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Ramiro Marques

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Há um plano paraimbecilizar as novas

gerações?Como as reformas educa-

tivas têm piorado oensino

ramiro marques

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Há um plano para imbecilizar as novas gerações?:Como as reformas educativas têm piorado o ensinoramiro marques

Publication date January 2nd, 2010Copyright © 2010 ramiro marques

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persons, living or dead, is purely coincidental.

This work is licensed under the Creative Commons Attribution-Noncommer-

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Table of ContentsComo o eduquês asfixia a autonomia pedagógica… ..... 1O eduquês como área de negócio .................................. 5A tese do professor como bode expiatório… ................. 7Reforma curricular do 3º CEB arranca para… ............. 9A pergunta que se impõe. Há uma bomba… ............... 13Há um plano para imbecilizar as novas… .................... 17Há um plano para imbecilizar as novas… ................... 21O plano para imbecilizar as novas gerações… ............ 25Há um plano para imbecilizar as novas… ................... 29Há um plano para imbecilizar as novas… ................... 31Entrando no mundo louco dos EFA: tomem… ........... 35Entrando no mundo louco dos EFA - 2. Teste-munhos… .................................................................... 39Crítica pedagógica dos sistemas de ensino… .............. 43Os danos do eduquês explicados por Quintana… ....... 47Para a crítica do eduquês. Por que razão… .................. 51Para a crítica do eduquês. Por que razão… ................. 53O eduquês e o sociologês na educação dão… .............. 57No Brasil como em Portugal: professor… ................... 59

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Como o eduquês asfixia a autonomiapedagógica em nome da autonomia eda diversificação

O desenvolvimento curricular numa perspectiva decurrículo como projecto aberto, flexível e integrado, quepermita a adequação à diversidade e a melhoria da qual-idade das aprendizagens, é a ideia central que sustenta omodelo curricular em causa na GFC. Por isso, torna-senecessário que as escolas construam o seu Projecto Cur-ricular de Escola e de Turma/Classe, com base nasbalizas determinadas pelo Projecto Curricular Nacional,assente na definição de competências essenciais —transversais e disciplinares —, à luz do perfil de saída doaluno no final do ensino básico. Estas competências,consideradas numa perspectiva holística e integradorado saber, saber fazer e saber ser, permitirão orientar ocurrículo para o desenvolvimento integral do aluno nassuas dimensões pessoal e social. A transversalidade daEducação para a Cidadania e das TIC, assim como aintrodução de novas áreas (Área de Projecto, EstudoAcompanhado e Formação Cívica) vêm reforçar o papeldo aluno como construtor activo e crítico de conheci-mento, numa sociedade da informação e da aprendi-zagem ao longo da vida. Fonte: Do Projecto Gestão Flex-ível do Currículo à Reorganização Curricular

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Aquilo que parecia ser um projecto capaz de favorecer aautonomia pedagógica das escolas, virou um pesadelode eduquês. O Projecto Gestão Flexível do Currículopreparou o terreno ideológico para a reorganização cur-ricular de 2002 - introdução das ACND - e o reforço doeduquês e da burocracia nas escolas. Esse reforço foipreparado e justificado com a introdução dos célebresPlanos Curriculares de Escola - quase todos os anosrevistos - e dos projectos curriculares de turma. Quemacompanha a redacção desses documentos sabe que nãopassam de colagens de frases típicas do eduquês retir-adas da Internet ou copiadas dos livros e artigos deMaria do Céu Roldão, dando azo a uma espécie de neo-escolástica de citações de citações e de generalizaçõesabusivas de teses de mestrado em Educação com amos-tras e metodologias que não deviam permitir fazer gen-eralizações.

A intenção expressa de fomentar a autonomia peda-gógica das escolas acabou na asfixia da escassa auton-omia que restava. A regulamentação excessiva do ME,através de despachos, portarias e circulares, umasvindas da DGIDC, outras das DRE, impôs uma unifor-mização maior do que a que havia antes de 2002. Maisuma vez o eduquês age como novilíngua: quando usa apalavra autonomia está a exigir o seu contrário: controlomais apertado por parte das estruturas que criam e dis-seminam o eduquês.Para saber mais

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• Ebook: Eduquês como instrumento de con-trolo ideológico dos professores

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O eduquês como área de negócio

“O professor não deve ensinar. Deve ser o aluno aconduzir o processo de aprendizagem. O ensino cen-trado no professor deve ser substituído pelo aprendi-zagem centrada no aluno. Num Mundo repleto de tecno-logias da informação, o ensino directo dos conteúdosdeve dar origem ao processo de descobertaautónoma. A memorização é irrelevante quando setem o Conhecimento na ponta dos dedos”.

Estas foram apenas algumas das frases que tive deouvir, ao longo do dia, nos vários júris de mestrado emEducação a que presidi.

Nos últimos meses, tenho presidido ou arguido dezenasde teses de mestrado em Educação. Frases como aquelassão o pão nosso de cada dia. Não há tese de mestradoem Educação que se preze que não tenha frases daqueletipo. E os mestrandos aderem a essas teses como se nãoprecisassem de prova. Nem sequer apresentam argu-mentação. Como se fossem frases de origem divina, osmestrandos papagueiam-nas de forma acrítica,copiando-as de livros e artigos de Educação e Pedagogiaonde, por sua vez, foram colocadas sem que houvesseum trabalho de crítica ou uma argumentação coerente.

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Ainda que queiram fugir do eduquês, não têm como. Asbibliotecas estão cheias de teses de doutoramento e demestrado escritas em eduquês e que divulgam as tesesque lhe são caras. Por mais que pesquisem por autores eestudos alternativos ou por teses com metodologiasrobustas, é tão difícil encontrar bibliografia credívelcomo encontrar uma agulha no palheiro.

Na área de negócio das pós-graduações em Educaçãovirou moda citar por citar, fazer citações de citações,papagueando as teses não provadas de nomes ilustresdo eduquês. É um mundo que faz lembrar a escolásticamedieval. Há os mestres incontestados e há os cépticosque, logo identificados, são metidos no Índex. Na IdadeMédia, as teses dos escolásticos eram justificadas e fun-damentados pela leitura das Escrituras Sagradas. Agora,a legitimação surge envolvida numa ideologia falsa-mente progressista com o uso de conceitos que nuncasão examinados: diferenciação pedagógica, individuali-zação do ensino, ensino centrado no aprendente,aprendizagem significativa e conhecimento em acção ouem uso.Notícias diárias de educação

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A tese do professor como bodeexpiatório só agrava o problema daindisciplina

Não só a agravam, como a clandestinizam. Se houveruma tendência (e há) de colocar a culpa da indisciplinanos professores, eles terão tendência a esconder as sit-uações. Dessa forma a indisciplina ocorre, agrava-se, e éescondida, uma vez que ninguém quer passar por pro-fessor permissivo. Cabe-nos a nós contrariar isto. Se nosacobardarmos, e cedermos a teorias como essa querelatou, estaremos a cavar a nossa própria sepultura.

Há muitos anos que denuncio as situações de indisci-plina que vejo, já tive discussões com pessoas como essepsicólogo e garanto-vos uma coisa, podem inventar asteorias que quiserem mas por cima de duas coisas nãopassam: os alunos têm direito a ter aulas disciplinadas eonde possam aprender; e as aulas correrão tanto melhorquanto melhor for o estado psicológico e físico do pro-fessor. Quem é que consegue ensinar alguma coisa seestiver constantemente enervado ou abatido? Nós temosdireitos nesta questão. Temos o direito a exercer a nossaprofissão em segurança e sem insultos, coacções, ouameaças. Por cima disto não há “psicólogo” nenhum quepasse.

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A única responsabilidade que os professores têm, ocorrequando cedem a teorias dessas e se acobardam, nãodenunciando o mal que mais prejudica o ensino em Por-tugal.LevyPara saber mais

• É tempo da ministra começar por aqui

• Indisciplina. O outro lado

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Reforma curricular do 3º CEBarranca para o ano

Pela primeira vez desde que tomou posse, a ministra daeducação disse uma coisa com a qual concordo: “onúmero de disciplinas no 3º CEB vai ser diminuídoembora se mantenha a mesma carga horária”. Nãodisse quais vão ser as disciplinas a abolir. Quando sesouber, se calhar termina aí a minha concordância.Espero bem que a redução se faça sacrificando as Activi-dades Curriculares Não Disciplinares: Área de Projecto,Estudo Acompanhado e Formação Cívica. Mas receioque não sejam essas as unidades curriculares sacrifi-cadas.

Espero bem que não seja a História.

Gostei de ouvir a ministra falar em programas maisclaros e adoptar instrumentos de avaliação que possamaferir os progressos dos alunos, das turmas e dasescolas. Receio que a minha concordância terminequando a ministra definir “programas mais claros” e“instrumentos de avaliação”.

Para mim, tornar os programas mais claros é organizá-los em torno de listas de conteúdos, pondo fim à verbor-reia das competências e omitindo o diktat das sugestõesmetodológicas. Cada escola deve ser livre de optar pelas

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metodologias que melhor se ajustarem às necessidadesdos seus alunos. Não são os burocratas da DGIDC -quase todos fugitivos da sala de aula - que sabem comose deve ensinar.

Para mim, instrumentos de avaliação que possam aferiros progressos dos alunos, turmas e escola são examesnacionais e testes intermédios a todas as disciplinas enão apenas no Português e na Matemática.

Para saber mais

• Curriculum Development: a guide to practice

• Leading Curriculum Development

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A pergunta que se impõe. Há umabomba curricular em preparação?

A legislatura em curso será marcada por dois factospolíticos que desviarão, durante algum tempo, as aten-ções do país da degradação progressiva do sistema púb-lico de educação: a transição para a nova estrutura dacarreira e avaliação de desempenho e a reforma curric-ular do 3º CEB.

Ainda não conheço os contornos da reforma curriculardo 3º CEB. É ainda cedo para antecipar o que vai acon-tecer. Há, no entanto, indícios, que me deixam preocu-pado. Fala-se em reduzir o número de disciplinas e euaplaudo. Mas nada se diz sobre a Actividades Curricu-lares Não Disciplinares e eu receio que as tangas peda-gógicas que dão pelo nome de Área de Projecto, EstudoAcompanhado e Formação Cívica se mantenham à custada degradação do ensino da História, Geografia, Biol-ogia, Matemática, Química e Física. Gostava de ouvir os responsáveis dizerem que vão pôrfim as ACND e distribuir os tempos lectivos pelasrestantes disciplinas do currículo. Seriam menos 3espaços curriculares.

Receio que a reforma curricular do 3º CEB mantenha atralha curricular das ACND e junte a História com a

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Geografia e a Matemática com a Biologia, a Química e aFísica, criando uma confusão curricular que só podeconduzir a uma maior degradação do ensino. Já imagi-naram um professor de Biologia a dar conteúdos deMatemática ou vice-versa? Ou um professor de Históriaa ensinar Geografia no 8º ano de escolaridade? Será ainfantilziação do 3º CEB que está em preparação? Abomba curricular que vai dar cabo do 3º CEB de umavez por todas?

Gostava tanto de estar errado mas tenho quase a certezade que estou certo.Notícias diárias de educação

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Há um plano para imbecilizar asnovas gerações?

Há sim. E esse plano tem sido desenhado e aplicadopelo Banco Mundial, OCDE, Comissão Europeia, Gov-erno, ministros da educação, DGIDC, IGE, DRE, escolase departamentos de educação e editoras de manuaisescolares.

O plano persegue dois objectivos: tornar a educaçãopública mais barata e fornecer mão-de-obra dócil, con-formada e ignorante para uma economia centrada emserviços rotineiros, com pouco valor e sem nenhumacriatividade. No mercado mundial globalizado, é esse opapel que cabe a Portugal no concerto das Nações.

As escolas e os departamentos de educação colaboramde duas formas: baixando os níveis de exigência àentrada dos cursos de formação de professores e ofere-cendo curricula carregados de generalidades e transdis-ciplinaridades vazias de conteúdos. Ganham espaço nosplanos de estudos coisas como estas: matemática cria-tiva, matemática contextual, matemática para a vida,estudo da comunidade e outras irrelevâncias.

O Governo e os ministros da educação colaboram noplano afogando os professores em burocracia com oobjectivo de impedir que eles pensem, façam autofor-

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mação científica e esqueçam a sua missão: transmitir aherança científica, artística, tecnológica e humanista àsnovas gerações. Em nome da defesa de uma falsa ino-vação educativa, as escolas são afogadas em constantelegislação e permanentes reformas curriculares. Cadanova reforma introduz mais confusão e cria obstáculosao cumprimento da missão do professor.

As editoras de manuais escolares colaboram no planopondo no mercado livros de textos cheios de bonecos ecom um nível de aprofundamento dos conteúdos cadavez mais baixo. Em vez dos manuais serem repositóriosde conteúdos apresentados de forma rigorosa e didacti-camente apropriada ao nível etário dos alunos, são mon-umentos ao eduquês, à novilíngua e à imbecilidade.

A IGE, a DGIDC e as DRE colaboram no plano impondoplanos de recuperação e de acompanhamento e respec-tivos relatórios que, regra geral, não passam de reposi-tórios do eduquês acompanhados de mentiras piedosassobre a recuperação de alunos que necessitariam deabordagens mais directivas e ambientes escolaresmenos relaxados.Notícias diárias de educação

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Há um plano para imbecilizar asnovas gerações - 2. O caso doprograma de Português do 10º ano

Quando frequentei o 6º ano dos liceus - o equivalente ao10º ano actual - o programa de Língua Portuguesaestava centrado no ensino dos grandes poetas e roman-cistas portugueses. Sá de Miranda e padre AntónioVieira eram estudados com afinco, rigor e profundidade.Júlio Dinis e Camilo também. Não se perdia tempo comcoisas do género: Textos do domínio transaccional: ver-betes, requerimentos, declaração, contrato, regula-mento, relatório, conteúdos declarativos, a imagem fixae em movimento, funções informativa e explicativa eoutras inutilidades.

Tenho uma sobrinha que frequenta o 10º ano. Ontem,após a Ceia de Natal, conversámos um pouco sobre oque ela anda a aprender nas aulas de Português. Con-fesso que não sabia que o descaramento e a falta depatriotismo das elites que têm governado o Ministérioda Educação atingissem um nível tão elevado.

Pesarosa, a minha sobrinha enunciou as inutilidadesque é obrigada a aprender nas aulas de Português. PadreAntónio Vieira? Nem vê-lo. Sá de Miranda? Nuncaouviu falar. Fernão Lopes? Foi censurado. E por aíadiante.

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O que é que as elites ao serviço do plano de imbecili-zação das novas gerações obrigam a minha sobrinha aestudar? Coisas como estas:

Textos informativos diversos e os seguintes dos domí-nios transaccional e educativo: artigos científicos e téc-nicos, verbetes de dicionários e enciclopédias, declar-ação, requerimento, contrato, regulamento e relatório.

Textos de carácter autobiográfico: cartas, memórias,diários e autobiografias.

Textos dos media: crónicas e artigos de apreciaçãocrítica a filmes e espectáculos.

Hoje é dia de Natal. Não devo, por isso, dizer tudo o queme vai na alma. Apenas isto: esta pouca vergonhainsere-se num plano para imbecilizar as novas gerações.Isto é um crime contra a Cultura Portuguesa. Profes-sores de Português, estão à espera de quê? Levantem-see denunciem esta pouca vergonha!Para saber mais

• Há um plano para imbecilizar as novas gera-ções

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O plano para imbecilizar as novasgerações - 3. O caso do programa dePortuguês do 11º ano

Sobre a inserção do programa de Português do 10º anono plano de imbecilização das novas gerações, convidoos leitores a visitarem o post anterior. Pensava eu que oserros e omissões do programa do 10º ano seriam super-ados no programa do 11º ano. Engano. O programa do11º ano está tão impregnado de eduquês e de novilínguaquanto o do 10º ano.

Reparem nestas pérolas:

Conteúdos declarativos: a imagem na publicidade, nodesenho humorístico e na ilustração.Textos informativos diversos e os seguintes dos domí-nios transaccionais e educativos: artigos científicos etécnicos, comunicado, declaração e protesto.Textos do media: textos de crítica e de publicidade.Textos argumentativos: discurso político e leitura lit-erária.

Sobre gramática, quase nada. Sobre literatura, apenas aleitura integral do Frei Luís de Sousa e de uma obra doEça. Há ainda a indicação de excertos do padre AntónioVieira e de poemas de Cesário Verde. Tanto a gramática

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como a literatura ocupam uma porção ínfima do pro-grama.

Os culpados pela aplicação do plano de imbecilizaçãodas novas gerações têm nomes: comissões de revisão deprogramas. Todos fazendo da “inovação” educativa per-manente o objecto das políticas curriculares. O grupodos censores dos clássicos e das grandes obras tem tidoa complacência e, por vezes, o apoio do ConselhoNacional da Educação e de alguns conselhos científicosdos departamentos de educação e didácticas.

O que custa mais a aceitar é a passividade dos profes-sores de Literatura, Linguística e Língua Portuguesa doensino superior perante estes crimes contra a CulturaPortuguesa. Ou será que o plano de imbecilização emcurso já atingiu algumas franjas de docentes e os maiscontaminados são os que prestam funções na formaçãoinicial de professores?Para saber mais

• Há um plano para imbecilizar as novas gera-ções - 2. O caso do programa de Português do10º ano

• Há um plano para imbecilizar as novas gera-ções? - 1

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Há um plano para imbecilizar asnovas gerações - 4. O caso dosprogramas de História do 3º CEB eda revisão curricular anunciada

A série “há um plano que visa a imbecilização das novasgerações” continua nos próximos dias. É um denúnciaque alguém tem de fazer. Uma discussão que tem de sertravada. O objectivo é evitar que a comissão encarregueda revisão curricular do 3º CEB faça aquilo que as com-issões anteriores fizeram: estragar o que está bem epiorar um pouco mais o que está mal. Amanhã, analisoaqui os programas de História dos 7º, 8º e 9º anos. Par-ecem-me programas razoáveis. Há respeito pela dia-cronia e os conteúdos escolhidos parecem adequados àcompreensão das etapas mais significativas da Históriada Civilização Ocidental. É certo que os tempos curricu-lares são curtos mas corremos o risco de se tornaremainda mais exíguos com a anunciada reforma curricular.

Receio que a comissão de revisão curricular do 3º CEB,ao juntar a História com a Geografia, em nome de umafalsa transdisciplinaridade, estrague de vez o pouco queresta do ensino da História no ensino básico.

Para a elite burocrática instalada nas estruturas do ME,a História tem pouca ou nenhuma utilidade social. Nãoé um conhecimento em acção, um saber em uso e tem

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ainda a desvantagem de “abrir as mentes” dos adoles-centes. E isso é perigoso para a visão formatada e con-formista que eles têm da realidade e do devir histórico.Notícias diárias de educação

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Há um plano para imbecilizar asnovas gerações - 5. Não dêem cabodos programas de História do 3ºCEB!

Está em preparação nova reforma curricular do 3º CEB.O anúncio foi feito na sequência da divulgação de maisum relatório do Conselho Nacional de Educação.Quando o Conselho Nacional de Educação - o órgão decúpula do eduquês em Portugal - se presta a vir a púb-lico divulgar relatórios com propostas de revisão curric-ular eu fico de pé atrás. Alguma coisa de muito graveestá para acontecer.

E o que está para acontecer? Começo a ler sinais que vãono sentido da destruição do pouco que resta de pro-gramas de ensino com alguma qualidade e razoabili-dade. É o caso do programa de História para os 7º, 8º e9º anos. São programas razoáveis, desenhados em tornoda evolução da história da Humanidade, das CivilizaçõesAntigas até ao século XX. Pois bem, tudo indica queesses programas vão ser substituídos - já no próximoano! - por cardápios de competências que juntam o“saber em uso” e o “conhecimento em acção” da Geo-grafia e da História, lançando os professores e os alunosnuma confusão curricular sem fim. Resultado: nemaprenderão História nem Geografia! Na verdade, nãoaprenderão nada e os professores que já foram de His-

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tória ou de Geografia ver-se-ão destituídos de autori-dade científica e pedagógica, ficando à mercê dos ape-tites de alunos a quem retiraram o acesso à herançacientífica, humanista e artística.

Receio que o mesmo aconteça com a Biologia, a Químicae a Física. O que está em preparação pode passar inclu-sivé pela anulação dos nome das disciplinas, numaacção mimética do que foi construído para os EFA(Cursos de Educação e Formação), onde a Matemática, aBiologia e a Química foram diluídas no bloco de compe-tências “sociedade, tecnologia e ciência” (STC), e a His-tória, o Português e a Geografia transformadas “Cultura,Língua e Comunicação” (CLC).

A sociedade civil portuguesa agoniza sob o peso do soc-ratismo e dos poderes ocultos que giram em torno doPS. Lamentavelmente, as sociedades e associações cien-tíficas e pedagógicas não erguerão a voz contra mais esteprograma de imbecilização das novas gerações porquereceiam perder apoios, lugares e subsídios.Para saber mais

• Há um plano para imbecilizar as novas gera-ções - 1

• Há um plano para imbecilizar as novas gera-ções - 2

• Há um plano para imbecilizar as novas gera-ções - 3

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• Há um plano para imbecilizar as novas gera-ções - 4

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Entrando no mundo louco dos EFA:tomem lá 624 decretos, despachos eportarias!

Nem queria acreditar. Andava há uns tempos para fazeruma pesquisa sobre o mundo louco dos cursos de Edu-cação e Formação de Adultos (EFA). Sabia que aAgência Nacional para a Qualificação (ANQ) era ummonstro criado pelo Governo com o objectivo de concre-tizar o plano de imbecilização de todos os portuguesesque tiveram a má sorte de nascer pobres. Só não sabiaque o monstro tenha sido alimentado, nos últimso anos,com 624 diplomas, a esmagadora maioria despachos eportarias a regulamentar os EFA.

Fiquei a saber que os EFA substituíram os programaspor “referenciais globais de formação do CNQ para umaqualificação”. Cada curso organiza-se em torno de áreasde competência e os nomes das disciplinas foram substi-tuídos por siglas em novilíngua: Cidadania e Responsa-bilidade; Sociedade, Tecnologia e Ciência; Cultura,Língua e Comunicação. Português, Matemática, His-tória, Biologia? Tudo isso foi substituído por propa-ganda política barata: “liberdade e responsabilidadedemocráticas” (sic); “processos sociais e mudança”;“processos identitários”; “tolerância e mediação”; “con-strução de projectos sociais e pessoais”. É de fugir, meus

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caros. Isto é pura lavagem ao cérebro: alimento tóxicopara o espírito.

Mas há mais. No bloco “Sociedade, Tecnologia eCiência”, há coisas deste calibre: “”princípios de funcio-namento dos equipamentos” (sic) - eu nem queria acre-ditar! - “fundamentos de sociedade, tecnologia eciência” e “modelos de urbanismo e mobilidade”.

É a loucura total. Só não entendo por que razão os par-tidos políticos da oposição se mantêm calados face aesta pouca vergonha. Se o silêncio deles significa acordo,então Portugal está perdido.Para saber mais

• Legislação de suporte aos EFA

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Entrando no mundo louco dos EFA -2. Testemunhos

Fui durante um ano Mediadora de um Curso EFA e aminha primeira formação é uma licenciatura em Filo-sofia.Um ano inteiro não chegou para conhecer toda a legis-lação.Para além de coordenar todas as actividades respei-tantes ao curso ainda leccionava a área de “PorfolioReflexivo das Aprendizagens”.Os formandos tinham ainda as disciplinas inerentes àFormação Tecnológica nas áreas da Informática.O mais interessante eventualmente é estabelecer proto-colos com as empresas e enviá-los para estágio.O mais angustiante é não existirem programas das disci-plinas e terem de ser os professores a construir todos osconteúdos a partir de orientações que são, muitas vezes,bastante vagas.Julgo ter contribuido com estas informações comple-mentares para enriquecer o post, já que tenho experi-ência directa nestes cursos, ainda por cima, com tarefasde responsabilidade, transversais às outras disciplinas ede liderança de uma equipa que se sentiu, tal como euprópria, muitas vezes à deriva.Lelé Batita, editora do blogue Pérola de Cultura

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Este ano, lecciono uma turma EFA (2º ano do curso de2 anos, nível secundário); os alunos não realizam testes,apresentam trabalhos que servem para validar cada umadas sete unidades (8 em CP) em que se divide cada umadas três áreas; não querem consultar livros, apenas ainternet. Descobri que no ano passado para validaremuma das unidades (de Sociedade Tecnologia e Ciência)apresentaram como trabalho, fotocópias de uma manualde instruções de um electrodoméstico e conseguiramvalidar. Nestes cursos não há classificações quantita-tivas, apenas as hipóteses qualitativas de validar ou não,mas na maioria das escolas a direcção impede que osdocentes não validem as unidades aos formandos,excepto se estes abandonarem a escola.Apache

Reparem agora na loucura que dá pelo nome de Área decarácter Transversal - Portefólio Reflexivo de Aprendi-zagem - PRA. As unidades de formação tecnológicasugeridas têm estes estranhos nomes: “a comunidade,partilha e pertença”; “juventude e grupo de pares”;intervenção sociocultural e representação social dadiferença”; “corpo e movimento”; “mundo dos sons”;“corpo e gesto”, etc.

Seria de esperar que a formação tecnológica fosse cen-trada na aquisição de conhecimentos de carácter profis-sionalizante que ajudasse os estudantes a uma mais fácilintegração no mundo do trabalho. Qual quê? Os cria-dores desta inútil monstruosidade sabem bem que os

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EFA não se destinam a desenvolver conhecimentos queabram as portas do mercado de trabalho. O esqueci-mento não foi ocasional.Para saber mais

• Entrando no mundo louco dos EFA -1. Tomemlá 624 decretos, despachos e portarias

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Entrando no mundo louco dos EFA - 2. Testemunhos… D

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Crítica pedagógica dos sistemas deensino ocidentais. Para uma críticado eduquês. Um ebook de J.M.Quintana Cabanas

É um ebook de José Maria Quintana Cabanas, com otítulo “Crítica Pedagógica dos Sistemas de Ensino Oci-dentais” onde o influente pedagogo espanhol traça umacrítica definitiva aos danos causados pelo eduquês àsmentes das novas gerações. Pode ter acesso a esse e amais três ebooks de J. M. Quintana Cabanas no meuwebsite RamiroDotCom na secção “Textos de Pedagogiade Quintana Cabanas”.

Ao longo dos próximos dias, colocarei aqui os links eresumos dos restantes ebooks de J. M. Quintana Cab-anas. O combate pedagógico e político ao eduquês é umimperativo que une todos os que defendem uma escolapública de qualidade. Os textos de José Maria QuintanaCabanas permitem desenvolver uma argumentaçãolúcida e coerente de denúncia dos prejuízos que o edu-quês está a causar aos sistemas educativos ocidentais.

Entretanto, saboreiem este extracto:

He aquí que unos postulados tan alejados de un sanorealismo antropológico como son, por ejemplo, lacreencia de que en el ser humano no existen unas incli-

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naciones negativas que haya que dominar y desarraigar,de que el aprendizaje intelectual es un proceso que elniño puede hacer fácilmente por su propia iniciativa,que el papel del maestro no ha de constituir aquella guíaque tradicionalmente se había pensado, que el global-ismo es el mejor método de aprendizaje, y teorías por elestilo, se han convertido en el evangelio infalible de laeducación actual, siendo así que, en realidad, son unacarta de navegación errónea y desorientadora que nopuede llevar más que a un naufragio de la enseñanza y elaprendizaje.

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Os danos do eduquês explicados porQuintana Cabanas

Este é um extracto do ebook de José Maria QuintanaCabanas: “Crítica Pedagógica dos Sistemas de EnsinoOcidentais”. Pode ter acesso ao texto completo no meuwebsite RamiroDotCom:

Pero ya en lo teórico, en sus principios originarios deorientación, nuestro sistema educativo falla ya, porbasarse en unos principios pedagógicos inadecuados.Esto parece increíble, pero es real. Tales principiospueden reducirse a los cuatro siguientes. 1) La baja ape-lación al esfuerzo personal del alumno. Contra la máselemental idea del humanismo clásico, que entendía elaprendizaje como una difícil lucha contra la ignorancia(la palabra latina studium no significa otra cosa que“empeño, afán, esfuerzo”), nuestro sistema educativo haborrado este concepto de lo que constituye el currículoescolar. 2) Una optatividad excesiva en los estudios, par-eciendo olvidar que la ciencia es una estructura lógicaobjetiva que el alumno ha de asimilar, y como supo-niendo que es el alumno quien ha de definirla o estable-cerla a su gusto. 3) El principio de comprensividad, envirtud del cual se busca la integración, dentro de unamisma aula, de todos los alumnos, aun de aquellos quetienen capacidades (del tipo que sean) diferentes o quepertenecen a culturas o a niveles intelectuales distintos.

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Antes –siempre-, se establecían en las aulas unos grupos“homogéneos” de alumnos, entendiendo que así laacción docente del maestro podía ser más efectiva conellos; ahora –incomprensiblemente- se quieren esta-blecer grupos heterogéneos, prometiendo que tambiénen este caso la enseñanza y aprendizaje serán igual-mente efectivos. 4) La “promoción automática de curso”establece, contra la práctica de siempre y la lógica peda-gógica más elemental, que todo alumno, terminado elcurso, ha de pasar automáticamente al curso siguientesuperior, aun cuando no haya asimilado los contenidosbásicos del curso anterior. 5) Otro mal de nuestro sis-tema educativo es que, en el mismo, se ha introducidoun “tecnicismo didáctico” que, con conceptos y términosaltisonantes, parece ofrecer una gran calidad didáctica,cuando en realidad se está descuidando una labor meto-dológica que, siendo mucho más prosaica, es sinembargo más sólida y efectiva en la enseñanza. Nosestamos refiriendo al “constructivismo” como teoríabase, al “cognitivismo” como explicación de toda la vidamental, a la “teoría curricular” como panacea, al “apren-dizaje significativo” como presunto descubrimiento ped-agógico y a la “interdisciplinaridad” como concepto demoda.

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Para a crítica do eduquês. Por querazão as reformas educativas têmpiorado o ensino? -1

Las malas reformas del sistema educativo van empeor-ando éste, en lugar de mejorarlo. Se introducen por leyalgunas prácticas y orientaciones que son francamenteantipedagógicas, pero que pasarán a ser obligatoriashasta que alguien –si alguna vez se da- descubra suinconveniencia. Lo cual es difícil, porque en el gremioeducacional imperan más las modas mundiales que lacrítica pedagógica.

Hay ciertos puntos de la Reforma educativa españolaque resultan especialmente conflictivos. Pensemos, porejemplo, en la ESO, que obliga a todos los adolescentes,hasta sus 16 años de edad, a seguir un mismo tipo deestudios. No teniendo todos ellos las mismas aptitudesmentales, ni las mismas ganas de estudiar, esta disposi-ción legal obliga a estar en las aulas a un contingente dealumnos que ni pueden ni quieren estudiar, con lo cualplantean unos problemas de disciplina, orden y conviv-encia académicos que entorpecen enormemente el tra-bajo docente y originan la frustración en las aulas.José Maria Quintana Cabanas

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Para a crítica do eduquês. Por querazão as reformas educativas têmpiorado o ensino? - 2

El activismo constituye otro señuelo de la Pedagogíacontemporánea. Es también de origen rusoniano, peroen este caso no es un error suyo sino, más bien, una gen-ialidad que lo honra mucho: descubrió que el niño“aprende haciendo” y, por consiguiente, sólo podemosenseñarle ateniéndonos a este principio. Tan sensa-cional fue este descubrimiento, que también ha marcadoel curso de la Pedagogía contemporánea. Y aquí se haproducido otro fallo. Porque el activismo, que es lametodología (análoga al “juego”) adaptada al aprendi-zaje y a la enseñanza infantiles, no lo es a la enseñanza yaprendizaje tratándose de adultos, los cuales estánsometidos a la ley social del “trabajo”, no a la ley infantildel juego. Y el niño, a medida que va creciendo, deberáir siendo sometido a esa ley del trabajo, que, académica-mente, es la ley del estudio sistemático hecho con aten-ción y esfuerzo. Los métodos activos son métodos sólopara niños.

Otro sofisma análogo introducido en la Pedagogía con-temporánea es el del globalismo como metodologíadidáctica. También, el niño pequeño aprende todas lascosas de una manera global, y su psicología no da paramás. La psicología del adulto, en cambio, da para el

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método analítico-sintético, que es el gran método delaprendizaje riguroso, profundo, exacto y científico. Auncuando sea, también, un método más difícil, molesto ytrabajoso; pero es más rápido y eficaz. Y el niño, en lamedida en que va creciendo, ha de ser introducido eneste método, que es el que ha de imperar en la escueladesde que los alumnos tienen unos 10 años de edad.

La Reforma educacional española ha utilizado una infla-ción teórica, apelando a conceptos y teorías de Piaget, eintentando así pasar por una reforma “científica”. Peroesta imagen es algo engañosa, pues, por un lado, losconceptos didácticos utilizados por Piaget son poco dis-tintos de los que se utilizaban ya en la Didáctica tradi-cional, como puede demostrarse fácilmente. Se insisteen conceptos rumbosos, cuando el buen proceso deenseñanza-aprendizaje se reduce a estos sencillos pasos:explicación clara y metódica hecha por el maestro, aten-ción puesta por el alumno, asimilación de la enseñanzapor parte de éste, memorización suya del contenido, ynumerosos ejercicios de aplicación del mismo, contro-lados por el maestro.José Maria Quintana CabanasPara saber mais

• Quem é J. M. Quintana Cabanas?

• A pedagogia humanista de Quintana Cabanas

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• Bibliografia básica de Quintana Cabanas Paraa crítica do eduquês.

• Por que razão as reformas educativas têmpiorado do ensino?

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Para a crítica do eduquês. Por que razão… D

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O eduquês e o sociologês na educaçãodão nisto

A notícia e a foto vêm no iOnline. O título não carece decomentários: “Mais de mil carros incenciados emFrança na noite da passagem de ano”.

Ao contrário do que o sociologês e o eduquês nosquerem fazer engolir, os jovens que se dedicam a des-truir propriedade alheia não são pobres vítimas do sal-ário mínimo. Quando os vemos na TV a pegar fogo aosautomóveis estacionados junto dos apartamentos daclasse trabalhadora e da classe média baixa, conse-guimos vislumbrar os bonés, anorakes, calças e sapa-tilhas de marcas exclusivas.

Nas mãos, exibem smartphones de preços proibitivospara a classe trabalhadora. São vítimas? São! Do socio-logês e do eduquês. De reformas educativas que tiveramcomo único objectivo apoucar o estatuto dos professorese reduzir a despesa pública com o ensino. De uma ideo-logia pedagógica que tomou conta das escolas, infernizaa vida dos professores, lhes retirou toda a autoridade efez crer às crianças e jovens que se pode aprender semesforço e que o único conhecimento válido é o que andaassociado ao divertimento, ao prazer e ao uso imediato.

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Os jovens que incendeiam carros em Paris nunca apren-deram que o esforço faz parte da vida e que paraalcançar aquilo que realmente vale a pena é precisoadiar as gratificações. São jovens a quem a escola nãoensinou a conhecer nem a respeitar a herança científica,humanista, artística e cultural. Por todo o lado ondepassaram, havia sempre alguém que os desculpabilizavapelos fracassos, os vitimizava e os fazia crer que a vida éum continuado festim onde se socializam os prejuízos ese distribuem as vantagens por quem não contribuiupara elas.Notícias diárias de educação

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No Brasil como em Portugal:professor, profissão quaseimpossível?

Como um professor de escola pública pode fazer o seutrabalho se ele precisa ficar constantemente parandosua aula para separar a briga entre os alunos, socorrerseu aluno que foi ferido por outro aluno, planejar váriasaulas para se trabalhar os bons hábitos, na tentativa vãde se formar cidadãos mais conscientes e de melhorcaráter?

Nos cursos de formação nos é passado constantemente arecusa de um programa tradicional e conteudista, masnossas avaliações de desempenho das escolas, nossosvestibulares e concursos públicos ainda são tradicionaise nos cobram o conteúdo de cada disciplina.

Como pode num país…..num estado…num municípiohaver regras tão diferentes entre a rede particular e púb-lica?

Na rede particular as escolas continuam conteudistas,há a seriação com reprovação, a escola pode suspenderou até mesmo expulsar um aluno que não esteja respei-tando as regras daquela instituição.

A rede pública vive mudando o enfoque pedagógico (deacordo com o partido que ganhou as eleições), é cobrado

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cada vez menos do aluno, não se pode fazer absoluta-mente nada com um aluno indisciplinado que atémesmo coloca em risco a segurança de outros alunos efuncionários daquela instituição.

Dia a dia…minuto a minuto… os professores são alvosde agressões verbais e até mesmo físicas pelos alunos. Acada dia somos submetidos a níveis de stress insuportá-veis para um ser humano.

Temos que dar conta do conteúdo a ser ensinado +sermos responsáveis pela segurança física de nossosalunos + sermos médicos + enfermeiros + psicólogos +assistentes sociais + dentistas + psiquiatras + mãe + pai……

E, quando ameaçados de morte, se recorremos a umadelegacia pra fazer um boletim de ocorrência ouvimos:“Isto não vai adiantar nada!” Fonte: Clipping do Tato

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No Brasil como em Portugal: professor… D

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