iii conferência nacional de defesa...
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Rede Nacional para Análise de Risco Químico em Alimentos
III Conferência Nacional de Defesa Agropecuária
Salvador, Bahia, 24 de abril de 2012
Marcelo Bonnet, Ph.D. Leônidas Paixão Passos, Ph.D.
I. RENARA:
UM ARGUMENTO INOVADOR PARA O ESTADO BRASILEIRO
O quê ? • Proposta mundialmente inédita em Análise de Risco de
Resíduos e Contaminantes Químicos em alimentos.
• Operante em múltiplas fronteiras de conhecimento (P, D & I)
• Projeto de Estado; integrador.
• Soberania Nacional.
• Transparência de Políticas Públicas.
• Legitimidade.
• Liderança Global: Codex Alimentarius / FAO/WHO, IPPC, OIE, FIL-IDF.
Como?
• Formação de rede nacional com capilaridade internacional.
• Deflagração de uso e validação de ferramentas inteligentes e pioneiras de gestão de processos, de sistemas e do conhecimento (Gestão à Vista).
• Multi-institucional: Embrapa/MAPA, MS/ANVISA/FIOCRUZ, MDA, MCT, MDIC/INMETRO, MMA, Universidades.
• Dividido em 15 projetos componentes – cadeias e processos (Matriz Dinâmica).
Integrantes da RENARA
(em expansão)
Argumento Operacional da RENARA
Interação com outros Projetos
Interação com outras Redes
Quando?
• Out 2010 - Julho 2011: Elaboração e aprovação da proposta inicial (aprovada sem ajustes).
• Nov 2011: Primeiro Workshop.
• Mar 2012: Segundo Workshop.
• 2012: Submissão da Proposta final.
• 2012-2017: Execução do projeto.
• 2018: Institucionalização Federal da RENARA – perenização de inteligência constituída – melhoria contínua.
Porquê?
•Lacuna imensa, perturbadora e recalcitrante em
análise de risco em alimentos.
•Descumprimento gritante da legislação nacional e
acordos internacionais.
•Impactos diretos em agricultura e saúde pública.
•Governança multidimensional: técnico-científica,
tecnológica, ambiental, social, econômica, moral,
cívica e ética.
Análise de Risco
• Lei 9712/98 (Decr. 5741).
• Fóruns Internacionais (FAO, OIE, IPPC) – LMR!
• Valoração e priorização das ações de controle e
certificação.
• Intervenções alternativas.
• Delimitação / especificidade geográfica das
intervenções.
• Validação científica; consistência e equivalência de
medidas sanitárias – OMC.
• Educação do consumidor; visibilidade de ações.
Impactos da RENARA
Abordagem Tradicional Abordagem RENARA
Sistemas Reativos Sistemas Preditivos
Sistemas Defensivos Sistemas Proativos
Sistemas Corretivos Sistemas Integrados
Sistemas Punitivos Sistemas Educativos
Sistemas Genéricos Sistemas Específicos
Sistemas Politicamente Orientados
Sistemas baseados em Conhecimento e Estratégia de Ponta
Produto da RENARA
Estrutura de Estado, multidisciplinar, perene e soberana, dotada de governança de competências estratégicas, táticas e operacionais em análise de risco químico em alimentos, como contribuição fundamental à saúde pública, à agricultura, à vida e à sustentabilidade.
II. FUNDAMENTOS
A Nova Segurança Alimentar Brasileira
Segurança Alimentar Tradicional
Nova Segurança Alimentar
Quantidade de alimentos Quantidade, qualidade e segurança dos alimentos
Produtividade Sustentabilidade, integração e agregação de valor
Renda no campo Relações capital-trabalho desafiadoras
Acesso ao alimento Adequação dos alimentos às expectativas e necessidades da sociedade
O Domínio do Grande Agronegócio
90% das
exportações mundiais de café são controladas por três empresas.
81% da carne
processada nos EUA tem origem em quatro empresas.
82% das
exportações de milho são feitas por três empresas.
FONTE: Gustafson, L. Harvard Business Review, Feb. 2012.
Os Novos Desafios Mundiais
PIB das nações do mundo = US$ 64 trilhões
Valor das empresas mundiais = US$ 76 trilhões
Pela primeira vez, a maior empresa do mundo é do varejo (Walmart)
No Brasil, acabou a pirâmide: A classe C é a maior. Motivo: Consumo de Alimentos
Na questão de qualidade e segurança de alimentos, os mercados se mobilizam em menos de 24 horas
Fonte: Mendes, 2010
Qualidade e Segurança
SEGURANCA
SEGURANÇA
QUALIDADE
cor sabor
consistência
tamanho
textura
perfil nutricional
Controle de perigos
biológicos,
químicos e físicos
US$ 40 bilhões e Crescendo
Laranja
Café
Soja
Milho
Carne Bovina
Carne Suína
Aves
Lácteos: uma cadeia especial
Modelo robusto, aplicável às demais cadeias de alimentos
Transversalidade e universalidade de demanda e consumo
Excepcional perfil nutritivo; alimento básico
Amplas dimensões: econômica, social, ética e ambiental
Sensibilidade dos produtos lácteos à diversos resíduos e contaminantes
Espaço para expansão brasileira no mercado externo
A FIL-IDF (fundada em 1903) deu origem ao Codex nos anos 1960s
Segurança Química vs. Microbiológica do Leite:
Pesos Relativos na Cadeia (ACA)
• Química (resíduos e contaminantes): 45.22%
• Microbiológica (patógenos): 23.41%
Valeeva et al., J. Dairy Sci. 2005 v 4, 88:1601-1612
Questões
• Complexidade de controle de distribuição e uso
• Sucessivas questões toxicológicas – necessidade de novos ensaios de alto custo, eg., bacitracina de zinco, avilamicina (FAO- Codex Alimentarius; CCRVDF, .pesticidas ,(2007
• Alto custo de plataformas inferenciais-analíticas e alto nível de treinamento do pessoal requerido – políticas públicas baseadas em conhecimento para maximizar recursos.
PESCADO
Pesticidas
Medicamentos
Contaminantes Ambientais
OVOS CARNE
LEITE
Metais pesados Radionucleotídeos Nitrato, nitrito Micotoxinas Dioxinas
Antimicrobianos Promotores Antiparasitários Hormônios
CULTURAS
ANIMAIS
MEL
“A dose faz o veneno”
Paracelso
ANTIMICROBIANOS
HORMÔNIOS
ANTIPARASITÁRIOS
OUTROS FÁRMACOS
PESTICIDAS
METAIS PESADOS
SUBSTÂNCIAS RADIOTIVAS
ALERGIAS
LESÕES
HEMATOPOIETICAS
(LEUCEMIA)
TRANSTORNOS DE
FECUNDIDADE/ FETO
ANOMALIAS DO
CICLO SEXUAL
TUMORES
LESÕES HEPÁTICAS
LESÕES RENAIS
TRANSTORNOS
NERVOSOS
RESISTÊNCIA A ANTIMICROBIANOS
DESAFIOS DA SEGURANÇA DE ALIMENTOS
• Perigos tem distribuição estatística variada (freqüentemente desconhecida!)
• Difícil localização e ou detecção
• Visibilidade e tangibilidade baixas
• Fator surpresa; eventos esporádicos
• Complexidade e multiplicidade dos mecanismos de ação (crônicos, agudos, sub-agudos)
• Cenários epidemiológicos complexos
Limitações da Amostragem-Análise
• Premissa de distribuição estatística normal do analito, independência e variâncias homogêneas (homocedasticidade).
• Mas distribuição freqüentemente desconhecida!
• Limitações inerentes ao plano amostral – limitações do poder inferencial.
• Custos (coleta, transporte de amostras; análises).
• Tempo requerido, magnitude do processo.
• Pessoal altamente qualificado.
Laboratórios e Poder Inferencial: uma relação desafiadora
. Conexão laboratório-campo
. Planos amostrais . Métodos e Metodologia
. Métrica e Metrologia
O Triângulo Virtuoso: dados não falam por si
DADOS
INFORMAÇÃO INTELIGÊNCIA
Como conceito probabilístico, a segurança dos alimentos requer abordagem
dinâmico-preditiva, sempre associada ao exercício ativo de práticas preventivas ao longo da cadeia (BPA, BPF, PPHO, APPCC),
e verificada em laboratórios.
PERIGO E RISCO
• PERIGO – agente biológico, químico ou físico presente no alimento, ou condição do alimento, capaz de provocar efeitos adversos à saúde.
• RISCO – probabilidade, ou função da probabilidade, de ocorrência de efeitos adversos à saúde, e a severidade dos efeitos, causados por perigos no alimento.
FAO/CODEX ALIMENTARIUS, Manual de Procedimentos, 14a Edicao
Riscos não podem ser
eliminados, mas devem ser
avaliados e daí gerenciados e
comunicados.
III. INCURSÕES SELECIONADAS EM FRONTEIRA DE CONHECIMENTO
Avaliação de Risco
• Elucidação de rotas de transferência
• Determinação de fatores de transferência
• Especificidades bióticas e abióticas (tropical, mudanças climáticas)
• Toxicologia de baixa dose
• Toxicologia de componentes múltiplos
• Mecanismos de ação em condições especiais
• Farmacocinética, -dinâmica, farmacogenética
• Tecnologias alternativas e complementares
Avaliação de Risco
• Modelagem matemática preditiva
• Simulação (Monte Carlo)
• Elucidação de distribuições
• Desenvolvimento de vetores e instrumentação de rastreabilidade
• Diferenciação de incerteza e variabilidade
• Mapeamento e descrição de exposição da população a perigos químicos
• Mecanismos de resistência a pragas, doenças
• Fatores ambientais (persistência, modulação)
Avaliação de Risco
• Agenda métrica e metrológica para ARQ
• Formação de continuum analítico (campo-lab.)
• Mineração de dados
• Lógica Nebulosa (fuzzy logics)
• Análise de séries históricas especiais
• Inferência estatística a partir de distribuições não-triviais
• Inferência Bayesiana
IV. GESTÃO DA RENARA
Alinhamento Estratégico, Tático e Operacional em uma Estrutura Colaborativa
Comando e Controle Consenso Colaborativo
Estrutura Organizacional
Hierarquia Matriz ou pequeno grupo
Rede dispersa, transorganizacional
Detentor da Informação
Alta gerência Integrantes formais Todos os funcionários
Tomada de decisão
Indivíduos no topo Todas as partes Comando da colaboração
Prestação de contas
Resultados à luz de metas
Indicadores de desempenho
Consecução de metas comuns
Onde funciona melhor
Hierarquia definida; inovação não é importante
Pequenas equipes; rapidez não é importante
Grupos e várias unidades; inovação é crucial
Três Estilos de Liderança Comparados
Fonte: Ibarra & Hansen. Harvard Business Review, Jul. 2011
Definir e estabelecer
um propósito comum
Cultivar a ética da contribuição
Coordenar iniciativas
de indivíduos
Valorizar e recompensar a
colaboração
Passos para construir um projeto colaborativo
Fonte: Adler et al. Harvard Business Review, Jul. 2011
Avanço Científico
Marco Legal
Tendências do Mercado
Atuação na Estrutura de Portfólio de Projetos
Alinhamento Estratégico
Foco nos Resultados / Produtos
Cumprimento dos Cronogramas
Acompanhamento de Cada Atividade
Rapidez na Tomada de Decisões
Alinhamento Tático e Operacional
Central de Logística
Central de Resultados
Comunicação – Trânsito da Informação
Tutor de Tecnologia
Estrutura Colaborativa
V. SUMÁRIO ESTRATÉGICO
Indução de Novos Paradigmas
• Reativo
• Defensivo
• Simplista
• Imediatista
• Politicamente
orientado; Submissivo;
Fragmentado
Proativo
Colaborativo
Simplificado
Dinâmico-Preditivo
Técnica-, Científica- e Estrategicamente orientado; Integrado