiais que não têm mais utilização são mantidos, sem plano evidente de descarte

Muitos materiais sem utilização são mantidos, porém há um plano para descarte

São mantidos materiais utilizados com baixa frequência

Algumas pessoas ainda mantêm poucos materiais sem utilização, ou materiais usados com baixa frequência

Todos os materiais mantidos são utilizados com frequência

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Anexo III – Critérios de avaliação do SEITON

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO – SEITON (Ordenação) NOTA

ITEM 1 2 3 4 5 Empilhamento de materiais

Há bastante materiais empilhados

Há muitos materiais sobre outros, porém alguns já estão sendo devidamente ordenados

Há poucos materiais sobre os outros. Em locais fechados a ordenação ainda é deficiente

Em locais abertos não há empilhamento de materiais. Nos locais fechados há poucos materiais empilhados

Todos os materiais são ordenados de forma que o acesso a um deles não desordena os demais

Identificação de materiais

A grande maioria dos materiais não está identificada. A identificação não é funcional para os que aí estão colocados

Apesar de muitos materiais terem identificação, a mesma não é funcional

A grande maioria dos materiais está identificada. Mas não existe uma padronização

Só não estão identificados com padronização alguns materiais de uso individual (mas de propriedade da organização)

Todos os materiais estão identificados obedecendo a um padrão estabelecido

Sinalização à distância

Não há sinalização que facilite acesso ao que está sendo procurado

Há pouca sinalização para facilitar o acesso

Há sinalização para o acesso ao que está sendo procurado, mas ainda não é tão funcional

Há uma sinalização padronizada, mas ainda exige alguns esforços para o acesso, principalmente por pessoas que não pertencem ao ambiente

Há um sistema de sinalização que permite o acesso imediato ao que está sendo procurado. O sistema utiliza cores e símbolos e preocupa-se com as pessoas que não pertencem ao ambiente organizacional

Lay-out A forma de distribuição dos recursos promove o desperdício de tempo e a falta de contato entre as pessoas

Há uma preocupação em otimizar os recursos, mas a sua forma de distribuição ainda é deficiente

O ambiente como um todo tem uma boa distribuição de recursos. Porém, ainda é dificultado o relacionamento entre pessoas de níveis e ambientes diferentes

Dentro de móveis e utensílios a distribuição dos recursos está sendo executada

A disposição de recursos facilita o acesso rápido, sem desgaste, e promove uma aproximação entre pessoas de níveis e ambientes diferentes

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Anexo IV – Critérios de avaliação do SEISO

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO – SEISO (Limpeza) NOTA

ITEM 1 2 3 4 5 Sujeira acumulada

Não há preocupação com a limpeza do ambiente

Os locais de pouco uso estão com sujeira acumulada

Há sujeira acumulada apenas em locais de difícil acesso

Há pouca sujeira apenas nos locais de difícil acesso

Não há sujeira acumulada em nenhum local do ambiente

Níveis de poluição elevados

Há evidência de pouca preocupação com o meio ambiente, inclusive com a saúde das pessoas

Apesar de o ambiente apresentar níveis elevados de poluição, já estão sendo executadas medidas para reduzi-los

O ambiente apresenta algum tipo de poluição, porém em níveis baixos

A pouca poluição existente está sendo monitorada. Há planos para bloqueá-la e/ou elimina-la

Não existe qualquer tipo de poluição. Há uma preocupação evidente com a natureza

Paredes e pisos sujos

Os pisos e paredes encontram-se sujos e desgastados, podendo provocar acidentes

Alguns pontos do piso e das paredes encontram-se sujos e /ou desgastados

Poucos pontos de sujeira em pisos e paredes. Não há desgastes

Há pouca sujeira em locais de circulação

Os pisos e paredes estão totalmente limpos. Não há nenhum ponto de sujeira

Depósitos de descartes

Há poucos depósitos para descarte de materiais; os que existem estão cheios

Os depósitos existentes não estão cheios, mas não há uma distribuição adequada

Há uma boa distribuição de depósito de descarte, mas não há preocupação na separação de materiais

Os depósitos de descarte estão distribuídos adequadamente, estimulando a separação de materiais. Há alguma deficiência na freqüência de retirada e/ou nas condições de higiene ao seu redor

Os depósitos de descarte estão distribuídos, sinalizados, classificados. Conservados e facilitam o seu esvaziamento. Os seus arredores não sofrem nenhum tipo de influencia negativa pela sua presença

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Anexo V – Critérios de avaliação do SEIKETSU

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO – SEIKETSU (Asseio) NOTA

ITEM 1 2 3 4 5 Elaboração de rotinas do 5S, e sistemática de reconhecimento

Não há rotinas do 5S. A prática é aleatória

Algumas rotinas são estabelecidas, mesmo assim só para algumas equipes

São estabelecidas rotinas para toda a equipe. Não há sistemática de reconhecimento

A sistemática de reconhecimento não é oficializada. Se for, não satisfaz o ego da equipe

Há uma sistemática de reconhecimento oficial e que satisfaz o ego da equipe

Elaboração de planos e listas de pendências

Não há planos para eliminação das anormalidades

Há algumas listas de pendências, porém não há definições de prazos e responsabilidade

Há listas de pendências com definições de prazos e responsabilidade, porém, estão desatualizadas

As listas de pendências estão atualizadas.

As listas de pendências estão atualizadas e há um plano para eliminá-las

Locais ventilados, iluminados e sem poluição

As condições dos locais de trabalho provocam desgastes físicos anormais.

Há algumas anormalidades nas condições dos locais de trabalho que prejudicam os colaboradores da empresa

As condições dos locais de trabalho são boas, necessitando de algumas melhorias

O local de trabalho é isento de poluição. Pequenos ruídos ou algumas lâmpadas queimadas ainda existem

O local de trabalho oferece conforto e segurança.

Exploração de controle visual

Não há evidência de controle visual. Há dificuldades para detectar o controle das coisas

Há algumas formas de promover visualmente o controle das coisas, porém, são esporádicas e oriundas de iniciativas isoladas

O controle visual está presente em boa parte do local de trabalho, embora não seja muito operacional

Muitas pessoas já desenvolveram seus controles visuais, porém não há padronização nem utilização de cores. O controle ainda não é em tempo real

Há controle visual em todos os ambientes e compartimentos. A utilização de cores e o controle em tempo real já estão plenamente em operação

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Anexo VI – Critérios de avaliação do SHITSUKE

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO – SHITSUKE (Disciplina) NOTA

ITEM 1 2 3 4 5 Cumprimento de rotinas do 5S

Nenhuma rotina do 5S é cumprida

Apenas algumas rotinas são cumpridas, mesmo assim só por algumas pessoas ou equipes

As rotinas do 5S são cumpridas, porém, ainda há necessidade da participação da liderança oficial para que aconteçam

Todas as rotinas do 5S são cumpridas sem necessitar de imposições. Alterações nas rotinas não são sugeridas pelas pessoas de todos os níveis

As pessoas de todos os níveis cumprem rigorosamente as rotinas estabelecidas e participam ativamente para sua criação ou revisão

Pontualidade Há uma acomodação generalizada com relação à impontualidade

Apesar de haver uma preocupação, a impontualidade ainda é alta

A maioria dos compromissos assumidos é cumprida.

Todos os compromissos assumidos são cumpridos pontualmente. Poucas pessoas continuam impontuais

Todas as pessoas têm um forte compromisso com a pontualidade. Todos os relógios estão acertados, e as reuniões são iniciadas pontualmente

Guarda dos objetos em locais definidos

Muitos objetos ainda são guardados ou largados em locais inadequados

Alguns objetos são guardados inadequadamente. Muitos não são recolocados na posição prevista e em boas condições físicas

A maioria dos objetos é guardada adequadamente. Alguns que não estão em boas condições físicas não são segregados dos demais

Nos locais fechados não são guardados inadequadamente os objetos, porém, são guardadas quantidades acima do estritamente necessário

Todos os materiais são guardados adequadamente. Há uma evidência em todos os lugares, de que os materiais ali mantidos são os estritamente necessários

Redução de recursos para manutenção da limpeza (pessoas e tempo de limpeza)

Ainda é alta a quantidade de pessoas que cuidam estritamente da limpeza

Apesar da equipe de limpeza ser reduzida, os usuários ainda dedicam muito tempo à limpeza

A equipe de limpeza restringe-se a recolher materiais descartados nos depósitos e fazer uma faxina eventual. Os usuários ainda dedicam muito tempo para manter o local de trabalho limpo

O local de trabalho é mantido limpo pelos usuários. É necessário pouco tempo para limpeza. Os locais de uso coletivo ainda não têm o padrão de limpeza desejado

Muitas ações foram tomadas para eliminar a geração da sujeira. Há sistemas que induzem usuários a descartar materiais no local adequado

Roupas limpas e pessoas asseadas

As roupas das pessoas estão sujas

A maioria das pessoas encontra-se com roupas limpas

As roupas estão limpas. Ainda há pessoas com roupas apresentando sujeira.

Todas as pessoas encontram-se com roupas limpas

Todas as pessoas apresentam-se limpas.

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Anexo VII – Painel 5 sensos

Resultado do Diágnóstico Resultado da auditoria Sensos

Por Senso Geral Por Senso Geral

SEIR

I

SEIT

ON

SEIS

O

SEIK

ET

SU

SHIT

SUK

E

Data da Auditoria atual: / /

Data próxima Auditoria: / /

Auditado por:

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Anexo VIII – Formulário de não-conformidade

FORMULÁRIO PARA REGISTRO DE NÃO CONFORMIDADE

Responsável: Data: Local: Classificação da Não Conformidade ( ) Interna ( ) Externa

Nome do Projeto: Empresa:

Descrição da Não Conformidade Caracterização da Não Conformidade 1ª ( ) leve ( ) média ( ) grave 2ª ( ) leve ( ) média ( ) grave Tipo da Não Conformidade ( ) Administrativa ( ) Comercial ( ) Projetos

Ação Corretiva A solução adotada foi satisfatória? ( ) Sim ( ) Não Em caso negativo, por quê?

Ação Preventiva (Esta ação deve evitar que a Não Conformidade se repita)

Parecer do Gerente ( )Administrativo ( ) Comercial ( ) Projetos Ação planejada foi aprovada: ( ) sim ( ) não Recomendação: _________________________________ Data: ___/___/______ Gerente

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DECLARAÇÃO DE DESEMPENHO DE ESTÁGIO

A organização cedente do estágio ADDMAKLER ADMINISTRADORA E

CORRETORA DE SEGUROS LTDA declara, para devidos fins, que a estagiária ANELISE

PINOTTI GIRARDI, aluna do curso de Administração do Centro de Ciências Sociais

Aplicadas – CECIESA/Gestão da Universidade do Vale do Itajaí – Univali, de 08/09/2008 a

27/10/2008, cumpriu a carga horária de estágio prevista para o período, seguiu o cronograma

de trabalho estipulado no Projeto de Estágio e respeitou nossas normas internas.

Itajaí , 27 de outubro de 2008.

___________________________________

Jose Luiz Camargo

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ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS

Anelise Pinotti Girardi

Estagiária

Jose Luiz Camargo

Supervisor de Campo

Raulino Pedro Gonçalves, Adm.

Orientador de Estágio

Prof. Eduardo Krieger da Silva, Msc.

Responsável pelos Estágios em Administração