i – explicitação sobre a organização da entidade escolar · o município de nova fátima...
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1. APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Adelaide
Glaser Ross - Ensino Médio é um instrumento teórico-metodológico que visa
ajudar a enfrentar os desafios do cotidiano da escola de uma forma
sistematizada, consciente, científica e participativa.
Consciente da realidade vigente no mundo globalizado que
está engrenado à política econômica neoliberal, onde o indivíduo é
responsável pelo seu sucesso ou fracasso, e refletindo a necessidade de
contribuir para a construção de um sujeito capaz de atuar efetivamente em tal
mundo, sendo agente de mudança econômico-social e cultural, o Colégio se
propõe a adotar uma política de ensino aprendizagem que contribua na
ampliação do horizonte do educando no que diz respeito ao conhecimento
científico sistematizado, à visão histórica, político-social, cultural, artística e
econômica em escala global, regional e local.
Ciente de que o Colégio não pode se calcar em uma ideologia
voltada apenas para uma formação “conteudista” do intelecto, que atenda
apenas ao sistema competitivo de concursos e vestibulares, entretanto, não
entendemos que seja papel da escola abraçar a educação pessoal, familiar, a
formação de caráter e consciência de cidadania sozinha, mas é por via da
escola que o sujeito tem acesso ao conhecimento e a cultura e isso o ajudará
a exercer sua cidadania.
O Projeto Político Pedagógico deve representar o compromisso
coletivo com uma determinada trajetória no cenário educacional. Há
necessidade, porém, de clareza sobre a força e os limites deste projeto. A
corporeidade do projeto acontece na interação entre os sujeitos: professores,
alunos, pedagogos, direção, pais e funcionários que são as pessoas que dão
vida à escola. Assim, o projeto compromete pessoas com uma idéia, com uma
prática transformadora não somente da realidade do Colégio pautada nos
princípios da igualdade, da qualidade do ensino, da gestão democrática, da
liberdade e na valorização dos profissionais da escola. A forma de firmar este
compromisso implica planejamento, dando lugar e sentido a uma ação
conduzida pelas diretrizes do presente Projeto Político Pedagógico que numa
perspectiva mais ampla pretende ajudar na construção de uma sociedade
mais justa.
Enfim o conjunto do Projeto Político Pedagógico é sempre uma
manifestação de sujeitos concretos que buscam algo mais que a simples
manutenção das condições de exploração da sociedade vigente. É
importante, ainda, salientar que este projeto não tem a preocupação de
apresentar soluções definitivas, mas expressa o desejo e o compromisso do
grupo que a partir de um processo de trocas e buscas comuns, participa da
construção do futuro para a melhoria do desenvolvimento humano e a
qualidade de vida na escola e na sociedade na qual está inserido, apoiando-
se numa postura participativa e responsável de toda a comunidade.
2. IDENTIFICAÇÃO
Colégio Estadual Adelaide Glaser Ross – Ensino Médio
Código do Estabelecimento: 00190
Endereço: Rua Moysés Lupion, 474, Centro.
Fone: (43) 3552-1508
Município: Nova Fátima
Código do Município: 1710
Localização: Zona Urbana
Distância da Sede do N.R.E.: 30 km
N.R.E: Cornélio Procópio
Código do N.R.E.: 08
Entidade Mantenedora: Governo do Estado do Paraná
Ato de Autorização de Funcionamento Decreto nº. 2676/80, DOE 24/07/80
Renovação da Autorização de Funcionamento nº. 1016/2005
Ato de Reconhecimento do Curso: Ensino Médio – Decreto nº. 1724/2000
Parecer do N.R.R. de Aprovação do Regimento Escolar: nº 22 de 09/10/2002.
Site: nfaadelaideross.seed.pr.gov.br
e-mail: [email protected]
2.1 Caracterização do Município de Nova Fátima
O município de Nova Fátima está situado no Estado do Paraná,
na região conhecida como Norte Pioneiro, localiza-se na Latitude 23º 27’ Sul,
Longitude 50º 32’ Oeste, numa altitude de 673 m. Sua área corresponde a
217 Km2 que abrange a Zona Urbana e Rural, limita-se com os Municípios de
Congonhinhas, Ribeirão do Pinhal, Cornélio Procópio, Santo Antônio do
Paraíso, São Sebastião da Amoreira e Nova América da Colina.
Os primeiros moradores de Nova Fátima foram: Pedro Marçal
Ribeiro, João Canedo, Martiniano de Campos, Rosa Adriano Consolin,
Sebastião Nicolau Froes (primeiro prefeito eleito), Antônio José Fogaça,
Gustavo Schenfelder e Lupércio Amaral Soares.
A emancipação política aconteceu em 14/11/51 e a elevação a
Município em 14/12/52 foi empossado o Primeiro Prefeito.
Atualmente apresenta segundo estimativas do IBGE uma
população aproximada de 8.264 habitantes Percebeu-se que de 1970 para
2005 houve diminuição da população do município e um intensificado êxodo
rural. Nesta condição o IBGE revelou que a maioria da população está
localizada na Zona Urbana, e que há predominância da população masculina,
sobre a feminina. Quanto à renda per capita, mostra como em todo o país,
concentração do poder aquisitivo nas mãos de uma pequena parcela da
população, contudo o Índice de Desenvolvimento Humano do Município é de
0.747, o que não é tão ruim para a região.
As atividades econômicas do Município são: a agroindústria,
constituída por algumas fazendas que empregam a maioria dos lavradores do
Município e pequenas propriedades rurais; o comércio, que apresenta um
número de vagas razoável, mas depende do bom desempenho da agricultura
para crescer. Existem três empresas de médio porte, Gráfica Catuaí Print e a
Fábrica de Fios Condusul e FATIMEL – Indústria de produtos Alimentícios,
que empregam um número maior de funcionários, mas quando comparados à
população total do município ainda são poucos. Há, também, micro
empresas que funcionam com um número pequeno de funcionários como a
torrefação e o comércio de doces.
Evidentemente, o êxodo rural e as poucas vagas para empregos
impelem a população a procurar melhores condições de vida, em outros
municípios, em outros estados e inclusive, em outros países.
2.2 Histórico do Colégio Adelaide Glaser Ross
O presente Colégio teve sua construção iniciado no Governo do
senhor Moysés Lupion, sendo entregue a cidade em 1.951, já no mandato do
Dr. Bento Munhoz da Rocha Neto, contudo o decreto nº. 16.122 de criação,
data de 08 de março de 1.956. Sua denominação como Grupo Escolar
“Adelaide Glaser Ross” foi atribuída pelo decreto n º 12.816 de 10 de outubro
de 1.957, homenageando a doadora deste terreno. Com relação a esta
senhora, podemos salientar que foi uma das ilustres damas da sociedade
paranaense e esposa do Dr. Carlos Ross, um dos pioneiros do município de
Nova Fátima.
A escola Normal Colegial Estadual de Nova Fátima foi
instalada em 1.962, pelo decreto n º 32.123 de 19 de setembro de 1.960,
quando se fez necessário oferecer no município estudos secundários para os
munícipes usufruírem deste benefício. Esta modalidade passou a denominar-
se Magistério com a reorganização do Ensino pela Lei n º 5692/71 foi extinto
em 1.999.
Em 1.967 foi instalado o Colégio Comercial Estadual de Nova
Fátima, devido a existência de muitos interessados em realizar o Curso
Técnico. A portaria n º 12.908/67, a primeira turma inicia em março de 1.968,
esse curso é denominado Técnico em Contabilidade e foi cessado em 1.995.
Com a reorganização do Ensino em 1.980, atendendo as
diretrizes da Lei n º 5692/71, a escola que oferecia 1ª a 4ª séries, Escola
Normal e Curso Técnico em Contabilidade, a escola passou a ser um
complexo denominado Colégio Estadual Adelaide Glaser Ross – Ensino de 1º
e 2º graus. Neste mesmo ano foi implantado.
Entre 1.980 e 1.990 abriram-se turmas da pré – escola, para
atender a demanda de Educação Infantil, sendo encerradas devido a falta de
espaço físico para funcionamento desta turma.
Com o decorrer do tempo os avanços no campo da educação,
nos respectivos momentos históricos, bem como os que aconteceram no
processo educacional, no ano letivo de 1990 foi implantado o Ciclo Básico de
Alfabetização no Estabelecimento de ensino, através do Decreto
Governamental numero 2545, de 14 de março de 1988, o qual englobou num
único ciclo as duas primeiras séries do primeiro grau, denominado Ciclo
Básico de Alfabetização, considerando de extrema importância para o ensino
público paranaense, objetivando diminuir os índices de evasão e repetência
ocorridos nas duas séries.
No ano de 1.991 iniciou o funcionamento das turmas de 5ª e 8ª
séries, que findou em 1.998, após as reformas que ampliaram a Escola
Estadual Dr. Aloysio de Barros Tostes, a qual passou a comportar toda
demanda do município.
Na retomada história, para se buscar o retorno á qualidade e
competência técnica adequados a uma sociedade em desenvolvimento foi
apresentado um projeto local, em nível de escola, propondo que se
entendesse o Ciclo Básico de Alfabetização num “CONTINUUN” de quatro
anos, que começou a vigorar no ano de 1994, através do Decreto numero
2325/93.
Em 1.994, substituindo o curso de Técnico em Contabilidade,
este Colégio passa a ofertar o curso de Auxiliar em Contabilidade que
também foi cessada em 1.998 com a reforma do Ensino Médio.
Quanto ao atendimento do educando portador de necessidades
especiais, a partir do ano de 1988, o Estabelecimento de Ensino passou a
ofertar Classe Especial na área mental, de acordo com a Resolução numero
1037/88, de 13 de abril de 1988. Posteriormente no ano de 1994, foi
implantado o Centro de Atendimento Especializado na área de deficiência
visual, conforme Resolução número 2934/94, de 10 de junho de 1994.
Em face de a proposta apresentada pelo Prefeito Municipal
José Delanhol e por determinação da Lei numero 9394/96 (LDB), foi
autorizada a municipalização das quatro séries iniciais do Ensino
Fundamental (1ª a 4ª séries), e classes de atendimento a educandos
portadores de necessidades especiais: DM e CAE – DV, a partir de 02 de
maio de 2001, conforme resolução numero 2323/2001, passando o
Estabelecimento continuar ofertando o Ensino Médio e passou a denominar-
se Colégio Estadual Adelaide Glaser Ross – Ensino Médio.
Com o fim dos cursos do Ensino Profissionalizante, o antigo
Ensino de 2º grau, passa a contemplar a formação cidadã com a Educação
Geral, de 1997 a 2001. Com a implantação do PROEM, o Colégio Estadual
Adelaide Glaser Ross inicia o curso de Ensino Médio, existente até hoje.
Na data de sua construção o prédio possuía seis (06) salas de
aulas, um gabinete, uma secretaria e uma sala de professores. Em 1.988
através de um convênio com a Fundepar foram feitas algumas modificações,
tais como: ampliação da biblioteca, construção de uma rampa em um dos
corredores com acesso a cantina, evitando assim, que os alunos tomassem
chuva, na hora do lanche, calçamento das laterais do pátio. Várias ampliações
ocorreram e atualmente possuindo nove (09) salas de aula, um (0l) laboratório
de informática, um (01) laboratório de Química, Física e Biologia, uma (01)
biblioteca, uma (01) sala para secretaria, um (01) gabinete para direção, uma
(01) sala de professores e uma (01) sala para pedagogos.
Os primeiros diretores deste Colégio, cronologicamente, foram:
Maria José Rabelo de Andrade e Alcinira Pacheco Ribeiro – 1.953 a 1.954;
Terezinha Leda Siqueira Meda, Alcena de Souza Facco e Maria Dilma de
Siqueira – 1.955;
Maria Dilma de Siqueira – 1956 à 04/02/1959 e 1961 à 1965;
Elvita de Oliveira Calvo da Costa – 04/02/1959 à 18/05/1961;
Com a fundação da Escola Normal em 1962 passa a existir
duas direções, uma responsável pelo primeiro (1º) grau e outra responsável
pela Escola Normal e o Técnico em Contabilidade, como segue:
a) Representando o primeiro (1º) grau (1ª a 4ª séries) foram diretores:
Maria Dilma de Siqueira. – 18/05/1961 à 10/02/1965;
Maria Célia Costa Salgueiro. – 10/02/1965 à 20/08/1967;
Sueli Chaerke. – 20/08/1967 à 27/06/1969;
Alcena de Souza Facco. – 27/06/1969 à 18/09/1978;
Maria Aparecida Ceruli Marinho. – 18/09/1978 a 1980.
b) Representando a Escola Normal e o Técnico em Contabilidade, foram
diretores:
Luiz Rosenthal Pereira. – 1962;
Maria Mercês de Castro. – 1962 a 1.963;
Maria Jael de Luca Volpi. – 1.964 à 1.967.
Oleno Spagola Volpi – 1967 a 1976.
Em 1.980 acontece a Unificação das três modalidades
ofertadas, inclusive mudando a nomenclatura da Escola para Colégio
Estadual Adelaide Glaser Ross, assim a direção, vice direção, equipe
pedagógica e administrativa, as seguintes:
Direção e Vice Direção respectivamente:
1980 a 1982 – Leila Domingos Chaerke.
Maria Jael de Luca Volpi.
1982 a 1987 – Maria aparecida Ceruli Marinho.
Rozária Calvo Marques.
1987 a 1993 – Idésio Pereira
Rozária Calvo Marques.
02/08/1993 a 1997 – Maria Aparecida Ceruli Marinho.
Missao Izuhara.
Sueli Maria de Souza e Silva
07/2001 à 12/2001 – Missao Izuhara.
2002 a 2007 – Ana Cristina de Oliveira Melo.
01/2008 a 03/2008 – Josué Barbosa de Melo.
04/2008 a 12/2008 – Ana Cristina de Oliveira Melo.
01/2009 até a presente data – Missao Izuhara.
Secretárias:
1980 a 1983 – Efigênia Dutra de Mello.
1983 – Antonia Hilda M. Peres.
1984 a 1986 – Idésio Pereira.
1987 a 1989 – Efigênia Dutra de Mello.
A partir de 1990 – Cleusa Ricci dos Santos.
Supervisores:
1980 a 1982 – Maria Bertolina de Lima.
Diloah Alves Garrido.
1984 a 1989 – Diloah Alves Garrido.
Nívea de Campos Freitas Roveri.
1.990 à 1.992 – Nívea de Campos Freitas Roveri.
1995 a 2000 – Kátia Regina Gomes Simões.
1996 a 2000 – Ana Lúcia de Lima Xavier
Orientadores Educacionais:
1980 a 1982 – Rozária Calvo Marques.
1984 a 1986 – Efigênia Dutra de Mello.
1990 a 1992 – Irene de Souza.
1993 a 1994 – Efigênia Dutra de Mello.
1995 a 1996 – Ionice Pereira da Silva Mariano.
1997 a 2001 – Efigênia Dutra de Mello.
07/2001 a 2005 – Josué Barbosa de Mello
Coordenadores do Magistério.
1995 a 1996 – Efigênia Dutra de Mello.
Coordenador de Estágio.
1995 a 1996 – Efigênia Dutra de Mello.
Coordenadora do C.B. A.
1995 – Nívea de Campos Freitas Roveri
1995 a 1996 – Efigênia Dutra de Mello.
1997 a 2001 – Josué Barbosa de Melo.
Nívea de Campos Freitas Roveri.
2001 – Idésio Pereira.
Regina do Rocio Corrales Pinheiro.
Coordenador do Salto para o Futuro
1995 a 2000 - Adélia Rodrigues do Carmo
Professor Pedagogo
2005 – Adriana Maria Augusto Faria
Josué Barbosa de Melo
2006 – Sirlene de Fátima Boscardin
2007 a 2009 – Sirlene de Fátima Boscardin
Josué Barbosa de Melo
2010 até a presente data – Josué Barbosa de Melo
2.3 Quadro Demonstrativo: Direção, Equipe Pedagógica, Corpo Docente
e Funcionários.
Nome Função Disciplina HabilitaçãoMissao Izuhara 1 Diretor - Esq. IIJosué Barbosa de Melo 1 Pedagogo - PedagogiaEdilene Rosa da Silva 1 Professora Arte ArteCarolina de Fátima Souza Silva 1 Professora Biologia BiologiaRoseli Terezinha Kramel 2 Professora. Biologia BiologiaSimone de Oliveira Pedro 3 Professora Biologia BiologiaRita de Cássia Almeida 1 Professora Ed. Física Ed. FísicaSilvia Stelmastchuk 2 Professora Ed. Física Ed. FísicaVanda Aparecida de Campos 3 Professora Ed. Física Ed. FísicaMaria Elena de Carvalho 1 Professora Filosofia PedagogiaRosana Célia Santos 2 Professora Filosofia PedagogiaAparecida Rocha Santiago 1 Professora Física MatemáticaVera Ebertz 2 Professora Física FísicaIndianaí Brasileira D. Ferreira 1 Professora Geografia Geografia
Leila Francisca Xavier 2 Professora Geografia GeografiaAna Lucia de Lima Xavier 1 Professora História HistóriaJuliana Silveira Belinelli 2 Professora História HistóriaMichelle Silva Dias 3 Professora História HistóriaAmira Assaad Zouein 1 Professora L. Port. L. Port.Simone de Oliveira Pedro 2 Professora L. Port. L. Port.Aparecida Rocha Santiago 1 Professora Matemática MatemáticaDenize Aparecida Viscardi 2 Professora Matemática MatemáticaFátima Rocha Santiago 1 Professora Química QuímicaHelena Maria Bueno 2 Professora Química QuímicaÂngela Maria de G. Ferreira 1 Professora Sociologia PedagogiaRoseli do Prado Pena 2 Professora Sociologia PedagogiaMaria Ap. de Oliveira Zanin 1 Professora Inglês LetrasValquiria Fernanda dos Santos 2 Professora Inglês LetrasAdélia Rodrigues do Carmo 1 Professora P. Disc.Técn Esq. IIIdésio Pereira 1 Professor Apoio Ped. Normal Sup.Cleuza Ricci dos Santos 1 Secretária - MagistérioMiguel Tadeu M. Borba 1 Assist.Adm. - ContabilidadeDirce da Costa 2 Assit.Adm. - C.ContábeisLeonildo Jose Gonçalves 3 Assit.Adm. - ContabilidadeMaria do Carmo Pancaldi Lima 1 Merendeira - ContabilidadeAparecida de Oliveira 1 A.S.Gerais _ 1º GrauAparecida Martins 2 A.S.Gerais - 1º GrauCarmem Lucia Bertollo 3 A.S.Gerais - 1º GrauIvanilda Ferreira Machado 4 A.S.Gerais - ContabilidadeJosiane Aparecida Juliano 5 A.S.Gerais - MagistérioMaria Ap. Sarto Vieira 6 A.S.Gerais _ ContabilidadeMaria da Penha P. da Silva 7 A.S.Gerais _ MagistérioMaria Tereza C. B. Fantini 8 A.S. Gerais _ ContabilidadeVenância Gonçalves dos Santos 9 A.S.Gerais - Ens.Médio
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA DO ENSINO MÉDIO
A fundamentação ou a “base” do curso do Ensino Médio está
fixada numa ação pedagógica que tem como objetivo organizar os princípios e
diretrizes gerais da LDB, explicitando esses princípios no plano pedagógico
dando enfoque:
Na consolidação e aprofundamento do que foi aprendido no
Ensino Fundamental.
Preparação do aluno para o trabalho e a cidadania, para que
ele continue aprendendo no decorrer de sua vida.
Aprimoramento do aluno como pessoa humana através da
formação ética, da independência intelectual e do pensamento crítico.
Propiciar a compreensão dos fundamentos da ciência e da
técnica, relacionando a teoria com prática em cada disciplina.
A Escola, com base nas novas Diretrizes Curriculares,
fundamenta-se na idéia de conteúdos estruturantes das disciplinas escolares.
Entende-se por conteúdos estruturantes os saberes, conhecimento de grande
amplitude, conceitos ou práticas que identificam e organizam os campos de
estudo de uma disciplina escolar, considerados basilares e fundamentais para
a compreensão de seu objeto de estudo e/ou de suas áreas. É necessário
destacar que o conhecimento a ser trabalhado no Ensino Médio não pode ser
a reprodução das formas de método de academias. Ele deve ter a
especificidade de tratar as dimensões do conhecimento em sua totalidade. O
que implica numa abordagem teórica metodológica que considere a
interdependência das dimensões científica, artística e filosófica do
conhecimento, nos conteúdos de cada uma das doze disciplinas do Ensino
Médio. Isso pressupõe interdependência e diálogo entre as disciplinas da
matriz curricular na escola e implica, também, na necessidade de um maior
equilíbrio na distribuição de aulas entre as disciplinas. Nesse Projeto Político
Pedagógico a opção político-pedagógica apresentada, para esse momento
histórico, é por um currículo disciplinar de tradição curricular no ensino médio.
Esta opção, entretanto, pressupõe uma perspectiva interdisciplinar, a partir da
qual aprofunda os conceitos de interdisciplinaridade e de contextualização.
As questões do conhecimento, da arquitetura curricular, bem
como a compreensão dos conceitos de interdisciplinaridade dos conteúdos
têm por objetivo aprofundar s reflexões a respeito dos sujeitos no Ensino
Médio. Quem é esse estudante e no que o ensino médio pode transformá-lo?
Compreender o currículo como documento e como discurso,
produzido por e, ao mesmo tempo, produtor de sujeitos sociais e históricos,
torna evidente a relação entre o “O que?” e o “Para que?” ensinar e como o
“O que eles ou elas devem ser?”.
A discussão do currículo como construção social passa,
inevitavelmente pela discussão a respeito dos sujeitos do Ensino Médio.
Quem são eles? De onde vêm? Que referências sociais e culturais trazem
para a escola? O que a escola e o currículo querem que eles sejam/tornem-
se?
Pensar uma política pública para o Ensino Médio partindo da
realidade desses sujeitos, exige que tenhamos claro que não se tratam de
“sujeitos sem rosto”, sem história, sem origem de classe ou fração de classe.
Os sujeitos que nos referimos são predominantes jovens e, em
menor número, adultos de classe popular, filhos de trabalhadores
assalariados ou que produzem a vida de forma precária, por conta própria, do
campo ou da cidade, de regiões diversas e com particularidades
socioculturais e étnicas. (Frigotto, G. 2004, p. 57)
Espera-se, assim que a escola assuma a responsabilidade de
atuar na transformação e na busca do desenvolvimento social, possibilitando
a formação de cidadão participativo, responsável, compromissado e criativo.
4. ESTRUTURA DO CURSO
O Ensino Médio, etapa final da educação básica, com duração
de três (03) anos com o mínimo de 2400 horas e 600 dias letivos nos três
anos.
O currículo de Ensino Médio foi organizado de acordo com a
legislação vigente, compondo-se, portanto de duas partes: Base Nacional
Comum e Parte Diversificada, conforme Matriz Curricular deste
Estabelecimento de Ensino.
5. OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO MÉDIO
Consoante com a Filosofia exposta e com os princípios da
L.D.B. 9394/96 e com o Regimento Interno deste Colégio são assim definidos
os objetivos do Ensino Médio.
• Consolidar e aprofundar os conhecimentos adquiridos no Ensino
Fundamental.
• Formar o cidadão autônomo, capaz de discernir os valores morais,
sociais e culturais, nas situações cotidianas.
• Desenvolver a autonomia para viver em sociedade respeitando
princípios éticos e multiculturais.
• Trabalhar a diversidade e a pluralidade.
• Compreender sua historicidade enquanto sujeito capaz de construir
uma sociedade mais humana.
• Entender as inter – relações entre os diversos ecossistemas e o homem
enquanto co-responsável pelo desenvolvimento da sociedade.
• Desenvolver conceitos e valores cidadãos.
• Utilizar saberes como princípios de elaboração cultural que prepare o
indivíduo para enfrentar a vida.
• Possibilitar a inserção consciente dos adolescentes na sociedade e no
mercado de trabalho.
• Aprimorar os alunos enquanto seres humanos éticos, portadores de
sentimento e empatia.
• Construir-se enquanto homem flexível capaz de utilizar seus
conhecimentos para lutar por um mundo melhor.
• Garantir aos alunos um ensino diversificado que lhes permitam serem
capazes de enfrentar com competência, as transformações da
sociedade.
• Proporcionar experiências em que possam construir seu próprio
conhecimento, com atividades inovadoras, compromissadas com o
entendimento da realidade e sua vinculação em relação a ela.
• Promover a sua compreensão e o compromisso de preservarem o meio
ambiente e o desenvolvimento de ambiente escolar saudável e
produtivo.
• Dar igualdade de oportunidades no desenvolvimento de uma
aprendizagem ativa.
• Proporcionar a sua compreensão e o compromisso de preservarem o
meio ambiente e o desenvolvimento de ambiente escolar saudável e
produtivo.
• Proporcionar práticas conjuntas e promover situações de cooperação.
• Oferecer condições necessárias para a educação inclusiva e
preparação para inclusão social.
6. MARCO SITUACIONAL
6.1 Caracterização no Contexto Histórico Social
A história da humanidade resulta de um movimento histórico
dialético constante onde o homem torna-se objeto e é subjugado por múltiplos
fatores como: as condições do mercado de trabalho, a ideologia dominante, o
mercado financeiro as regras sociais, enfim apenas os detentores dos meios
de produção acabam sendo respeitados em seus direitos. Neste contexto de
mudanças a humanidade vive sob a hegemonia política e ideológica do
neoliberalismo: processo intercultural, mundialização, aldeia global, são
palavras que passaram a constituir marcadamente o repertório das
discussões acerca da sociedade contemporânea.
Assim cabe salientar que o neoliberalismo configura-se como:
“Um complexo processo de construção hegemônica. Isto
é, como uma estratégia de poder que se implementa em
dois sentidos articulados: por um lado, através de um
conjunto razoavelmente regular de reformas concretas no
plano econômico, político, jurídico, educacional etc. e, por
outro, através de uma série de estratégias culturais
orientadas a impor novos significados sociais, a partir dos
quais legitimam as reformas neoliberais como sendo as
únicas que podem (e devem) ser aplicadas no atual
contexto histórico de nossa sociedade.” (Gentili, 1996:).
O capitalismo que desenvolve a indústria de massa, gerada de
grande homogeneização, apagando diferenças e padronizando estilos de
vida; que implantou o consumismo, a competição permanente, segundo
muitos teóricos está em crise passageira e novas relações precisam ser
estabelecidas.
Mas o neoliberalismo incorpora estes princípios anteriormente
citados e busca reorganizar o capitalismo partindo da compreensão de que o
mercado é o único setor e instrumento capaz de regular os interesses e as
relações sociais. O setor público, no caso o Estado, é responsável por toda a
crise pela qual a sociedade passa. Essa é a base de sustentação do
neoliberalismo: o Estado é insuficiente para administrar o setor público,
enquanto o setor privado é considerado altamente eficiente.
O Brasil enquanto nação não poderia ficar à margem da
história mundial e das conseqüências, positivas e negativas dessa nova
concepção. Sendo assim a sociedade atual brasileira encontra-se
fragmentada, com grande concentração de renda nas mãos de uma minoria e
a maioria da população continua excluída das condições básicas para a vida
humana. O neoliberalismo impôs ao mercado de trabalho uma condição ainda
mais excludente com as altas taxas de desemprego e a conseqüente
subserviência da população para aceitar condições e trabalho e salários ainda
piores, sob a pena de engrossarem a massa dos desempregados que vivem
em absoluta miséria.
A sociedade brasileira historicamente marcada pelo
colonialismo, ainda não consegue estruturar suas bases econômicos e devido
a globalização, torna-se refém das oscilações do mercado internacional onde
o que menos importa é a condição ou situação das massas, portanto além do
já conhecido proletariado explorado, existe uma grande quantidade de
indivíduos que sobrevivem em extrema condição de miséria, e cujos direitos
sociais não são considerados, essa injustiça social, infelizmente é uma
realidade, brasileira e mundial.
Em contrapartida a sociedade civil vem se organizando para
buscar uma sociedade mais humana. Existem organizações que buscam a
conscientização da população através de debates e conferências tentando
mudar as condições atuais, outras ainda implantam atividades, oficinas
variadas, atividades profissionalizantes e escolares, enfim buscando fazer
algo em prol dos direitos humanos, do fim da violência e da construção de
uma sociedade pacífica. Todas essas iniciativas são importantes, mas o
fundamental é que o estado assuma as responsabilidades para as quais foi
criado.
A realidade econômica e social do Estado do Paraná reflete as
tendências do país. Suas atividades econômicas predominantes são as
agriculturas, a pecuária e alguns pólos industriais, tais condições apresentam
aspectos positivos e aspectos negativos, e como conseqüência surgem o
subemprego ou desemprego. As correntes migratórias dentro do próprio
estado de municípios do interior para grandes centros urbanos em busca de
condições melhores de trabalho, também são outra realidade que deixam a
organização espaço-temporal em permanente movimento.
O Município de Nova Fátima é um município de
aproximadamente nove mil habitantes, possui apenas duas indústrias: uma
fábrica de fios e uma gráfica, sua economia é basicamente agrícola,
apresenta um comércio singelo que cujo desenvolvimento depende das
atividades agrícolas. Migrações para centros urbanos maiores, também é uma
realidade. As pessoas procuram outras cidades para conseguirem empregos
e condições de vida melhor, aqueles que permanecem na cidade, mas
trabalhando na Zona Rural, poucos conseguem emprego nas industriais,
alguns trabalham no pequeno comércio ou transformam-se em funcionários
públicos estaduais e municipais. Estes últimos acabam regulando a economia
Municipal mesmo quando a agricultura enfrenta crises, visto que possuem
salários fixos.
Dessa forma, como o único estabelecimento do Município que
oferece Ensino Médio é o Colégio Estadual Adelaide Glaser e este possui
uma enorme responsabilidade social, pois formará as mentes juvenis que
construirão o futuro do Município, bem como raízes que serão espalhadas por
outras cidades. Portanto a maioria dos jovens procura concluir o Ensino Médio
com o intuito de conquistar aprendizagem e que possibilitem prosseguir na
vida estudantil ou despertar qualidades que serão utilizadas para a busca da
sobrevivência através de condições específicas de trabalho. Então o Colégio
tem a necessidade de atender as expectativas da sociedade local,
contribuindo para a formação dos jovens.
Sabe-se, no entanto, que a educação brasileira serviu desde
sua organização para atender as elites, mas não se pode continuar com a
dívida histórica da formação do povo brasileiro. Mesmo na república o ensino
foi dogmático, o ensino contemporâneo não é diferente, a Escola ainda hoje
defende o interesse de minorias, relegando para segundo plano o social e
priorizando o setor econômico da sociedade. Essa realidade está sendo
superada aos poucos, muitos educadores tem lutado desde a década de 20
para melhorar as condições da Educação brasileira, nos últimos anos a
sociedade civil, vem gradativamente exigindo uma educação pública de
qualidade para todos que é o princípio da democratização do ensino, a qual
se busca no Ensino Médio.
6.2 Caracterização da Entidade Escolar
O Colégio Estadual Adelaide Glaser Ross, pertencente ao
Núcleo Regional de Educação de Cornélio Procópio é o único
Estabelecimento de Ensino do Município de Nova Fátima que oferece Ensino
Médio, portanto torna-se exemplo irradiador de cultura para os jovens, bem
como uma das instâncias mais influentes na formação cidadã.
O estabelecimento possuiu 358 alunos matriculados, o porte do
estabelecimento, portanto, é o III, estes alunos encontram-se divididos em 11
turmas – 4 primeiros anos, 4 segundos anos e 3 terceiros anos, distribuídos
em dois turnos.
Diante disso o Colégio possui como já explicitado dois turnos o
matutino, com (05) aulas diárias, todos os dias da semana, dispostas da
seguinte forma.
1ª - 07h40min às 08h30min
2ª - 08h30min às 09h20min
3ª - 09h20min às 10h10min
Intervalo – 10h10min às 10h20min
4ª - 10h20min às 11h10min
5ª - 11h10min às 12h00min
O período noturno também possui cinco (05) aulas diárias
todos os dias da semana, dispostos como segue:
1ª - 19h00min às 19h50min
2ª - 19h50min às 20h40min
3ª - 20h40min às 21h30min
Intervalo – 21h30min às 21h45min
4ª - 21h45min às 22h30min
5ª - 22h30min às 23h15min
A matriz curricular aprovada em 2010 é composta pelas
seguintes disciplinas na Base Nacional Comum: Arte, Biologia, Educação
Física, Filosofia, Física, Geografia, História, Língua Portuguesa, Matemática,
Química, Sociologia. A disciplina da Parte Diversificada é: Língua Estrangeira
Modera - Inglês. Com carga horária distribuídas nas três séries do Ensino
Médio.
Enfim todas as atividades realizadas são decididas
coletivamente junto com os órgãos colegiados do Estabelecimento e tem por
prioridade o aluno e sua aprendizagem, uma vez que a gestão praticada é
democrática.
Partindo desta distribuição os horários das disciplinas são
realizados contemplando tanto a disponibilidade dos professores quanto a
aprendizagem dos alunos, evitando a concentração de várias disciplinas com
cálculos num único dia, ou várias disciplinas teóricas, evidentemente existem
casos em não há outra alternativa, mas sempre que possível existe uma
dosagem.
A utilização da biblioteca é incentivada, e realizada na prática,
nas aulas de Literatura, na disciplina de Língua Portuguesa. São
possibilitados e incentivados o uso de vídeo ou D.V.D. TV multimídia e
Laboratórios como recurso didático.
A direção e equipe pedagógica estão sempre disponíveis para
atender aos pais. O atendimento aos professores é realizado nas horas
atividades e sempre que se fizer necessário. O atendimento aos alunos é feito
por atendimento sistemático às classes e individual quando se fizer
necessário.
6.3 Condições Físicas e Materiais
O Colégio funciona em prédio próprio. Em 2002 procurou
organizar seu espaço físico e seus recursos materiais de maneira compatível
com o quadro ocupacional, pois passou a compartilhar seu espaço físico com
a Escola Municipal Leila Domingos Chaeck.
A escola possui sala de direção, sala de secretaria, sala de
equipe pedagógica, sala de professores, sala de biblioteca dos professores,
sala de biblioteca para alunos, cozinha, refeitório com bebedouro, laboratório
de informática e de ciências. O número de alunos matriculados em cada
classe é suficiente para o seu funcionamento e capacidade legal.
A escola possui 12 (doze) salas de aula, sendo que 3 (três)
delas são adaptadas para os laboratórios de informática, de ciências e
secretaria. As outras 9 (nove) salas de aula atendem o ensino médio. As salas
de aula possuem quadro de giz, um ventilador de parede, uma mesa para
professores, cortinas, um armário de aço, lâmpadas fluorescentes, carteiras e
cadeiras em estado de uso regular e bom, flanelógrafos e TV multimídia.
Fornecendo assim um ambiente bem iluminado, com boa ventilação, higiene e
receptividade.
A escola dispõe de um pátio de recreação e laterais gramados,
adequados ao atendimento dos alunos, porém, não há um espaço exclusivo
para as aulas de Educação Física, para tanto essas aulas são ministradas no
pátio interno da escola, dificultando o trabalho dos professores da área, que
muitas vezes organizam as suas aulas adaptando rede de voleibol, cesta de
basquete, travessões com redes, e, em sala de aula possibilitando jogos de
tênis de mesa, damas, xadrez, etc.
A biblioteca tem um espaço amplo, bem iluminado com
organização própria, favorecendo o bom andamento dos trabalhos e projetos
desenvolvidos pelos professores do Ensino Médio, com horários de leitura e
atendendo as necessidades dos alunos, como também oferece oportunidade
á pesquisa escolares e á comunidade, possuindo acervo bibliográfico
diversificado e obras atualizadas recebidas da secretaria de Estado da
Educação e do Ministério da Educação, acervo este, em bom estado de
conservação. Estão contidas na biblioteca 08 (oito) mesas, trinta e uma
cadeiras, nove estantes de aço, uma escrivaninha de madeira, uma cadeira
estofada, cortinas, dois ventiladores de teto, um armário de aço, livros de
literatura e livros para pesquisas em perfeita condições de uso, Com a
contemplação do Proinfo, foi adaptada no espaço da Biblioteca uma divisória
de madeira, onde se encontram instalados 10 computadores, mesas, 10
cadeiras estofadas, uma impressora e um climatizador.
A Biblioteca do professor possui espaço próprio, contendo 02
mesas, 06 cadeiras, 02 estantes de aço e um armário duplo em aço, cortinas,
um armário de madeira e constitui-se em um espaço pedagógico específico,
juntamente com um acervo bibliográfico enviado pela Secretaria de Estado da
Educação que traz títulos de fundamentação teórica e metodológica,
específicos a cada uma das disciplinas do currículo do ensino Médio, com a
finalidade de dar continuidade no processo de formação continuada,
planejamentos e hora atividade dos professores, contribuindo para melhoria
da qualidade de Ensino.
O laboratório de informática do Paraná Digital se encontra em
pleno funcionamento, onde conta com 20 computadores, mesas, cadeiras,
impressoras, servidor e antena para conexão 24 horas com a internet. O
laboratório de informática esta sob responsabilidade do Diretor e também do
Administrador local e que será utilizado um cronograma conforme carga
horária dos professores e alunos.
O laboratório de ciências possui uma pia, dois armários de aço,
duas mesas, vinte cadeiras e alguns dispositivos indispensáveis para
realização de experiências como: materiais permanentes - balança, balão
volumétrico, Becker, Bico de Bunsen, Cadinho, Disco de Newton, Erlenmayer,
Funil, Lãminas de Microscópio, Lamparina, pipetas, proveta graduada, tela de
amianto, termômetro, tripé, tubos de ensaio, pinça de madeira, bastão de
vidro, bureta (a), dosador plásticos (04), balão destilador e microscópio.
Materiais de consumo - acetato de chumbo II, ácido acético, ácido acético
glacial, ácido nítrico, ácido colorida, álcool de cereais, álcool etílico acético,
amoníaco, argila azul de metileno, bicabornato de sódio, bolinha de parafina,
cloreto de potássio, cloreto de sódio, eosina, enxofre em pó, fenoftaleína em
pó, geltina glicerinada, glicerina neutra, hidróxido de amônia, iodo metálico,
iodeto de potássio, lâmina de microscópio, lugol, nitrato de sódio, nitrato de
zinco, orceina, papel filtro, permaganato de potássio, pó de carvão, pó de
cortiça, porcelana granulada, raspas de alumínio, sulfato de alumínio, sulfato
de cobre II, sulfato de magnésio, sulfato de sódio, tetra cloreto, peróxido de
hidrogênio, fenolfaleína líquida, nitrato de prata, álcool etílico 70 GI, iodo
sublimado puro, clorofórmio puro, ácido sulfúrico 25%, dicromato de potássio
puro, dióxido de manganês puro, dextrose, limalha de ferro, carbonato de
cálcio e zinco, que se encontra em boas condições e que serão utilizados
conforme cronograma e necessidades dos professores de biologia, química e
física.
A escola dispõe em boas condições de funcionamento dois
banheiros masculinos, dois banheiros femininos e um banheiro dos
professores e funcionários.
A cantina funciona com uma geladeira, em estado regular, três
freezer, em boas condições, um para uso da escola e dois para uso do
programa “Leite das crianças”, dois fogões a gás, em estado de novo, três
pias, um balcão, seis prateleiras, oito mesas de plataforma, oito bancos de
plataforma, cinco botijões de gás, vários utensílios de cozinha e um
bebedouro em estado novo de conservação.
A secretaria possui 04 computadores, 02 impressoras 02
mesas com 04 cadeiras e um servidor, todos do PR Digital, seis armários de
aço, 17 arquivos com gavetas, 04 escrivaninhas com 04 cadeiras estofadas,
02 mesas para computador, 02 computadores, um com conexão via ads, 02
ventiladores de teto, um bebedouro 01 TV, 01 mesa para impressora 01
telefone/fax e cortinas.
A sala de professores conta com três mesas, 11 cadeiras, três
armários de aço com 16 portas cada um, para uso dos professores, um filtro
de água funcionando com energia elétrica, dois armários de aço para uso dos
professores de educação física e TV Paulo Freire, um ventilador de teto e um
banheiro.
A sala da direção é constituída de três armários de aço, uma
escrivaninha, duas cadeiras estofada, cortinas e um telefone.
Na sala da Equipe Pedagógica contém três armários de aço,
quatro mesas com cadeiras estofadas, cortinas e um ventilador de teto.
6.4 Descrição da População Escolar
Sendo assim, convém descrever as características básicas da
população que norteiam a práxis pedagógica. A população atendida é advinda
da Zona Urbana e rural, distribuídos em ambos os períodos. Compõem-se por
adolescentes entre 14 e 18 anos, jovens e alguns adultos egressos.
Economicamente são oriundos das classes média e baixa. Muitos já são
trabalhadores urbanos e rurais
Os turnos são marcados por diferenciações em seu
funcionamento que devem ser mencionadas, pois influenciam a dinâmica de
atendimento da clientela. O período matutino é marcadamente composto por
adolescentes, alguns alunos trabalham meio período, mas a maioria ainda
não trabalha, desta forma percebe-se que possuem maior disponibilidade de
tempo para a realização de tarefas de casa e trabalhos extra-classe. É
comum entre a maioria o objetivo de construir um futuro mediante ingresso no
Ensino Superior.
Já o Ensino Médio noturno, possui adolescentes, jovens e
adultos egressos que durante anos ficaram fora do sistema escolar. Em sua
maioria, são trabalhadores, com raras exceções. Assim adentram as aulas
cansados, o que exige dos professores maior dinamismo para desenvolver
metodologias que motivem as atividades em sala de aula e possibilitem a
superação destas dificuldades. A população do noturno ao freqüentar o
Ensino Médio possui outros objetivos que não se restringem ao Ensino
Superior, muitos querem concluir o curso para migrarem até outras cidades
onde podem encontrar trabalhos com salários melhores. Portanto a
instituição, conforme apresentado nas Diretrizes do Ensino Médio, deve
oferecer subsídios que tornem o aluno, um homem capaz de interferir
coerentemente na sociedade em que está inserido superando sua condição
de exploração e buscando uma sociedade realmente democrática e justa
socialmente.
6.5 Organização do Tempo e do Espaço Diante das Contradições e
Conflitos Presentes na Prática Docente
Assim sendo, os profissionais do Colégio lutam para conseguir
a permanência de todos os alunos aqui matriculados, bem como pela melhora
de desempenho buscando aprendizagens efetivas.
Analisando os índices, ficam claro que muitos problemas
existem, pois os índices de evasão e reprovação estão muito altos,
principalmente no Ensino Médio noturno, onde as condições são precárias
porque a população é constituída por trabalhadores que vêm para a escola
após jornada de trabalho e acabam apresentando um rendimento baixo, o que
levam alguns a evadirem-se e outros permanecem, mas não conseguem
acompanhar.
As causas apontadas para ambos os problemas são nossas
linhas de atuação, devido a novas configurações sociais e a inserção no
mundo do trabalho, onde o aluno, principalmente noturno, é composto por
trabalhadores, o que gera um quadro de evasão provocado pelo cansaço e
pela desmotivação. Esse é um desafio difícil de ser superado, pois muitas
vezes os alunos entram na escola e não conseguem integração com as
atividades aqui desenvolvidas. Descobrir condições para tornar o processo
ensino aprendizagem mais efetivo, motivando-os através de aulas mais
atrativas são as metas de projeto.
Especificamente, no tocante a reprovações buscam-se
soluções para, como já mencionado, construir um ensino mais concreto e
incidir sobre as dificuldades de aprendizagem, diagnosticando soluções.
Sabe-se que evasão e repetência andam juntas, pois em algumas épocas os
alunos acabam perdendo aulas devido ao ciclo de produção agrícola, faltam
muito às aulas e quando voltam não conseguem acompanhar a
aprendizagem, portanto existe a necessidade de construir projetos
diversificados para estes alunos. Contudo quando faltam muito desanimam e
acabam não se interessando pelas atividades, pois aliada a dificuldade que já
possuíam surge a dificuldade em acompanhar o decurso normal das aulas.
Outro problema acentuado diz respeito ao horário de verão, no segundo
semestre, que acarreta uma série de outras oportunidades de passeio para os
adolescentes que não trabalham, ou aumenta o número de horas trabalhadas
por dia, para aqueles que trabalham na Zona Rural.
Durante a elaboração deste projeto político pedagógico outros
problemas foram sendo diagnosticados, o que mais ocupa a rotina escolar
são os conflitos que envolvem questões disciplinares, principalmente os
conflitos entre professor-aluno e aluno-aluno, os quais prejudicam o
andamento do processo ensino e aprendizagem, gerando conseqüentemente
problemas de aprendizagem. Sabe-se de antemão que a sociedade apresenta
uma nova organização familiar e social, onde muitos valores foram alterados.
Tais fatos, aliados a desmotivação, refletem nas relações em sala de aula, e
torna-se imperativa a necessidade de mudanças. Embora indisciplina não seja
um problema em si, mas um reflexo de outras situações inerentes ao
cotidiano escolar, suas conseqüências para o processo ensino e
aprendizagem tem-se mostrado negativas. Portanto, é necessário organizar
novas metodologias em sala de aula, bem como re-significar os conteúdos
trabalhados em sala de aula.
Todavia, existe outro problema que preocupa tanto
professores, quanto equipe técnica e direção é a participação dos pais. Os
representantes do Conselho escolar e APMF são muito presentes, mas os
demais pais raramente comparecem a escola. Muitos, quando convocados
para reuniões, acreditam que seus filhos já são responsáveis, por seus atos e
acabam não comparecendo. Esse pensamento dificulta o contato com a
família, bem como a busca de soluções conjuntas para os problemas do
cotidiano escolar.
Cabe salientar que um problema que os alunos apontaram
como prejudicial ao andamento das aulas é a ausência de uma quadra para a
prática das aulas de Educação Física. O Colégio já possui um local para a
construção da quadra, já encaminhou o projeto, mas a construção ainda não
aconteceu. Assim, os alunos praticam as atividades no pátio do Colégio em
piso inadequado e acabam fazendo barulhos que incomodam as salas que
estão nas classes assistindo aulas de outras disciplinas. Esta é uma das
maiores cobranças da comunidade escolar, tanto alunos quanto professores
exigem providências para a melhoria da qualidade de todas as aulas.
Para sanar alguns desses problemas e buscando superar a
disparidade entre a escola concreta e a que desejamos construir, faz-se
necessária uma tomada de decisão frente às possibilidades de discussões
entre os profissionais que aqui trabalham, e a hora/atividade precisa
consolidar-se como este espaço para debates e reflexões, e que a mesma de
acordo com as possibilidades da escola é distribuída de forma a favorecer o
trabalho coletivo dos professores que atuam nas mesmas séries, ou ainda
com formação de grupos que favoreçam o trabalho interdisciplinar. Agora com
a proposta de que em todos os estabelecimentos do Núcleo Regional da
Educação à hora atividade aconteça num mesmo dia e, em razão de o
planejamento, execução, acompanhamento e avaliação das ações a serem
executadas nas horas atividades são de responsabilidades do conjunto de
professores que vão desempenhar as ações, sob a orientação e supervisão
da Equipe Pedagógica, e que devem vir acompanhados de um processo de
reflexão sobre as necessidades e possibilidades de um trabalho docente na
escola, os debates na hora-atividade serão mais frutíferos.
Outro trabalho que tem sido intensificado nos últimos anos,
mas que vem demandando estudo de todos e que ainda precisa continuar
existindo, é a discussão sobre a inclusão, aqui entendida não só como a
relacionada a alunos portadores de necessidades educacionais especiais,
mas também que realmente é uma perspectiva que está sendo construída.
Aqui, faz-se referência à inclusão de todos, visto que trabalhar com afro-
descendentes e valorizar as múltiplas culturas brasileiras é explicitamente
democratizar o ensino. Mas várias ações precisam ser desenvolvidas neste
sentido para efetivá-la.
Enfim, a escola é um espaço coletivo, onde democraticamente
as relações se estabelecem. Portanto, é necessário reorganizá-la para que
cumpra suas funções: transmissão e apropriação sistemática de conteúdos,
elaboração de novos conhecimentos e socialização dos conhecimentos
historicamente construídos.
7. MARCO CONCEITUAL
7.1 – Filosofia e os Princípios Didáticos – Pedagógico da Instituição.
Os princípios filosóficos do Colégio Estadual Adelaide Glaser
Ross estão em consonância com a L.D.B. 9394/96 e as Diretrizes Curriculares
Estaduais do Ensino Médio, mas rompem com o princípio neoliberal buscando
formar cidadãos capazes de ultrapassar sua condição inicial de conhecimento
e construir uma sociedade justa.
Assim sendo, parte-se de uma concepção de mundo enquanto
instância social cuja lógica de funcionamento é histórica – dialética, onde as
transformações individuais exercem influência sobre o todo e vice-versa.
Baseado nesta concepção de mundo convém ratificar o
propósito de esboçar a construção de uma sociedade mais justa, aqui
apreendida diferentemente do exposto pelos meios de comunicação de
massa que tentam imprimir à sociedade um padrão consumista, massificando
costumes, gostos e valores. Como conseqüência a desvalorização da cultura
de diferentes etnias, credos e classes sociais. Para superar essa concepção
busca-se considerar o movimento social histórico – dialético e no embate
entre as contradições formar uma sociedade melhor.
Busca-se um Projeto Político Pedagógico que tenha o
compromisso não apenas de manter a sociedade, mas de transformá-la a
partir da compreensão dos condicionantes sociais e da visão que a sociedade
e educação se influenciam reciprocamente. Ao agir na escola, contribui-se
para a transformação da sociedade.
Queremos uma educação, cuja perspectiva pedagógica
correspondesse aos interesses da classe trabalhadora. Propomos que se
abram espaços para as forças populares e para que a escola torne-se uma
instituição que possibilite o acesso ao saber elaborado, objetivo, produzido
historicamente e que conduza professores e alunos a uma prática social que
vislumbre o consenso no ponto de chegada e que seja capaz de produzir
transformações em favor de uma sociedade igualitária.
Convém afirmar que o presente Projeto Político Pedagógico
almeja estruturar gradativamente uma escola que se preocupe com a
transmissão de instrumentos variados que permitam aos alunos apropriar-se
do saber elaborado, tornando-se sujeitos ativos na criação da história.
Nesse contexto, optar por um Projeto Político Pedagógico
pautado na Pedagogia histórico crítica, requer assumir um posicionamento
sobre o que é educação e o que significa educar seres humanos. Segundo
Saviani, (1991, p.103):
"A Pedagogia Crítica implica a clareza dos determinantes
sociais da educação, a compreensão do grau em que as
contradições da sociedade marcam a educação e,
consequentemente como é preciso se posicionar diante
dessas contradições e desenreda a educação das visões
ambíguas, para perceber claramente qual é a direção que
cabe imprimir a questão educacional".
Sendo assim, a instância mediatizadora para que a
transformação aconteça é a escola, que pautada na concepção de educação
Histórico crítica pode contribuir para a formação de consciências e assim
possibilitar a elaboração e produção de saber que aos poucos transformarão
a sociedade.
Correlata a essa concepção de escola o processo ensino e
aprendizagem deve ser planejado coerentemente considerando os saberes trazidos
como bagagem pelos alunos, bem como as possibilidades metodológicas de
desenvolvimento de alunos motivados que desencadeiem uma efetiva apropriação
do saber. De essa forma ensinar não significa necessariamente aprendizagem, por
isso existe uma preocupação do corpo docente em buscar conhecimento
verdadeiramente válido para o ensino Médio.
Necessariamente deve-se considerar que a educação escolar
de acordo com Saviani (1991, p. 16,17) implica:
a) identificação das formas mais desenvolvidas em que se
expressa o saber objetivo produzido historicamente,
reconhecendo as condições de sua produção e
compreendendo as suas principais manifestações bem
como as tendências atuais de transformação;
b) conversão do saber objetivo em saber escolar de modo
a torná-lo assimilável pelos alunos no espaço e tempo
escolares;
c) provimento dos meios necessários para que os alunos
não apenas assimilem o saber objetivo enquanto
resultado, mas apreendam o processo de sua produção
bem como as tendências de sua transformação.
Neste contexto faz-se necessário considerar também a
população escolar, com a qual o trabalho será desenvolvido, caracterizando
os alunos do noturno como em sua maioria trabalhadores que precisam
aprender a superar o processo de alienação. Existe, então, a pretensão de
organizá-la segundo as expectativas dessa população escolar, buscando
elevar sua consciência sobre coisas e o mundo. Neste contexto a avaliação
surge como um paradigma a ser reelaborado visando apresentar juízos de
valor sobre as aprendizagens efetivamente conquistadas, o que possibilitará
também o desenvolvimento de aprendizagens e a retomada daquilo que não
foi incorporado para que a aprendizagem seja efetiva.
Enfim, refletir sobre o contexto sócio – cultural, bem como
sobre as contradições do mundo contemporâneo permite refletir sobre a
educação, sistematizando a práxis pedagógica visando delinear um perfil de
ser humano que se deseja formar. Nas discussões entre as instâncias
colegiadas a grande preocupação de todos é desenvolver o cidadão crítico
atuante, cuja elevação cultural, torna-o capaz de interferir no processo de
democratização social, co-responsabilizando-se pelos demais seres humanos
e pelo futuro individual e social.
Sabe-se, contudo, que colocar esta Filosofia em prática é uma
construção coletiva, lenta na qual participarão, não só as instâncias
colegiadas, mas todos aqueles que apresentaram estas propostas tão
abrangentes. Isto exigirá que os agentes sociais, responsáveis pela mediação
da ação pedagógica, sejam agentes sociais ativos, reais, uma vez que eles
também são elementos objetivos da prática social, particularmente o professor
deve tornar-se um agente social ativo, comprometido politicamente com as
transformações da sociedade.
7.2 Gestão Democrática
Embasado no contexto de escola e sociedade que desejamos,
bem como no ideal de aluno que pretendemos formar, a opção da escola é
por realizar uma gestão democrática, que oriente a organização interna de
todas as atividades escolares, de forma que existam relações e práticas
pedagógicas coletivas e transformadoras.
É interessante ressaltar que em suas origens etimológica
democracia significa “governo do povo”, então quando se fala em escola
democrática preconiza-se um espaço de participação ativa e compromissado
com a construção de uma instâncias que atende aos interesses da
comunidade onde está inserido.
Nesse contexto a gestão democrática é uma prática cotidiana
que contém o princípio da reflexão, da compreensão e da transformação que
envolve, necessariamente, a construção de uma escola de qualidade para
todos, que respeite os princípios da universalização, da gratuidade e da
permanência, essa é uma exigência da classe trabalhadora.
O primeiro passo para a democratização da gestão é tornar o
ensino democrático através de uma práxis emancipadora, voltado para o
respeito ao saber trazido pelo aluno e mediação da aprendizagem dos
conhecimentos historicamente acumulados. Nestes contextos os maiores
responsáveis são os professores que devem preparar-se para tornar sua
prática cotidiana da sala de aula mais motivadora.
Assim sendo, é importantíssimo que a Gestão Escolar, seja
democrática, porque é o processo que rege o funcionamento da escola,
compreendendo tomada de decisão conjunta no planejamento, execução,
acompanhamento e avaliação das questões administrativas e pedagógicas,
envolvendo participação de toda a comunidade escolar.
Além de sua dimensão política, de ampliação da participação, a
democratização da escola se expressa no aprendizado de práticas
democráticas, no exercício da cidadania, efetivando-se como um exercício
permanentemente de formação de sujeitos participativos e democráticos.
Assim, é necessário abrir os portões e muros escolares como um exercício
para a efetivação da participação popular no interior da escola e desta na
comunidade. Esta atitude tem sido uma prática constante, visto que os
projetos são realizados visando o bem estar da comunidade de Nova Fátima,
e as campanhas são realizadas na própria comunidade.
Dessa forma, no Colégio Adelaide também se busca a
construção da gestão democrática através de suas instâncias colegiadas:
Conselho Escolar, Conselho de Classe e APMF, professores, direção,
pedagogos e funcionários. Convém descrever a função de cada um no
processo de democratização como se seguirá nos próximos parágrafos.
O Conselho escolar é um órgão colegiado de natureza
consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, com atuação
restrita a cada classe do estabelecimento de ensino, tendo por objetivo avaliar
o processo ensino-aprendizagem na relação professor aluno e o
procedimento adequado para cada caso e encontra-se composto a partir de
15/05/2010 pelos Senhores:
Missão Izuhara - Presidente
Josué Barbosa de Melo - Representante da Equipe Pedagógica
Simone de Oliveira Pedro - Representante do Corpo Docente
Dirce da Costa - Representante dos Func. Administrativos
Venancia Gonçalves dos Santos - Repr.Func.Serviços Gerais
Patrícia Maria - Representante do Corpo Discente
Jean Luiz de Oliveira Filho - Representante Corpo Discente
Maria Aparecida Resende de Araújo - Repr.Pais de Alunos
Paulo Roberto Domingues Chaek -Repr. Segmentos Sociedade
O Conselho de Classe é um órgão colegiado de natureza
consultiva e deliberativa em assuntos didático-pedagógicos, fundamentado no
Projeto Político Pedagógico da Escola e no Regimento Escolar, com a
responsabilidade de analisar as ações educacionais, indicando alternativas
que busquem garantir a efetivação do processo ensino e aprendizagem.
Constitui-se em um espaço de reflexão pedagógica, onde todos
os sujeitos do processo educativo, de forma coletiva, discutem alternativas e
propõe ações educativas eficazes que possam vir a sanar
necessidades/dificuldades apontadas no processo ensino e aprendizagem.
É constituído pelo Diretor, Equipe Pedagógica, Professores,
Funcionários e alunos representantes que atuam numa mesma série/turma.
É responsabilidade de a direção presidir o Conselho de Classe
e cabe ao pedagogo organizar as informações e dados coletados a serem
estudados no Conselho de Classe.
A Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF,
protocolado sob número 1348 do Livro A-1, a APMF – Nossa Senhora de
Fátima, do Colégio Estadual Adelaide Glaser Ross – E.M., tem por objetivo
propor ações de assistência ao educando, no aprimoramento do ensino e
integração família – escola – comunidade.
Assistência ao educando, professores e funcionários,
assegurando-lhes condições de eficiência escolar em consonância com a
proposta pedagógica do estabelecimento e colaborando com a manutenção e
conservação do prédio escolar e suas instalações.
Ainda é função da APMF, gerir e administrar os recursos
financeiros, próprios e os que lhe forem repassados através de convênios, de
acordo com as prioridades estabelecidas em reuniões conjuntas com o
Conselho Escolar, com registro em livro ata.
Aos professores compete função crucial na transformação da
escola e no processo de democratização da mesma, visto que são
responsáveis por todos os serviços educacionais e acima de tudo são aqueles
responsáveis pela mediação entre os saberes cotidianos e os conteúdos
historicamente acumulados.
A direção compete à execução de uma gestão democrática
pautada nos princípios acima expostos e ainda a gestão dos serviços
escolares no sentido de garantir o alcance dos objetivos educacionais
propostos pela escola neste Projeto Político Pedagógico.
Os funcionários, partindo do entendimento que o Projeto
Político Pedagógico só pode acontecer através de ações empreendidas pelo
coletivo escolar, considerando que todos os integrantes da Escola são
protagonistas do processo educativo, uma vez que seu trabalho é
fundamental tem assegurado a participação na gestão escolar para que
possam exercer sua cidadania também internamente a unidade de ensino,
como participante do processo educativo.
Além da garantia de qualificação, capacitação específica para
contribuir com a qualidade da educação escolar e colaboração com a
superação dos desafios que a escola enfrenta em seu cotidiano.
Buscando assim, uma maior interação com os alunos e
professores, tendo um ambiente de trabalho com condições dignas e
democráticas, baseado no respeito e na solidariedade.
O que culmina na responsabilidade em contribuir para a
execução dessa proposta, colaborando para o bom andamento de todas as
atividades escolares que com certeza necessitam de suas funções, visto que
a comunidade escolar só atingirá seus objetivos de formação se cada qual
fizer a sua parte.
E ao pedagogo, cabe assessorar o corpo docente e
acompanhar o corpo discente no decorrer do processo ensino e
aprendizagem, bem como nas demais situações cotidianas, incentivando o
desenvolvimento de projetos e investindo sempre na execução desse projeto.
Isto certamente efetivará na construção de uma escola pública de qualidade,
onde sejam formados os cidadãos que serão capazes de transformar a
sociedade na qual estão inseridos.
8. MARCO OPERACIONAL
Efetivar mudanças num dado contexto histórico e social é uma
construção gradativa. Na escola esse processo também é lento e exige o
empenho do coletivo, por isso que se busca a construção de uma gestão
democrática neste contexto durante as discussões acerca do Projeto Político
Pedagógico que se deseja construir pensou-se numa reorganização do
contexto escolar.
Ao pensar em uma educação democrática não podemos deixar
de refletir que até o momento as portas para se adentrar a uma educação
acadêmica (3º grau) a qual ainda é o vestibular ou o Exame Nacional do
Ensino Médio - ENEM, um ou outro não deixam de ser provas que tentam
medir o conhecimento científico, cultural e interpretativo do indivíduo. Sendo
assim, a escola pública não pode deixar de focar o conhecimento científico,
cultural e tecnológico, pois seria podar ao aluno da escola pública a
possibilidade de cursar uma Universidade Federal ou Estadual, já que os
índices não são favoráveis aos mesmos. Assim nossa escola propõe uma
educação centrada no saber científico historicamente produzido, sem
barateamento de tal para atender às pressões políticas referentes a índices.
Entende-se assim que um grande índice de aprovação não signifique um
grande índice de aprendizado. E, que, a reprovação não seja uma punição
traumática, mas sim a oportunidade do aluno amadurecer, aprender a seu
tempo e concluir o curso com competência real de atuar no mundo
globalizado apropriado do conhecimento, para assim refletir, criticar e ser um
cidadão politizado.
Entendemos que a educação democrática é poder colocar o
nosso aluno de escola pública em pé de igualdade com os das particulares,
para que possam almejar e alcançar cargos de chefia, de empreendedorismo,
das áreas educacionais e com a sua formação interfiram positivamente na
sociedade.
8.1 Processo de Inclusão
Diante das transformações sociais na história da humanidade,
o ser humano parece cada vez mais excluído, e menos importante porque há
outros interesses em jogo. Os avanços científicos e tecnológicos descartam a
condição humana e ignoram valores construídos que são soterrados.
Infelizmente a rica diversidade cultural é desvalorizada, e a sociedade
neoliberal valoriza apenas a cultura hegemônica e seus valores, que têm
atendido à lógica do consumo, do lucro fácil e do mercado.
Seria ingenuidade negar a importância da disseminação do
conhecimento, da informação, da tecnologia, da ciência, nessa aldeia global
em que vivemos, e de sua contribuição para o desenvolvimento humano e
planetário. Mas não podemos negar a importância de todas as culturas e a
valorização de todos os segmentos sociais.
Assim, o desafio que se impõe a educação atual é educar para
a inclusão, quando a comunidade escolar discutiu este Projeto Político
Pedagógico delineou-se uma concepção de inclusão bem mais ampla do que
é mencionado muitas vezes em nossas mentes. Tentou-se então conceber
inclusão como aquela relativa a tornar cidadão todos aqueles que de alguma
forma são excluídos nesta sociedade desigual: pensou-se no portador de
necessidades educativas especiais, nos alunos que evadem ou reprovam,
nas classes trabalhadora e miserável, nos afro-decendentes, nas diferentes
etnias, enfim na multiculturalidade existentes na sociedade brasileira.
Dessa forma, quando falamos no portador de necessidades
educacionais especiais pensou-se num novo olhar sobre o processo ensino e
aprendizagem, sobre metodologias e formas de trabalho adequadas, bem
como sobre as questões sociais de torná-lo membro ativo do meio em que
está inserido.
Para a efetivação de inserção dos conteúdos de história e
Cultura Afro - Brasileira no plano anual (planejamento), a escola
fundamentou-se na Lei 10.639, de 09 de janeiro de 2003, no Artigo 26 A -
“Nos estabelecimentos de ensino fundamental e Médio, oficiais e particulares
torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro - brasileira”.
A deliberação nº. 04/06 do Conselho Estadual de Educação do
Paraná no seu Artigo 2º diz: O Projeto Político Pedagógico das Instituições de
Ensino deverá garantir que a organização dos conteúdos de todas as
disciplinas da Matriz Curricular contemple obrigatoriamente, ao longo do ano
letivo, a História e Cultura Afro-Brasileira e Africana na perspectiva de
proporcionar aos alunos uma educação compatível com uma sociedade
democrática, multicultural e pluriétnica.
O conteúdo programático incluirá o estudo da história da África
e dos Africanos, a luta dos negros no Brasil, a cultura negro brasileira e o
negro na formação da sociedade nacional, resgatando a contribuição do povo
negro nas áreas social, econômica e políticas pertinentes a história do Brasil.
O Professor ao tratar da história da África e da presença do
negro no Brasil, deverá fazer abordagens positivas, sempre na perspectiva de
contribuir para que o aluno negro - descendente mire-se positivamente, quer
pela valorização da história de seu povo, da cultura de matriz africana, da
contribuição para o país e para a humanidade.
Tendo em vista os princípios da atual gestão da Secretaria de
Estado da Educação o respeito e o atendimento à diversidade, foram
implementados políticas que atendem alunos indígenas em 18 municípios do
Estado do Paraná (Parecer 14/99).
Dentre os desafios postos para o desenvolvimento da
Educação Indígena no Estado do Paraná, foi a elaboração de material
pedagógico específico proporcionando a disseminação de saberes que
apontem para o perfil pretendido a essa modalidade de ensino, respeitando e
fortalecendo os costumes e tradições, língua, processos próprios de
aprendizagem e reconhecer as organizações sociais dos povos indígenas.
A coordenação da Educação Escolar Indígena organizou o
caderno temático, uma coletânea de reflexão, pretendendo propiciar
visibilidade à diversidade cultural e sociolingüística das comunidades
indígenas situadas no Paraná, possibilitando acesso às pesquisas
desenvolvidas sobre a temática.
Este material subsidiará os professores que enriquecerá suas
aulas abordando conteúdos em todas as disciplinas da Matriz Curricular
contemplando a interculturalidade.
Os estudos sobre: o Estado do Paraná (Lei 13.381/01) e minis-
trado através de conteúdos específicos no decorrer das três series, distribuí-
dos de acordo com o próprio conteúdo da matriz comum junto ao planejamen-
to e também através de projetos.
Os estudos da Agenda 21 Escolar são desenvolvidos através
de projetos locais.
Com relação às etnias e a multicuturalidades o trabalho é
interdisciplinar, pois cada qual contribuiu para a construção de importantes
legados que são estudados e precisam ser valorizados em cada disciplina, na
mesma proporção pensou em implementar projetos que auxiliem na
construção dessa consciência de valorização.
Entende-se que ao evadir da escola ou reprovar a série que
cursada, o aluno tem grande possibilidade de ser reprovado na vida ou entrar
na criminalidade. Assim para superar esta realidade os educandos precisam
entender a importância da educação e a escola deve trabalhar com
alternativas metodológicas que valorizem os educandos, tornando o ensino
mais atrativo.
É ainda importantíssimo salientar que neste Projeto Político
Pedagógico pensamos desde sua concepção no povo, que de forma geral
torna-se mão de obra explorada, pois sequer consegue trabalho e que acaba
por influência da mídia, do neoliberalismo e da globalização invertendo seus
valores sociais e desiludindo-se com a educação. Mas sempre pensamos que
inverter essas questões de exploração social depende de uma profunda
análise do contexto histórico social e seus condicionantes, compreendendo
que a educação sozinha não transformará o mundo, mas a elevação cultural
das massas, pela apropriação dos conhecimentos historicamente acumulados
pode ajudar a formar cidadãos capazes de interferir na sociedade e que estão
inseridos e então construir uma sociedade melhor.
Finalizando, é necessário perceber que a Educação só cumpre
seu papel numa perspectiva crítica quando busca a superação da exclusão,
ampliando os conceitos de cidadania e justiça social a todos.
8.2 Linhas de Ação
Com o intuito de organizar o trabalho pedagógico na escola
apresentamos as grandes linhas de atuação do Projeto político Pedagógico
de atuação que referem-se à gestão democrática, Hora atividade,
Planejamento, qualificação de equipamentos e espaços, Avaliação, Formação
Continuada e Projetos.
Já mencionamos no marco conceitual que a gestão
democrática exige participação coletiva de todos os envolvidos no processo
ensino aprendizagem e para conseguir implantá-lo faz necessário melhorar o
funcionamento de todas as instâncias, não que isso não tenha sido feito, mas
precisa ser realizado atualmente. Nas discussões coletivas decidiu-se
implementar cada uma das instâncias colegiadas e dos profissionais da
escola.
Assim, para o Conselho Escolar pensou-se em manter o
diálogo franco que já existe, e que as discussões tenham maior influência nos
problemas cotidianos da escola. Os professores participam ativamente da
solução de um dos problemas que mais demanda esforços na escola que é a
indisciplina. Ainda pedem-se o auxílio através de convite feito aos pais para
participarem de reuniões e principalmente de um ciclo de palestras sobre
Adolescência, Limites, Sexualidade, Drogas, Profissionalização e Paz, onde
se houve as reclamações e angústias de toda a comunidade acerca do
trabalho realizado no Colégio.
A APMF será solicitada para atuar trazendo ao Colégio os
anseios da comunidade quanto à boa administração dos recursos financeiros
e adequação do prédio às necessidades da população escolar, através de
reuniões bimestrais.
Com relação à participação efetiva dos alunos fez-se
necessário afirmar que os alunos neste ano, para a construção do Projeto
Político Pedagógico, os representantes de turma foram convocados para
pesquisar sobre a realidade da escola. Em dupla pesquisaram sobre;
qualidade do ensino, participação dos pais, projetos, indisciplina, qualidade da
gestão e conteúdos. Os resultados foram excelentes. Também contribuíram
ativamente para trazer as expectativas dos alunos e suas reivindicações. Para
os próximos anos eles serão novamente eleitos e, portanto encarregados do
trabalho de base de coleta de dados, conscientização de base e ainda
participação ativa nas reuniões.
Uma das instâncias mais complexas e resistentes à mudança é
o Conselho de Classe, mas será feita a conscientização dos professores
através do estudo de textos, debates e discussões. Na seqüência
acontecerão mudanças práticas, como maior participação dos alunos e com a
escolha de professores conselheiros para as classes.
Dessa forma, é importante apresentar algumas modificações
que todos acham interessantes na organização do trabalho pedagógico com
relação ao planejamento, sua execução deverá ser realizada após reflexões e
muitos debates semestrais sobre a realidade dos alunos. Outro pedido dos
professores, e uma obrigação pedagógica, é a realização de uma profunda
reflexão do planejamento a cada bimestre, confrontando-o com a realidade da
aprendizagem que são mostradas pelas avaliações. Ainda serão realizadas
atividades envolvendo a busca de sugestões metodológicas, e soluções
pedagógicas para os problemas relacionados à aprendizagem.
Para propiciar os estudos sobre o Conselho de Classe e a re-
alimentação do Projeto Pedagógico, o momento mais apropriado é sem
dúvida a hora atividade, que está distribuída de acordo com as possibilidades
do Estabelecimento de Ensino e propagada de forma a favorecer o trabalho
coletivo dos professores que atuam na mesma turma o que proporciona o
momento de discussão e assessoramento pedagógico, visto que é um
momento planejado e organizado para que o professor construa uma
atividade mais dinâmica, privilegiando as atividades.
Quanto à qualificação de espaços e equipamentos existem as
seguintes expectativas:
• Pela construção da quadra esportiva coberta, cuja doação do terreno
já foi realizada, cujo projeto foi encaminhado ao estado e recebeu
aprovação; aguardando a liberação junto ao estado.
• A cobertura do Pátio interno da escola também foi solicitada,
conforme protocolo nº. 5.867.091-0; aguardando liberação.
• Foram solicitadas melhorias na cantina, conforme protocolo nº.
5.867.092-8; aguardando liberação.
• O Laboratório de Biologia, Química e Física funciona de forma
precária, e com a chegada de novos materiais espera-se uma
utilização maior;
• Foi solicitada a construção de um Almoxarifado e Laboratório Padrão,
conforme protocolo nº. 5.867.462-1;
8.3 Atividades Escolares, em Geral, e as Ações Didático – Pedagógicas a
Serem Desenvolvidas Durante o Tempo Escolar.
As atividades Escolares realizadas no Colégio Estadual
Adelaide Glaser Ross – E.M. partem dos princípios filosóficos anteriormente
explicitados, portanto visam o pleno desenvolvimento do indivíduo,
preparando-o para se tornar agente de transformação.
Sendo assim, durante o ano letivo além das atividades normais
decorrentes do processo ensino e aprendizagem é necessária a realização de
trabalhos individuais e em grupo, painéis, debates, aulas de vídeo, entre
outras, são também realizados Projetos que contemplam temáticas sociais e
culturais inerentes ao contexto juvenil, bem como assuntos correlatos aos
conteúdos trabalhados em sala, consolidando-os. Isto acontecerá de forma
interdisciplinar, onde os responsáveis serão todos os envolvidos.
E, para alcançar esses objetivos serão realizadas atividades
com as diversas temáticas (datas comemorativas, educação sexual, drogas,
indisciplina, violência, etc.) envolvendo alunos, professores, comunidade,
equipe pedagógica e direção a cada bimestre.
8.3.1 Projetos realizados nas disciplinas
Todos os projetos realizados, relacionados abaixo em anos
anteriores serão desenvolvidos no presente ano envolvendo as diversas
disciplinas:
Geografia
* Datas comemorativas
Nesta atividade os alunos produziram: teatros, paródias,
poesias e poemas; sobre algumas datas selecionadas pelos próprios alunos.
Em seguida as atividades eram apresentadas ao Colégio, no intervalo
valorizando a construção dos alunos.
Educação Física:
* Sexualidade
Os professores propuseram que durante duas semanas os
alunos vivenciaram a paternidade e suas responsabilidades, para tanto após
leitura de textos, debates e apresentação do projeto, entregaram um ovo a
cada aluno e a tarefa deles era no final de duas semanas trazê-lo inteiro e
bem decorado. Durante esse tempo foram trabalhando outras temáticas,
referentes à responsabilidade sobre a sua sexualidade.
* Drogas
O projeto, a vida é uma Arte, foi envolvendo vários professores
de outras disciplinas como Artes, Língua Portuguesa e Química. Num primeiro
momento os alunos prepararam peças teatrais envolvendo o tema e
apresentaram-nos. Num segundo momento participaram das reuniões do
ARAS, de Nova Fátima, escreveram relatórios e acrósticos a dependência do
álcool e demais drogas; bem como seus malefícios para o indivíduo e sua
família.
Língua Portuguesa
*Jornal
Os alunos dos 1ºs anos do ensino Médio montaram as
reportagens, secções do jornal do Colégio, cuja primeira edição, foi impressa
em novembro. Convém salientar que outros projetos poderão ser
desenvolvidos, mas como o número de professores efetivos é pequeno, tudo
depende da distribuição de aulas, após a qual se poderá organizar as
atividades e projetos diferenciados.
8.3.2 Projetos do Colégio
Existem, também, projetos de iniciativa estadual, que os alunos
esforçam-se para participar e que acabaram consolidando-se contexto
escolar, como:
FERA
Onde os alunos preparam atividades diferenciadas e
apresentaram na escola, demonstrando grande criatividade, assim vários
talentos foram descobertos e a pré – seleção de alunos para comparecerem
ao FERA foi uma verdadeira fábrica de talentos.
Alguns desenharam e pintaram, outros contaram e dançaram,
outros ainda dramatizaram, enfim foi um sucesso. E continuará sendo nos
anos seguintes.
Com Ciência;
O projeto abrangendo o desenvolvimento sustentável
apresentou o seguinte tema: Água – Desenvolvimento Sócio Econômico e
Preservação. Neste projeto várias atividades foram organizadas, como:
Passeata Ecológica; poesias, poemas e desenhos que foram compilados num
livro; confecção de banners; produção de cartazes e conscientização dos
alunos da Escola Estadual Doutor Aloysio de Barros Tostes, da Escola
Municipal Leila Domingos Chaeke e APAE de Nova Fátima, onde se
apresentou dicas sobre o uso correto da água e dicas sobre preservação
ambiental.
Contação de Histórias
Projeto onde os alunos buscaram as raízes históricas do
Município de Nova Fátima, apresentando suas conclusões através de relatos
e textos. Enfim, realmente contaram a História do Município, após muitas
pesquisas bibliográficas e visitas às pessoas que fizeram e fazem parte desse
processo contínuo de construção de História.
Existem ações didáticas – pedagógicas realizadas durante o
ano que é implementado pela direção, equipe pedagógica e professores, as
quais abrangem as seguintes temáticas.
Paz
Visando transformar a realidade da sociedade contemporânea,
onde por meio de dinâmicas e construções coletivas os alunos são levados a
vivenciar situações problemas, onde precisam descobrir soluções pacíficas
para tais situações.
Cidadania:
Desenvolver o senso de cidadania é uma atividade complexa
em meio a tanta corrupção, mas é uma das metas do Ensino Médio, para
tanto são desenvolvidas semestralmente palestras e práticas concretas em
sala de aula onde os alunos são estimulados a desenvolver atitudes cidadãs.
Projeto de Recuperação de Estudos:
É interessante salientar que uma ação pedagógica, cujos
resultados foram excelentes refere-se ao acolhimento dos alunos que fazem
Dependência. Como a maioria são trabalhadores e não podem realizá-la em
período oposto, acabam confundindo-se ao tentarem desordenadamente
assistir às aulas de série que freqüentam, mas às aulas em que estão de D.P.
e acabam realizando ambas com má qualidade. Assim, elaborou-se um plano
de atendimento dos alunos em horários e dias diversos, onde os professores
das diversas disciplinas encaminham atividades para serem trabalhadas na
sala, e os alunos as executam. No entanto não estão sozinhos, contam com a
orientação de professores, equipe pedagógica e bibliotecários. Essa ação foi
avaliada pela direção, equipe pedagógica, professores das disciplinas e
professores orientadores e o resultado foi excelente. Os próprios alunos
consideraram que sua aprendizagem realmente foi efetiva, portanto será
realizada nos próximos anos.
Projeto Escola Solidária
Desde 2003 a escola vem vivenciando valores de solidariedade
e cidadania em campanhas com a APAE e Creches, um intercâmbio de
escolas para arrecadação de alimentos, Palestras, Atividades recreativas. A
iniciativa solidária despertou nos alunos princípios básicos que são
responsáveis pela melhoria da qualidade de vida dos alunos.
Assim a escola desenvolveu atividades sociais com os alunos,
como por exemplo, o Projeto “Meus Valores” e estimulou durante o ano a
abordagem de temas sociais onde propôs a vivência de valores de
solidariedade e cidadania, tornando-se mais democrática e responsável,
respeitando as diferenças e desenvolvendo, então, a auto-estima e a reflexão
do papel do homem como cidadão.
Este projeto continuará sendo desenvolvido durante os
próximos anos, devido a todas essas contribuições que trouxeram para o
alunado.
8.3.3 Projetos da equipe pedagógica
Meus Valores
Meu Futuro. A equipe pedagógica do Colégio desenvolve este
projeto semestralmente onde alunos debatem, participam de dinâmicas e
constroem textos relativos a temas ligados a vida cidadã e a construção de
valores que lhes servirão de parâmetro para a vida em sociedade.
Trabalho
Outro projeto desenvolvido pela equipe pedagógica a cada
semestre chama-se: Construindo a vida. Este tem por objetivo acompanhar a
escolha profissional dos adolescentes e jovens. São desenvolvidas temáticas,
realizados debates, os alunos participam de dinâmicas, assistem a Palestras
e recebem acompanhamento que os auxiliem na escolha de um curso
superior e/ou desenvolvam características necessárias para se inserir no
mundo do trabalho buscando um novo trabalho ou o primeiro trabalho.
8.4 Plano de Formação Continuada
A análise da Educação brasileira como um todo, bem como da
evolução vertiginosa da sociedade têm demonstrado que o conhecimento que
os profissionais da educação trazem de sua formação são insuficientes para
trabalhar na escola na escola atualmente. Assim problemas como a
insuficiência de formação, as lacunas deixadas pelos cursos superiores a
demonstração de adolescentes e jovens, a competição com o mundo
tecnológico, e tantos outros, vão causando acúmulo de frustrações e
consequentemente um déficit na qualidade da educação.
Diante dessa realidade está comprovado que a formação
continuada é uma alternativa de solução, pois é preciso constantemente
repensar-se e repensar o trabalho que se vem desenvolvendo numa dinâmica
que envolve direção, equipe técnica, professores e funcionários. Evidente que
esse processo só terá resultado para aqueles que assim se dispuserem, uma
vez que cada indivíduo é responsável por seu processo de desenvolvimento
pessoal e profissional, cabendo o direcionamento sobre os caminhos a seguir.
Desse modo, nas discussões com os professores do Colégio
concluiu-se que é necessário contemplar um projeto de formação continuada
que seja articulado dentro e fora da escola. Assim é necessário inicialmente
que educadores sejam valorizados respeitados e ouvidos, podendo expor
suas experiências idéias e expectativas. Paralelamente é necessário que
sejam levados a analisar e criticar suas práticas, refletindo a partir delas sobre
outros fundamentos teóricos que possibilitam a superação das dificuldades.
Partindo destas perspectivas neste Colégio os professores em decisão
coletiva definiram que serão consideradas atividades de formação
continuadas externas ao ambiente escolar como os cursos, congressos e
grupos de estudo promovidos pelo estado.
E solicitam ainda que existam momentos dedicados a formação
continuada que seja realizada na escola, através de grupos de estudo nas
horas atividades, uma vez que pretende-se implantar no núcleo o projeto de
hora atividade, onde todos os professores da mesma disciplina a cumpram
num mesmo dia, o que facilitaria os encontros e as trocas de experiências.
Outro momento primordial são as reuniões pedagógicas definidas em
calendários e que devem ser sobremaneira aproveitadas por todos inclusive
com palestras.
Faz necessário confirmar que a formação continuada também
é uma preocupação dos processos que por vezes sentem-se angustiados
com os problemas da sala de aula, sendo realmente urgente a necessidade
de consolidar suas práticas, que por muitos desses professores já estão
buscando há anos, pois muitos deles participam sempre de congressos e
encontros, portanto formalizar essa prática no Projeto Político Pedagógico é
reconhecer o valor de todos os professores, enquanto sujeitos responsáveis
pelo processo ensino e aprendizagem dos alunos.
Professores e funcionários participarão de cursos, seminários,
palestras, fórum, semana pedagógica, grupos de estudo propostos pelo
Núcleo e SEED. A escola deverá estar atenta às datas, repassando aos
professores fichas de inscrições, organizando horários, propondo atividades
extracurriculares para que não haja prejuízos quanto ao cumprimento do
calendário escolar.
Os conselhos de classe também na opinião dos professores
precisam ser revitalizados e tornarem-se momentos de reflexão sobre a
situação da escola, bem como ambiente propício para tomada de decisões
coletivas acerca dos problemas de aprendizagem.
9. AVALIAÇÃO
A avaliação é um processo inerente à vida humana. Emitir
juízos acerca de toda e qualquer coisa é uma capacidade que utilizamos
desde os primórdios. Portanto, existem várias formas de expressar ou realizar
estas avaliações.
Em educação, essa postura também não é diferente, pois
quando se assume o compromisso com um determinado tipo de educação, e,
no caso deste Colégio, com a tendência histórico crítica é necessário que o
processo avaliativo reflita esta postura.
Sendo assim, a educação adquire um papel fundamental e
decisivo devido ao seu potencial de transformação e de emancipação das
pessoas, que podem aprender a tomar para si a tarefa de se tornar sujeitos da
sociedade na qual estão inseridos. Para tanto, pode-se entendê-la segundo a
perspectiva de Luckesi como: “...uma apreciação qualitativa sobre dados
relevantes do processo de ensino e aprendizagem que auxilia o professor a
tomar decisões sobre seu trabalho...”. Entendida, então, como parte do
processo de ensino e aprendizagem ela precisa nortear o trabalho pedagógico
que, superando a distorção teoria e prática, possibilita a ação-reflexão sobre
todo o contexto escolar.
Dessa forma, ao efetivar a reflexão da prática a avaliação
possibilita ao professor um acompanhamento do processo de aprendizagem
dos alunos, dando relevância aos aspectos qualitativos sobre os quantitativos,
enfatizando-se à atividade crítica, a capacidade de síntese e à elaboração
pessoal, sobre a memorização.
A avaliação compreendida nesta perspectiva deve constar da
seguinte forma:
* Diagnóstica – permite identificar os pré-requisitos que os alunos apresentam
para esta ou aquela aprendizagem, bem como identifica progressos e
dificuldades de alunos e professores no decorrer do desenvolvimento das
aulas e ou conteúdos, possibilitando inclusive a realimentação do processo
ensino.
* Formativa - é aquela que acontece ao longo do processo, durante os anos
letivos e deve respeitar as potencialidade e individualidades dos educandos,
avaliando o desempenho de cada aluno, em relação aos objetivos propostos e
fornecendo elementos decisivos para o prosseguimento de conteúdos ou para
retomada de estudos;
* Somativa – caracterizada pela avaliação global, cumulativa que expressa a
totalidade do aproveitamento escolar num processo contínuo.
Existem, ainda, outras características comuns a avaliação que
devem ser consideradas em todas as disciplinas durante o processo
avaliativo: a necessidade de que ela reflita os objetivos propostos, pela
aplicação de metodologias variadas no trabalho com os diversos conteúdos; a
revisão do planejamento escolar; reflexão de valores e expectativas do
professor em relação as habilidades e capacidades que os alunos devem
desenvolver; a atividade dos educandos sobre o objeto de conhecimento e
reflexão do professor sobre sua ação.
É ainda imprescindível que ao avaliar o processo utilize os
mais variados instrumentos de verificação do rendimento escolar,
possibilitando a utilização de todas as capacidades desenvolvidas, assim o
professor deve utilizar-se de: provas dissertativas e objetivas, com os mais
variados exercícios; observações; entrevistas, acompanhamento dos
exercícios realizados em sala; testes orais, participação em experiências;
posicionamento em debates e discussões, comportamento frente à realização
de tarefas e solicitação de explicações ou contribuições que possam trazer
para as aulas e portfólio.
Outro requisito que deve ser considerado no processo
avaliativo é a assiduidade do aluno, pois este é um aspecto pedagógico e
legal, a freqüência mínima exigida para a aprovação é 75% das atividades
curriculares previstas e dos 200 dias letivos, 800 horas aula.
Convém lembrar que todo processo avaliativo será registrado
em documentação própria, principalmente no livro de chamado, que conterá
as informações do período letivo todo.
Nesta perspectiva, em maio de 2005, quando os regimentos
escolares sofreram alteração na média anual de aprovação que passou a ser
6,0, a mudança chamou a atenção dos profissionais deste colégio, para uma
outra realidade, o período de avaliação era semestral e isso possibilitava ao
professor um maior tempo para avaliar qualitativamente o aluno, contudo os
alunos não conseguiam localizar-se temporalmente neste contexto.
Apresentavam dificuldade para controlar o desempenho nas disciplinas bem
como não se preocupavam com a freqüência. Passou-se a adotar a partir de
então o sistema de avaliação bimestral. (2006 - Média bimestral ponderada -
2007 - Média somatória dos bimestres).
Estudando conjuntamente percebemos na elaboração deste
Projeto que um dos fatores que determinavam essa desorganização no
acompanhamento é o próprio imediatismo adolescente, conforme estudos de
TIBA “a noção de tempo dos adolescentes é diferenciada da lógica de
pensamento do adulto” (2005, p. 36), portanto era necessário mudar.
Analisando todo enredo chegamos a várias conclusões que foram
implantadas com esse projeto a partir de 2006:
* Alteração dos períodos avaliativos, onde o aluno terá espaço menor de
tempo para controlar sua vida escolar;
* Continuar privilegiando aspectos qualitativos sobre os quantitativos;
* Orientar os adolescentes para que tenham um pleno entendimento e
acompanhamento de sua vida escolar.
9.1 Recuperação Paralela de Estudos
Embora todo o processo escolar esteja voltado para a
aprendizagem dos alunos existem alguns que não conseguem atingir os
objetivos proposto durante o período ou série. Para eles propõe-se a
recuperação paralela de estudos. A mesma será planejada e realizada ao
longo do processo de ensino, no cômputo geral das 800 horas letivas. Todos
os alunos de baixo rendimento, terão seu desenvolvimento analisado e
realizarão atividades que possam auxilia a apreender aquilo que ficou perdido
no decurso das aulas. Deve ser esclarecido que a recuperação paralela de
estudos não deve ser realizada ao final do bimestre, mas ao longo do
processo e que suas atividades podem ter uma nota, com a ressalva de que
ao se comparar notas de avaliações e notas de atividades de recuperação,
prevalecerá a nota maior.
9.2 Promoção
O aluno será promovido combinando-se o resultado da
avaliação do aproveitamento escolar do aluno expresso na escala de 0,0
(zero) a 10,0 (dez) e apuração da assiduidade.
Considera-se aprovado o aluno que apresentar:
a) freqüência igual ou superior a 75% (setenta e cinco por cento) do total da
carga horária do período letivo e média anual igual ou superior a 6,0 (seis
vírgula zero) resultante da média somatória dos bimestres, nas respectivas
disciplinas como segue:
1º bim. + 2º Bim. + 3º Bim. + 4º Bim = M.A.
4
Será considerado reprovado o aluno que apresentar:
b) Freqüência inferior a 75%(setenta e cinco por cento) sobre o total da carga
horária do período letivo e média anual inferior a 6,0 (seis vírgula zero);
c) Freqüência inferior a 75%(setenta e cinco por cento) sobre o total da carga
horária do período letivo, com qualquer média anual.
9.3 Regime de Progressão Parcial
O Colégio adota a matrícula com progressão parcial, para o
Ensino Médio, por meio da qual ao aluno, reprovado em até duas disciplinas,
será permitido cursar o período subseqüente, concomitantemente às
disciplinas nas quais reprovou desde que preservada a seqüência curricular.
O regime de progressão parcial exige, para a aprovação, a
freqüência às aulas e a todas as atividades escolares, apuradas do primeiro
ao último dia o ano letivo. Contudo, quando não houver possibilidade da
dependência ser cursada em horário compatível com o da série que o aluno
estiver cursando, o estabelecimento oferecerá um plano especial de estudos.
Poderá cursar a série seguinte o aluno matriculado em regime
de dependência desde que seja aprovado nas disciplinas da série e reprovado
apenas nas disciplinas em Dependência, desde que estas não tenham
continuidade na série ou período seguinte; e que tenha sido reprovado em
dependência e em disciplina da série cursada, desde que esta não prejudique
a seqüência do currículo;
No regime de progressão parcial o aluno maior de idade ou o
pai ou responsável pelo aluno menor de idade poderá optar por cursar apenas
as disciplinas nas quais estiver em dependência.
É ainda interessante afirmar que o aluno deverá
obrigatoriamente cursar apenas as disciplinas em Dependências quando for
reprovado nas disciplinas em Dependência, e estas tiverem continuidade na
série seguinte ou quando for reprovado em 1 (uma) Dependência e em 1
(uma) disciplina da última série do curso.
9.4 Classificação e Reclassificação
O Colégio adota a classificação para posicionar o aluno em
série compatível com a idade, experiência e desempenho adquiridos por
meios formais ou informais.
A classificação poderá ser realizada: por promoção, para
alunos que cursam com aproveitamento, a série na própria escola; por
transferência, para alunos procedentes de outras escolas do país ou do
exterior, considerando a classificação na escola de origem;
independentemente de escolarização anterior, mediante avaliação feita pela
escola, que defina o grau de desempenho e experiência do aluno e permita
sua inscrição na série adequada.
A classificação tem caráter pedagógico centrado na
aprendizagem, e exige as seguintes medidas administrativas para resguardar
os direitos dos alunos, da escola e dos profissionais: proceder a avaliação
diagnóstica documentada pelo professor ou equipe pedagógica; comunicar ao
aluno ou responsável a respeito do processo a ser iniciado para obter deste o
respectivo consentimento; organizar comissão formada por docentes, técnicos
e direção da escola para efetivar o processo; arquivar atas, provas, trabalhos
ou outros instrumentos utilizados; registrar os resultados no histórico escolar
do aluno.
A Reclassificação é o processo pelo qual a escola avalia o grau
de desenvolvimento e experiência do aluno matriculado, levando em conta as
normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo ao período de estudos
compatível com sua experiência e desempenho, independentemente do que
registre o seu histórico escolar.
9.5 Adaptação
A adaptação é o conjunto de atividades didático-pedagógicas,
desenvolvidas pelo aluno, sem prejuízo das atividades normais da série que
se matriculou e tem a finalidade de ajustá-lo para seguir, com proveito, o novo
currículo. Sua realização é obrigatória sempre que o novo currículo for
diferente daquele cursado na escola de origem. Ocorrerá, também quando o
estudo de qualquer disciplina do currículo da Escola de destino não tiver sido
feito em qualquer série ou período da Escola de origem e não vier a ser
ministrado, para o aluno, em pelo menos uma série ou período na Escola de
destino.
A efetivação do processo de adaptação deve constar de
comparação de conteúdos curriculares e de dias letivos; elaboração do plano
próprio flexível e adequado a cada caso pela Equipe Pedagógica ouvindo (s)
professor (es) da respectiva (s) série (s) e aprovado por ato da Direção do
Estabelecimento e finalmente elaboração pela secretaria de Ata referente aos
exames quando realizados.
9.6 Avaliação Institucional do Projeto Político Pedagógico
A Prática avaliativa é inerente a vida humana, constantemente
se avalia situações e pessoas, mas essas avaliações comumente seguem
critérios particulares, não científicas que levam as posturas muitas vezes
equivocadas ou a ausência de opinião sobre fatos e situações, o que nos
torna extremamente alienados. Considerando esse pressuposto, faz-se
necessário definir uma sistemática para a avaliação para o presente Projeto
Político Pedagógico.
Após muitas discussões, convém salientar que não foi fácil
chegar a um consenso sobre a escola que se deseja e o aluno que se
pretende formar, mas após muitas discussões tudo ficou definido. E agora
acontecerá a parte mais trabalhosa, fazer com que o projeto não seja apenas
um papel, mas uma realidade. Diante disso, tem-se a consciência de que o
pretendido exige luta disposição e dedicação, mas cabe a todos que
participaram da construção lutar pela prática cotidiana aqui desejada.
Assim, como juízo de qualidade sobre as ações desenvolvidas
nesta escola, que possibilitarão o levantamento de dados relevantes da
prática, os quais permitirão um redirecionamento do mesmo, estabeleceu-se
que o Projeto Político Pedagógico será avaliado em reunião dos órgãos
colegiados de forma semestral. Ainda serão aplicados questionários
avaliativos semestrais para serem preenchidos pelos alunos, professores e
funcionários sobre o desempenho do Projeto.
Faz necessário ainda uma auto – avaliação formal descritiva de
cada componente do Colégio, onde serão refletidas as práticas pessoais em
consonância com o Projeto. Então estas situações avaliativas conduzirão a
uma reflexão sobre o coletivo, possibilitando um redimensionamento do
Projeto bem como aprimoramento constante o que consequentemente
influenciará na melhoria do Colégio como um todo.
10. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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