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Manual de Comunicação Comunicação Interna. A alma de uma empresa.

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Manual deComunicação

Comunicação Interna. A alma de uma empresa.

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Comunicação Interna. A alma de uma empresa.

Manual de Comunicação

Índice

1 Apresentação 2 Enquadramento3 Escrever3.1 Escreva melhor3.2 Opte por um estilo claro3.3 Escolha as melhores palavras3.4 Construa as melhores frases3.5 Considere outros factores4 Escrever relatórios4.1 Seja exacto, objectivo e consistente4.2 Planeie para não falhar4.3 Estruture o relatório4.4 Escreva e reveja o relatório5 Escrever para a Internet6 Escrever e-mails6.1 Um bom e-mail6.2 Escreva mensagens para serem lidas6.3 Defina o seu sistema de e-mail7 Fazer apresentações

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7.1 Planeie a apresentação7.2 Cumpra as etapas7.3 Fazer uma apresentação audiovisual8 Discursar8.1 Prepare os conteúdos8.2 Treine8.3 Apresente o discurso8.4 Avalie para melhorar8.5 Organize o discurso8.6 Aprenda dizê-lo8.7 O seu corpo fala9 Técnicas de “storytelling”9.1 Conheça as vantagens de ouvir9.2 Promova círculos de estórias10 Técnicas e suportes de “social media”10.1 Analise as características10.2 Seleccione os tipos de “social media” Bibliografia Ficha Técnica

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1 - Apresentação

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5Manual de Comunicação

Um Manual de Comunicação no contexto organizacional tem associado um papel iminentemente activo e contínuo de melhoria da comunicação a nível global. Os colaboradores da Portugal Telecom podem usufruir e rentabilizar adequadamente os meios de que dispõem para comunicar, divulgar e partilhar de uma forma eficaz e eficiente a informação.

As vantagens multiplicam-se. Com colaboradores com mais competências de comunicação será possível promover uma crescente comunicação no seio das equipas e entre departamentos. A qualidade da infor-mação veiculada aumenta, com reflexos directos no desempenho de equipas e do negócio, na resolução de problemas e apresentação de soluções, em suma, na evolução positiva das pessoas, em particular, e da organização, em geral. Desta forma, a PT será capaz de promover uma cultura participativa e uma co-municação mais fluida, que em última instância contribuirá para o reforço da cultura da Portugal Telecom.

O objectivo geral deste documento é disponibilizar informação que permita que os colaboradores me-lhorem as suas competências de comunicação, nos contextos escrito e oral.

A informação prevista no Manual de Comunicação permite, especificamente o reconhecimento da impor-tância da comunicação no âmbito organizacional. O documento prevê-se que permita o desenvolvimento de competências de escrita, nomeadamente de relatórios, documentos para publicar na internet, e-mails. As sugestões incluem também técnicas de apresentação e discurso, de “storytelling” e de social media.

Apresentação

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2 - Enquadramento

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A comunicação assume-se como uma importante alavanca para o alcance de objectivos nas organizações, para a implementação de estratégias, susceptíveis de gerar resultados positivos. O bom funcionamento das equipas depende necessariamente de fluxos de comunicação adequados no desenvolvimento da actividade profissional e nas relações quotidianas.

Se, por um lado, permite a integração dos colaboradores perante a efectiva implementação de estratégias corporativas e funcionais, por outro, possibilita o conhecimento e a definição mais adequada de respostas às expectativas dos colaboradores.

A comunicação não pode ser um entrave na prossecução dos objectivos e na promoção da cultura orga-nizacional. Deve criar uma ponte para a comunicação bidireccional, uma comunicação credível e clara.

Convença-se: a excelência na gestão jamais poderá ser dissociada da excelência na comunicação. Colabo-radores particularmente sensíveis para a importância da comunicação serão capazes de apresentar ideias de uma forma simples e concisa, de motivar e envolver equipas.

O sistema de comunicação implementado pelas equipas deve prever a comunicação adequada a diferen-tes meios. Deve ser promovida a monitorização de resultados em termos dos processos de comunicação implementados. Agir proactivamente é fundamental, mas a monitorização e avaliação permitem reagir adequadamente para que sejam implementados processos de comunicação mais eficazes.

Os colaboradores devem interiorizar as seguintes premissas:• A comunicação é um processo que não tem fim;• A missão e objectivos de qualquer gestor passam pelo uso do conhecimento para criar índices mais ele-vados de compromisso por parte dos colaboradores;• A visão, missão e objectivos concretizam-se através de mensagens consistentes e claras;• As palavras deverão ir ao encontro das acções e os comportamentos devem ser alinhados de acordo com valores como a integridade e o respeito;• Ouvir atentamente e activamente, alimentando a comunicação bidireccional;• Trabalha-se para desenvolver relações e demonstrar disponibilidade para os colaboradores;• Entender que cada colaborador é único, nesse sentido é necessário personalizar a comunicação. A flexi-bilidade é fundamental na comunicação;• Procurar feedback proactivamente e estar aberto a novas ideias;• Fechar o ciclo de comunicação. Voltar sempre aos colaboradores;• Dar feedback de uma forma construtiva;• Reconhecer os esforços dos colaboradores numa base contínua.Se nos conteúdos, na forma e a criatividade na partilha de informação poderá estar a chave para o sucesso na transmissão de informação, parte desse sucesso está também dependente da adequação dos canais de comunicação. A evolução nas telecomunicações tem vindo a romper barreiras, outras podem ser ultrapassa-das através da adequada selecção e recurso a meios de comunicação adaptados às necessidades específicas de departamentos, actividades profissionais, projectos, perfil dos colaboradores, etc.

Enquadramento

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3 - Escrever

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Documentos confusos, incorrectamente estruturados, com erros gramaticais e falhas de pontuação re-sultam sempre em desperdício de tempo. Uma comunicação clara contribui para a redução dos tempos de resolução de problemas, agiliza processos, reflecte-se na implementação mais eficaz e eficiente de objectivos e de estratégias.

Neste capítulo são partilhadas algumas sugestões que o ajudarão a escrever melhor, com um estilo claro, seleccionando as melhores palavras e escrevendo as melhores frases.

3.1 Escreva melhor

A pergunta impõe-se quando a meta passa por comunicar mais e melhor. A resposta assenta em quatro eixos fundamentais:• Conhecer adequadamente os receptores/ audiência;• Escrever de uma forma clara;• Escrever com recurso a um estilo visual apelativo;• Utilizar frases pequenas com verbos fortes.

Conheça os seus receptores/ audiênciaQuando pretender comunicar alguma informação, comece por identificar os receptores da mensagem. Defina necessidades. Anote expectativas e providencie soluções, se necessário. Não se esqueça que o leitor será mais receptivo perante mensagens adaptadas.

Quando o documento é escrito de uma forma clara, o leitor irá:• Identificar e focar-se na informação principal;• Compreender o que pretende o emissor e agir em conformidade;• Acreditar que o emissor compreende as suas necessidades.

Dicas para um discurso mais claro:• Use exemplos;• Use bullets;• Use tabelas para explicar informações de difícil compreensão;• Considere o uso de ilustrações;• Uso o negrito para enfatizar conceitos importantes.

3.2 Opte por um estilo claro

Para adoptar um estilo claro deixamos-lhe uma sugestão. Siga as seis regras elementares de George Orwell (adaptadas):• Usar sempre que possível expressões coloquiais e idiomáticas;• Nunca usar uma palavra longa se se puder usar uma curta;• Sempre que for possível cortar uma palavra, corta-se;

Escrever

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Escrever

• Nunca usar a voz passiva1 quando se pode usar a voz activa;• Nunca usar uma palavra estrangeira, termo científico ou jargão se se puder encontrar um equivalente em português corrente;• É preferível quebrar qualquer uma destas regras do que escrever uma perfeita barbaridade.

Escreva de uma forma simples, expressiva e rigorosa. Os conteúdos deverão ser compreendidos por todos os receptores, mesmo que não tenham nunca ouvido falar do assunto. Paralelamente, a informa-ção deverá ser apresentada de modo a não ser posta em causa por um receptor especializado no tema.

O essencial deve estar em destaque. A regra é simples. Responda, logo à partida, a seis questões chave: Quem? O quê? Onde? Quando? Como? Porquê?

Recordem-se as palavras utilizadas por Ernest Hemingway (Prémio Pulitzer de Reportagem em 1950 e Prémio Nobel da Literatura em 1954) para resumir as regras que presidem ao bom estilo jornalístico: “Frases curtas, verbos no indicativo, sempre na voz activa, linguagem simples e afirmativa.”

3.3 Escolha as melhores palavras

Na redacção de mensagens devem usar-se palavras comuns. Evite o recurso a palavras pretensiosas ou que façam parte do calão de alguma área. A utilização de terminologia específica de alguma área de actividade torna o texto obscuro para o leitor não especializado. Os conceitos aparentemente menos comuns devem ser explicados no texto, de modo a que qualquer leitor possa compreender o conteúdo. Lembre-se: mais vale parecer didáctico do que pretensioso.

Na sua primeira menção, as siglas devem ser sempre descodificadas. Quando existir a necessidade de descodificar várias siglas, isso não deve ser feito de uma só vez num único parágrafo, obrigando o leitor a decorá-las para prosseguir a sua leitura, mas sim nos parágrafos subsequentes. As siglas são grafadas sem pontos. Vejam-se os exemplos: PT Comunicações - PTC, PT Investimentos Internacionais – PTII. As siglas também não fazem plural: os PALOP, os PC, os DVD.

Atenção: se não sabe o significado de uma palavra nunca a use sem antes consultar um dicionário. É normal ter dúvidas. Deixamos-lhe algumas sugestões de sítios onde poderá esclarecer as suas dúvidas:

• http://www.priberam.pt• http://www.infopedia.pt• http://www.ciberduvidas.com

1 A voz passiva designa que o sujeito recebe ou sofre a acção praticada por outro – A terra é lavrada pelo homem. A voz activa: designa que o sujeito pratica a acção significada pelo verbo – O homem lavra a terra.

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3.4 Construa as melhores frases

As frases devem ser curtas, com poucas orações subordinadas. As frases longas exigem um esforço signi-ficativo de compreensão. Além de dificultarem a leitura, contribuem para que o leitor se perca. Todavia, é igualmente de evitar o estilo telegráfico, que obriga a uma leitura aos solavancos. Usar sempre que possível a construção normal sujeito – predicado – complementos.

Exemplo: “O ministro (sujeito) deu (predicado) o seu aval (complemento directo) às empresas (complemento indirecto).”

Devem evitar-se as inversões que dificultam a compreensão:

Exemplo: “Foi às empresas que o ministro deu o seu aval.”

A inversão deve ser limitada aos casos em que se pretende dar particular ênfase a um certo ponto. Nesse caso, é natural que se altere a ordem normal dos elementos da frase:

Exemplo: “É à noite que são cometidos grande parte dos assassínios.”/”A maior parte dos assassínios são come-tidos à noite.”

O objectivo é prender a atenção do leitor, por isso aconselha-se o uso de palavras simples e curtas. As frases, em média, devem ter mais de uma linha e menos de quatro. Os parágrafos servem para introduzir um tópico novo do raciocínio que se está a desenvolver. A passagem de uma frase ou de um parágrafo aos seguintes corresponde sempre a uma pausa na leitura. Se estas quebras se sucederem de cinco em cinco palavras, o leitor desiste.

A escrita deve ser tanto quanto possível leve, aproximando-se mais da oralidade do que do estilo típico da escrita que faz uso de muitos pontos e subpontos, “anteriormentes” e “posteriormentes”, “por um lado” e “por outro”, mas também sem esquecer “tal e tal”, que complicam a compreensão. Sempre que possível fazer uso da expressividade da língua, usando expressões correntes na linguagem falada (expres-sões coloquiais), como “assim, assim”, ao “menos”, “nem bem, nem mal”, “preto no branco” e expressões idiomáticas, como “dar o braço a torcer”, “ir por água abaixo”, ao “Deus dará”, “não aquece nem arrefece”, tudo de “pernas para o ar”. Estas expressões não são dispensáveis nem são mau português, muito pelo contrário, frequentemente sintetizam muito bem, e de forma expressiva, uma determinada situação ou posição em relação a um assunto que de outra forma teria que ser explicada ao longo de linhas e linhas.

O humor (com conta, peso e medida) e a expressividade da linguagem são soluções possíveis para prender a atenção do leitor. Outra solução é recorrer-se a expressões que aliviem a seriedade de um

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assunto ou que reproduzam afirmações expressivas de pessoas. Mas atenção: isto não significa recorrer ao humor indiscriminadamente.

Os textos devem ser claros, fáceis de ler e interessantes. Reveja sempre os textos antes de os enviar ou publicar. Confirme se têm erros ortográficos, de pontuação ou de gramática. E questione: a história percebe-se facilmente à primeira? Conseguiu contar o que queria? Não omitiu nada que seja importante?

3.5 Considere outros factores

Concordância com uma expressão partitivaQuando o sujeito for uma expressão partitiva (exemplo: “parte das pessoas”, “metade das pessoas”, “um quarto das pessoas”), o verbo vai para o plural se o colectivo a que se refere (nos exemplos acima, as pessoas) estiver expresso e no plural (exemplos: “a maioria dos portugueses estão de acordo”; “um por cento dos portugueses estão de acordo”); caso contrário vai para o singular (exemplos: “a maioria está de acordo”; “um por cento está de acordo”).

EstrangeirismosÉ de evitar a utilização de estrangeirismos sempre que haja um equivalente corrente em português. Por exemplo, não vale a pena escrever tournée se pode escrever digressão.

Verbos Atenção à distinção entre “eles vêem” (verbo ver) e “eles vêm” (verbo vir).

“Têm” escreve-se assim mesmo.

“Pôr” leva acento circunflexo, mas não os seus derivados (impor, propor, repor, dispor. etc.). A 3ª pessoa do pretérito perfeito do indicativo de “pôr” e derivados leva acento circunflexo (ele impôs, ele propôs).

“Voo” (verbo voar, tal como “voo”, substantivo) escreve-se sem acento circunflexo, tal como todas as 1ªs pessoas do singular de todos os verbos acabados em -oar e -oer: enjoo, perdoo, remoo, etc.

“Nós cantamos” no presente do indicativo, mas “Nós cantámos” no pretérito perfeito.

Os verbos derivados conjugam-se da mesma maneira que o verbo do qual derivam. Exemplos: rever (re+ver — logo, eu revi, tu reviste, ele reviu, eles reviram), prever (pre+ver — ele previu, eles previram), propor (pro+pôr — eu propus, ele propôs, eles propuseram), dispor, etc.

Construções com infinitivo Em frases de construção infinitiva do tipo “A circunstância de o hotel ficar vazio é improvável” a proposição não pode ficar contraída com o artigo ou pronome: de um hotel ficar vazio, de aquele hotel ficar vazio, por o hotel ficar vazio, etc.

Escrever

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Enumerações Desde... a... até... passando por, por um lado... por outro, quer isto... quer aquilo, não só... como, além disso, em primeiro lugar... em segundo... por último, primeiro..., depois.

Nas enumerações, a presença do complemento é obrigatória. Ou seja, quando se usa a expressão “desde” numa enumeração, ela tem de ser complementada por “a” ou “até”, e, se for caso disso, “passando por”: quando se usa a expressão “por um lado”, tem de se incluir “por outro”, e se for preciso “além disso” ou “por fim”; à expressão “em primeiro lugar” é obrigatório seguir-se “em se-gundo lugar”, etc.

PronomesUma das originalidades da língua portuguesa é a possibilidade de se omitir o sujeito e os pronomes possessivos, ao contrário do que acontece por exemplo no inglês.

Se alguém nos diz “O Jorge meteu-se no carro com a mulher e foram para casa” depreende-se logo que o Jorge foi no seu carro com a esposa dele para o lar conjugal. Neste caso, não é preciso dizer “O Jorge meteu-se no seu carro com a sua mulher e foram para casa deles”. Caso contrário, esse alguém diria algo como “O Jorge meteu-se no carro da Isabel com a mulher do Mário e foram os dois para casa da Alda”. Aproveitemos pois o máximo possível esta original possibilidade que nos confere a nossa língua, ou seja, utilizar pronomes desnecessariamente.

Pronomes demonstrativosOs pronomes demonstrativos (este, esse, aquele) devem ser evitados se puderem ser simplesmente substituídos pelo artigo. Ou seja, em vez de “Aquele administrador afirmou…”, “Este administrador afir-mou…” ou “Esse administrador afirmou...”, use-se “O administrador afirmou…”. O uso dos demonstrativos deve ser limitado aos casos em que há necessidade de opor diferentes objectos, situações, pessoas, etc. (este vs. aquele) ou opor maior/menor proximidade no tempo ou no espaço.

Pontuação Os diferentes sinais de pontuação correspondem a pausas na leitura equivalente à que fazemos ao falar e servem para facilitar a compreensão do texto.

Travessão Usa-se: • Aos pares, para intercalar uma oração (pô-la “entre parênteses” - ver adiante a regra da vírgula);• Isolado, para introduzir uma explicação ou uma conclusão.

Parênteses Usam-se para intercalar uma explicação. Têm um valor menos enfático do que os travessões.

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Parênteses rectosFazem-se com as teclas Alt Gr + 8 e Alt Gr + 9. Servem para intercalar palavras que não foram ditas ou escritas pelo autor, nomeadamente em entrevistas.

Dois pontos Usam-se: • Para introduzir citações completas;• Para introduzir uma enumeração;• Para introduzir uma oração que justifica a anterior.

Ponto final Cuidado com uso enfático do ponto final (do tipo “Depois ele foi-se embora. Zangado.”). Este recurso estilístico é bastante eficaz para enfatizar uma determinada circunstância e só deve ser usado quando se pretende obter este efeito. Caso contrário perde toda a eficácia.

Parágrafo Corresponde a uma pausa superior ao ponto final. Deve fazer-se parágrafo sempre que se introduz uma nova ideia.

VírgulaO uso da vírgula é um dos pontos em que é normal as pessoas terem dificuldade. O excesso de vírgulas pode dificultar a compreensão, tal como acontece se fizermos muitas pausas ao falar.

As regras de colocação da vírgula podem resumir-se assim: • Qualquer oração ou elemento de valor acessório pode ser isolado por uma pausa (expressa por vírgula, parênteses ou travessão);• Os elementos essenciais da frase não podem ter pausa a separá-los;• Os elementos repetidos do mesmo tipo devem ser separados por vírgula.

Casos mais frequentes em que se usa a vírgula

Para colocar “entre parênteses” uma oração ou um elemento de valor explicativo:

Exemplo: “Alguns receiam que este movimento, constituído em grande parte por figuras ligadasao PS ou na sua órbita, possa funcionar como uma nova facção interna destinada acriar engulhos a António Guterres.”

Repare-se que a oração entre vírgulas podia estar igualmente entre travessões ou entre parênteses, porque não afecta a construção da oração principal.

Escrever

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Exemplo: “Alguns receiam que este movimento (constituído em grande parte por figuras ligadas ao PS ou na sua órbita) possa funcionar como uma nova facção interna destinada a criar engulhos a António Guterres.”

A oração podia mesmo ser retirada porque a frase continuava a fazer sentido.

Exemplo: “Alguns receiam que este movimento possa funcionar como uma nova facção interna destinada a criar engulhos a António Guterres.”

Se em vez de uma oração for um mero elemento explicativo, mantém-se a regra:

Exemplo: “Alguns receiam que este movimento possa, além disso, funcionar como uma nova facção interna des-tinada a criar engulhos a António Guterres.”

A seguir a uma citação:

Exemplo:“’Mantenho grandes reservas em relação a movimentos de independentes’, refere o autarca de Vila do Conde.”

A isolar elementos do tipo quando, onde, porquê:

Exemplo: “Na reunião da comissão política distrital de segunda-feira, Manuel dos Santos foi ainda mais longe.”

A isolar elementos do tipo além disso, no entanto, entretanto, portanto, de resto, como:

Exemplo:“De resto, Augusto Santos Silva deixa um conselho a algumas das figuras que mais diz respeitar na Fe-deração: ‘É preciso cortar de vez os laços com o bairrismo excessivo e o populismo’.”

A isolar o nome de uma pessoa a que corresponde um atributo que é único ou acessório:

Exemplo: “O presidente dos Estados Unidos, Fulano de Tal, embarcou ontem para a Lua.”

Se o atributo não for exclusivo, ou for essencial, não leva vírgulas:

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Escrever

Exemplo: “O deputado Beltrano Lebre acompanhou-o.”

Se se tratar de uma simples informação adicional leva obrigatoriamente vírgula, como já se viu antes:

Exemplo: “Um deputado, Beltrano Lebre, acompanhou-o.”

Casos mais frequentes em que não se usa a vírgula:

No caso das orações introduzidas por “que”, só as explicativas ficam obrigatoriamente isoladas (por vír-gulas, parêntese ou travessões). As orações começadas por “que” que são essenciais ao sentido da frase não podem nunca ser separadas por vírgula:

Exemplo: “Gomes afirmou ainda que o almoço em questão era oferecido pela Câmara do Porto e só ele tinha responsabilidade no envio dos respectivos convites. “

Se se isolasse a oração introduzida por “que” ficava assim:

Exemplo: “Gomes afirmou ainda, que o almoço em questão era oferecido pela Câmara do Porto, e só ele tinha responsabilidade no envio dos respectivos convites. “

Retirando a parte entre vírgulas a frase é incorrecta:

Exemplo: “Gomes afirmou ainda e só ele tinha responsabilidade no envio dos respectivos convites.”

Colocação errada de vírgula entre o sujeito e o verbo:

Exemplo: “Finalmente, qualquer apaixonado por plantas, sabe que elas gostam de música.”

Se retirarmos a parte entre vírgulas fica:

Exemplo: “Finalmente sabe que elas gostam de música.”

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17Manual de Comunicação

O sujeito desapareceu. Portanto, tem que se escrever:

Exemplo: “Finalmente, qualquer apaixonado por plantas sabe que elas gostam de música.”

Pode pois dizer-se, como norma geral, que ao retirar-se os elementos separados por vírgulas a parte principal da frase deve continuar a ser gramatical.

Não abusar das vírgulas. O excesso de vírgulas pode ser prejudicial à boa compreensão do texto:

Exemplo: “Um eurodeputado social-democrata, Manuel Porto, lança, ao fim da tarde de hoje, em Coimbra, um livro, que é um autêntico libelo contra o mapa das regiões aprovado no Parlamento.”

Fica melhor assim:

Exemplo: “O eurodeputado social-democrata Manuel Porto lança ao fim da tarde de hoje, em Coimbra, um livro que é um autêntico libelo contra o mapa das regiões aprovado no Parlamento. “

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4 - Escrever Relatórios

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Escrever Relatórios

Exactidão, objectividade e consistência são três palavras que todos os autores de relatórios devem ter presentes ao longo de todo o processo de redacção. Neste sentido, neste capítulo partilhamos algu-mas boas práticas que o poderão auxiliar nesta tarefa. Planear é uma etapa fundamental, que prevê a definição de objectivos, a avaliação de receptores e a selecção da informação. Definir a estrutura do documento é outro dos passos fundamentais para quem quer alcançar a excelência da comunicação. Depois, segue-se a redacção e revisão.

4.1 Seja exacto, objectivo e consistente

Para o desenvolvimento bem sucedido de um relatório é importante ter em conta algumas recomenda-ções que garantem que os receptores da mensagem são capazes de efectuar uma leitura fluida, compre-ender os conteúdos sem esforços significativos e aceitar os factos, as conclusões e as recomendações, promovendo-se paralelamente a concretização dos planos ou acções recomendados.

Comunicar de uma forma inteligível com os leitores é imperioso. A selecção cuidada das palavras é par-ticularmente importante para evitar duplos sentidos. A exactidão é fundamental, devendo tudo o que é escrito ser susceptível de ser verificado, de modo a que sejam tomadas decisões efectivas. A objectividade deve prevalecer em detrimento da expressão de emoções ou opiniões pessoais do autor do relatório. A ênfase deve ser sempre colocada em informação factual e não em opiniões ou crenças do autor. O rela-tório deverá ser conciso, mas prever os conteúdos necessários para a ampla compreensão da temática.

Em vez de se colocar a questão “Esta informação pode ser incluída” deverá perguntar-se “Há necessidade de incluir esta informação?” A melhor forma de garantir a clareza e consistência de conteúdos é, após redigidos os conteúdos, deixar passar algum tempo para posteriormente se efectuar a revisão.

4.2 Planeie para não falhar

Falhar o planeamento é preparar o falhanço. Antes de escrever qualquer palavra deverá: • Definir o seu objectivo;• Avaliar os seus receptores;• Avaliar de que informação necessita;• Preparar a estrutura do seu relatório;• Testar e rever a estrutura do seu relatório.

Ao longo de todo o processo de redacção é importante manter presente estas etapas, de modo a melhor focar e delimitar a informação que necessita de incluir no relatório.

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Manual de Comunicação

Escrever Relatórios

Definir objectivos claros

Em primeiro lugar, deve ter presente qual o propósito da redacção do relatório. Só poderá começar a pensar o que vai escrever e como se o objectivo for claro. Quando os objectivos estão claramente defi-nidos os autores terão mais facilidade em:• Definir qual a informação que deve ser incluída ou não;• Elevar a qualidade do seu relatório;• Facilitar o processo de redacção do seu relatório.

Avaliar os receptores

Antes de iniciar o processo de redacção do seu relatório, comece por analisar alguns aspectos fundamen-tais, nomeadamente em termos do público-alvo, adaptando a informação e estilo às pessoas que irão ler o relatório. Se souber quem serão os destinatários do relatório poderá adaptar melhor os conteúdos, o estilo, a estrutura ao nível de conhecimento e perícia. Sendo assim, concentre-se nos pontos a que eles darão particular atenção, explique os pontos que eles não compreenderão, refira-se a questões e preocupações que eles provavelmente levantarão.

Seleccionar a informação

Para alguns relatórios provavelmente irá necessitar de mais informação do que para outros. Avalie a quan-tidade e que tipo de informação necessita. Discutir os conteúdos e a informação que será abordada com a pessoa que solicitou a elaboração do documento poderá ser fundamental. Existe algum tipo de informa-ção que essas pessoas gostariam de ver abordada? A consulta dessa pessoa neste estágio irá envolvê-la, nomeadamente a nível psicológico, o que facilitará a aceitação das suas conclusões e recomendações.

4.3 Estruture o relatório

Após seleccionar a informação, está em condições de desenvolver o plano do seu relatório. Prepare a estrutura adequada, assim como a informação de que necessita antes de iniciar a redacção. Registam-se três etapas na preparação da estrutura:

• Escreva um título provisório;• Considere a estrutura geral do relatório;• Considere a forma como a informação é apresentada no corpo do relatório.

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A capa identifica o título do relatório, o(s) autor (es), a direcção, a empresa e a área de negócio, a par da data de conclusão.

A página de rosto contém os dados da capa e outros dados complementares, assim como a identificação de outros participantes ou consultores do projecto, o período de realização do projecto, o fim a que se destina o relatório, entre outras informações consideradas pertinentes.

É através do resumo que qualquer leitor poderá através de uma leitura rápida perceber a dimensão do projecto, de onde partiu e onde chegou. Deve permitir que se fique com uma ideia precisa e completa do trabalho realizado e respectivas conclusões. O resumo não deve ter mais de uma página, devendo prever palavras-chave, que se encontrem directamente relacionadas com o tema do trabalho. A ordem pela qual são descritas é indicativa da sua importância.

Os agradecimentos são uma secção destinada ao agradecimento a todas aquelas pessoas e entidades que, de alguma forma, contribuíram para o projecto em questão. As palavras de agradecimento devem ser directas e específicas, enunciando qual o contributo concreto de cada uma das pessoas ou entidades.

De uma forma clara e directa é possível, através do índice, qualquer leitor, identificar as diversas temáti-cas, pela ordem exacta, apresentadas no relatório, respectivos capítulos e secções. Para as informações pré-textuais deverá ser utilizada uma numeração distinta da utilizada nas outras secções, como por exemplo a romana.

Secções ContextualizaçãoCapa Elementos pré-textuais

Página de rosto

Resumo

Agradecimentos

Índice

Outros índices e listas (se existirem)

Introdução Corpo do relatório

Outros capítulos (ex.: enquadramento da temática, metodologia, apresentação e dis-cussão dos resultados)

Conclusão e recomendações

Referências Elementos pós-textuais

Anexos

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Comunicação Interna. A alma de uma empresa.

Manual de Comunicação

Perante um número significativo de figuras ou tabelas, o mais adequado é criar índices específicos, ora de tabelas ora de figuras. É igualmente conveniente apresentar uma lista de abreviaturas, sím-bolos e termos técnicos, sempre que existam numa quantidade significativa.

É na introdução que será apresentado o tema, que se pode reflectir na enunciação da temática no campo do conhecimento ou no contexto do negócio. Também o problema, projecto, temática em foco, entre outros, deverá ser enunciado, a par dos objectivos geral e específicos.

Quanto ao enquadramento, este deverá ser um espaço dedicado ao desenvolvimento da informação de suporte do problema, projecto ou temática em foco. Os conhecimentos e experiências anteriores deverão ser expostos neste capítulo. Em casos que se justifiquem, deve ser apresentada a metodologia de desen-volvimento da temática, projecto, entre outros. É na etapa seguinte que os resultados são apresentados e, consequentemente, discutidos.

Com as conclusões e recomendações encerra-se o desenvolvimento de um relatório. Sintetizar a temática, o projecto, etc., evidenciar o seu contributo para o campo do conhecimento ou a reali-dade de negócio, sugestões para novas linhas de estudo, projecto ou negócios e recomendações práticas são algumas das informações previstas neste capítulo. A conclusão deverá prever a resposta às seguintes perguntas:

• Em que medida os objectivos foram alcançados?• Quais foram as lições aprendidas?• Quais são as ideias para trabalhos futuros?• Quais são as vantagens e desvantagens da abordagem, solução, etc. que foi apresentada, face a outras já existentes?

A lista de todas as referências mencionadas no texto deverá ser afixada no fim da discussão. Existem inúmeras formas de citar referências. O importante é efectivamente seguir-se um único modelo. Nas referências não deverão ser incluídos documentos que não apareçam no texto. Os que não aparecem no texto e que foram consultados deverão ser remetidos para a bibliografia.

Os anexos são documentos, produzidos ou não pelo autor, que têm como principal objectivo completar a informação apresentada no corpo do relatório. A paginação dos anexos deve ser consecutiva e deverá ser continuada em relação ao texto principal.

Tenha, ainda, em consideração os seguintes aspectos quando escreve um relatório: todas as ilus-trações, tabelas, etc. devem ser numeradas (exemplo: Figura 1, Tabela 1) e devem ser referidas no texto. A numeração deve ser efectuada em algarismos árabes. Só há duas categorias: as tabelas ou as figuras (mapas, fotografias, gráficos são figuras). Para além disso, todas as figuras ou tabelas devem possuir uma legenda.

Escrever Relatórios

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As referências citadas no texto devem conter o nome do autor e a data de publicação(exemplo: “(Porter, 1991)” ou “Porter (1991) defende que…”)

Uma referência individual referente a vários autores deve assumir o seguinte modelo “Porter et. al. (1991) defendem que…” ou “(Porter et al., 1991)”; tratando-se de dois autores deverá ser usado o seguinte modelo “Porter & O’Shaughnessy (1991)” ou “(Porter & O’Shaughnessy, 1991)”.

4.4 Escreva e reveja o relatório

Depois de devidamente preparado e planeado, estão reunidas as condições para iniciar a redacção do relatório. Sendo assim, propõe-se que os autores obedeçam às seguintes etapas:• Redacção dos capítulos de desenvolvimento;• Revisão dos capítulos de desenvolvimento; • Redacção das conclusões, recomendações, introdução e resumo;• Revisão e correcção do relatório;• Edição do relatório.

No desenvolvimento do relatório, e antes de começar a escrever, necessita de avaliar como irá ultrapas-sar alguns dos problemas com que eventualmente se irá deparar. Finalmente, é importar verificar se as recomendações que definiu para ultrapassar algumas das dificuldades são praticáveis.

Os capítulos em que irá desenvolver a temática ou o projecto, ou seja, os de desenvolvimento devem ser os primeiros a ser redigidos. Após ter terminado a redacção desta parte do relatório, abstraia-se destes conteúdos para posteriormente efectuar a revisão e, assim, avaliar convenientemente o que escreveu.

As conclusões, recomendações, introdução e resumo não deverão ser redigidos sem antes se ter ter-minado de escrever os capítulos de desenvolvimento. Desta forma, poderá avaliar de uma forma mais adequada quais as principais informações a incluir nas conclusões, recomendações, introdução e resumo.

Aconselha-se também a redacção destes conteúdos seguindo a seguinte ordem:• Conclusões;• Recomendações;• Introdução;• Resumo.

A abstracção durante alguns dias é fundamental antes de se iniciar a revisão e correcção do relatório. Se, eventualmente, não dispor de tempo para isso, abstraia-se do texto, pelo menos, durante algumas horas. Depois, volte a ler o relatório.

A leitura é fluida? Consegue justificar tudo o que escreveu? Finalmente, é capaz de dizer cara-a-cara tudo o que escreveu aos seus receptores? Se não for capaz também não o escreva.

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5 - Escrever para a Internet

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Escrever para a Internet

Pequeno, simples, directo. A receita para escrever para Internet não podia ser mais clara. Quando analisado o perfil dos utilizadores de internet, facilmente se poderá perceber que o tempo de con-sulta das páginas, em termos gerais, é bastante curto. A maior parte despende de alguns segundos ou minutos em cada página, para passar seguidamente a outra página.

Se é verdade que uma percentagem reduzida de utilizadores até lê artigos longos, a realidade é que nestes casos os artigos devem ser disponibilizados para download em ficheiros para posterior consulta. A resposta para quem edita conteúdos para internet é criar artigos curtos.

Qual a quantidade de palavras aceitáveis para um artigo direccionado para a Internet? O ideal é que apresente uma quantidade variável entre 300 e 800 palavras. Se inevitavelmente necessita de escrever mais, opte por dividir a informação em pequenos artigos.

Determinada temática exige a edição de artigos com milhares de palavras? A solução continua a ser simples. Divida a temática em subtemas e publique a informação em pequenos e diferentes artigos. Contudo, poderá, nestes casos, aproveitar as potencialidades da internet. Crie uma pá-gina agregadora, com o sumário dos artigos e crie links para os diversos artigos que compõem a temática (a página agregadora não deverá ter portanto mais de 500 palavras).

Escreva parágrafos, com frases e palavras curtas. Desta forma, a leitura dos utilizadores será ga-rantidamente fluida e o contexto de fácil compreensão.

Tornar a leitura prática e útil é uma prioridade quando se escrevem artigos para a Internet. Comece por, no primeiro parágrafo, apresentar os principais pontos da sua comunicação. O resto do artigo deverá ser reservado ao desenvolvimento de cada um dos pontos apresentados.

O Microsoft Word disponibiliza-lhe a estatísticas de leitura, premindo o F7. Se, eventualmente, as estatísticas não aparecerem, verifique se está activa a opção “show readability statistics” através de Tools/ Options/ Spelling & Grammar. No final da correcção gramatical aparecerá uma janela com todas as estatísticas.

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Escrever para a Internet

No meio Internet, recomenda-se um “Flesh–Kincaid” de 8.0 e uma readability de 60%.

A fórmula para calcular a “Flesch Reading Ease Score” é:206.835 – (1.015 x ASL) – (84.6 x ASW).

Em que:ASL = “average sentence length” (tamanho médio de cada frase, ou seja, o número de palavras dividida pelo número de frases).

ASW = “average number of syllables per word” (média do número de sílabas por palavra, ou seja, o número de sílabas dividida pelo número de palavras).

A fórmula para o “Flesch-Kincaid Grade Level” é:(.39 x ASL) + (11.8 x ASW) – 15.59

Em que:ASL = “average sentence length” (tamanho médio de cada frase, ou seja, o número de palavras dividida pelo número de frases).

ASW = “average number of syllables per Word” (média do número de sílabas por palavra, ou seja, o número de sílabas dividida pelo número de palavras).

Os objectivos podem ser irrealistas, mas os resultados serão, com certeza, positivos. Pode melhorar os seus resultados substituindo as frases longas por frases curtas, substituindo as frases longas pela enumeração de pontos e as passivas pelas activas, usando palavras mais curtas e usando títulos para organizar o texto.

A solução para escrever na Internet é apenas uma: escrever artigos curtos, porque os utilizadores preferem muitos artigos curtos em detrimento do um artigo longo.

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6 - Escrever e-mails

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Escrever e-mails

As mensagens veiculadas através do meio electrónico são, por natureza, distintas das transmitidas através de outros meios. Numa carta é fundamental clarificar todos os pontos pormenorizadamente porque o receptor poderá não ter oportunidade de colocar questões relativamente ao conteúdo da carta, ao contrário do que acontece com os e-mails. São normalmente mensagens curtas e bastante objectivas. Neste sentido, neste capítulo são feitas algumas recomendações que garantem que irá escrever um bom e-mail e que o alertam para algumas definições do seu sistema e-mail.

6.1 Um bom e-mail

A ideia mais importante a reter é saber quando não escrever mensagens. Escrever um bom e-mail é uma tarefa que consome tempo, portanto não comece a escrever um e-mail se eventualmente o assunto não merece que dispense esse tempo.

• Defina o seu sistema de envio de mensagens;• Não escreva mensagens que não serão lidas;• Escreva mensagens para serem lidas;• Escreva um sumário descritivo;• Verifique a ortografia;• Não abuse dos anexos;• Atenção à redacção de endereços de páginas em mensagens de e-mails;• Recorra às citações nas respostas aos e-mails;• Saiba para quem está a enviar mensagens e responda a um número mínimo de pessoas;• Não responsa quando está enervado;• Guarde as mensagens que envia.

A maior parte das mensagens que escreve são respostas a outras mensagens. Lembre-se que não é o único a receber mais mensagens do que aos quais é capaz de dar resposta. Reflicta sempre se realmente tem um contributo útil a dar na mensagem que irá enviar. Necessita de escrever para um grupo grande de pessoas ou apenas para algumas? Necessita de escrever agora ou o assunto pode esperar? Está abor-recido e é provável que venha a arrepender-se de algo que vai dizer? Se sim, então não escreva nesse momento. Pelo menos, não envie a mensagem nesse momento.

6.2 Escreva mensagens para serem lidas

Numa linha defina o assunto da mensagem. Não defina como assunto “informação importante” ou “leia esta mensagem, por favor”, visto que mensagens com este tipo de “assunto” poderão ser identificadas como lixo.

Não use o e-mail da empresa em que trabalha para o envio de e-mails de âmbito pessoal, a não ser que esteja autorizado.

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Escrever e-mails

Inclua um sumário descritivo

Inclua um sumário da mensagem e a acção que pretende que o receptor empreenda nas primeiras linhas da mensagem. A conclusão deve ser incluída no início da mensagem e não no final. Lembre-se que, provavelmente, o receptor irá ler as primeiras 10 a 20 linhas da mensagem. Se essa informação não for do interesse do receptor ele apagará a mensagem sem a ler integralmente.

Verifique a ortografia

Verifique a ortografia antes de enviar a mensagem. A sua mensagem perderá valor se tiver erros ortográ-ficos. Se não possuir um corrector de texto no seu sistema de e-mail copie o texto para o seu processador de texto e verifique se a mensagem tem erros ortográficos.

Use poucos anexos, nos formatos mais comuns

Muito do seu tempo poderá ser dispendido com o envio de documentos em anexo. Tenha atenção ao formato desses anexos, de modo a evitar o envio de documentos em formatos que os seus receptores não são capazes de abrir.

Faça referência aos anexos que envia no corpo da mensagem e verifique sempre se anexou o documento antes de enviar a mensagem.

Se a informação que consta no documento for reduzida e ainda estiver em formato de rascunho copie-a para o corpo da mensagem. Se alguns dos seus receptores não puderem receber anexos, copie o texto para o corpo da mensagem. Se o documento for demasiado pesado, envie apenas um sumário e ofereça-se para o enviar no caso de lhe pedirem. Se for público, publique-o na internet e inclua o endereço elec-trónico na mensagem electrónica. Se a sua organização possui um website seguro, avise os utilizadores autorizados de que os documentos se encontram lá publicados.

Alguns e-mails permitem que sejam enviadas duas versões de menagens: uma em texto e outra em HTML. Por norma envie mensagens em “plain text”, caso não tenha a certeza que os seus receptores conseguem ler mensagens em HTML.

Endereços de páginas nas mensagens de e-mail

A comunicação eficaz pode passar por enviar mensagens de e-mail curtas e providenciar informação adicional na internet, mas disponibilize um endereço completo, tal como http://www.telecom.pt. Em mensagens de e-mail coloque sempre http://, visto que se não o fizer o software poderá não reconhecer o endereço. Opte por não escrever directamente o endereço no corpo da mensagem. Abra a página atra-vés do browser e copie de lá o endereço. Desta forma garante que não escreve o endereço com gralhas e evita frustrações relativas ao facto de ter passado um endereço errado.

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Cite o fundamental nas respostas às mensagens

A maior parte das mensagens que envia são respostas a outras mensagens. Nestes casos, necessita de citar sempre alguma informação (não demasiada) que lhe enviaram, para que, desta forma, possa enviar uma resposta mais direccionada. Alguns sistemas de e-mail nas respostas incluem sempre toda men-sagem que lhe enviaram. Nesses casos, opte por omitir o que não é importante e manter as questões a que irá dar resposta.

Saiba para quem está a escrever e responda para o mínimo de pessoas

Antes de responder a uma mensagem verifique para quem vai enviar: necessita de responder a toda a gente? Sabe quem são essas pessoas? É uma lista de e-mail pública? Os destinatários fazem parte da empresa em que exerce actividade?

Não responda a mensagens quando estiver chateado ou aborrecido

Nestas situações espere sempre pelo dia seguinte para enviar mensagem. Pode escrever a mensagem, mas aja prudentemente e não a envie de seguida. Após um dia, acabará sempre por alterar algum con-teúdo da mensagem.

Guarde as mensagens que envia

Se vale a pena escrever uma mensagem, também vale a pena guardá-la. Crie pastas e arquive as men-sagens que envia.

Mensagens para todos

Se pretende enviar uma mensagem para toda a sua equipa, e se elegeu o e-mail para o fazer lembre-se a clareza é fundamental:• Comunique claramente cada um dos objectivos da mensagem;• Desenvolva a estratégia para alcançar cada um dos objectivos;• O que é esperado de cada pessoa ou grupo para que sejam alcançados os objectivos;• Dirija-se a todos os tipos de público que serão receptores da mensagem.

Dicas• Foque-se nos pontos principais;• Seja breve;• É humano, portanto escreva como tal;• Realce o lado positivo do assunto;• Defina sobre o que irá falar e foque-se nisso.

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Escrever e-mails

O que será diferente

Torna-se mais fácil para as pessoas entenderem onde quer chegar se fizer algum tipo de contextualização. Quer melhorar o serviço a clientes? Quer melhorar o número de clientes em determinada região? Quer aumentar os índices de produtividade?• Suporte as suas mensagens com factos, caso estes se encontrem disponíveis;• Dê exemplos;• Explique por que motivos os colaboradores deverão preocupar-se.

Considere os objectivos

Pense nos objectivos que definiu. Escreva a sua mensagem reflectindo as metas que pretende alcançar. Está a tentar comunicar um produto? Pretende que os colaboradores alterem alguns comportamentos? Assegure-se que o seu texto não vai numa direcção que ignore as razões que o motivam a enviar a mensagem.

Considere a audiência

Adapte cada uma das suas mensagens à audiência a que se dirige. Há quem prefira escrever numa mensagem apenas o que pretende comunicar a todos os públicos, outros preferem organizar as mensagens por temas, outros por públicos. O ideal é efectivamente organizar as mensagens a en-viar por públicos e temas, de modo a que estes percebam claramente o que é esperado em cada uma das áreas de actuação.

Se prevê que algum dos públicos irá levantar alguma questão em relação ao que está a fazer, assegure-se que as suas mensagens aludem a esse assunto. Por exemplo, se eles procuram saber se determinado produto que irá ser lançado possui uma característica específica, na comunicação que fizer aos colaboradores dê particular enfoque a essa questão. Se agir desta forma, encontrará menor resistência por parte dos colaboradores aos desafios que lhes coloca.

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6.3 Defina o seu sistema de e-mail

Certifique-se que adicionou no seu sistema de e-mail a informação necessária e teste-o para confirmar se está a funcionar correctamente. Todas as mensagens devem prever automaticamente, nomeadamente nas mensagens de resposta, a sua assinatura.

Defina o seu nome no sistema de e-mail. O seu sistema de e-mail deverá ter uma opção que lhe permite incluir o seu nome. Use-a.

Defina a sua assinatura que aparecerá no final de cada mensagem: deve incluir o seu nome, organiza-ção, cargo, endereço de e-mail e morada, número de telefone e de fax. A assinatura não deve ter mais quatro ou cinco linhas.

Não use um cartão de visita electrónico se não souber se o seu interlocutor tem essa funcionalidade no sistema de e-mail dele.

Defina o comprimento das frases: alguns sistemas de e-mail só permitem a inclusão de 76 caracteres por linha. A não ser que saiba se os seus receptores possuem sistemas que permitem mais caracteres por linha, defina a mudança de linha quando chegar aos 76 caracteres.

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7 - Fazer apresentações

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Fazer apresentações

Fazer uma apresentação pode em muitos casos ser uma tarefa particularmente desafiante, especialmente quando dirigida a públicos distintos. Mas lembre-se as palavras planear e praticar são, frequentemente, as chaves para o sucesso.

Neste capítulo são partilhadas algumas dicas relativamente ao planeamento de uma apresentação e à realização de apresentações audiovisuais.

7.1 Planeie a apresentação

Quer iniciar a preparação da sua apresentação? A solução passa por começar por ter bem presente o que pretende transmitir e onde quer chegar. A preparação é uma etapa incontornável na realização de qualquer apresentação. Defina os seus objectivos gerais e específicos.

O seu trabalho final resulta, naturalmente, de muito trabalho de pesquisa, que deverá ser desenvolvido a par e passo. Os alicerces correspondem ao planeamento, pesquisa e estrutura, respectivamente. Atente às ideias chave e lembre-se de que necessita de as “decorar” com apontamentos visuais e abordagens criativas. Criar uma abertura apelativa ajudá-lo-á a cativar a atenção dos seus interlocutores, motivando a sua atenção para o resto da apresentação.

Atenção! Não sacrifique a sua audiência transmitindo-lhe informação excessiva. Convença-se que a mente apresenta capacidades limitadas de retenção de informação, por isso não descure uma regra básica: apresente uma ideia-chave, no máximo três.

7.2 Cumpra as etapas

Crie um template para construir a mensagem. Propõe-se uma estrutura simples, que permita criar con-tinuidade do princípio ao fim da apresentação.

Abertura

A abertura é menos a abertura da sua apresentação e mais o tornar a audiência mais receptiva à men-sagem que pretende transmitir. Sugere-se que apenas defina a sua abertura depois de ter produzido todos os conteúdos.

Sumário

O sumário permite que a audiência conheça quais as principais temáticas e estrutura da sua apresentação. Dá-lhe credibilidade enquanto orador organizado e permite que a audiência conheça o que a espera.

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Fazer apresentações

Ideia chave 1

Comece por apresentar uma imagem geral ou um plano geral, que corresponde à sua ideia principal. Enuncie as evidências. Divida a sua ideia em segmentos. Finalmente, faça um plano próximo acompanhado de exemplos, metáforas, citações, dados estatísticos, anedotas e comentários críticos.

As transições podem ser boas opções, mas apenas se forem simples. Passa-se de um ponto para o outro sem que as pessoas se apercebam da ligação. Aconselha-se, por exemplo, que o orador recapitule cada capítulo e explique a razão de avançar para o seguinte.

Ideias chave 2 e 3,…

Repita o processo para as ideias principais seguintes. ConclusãoTorne a sua conclusão breve, compreensível e memorável. O momento é decisivo. O que disser ficará na mente da audiência e é precisamente a conclusão que os seus interlocutores levarão da sua apresentação.

7.3 Fazer uma apresentação audiovisual

Na sociedade actual da televisão, computadores, filmes, a componente visual assume particular relevância se se pretende ter impacto. Um bom design dá credibilidade e ajuda na compreensão. Se não tem tempo ou conhecimento para criar o seu próprio “layout”, peça a alguém para o fazer, a um designer ou agência.

Use “flip charts” para registar as ideias ou os comentários da audiência. Desta forma, as ideias ficam re-gistadas de uma forma permanente. Outra alternativa é usar um quadro electrónico.

O uso do Power Point em apresentações deve prever um conhecimento significativo do programa por parte do utilizador. Algumas das suas funcionalidades são fundamentais para que a apresentação seja o mais bem sucedida possível.

O uso da tecla “B”

Quando está a efectuar uma apresentação, o Power Point dispõe de uma funcionalidade que é das mais importantes – a tecla “B”. Se o modo de apresentação estiver activo, o orador ao clicar na tecla B do teclado do computador o ecrã ficará a negro. A vantagem desta funcionalidade centra-se no facto de, desta forma, o orador garantir que a atenção fica focada nele. Frequentemente, a audiência foca a atenção no slide, numa imagem por exemplo, e que eventualmente poderá ser menos relevante do que o que o orador está a dizer.

Para voltar à apresentação, o orador deverá clicar novamente na tecla “B”. Em alternativa, se clicar na tecla “W” o ecrã ficará branco.

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Capacidade para localizar um slide em concreto

Provavelmente na sua apresentação terá um slide chave, que resume as ideias principais que pretende transmitir. Em determinado momento da apresentação terá necessidade de voltar a esse slide. Fazer “Esc” e ir à procura desse slide não é uma solução de todo razoável e só demonstra desconhecimento relativamente à usabilidade do programa.

A solução passa por decorar o número do slide chave, imagine que é o número “10”, clique no “1”, de seguida no “0” e depois em “enter”. Uso a tecla “Home” para ir para o início da apresentação e o “End” para o final. Se clicar no F1 quando a apresentação estiver activa, aparecerá uma caixa com todos os comandos de que dispõe no PPT.

As aberturas e os encerramentos

Quando está perante uma audiência tem cinco segundos para captar a sua atenção e trinta segundos para desenvolver o seu interesse e curiosidade. O que é crítico quando vai fazer uma apresentação? A abertura. Neste preciso momento deverá prender a audiência, criar sintonia, definir um estado de espírito, demonstrar credibilidade e introduzir os seus tópicos. Tudo isto em segundos. Não desperdice este momento!

É importante que a audiência perceba que você compreende as suas opiniões e perspectivas.

A sua credibilidade tem mais a ver com a sua postura, qualidade do contacto visual e entusiasmo quando transmite a mensagem do que com as suas qualificações académicas e profissionais.

Se a abertura é um momento crucial, também o encerramento o é. Prepare a conclusão com exactamente aquilo que quer dizer e fazer. Crie algo memorável para a audiência, relacionado com os seus objectivos: com o que pretende que a sua audiência pense, sinta e faça.

Dicas

• Fecho “Feel-good”: termine com uma história, frase, pensamento ou imagem que ficará na mente das pessoas horas, dias, semanas. É o momento de apresentar a mensagem que levarão para casa;• O sumário de conclusão: é particularmente usado quando se pretende passar informação e não quando se pretende promover uma “call to action” – “vimos que… isto significa que…”• Uma “call to action”: recorde a audiência dos benefícios da acção e mexa com as suas emoções. Recorde-se, os sentimentos são catalizadores da acção.

Terminar mais cedo do que o previsto pode ser vantajoso. As pessoas irão considerar um bónus. Faça com que a audiência queira mais.

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Fazer apresentações

Lembre-se:

• Planeie sempre o encerramento;• Torne o encerramento directo;• Faça a ligação aos principais pontos da apresentação;• Transmita confiança e olhe directamente para a plateia;• Faça com que a audiência queira mais;• Sumarize os principais pontos e responda à pergunta “E agora?”.

O seu encerramento é a sua assinatura. Faça com que a audiência se sinta especial!

Como fazer a audiência querer mais?

• Acredite na sua mensagem;• Acredite em si;• Faça a abertura com impacto;• Conclua com um apontamento positivo;• Deixe a sua personalidade brilhar;• Adapte-se ao estilo da audiência;• Responda à questão que a audiência irá colocar: “para que me serve isto?”;• Envolva a audiência e suscite curiosidade;• Comunique também com imagens;• Acrescente variedade e criatividade à sua apresentação;• Aborde os tópicos através de novas perspectivas;• Despenda de tanto tempo na preparação da sua performance, assim como na preparação dos conteúdos;• Foque no que quer e não no que não quer.

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O que poderá contribuir para o insucesso?

• Falta de preparação; • Mais relação com o material do que com a audiência;• Pedir desculpa por algo;• Repetir-se;• Transmitir informação em excesso;• Dizer uma piada grosseira;• Ter pouca variedade;• Ler a apresentação;• Não respeitar o tempo da apresentação;• Usar gíria ou jargões técnicos;• Aprender a trabalhar com o equipamento à frente da audiência; • Auto-promover-se em demasia ao ponto de deixar a audiência desconfortável;• Dirigir a sua apresentação a uma ou duas pessoas.

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8 - Discursar

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Discursar

A arte de bem discursar está directamente dependente não só da aptidão natural das pessoas, mas está também de um conjunto de factores que pode ser praticados e controlados. Decisiva é toda a parte de planeamento, da preparação de conteúdos, do treino, da organização e estrutura do discurso. As sugestões expostas neste capítulo abrangem também a forma como deve ser dito um discurso e exprimido corporalmente.

8.1 Prepare os conteúdos

O início e o fim do discurso são momentos chave. No início captar a atenção do público é prioritário, sendo assim, aconselha-se a memorização das frases introdutórias e da conclusão. Esta memorização permitirá encarar o público e efectuar o encerramento com uma confiança redobrada.

Em qualquer discurso, é fundamental seleccionarem-se alguns pontos, ideias chave da mensagem que se pretende transmitir, enfatizando essas ideias recorrendo a exemplos e estórias. A enunciação crua da informação sem recurso a exemplos torna o discurso mais monótono, podendo contribuir para a dificuldade de identificação dos pontos-chave da mensagem por parte da audiência. A ilustração é obrigatória. Já o excesso de informação poderá oprimir a audiência.

Dicas• Se precisar de notas, redija o discurso em cartões, que podem auxiliá-lo quando necessita de um su-porte no momento do discurso;• Atenção: deverá discursar e não ler;• Muitos oradores poderão começar por redigir o discurso em papel, dividindo-o em partes, seleccionando palavras-chave para cada uma das partes, escrevendo finalmente apenas palavras-chave nos cartões.

8.2 Treine

Se o discurso já se encontra preparado o próximo passo passa por treinar a sua performance. Decorar o discurso integralmente não é a estratégia ideal. Decore apenas a introdução e a conclusão. Quanto ao resto dos conteúdos, certamente conhecerá os pontos-chave da mensagem.

Pode praticar falando para um membro da família, para um amigo ou um colega de trabalho. Peça comentários. Se tiver um gravador, também pode optar por gravar o seu discurso, de modo a melhor identificar os pontos que poderá tornar mais apelativos.

A melhor postura a ter quando tem de fazer um discurso é assumir que vai falar para um grupo de ami-gos, que partilham da mesma informação de interesse.

A aparência é, paralelamente, um dos pontos a ter em consideração. A boa apresentação poderá gerar maiores níveis de confiança, levando-o a concentrar-se mais no seu discurso.

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Discursar

Se, eventualmente, estiver preocupado com algo em termos da sua apresentação, a sua concentração aca-bará por dispersar-se. Se sentir bem com a sua aparência, saberá que causou uma boa primeira impressão.

8.3 Apresente o discurso

Preparou e praticou o seu discurso? Então relaxe, porque todos os oradores, independentemente da ex-periência, sentem sempre algum nervosismo antes de começarem a falar. Ponha o nervosismo a funcionar a seu favor, imprimindo mais energia à apresentação. Com o decorrer da apresentação, o nervosismo acabará por desaparecer.

Quando a sua apresentação estiver a ser introduzida ou quando estiver prestes a iniciar o discurso, inspire e expire lentamente. Este exercício contribuirá para que a sua voz seja projectada naturalmente.

Comece por dirigir-se aos presentes dizendo, por exemplo, “Caros colegas…”, faça de seguida uma pausa e inicie a introdução que memorizou. Nunca se esqueça de estabelecer contacto visual com a audiência. Olhe inicialmente para uma pessoa, de seguida para outra, de modo a que todos se sintam incluídos na audiência.

Quando a hora de encerramento estiver próxima, vá direccionando o discurso para a conclusão e finalize com a conclusão que memorizou. Alguns oradores optam por agradecer a atenção no final do discurso, outros preferem simplesmente dizer “senhoras e senhores…”, em sinal de conclusão, aproveitando pos-teriormente os aplausos.

8.4 Avalie para melhorar

No momento de finalização do discurso começam inevitavelmente as auto-avaliações. Congratule-se por ter realizado o discurso. Depois escreva os pontos positivos e o que necessita de melhorar.

Se, eventualmente, pretender que alguém avalie determinados aspectos da sua apresentação, peça ajuda a um colega para que ele faça uma avaliação. Pode, paralelamente, pedir a opinião de outras pessoas relativamente à sua intervenção, mas lembre-se que essas avaliações não passam de opiniões, pelo que deverá tê-las em consideração, mas não as deverá considerar como determinantes.

8.5 Organize o discurso

Os benefícios de discursos bem organizados são diversos. São mais fáceis de compreender, mais fáceis de recordar, mais credíveis, mais divertidos. Para o orador as vantagens são ainda maiores. O mais provável é que se recorde de todos os pontos a abordar, porque efectivamente preparou um discurso bem estruturado.

Mas a questão que se coloca é: que alternativas possui em termos de organização de discursos? O tema que estiver em foco no seu discurso poderá à partida permitir-lhe excluir alguns tipos de estrutura possível.

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Propósito

Quando está a preparar o seu discurso o propósito deve estar sempre presente, já que irá influenciar a forma como deverá transmitir a mensagem. Quando está a informar alguém num contexto comum de trabalho fala da mesma maneira quando comparando com um momentos em que pretende persuadir uma pessoa? Pois bem, reflicta no propósito do seu discurso e adapte a forma de abordar o assunto segundo o propósito.

Eis alguns dos tipos de propósito que podem motivar um discurso:• Informar;• Persuadir;• Entreter;• Inspirar.

Poderá, eventualmente, pensar que pelo facto de um orador contar histórias engraçadas num discurso para além de informar também tinha como propósito entreter. O facto de usar o humor não significa que o intuito fosse entreter. Apesar de ser possível no mesmo discurso reunirmos dois propósitos, não é aconselhável fazê-lo. O tempo é sempre limitado e se pretender ser eficiente e eficaz na passagem da mensagem então limite-se a apenas um propósito.

Tipos de estrutura

Problema-solução: apresenta um problema, seguido da solução correspondente. Por exemplo, no âm-bito da gestão de pedidos de informação e/ ou reclamações de um call center, esta pode ser uma boa hipótese para estruturar o discurso.

Causal: em que se enunciam causas e efeitos. Geralmente, nestes casos abordam-se primeiro os efeitos e depois as causas.

Comparativo: em que compara diferentes planos de gestão de reclamações, por exemplo, de modo a provar que o plano que elegeu é o mais adequado.

Tópicos: apresentam-se tópicos, seguidos de subtópicos.

Espacial:segue uma direcção, como por exemplo na apresentação da estratégia de expansão de determi-nado negócio.

Cronológico: a apresentação segue uma sequência cronológica, como por exemplo na apresentação da evolução de determinado negócio.

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Discursar

Abertura

Na abertura terá de ser capaz de captar imediatamente a atenção do público. O primeiro objectivo passa por quebrar o gelo. Eis alguns exemplos de boas aberturas:

• Uma frase de desafio; • Uma citação, ilustração ou história;• Apresentação de um objecto ou imagem;• Uma generalização relacionada com o seu tema.

Abertura

Capturar a atenção da audiência;

Introduzir a temática principal;

Desenvolvimento

Ponto principal;

Subponto;

Material de suporte;

Ponto principal;

Subponto;

Material de suporte;

Conclusão

Sumário

Chamar a atenção com uma frase memorável

Esboço do discurso

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De evitar:

• Uma frase de desculpabilização;• Uma anedota ou história de pouca relevância para o tema;• Lugares-comuns;• Uma história longa;• Uma questão banal como: “Já pararam para pensar que…”

Desenvolvimento

Os receptores provavelmente só irão reter de três a cinco minutos daquilo que disser na fase de de-senvolvimento do seu discurso. Para um discurso de 5 a 7 minutos três factos ou ideias são suficientes.

Escreva uma das ideias principais que pretende transmitir. Depois redija os subpontos que estão rela-cionados com essa ideia. Repita o processo de tiver mais ideias principais. Depois desenvolva cada uma das ideias e respectivos subpontos.

Sempre que possível recorra a estatísticas, testemunhos, anedotas, exemplos, imagens, diagramas, gráficos, factos para ilustrar a informação.

Conclusão

Na conclusão reforçam-se as ideias mais importantes. Se o seu objectivo for informar, finalize com um sumário das ideias apresentadas. Se o intuito for motivar os interlocutores sugira um plano de acção.

Salientam-se duas regras básicas alusivas a este momento: nunca retomar o assunto de desenvolvimento, mesmo que se tenha esquecido de transmitir alguma informação e nunca peça desculpa por algo que disse ou fez.

No final do discurso exige-se muita força e confiança!

8.6 Aprenda dizê-lo

Escreva o seu discurso para os ouvidos. As repetições e a informalidade serão mais comuns do que poderá imaginar. Use linguagem simples de modo a chegar mais rápido e com mais força às pessoas. Aconselha-se o recurso a:

• Palavras curtas;• Frases curtas; • Parágrafos curtos.

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Discursar

Prefira usar palavras que não têm duplo sentido, que são mais específicas, palavras com mais vida, que apelem mais aos sentidos, verbos que apelem a acções, frases na voz activa.

Reduza ao máximo o número de palavras. Transmita as suas ideias de uma forma simples.

Exemplo: “Estão a promover o desenvolvimento de um projecto” substituir por “Estão a desenvolver um projecto”; “Tiveram em consideração que” substituir por “Consideraram”.

Atenção às redundâncias: “novo recorde”, “surpresa inesperada”, “planos futuros”.

8.7 O seu corpo fala

Naturalidade

A experiência traz associada a naturalidade. Se não a tem pode sempre praticar. Adeqúe os gestos às palavras. Use uma linguagem gestual confortável.

Depois de escrever o discurso, pratique e não se esqueça que a linguagem gestual e as expressões faciais deverão preceder ligeiramente ou ser manifestadas à medida que as palavras são enunciadas. Se tiver acesso a equipamento de vídeo, grave as suas sessões de treino ou opte por treinar em frente ao espelho.

E porque o corpo fala, não são apenas as palavras que deverá praticar.

Movimento

O movimento reveste o seu discurso de uma maior variedade. Ao circular ou andar de um lado para o outro chama a atenção da audiência.

Expressão facial

Adapte a sua expressão facial aos factos ou ideias que está a transmitir. Se está a falar de um aumento de reclamações não demonstre alegria, por exemplo.

Contacto visual

Sente-se confortável quando estão a falar consigo e não o olham nos olhos? Provavelmente não. Então, no momento em que proferir o discurso tente estabelecer algum contacto visual. Verá que será capaz de transmitir mais credibilidade e confiança, estabelecerá um laço com os receptores. Não fixe durante demasiado tempo uma pessoa, pois poderá fazê-la sentir-se desconfortável, nem lance olhares demasiado rápidos, já que poderão ser interpretados como falta de confiança.

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9 - Técnicas de “storytelling”

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Técnicas de “storytelling”

As estórias identificam-nos como pessoas. Revelam gostos, tendências, experiências. Apresentam-nos e reflectem o que somos e no que acreditamos. Recorda-se da última conversa com familiares ou amigos. Contou ou ouviu estórias? É provável que sim…

Quantas vezes se sentou com os seus colaboradores para conversar, para contar e ouvir estórias? Já imaginou como os poderia conhecer melhor e, desta forma, actuar melhor em equipa? Já pensou que apenas uma estória poderá contribuir para mudar a forma como as pessoas vêem uma empresa ou encaram o seu trabalho?

Conheça as vantagens de ouvir, no processo de se contar estórias. Os círculos assumem-se como ini-ciativas pré-formatadas que poderá promover. A avaliação surge como uma etapa subsequente que é fundamental.

9.1 Conheça as vantagens de ouvir

• São necessários níveis elevados de compromisso para que as metodologias de “storytelling” sejam efectivas;• Todos deverão ser capazes de contar estórias, mas serão os contadores de estórias naturais que se tornarão os evangelistas e embaixadores da iniciativa. É importante conseguir identificar essas pessoas;• As estórias são meios privilegiados para gerar ideias práticas, melhorar práticas e motivar a acção a todos os níveis da organização;• Não será necessário criar um novo canal de comunicação para se integrar na organização práticas de “storytelling”.

Relações emotivasAs estórias têm um grande potencial para fomentar relações mais emotivas entre os líderes e os seus colaboradores. Contudo, em contextos de liderança particularmente racionais, os factos sobrepõem-se a qualquer momento emocional. A verdade é que as estórias geram resultados que outras formas de comunicação não se revelam capazes de gerar.

Comunicação mais humana e pessoalJá imaginou como um momento de ouvir ou contar estórias o podem ajudar em diversos momentos de comunicação com os colaboradores? Quando pretende acolher, compreender, transmitir, motivar, avaliar a abordagem de comunicação mais humana e emocional pode ser o contar e ouvir estórias.

A força da comunicaçãoImagine-se a trabalhar com uma plataforma online com um arquivo de estórias relacionado com as áreas e acções estratégicas da sua área de negócio. Já reflectiu sobre as potencialidades de uma plataforma desta natureza? Já imaginou, no contexto de formação de novos colaboradores, a força que poderia ter um testemunho de um colaborador com experiência sobre a sua actividade profissional, quando comparado com uma simples descrição verbal das funções que os colaboradores recém-admitidos irão desempenhar.

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Reconhecimento públicoO facto de usar o testemunho de um colaborador, o publicar numa plataforma, o usar em momentos de formação ou sessões de outra natureza é francamente motivador. O reconhecimento público poderá ser um factor de incentivo para o colaborador em causa e para os restantes elementos da equipa.

As estórias como mapas de sucessoA captação de estórias, particularmente de estórias que são reflexo de boas práticas, podem servir de base para outros colaboradores replicarem essas acções. Por outro lado, estórias de insucesso também podem servir de alerta para o que não deve ser feito.

9.2 Promova círculos de estórias

Quando a organização não possui um programa de “storytelling” implantado, que permita a gravação das estórias, respectivo tratamento por parte de uma equipa especializada, para posterior disponibilização através de uma plataforma electrónica, os líderes de equipas têm sempre a possibilidade de promover o que é designado de círculos de estórias.

Um círculo tem idealmente entre 8 a 10 pessoas e tem uma duração média de duas a três horas. É im-portante, contudo, que todos tenham conhecimento do tipo de sessão em que irão participar. Todos assumem o mesmo papel no círculo, à excepção do mediador, responsável pela dinâmica de grupo, por apresentar e garantir que as regras são respeitadas.

Regras

• Um círculo deve ter início e finalizar no mesmo dia;• Todos devem ter a oportunidade de contar a sua estória e ouvir a estória dos outros participantes;• Quando um participante inicia a sua estória deverá dizer “Sou ‘fulano’ e vou falar” e jamais deverá ser inter-rompido durante o período em que conta a estória. No final deverá terminar dizendo “Sou ‘fulano’ e falei”;• Posteriormente, a pessoa que contou a estória identificará as partes em que necessita de ajuda para melhor comunicar a sua estória. Não se pretende promover uma discussão à volta dos factos, mas recolher opiniões relativas a melhores formas de contar a estória;• Sempre que outro participante dá uma opinião relativamente à estória de outra pessoa deverá dizer “Se essa estória fosse minha…”;• Para que as pessoas não se atropelem no momento de emitir opiniões deverão combinar um sinal de concordância, como por exemplo abanar as mãos;• A atenção de todos os participantes deve estar centrada na pessoa que está a falar;

Organização

1º Círculo• Para iniciar o círculo o moderador solicita que participantes do grupo se sentem em círculo;

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• De seguida, cada um deverá contar a sua estória e os outros, então, comentam;• Terminada a primeira rodada de estórias, o mediador orienta o grupo para construir um guião do que contou oralmente;• Orientações para a construção do guião:• O texto não deve ocupar mais do que uma página A4;• É importante aquando da redacção do guião pensar-se em quem vai ler, ouvir ou ver a estória;• A estória deverá ter um início que provoque o receptor, um momento de tensão e um final.• Depois cada um dos participantes deverá isolar-se para escrever o guião da sua estória.

2º Círculo• Com o guião escrito, o grupo volta para o círculo;• Cada um lê e pede ajuda para melhorar a forma como conta a estória;• Quem desejar fazer comentários deverá começar por dizer: “Se essa estória fosse minha…”;• Os comentários são feitos uns de cada vez;• Aqueles que necessitarem de alterar o seu texto deverão fazê-lo após o 2º Círculo.

3º Círculo• Depois do processo finalizado, os participantes deverão juntar-se em círculo. O 3º círculo é tão impor-tante quanto o primeiro, porque é neste momento que todos vão partilhar as suas estórias;• Neste momento, todos devem estar atentos às estórias. Os mediadores devem procurar organizar os círculos de estórias em locais tranquilos e silenciosos.

Depois de finalizada a estória, e havendo recursos, os participantes poderão editar as suas estórias em áudio (com a sonorização da história e com recurso a música ou sonoplastia) ou em vídeo (com a sono-rização da estórias, fotografias pessoais que ilustrem a estória, imagens em vídeo e música).

No caso de não haver recursos para a realização de uma edição, os textos deverão ser digitalizados ou transcritos a computador e guardados num arquivo, podendo ser aproveitados para outros círculos de estórias, acções de comunicação ou programa de “storytelling”.

9.2.1 Avaliação

No final, solicite aos participantes que reflictam sobre a dinâmica de grupo, por escrito, que falem das sensações provocadas pelo último círculo, como se sentiram ao contarem a sua estória e ouvindo a dos outros participantes.

A partir da experiência do círculo de estórias, do registo da voz, da composição da estória em áudio ou vídeo, e de audição de estórias do grupo, o mediador deverá pedir aos participantes que escrevam sobre o que consideraram fundamental neste processo.

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10 - Técnicas e suportes de “social media”

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Técnicas e suportes de “social media”

Partilhar conteúdos, informação, áudios, vídeos, fotografias, interesses conhecimentos está agora à distância de um clique. Hoje, através de ferramentas online já é possível fazer tudo isto, em redes ou comunidades online, que promovem a participação colectiva. Falamos de “social media”. O desafio é aproveitar as potencialidades dos “social media” no contexto organizacional. Use e abuse, por uma empresa mais colaborativa!

Neste sentido, apresentamos-lhe as características chave a ter em consideração para posteriormente seleccionar o tipo de “social media” que considere mais adequado às suas necessidades de comunicação.

10.1 Analise as características

Para poder escolher qual o tipo de “social media” que mais se adequa aos seus propósitos de comuni-cação, é importante ter presente algumas características.

Conectividade

A tecnologia possibilita conectividade e hoje é efectivamente possível articular diferentes tipo de “social media”, de modo a comunicar de uma forma integrada, tirar partido das relações que se pode criar online e comunique com mais eficiência e eficácia;

Comunidade

Online é possível agruparem-se opiniões, informações, que mobilizam utilizadores com interesses co-muns, de uma forma rápida e simples. Surgem as comunidades virtuais, que nos permitem comunicar e interagir virtualmente sem quaisquer limites espaciais.

Abertura

Os “social media” têm a potencialidade de permitir a participação de qualquer utilizador, salvo em ca-sos cujo acesso se encontra restringido a um grupo de utilizadores. Votar, partilhar informações, deixar comentários são algumas das possibilidades de participação dos utilizadores.

Participação

Os “social media” apelam à participação e feedback dos utilizadores, uma participação que é rápida e simples.

Conversação

Os “social media”! apresentam uma grande diferença em relação aos “mass media”, permitem a comu-nicação bidireccional.

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10.2 Seleccione os tipos de “social media”

Pense nos recursos de que dispõe, nos objectivos que pretende alcançar quando tiver que optar pelo tipo de “social media” que gostaria de utilizar para promover a comunicação na sua equipa. As opções são várias:

Blogues

É uma página da web que pode ser actualizada pelo(s) autor(es) em qualquer momento, em que a informa-ção é organizada de forma cronológica. A definição do tema é da responsabilidade do(s) seu(s) autor(es).

Wikis

Trata-se de páginas de Internet, cuja principal vantagem é a possibilidade de colaboração, ou seja, todos os utilizadores, normalmente mediante registos, têm permissão de actualização ou correcção da infor-mação. Veja, por exemplo, o caso da Wikipédia.

Está a desenvolver um projecto ou necessita de reunir informação sobre o negócio? O wiki traz-lhe a solução para que a sua equipa ou outros elementos da organização tenham a possibilidade de actualizar, acrescentar, corrigir informação.

Podcasts

Ficheiros de áudio e/ou vídeo, de temática livre, que podem ser subscritos através de um canal RSS. Note-se a significativa adesão aos podcast por parte de diversos meios de comunicação social, com páginas na Internet. Também costumam ser disponibilizados através de blogues ou em agregadores de podcasts. O Lusocast, em Portugal, é um dos exemplos.

Ao nível da organização, atente à potencialidade de possuir uma série de podcasts sobre a sua área de negócio, objectivos, estratégias, história do negócio, entre outros, que pode disponibilizar aos seus co-laboradores. Os trainees e os colaboradores mais jovens são potenciais utilizadores de ferramentas de comunicação desta natureza.

Redes sociais online

Páginas na Internet que permitem que um utilizador registado crie o seu espaço, onde publica todo o tipo de conteúdos que deseja – textos, fotografias, música, vídeos. Poderá adicionar na sua rede outros utilizadores. Desta forma, os utilizadores podem navegar pelo espaço de diferentes utilizadores. Vejam-se exemplos como o StarTracker, Linkedin, hi5, MySpace, Facebook.

As organizações já começam a despertar para as potencialidades de criação de redes sociais organizacio-nais, que apresentam a potencialidade de promover a comunicação de colaboradores e até identificar,

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mediante o estudo das relações, líderes, pessoas com capacidade para se relacionares, perfil dos cola-boradores, interesses, entre outros…

Comunidades de partilha de conteúdos

Páginas na Internet nas quais os utilizadores podem partilhar conteúdos entre os membros da comuni-dade. Veja o exemplo do Sapo Vídeos.

Fóruns

A sua existência é anterior ao aparecimento dos “social media”. Não são mais do que medias que permi-tem a interacção e partilha de interesses entre os membros de uma comunidade.

Imagine que gostaria de promover a partilha de informação entre as pessoas que estão envolvidas no desenvolvimento de funcionalidades do Meo, por exemplo. O fórum é uma forma expedita de permitir a comunicação de pessoas em pontos geográficos distintos, usufruindo da vantagem de não necessitarem de se deslocar fisicamente.

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11 - Bibliografia

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Bibliografia

Cunha, C., & Cintra, L. (1987). Nova Gramática do Português Contemporâneo. Lisboa: Edições João Sá da Costa.

Ferreira, A. G., & Figueiredo, J. N. (2009). Compêndio de Gramática Portuguesa. Porto Editora.

Martin-Lagardette, J. (1998). Manual da Escrita Jornalística. Pergaminho.

Pinto, J. M. (2003). Prontuário Ortográfico. Lisboa: Plátano Editora.

Público. (s.d.). Livro de Estilo. Obtido em 1 de Março de 2009, de http://static.publico.clix.pt/nos/livro_es-tilo/index.html.

Ricardo, D. (2003). Ainda bem que me pergunta. Lisboa: Notícias Editorial.

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Ficha Técnica

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Ficha Técnica

Curso:Comunicação

Destinatários:Colaboradores da Portugal Telecom

Elaborado por:Direcção de Comunicação e Imagem Corporativa

Data de actualização:Janeiro de 2010

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