grupo maria - introdução e escola como empresa
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Centro de Competências de Ciências Sociais
Curso de 1.º Ciclo em Ciências da Educação
Unidade Curricular: Gestão de Projectos
Ano lectivo -2009/2010 –2ºAno –2.º Semestre
Docente Nuno Fraga
Elementos do grupo:
Ana Freitas
Bárbara Silva
Carolina Fernandes
Catherine Barreto
Maria Pestana
Introdução
I. A escola, uma organização com várias
imagens
II.A escola como organização:
macrotendência na investigação
educacional
Capitulo 1 – A Escola como Empresa
I. Antecedentes teóricos
II.A escola - empresa educativa
O livro encontra-se estruturado em seis capítulos correspondentes
ás diferentes visões da escola no que concerne á organização,
nomeadamente:
• escola como empresa;
• escola como burocracia;
• escola como democracia;
• escola como arena política;
• escola como anarquia;
• escola como cultura. Fig.1 Escola estilo empresarial
(Costa, 2003, p. 8)
Ao longo do livro está latente a ideia da inexistência de um único modelo organizacional, porém o conhecimento dos vários modelos existentes permitirá uma visão mais abrangente da escola.
A obra está em aberto, isto é, “sem conclusão” para que “possamos entender a proposta como um roteiro provisório, em construção e, portanto, potenciador de itinerários alternativos”.
(Costa, 2003, p. 8)
Dimensão social: “A educação é a acção exercida, pelas
gerações adultas, sobre as gerações que não se encontram
ainda preparadas para a vida social (…)”
(Durkheim citado por Costa, 2003, p.9)
•Individual
•Social
•Organizacional
Educação
Dimensão organizacional: “ (…) consiste na
concretização e materialização da educação organizada num
espaço próprio (…) (escola).”
(López citado por Costa, 2003, p.9)
– A escola encontra-se então na sociedade ocidental a instituição
responsável pela transmissão de linguagem; divisão do trabalho e pela
formação das classes dominantes.
– A escola como organização, tendo por base as diversas definições de
organização dos seguintes autores: Etzioni, Worsley, Muñoz e Roman,
trata-se de uma tarefa simples e ao mesmo tempo complexa.
“ As organizações são unidades sociais intencionalmente
construídas e reconstruídas, a fim de atingir objectivos
específicos.”
(Etzioni citado por Costa, 2003,
p.11)
“(…) geralmente, salientam que as organizações são corpos,
que persistem no tempo, e que são estruturados
especialmente para atingir fins específicos.”
(Worsley citado por Costa, 2003, p.11)
Os cinco elementos fundamentais do conceito de organização, segundo
Muñoz e Roman:
o “Composição: indivíduos e grupos inter-relacionados;
o Orientação para objectivos e fins;
o Diferenciação de funções;
o Coordenação racional intencional;
o Continuidade através do tempo” (Citado por Costa, 2003,
p.11)
- As definições anteriormente apresentadas interligam-se na medida em
que pretendem atingir objectivos e fins específicos, porém distanciam-se
pelo facto assumirem conotações diferenciadas em função do contexto
em que são aplicadas.
“ (…) difícil encontrar um definição de organização que não
seja aplicável a escola”.
(Licínio Lima citado por Costa, 2003, p.12)
- O que o autor pretende dizer é que apesar de existirem
diferentes métodos organizacionais que podem ser
aplicados à escola, não existindo um único método capaz
de ser eficiente na sua totalidade terá de haver um
conhecimento holístico das teorias organizacionais.
Após a realização de uma reunião de sete investigadores
(Ellstrom (1984), Bolman e Deal (1991), Husén e Postlethwaite
(1985), Sergiovanni (1986), Bush (1986), Borrel (1989) e
England (1989)) do campo educacional estes sistematizaram
seis diferentes formas de ver a organização escolar:
1. A escola como empresa.
2. A escola como burocracia.
3. A escola como democracia.
4. A escola como arena política.
5. A escola como anarquia.
6. A escola como cultura. Fig.2 Aulas
Outras imagens organizacionais:
• Escola como fotocópia.
• Escola como prisão.
• Escola como reconstrutora.
- Deste modo há uma necessidade de investir na procura de um modelo organizacional eficaz e versátil, através de contributos pluridisciplinares com intuito de alcançar uma escola eficiente transformando a escola como organização
numa Macrotendência.
II. Escola como organização: Macrotendência na investigação educacional
Anos 50 Anos 50/60
Anos 60/70
Anos 70/80
Anos 80/90
Ênfase no individuo
aluno
Ênfase no individuo
aluno
Preocupa-se com as
interacçõesdo processo
educativo
Preocupa-se com as
interacçõesdo processo
educativo
Acentua o processo educativo
Acentua o processo educativo
Enfoque na turma- sala de
aula
Enfoque na turma- sala de
aula
Escola -Organização
Escola -Organização
(António Nóvoa citado por Costa, 2003, p.19)
Curiosidade:
Foi nesta altura que surgiram os
estudos de Paulo Freire e
Michael Apple.
Escola – Organização -80/90
“A valorização da escola-organização implica a elaboração de uma
nova teoria curricular e o investimento dos estabelecimentos de ensino
como lugares dotados de margens de autonomia”.
(António Nóvoa citado por Costa, 2003, p.19)
- O autor tem por objectivo: “ (…) com a publicação deste livro,
contribuir para uma maior visibilidade da realidade escola-organização
e para uma melhor clarificação dos processos organizacionais
presentes nos contextos educativos”.
(Costa, 2003, p.23)
L.B.S.E : Decreto de lei de 1989
Conjunto de características que concebem a escola como empresa:
1. Estrutura organizacional hierárquica.
2. Divisão de trabalho e especialização.
3. Ênfase na eficiência e na produtividade.
4. Planificação e identificação dos objectivos.
5. One best way .
6. Uniformização.
7. Individualização do trabalho.
- Ao concebermos a escola como empresa transpomos os princípios de Frederick Taylor para a escola, assim sendo o aluno passa a ser tratado como a matéria prima que tem de ser processada e moldada, para responder às necessidades da sociedade.
Fig. 3 Frederick Taylor
- O sucesso das ideias e princípios direccionados para a
organização do trabalho de Frederick Taylor valeram-lhe o
galardão de uma figura marcante na história da administração
cientifica e a sua metodologia designada por taylorismo foi
pioneira na construção organizacional das primeiras escolas.
As cinco etapas da organização do trabalho propostas por Taylor:
1. Tempo-padrão;
2. Uniformização;
3. Divisão e selecção de trabalho;
4. Especialização das funções;
5. Controlo e incentivos salariais.
Fig. 4 relógio
-Outro autor importante nos antecedentes históricos foi Henri Fayol
que em relação a Taylor “procurou outra coisa completamente
diversa; pretendia identificar e partilhar as chaves para uma
administração eficaz da organização no seu todo”.
(Hampton citado por Costa, 2003, p.28)
Fayol descreveu leis e princípios de administração:
1.Divisão do trabalho;
2.Autoridade e responsabilidade;
3.Disciplina;
4.Unidade de comando;
5.Unidade de direcção
6.(…)
Fig.5 Sala de aula
“A visão produtiva da escola acentua a importância da eficácia e da
eficiência: planificação precisa e ajustada, direcção por objectivos,
controlo minucioso da qualidade, selecção e promoção do pessoal
directivo e docente.”
(Muñoz e Roman citado por Costa, 2003, p.31)
- A Escola-Empresa é uma escola que põe em prática os princípios da
administração cientifica sendo também uma metodologia que divide a
comunidade educativa, gerando conflito, deste modo, a imagem de
escola é constantemente abordada sob vários pontos de vista.
Analogia – Escola/Empresa
Licínio Lima enquadra esta analogia em quatro dimensões:
1. “A administração da escola não é diferente da administração
de outras organizações”.
2. Comparação entre o funcionamento empresarial e escolar.
3.“(…) recusam a utilização desta imagem criticando a
comparação entre a escola e a empresa”.
4. Analogia Escola–Empresa não defende na sua
5. totalidade os princípios subjacentes.
Fig. 6 charlin chapilm
Fig. Escola / empresa
Martín- Moreno expõe os princípios que estão no cerne de uma escola
de tipo taylorista: (pp.33-34)
1.“Uniformidade curricular.
2.Metodologias dirigidas para o ensino colectivo.
3.Agrupamentos rígidos e alunos.
4. Posicionamento insular dos professores.
5.Escassez de recursos materiais.
6.Uniformidade dos espaços educativos.
7.Uniformidade de horários.
8.Avaliação descontínua.
9.Disciplina formal.
10.Direcção unipessoal.
11.Insuficientes relações com a comunidade.”
- Em suma, a imagem da escola como empresa foi primordial no percurso da construção organizacional, não deixando esquecendo o imprescindível contributo da teoria da administração cientifica desenvolvida por Frederick Taylor.
•http://www.youtube.com/watch?v=M_bvT-DGcWw&feature=fvst
•http://www.youtube.com/watch?v=XFXg7nEa7vQ&feature=related
• COSTA; Jorge Adelino; “Imagens Organizacionais da Escola”; Edições ASA; 3.ª edição;
Porto; 2003;pp.7-23;25-38.
• Site de imagens:
– SETIMANISTAS JAIME
http://setimanistasjaimemoniz7778.blogspot.com/2007_10_01_archive.html
– http://sol.sapo.pt/blogs/lita1975/archive/2008/07/28/Segunda-Feira.aspx
– http://jornal.publico.clix.pt/imagens.aspx/10417?tp=EI&db=IMAGES
– www.blogdovestibapucpr.com.br/?p=1088
– http://ofca.com.br/artigos/2010/03/31/310310-trabalho-e-vida-em-tempos-
modernos/
(R. Buyse citado por Costa, 2003, p. 36)