i – explicitação sobre a organização da entidade escolar · o município de nova fátima...

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1. APRESENTAÇÃO O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Adelaide Glaser Ross - Ensino Médio é um instrumento teórico-metodológico que visa ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola de uma forma sistematizada, consciente, científica e participativa. Consciente da realidade vigente no mundo globalizado que está engrenado à política econômica neoliberal, onde o indivíduo é responsável pelo seu sucesso ou fracasso, e refletindo a necessidade de contribuir para a construção de um sujeito capaz de atuar efetivamente em tal mundo, sendo agente de mudança econômico-social e cultural, o Colégio se propõe a adotar uma política de ensino aprendizagem que contribua na ampliação do horizonte do educando no que diz respeito ao conhecimento científico sistematizado, à visão histórica, político-social, cultural, artística e econômica em escala global, regional e local. Ciente de que o Colégio não pode se calcar em uma ideologia voltada apenas para uma formação “conteudista” do intelecto, que atenda apenas ao sistema competitivo de concursos e vestibulares, entretanto, não entendemos que seja papel da escola abraçar a educação pessoal, familiar, a formação de caráter e consciência de cidadania sozinha, mas é por via da escola que o sujeito tem acesso ao conhecimento e a cultura e isso o ajudará a exercer sua cidadania. O Projeto Político Pedagógico deve representar o compromisso coletivo com uma determinada trajetória no cenário educacional. Há necessidade, porém, de clareza sobre a força e os limites deste projeto. A corporeidade do projeto acontece na interação entre os sujeitos: professores, alunos, pedagogos, direção, pais e funcionários que são as pessoas que dão

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1. APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Adelaide

Glaser Ross - Ensino Médio é um instrumento teórico-metodológico que visa

ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola de uma forma

sistematizada, consciente, científica e participativa.

Consciente da realidade vigente no mundo globalizado que

está engrenado à política econômica neoliberal, onde o indivíduo é

responsável pelo seu sucesso ou fracasso, e refletindo a necessidade de

contribuir para a construção de um sujeito capaz de atuar efetivamente em tal

mundo, sendo agente de mudança econômico-social e cultural, o Colégio se

propõe a adotar uma política de ensino aprendizagem que contribua na

ampliação do horizonte do educando no que diz respeito ao conhecimento

científico sistematizado, à visão histórica, político-social, cultural, artística e

econômica em escala global, regional e local.

Ciente de que o Colégio não pode se calcar em uma ideologia

voltada apenas para uma formação “conteudista” do intelecto, que atenda

apenas ao sistema competitivo de concursos e vestibulares, entretanto, não

entendemos que seja papel da escola abraçar a educação pessoal, familiar, a

formação de caráter e consciência de cidadania sozinha, mas é por via da

escola que o sujeito tem acesso ao conhecimento e a cultura e isso o ajudará

a exercer sua cidadania.

O Projeto Político Pedagógico deve representar o compromisso

coletivo com uma determinada trajetória no cenário educacional. Há

necessidade, porém, de clareza sobre a força e os limites deste projeto. A

corporeidade do projeto acontece na interação entre os sujeitos: professores,

alunos, pedagogos, direção, pais e funcionários que são as pessoas que dão

vida à escola. Assim, o projeto compromete pessoas com uma idéia, com uma

prática transformadora não somente da realidade do Colégio pautada nos

princípios da igualdade, da qualidade do ensino, da gestão democrática, da

liberdade e na valorização dos profissionais da escola. A forma de firmar este

compromisso implica planejamento, dando lugar e sentido a uma ação

conduzida pelas diretrizes do presente Projeto Político Pedagógico que numa

perspectiva mais ampla pretende ajudar na construção de uma sociedade

mais justa.

Enfim o conjunto do Projeto Político Pedagógico é sempre uma

manifestação de sujeitos concretos que buscam algo mais que a simples

manutenção das condições de exploração da sociedade vigente. É

importante, ainda, salientar que este projeto não tem a preocupação de

apresentar soluções definitivas, mas expressa o desejo e o compromisso do

grupo que a partir de um processo de trocas e buscas comuns, participa da

construção do futuro para a melhoria do desenvolvimento humano e a

qualidade de vida na escola e na sociedade na qual está inserido, apoiando-

se numa postura participativa e responsável de toda a comunidade.

2. IDENTIFICAÇÃO

Colégio Estadual Adelaide Glaser Ross – Ensino Médio

Código do Estabelecimento: 00190

Endereço: Rua Moysés Lupion, 474, Centro.

Fone: (43) 3552-1508

Município: Nova Fátima

Código do Município: 1710

Localização: Zona Urbana

Distância da Sede do N.R.E.: 30 km

N.R.E: Cornélio Procópio

Código do N.R.E.: 08

Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná

Ato de Autorização de Funcionamento Decreto nº. 2676/80, DOE 24/07/80

Renovação da Autorização de Funcionamento nº. 1016/2005

Ato de Reconhecimento do Curso: Ensino Médio – Decreto nº. 1724/2000

Parecer do N.R.R. de Aprovação do Regimento Escolar: nº 22 de 09/10/2002.

Site: nfaadelaideross.seed.pr.gov.br

e-mail: [email protected]

2.1 Caracterização do Município de Nova Fátima

O município de Nova Fátima está situado no Estado do Paraná,

na região conhecida como Norte Pioneiro, localiza-se na Latitude 23º 27’ Sul,

Longitude 50º 32’ Oeste, numa altitude de 673 m. Sua área corresponde a

217 Km2 que abrange a Zona Urbana e Rural, limita-se com os Municípios de

Congonhinhas, Ribeirão do Pinhal, Cornélio Procópio, Santo Antônio do

Paraíso, São Sebastião da Amoreira e Nova América da Colina.

Os primeiros moradores de Nova Fátima foram: Pedro Marçal

Ribeiro, João Canedo, Martiniano de Campos, Rosa Adriano Consolin,

Sebastião Nicolau Froes (primeiro prefeito eleito), Antônio José Fogaça,

Gustavo Schenfelder e Lupércio Amaral Soares.

A emancipação política aconteceu em 14/11/51 e a elevação a

Município em 14/12/52 foi empossado o Primeiro Prefeito.

Atualmente apresenta segundo estimativas do IBGE uma

população aproximada de 8.264 habitantes Percebeu-se que de 1970 para

2005 houve diminuição da população do município e um intensificado êxodo

rural. Nesta condição o IBGE revelou que a maioria da população está

localizada na Zona Urbana, e que há predominância da população masculina,

sobre a feminina. Quanto à renda per capita, mostra como em todo o país,

concentração do poder aquisitivo nas mãos de uma pequena parcela da

população, contudo o Índice de Desenvolvimento Humano do Município é de

0.747, o que não é tão ruim para a região.

As atividades econômicas do Município são: a agroindústria,

constituída por algumas fazendas que empregam a maioria dos lavradores do

Município e pequenas propriedades rurais; o comércio, que apresenta um

número de vagas razoável, mas depende do bom desempenho da agricultura

para crescer. Existem três empresas de médio porte, Gráfica Catuaí Print e a

Fábrica de Fios Condusul e FATIMEL – Indústria de produtos Alimentícios,

que empregam um número maior de funcionários, mas quando comparados à

população total do município ainda são poucos. Há, também, micro

empresas que funcionam com um número pequeno de funcionários como a

torrefação e o comércio de doces.

Evidentemente, o êxodo rural e as poucas vagas para empregos

impelem a população a procurar melhores condições de vida, em outros

municípios, em outros estados e inclusive, em outros países.

2.2 Histórico do Colégio Adelaide Glaser Ross

O presente Colégio teve sua construção iniciado no Governo do

senhor Moysés Lupion, sendo entregue a cidade em 1.951, já no mandato do

Dr. Bento Munhoz da Rocha Neto, contudo o decreto nº. 16.122 de criação,

data de 08 de março de 1.956. Sua denominação como Grupo Escolar

“Adelaide Glaser Ross” foi atribuída pelo decreto n º 12.816 de 10 de outubro

de 1.957, homenageando a doadora deste terreno. Com relação a esta

senhora, podemos salientar que foi uma das ilustres damas da sociedade

paranaense e esposa do Dr. Carlos Ross, um dos pioneiros do município de

Nova Fátima.

A escola Normal Colegial Estadual de Nova Fátima foi

instalada em 1.962, pelo decreto n º 32.123 de 19 de setembro de 1.960,

quando se fez necessário oferecer no município estudos secundários para os

munícipes usufruírem deste benefício. Esta modalidade passou a denominar-

se Magistério com a reorganização do Ensino pela Lei n º 5692/71 foi extinto

em 1.999.

Em 1.967 foi instalado o Colégio Comercial Estadual de Nova

Fátima, devido a existência de muitos interessados em realizar o Curso

Técnico. A portaria n º 12.908/67, a primeira turma inicia em março de 1.968,

esse curso é denominado Técnico em Contabilidade e foi cessado em 1.995.

Com a reorganização do Ensino em 1.980, atendendo as

diretrizes da Lei n º 5692/71, a escola que oferecia 1ª a 4ª séries, Escola

Normal e Curso Técnico em Contabilidade, a escola passou a ser um

complexo denominado Colégio Estadual Adelaide Glaser Ross – Ensino de 1º

e 2º graus. Neste mesmo ano foi implantado.

Entre 1.980 e 1.990 abriram-se turmas da pré – escola, para

atender a demanda de Educação Infantil, sendo encerradas devido a falta de

espaço físico para funcionamento desta turma.

Com o decorrer do tempo os avanços no campo da educação,

nos respectivos momentos históricos, bem como os que aconteceram no

processo educacional, no ano letivo de 1990 foi implantado o Ciclo Básico de

Alfabetização no Estabelecimento de ensino, através do Decreto

Governamental numero 2545, de 14 de março de 1988, o qual englobou num

único ciclo as duas primeiras séries do primeiro grau, denominado Ciclo

Básico de Alfabetização, considerando de extrema importância para o ensino

público paranaense, objetivando diminuir os índices de evasão e repetência

ocorridos nas duas séries.

No ano de 1.991 iniciou o funcionamento das turmas de 5ª e 8ª

séries, que findou em 1.998, após as reformas que ampliaram a Escola

Estadual Dr. Aloysio de Barros Tostes, a qual passou a comportar toda

demanda do município.

Na retomada história, para se buscar o retorno á qualidade e

competência técnica adequados a uma sociedade em desenvolvimento foi

apresentado um projeto local, em nível de escola, propondo que se

entendesse o Ciclo Básico de Alfabetização num “CONTINUUN” de quatro

anos, que começou a vigorar no ano de 1994, através do Decreto numero

2325/93.

Em 1.994, substituindo o curso de Técnico em Contabilidade,

este Colégio passa a ofertar o curso de Auxiliar em Contabilidade que

também foi cessada em 1.998 com a reforma do Ensino Médio.

Quanto ao atendimento do educando portador de necessidades

especiais, a partir do ano de 1988, o Estabelecimento de Ensino passou a

ofertar Classe Especial na área mental, de acordo com a Resolução numero

1037/88, de 13 de abril de 1988. Posteriormente no ano de 1994, foi

implantado o Centro de Atendimento Especializado na área de deficiência

visual, conforme Resolução número 2934/94, de 10 de junho de 1994.

Em face de a proposta apresentada pelo Prefeito Municipal

José Delanhol e por determinação da Lei numero 9394/96 (LDB), foi

autorizada a municipalização das quatro séries iniciais do Ensino

Fundamental (1ª a 4ª séries), e classes de atendimento a educandos

portadores de necessidades especiais: DM e CAE – DV, a partir de 02 de

maio de 2001, conforme resolução numero 2323/2001, passando o

Estabelecimento continuar ofertando o Ensino Médio e passou a denominar-

se Colégio Estadual Adelaide Glaser Ross – Ensino Médio.

Com o fim dos cursos do Ensino Profissionalizante, o antigo

Ensino de 2º grau, passa a contemplar a formação cidadã com a Educação

Geral, de 1997 a 2001. Com a implantação do PROEM, o Colégio Estadual

Adelaide Glaser Ross inicia o curso de Ensino Médio, existente até hoje.

Na data de sua construção o prédio possuía seis (06) salas de

aulas, um gabinete, uma secretaria e uma sala de professores. Em 1.988

através de um convênio com a Fundepar foram feitas algumas modificações,

tais como: ampliação da biblioteca, construção de uma rampa em um dos

corredores com acesso a cantina, evitando assim, que os alunos tomassem

chuva, na hora do lanche, calçamento das laterais do pátio. Várias ampliações

ocorreram e atualmente possuindo nove (09) salas de aula, um (0l) laboratório

de informática, um (01) laboratório de Química, Física e Biologia, uma (01)

biblioteca, uma (01) sala para secretaria, um (01) gabinete para direção, uma

(01) sala de professores e uma (01) sala para pedagogos.

Os primeiros diretores deste Colégio, cronologicamente, foram:

Maria José Rabelo de Andrade e Alcinira Pacheco Ribeiro – 1.953 a 1.954;

Terezinha Leda Siqueira Meda, Alcena de Souza Facco e Maria Dilma de

Siqueira – 1.955;

Maria Dilma de Siqueira – 1956 à 04/02/1959 e 1961 à 1965;

Elvita de Oliveira Calvo da Costa – 04/02/1959 à 18/05/1961;

Com a fundação da Escola Normal em 1962 passa a existir

duas direções, uma responsável pelo primeiro (1º) grau e outra responsável

pela Escola Normal e o Técnico em Contabilidade, como segue:

a) Representando o primeiro (1º) grau (1ª a 4ª séries) foram diretores:

Maria Dilma de Siqueira. – 18/05/1961 à 10/02/1965;

Maria Célia Costa Salgueiro. – 10/02/1965 à 20/08/1967;

Sueli Chaerke. – 20/08/1967 à 27/06/1969;

Alcena de Souza Facco. – 27/06/1969 à 18/09/1978;

Maria Aparecida Ceruli Marinho. – 18/09/1978 a 1980.

b) Representando a Escola Normal e o Técnico em Contabilidade, foram

diretores:

Luiz Rosenthal Pereira. – 1962;

Maria Mercês de Castro. – 1962 a 1.963;

Maria Jael de Luca Volpi. – 1.964 à 1.967.

Oleno Spagola Volpi – 1967 a 1976.

Em 1.980 acontece a Unificação das três modalidades

ofertadas, inclusive mudando a nomenclatura da Escola para Colégio

Estadual Adelaide Glaser Ross, assim a direção, vice direção, equipe

pedagógica e administrativa, as seguintes:

Direção e Vice Direção respectivamente:

1980 a 1982 – Leila Domingos Chaerke.

Maria Jael de Luca Volpi.

1982 a 1987 – Maria aparecida Ceruli Marinho.

Rozária Calvo Marques.

1987 a 1993 – Idésio Pereira

Rozária Calvo Marques.

02/08/1993 a 1997 – Maria Aparecida Ceruli Marinho.

Missao Izuhara.

Sueli Maria de Souza e Silva

07/2001 à 12/2001 – Missao Izuhara.

2002 a 2007 – Ana Cristina de Oliveira Melo.

01/2008 a 03/2008 – Josué Barbosa de Melo.

04/2008 a 12/2008 – Ana Cristina de Oliveira Melo.

01/2009 até a presente data – Missao Izuhara.

Secretárias:

1980 a 1983 – Efigênia Dutra de Mello.

1983 – Antonia Hilda M. Peres.

1984 a 1986 – Idésio Pereira.

1987 a 1989 – Efigênia Dutra de Mello.

A partir de 1990 – Cleusa Ricci dos Santos.

Supervisores:

1980 a 1982 – Maria Bertolina de Lima.

Diloah Alves Garrido.

1984 a 1989 – Diloah Alves Garrido.

Nívea de Campos Freitas Roveri.

1.990 à 1.992 – Nívea de Campos Freitas Roveri.

1995 a 2000 – Kátia Regina Gomes Simões.

1996 a 2000 – Ana Lúcia de Lima Xavier

Orientadores Educacionais:

1980 a 1982 – Rozária Calvo Marques.

1984 a 1986 – Efigênia Dutra de Mello.

1990 a 1992 – Irene de Souza.

1993 a 1994 – Efigênia Dutra de Mello.

1995 a 1996 – Ionice Pereira da Silva Mariano.

1997 a 2001 – Efigênia Dutra de Mello.

07/2001 a 2005 – Josué Barbosa de Mello

Coordenadores do Magistério.

1995 a 1996 – Efigênia Dutra de Mello.

Coordenador de Estágio.

1995 a 1996 – Efigênia Dutra de Mello.

Coordenadora do C.B. A.

1995 – Nívea de Campos Freitas Roveri

1995 a 1996 – Efigênia Dutra de Mello.

1997 a 2001 – Josué Barbosa de Melo.

Nívea de Campos Freitas Roveri.

2001 – Idésio Pereira.

Regina do Rocio Corrales Pinheiro.

Coordenador do Salto para o Futuro

1995 a 2000 - Adélia Rodrigues do Carmo

Professor Pedagogo

2005 – Adriana Maria Augusto Faria

Josué Barbosa de Melo

2006 – Sirlene de Fátima Boscardin

2007 a 2009 – Sirlene de Fátima Boscardin

Josué Barbosa de Melo

2010 até a presente data – Josué Barbosa de Melo

2.3 Quadro Demonstrativo: Direção, Equipe Pedagógica, Corpo Docente

e Funcionários.

Nome Função Disciplina HabilitaçãoMissao Izuhara 1 Diretor - Esq. IIJosué Barbosa de Melo 1 Pedagogo - PedagogiaEdilene Rosa da Silva 1 Professora Arte ArteCarolina de Fátima Souza Silva 1 Professora Biologia BiologiaRoseli Terezinha Kramel 2 Professora. Biologia BiologiaSimone de Oliveira Pedro 3 Professora Biologia BiologiaRita de Cássia Almeida 1 Professora Ed. Física Ed. FísicaSilvia Stelmastchuk 2 Professora Ed. Física Ed. FísicaVanda Aparecida de Campos 3 Professora Ed. Física Ed. FísicaMaria Elena de Carvalho 1 Professora Filosofia PedagogiaRosana Célia Santos 2 Professora Filosofia PedagogiaAparecida Rocha Santiago 1 Professora Física MatemáticaVera Ebertz 2 Professora Física FísicaIndianaí Brasileira D. Ferreira 1 Professora Geografia Geografia

Leila Francisca Xavier 2 Professora Geografia GeografiaAna Lucia de Lima Xavier 1 Professora História HistóriaJuliana Silveira Belinelli 2 Professora História HistóriaMichelle Silva Dias 3 Professora História HistóriaAmira Assaad Zouein 1 Professora L. Port. L. Port.Simone de Oliveira Pedro 2 Professora L. Port. L. Port.Aparecida Rocha Santiago 1 Professora Matemática MatemáticaDenize Aparecida Viscardi 2 Professora Matemática MatemáticaFátima Rocha Santiago 1 Professora Química QuímicaHelena Maria Bueno 2 Professora Química QuímicaÂngela Maria de G. Ferreira 1 Professora Sociologia PedagogiaRoseli do Prado Pena 2 Professora Sociologia PedagogiaMaria Ap. de Oliveira Zanin 1 Professora Inglês LetrasValquiria Fernanda dos Santos 2 Professora Inglês LetrasAdélia Rodrigues do Carmo 1 Professora P. Disc.Técn Esq. IIIdésio Pereira 1 Professor Apoio Ped. Normal Sup.Cleuza Ricci dos Santos 1 Secretária - MagistérioMiguel Tadeu M. Borba 1 Assist.Adm. - ContabilidadeDirce da Costa 2 Assit.Adm. - C.ContábeisLeonildo Jose Gonçalves 3 Assit.Adm. - ContabilidadeMaria do Carmo Pancaldi Lima 1 Merendeira - ContabilidadeAparecida de Oliveira 1 A.S.Gerais _ 1º GrauAparecida Martins 2 A.S.Gerais - 1º GrauCarmem Lucia Bertollo 3 A.S.Gerais - 1º GrauIvanilda Ferreira Machado 4 A.S.Gerais - ContabilidadeJosiane Aparecida Juliano 5 A.S.Gerais - MagistérioMaria Ap. Sarto Vieira 6 A.S.Gerais _ ContabilidadeMaria da Penha P. da Silva 7 A.S.Gerais _ MagistérioMaria Tereza C. B. Fantini 8 A.S. Gerais _ ContabilidadeVenância Gonçalves dos Santos 9 A.S.Gerais - Ens.Médio

3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DO ENSINO MÉDIO

A fundamentação ou a “base” do curso do Ensino Médio está

fixada numa ação pedagógica que tem como objetivo organizar os princípios e

diretrizes gerais da LDB, explicitando esses princípios no plano pedagógico

dando enfoque:

Na consolidação e aprofundamento do que foi aprendido no

Ensino Fundamental.

Preparação do aluno para o trabalho e a cidadania, para que

ele continue aprendendo no decorrer de sua vida.

Aprimoramento do aluno como pessoa humana através da

formação ética, da independência intelectual e do pensamento crítico.

Propiciar a compreensão dos fundamentos da ciência e da

técnica, relacionando a teoria com prática em cada disciplina.

A Escola, com base nas novas Diretrizes Curriculares,

fundamenta-se na idéia de conteúdos estruturantes das disciplinas escolares.

Entende-se por conteúdos estruturantes os saberes, conhecimento de grande

amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de

estudo de uma disciplina escolar, considerados basilares e fundamentais para

a compreensão de seu objeto de estudo e/ou de suas áreas. É necessário

destacar que o conhecimento a ser trabalhado no Ensino Médio não pode ser

a reprodução das formas de método de academias. Ele deve ter a

especificidade de tratar as dimensões do conhecimento em sua totalidade. O

que implica numa abordagem teórica metodológica que considere a

interdependência das dimensões científica, artística e filosófica do

conhecimento, nos conteúdos de cada uma das doze disciplinas do Ensino

Médio. Isso pressupõe interdependência e diálogo entre as disciplinas da

matriz curricular na escola e implica, também, na necessidade de um maior

equilíbrio na distribuição de aulas entre as disciplinas. Nesse Projeto Político

Pedagógico a opção político-pedagógica apresentada, para esse momento

histórico, é por um currículo disciplinar de tradição curricular no ensino médio.

Esta opção, entretanto, pressupõe uma perspectiva interdisciplinar, a partir da

qual aprofunda os conceitos de interdisciplinaridade e de contextualização.

As questões do conhecimento, da arquitetura curricular, bem

como a compreensão dos conceitos de interdisciplinaridade dos conteúdos

têm por objetivo aprofundar s reflexões a respeito dos sujeitos no Ensino

Médio. Quem é esse estudante e no que o ensino médio pode transformá-lo?

Compreender o currículo como documento e como discurso,

produzido por e, ao mesmo tempo, produtor de sujeitos sociais e históricos,

torna evidente a relação entre o “O que?” e o “Para que?” ensinar e como o

“O que eles ou elas devem ser?”.

A discussão do currículo como construção social passa,

inevitavelmente pela discussão a respeito dos sujeitos do Ensino Médio.

Quem são eles? De onde vêm? Que referências sociais e culturais trazem

para a escola? O que a escola e o currículo querem que eles sejam/tornem-

se?

Pensar uma política pública para o Ensino Médio partindo da

realidade desses sujeitos, exige que tenhamos claro que não se tratam de

“sujeitos sem rosto”, sem história, sem origem de classe ou fração de classe.

Os sujeitos que nos referimos são predominantes jovens e, em

menor número, adultos de classe popular, filhos de trabalhadores

assalariados ou que produzem a vida de forma precária, por conta própria, do

campo ou da cidade, de regiões diversas e com particularidades

socioculturais e étnicas. (Frigotto, G. 2004, p. 57)

Espera-se, assim que a escola assuma a responsabilidade de

atuar na transformação e na busca do desenvolvimento social, possibilitando

a formação de cidadão participativo, responsável, compromissado e criativo.

4. ESTRUTURA DO CURSO

O Ensino Médio, etapa final da educação básica, com duração

de três (03) anos com o mínimo de 2400 horas e 600 dias letivos nos três

anos.

O currículo de Ensino Médio foi organizado de acordo com a

legislação vigente, compondo-se, portanto de duas partes: Base Nacional

Comum e Parte Diversificada, conforme Matriz Curricular deste

Estabelecimento de Ensino.

5. OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO MÉDIO

Consoante com a Filosofia exposta e com os princípios da

L.D.B. 9394/96 e com o Regimento Interno deste Colégio são assim definidos

os objetivos do Ensino Médio.

• Consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no Ensino

Fundamental.

• Formar o cidadão autônomo, capaz de discernir os valores morais,

sociais e culturais, nas situações cotidianas.

• Desenvolver a autonomia para viver em sociedade respeitando

princípios éticos e multiculturais.

• Trabalhar a diversidade e a pluralidade.

• Compreender sua historicidade enquanto sujeito capaz de construir

uma sociedade mais humana.

• Entender as inter – relações entre os diversos ecossistemas e o homem

enquanto co-responsável pelo desenvolvimento da sociedade.

• Desenvolver conceitos e valores cidadãos.

• Utilizar saberes como princípios de elaboração cultural que prepare o

indivíduo para enfrentar a vida.

• Possibilitar a inserção consciente dos adolescentes na sociedade e no

mercado de trabalho.

• Aprimorar os alunos enquanto seres humanos éticos, portadores de

sentimento e empatia.

• Construir-se enquanto homem flexível capaz de utilizar seus

conhecimentos para lutar por um mundo melhor.

• Garantir aos alunos um ensino diversificado que lhes permitam serem

capazes de enfrentar com competência, as transformações da

sociedade.

• Proporcionar experiências em que possam construir seu próprio

conhecimento, com atividades inovadoras, compromissadas com o

entendimento da realidade e sua vinculação em relação a ela.

• Promover a sua compreensão e o compromisso de preservarem o meio

ambiente e o desenvolvimento de ambiente escolar saudável e

produtivo.

• Dar igualdade de oportunidades no desenvolvimento de uma

aprendizagem ativa.

• Proporcionar a sua compreensão e o compromisso de preservarem o

meio ambiente e o desenvolvimento de ambiente escolar saudável e

produtivo.

• Proporcionar práticas conjuntas e promover situações de cooperação.

• Oferecer condições necessárias para a educação inclusiva e

preparação para inclusão social.

6. MARCO SITUACIONAL

6.1 Caracterização no Contexto Histórico Social

A história da humanidade resulta de um movimento histórico

dialético constante onde o homem torna-se objeto e é subjugado por múltiplos

fatores como: as condições do mercado de trabalho, a ideologia dominante, o

mercado financeiro as regras sociais, enfim apenas os detentores dos meios

de produção acabam sendo respeitados em seus direitos. Neste contexto de

mudanças a humanidade vive sob a hegemonia política e ideológica do

neoliberalismo: processo intercultural, mundialização, aldeia global, são

palavras que passaram a constituir marcadamente o repertório das

discussões acerca da sociedade contemporânea.

Assim cabe salientar que o neoliberalismo configura-se como:

“Um complexo processo de construção hegemônica. Isto

é, como uma estratégia de poder que se implementa em

dois sentidos articulados: por um lado, através de um

conjunto razoavelmente regular de reformas concretas no

plano econômico, político, jurídico, educacional etc. e, por

outro, através de uma série de estratégias culturais

orientadas a impor novos significados sociais, a partir dos

quais legitimam as reformas neoliberais como sendo as

únicas que podem (e devem) ser aplicadas no atual

contexto histórico de nossa sociedade.” (Gentili, 1996:).

O capitalismo que desenvolve a indústria de massa, gerada de

grande homogeneização, apagando diferenças e padronizando estilos de

vida; que implantou o consumismo, a competição permanente, segundo

muitos teóricos está em crise passageira e novas relações precisam ser

estabelecidas.

Mas o neoliberalismo incorpora estes princípios anteriormente

citados e busca reorganizar o capitalismo partindo da compreensão de que o

mercado é o único setor e instrumento capaz de regular os interesses e as

relações sociais. O setor público, no caso o Estado, é responsável por toda a

crise pela qual a sociedade passa. Essa é a base de sustentação do

neoliberalismo: o Estado é insuficiente para administrar o setor público,

enquanto o setor privado é considerado altamente eficiente.

O Brasil enquanto nação não poderia ficar à margem da

história mundial e das conseqüências, positivas e negativas dessa nova

concepção. Sendo assim a sociedade atual brasileira encontra-se

fragmentada, com grande concentração de renda nas mãos de uma minoria e

a maioria da população continua excluída das condições básicas para a vida

humana. O neoliberalismo impôs ao mercado de trabalho uma condição ainda

mais excludente com as altas taxas de desemprego e a conseqüente

subserviência da população para aceitar condições e trabalho e salários ainda

piores, sob a pena de engrossarem a massa dos desempregados que vivem

em absoluta miséria.

A sociedade brasileira historicamente marcada pelo

colonialismo, ainda não consegue estruturar suas bases econômicos e devido

a globalização, torna-se refém das oscilações do mercado internacional onde

o que menos importa é a condição ou situação das massas, portanto além do

já conhecido proletariado explorado, existe uma grande quantidade de

indivíduos que sobrevivem em extrema condição de miséria, e cujos direitos

sociais não são considerados, essa injustiça social, infelizmente é uma

realidade, brasileira e mundial.

Em contrapartida a sociedade civil vem se organizando para

buscar uma sociedade mais humana. Existem organizações que buscam a

conscientização da população através de debates e conferências tentando

mudar as condições atuais, outras ainda implantam atividades, oficinas

variadas, atividades profissionalizantes e escolares, enfim buscando fazer

algo em prol dos direitos humanos, do fim da violência e da construção de

uma sociedade pacífica. Todas essas iniciativas são importantes, mas o

fundamental é que o estado assuma as responsabilidades para as quais foi

criado.

A realidade econômica e social do Estado do Paraná reflete as

tendências do país. Suas atividades econômicas predominantes são as

agriculturas, a pecuária e alguns pólos industriais, tais condições apresentam

aspectos positivos e aspectos negativos, e como conseqüência surgem o

subemprego ou desemprego. As correntes migratórias dentro do próprio

estado de municípios do interior para grandes centros urbanos em busca de

condições melhores de trabalho, também são outra realidade que deixam a

organização espaço-temporal em permanente movimento.

O Município de Nova Fátima é um município de

aproximadamente nove mil habitantes, possui apenas duas indústrias: uma

fábrica de fios e uma gráfica, sua economia é basicamente agrícola,

apresenta um comércio singelo que cujo desenvolvimento depende das

atividades agrícolas. Migrações para centros urbanos maiores, também é uma

realidade. As pessoas procuram outras cidades para conseguirem empregos

e condições de vida melhor, aqueles que permanecem na cidade, mas

trabalhando na Zona Rural, poucos conseguem emprego nas industriais,

alguns trabalham no pequeno comércio ou transformam-se em funcionários

públicos estaduais e municipais. Estes últimos acabam regulando a economia

Municipal mesmo quando a agricultura enfrenta crises, visto que possuem

salários fixos.

Dessa forma, como o único estabelecimento do Município que

oferece Ensino Médio é o Colégio Estadual Adelaide Glaser e este possui

uma enorme responsabilidade social, pois formará as mentes juvenis que

construirão o futuro do Município, bem como raízes que serão espalhadas por

outras cidades. Portanto a maioria dos jovens procura concluir o Ensino Médio

com o intuito de conquistar aprendizagem e que possibilitem prosseguir na

vida estudantil ou despertar qualidades que serão utilizadas para a busca da

sobrevivência através de condições específicas de trabalho. Então o Colégio

tem a necessidade de atender as expectativas da sociedade local,

contribuindo para a formação dos jovens.

Sabe-se, no entanto, que a educação brasileira serviu desde

sua organização para atender as elites, mas não se pode continuar com a

dívida histórica da formação do povo brasileiro. Mesmo na república o ensino

foi dogmático, o ensino contemporâneo não é diferente, a Escola ainda hoje

defende o interesse de minorias, relegando para segundo plano o social e

priorizando o setor econômico da sociedade. Essa realidade está sendo

superada aos poucos, muitos educadores tem lutado desde a década de 20

para melhorar as condições da Educação brasileira, nos últimos anos a

sociedade civil, vem gradativamente exigindo uma educação pública de

qualidade para todos que é o princípio da democratização do ensino, a qual

se busca no Ensino Médio.

6.2 Caracterização da Entidade Escolar

O Colégio Estadual Adelaide Glaser Ross, pertencente ao

Núcleo Regional de Educação de Cornélio Procópio é o único

Estabelecimento de Ensino do Município de Nova Fátima que oferece Ensino

Médio, portanto torna-se exemplo irradiador de cultura para os jovens, bem

como uma das instâncias mais influentes na formação cidadã.

O estabelecimento possuiu 358 alunos matriculados, o porte do

estabelecimento, portanto, é o III, estes alunos encontram-se divididos em 11

turmas – 4 primeiros anos, 4 segundos anos e 3 terceiros anos, distribuídos

em dois turnos.

Diante disso o Colégio possui como já explicitado dois turnos o

matutino, com (05) aulas diárias, todos os dias da semana, dispostas da

seguinte forma.

1ª - 07h40min às 08h30min

2ª - 08h30min às 09h20min

3ª - 09h20min às 10h10min

Intervalo – 10h10min às 10h20min

4ª - 10h20min às 11h10min

5ª - 11h10min às 12h00min

O período noturno também possui cinco (05) aulas diárias

todos os dias da semana, dispostos como segue:

1ª - 19h00min às 19h50min

2ª - 19h50min às 20h40min

3ª - 20h40min às 21h30min

Intervalo – 21h30min às 21h45min

4ª - 21h45min às 22h30min

5ª - 22h30min às 23h15min

A matriz curricular aprovada em 2010 é composta pelas

seguintes disciplinas na Base Nacional Comum: Arte, Biologia, Educação

Física, Filosofia, Física, Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática,

Química, Sociologia. A disciplina da Parte Diversificada é: Língua Estrangeira

Modera - Inglês. Com carga horária distribuídas nas três séries do Ensino

Médio.

Enfim todas as atividades realizadas são decididas

coletivamente junto com os órgãos colegiados do Estabelecimento e tem por

prioridade o aluno e sua aprendizagem, uma vez que a gestão praticada é

democrática.

Partindo desta distribuição os horários das disciplinas são

realizados contemplando tanto a disponibilidade dos professores quanto a

aprendizagem dos alunos, evitando a concentração de várias disciplinas com

cálculos num único dia, ou várias disciplinas teóricas, evidentemente existem

casos em não há outra alternativa, mas sempre que possível existe uma

dosagem.

A utilização da biblioteca é incentivada, e realizada na prática,

nas aulas de Literatura, na disciplina de Língua Portuguesa. São

possibilitados e incentivados o uso de vídeo ou D.V.D. TV multimídia e

Laboratórios como recurso didático.

A direção e equipe pedagógica estão sempre disponíveis para

atender aos pais. O atendimento aos professores é realizado nas horas

atividades e sempre que se fizer necessário. O atendimento aos alunos é feito

por atendimento sistemático às classes e individual quando se fizer

necessário.

6.3 Condições Físicas e Materiais

O Colégio funciona em prédio próprio. Em 2002 procurou

organizar seu espaço físico e seus recursos materiais de maneira compatível

com o quadro ocupacional, pois passou a compartilhar seu espaço físico com

a Escola Municipal Leila Domingos Chaeck.

A escola possui sala de direção, sala de secretaria, sala de

equipe pedagógica, sala de professores, sala de biblioteca dos professores,

sala de biblioteca para alunos, cozinha, refeitório com bebedouro, laboratório

de informática e de ciências. O número de alunos matriculados em cada

classe é suficiente para o seu funcionamento e capacidade legal.

A escola possui 12 (doze) salas de aula, sendo que 3 (três)

delas são adaptadas para os laboratórios de informática, de ciências e

secretaria. As outras 9 (nove) salas de aula atendem o ensino médio. As salas

de aula possuem quadro de giz, um ventilador de parede, uma mesa para

professores, cortinas, um armário de aço, lâmpadas fluorescentes, carteiras e

cadeiras em estado de uso regular e bom, flanelógrafos e TV multimídia.

Fornecendo assim um ambiente bem iluminado, com boa ventilação, higiene e

receptividade.

A escola dispõe de um pátio de recreação e laterais gramados,

adequados ao atendimento dos alunos, porém, não há um espaço exclusivo

para as aulas de Educação Física, para tanto essas aulas são ministradas no

pátio interno da escola, dificultando o trabalho dos professores da área, que

muitas vezes organizam as suas aulas adaptando rede de voleibol, cesta de

basquete, travessões com redes, e, em sala de aula possibilitando jogos de

tênis de mesa, damas, xadrez, etc.

A biblioteca tem um espaço amplo, bem iluminado com

organização própria, favorecendo o bom andamento dos trabalhos e projetos

desenvolvidos pelos professores do Ensino Médio, com horários de leitura e

atendendo as necessidades dos alunos, como também oferece oportunidade

á pesquisa escolares e á comunidade, possuindo acervo bibliográfico

diversificado e obras atualizadas recebidas da secretaria de Estado da

Educação e do Ministério da Educação, acervo este, em bom estado de

conservação. Estão contidas na biblioteca 08 (oito) mesas, trinta e uma

cadeiras, nove estantes de aço, uma escrivaninha de madeira, uma cadeira

estofada, cortinas, dois ventiladores de teto, um armário de aço, livros de

literatura e livros para pesquisas em perfeita condições de uso, Com a

contemplação do Proinfo, foi adaptada no espaço da Biblioteca uma divisória

de madeira, onde se encontram instalados 10 computadores, mesas, 10

cadeiras estofadas, uma impressora e um climatizador.

A Biblioteca do professor possui espaço próprio, contendo 02

mesas, 06 cadeiras, 02 estantes de aço e um armário duplo em aço, cortinas,

um armário de madeira e constitui-se em um espaço pedagógico específico,

juntamente com um acervo bibliográfico enviado pela Secretaria de Estado da

Educação que traz títulos de fundamentação teórica e metodológica,

específicos a cada uma das disciplinas do currículo do ensino Médio, com a

finalidade de dar continuidade no processo de formação continuada,

planejamentos e hora atividade dos professores, contribuindo para melhoria

da qualidade de Ensino.

O laboratório de informática do Paraná Digital se encontra em

pleno funcionamento, onde conta com 20 computadores, mesas, cadeiras,

impressoras, servidor e antena para conexão 24 horas com a internet. O

laboratório de informática esta sob responsabilidade do Diretor e também do

Administrador local e que será utilizado um cronograma conforme carga

horária dos professores e alunos.

O laboratório de ciências possui uma pia, dois armários de aço,

duas mesas, vinte cadeiras e alguns dispositivos indispensáveis para

realização de experiências como: materiais permanentes - balança, balão

volumétrico, Becker, Bico de Bunsen, Cadinho, Disco de Newton, Erlenmayer,

Funil, Lãminas de Microscópio, Lamparina, pipetas, proveta graduada, tela de

amianto, termômetro, tripé, tubos de ensaio, pinça de madeira, bastão de

vidro, bureta (a), dosador plásticos (04), balão destilador e microscópio.

Materiais de consumo - acetato de chumbo II, ácido acético, ácido acético

glacial, ácido nítrico, ácido colorida, álcool de cereais, álcool etílico acético,

amoníaco, argila azul de metileno, bicabornato de sódio, bolinha de parafina,

cloreto de potássio, cloreto de sódio, eosina, enxofre em pó, fenoftaleína em

pó, geltina glicerinada, glicerina neutra, hidróxido de amônia, iodo metálico,

iodeto de potássio, lâmina de microscópio, lugol, nitrato de sódio, nitrato de

zinco, orceina, papel filtro, permaganato de potássio, pó de carvão, pó de

cortiça, porcelana granulada, raspas de alumínio, sulfato de alumínio, sulfato

de cobre II, sulfato de magnésio, sulfato de sódio, tetra cloreto, peróxido de

hidrogênio, fenolfaleína líquida, nitrato de prata, álcool etílico 70 GI, iodo

sublimado puro, clorofórmio puro, ácido sulfúrico 25%, dicromato de potássio

puro, dióxido de manganês puro, dextrose, limalha de ferro, carbonato de

cálcio e zinco, que se encontra em boas condições e que serão utilizados

conforme cronograma e necessidades dos professores de biologia, química e

física.

A escola dispõe em boas condições de funcionamento dois

banheiros masculinos, dois banheiros femininos e um banheiro dos

professores e funcionários.

A cantina funciona com uma geladeira, em estado regular, três

freezer, em boas condições, um para uso da escola e dois para uso do

programa “Leite das crianças”, dois fogões a gás, em estado de novo, três

pias, um balcão, seis prateleiras, oito mesas de plataforma, oito bancos de

plataforma, cinco botijões de gás, vários utensílios de cozinha e um

bebedouro em estado novo de conservação.

A secretaria possui 04 computadores, 02 impressoras 02

mesas com 04 cadeiras e um servidor, todos do PR Digital, seis armários de

aço, 17 arquivos com gavetas, 04 escrivaninhas com 04 cadeiras estofadas,

02 mesas para computador, 02 computadores, um com conexão via ads, 02

ventiladores de teto, um bebedouro 01 TV, 01 mesa para impressora 01

telefone/fax e cortinas.

A sala de professores conta com três mesas, 11 cadeiras, três

armários de aço com 16 portas cada um, para uso dos professores, um filtro

de água funcionando com energia elétrica, dois armários de aço para uso dos

professores de educação física e TV Paulo Freire, um ventilador de teto e um

banheiro.

A sala da direção é constituída de três armários de aço, uma

escrivaninha, duas cadeiras estofada, cortinas e um telefone.

Na sala da Equipe Pedagógica contém três armários de aço,

quatro mesas com cadeiras estofadas, cortinas e um ventilador de teto.

6.4 Descrição da População Escolar

Sendo assim, convém descrever as características básicas da

população que norteiam a práxis pedagógica. A população atendida é advinda

da Zona Urbana e rural, distribuídos em ambos os períodos. Compõem-se por

adolescentes entre 14 e 18 anos, jovens e alguns adultos egressos.

Economicamente são oriundos das classes média e baixa. Muitos já são

trabalhadores urbanos e rurais

Os turnos são marcados por diferenciações em seu

funcionamento que devem ser mencionadas, pois influenciam a dinâmica de

atendimento da clientela. O período matutino é marcadamente composto por

adolescentes, alguns alunos trabalham meio período, mas a maioria ainda

não trabalha, desta forma percebe-se que possuem maior disponibilidade de

tempo para a realização de tarefas de casa e trabalhos extra-classe. É

comum entre a maioria o objetivo de construir um futuro mediante ingresso no

Ensino Superior.

Já o Ensino Médio noturno, possui adolescentes, jovens e

adultos egressos que durante anos ficaram fora do sistema escolar. Em sua

maioria, são trabalhadores, com raras exceções. Assim adentram as aulas

cansados, o que exige dos professores maior dinamismo para desenvolver

metodologias que motivem as atividades em sala de aula e possibilitem a

superação destas dificuldades. A população do noturno ao freqüentar o

Ensino Médio possui outros objetivos que não se restringem ao Ensino

Superior, muitos querem concluir o curso para migrarem até outras cidades

onde podem encontrar trabalhos com salários melhores. Portanto a

instituição, conforme apresentado nas Diretrizes do Ensino Médio, deve

oferecer subsídios que tornem o aluno, um homem capaz de interferir

coerentemente na sociedade em que está inserido superando sua condição

de exploração e buscando uma sociedade realmente democrática e justa

socialmente.

6.5 Organização do Tempo e do Espaço Diante das Contradições e

Conflitos Presentes na Prática Docente

Assim sendo, os profissionais do Colégio lutam para conseguir

a permanência de todos os alunos aqui matriculados, bem como pela melhora

de desempenho buscando aprendizagens efetivas.

Analisando os índices, ficam claro que muitos problemas

existem, pois os índices de evasão e reprovação estão muito altos,

principalmente no Ensino Médio noturno, onde as condições são precárias

porque a população é constituída por trabalhadores que vêm para a escola

após jornada de trabalho e acabam apresentando um rendimento baixo, o que

levam alguns a evadirem-se e outros permanecem, mas não conseguem

acompanhar.

As causas apontadas para ambos os problemas são nossas

linhas de atuação, devido a novas configurações sociais e a inserção no

mundo do trabalho, onde o aluno, principalmente noturno, é composto por

trabalhadores, o que gera um quadro de evasão provocado pelo cansaço e

pela desmotivação. Esse é um desafio difícil de ser superado, pois muitas

vezes os alunos entram na escola e não conseguem integração com as

atividades aqui desenvolvidas. Descobrir condições para tornar o processo

ensino aprendizagem mais efetivo, motivando-os através de aulas mais

atrativas são as metas de projeto.

Especificamente, no tocante a reprovações buscam-se

soluções para, como já mencionado, construir um ensino mais concreto e

incidir sobre as dificuldades de aprendizagem, diagnosticando soluções.

Sabe-se que evasão e repetência andam juntas, pois em algumas épocas os

alunos acabam perdendo aulas devido ao ciclo de produção agrícola, faltam

muito às aulas e quando voltam não conseguem acompanhar a

aprendizagem, portanto existe a necessidade de construir projetos

diversificados para estes alunos. Contudo quando faltam muito desanimam e

acabam não se interessando pelas atividades, pois aliada a dificuldade que já

possuíam surge a dificuldade em acompanhar o decurso normal das aulas.

Outro problema acentuado diz respeito ao horário de verão, no segundo

semestre, que acarreta uma série de outras oportunidades de passeio para os

adolescentes que não trabalham, ou aumenta o número de horas trabalhadas

por dia, para aqueles que trabalham na Zona Rural.

Durante a elaboração deste projeto político pedagógico outros

problemas foram sendo diagnosticados, o que mais ocupa a rotina escolar

são os conflitos que envolvem questões disciplinares, principalmente os

conflitos entre professor-aluno e aluno-aluno, os quais prejudicam o

andamento do processo ensino e aprendizagem, gerando conseqüentemente

problemas de aprendizagem. Sabe-se de antemão que a sociedade apresenta

uma nova organização familiar e social, onde muitos valores foram alterados.

Tais fatos, aliados a desmotivação, refletem nas relações em sala de aula, e

torna-se imperativa a necessidade de mudanças. Embora indisciplina não seja

um problema em si, mas um reflexo de outras situações inerentes ao

cotidiano escolar, suas conseqüências para o processo ensino e

aprendizagem tem-se mostrado negativas. Portanto, é necessário organizar

novas metodologias em sala de aula, bem como re-significar os conteúdos

trabalhados em sala de aula.

Todavia, existe outro problema que preocupa tanto

professores, quanto equipe técnica e direção é a participação dos pais. Os

representantes do Conselho escolar e APMF são muito presentes, mas os

demais pais raramente comparecem a escola. Muitos, quando convocados

para reuniões, acreditam que seus filhos já são responsáveis, por seus atos e

acabam não comparecendo. Esse pensamento dificulta o contato com a

família, bem como a busca de soluções conjuntas para os problemas do

cotidiano escolar.

Cabe salientar que um problema que os alunos apontaram

como prejudicial ao andamento das aulas é a ausência de uma quadra para a

prática das aulas de Educação Física. O Colégio já possui um local para a

construção da quadra, já encaminhou o projeto, mas a construção ainda não

aconteceu. Assim, os alunos praticam as atividades no pátio do Colégio em

piso inadequado e acabam fazendo barulhos que incomodam as salas que

estão nas classes assistindo aulas de outras disciplinas. Esta é uma das

maiores cobranças da comunidade escolar, tanto alunos quanto professores

exigem providências para a melhoria da qualidade de todas as aulas.

Para sanar alguns desses problemas e buscando superar a

disparidade entre a escola concreta e a que desejamos construir, faz-se

necessária uma tomada de decisão frente às possibilidades de discussões

entre os profissionais que aqui trabalham, e a hora/atividade precisa

consolidar-se como este espaço para debates e reflexões, e que a mesma de

acordo com as possibilidades da escola é distribuída de forma a favorecer o

trabalho coletivo dos professores que atuam nas mesmas séries, ou ainda

com formação de grupos que favoreçam o trabalho interdisciplinar. Agora com

a proposta de que em todos os estabelecimentos do Núcleo Regional da

Educação à hora atividade aconteça num mesmo dia e, em razão de o

planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das ações a serem

executadas nas horas atividades são de responsabilidades do conjunto de

professores que vão desempenhar as ações, sob a orientação e supervisão

da Equipe Pedagógica, e que devem vir acompanhados de um processo de

reflexão sobre as necessidades e possibilidades de um trabalho docente na

escola, os debates na hora-atividade serão mais frutíferos.

Outro trabalho que tem sido intensificado nos últimos anos,

mas que vem demandando estudo de todos e que ainda precisa continuar

existindo, é a discussão sobre a inclusão, aqui entendida não só como a

relacionada a alunos portadores de necessidades educacionais especiais,

mas também que realmente é uma perspectiva que está sendo construída.

Aqui, faz-se referência à inclusão de todos, visto que trabalhar com afro-

descendentes e valorizar as múltiplas culturas brasileiras é explicitamente

democratizar o ensino. Mas várias ações precisam ser desenvolvidas neste

sentido para efetivá-la.

Enfim, a escola é um espaço coletivo, onde democraticamente

as relações se estabelecem. Portanto, é necessário reorganizá-la para que

cumpra suas funções: transmissão e apropriação sistemática de conteúdos,

elaboração de novos conhecimentos e socialização dos conhecimentos

historicamente construídos.

7. MARCO CONCEITUAL

7.1 – Filosofia e os Princípios Didáticos – Pedagógico da Instituição.

Os princípios filosóficos do Colégio Estadual Adelaide Glaser

Ross estão em consonância com a L.D.B. 9394/96 e as Diretrizes Curriculares

Estaduais do Ensino Médio, mas rompem com o princípio neoliberal buscando

formar cidadãos capazes de ultrapassar sua condição inicial de conhecimento

e construir uma sociedade justa.

Assim sendo, parte-se de uma concepção de mundo enquanto

instância social cuja lógica de funcionamento é histórica – dialética, onde as

transformações individuais exercem influência sobre o todo e vice-versa.

Baseado nesta concepção de mundo convém ratificar o

propósito de esboçar a construção de uma sociedade mais justa, aqui

apreendida diferentemente do exposto pelos meios de comunicação de

massa que tentam imprimir à sociedade um padrão consumista, massificando

costumes, gostos e valores. Como conseqüência a desvalorização da cultura

de diferentes etnias, credos e classes sociais. Para superar essa concepção

busca-se considerar o movimento social histórico – dialético e no embate

entre as contradições formar uma sociedade melhor.

Busca-se um Projeto Político Pedagógico que tenha o

compromisso não apenas de manter a sociedade, mas de transformá-la a

partir da compreensão dos condicionantes sociais e da visão que a sociedade

e educação se influenciam reciprocamente. Ao agir na escola, contribui-se

para a transformação da sociedade.

Queremos uma educação, cuja perspectiva pedagógica

correspondesse aos interesses da classe trabalhadora. Propomos que se

abram espaços para as forças populares e para que a escola torne-se uma

instituição que possibilite o acesso ao saber elaborado, objetivo, produzido

historicamente e que conduza professores e alunos a uma prática social que

vislumbre o consenso no ponto de chegada e que seja capaz de produzir

transformações em favor de uma sociedade igualitária.

Convém afirmar que o presente Projeto Político Pedagógico

almeja estruturar gradativamente uma escola que se preocupe com a

transmissão de instrumentos variados que permitam aos alunos apropriar-se

do saber elaborado, tornando-se sujeitos ativos na criação da história.

Nesse contexto, optar por um Projeto Político Pedagógico

pautado na Pedagogia histórico crítica, requer assumir um posicionamento

sobre o que é educação e o que significa educar seres humanos. Segundo

Saviani, (1991, p.103):

"A Pedagogia Crítica implica a clareza dos determinantes

sociais da educação, a compreensão do grau em que as

contradições da sociedade marcam a educação e,

consequentemente como é preciso se posicionar diante

dessas contradições e desenreda a educação das visões

ambíguas, para perceber claramente qual é a direção que

cabe imprimir a questão educacional".

Sendo assim, a instância mediatizadora para que a

transformação aconteça é a escola, que pautada na concepção de educação

Histórico crítica pode contribuir para a formação de consciências e assim

possibilitar a elaboração e produção de saber que aos poucos transformarão

a sociedade.

Correlata a essa concepção de escola o processo ensino e

aprendizagem deve ser planejado coerentemente considerando os saberes trazidos

como bagagem pelos alunos, bem como as possibilidades metodológicas de

desenvolvimento de alunos motivados que desencadeiem uma efetiva apropriação

do saber. De essa forma ensinar não significa necessariamente aprendizagem, por

isso existe uma preocupação do corpo docente em buscar conhecimento

verdadeiramente válido para o ensino Médio.

Necessariamente deve-se considerar que a educação escolar

de acordo com Saviani (1991, p. 16,17) implica:

a) identificação das formas mais desenvolvidas em que se

expressa o saber objetivo produzido historicamente,

reconhecendo as condições de sua produção e

compreendendo as suas principais manifestações bem

como as tendências atuais de transformação;

b) conversão do saber objetivo em saber escolar de modo

a torná-lo assimilável pelos alunos no espaço e tempo

escolares;

c) provimento dos meios necessários para que os alunos

não apenas assimilem o saber objetivo enquanto

resultado, mas apreendam o processo de sua produção

bem como as tendências de sua transformação.

Neste contexto faz-se necessário considerar também a

população escolar, com a qual o trabalho será desenvolvido, caracterizando

os alunos do noturno como em sua maioria trabalhadores que precisam

aprender a superar o processo de alienação. Existe, então, a pretensão de

organizá-la segundo as expectativas dessa população escolar, buscando

elevar sua consciência sobre coisas e o mundo. Neste contexto a avaliação

surge como um paradigma a ser reelaborado visando apresentar juízos de

valor sobre as aprendizagens efetivamente conquistadas, o que possibilitará

também o desenvolvimento de aprendizagens e a retomada daquilo que não

foi incorporado para que a aprendizagem seja efetiva.

Enfim, refletir sobre o contexto sócio – cultural, bem como

sobre as contradições do mundo contemporâneo permite refletir sobre a

educação, sistematizando a práxis pedagógica visando delinear um perfil de

ser humano que se deseja formar. Nas discussões entre as instâncias

colegiadas a grande preocupação de todos é desenvolver o cidadão crítico

atuante, cuja elevação cultural, torna-o capaz de interferir no processo de

democratização social, co-responsabilizando-se pelos demais seres humanos

e pelo futuro individual e social.

Sabe-se, contudo, que colocar esta Filosofia em prática é uma

construção coletiva, lenta na qual participarão, não só as instâncias

colegiadas, mas todos aqueles que apresentaram estas propostas tão

abrangentes. Isto exigirá que os agentes sociais, responsáveis pela mediação

da ação pedagógica, sejam agentes sociais ativos, reais, uma vez que eles

também são elementos objetivos da prática social, particularmente o professor

deve tornar-se um agente social ativo, comprometido politicamente com as

transformações da sociedade.

7.2 Gestão Democrática

Embasado no contexto de escola e sociedade que desejamos,

bem como no ideal de aluno que pretendemos formar, a opção da escola é

por realizar uma gestão democrática, que oriente a organização interna de

todas as atividades escolares, de forma que existam relações e práticas

pedagógicas coletivas e transformadoras.

É interessante ressaltar que em suas origens etimológica

democracia significa “governo do povo”, então quando se fala em escola

democrática preconiza-se um espaço de participação ativa e compromissado

com a construção de uma instâncias que atende aos interesses da

comunidade onde está inserido.

Nesse contexto a gestão democrática é uma prática cotidiana

que contém o princípio da reflexão, da compreensão e da transformação que

envolve, necessariamente, a construção de uma escola de qualidade para

todos, que respeite os princípios da universalização, da gratuidade e da

permanência, essa é uma exigência da classe trabalhadora.

O primeiro passo para a democratização da gestão é tornar o

ensino democrático através de uma práxis emancipadora, voltado para o

respeito ao saber trazido pelo aluno e mediação da aprendizagem dos

conhecimentos historicamente acumulados. Nestes contextos os maiores

responsáveis são os professores que devem preparar-se para tornar sua

prática cotidiana da sala de aula mais motivadora.

Assim sendo, é importantíssimo que a Gestão Escolar, seja

democrática, porque é o processo que rege o funcionamento da escola,

compreendendo tomada de decisão conjunta no planejamento, execução,

acompanhamento e avaliação das questões administrativas e pedagógicas,

envolvendo participação de toda a comunidade escolar.

Além de sua dimensão política, de ampliação da participação, a

democratização da escola se expressa no aprendizado de práticas

democráticas, no exercício da cidadania, efetivando-se como um exercício

permanentemente de formação de sujeitos participativos e democráticos.

Assim, é necessário abrir os portões e muros escolares como um exercício

para a efetivação da participação popular no interior da escola e desta na

comunidade. Esta atitude tem sido uma prática constante, visto que os

projetos são realizados visando o bem estar da comunidade de Nova Fátima,

e as campanhas são realizadas na própria comunidade.

Dessa forma, no Colégio Adelaide também se busca a

construção da gestão democrática através de suas instâncias colegiadas:

Conselho Escolar, Conselho de Classe e APMF, professores, direção,

pedagogos e funcionários. Convém descrever a função de cada um no

processo de democratização como se seguirá nos próximos parágrafos.

O Conselho escolar é um órgão colegiado de natureza

consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação

restrita a cada classe do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar

o processo ensino-aprendizagem na relação professor aluno e o

procedimento adequado para cada caso e encontra-se composto a partir de

15/05/2010 pelos Senhores:

Missão Izuhara - Presidente

Josué Barbosa de Melo - Representante da Equipe Pedagógica

Simone de Oliveira Pedro - Representante do Corpo Docente

Dirce da Costa - Representante dos Func. Administrativos

Venancia Gonçalves dos Santos - Repr.Func.Serviços Gerais

Patrícia Maria - Representante do Corpo Discente

Jean Luiz de Oliveira Filho - Representante Corpo Discente

Maria Aparecida Resende de Araújo - Repr.Pais de Alunos

Paulo Roberto Domingues Chaek -Repr. Segmentos Sociedade

O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza

consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no

Projeto Político Pedagógico da Escola e no Regimento Escolar, com a

responsabilidade de analisar as ações educacionais, indicando alternativas

que busquem garantir a efetivação do processo ensino e aprendizagem.

Constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica, onde todos

os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e

propõe ações educativas eficazes que possam vir a sanar

necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.

É constituído pelo Diretor, Equipe Pedagógica, Professores,

Funcionários e alunos representantes que atuam numa mesma série/turma.

É responsabilidade de a direção presidir o Conselho de Classe

e cabe ao pedagogo organizar as informações e dados coletados a serem

estudados no Conselho de Classe.

A Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF,

protocolado sob número 1348 do Livro A-1, a APMF – Nossa Senhora de

Fátima, do Colégio Estadual Adelaide Glaser Ross – E.M., tem por objetivo

propor ações de assistência ao educando, no aprimoramento do ensino e

integração família – escola – comunidade.

Assistência ao educando, professores e funcionários,

assegurando-lhes condições de eficiência escolar em consonância com a

proposta pedagógica do estabelecimento e colaborando com a manutenção e

conservação do prédio escolar e suas instalações.

Ainda é função da APMF, gerir e administrar os recursos

financeiros, próprios e os que lhe forem repassados através de convênios, de

acordo com as prioridades estabelecidas em reuniões conjuntas com o

Conselho Escolar, com registro em livro ata.

Aos professores compete função crucial na transformação da

escola e no processo de democratização da mesma, visto que são

responsáveis por todos os serviços educacionais e acima de tudo são aqueles

responsáveis pela mediação entre os saberes cotidianos e os conteúdos

historicamente acumulados.

A direção compete à execução de uma gestão democrática

pautada nos princípios acima expostos e ainda a gestão dos serviços

escolares no sentido de garantir o alcance dos objetivos educacionais

propostos pela escola neste Projeto Político Pedagógico.

Os funcionários, partindo do entendimento que o Projeto

Político Pedagógico só pode acontecer através de ações empreendidas pelo

coletivo escolar, considerando que todos os integrantes da Escola são

protagonistas do processo educativo, uma vez que seu trabalho é

fundamental tem assegurado a participação na gestão escolar para que

possam exercer sua cidadania também internamente a unidade de ensino,

como participante do processo educativo.

Além da garantia de qualificação, capacitação específica para

contribuir com a qualidade da educação escolar e colaboração com a

superação dos desafios que a escola enfrenta em seu cotidiano.

Buscando assim, uma maior interação com os alunos e

professores, tendo um ambiente de trabalho com condições dignas e

democráticas, baseado no respeito e na solidariedade.

O que culmina na responsabilidade em contribuir para a

execução dessa proposta, colaborando para o bom andamento de todas as

atividades escolares que com certeza necessitam de suas funções, visto que

a comunidade escolar só atingirá seus objetivos de formação se cada qual

fizer a sua parte.

E ao pedagogo, cabe assessorar o corpo docente e

acompanhar o corpo discente no decorrer do processo ensino e

aprendizagem, bem como nas demais situações cotidianas, incentivando o

desenvolvimento de projetos e investindo sempre na execução desse projeto.

Isto certamente efetivará na construção de uma escola pública de qualidade,

onde sejam formados os cidadãos que serão capazes de transformar a

sociedade na qual estão inseridos.

8. MARCO OPERACIONAL

Efetivar mudanças num dado contexto histórico e social é uma

construção gradativa. Na escola esse processo também é lento e exige o

empenho do coletivo, por isso que se busca a construção de uma gestão

democrática neste contexto durante as discussões acerca do Projeto Político

Pedagógico que se deseja construir pensou-se numa reorganização do

contexto escolar.

Ao pensar em uma educação democrática não podemos deixar

de refletir que até o momento as portas para se adentrar a uma educação

acadêmica (3º grau) a qual ainda é o vestibular ou o Exame Nacional do

Ensino Médio - ENEM, um ou outro não deixam de ser provas que tentam

medir o conhecimento científico, cultural e interpretativo do indivíduo. Sendo

assim, a escola pública não pode deixar de focar o conhecimento científico,

cultural e tecnológico, pois seria podar ao aluno da escola pública a

possibilidade de cursar uma Universidade Federal ou Estadual, já que os

índices não são favoráveis aos mesmos. Assim nossa escola propõe uma

educação centrada no saber científico historicamente produzido, sem

barateamento de tal para atender às pressões políticas referentes a índices.

Entende-se assim que um grande índice de aprovação não signifique um

grande índice de aprendizado. E, que, a reprovação não seja uma punição

traumática, mas sim a oportunidade do aluno amadurecer, aprender a seu

tempo e concluir o curso com competência real de atuar no mundo

globalizado apropriado do conhecimento, para assim refletir, criticar e ser um

cidadão politizado.

Entendemos que a educação democrática é poder colocar o

nosso aluno de escola pública em pé de igualdade com os das particulares,

para que possam almejar e alcançar cargos de chefia, de empreendedorismo,

das áreas educacionais e com a sua formação interfiram positivamente na

sociedade.

8.1 Processo de Inclusão

Diante das transformações sociais na história da humanidade,

o ser humano parece cada vez mais excluído, e menos importante porque há

outros interesses em jogo. Os avanços científicos e tecnológicos descartam a

condição humana e ignoram valores construídos que são soterrados.

Infelizmente a rica diversidade cultural é desvalorizada, e a sociedade

neoliberal valoriza apenas a cultura hegemônica e seus valores, que têm

atendido à lógica do consumo, do lucro fácil e do mercado.

Seria ingenuidade negar a importância da disseminação do

conhecimento, da informação, da tecnologia, da ciência, nessa aldeia global

em que vivemos, e de sua contribuição para o desenvolvimento humano e

planetário. Mas não podemos negar a importância de todas as culturas e a

valorização de todos os segmentos sociais.

Assim, o desafio que se impõe a educação atual é educar para

a inclusão, quando a comunidade escolar discutiu este Projeto Político

Pedagógico delineou-se uma concepção de inclusão bem mais ampla do que

é mencionado muitas vezes em nossas mentes. Tentou-se então conceber

inclusão como aquela relativa a tornar cidadão todos aqueles que de alguma

forma são excluídos nesta sociedade desigual: pensou-se no portador de

necessidades educativas especiais, nos alunos que evadem ou reprovam,

nas classes trabalhadora e miserável, nos afro-decendentes, nas diferentes

etnias, enfim na multiculturalidade existentes na sociedade brasileira.

Dessa forma, quando falamos no portador de necessidades

educacionais especiais pensou-se num novo olhar sobre o processo ensino e

aprendizagem, sobre metodologias e formas de trabalho adequadas, bem

como sobre as questões sociais de torná-lo membro ativo do meio em que

está inserido.

Para a efetivação de inserção dos conteúdos de história e

Cultura Afro - Brasileira no plano anual (planejamento), a escola

fundamentou-se na Lei 10.639, de 09 de janeiro de 2003, no Artigo 26 A -

“Nos estabelecimentos de ensino fundamental e Médio, oficiais e particulares

torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro - brasileira”.

A deliberação nº. 04/06 do Conselho Estadual de Educação do

Paraná no seu Artigo 2º diz: O Projeto Político Pedagógico das Instituições de

Ensino deverá garantir que a organização dos conteúdos de todas as

disciplinas da Matriz Curricular contemple obrigatoriamente, ao longo do ano

letivo, a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na perspectiva de

proporcionar aos alunos uma educação compatível com uma sociedade

democrática, multicultural e pluriétnica.

O conteúdo programático incluirá o estudo da história da África

e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negro brasileira e o

negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo

negro nas áreas social, econômica e políticas pertinentes a história do Brasil.

O Professor ao tratar da história da África e da presença do

negro no Brasil, deverá fazer abordagens positivas, sempre na perspectiva de

contribuir para que o aluno negro - descendente mire-se positivamente, quer

pela valorização da história de seu povo, da cultura de matriz africana, da

contribuição para o país e para a humanidade.

Tendo em vista os princípios da atual gestão da Secretaria de

Estado da Educação o respeito e o atendimento à diversidade, foram

implementados políticas que atendem alunos indígenas em 18 municípios do

Estado do Paraná (Parecer 14/99).

Dentre os desafios postos para o desenvolvimento da

Educação Indígena no Estado do Paraná, foi a elaboração de material

pedagógico específico proporcionando a disseminação de saberes que

apontem para o perfil pretendido a essa modalidade de ensino, respeitando e

fortalecendo os costumes e tradições, língua, processos próprios de

aprendizagem e reconhecer as organizações sociais dos povos indígenas.

A coordenação da Educação Escolar Indígena organizou o

caderno temático, uma coletânea de reflexão, pretendendo propiciar

visibilidade à diversidade cultural e sociolingüística das comunidades

indígenas situadas no Paraná, possibilitando acesso às pesquisas

desenvolvidas sobre a temática.

Este material subsidiará os professores que enriquecerá suas

aulas abordando conteúdos em todas as disciplinas da Matriz Curricular

contemplando a interculturalidade.

Os estudos sobre: o Estado do Paraná (Lei 13.381/01) e minis-

trado através de conteúdos específicos no decorrer das três series, distribuí-

dos de acordo com o próprio conteúdo da matriz comum junto ao planejamen-

to e também através de projetos.

Os estudos da Agenda 21 Escolar são desenvolvidos através

de projetos locais.

Com relação às etnias e a multicuturalidades o trabalho é

interdisciplinar, pois cada qual contribuiu para a construção de importantes

legados que são estudados e precisam ser valorizados em cada disciplina, na

mesma proporção pensou em implementar projetos que auxiliem na

construção dessa consciência de valorização.

Entende-se que ao evadir da escola ou reprovar a série que

cursada, o aluno tem grande possibilidade de ser reprovado na vida ou entrar

na criminalidade. Assim para superar esta realidade os educandos precisam

entender a importância da educação e a escola deve trabalhar com

alternativas metodológicas que valorizem os educandos, tornando o ensino

mais atrativo.

É ainda importantíssimo salientar que neste Projeto Político

Pedagógico pensamos desde sua concepção no povo, que de forma geral

torna-se mão de obra explorada, pois sequer consegue trabalho e que acaba

por influência da mídia, do neoliberalismo e da globalização invertendo seus

valores sociais e desiludindo-se com a educação. Mas sempre pensamos que

inverter essas questões de exploração social depende de uma profunda

análise do contexto histórico social e seus condicionantes, compreendendo

que a educação sozinha não transformará o mundo, mas a elevação cultural

das massas, pela apropriação dos conhecimentos historicamente acumulados

pode ajudar a formar cidadãos capazes de interferir na sociedade e que estão

inseridos e então construir uma sociedade melhor.

Finalizando, é necessário perceber que a Educação só cumpre

seu papel numa perspectiva crítica quando busca a superação da exclusão,

ampliando os conceitos de cidadania e justiça social a todos.

8.2 Linhas de Ação

Com o intuito de organizar o trabalho pedagógico na escola

apresentamos as grandes linhas de atuação do Projeto político Pedagógico

de atuação que referem-se à gestão democrática, Hora atividade,

Planejamento, qualificação de equipamentos e espaços, Avaliação, Formação

Continuada e Projetos.

Já mencionamos no marco conceitual que a gestão

democrática exige participação coletiva de todos os envolvidos no processo

ensino aprendizagem e para conseguir implantá-lo faz necessário melhorar o

funcionamento de todas as instâncias, não que isso não tenha sido feito, mas

precisa ser realizado atualmente. Nas discussões coletivas decidiu-se

implementar cada uma das instâncias colegiadas e dos profissionais da

escola.

Assim, para o Conselho Escolar pensou-se em manter o

diálogo franco que já existe, e que as discussões tenham maior influência nos

problemas cotidianos da escola. Os professores participam ativamente da

solução de um dos problemas que mais demanda esforços na escola que é a

indisciplina. Ainda pedem-se o auxílio através de convite feito aos pais para

participarem de reuniões e principalmente de um ciclo de palestras sobre

Adolescência, Limites, Sexualidade, Drogas, Profissionalização e Paz, onde

se houve as reclamações e angústias de toda a comunidade acerca do

trabalho realizado no Colégio.

A APMF será solicitada para atuar trazendo ao Colégio os

anseios da comunidade quanto à boa administração dos recursos financeiros

e adequação do prédio às necessidades da população escolar, através de

reuniões bimestrais.

Com relação à participação efetiva dos alunos fez-se

necessário afirmar que os alunos neste ano, para a construção do Projeto

Político Pedagógico, os representantes de turma foram convocados para

pesquisar sobre a realidade da escola. Em dupla pesquisaram sobre;

qualidade do ensino, participação dos pais, projetos, indisciplina, qualidade da

gestão e conteúdos. Os resultados foram excelentes. Também contribuíram

ativamente para trazer as expectativas dos alunos e suas reivindicações. Para

os próximos anos eles serão novamente eleitos e, portanto encarregados do

trabalho de base de coleta de dados, conscientização de base e ainda

participação ativa nas reuniões.

Uma das instâncias mais complexas e resistentes à mudança é

o Conselho de Classe, mas será feita a conscientização dos professores

através do estudo de textos, debates e discussões. Na seqüência

acontecerão mudanças práticas, como maior participação dos alunos e com a

escolha de professores conselheiros para as classes.

Dessa forma, é importante apresentar algumas modificações

que todos acham interessantes na organização do trabalho pedagógico com

relação ao planejamento, sua execução deverá ser realizada após reflexões e

muitos debates semestrais sobre a realidade dos alunos. Outro pedido dos

professores, e uma obrigação pedagógica, é a realização de uma profunda

reflexão do planejamento a cada bimestre, confrontando-o com a realidade da

aprendizagem que são mostradas pelas avaliações. Ainda serão realizadas

atividades envolvendo a busca de sugestões metodológicas, e soluções

pedagógicas para os problemas relacionados à aprendizagem.

Para propiciar os estudos sobre o Conselho de Classe e a re-

alimentação do Projeto Pedagógico, o momento mais apropriado é sem

dúvida a hora atividade, que está distribuída de acordo com as possibilidades

do Estabelecimento de Ensino e propagada de forma a favorecer o trabalho

coletivo dos professores que atuam na mesma turma o que proporciona o

momento de discussão e assessoramento pedagógico, visto que é um

momento planejado e organizado para que o professor construa uma

atividade mais dinâmica, privilegiando as atividades.

Quanto à qualificação de espaços e equipamentos existem as

seguintes expectativas:

• Pela construção da quadra esportiva coberta, cuja doação do terreno

já foi realizada, cujo projeto foi encaminhado ao estado e recebeu

aprovação; aguardando a liberação junto ao estado.

• A cobertura do Pátio interno da escola também foi solicitada,

conforme protocolo nº. 5.867.091-0; aguardando liberação.

• Foram solicitadas melhorias na cantina, conforme protocolo nº.

5.867.092-8; aguardando liberação.

• O Laboratório de Biologia, Química e Física funciona de forma

precária, e com a chegada de novos materiais espera-se uma

utilização maior;

• Foi solicitada a construção de um Almoxarifado e Laboratório Padrão,

conforme protocolo nº. 5.867.462-1;

8.3 Atividades Escolares, em Geral, e as Ações Didático – Pedagógicas a

Serem Desenvolvidas Durante o Tempo Escolar.

As atividades Escolares realizadas no Colégio Estadual

Adelaide Glaser Ross – E.M. partem dos princípios filosóficos anteriormente

explicitados, portanto visam o pleno desenvolvimento do indivíduo,

preparando-o para se tornar agente de transformação.

Sendo assim, durante o ano letivo além das atividades normais

decorrentes do processo ensino e aprendizagem é necessária a realização de

trabalhos individuais e em grupo, painéis, debates, aulas de vídeo, entre

outras, são também realizados Projetos que contemplam temáticas sociais e

culturais inerentes ao contexto juvenil, bem como assuntos correlatos aos

conteúdos trabalhados em sala, consolidando-os. Isto acontecerá de forma

interdisciplinar, onde os responsáveis serão todos os envolvidos.

E, para alcançar esses objetivos serão realizadas atividades

com as diversas temáticas (datas comemorativas, educação sexual, drogas,

indisciplina, violência, etc.) envolvendo alunos, professores, comunidade,

equipe pedagógica e direção a cada bimestre.

8.3.1 Projetos realizados nas disciplinas

Todos os projetos realizados, relacionados abaixo em anos

anteriores serão desenvolvidos no presente ano envolvendo as diversas

disciplinas:

Geografia

* Datas comemorativas

Nesta atividade os alunos produziram: teatros, paródias,

poesias e poemas; sobre algumas datas selecionadas pelos próprios alunos.

Em seguida as atividades eram apresentadas ao Colégio, no intervalo

valorizando a construção dos alunos.

Educação Física:

* Sexualidade

Os professores propuseram que durante duas semanas os

alunos vivenciaram a paternidade e suas responsabilidades, para tanto após

leitura de textos, debates e apresentação do projeto, entregaram um ovo a

cada aluno e a tarefa deles era no final de duas semanas trazê-lo inteiro e

bem decorado. Durante esse tempo foram trabalhando outras temáticas,

referentes à responsabilidade sobre a sua sexualidade.

* Drogas

O projeto, a vida é uma Arte, foi envolvendo vários professores

de outras disciplinas como Artes, Língua Portuguesa e Química. Num primeiro

momento os alunos prepararam peças teatrais envolvendo o tema e

apresentaram-nos. Num segundo momento participaram das reuniões do

ARAS, de Nova Fátima, escreveram relatórios e acrósticos a dependência do

álcool e demais drogas; bem como seus malefícios para o indivíduo e sua

família.

Língua Portuguesa

*Jornal

Os alunos dos 1ºs anos do ensino Médio montaram as

reportagens, secções do jornal do Colégio, cuja primeira edição, foi impressa

em novembro. Convém salientar que outros projetos poderão ser

desenvolvidos, mas como o número de professores efetivos é pequeno, tudo

depende da distribuição de aulas, após a qual se poderá organizar as

atividades e projetos diferenciados.

8.3.2 Projetos do Colégio

Existem, também, projetos de iniciativa estadual, que os alunos

esforçam-se para participar e que acabaram consolidando-se contexto

escolar, como:

FERA

Onde os alunos preparam atividades diferenciadas e

apresentaram na escola, demonstrando grande criatividade, assim vários

talentos foram descobertos e a pré – seleção de alunos para comparecerem

ao FERA foi uma verdadeira fábrica de talentos.

Alguns desenharam e pintaram, outros contaram e dançaram,

outros ainda dramatizaram, enfim foi um sucesso. E continuará sendo nos

anos seguintes.

Com Ciência;

O projeto abrangendo o desenvolvimento sustentável

apresentou o seguinte tema: Água – Desenvolvimento Sócio Econômico e

Preservação. Neste projeto várias atividades foram organizadas, como:

Passeata Ecológica; poesias, poemas e desenhos que foram compilados num

livro; confecção de banners; produção de cartazes e conscientização dos

alunos da Escola Estadual Doutor Aloysio de Barros Tostes, da Escola

Municipal Leila Domingos Chaeke e APAE de Nova Fátima, onde se

apresentou dicas sobre o uso correto da água e dicas sobre preservação

ambiental.

Contação de Histórias

Projeto onde os alunos buscaram as raízes históricas do

Município de Nova Fátima, apresentando suas conclusões através de relatos

e textos. Enfim, realmente contaram a História do Município, após muitas

pesquisas bibliográficas e visitas às pessoas que fizeram e fazem parte desse

processo contínuo de construção de História.

Existem ações didáticas – pedagógicas realizadas durante o

ano que é implementado pela direção, equipe pedagógica e professores, as

quais abrangem as seguintes temáticas.

Paz

Visando transformar a realidade da sociedade contemporânea,

onde por meio de dinâmicas e construções coletivas os alunos são levados a

vivenciar situações problemas, onde precisam descobrir soluções pacíficas

para tais situações.

Cidadania:

Desenvolver o senso de cidadania é uma atividade complexa

em meio a tanta corrupção, mas é uma das metas do Ensino Médio, para

tanto são desenvolvidas semestralmente palestras e práticas concretas em

sala de aula onde os alunos são estimulados a desenvolver atitudes cidadãs.

Projeto de Recuperação de Estudos:

É interessante salientar que uma ação pedagógica, cujos

resultados foram excelentes refere-se ao acolhimento dos alunos que fazem

Dependência. Como a maioria são trabalhadores e não podem realizá-la em

período oposto, acabam confundindo-se ao tentarem desordenadamente

assistir às aulas de série que freqüentam, mas às aulas em que estão de D.P.

e acabam realizando ambas com má qualidade. Assim, elaborou-se um plano

de atendimento dos alunos em horários e dias diversos, onde os professores

das diversas disciplinas encaminham atividades para serem trabalhadas na

sala, e os alunos as executam. No entanto não estão sozinhos, contam com a

orientação de professores, equipe pedagógica e bibliotecários. Essa ação foi

avaliada pela direção, equipe pedagógica, professores das disciplinas e

professores orientadores e o resultado foi excelente. Os próprios alunos

consideraram que sua aprendizagem realmente foi efetiva, portanto será

realizada nos próximos anos.

Projeto Escola Solidária

Desde 2003 a escola vem vivenciando valores de solidariedade

e cidadania em campanhas com a APAE e Creches, um intercâmbio de

escolas para arrecadação de alimentos, Palestras, Atividades recreativas. A

iniciativa solidária despertou nos alunos princípios básicos que são

responsáveis pela melhoria da qualidade de vida dos alunos.

Assim a escola desenvolveu atividades sociais com os alunos,

como por exemplo, o Projeto “Meus Valores” e estimulou durante o ano a

abordagem de temas sociais onde propôs a vivência de valores de

solidariedade e cidadania, tornando-se mais democrática e responsável,

respeitando as diferenças e desenvolvendo, então, a auto-estima e a reflexão

do papel do homem como cidadão.

Este projeto continuará sendo desenvolvido durante os

próximos anos, devido a todas essas contribuições que trouxeram para o

alunado.

8.3.3 Projetos da equipe pedagógica

Meus Valores

Meu Futuro. A equipe pedagógica do Colégio desenvolve este

projeto semestralmente onde alunos debatem, participam de dinâmicas e

constroem textos relativos a temas ligados a vida cidadã e a construção de

valores que lhes servirão de parâmetro para a vida em sociedade.

Trabalho

Outro projeto desenvolvido pela equipe pedagógica a cada

semestre chama-se: Construindo a vida. Este tem por objetivo acompanhar a

escolha profissional dos adolescentes e jovens. São desenvolvidas temáticas,

realizados debates, os alunos participam de dinâmicas, assistem a Palestras

e recebem acompanhamento que os auxiliem na escolha de um curso

superior e/ou desenvolvam características necessárias para se inserir no

mundo do trabalho buscando um novo trabalho ou o primeiro trabalho.

8.4 Plano de Formação Continuada

A análise da Educação brasileira como um todo, bem como da

evolução vertiginosa da sociedade têm demonstrado que o conhecimento que

os profissionais da educação trazem de sua formação são insuficientes para

trabalhar na escola na escola atualmente. Assim problemas como a

insuficiência de formação, as lacunas deixadas pelos cursos superiores a

demonstração de adolescentes e jovens, a competição com o mundo

tecnológico, e tantos outros, vão causando acúmulo de frustrações e

consequentemente um déficit na qualidade da educação.

Diante dessa realidade está comprovado que a formação

continuada é uma alternativa de solução, pois é preciso constantemente

repensar-se e repensar o trabalho que se vem desenvolvendo numa dinâmica

que envolve direção, equipe técnica, professores e funcionários. Evidente que

esse processo só terá resultado para aqueles que assim se dispuserem, uma

vez que cada indivíduo é responsável por seu processo de desenvolvimento

pessoal e profissional, cabendo o direcionamento sobre os caminhos a seguir.

Desse modo, nas discussões com os professores do Colégio

concluiu-se que é necessário contemplar um projeto de formação continuada

que seja articulado dentro e fora da escola. Assim é necessário inicialmente

que educadores sejam valorizados respeitados e ouvidos, podendo expor

suas experiências idéias e expectativas. Paralelamente é necessário que

sejam levados a analisar e criticar suas práticas, refletindo a partir delas sobre

outros fundamentos teóricos que possibilitam a superação das dificuldades.

Partindo destas perspectivas neste Colégio os professores em decisão

coletiva definiram que serão consideradas atividades de formação

continuadas externas ao ambiente escolar como os cursos, congressos e

grupos de estudo promovidos pelo estado.

E solicitam ainda que existam momentos dedicados a formação

continuada que seja realizada na escola, através de grupos de estudo nas

horas atividades, uma vez que pretende-se implantar no núcleo o projeto de

hora atividade, onde todos os professores da mesma disciplina a cumpram

num mesmo dia, o que facilitaria os encontros e as trocas de experiências.

Outro momento primordial são as reuniões pedagógicas definidas em

calendários e que devem ser sobremaneira aproveitadas por todos inclusive

com palestras.

Faz necessário confirmar que a formação continuada também

é uma preocupação dos processos que por vezes sentem-se angustiados

com os problemas da sala de aula, sendo realmente urgente a necessidade

de consolidar suas práticas, que por muitos desses professores já estão

buscando há anos, pois muitos deles participam sempre de congressos e

encontros, portanto formalizar essa prática no Projeto Político Pedagógico é

reconhecer o valor de todos os professores, enquanto sujeitos responsáveis

pelo processo ensino e aprendizagem dos alunos.

Professores e funcionários participarão de cursos, seminários,

palestras, fórum, semana pedagógica, grupos de estudo propostos pelo

Núcleo e SEED. A escola deverá estar atenta às datas, repassando aos

professores fichas de inscrições, organizando horários, propondo atividades

extracurriculares para que não haja prejuízos quanto ao cumprimento do

calendário escolar.

Os conselhos de classe também na opinião dos professores

precisam ser revitalizados e tornarem-se momentos de reflexão sobre a

situação da escola, bem como ambiente propício para tomada de decisões

coletivas acerca dos problemas de aprendizagem.

9. AVALIAÇÃO

A avaliação é um processo inerente à vida humana. Emitir

juízos acerca de toda e qualquer coisa é uma capacidade que utilizamos

desde os primórdios. Portanto, existem várias formas de expressar ou realizar

estas avaliações.

Em educação, essa postura também não é diferente, pois

quando se assume o compromisso com um determinado tipo de educação, e,

no caso deste Colégio, com a tendência histórico crítica é necessário que o

processo avaliativo reflita esta postura.

Sendo assim, a educação adquire um papel fundamental e

decisivo devido ao seu potencial de transformação e de emancipação das

pessoas, que podem aprender a tomar para si a tarefa de se tornar sujeitos da

sociedade na qual estão inseridos. Para tanto, pode-se entendê-la segundo a

perspectiva de Luckesi como: “...uma apreciação qualitativa sobre dados

relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o professor a

tomar decisões sobre seu trabalho...”. Entendida, então, como parte do

processo de ensino e aprendizagem ela precisa nortear o trabalho pedagógico

que, superando a distorção teoria e prática, possibilita a ação-reflexão sobre

todo o contexto escolar.

Dessa forma, ao efetivar a reflexão da prática a avaliação

possibilita ao professor um acompanhamento do processo de aprendizagem

dos alunos, dando relevância aos aspectos qualitativos sobre os quantitativos,

enfatizando-se à atividade crítica, a capacidade de síntese e à elaboração

pessoal, sobre a memorização.

A avaliação compreendida nesta perspectiva deve constar da

seguinte forma:

* Diagnóstica – permite identificar os pré-requisitos que os alunos apresentam

para esta ou aquela aprendizagem, bem como identifica progressos e

dificuldades de alunos e professores no decorrer do desenvolvimento das

aulas e ou conteúdos, possibilitando inclusive a realimentação do processo

ensino.

* Formativa - é aquela que acontece ao longo do processo, durante os anos

letivos e deve respeitar as potencialidade e individualidades dos educandos,

avaliando o desempenho de cada aluno, em relação aos objetivos propostos e

fornecendo elementos decisivos para o prosseguimento de conteúdos ou para

retomada de estudos;

* Somativa – caracterizada pela avaliação global, cumulativa que expressa a

totalidade do aproveitamento escolar num processo contínuo.

Existem, ainda, outras características comuns a avaliação que

devem ser consideradas em todas as disciplinas durante o processo

avaliativo: a necessidade de que ela reflita os objetivos propostos, pela

aplicação de metodologias variadas no trabalho com os diversos conteúdos; a

revisão do planejamento escolar; reflexão de valores e expectativas do

professor em relação as habilidades e capacidades que os alunos devem

desenvolver; a atividade dos educandos sobre o objeto de conhecimento e

reflexão do professor sobre sua ação.

É ainda imprescindível que ao avaliar o processo utilize os

mais variados instrumentos de verificação do rendimento escolar,

possibilitando a utilização de todas as capacidades desenvolvidas, assim o

professor deve utilizar-se de: provas dissertativas e objetivas, com os mais

variados exercícios; observações; entrevistas, acompanhamento dos

exercícios realizados em sala; testes orais, participação em experiências;

posicionamento em debates e discussões, comportamento frente à realização

de tarefas e solicitação de explicações ou contribuições que possam trazer

para as aulas e portfólio.

Outro requisito que deve ser considerado no processo

avaliativo é a assiduidade do aluno, pois este é um aspecto pedagógico e

legal, a freqüência mínima exigida para a aprovação é 75% das atividades

curriculares previstas e dos 200 dias letivos, 800 horas aula.

Convém lembrar que todo processo avaliativo será registrado

em documentação própria, principalmente no livro de chamado, que conterá

as informações do período letivo todo.

Nesta perspectiva, em maio de 2005, quando os regimentos

escolares sofreram alteração na média anual de aprovação que passou a ser

6,0, a mudança chamou a atenção dos profissionais deste colégio, para uma

outra realidade, o período de avaliação era semestral e isso possibilitava ao

professor um maior tempo para avaliar qualitativamente o aluno, contudo os

alunos não conseguiam localizar-se temporalmente neste contexto.

Apresentavam dificuldade para controlar o desempenho nas disciplinas bem

como não se preocupavam com a freqüência. Passou-se a adotar a partir de

então o sistema de avaliação bimestral. (2006 - Média bimestral ponderada -

2007 - Média somatória dos bimestres).

Estudando conjuntamente percebemos na elaboração deste

Projeto que um dos fatores que determinavam essa desorganização no

acompanhamento é o próprio imediatismo adolescente, conforme estudos de

TIBA “a noção de tempo dos adolescentes é diferenciada da lógica de

pensamento do adulto” (2005, p. 36), portanto era necessário mudar.

Analisando todo enredo chegamos a várias conclusões que foram

implantadas com esse projeto a partir de 2006:

* Alteração dos períodos avaliativos, onde o aluno terá espaço menor de

tempo para controlar sua vida escolar;

* Continuar privilegiando aspectos qualitativos sobre os quantitativos;

* Orientar os adolescentes para que tenham um pleno entendimento e

acompanhamento de sua vida escolar.

9.1 Recuperação Paralela de Estudos

Embora todo o processo escolar esteja voltado para a

aprendizagem dos alunos existem alguns que não conseguem atingir os

objetivos proposto durante o período ou série. Para eles propõe-se a

recuperação paralela de estudos. A mesma será planejada e realizada ao

longo do processo de ensino, no cômputo geral das 800 horas letivas. Todos

os alunos de baixo rendimento, terão seu desenvolvimento analisado e

realizarão atividades que possam auxilia a apreender aquilo que ficou perdido

no decurso das aulas. Deve ser esclarecido que a recuperação paralela de

estudos não deve ser realizada ao final do bimestre, mas ao longo do

processo e que suas atividades podem ter uma nota, com a ressalva de que

ao se comparar notas de avaliações e notas de atividades de recuperação,

prevalecerá a nota maior.

9.2 Promoção

O aluno será promovido combinando-se o resultado da

avaliação do aproveitamento escolar do aluno expresso na escala de 0,0

(zero) a 10,0 (dez) e apuração da assiduidade.

Considera-se aprovado o aluno que apresentar:

a) freqüência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da

carga horária do período letivo e média anual igual ou superior a 6,0 (seis

vírgula zero) resultante da média somatória dos bimestres, nas respectivas

disciplinas como segue:

1º bim. + 2º Bim. + 3º Bim. + 4º Bim = M.A.

4

Será considerado reprovado o aluno que apresentar:

b) Freqüência inferior a 75%(setenta e cinco por cento) sobre o total da carga

horária do período letivo e média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero);

c) Freqüência inferior a 75%(setenta e cinco por cento) sobre o total da carga

horária do período letivo, com qualquer média anual.

9.3 Regime de Progressão Parcial

O Colégio adota a matrícula com progressão parcial, para o

Ensino Médio, por meio da qual ao aluno, reprovado em até duas disciplinas,

será permitido cursar o período subseqüente, concomitantemente às

disciplinas nas quais reprovou desde que preservada a seqüência curricular.

O regime de progressão parcial exige, para a aprovação, a

freqüência às aulas e a todas as atividades escolares, apuradas do primeiro

ao último dia o ano letivo. Contudo, quando não houver possibilidade da

dependência ser cursada em horário compatível com o da série que o aluno

estiver cursando, o estabelecimento oferecerá um plano especial de estudos.

Poderá cursar a série seguinte o aluno matriculado em regime

de dependência desde que seja aprovado nas disciplinas da série e reprovado

apenas nas disciplinas em Dependência, desde que estas não tenham

continuidade na série ou período seguinte; e que tenha sido reprovado em

dependência e em disciplina da série cursada, desde que esta não prejudique

a seqüência do currículo;

No regime de progressão parcial o aluno maior de idade ou o

pai ou responsável pelo aluno menor de idade poderá optar por cursar apenas

as disciplinas nas quais estiver em dependência.

É ainda interessante afirmar que o aluno deverá

obrigatoriamente cursar apenas as disciplinas em Dependências quando for

reprovado nas disciplinas em Dependência, e estas tiverem continuidade na

série seguinte ou quando for reprovado em 1 (uma) Dependência e em 1

(uma) disciplina da última série do curso.

9.4 Classificação e Reclassificação

O Colégio adota a classificação para posicionar o aluno em

série compatível com a idade, experiência e desempenho adquiridos por

meios formais ou informais.

A classificação poderá ser realizada: por promoção, para

alunos que cursam com aproveitamento, a série na própria escola; por

transferência, para alunos procedentes de outras escolas do país ou do

exterior, considerando a classificação na escola de origem;

independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela

escola, que defina o grau de desempenho e experiência do aluno e permita

sua inscrição na série adequada.

A classificação tem caráter pedagógico centrado na

aprendizagem, e exige as seguintes medidas administrativas para resguardar

os direitos dos alunos, da escola e dos profissionais: proceder a avaliação

diagnóstica documentada pelo professor ou equipe pedagógica; comunicar ao

aluno ou responsável a respeito do processo a ser iniciado para obter deste o

respectivo consentimento; organizar comissão formada por docentes, técnicos

e direção da escola para efetivar o processo; arquivar atas, provas, trabalhos

ou outros instrumentos utilizados; registrar os resultados no histórico escolar

do aluno.

A Reclassificação é o processo pelo qual a escola avalia o grau

de desenvolvimento e experiência do aluno matriculado, levando em conta as

normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudos

compatível com sua experiência e desempenho, independentemente do que

registre o seu histórico escolar.

9.5 Adaptação

A adaptação é o conjunto de atividades didático-pedagógicas,

desenvolvidas pelo aluno, sem prejuízo das atividades normais da série que

se matriculou e tem a finalidade de ajustá-lo para seguir, com proveito, o novo

currículo. Sua realização é obrigatória sempre que o novo currículo for

diferente daquele cursado na escola de origem. Ocorrerá, também quando o

estudo de qualquer disciplina do currículo da Escola de destino não tiver sido

feito em qualquer série ou período da Escola de origem e não vier a ser

ministrado, para o aluno, em pelo menos uma série ou período na Escola de

destino.

A efetivação do processo de adaptação deve constar de

comparação de conteúdos curriculares e de dias letivos; elaboração do plano

próprio flexível e adequado a cada caso pela Equipe Pedagógica ouvindo (s)

professor (es) da respectiva (s) série (s) e aprovado por ato da Direção do

Estabelecimento e finalmente elaboração pela secretaria de Ata referente aos

exames quando realizados.

9.6 Avaliação Institucional do Projeto Político Pedagógico

A Prática avaliativa é inerente a vida humana, constantemente

se avalia situações e pessoas, mas essas avaliações comumente seguem

critérios particulares, não científicas que levam as posturas muitas vezes

equivocadas ou a ausência de opinião sobre fatos e situações, o que nos

torna extremamente alienados. Considerando esse pressuposto, faz-se

necessário definir uma sistemática para a avaliação para o presente Projeto

Político Pedagógico.

Após muitas discussões, convém salientar que não foi fácil

chegar a um consenso sobre a escola que se deseja e o aluno que se

pretende formar, mas após muitas discussões tudo ficou definido. E agora

acontecerá a parte mais trabalhosa, fazer com que o projeto não seja apenas

um papel, mas uma realidade. Diante disso, tem-se a consciência de que o

pretendido exige luta disposição e dedicação, mas cabe a todos que

participaram da construção lutar pela prática cotidiana aqui desejada.

Assim, como juízo de qualidade sobre as ações desenvolvidas

nesta escola, que possibilitarão o levantamento de dados relevantes da

prática, os quais permitirão um redirecionamento do mesmo, estabeleceu-se

que o Projeto Político Pedagógico será avaliado em reunião dos órgãos

colegiados de forma semestral. Ainda serão aplicados questionários

avaliativos semestrais para serem preenchidos pelos alunos, professores e

funcionários sobre o desempenho do Projeto.

Faz necessário ainda uma auto – avaliação formal descritiva de

cada componente do Colégio, onde serão refletidas as práticas pessoais em

consonância com o Projeto. Então estas situações avaliativas conduzirão a

uma reflexão sobre o coletivo, possibilitando um redimensionamento do

Projeto bem como aprimoramento constante o que consequentemente

influenciará na melhoria do Colégio como um todo.

10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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